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Jejum pré-anestésico

A anestesia permite a realização de procedimentos invasivos


além de permitir a analgesia de forma rápida e segura, É necessário considerar que pacientes no PS e
ausência de ansiedade, relaxamento muscular adequado e enfermaria NÃO estão em jejum. É necessário realizar
manutenção da homeostasia fisiológica. Porém, existem sequência rápida de intubação
riscos para qualquer tipo de anestesia. Laringe: é exclusiva do sistema respiratório, possui
função de fonação e proteção das VA.
Os riscos incluem: náusea/vômito, complicações
respiratórias, complicações cardiovasculares,  Aspiração pulmonar
complicações neurológicas, complicações renais, 1. Regurgitação (involuntária): pode haver
distúrbio visual, hematoma epidural espinhal, despertar diminuição dos reflexos, relação com o esfíncter
tardio ou delírio, hipotermia ou hipertemia, incapacidade esofágico inferior, retorno do alimento para a corda
de urinas, angústia pela consciência durante a anestésia, vocal; maior risco em pacientes com hérnia de
reação anafilática, problemas e posicionamento. Somado hiato, obesidade, DRGE e cirurgia esofágica prévia;
a tudo isso, tem-se a importância do jejum como forma mais comum no PS;
de evitar a broncoaspiração e evoluir para uma 2. Vômito (voluntária): contração da musculatura
pneumonia. abdominal e do m. diafragma ou seja, ocorre a
estimulação, comum em idosos. Menos frequente,
 O jejum – restrição de conteúdo sólido ou líquido, é em geral o paciente está consciente, menor chance
importante para evitar uma possível broncoaspiração de depressão dos reflexos contribuindo para a
caso se tenha alguma regurgitação. Nesse sentido, para proteção da VAS. Nesse caso, observa-se uma
qualquer procedimento eletivo com sedação ou dessincronia da abertura e fechamento do EES e
bloqueio, etc., é necessário que o jejum seja realizado epiglote ocasionando a broncoaspiração.
evitando possíveis complicações. 3. Ventilação com pressão positiva também pode
 Durante a indução anestésica ocorre a depressão de ocasionar refluxo do conteúdo gástrico. Paciente
reflexos protetores: deglutição (faríngeo) e reflexo da com risco de sepse em quadro de piora. PEEP 15
tosse (laríngeo). não vence a barreira do esfíncter esofágico.
 Reflexo faríngeo e reflexo laríngeo auxiliam na proteção Distensão do estômago + retorno do conteúdo
da VAS. Laringoespasmo pode ser observado em crise gástrico, associado a diminuição ou ausência de
de laringite. reflexos ocorre a broncoaspiração.

Atenção! A depressão desses reflexos ocorrem de acordo


com o nível de sedação assim, quanto maior a sedação
maior a probabilidade de ocorrer broncoaspiração.
Portanto, o jejum é fundamental para evitar que o paciente
esteja com estômago cheio e aspire conteúdo causando
pneumonia química, obstrução, etc.

 Lembrar que hipnóticos são dose dependente com isso,


a intensidade de efeitos depende da dose administrada  Situação comum de broncoaspiração: abdome agudo –
= maior a dose + maior a diminuição dos reflexos; por ex. obstruído. Pode ser observado pacientes que
 Tumor laringe (prega vocal) pode obstruir a passagem vomitam fezes. Esse paciente precisa ser intubado
de ar impedindo a ventilação (mesmo com VPP) e acordado.
intubação. É necessário fazer um planejamento  Fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome
anestésico. Muitas vezes é necessário que seja uma da aspiração pulmonar
intubação com o paciente acordado sem que ocorra o 1. Motilidade e esvaziamento: Paciente gestante,
bloqueio muscular e o bloqueio total. Dependendo da diabético, gastrite = diminuição do
extensão pode ser realizado uma traqueostomia. esvaziamento gástrico
 DM: pode ter VAD
Síndromes aspirativas: pneumonia aspirativa (conteúdo  Bariátrica, hérnia de hiato, RGE,
sólido) e síndrome de Mendelson – aspiração por gestante e acalasia = volume
conteúdo gástrico, paciente evolui com pneumonia abdominal e compressão do
química, obstrução aguda das IVAS, hipoxemia, oferta de estômago
oxigênio com baixa captação. Ocorre em virtude da 2. Aumento da pressão abdominal
aspiração do pH gástrico ácido. Pneumonia química. 3. Alteração do pH gástrico
Pode ocorrer exacerbação com padrão em vidro fosco e 4. Rebaixamento do nível de consciência
atelectasia, observa-se sinais de infiltração no pulmão. 5. Diminuição dos reflexos
Impacto do pH ácido do conteúdo gástrico = agravamento
do quadro.
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2. Fatores que aumentam a pressão abdominal: gestante, BURP, bloqueador neuromuscular de ação rápida
ascite, suboclusão intestinal, abdome agudo obstrutivo (rocurônio e acexilcolina), proclive ou trendelenburg.
e estenose de piloro. Fatores que diminuem o pH  Alzheimer e Parkinson: evitar metoclopramida =
gástrico: DRGE, gastrite e hipersecreção gástrica. antagonista dopaminérgico = risco de síndrome
3. Fatores que diminuem os reflexos protetores da VAS: piramidal.
idosos, AVC e acamados  Hiperventilação: aumento da lavagem de CO2; Indução
4. Síndrome de Down: VAD = hipotireoidismo + diminuição de uma alcalose respiratório; vasoconstrição cerebral;
do tamanho do pescoço e diminuição da mobilidade melhorando a perfusão cerebral para não piorar o
occipital. edema
 Cetoacidose diabética com diabetes descompensada
 Recomendações de jejum pré anestésicos – adultos e podendo ter infecção de urina exacerbando a DM:
crianças Hidratação, acesso venoso, redução da glicose com
1. Líquidos claros: sem resíduos, água, chá, hidratação. Pode ser observado a hiperventilação como
gelatina, café, 2h forma de compensar. Administração da insulina:
2. Leite materno: teor calórico, 4h diminuição do potássio em caso de hiperpotassemia;
3. Leite não humano e fórmulas, possuem hipocalemia (observada onda T apiculada)
resíduos que podem agir como coágulo no  Cálculo do bicarbonato: Peso x 0,3 x BE/2; bicarbonato
estomago, teor calórico, máximo 1 xicara, 6h 8,4%.
4. Refeição leve: bolacha de água e sal, 6h Indução da anestesia: hipnótico (sedação) + bloqueador
5. Refeição contendo carnes e alimentos neuromuscular + opióide (ameniza dor e reflexos).
gordurosos, 8h
Atenção aos pacientes que possuem retardo do Bloqueador neuromuscular:
esvaziamento gástrico. 1. Succinilcolina (suxametônio): despolarizante, início
de ação 30 a 30s, duração 3min
Condições especiais: Hérnia de hiato + DM + gestantes
2. Rocurônio: não despolarizante, duração de 40 a
= aumentar o tempo de jejum, sem ingerir nada
60min. Antagonista especifico – sugammadex.
 Jejum pré operatório, porque abreviar? Em virtude do
estresse metabólico gerado pelo jejum prolongado o Hipnóticos: os BZDs antagonista = flumazenil
que pode aumentar a injúria tecidual. A utilização de Opióides: antagonista = naloxona
líquido claro + teor de carboidrato = amenizando o
estresse. Sequência rápida de intubação (SRI): pacientes no PS e em
Pacientes em preparação cirúrgica possuem inicialmente enfermaria que não estejam em jejum, paciente com TCE
níveis elevados de glucagon e insulina baixa = utilização do com Glasgow < 8 e pacientes com insuficiência respiratória.
glicogênio e posteriormente ativação da neoglicogênese = Realizar a IOT 2 a 3 min, não esquecer de pré oxigenar esse
utilização das proteínas musculares para fornecer glicose paciente (FiO2 100%). Lembrar que o lobo da orelha deve
para os tecidos = estresse metabólico = injúria tecidual. estar na altura do processo xifoide, adicionar coxim.
 Prevenção: evitar anestesia geral em gestante,
antagonista competitivo de H2 (ranitidina e cimetidina Medicações para a sequência rápida de intubação:
= diminui a acidez) associado a hipnótico + bloqueador neuromuscular + opióide
metoclopramida/bromoprida (procinético), pré-
oxigenação 3min, manobra de Sellick, manobra de

Estágios de Recuperação anestésica


Alta hospitalar (pacientes ambulatoriais), enfermaria e UTI  Estágio 2: Escala de Aldreta e Kroulik: pontuação
Conceito: tempo que o paciente leva para retornar no seu igual ou maior que 9; exceto para a raqui o paciente
estado. Consiste em um processo dinâmico que depende de precisa estar movendo as duas pernas pare receber
vários aspectos como o tipo de procedimento e as a liberação.
medicações utilizadas.
Estágios de recuperação: são divididos em 4 estágios
 Estágio 1: recuperação no centro cirúrgico;
observar critérios de extubação = padrão
respiratório + força motora + responde aos
comandos. Durante o deslocamento do paciente
para o estágio 2 é necessário manter a via aérea
pervia, saturação > 94% em ar ambiente (AA),
mínimas ou nenhuma intercorrência durante o
procedimento e responde aos comandos (por ex.
responde o nome, levanta a cabeça, etc.)

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deve-se observar se há presença da diminuição do
 Estágio 3: quando o paciente sai da sala de esvaziamento gástrico, tração do peritônio parietal,
recuperação 1. Ocorre na enfermaria ou sala de ocitocina e hipoglicemia.
recuperação anestésica. Pacientes ambulatoriais Observação: na raquianestesia, o bloqueio de eixo faz o
depois dessa fase, pode ir para casa. bloqueio do SN simpático predominando o SN
 Estágio 4: após 24h do procedimento anestésico. parassimpático = hipotensão = estímulo ao centro de
Fase tardia = no domicílio. náuseas. É necessário corrigir a pressão. Importante! Para
liberar o paciente pós anestesia é necessário que o mesmo
Náuseas e vômitos pós operatório = aumento da PIC, consiga deambular.
desidratação e aumento da pressão sob os pontos/suturas. Para alta precoce o paciente não pode estar fazendo
Fatores de risco: sexo feminino, uso de opióides, não hipotensão postura, observar o nível de dor, não pode estar
tabagista e histórico prévio. Caso haja presença de 2 ou mais com náuseas e vômitos. Priorizar medicamentos com menos
desses fatores é necessário fazer profilaxia. Além disso, efeitos colaterais.

Avaliação pré-anestésica
Condições físicas e mentais, identificação se o paciente está Observação: a enzima pseudocolinesterase impede a
apto para realizar a cirurgia com objetivo de minimizar a eliminação do suxametônio pelo bloqueio residual.
existência de complicações e a morbimortalidade.  Hepatite imunoadquirida = halotano (Produz TFA
É necessário realizar o planejamento anestésico individual. que é hapatotóxico) queda da FC em um período de
Identificação das medicações de uso contínuo, etc. tempo muito curto pode causar uma PCR e causa
É recomendado e obrigatório realizar antes do hepatite
procedimento, esclarecimento de dúvidas (ex. cefaleia pós  Porfiria (grupo de doenças raras causadas pela
raquianestésia, queda de cabelo, enjoo, vômitos, gazes, deficiência da enzima de hemoglobina gerando o
etc.), diminuição da ansiedade do paciente, melhora das aumento da porfirina causando hepatotoxicidade,
condições clínicas, solicitação de interconsulta, elevar grau neurotoxicidade, lesões na pele e acomete o
de satisfação e segurança do paciente, melhora das organismo, NÃO pode usar barbitúricos – tiopental,
condições clínicas do paciente, estabelecendo condutas, fenobarbital, etc.)
melhor planejamento anestésico, redução do cancelamento  Espondilite anquilosante (rigidez da musculatura
de cirurgias - muito procedimentos podem ser realizados a em virtude do acometido do tecido conjuntivo)
beira leito sem planejamento anestésicos prévio porém,  Alimentos: alho (coagulopatia), frutas cítricas
alguns procedimentos é necessário um maior conhecimento (alergia ao látex), mandioca, produtos de limpeza
das individualidades do indivíduo, ex. colonoscopia e (BNM), ovo (proporfol), camarão (iodo),
endoscopia – uso de coagulantes podem levar a suspensão  Medicamentos
do procedimento, causando insatisfação.  Alergia: penicilina
Ex. Prurido: utilização de morfina na raquianestésia =  Qualquer substância pode causar uma reação
brometasina + corticoide prescrição comum na obstetrícia anafilática sendo os BNM (bloqueadores
Como deve ser feito? Identificação e anamnese, religião neuromusculares) os mais frequentes, seguido de
(transfusão sanguínea em testemunhas de jeová), exame látex e ATB, sendo que a succnilcolina parece ser o
físico geral e específico, exames complementares, avaliação principal agente causador de anafilaxia
do risco do paciente – explicar sobre o procedimento, sanar
 Hábitos e vícios
dúvidas e medicações.
 Comorbidades
Ficha de anamnese:
 Anestesia e cirurgias prévias
Exame físico: peso, altura, PA, veias para punção (exercício
 Histórico de hipertemia maligna físico antes do procedimento = dilatação), ausculta cardíaca
Hipertemia maligna (genética autossômica dominante): e pulmonar (sibilos, broncoespasmo, hipersecretivo =
influxo de cálcio acentuado = resposta hipermetabólica = anestesia diminui a motilidade mucociliar), via aérea
contração muscular exacerbada = geração de calor (distanciamento tireoidiano, mobilidade da boca)
elevada = rabdomiólise = metabolismo anaeróbico = Estudar: Tabela dos componentes do exame das vias aéreas
↑lactato = acidose. Hipercapnia (aumento de CO2 e achados sugestivos de intubação difícil.
expirada, primeiro sinal), taquicardia, rigidez do m. Diabético de longa data é necessário avaliar o sinal da prece
masseter ou rigidez muscular generalizada, hipertemia pois é observado a presença de enrijecimento das falanges.
(aumento do calor), alteração de ECG (hipercalemia), Classificação de Mallampati: avaliação do palato, em
hipotensão, alterações cardiológicas. Quando > 41,5ºC sedestração ou em ortostase, sempre no mesmo ângulo do
causa disfunção generalizada dos órgãos vitais, paciente.
coagulação intravascular disseminada = ↑mortalidade.
TTO dantroleno (2,5 mg/Kg IV a cada 5min até
diminuirem os sinais), não expor aos anestésicos voláteis
– isofluranos, halotano, sevoflurano e desflurano, exceto
óxido nitroso, e ou succinilcolina ou suxametônio;
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Sistema pulmonar:
Tabagismo é necessário suspender 8 semanas antes do procedimento diminuindo a complicação pulmonar, pelo menos 48h
diminuindo os níveis de nicotina e melhora da mobilidade mucociliar diminuindo a secreção, melhora da cicatrização (maior
chance de queloide), histórico de asma (maior incidência de complicações estão relacionados a pneumopatas – crises? Idas ao PS?
Risco de broncoespasmo, pct com utilização de corticoides (insuficiência adrenal em virtude dos longos períodos de corticoide;
utilizar broncodilatador prévio de curta duração), não fazer cirurgias quando houver exacerbação do quadro em virtude da
predisposição a fragilidade da via aérea nesse caso, procedimentos eletivos devem ser remarcados para 6 meses;
MEDICAMENTOS DE CURTAS E LONGAS DURAÇÃO, apneia do sono (dificuldade de não conseguir ventilar).

Doenças renais: isofluranos, antiinflamatórios


Sistema cardiovascular: Doenças hepáticas: coagulopatias
Identificação de pacientes que necessitam de uma Distúrbios musculoesqueléticos: rigidez e hipertemia
interconsulta ou exames para avaliação cardiovascular maligna
beneficiando a diminuição da morbimortalidade, FC e Osteoartrite: rigidez e hipertemia maligna
pressão sistólica = síndrome coronariana aguda. Qualquer outra patologia

Sistema endócrino:
DM (risco de neuropatia, posicionamento das cirurgia Exames pré-operatórios:
podendo causar sequelas de plexo por ex., controle da ECG, hemograma e coagulograma > 45 anos, exames
glicemia), tireoidipatia, evitar jejum prolongado, suspensão complementares realizados até 6 meses.
de medicação exceto metformina deve ser 24h antes
(pesquisar a suspensão da metformina quando a creatinina  Valores de referência: Hb > 8 (em geral > 10), ht >
> 1.2 é contraindicado pois há iminência de disfunção renal), 30, leucograma 2.400 há 11.000, plaqueta >
suspensão da insulina 24h antes da cirurgia evitando 150.000 = bom senso
hipoglicemia.  Avaliação do risco: classificação do ASA
 Risco cardiovascular, complicações pulmonares,
Sistema neurológico: NVPO,
Disfunção cognitiva, histórico de convulsão, aumento da  Medicações: manejo correto, suspensão e
pressão intracraniana, sequelas neurológicas, doenças administração, saber a tabela de medicações
cerebrovasculares, doenças neuromusculares ou lesões
 3 meses de anticoncepcional maior chance de TEP
nervosas
 Inibidores da MAO: associação com vasopressor de
ação curta = aumento acentuado da PA

Anestesia Geral
 1772: Oxido nitroso: atualmente é utilizado como  Anestesia venosa total: preconizado em
adjuvante; baixamente volátil, não inflamável; com pacientes obesos; tem maior chance de
intensidade maior pode causar depressão respiratória; superficializar
 1846: éter etílico; inflamável e volátil = maior risco de
explosão; anestesia em procedimentos de pequeno Fatores que determinam a escolha do tipo de anestesia
porte; 1. Condições fisiológicas, mentais e psicológicas
 1897: clorofórmio não é utilizado; hipnose + paralisação 2. Doenças preexistentes
do nervo; 3. Tipo e duração do procedimento cirúrgico
 1820: guedel = cânula orofaringe; maguill = tubos 4. Posição do paciente para realização da cirurgia: DV,
traqueais cadeira de praia, etc. em alguns casos é necessário
intubar o paciente
Objetivos: analgesia pós operatória; proteção 5. Recuperação pós-operatória: proposta de alta,
neurovegetativa; hipnose inconsciência; amnésia; analgesia; quanto tempo de recuperação o paciente precisa?
imobilidade (relaxamento muscular); controle reflexos 6. Manuseio da dor no pós-operatório: uso de
autonômicos (sistema nervosos simpático e parassimpático). opiódes, bloqueio, etc.
 Suprimir a sensibilidade dolorosa do paciente 7. Exigências particulares do cirurgião: raquianestesia
durante o procedimento cirúrgico, mantendo + anestesia geral = combinada, auxilia na dor do
ou não sua consciência; promover o paciente no pós-operatório
relaxamento muscular e proporcionar
condições ideais de atuação para os médicos Anestesia local
cirurgiões. Anestesia geral: inalatória, venosa total e balanceada
 Hipnótico + bloqueador neuromuscular Anestesia regional: raquianestesia, peridural, bloqueio de
plexo nervoso, BIER (técnica para anestesia regional)

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Anestesia geral combinada: geral + regional Hipnótico mais utilizado, ação rápida, utilizado em infusão
contínua, dose pode variar, boa recuperação e bom
 Anestesia geral: despertar. Antiemético (náusea e vômitos), ↓taxa
1. Fases: Indução (administração de medicamentos) metabólica cerebral, não aumenta a tolerância do cérebro
2. Manutenção igual tiopental, cardiodepressor (hipotensão e
3. Reversão: extubação, final da anestesia bradicardia) apneia dose dependente, atenção na dose
em obesos. Composição contém tinta do ovo, evitar em
 Indução: alérgicos a ovo.
o Opióides (fentanil, alfentanil, remifentanil,
sulfentanil); BZD
o Bloqueadores neuromusculares (relaxante diazepam (mais cardioestável do que o midazolan;
muscular – liberação de histamina. infusões contínuas não utilizar em manutenção; não faz
SUCCNILCOLINA: ação rápida; reação anafilática, indução anestésia; risco de convulsão quando
paciente acamado contra-indicação alargamento de QRS, associações; neurotóxicos), midazolam (+opidoide =
hiperpotassemia = arritmia; grande queimado, renal depressor respiratório; evitar em idosos em virtude da
crônico é subjetivo porém potássio de 6,5 não é indicado. disfunção cognitiva; utilizado como adjuvante por ex.
Hipertemia maligna. raquianestésia, cirurgia por laparoscopia; cardioinstável
ROCURÔNIO: ação rápido; antagonista específico = do que diazepam; paciente jovem imunossupressor; meia
sugamadex; risco de choque anafilático; bloqueio vida elevada; cardioinstável = depressão do miocárdio;
muscular de 40-60min. evitar em choque hipovolêmico) e lorazepam
VECURÔNIO: metabolismo hepático, depende do pH e
temperatura do paciente, não libera quase nada de
histamina, metabolismo de 40min, início de ação 2-4min, ETOMIDATO
não utilizado na indução rápida Anestésico hipnótico não analgésico, cardioestável e
CISATRACÚRIO, ATRACÚRIO, E PANCURÔNIO neuroprotetor. NÃO usar em infusão contínua.
o Hipnóticos (tiopental, diazepam, midazolam, SNC: ↓PIC, ↓fluxo sanguíneo ↓atividade metabólica,
etomidato, proporfol, dexmedetomidina, crise tônico-clônico (movimentos mioclônicos)
cetamina). Endócrino: Inibe a função adenocortical = síndrome de
o Antagonista de receptor de H2, AINE, Addson
antiemético, analgésicos não opióides e Coagulação: inibe agregação plaquetária
vasoativos
CETAMINA
Observação: a morfina (opioide) promove analgesia no pós- Hipnótico + analgésico + dissociações (alucinações).
operatório, possui ação curta = 20min, porém não utilizada Uilizado com o paciente já está em plano anestésico
na indução. Cardíaco: efeito simpatomiméticos = NORA = ↑PA e ↑FC
Controle de náusea e vômito, ulceras, etc. SNC: ↑PIC, ↑ taxa metabólica e ↑ fluxo sanguíneo
Respiratório: broncodilatador (melhor do que o propofol)
 Hipnóticos: GABA = hiperpolarização, exceto a cetamina
 Alta solubilidade lipídica e fluxo cerebral elevado = DEXMEDETOMIDINA
paciente em choque necessita de doses mais baixas Alfa 2 seletivo: Hipnótico + analgésico + não faz apneia +
 Rápida eliminação: metabolismo hepático e excreção imunomodulador + mais caro
renal
 Meia vida sensível contexto: tempo que o Fatores que influenciam na dose dos fármacos: uso
medicamento possui ação ativa no organismo concomitante de medicamentos adjuvantes, idade
 Características desejáveis de um anestésico do paciente, doenças pré-existente, hábitos e vícios
intravenoso: ausência de dor na injeção (venoirritação) e cirurgia que o paciente vai fazer.
ou de danos teciduais provenientes de extravasamento
 Farmacodinâmica: dose dependente
 Reação de hipersensibilidade: alergia, exceto
etomidato que não libera histamina.

BARBITÚRICOS
TIOPENTAL: neuroprotetor + anticonvulsivante +
cardiodepressor (↓ PA + taquicardia reflexa).
METOHEXITAL, PENTOBARBITAL E SECOBARBITAL

PROPOFOL
Hipnótico + antiemético + NÃO analgésico +
neuroprotetor + anticonvulsivante + cardiodepressor
(hipotensão e bradicardia) + broncodilatador

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Controle da via aérea
O controle da via aérea é fundamental para adequação das das articulações podendo causar imobilidade ou
trocas gasosas + oxigenação dos tecidos = consiste em hipermobilidade da mandíbula, laringe e pescoço. As
manobras associadas ou não a utilização de dispositivos para articulações da ATM, cricotireoídea, atlatoaxial e da coluna
assegurar a permeabilidade da via aérea. podem ser afetadas. Pode impactar na dificuldade de
Níveis de intervenção para estabelecer o controle das VA ou realização das manobras;
a permeabilidade das VAS. Doença cardiopulmonar: pacientes com capacidade residual
1. Elevação do mento/anteriorização da mandíbula; funcional (CRF) reduzida, diminuição da difusão de oxigênio
2. Emprego de cânulas faríngeas; através do parênquima ou aumento do consumo toleram
3. Ventilação manual sob máscara facial; menor o tempo de apneia – DPOC, gestação avançada e
4. Emprego de dispositivos supraglóticos; obesidade = ↓ CRF;
5. Intubação traqueal = orotraqueal, nasotraqueal ou Endocrinopatias: hipotireoidimos (aumento da língua); DM
traqueostomia. de longa data (limitação da movimentação em pacientes
Adequação das trocas gasosas insulinodependentes, observar sinal da prece);
Oxigenação + ventilação Espondilite anquilosante: espondiloartropatia que afeta os
Manobras e/ou associação de dispositivos pontos de inserção óssea dos ligamentos = fusão e rigidez
das articulações, incluindo coluna, ATM ou cricoaritenóide.
Dispositivos: É um comprometimento progressivo levando a imobilidade
 Cânulas faríngeas: importante! Fazer a medida da coluna;
adequada
Gestação: risco de aspiração pulmonar e PCR hipóxica;
 Orofaríngea (Guedell):
Massas de cabeça, pescoço e via aérea;
Inserir além da língua e acima da epiglote; medida = lobo da
Obesidade: acúmulo de gordura na região maxilar, pequena
orelha para rima labial; é necessário que o paciente esteja
em plano mais profundo evitando os reflexos de tosse, mobilidade de pescoço, língua alargada e depósito adiposo
vômito, etc. Compressão da base da língua se ficar pequeno na faringe. Além disso, apresentam tempo de dessaturação
pode acabar obstruindo ainda mais a passagem de ar, se da hemoglobina mais rápido;
grande desencadeia reflexos como laringoespasmo; Doenças temporomandibulares: problemas articulares (AR,
 Nasofaríngea espondilite anquilosante, gota, artrite infecciosa,
Vantagem: paciente que está parcialmente superficializado. osteoartrite) ou não articulares (fibromialgia, espasmo
Medida = tragus e ponta do nariz. Ex. Lefaroplastia + muscular, entorse muscular aguda);
anestesia local + sedação. Laringoespasmo; interrogar qual a Queimaduras;
narina que o paciente respira melhor. Risco de aspiração: RGE, esvazimaneto gástrico retardado
Contraindicações: coagulopatias, traumas; TCE com fratura por DM, uso de opióides, gestação, hérnia de hiato, cirurgia
de base de cânio; é mais tolerada pelo paciente; + cateter de do TGI prévia ou obesidade;
O2.
Risco de sangramento: deficiência de fatores de coagulação,
Observação: Relaxamento da musculatura em plano
maior risco de epístaxe
profundo assemelha-se a uma insuficiência respiratória.
Elevação do mento e anteriorização da mandíbula
Respiração paradoxal = com o uso das cânulas melhora.
Quando ocorre a perda da consciência, a musculatura das
VA, sobretudo faríngea, realiza o relaxamento. Assim, tanto
 VPP: Utilizada em respiração ausente ou
a língua quanto o palato mole deslocam-se posteriormente
insuficiência
em direção ao contudo aéreo levando a obstrução parcial ou
Paciente no PS não é indicado fazer em virtude do risco de
total das VAS.
broncoaspirção. No PS oferta-se oxigênio com ambu
Manobras: chin lift e jaw thrust, restabelecimento da via
10L/min, FiO2 100% por 2 a 3 min. Com consciência,
aérea natural em razão da musculatura extrínseca da língua
incentivar o paciente a respirar. Evita-se parada por hipóxia.
(m. genioglosso).
 Importante! Identificar os pacientes de difícil
ventilação
Via Aérea Difícil (VAD)
Acromegalia: macroglossia, laringe aumentada e distorcia,
prognatismo. Podem apresentar apneia central ou apneia
obstrutiva do sono (AOS). Pode ser necessário lâminas mais
longas;
Anomalias congênitas: Treacher-Collins, Pierre Robin e
Goldenhar = micrognatia acentuada; Síndrome de Down e
mucopolissacaridoses = macroglossia;
Apneia obstrutiva do sono;
Artrite reumatoide: doença autoimune com acometimento

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Emprego de cânulas faríngeas máscara. Assim, o paciente inala a mistura de ar
 Cânula nasofaríngea: fossas nasais – inserir ambiente + O2. São fornecidos diferentes
perpendicularmente à face; deixar a ponta concentrações por meio de diluidores codificados
lateralizada evitando traumas. Usar em paciente em seis cores -24%, 28%, 31%, 35%, 40% e 50%. É
mais superficilizado. necessário acoplamento da máscara sobre a face
(nariz e boca).

 Cânula orofaríngea (cânula de Guedel): cavidade


oral – feita em dois tempos = intrução na cavidade
oral com a concavidade voltado em sentido
cefálico, progressão até alcançar a região da base
da língua e então rotação de 180º. NÃO tem
contraindicação de idade, existe todos os
tamanhos. Não é necessário entrar lateralmente.

Suas aberturas distais alcança a faringe posterior acima da


epiglote e além da base da língua;
Lubrificação: gel lubrificante hidrossolúvel ou anestésico Ventilação manual sob máscara facial
local; Ventilação com pressão positiva
Em pacientes despertos ou com plano anestésico superficial É necessária quando a ventilação espontânea encontra-se
podem desencadear reflexos de engasgo (“gag”), vômito, ausente ou insuficiente;
tosse e até laringoespasmo, porém é melhor tolerada; O orifício externo da máscara conecta-se ao sistema
Pode ser utilizada quando há limitação de abertura oral; ventilatório e com a utilização das máscaras transparentes
Evitar em suspeita ou presença de fratura na base do crânio, permite a visibilização da condensação do gás umidificado
risco da cânula ganhar posição encefálica; exalado e a identificação de secreção ou possível conteúdo
Não esquecer de realizar a medida correta pois quando gástrico. Risco de distensão do estômago em virtude do
grande pode ocasionar um laringoespasmos. Não tem relaxamento do EES.
contraindicação de idade. Medida Lábio inferior e mento, raiz nasal e lateral nos
Evitar em distúrbios da coagulação, bacteremia e malares (protuberância malar). Nesse contexto, o uso do
deformidades nasais. Guedel facilita a ventilação.
A medida da ML é de acordo com o peso. Atenção! É fundamental o perfeito acoplamento da
máscara sobre a face do paciente evitando o vazamento. Os
Neste grau de intervenção ou mesmo com a elevação do dedos polegar e indicador fazem o selo da máscara sobre a
mento e/ou anteriorização da mandíbula e ainda com face (ântero-posterior) enquanto os dedos médio, anular e
ventilação espontânea presente, é SEMPRE DESEJÁVEL mínimo seguram o corpo e ramo da mandíbula (caudo-
que se faça administração de oxigênio suplementar. cranial).

Métodos de administração de oxigênio complementar:


1. Cateter nasal ou faríngeo: administrar baixo fluxo
(3 a 5L/min) de O2, geralmente não umidificado.
Atenção! Para cada litro de O2 ofertado, a FiO2
eleva-se em aproximadamente 4%.
2. Máscara facial: oferece concentração de O2 entre
30% a 50%, porém sem precisão.
3. Máscara de venturi: sistema de alto fluxo no qual o
O2 passa por um orifício sob pressão, causando
aspiração do ar ambiente para o interior da

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Atenção! Situações como obesidade, retrognatismo, barba, realizando o direcionamento até a hipofaringe
etc. podem exigir a necessidade de um auxiliar. Cânulas (posição final);
orotraqueais ou nasofaríngeas contribuem para manter a  Observação: resistência a progressão da máscara
permeabilidade da VA e facilitam a ventilação sob máscara. indica ter alcançado O EES;
Importante! Evitar pressões muito elevadas (> 20 cmH2O)  Retirar o dedo indicador da cavidade oral;
evitando a abertura do EES e consequentemente distensão  Insuflar o cuff até que se obtenha discreto
gástrica. movimento (exteriorização/retorno da máscara);
 Preensão do tubo.
Dispositivos supraglóticos (DSG) Evitar hiperinsuflação do balonete – cuff;
 São inseridos às cegas através da cavidade oral; Avaliar o cuff = insuflar e desinsuflar com seringa;
 Dispensa laringoscopia; NÃO utilizar xilocaína = ressecamento da VA;
 Promovem rápido acesso à VA; Analisar se não há escape de ar;
 Possibilitam VPP (ventilação com pressão positiva); Avaliar expansão do tórax e saturação;
 Funcionam como VA artificial em anestesia clínica; Pode ser realizado com auxílio de fibroscopia;
 Funcionam como técnica de resgate na via aérea Evitar xilocaína em gel, risco de laringoespasmo.
difícil (VAD).
Pode ter manguito pneumático insuflável, pode ter formato Contraindicações:
anatômico prévio em L ou facilitador da IOT. Evitar procedimento eletivo quando há risco aumentado de
*Técnica de resgate. regurgitação do conteúdo gástrico = portadores de hérnia de
Máscara Laríngea (ML) hiato, obesidade, obstrução intestinal, neuropatias com
Modelo de dispositivo supraglótico (DSG); 1º modelo; retardo do esvaziamento gástrico, hipertensão
Auxiliam na anestesia clínica e no acesso emergencial à VA; intracraniana, estenose pilórica, politrauma, gestação acima
Alternativa para tubo traqueal ou máscara facial em de 14 semanas e em tempo de jejum insuficiente;
ventilação espontânea ou controlada; Paciente com baixa complacência ou altera resistência do
Utilizada para resgate da ventilação e oxigenação; sistema respiratório = DPOC, broncoespasmo, edema
Integra os algoritmo da VAD; pulmonar, fibrose, trauma torácico e grandes tumores
Consiste em uma máscara inflável conectada a conduto de cervicais;
ventilação que termina em conector padrão – pode ser Situações que impossibilitem a abertura da boca ou
acoplada em qualquer circuito ventilatório; prejudiquem a extensão cervical: artrite reumatoide,
Forma um “selo” periglótico em virtude do seu espondilite anquilosante, instabilidade da coluna cervical,
acoplamento no espaço hipofaríngeo; afecções faríngeas, laríngeas e orais (tumores, hematomas,
NÃO garante proteção da VA em situação de regurgitação abcessos, obstrução laríngea ou subglótica);
do conteúdo gástrico; Pacientes sem rebaixamento do nível de consciência;
Atualizações de modelos, possui um canal “gástrico” = via de Pacientes sem jejum ou com fatores que interfiram no
saída independente do conduto ventilatório a partir do jejum;
esfíncter esofágico superior (EES), sendo possível intrudir Fatores que prejudiquem a abertura oral (ex. palato ogival,
sonda para esvaziamento e despressurização do conteúdo anquilose/enrijecimento temporomandibular (ATM), artrite
gástrico; reumatoide, espondilite anquilosante, sinal da prece
Lubrificar na porção posterior evitando laringoespasmo positivo em VAD);
Flexível; Queimadura de VA.
Manutenção na VA de 2h a 3h.
Complicações:
Dor na hipofaringe devido a hiperinsuflação do balonete ou
uso de tamanhos inadequados;
Trauma de epiglote ou úvula, laringoespasmo, mau
posicionamento com prejuízo ou impossibilidade de
ventilação, distensão gástrica, regurgitação, vômito e
aspiração pulmonar.
Tubo Laríngeo
Técnica Cada tamanho tem uma cor indicando facilitando a
 ML com manguito inflável deve ser desinflado antes identificação
da sua inserção por meio de aspiração; Principal característica: proteção da VA
 Lubrificação das bordas laterais e face posterior; Possui abertura para aspiração do conteúdo gástrico
 Posicionamento convencional da IOT do paciente, VA de resgate na urgência
pode dispensar coxim occipital; Manutenção na VA de 4h-6h
 Inserir a ML como se fosse uma caneta com o dedo
indicador na junção do manguito com o conduto de Combitube
ventilação; Risco de laceração no esôfago, não utilizado.
 Pressionar a extremidade distal da máscara contra
o palato duro durante sua introdução, em um Sequência rápida de intubação
movimento contínuo com o dedo indicador 1. Descompressão gástrica
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2. Administrar prócinetico e antagonista competitivo Balonete: proteção da VA por broncoaspiração, 99% usam
H2 com balonete; neonato evita-se pois pode causar trauma na
3. Pré-oxigenação 100% VA. Evitar pressão muito alto pois pode causar trauma e
4. Aspirador ligado isquemiar contribuindo para lesão temporária = ex.
5. Materiais adequadas e testados rouquidão/afonia
6. Posição do pacientes: bem posicionado
7. Emprego de hipnóticos, opióides e BNM Idade Diâmetro interno
8. Manobra de Sellick ou de BURP RN prematuro < 1kg 2,5
RN prematuro 1 -2,5kg 3,0
ROCURÔNIO RN lactentes até 6 meses 3,0 - 3,5
BNM não despolarizante, ação rápida e recuperação Lactentes de 6 meses a 1 ano 3,5 – 4,0
demorada, duração de 40 a 60min, pode necessitar de 1 a 2 anos 4,0 – 4,5
antagonista. Antagonista: sugammadex sódico. Efeito
colateral: hipotensão, taquicardia e reações alérgicas. Tubo aramado: cirurgias com muito movimento da cabeça,
Dose 1,2 mg/Kg. cirurgias nasotraqueais, amiledectomia, não dobra e impede
a saída de ar, se dobra impede a saída de oxigênio,
SUCCNILCOLINA Tubos pré-formados: IOT nasotraqueal, cirurgias de
BNM despolarizante. Início de ação ultrarrápida, duração cavidade oral
3min e recuperação rápida. Evitar: glaucoma, aumento de Tubos de duplo lúmen: em ventilação monopulmonar,
CPK, queimaduras extensas, hipercalemia e hipertermia cirurgia torácica, ressecção de tumor no parênquima
maligna. Preferência em situações de emergência. Dose 1 pulmonar, existem dois tipos = uma para o lado esquerdo e
mg/kg. outra para o direito;
Tubo traqueal NIM EMG: com eletrodos, tireodectomia,
Indução e sequência rápida de intubação utiliza-se EMG das pregas vocais, quando próximo do n.
laríngeo recorrente e n. vago
Cisatracúrio Bougie: uso na IOT, troca de cânula e auxiliar na IOT, não
Pancurônio protege a VA pois não tem balonete, identificação a partir
Atracúrio Etomidato da passagem pelos anéis traqueais
Rocurônio Estilete guia: utilizado em VAD, não introduzir até o anel
Cetamina
traqueal pois pode ocasionar lesão
Propofol
Atomizador para utilização de medicações
Tiopental
Fentanil Succinilcolina Midazolam SEMPRE preparar o material = acessíveis e funcionantes
Remifentanil 1. Monitorização – oximetria, capnografia ou
capnometria (CO2)
2. Fonte de oxigênio
 Insuflação do cuff para proteção da VA 3. Máscara facial adequada
 Ao iniciar a fascilações já se iniciar a intubação 4. Sistema de ventilação
 Atenção a queda da saturação 5. Cânulas faríngeas
 Na sequência rápida é necessário que o 6. Lâmina de laringo adequado
procedimento seja realizado em 30 a 60 segundos. 7. Tubo traqueal adequado com balonete verificado
8. Guia (bougie ou fio guia)
IOT acordado 9. Sistema de operação operante
1. Informação ao paciente; Preparação para IOT
2. Redução de secreções: aspiração se necessário; 1. Posicionamento (posição olfativa otimizada);
3. Sedação; hiperextensão causa a caída da valecula; utilização
4. Anestesia tópica (fibrolaringoscópio); de coxim; faz parte do planejamento;
5. Bloqueios nervosos (nervo glossofaríngeo); 2. BURP: back-up-righ-pressure;
6. Utilizar videolaringoscopia ou fibroscopia de fibra 3. Manobra de Sellick: evita broncoaspiração;
óptica flexível. 4. Posição trapezoidal: utilizado em obesos;
5. Objetivo das manobras ou uso de coxim: deixar o
IOT lóbulo na orelha no processo xifoide;
Colocação de um tubo permitindo as trocas gasosas 6. Eletivos x Urgência (sondas nasogástricas);
Materiais: Estilete guia, tubos traqueais, bougie e 7. Laringoscopio na mão esquerda.
laringoscópio convencional
 Macintosh: curva, acesso na valecula da epiglote Cormack e Lehane: Classificação a partir da visualização de
 Miller: reta, mais utilizado em RN e lactentes, laringoscopia a visualização da corda vocal e da epiglote
acesso direto na epiglote
Tubos traqueais: possui formato anatômico facilitando a
passagem, evitar fixar na cartilagem cricoide para não
lesionar a corda vocal.
Crianças maiores de 2 anos: (16 + idade em anos)/ 4
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Nasotraqueal Cardiovascular: ISO, SEVO, DESFLU – depressão
 Utilizar vasoconstritor para evitar lesões e miocárdica = ↓PA e ↓DC, vasodilatação intrínseca,
sangramentos; taquicardia progressiva (principalmente ISO e DESFLU).
 Utilizar uma pinça de Maggil para direcionar o tubo; DESFLURANO: Propriedades simpatomiméticas e
 Não utiliza guia. concentrações elevadas ou que aumentam abruptamente
= taquicardia e ↑PA
Anestésicos Inalatórios HALOTANO: evapora rapidamente em temperatura e
pressão ambiente. Vantagens: cheiro doce + pungência
CAM: Concentração alveolar mínima = concentração moderada, custo baixo e grande disponibilidade, CAM
necessária para prevenir movimentos em resposta a um muito baixa. Desvantagens: solubilidade muito alta no
estímulo nocivo em 50% dos indivíduos. DE50 para ausência sangue e tecidos = indução e despertar muito lentos,
de movimentos em resposta à dor cirúrgica. inotropismo e cronotropismo muito negativos =
Agente Anestésico 1 CAM em % depressor cardíaco, risco de arritmias, bradicardia ou
Óxido nitroso 104 assistolia, alto metabolismo hepático (hepatotoxicidade
Desflurano 6,6 citotóxica e autoimune, hepatite por halotano). NÃO
Sevoflurano 1,8 utilizado na prática médica atualmente.
Isoflurano 1,17
Halotano 0,75 Atenção! Paciente superficial com despertar
Dessa maneira, o halotano precisa de uma baixa quantidade precoce sob uso de anestésicos inalatórios podem
para chegar até 1 CAM. ter laringoespasmos, broncoespasmo e vômitos.
Interação com absorvedores de CO2 (bases fortes –
 Podem ter efeitos aditivos;
hidróxido de Ca, Na, K, Bário e Lítio): Reagem com os agentes
 A CAM diminui com associação de um anestésico
anestésicos voláteis.
venoso ou opioide (efeito sinérgico, ao invés de
meramente aditivo);  Formação do monóxido de carbono, exceto lítio e
bário.
 Redução da CAM: Uso agudo de álcool, uso crônico
de anfetaminas ou alfa2 agonistas, idosos,  Formação do composto A: interação do SEVO X
hiponatremia, hipotermia, anemia (< 5g/dL), NaOH e KOH
hipercarbia, hipóxia, acidose metabólica, gravidez, É mais fácil anestesiar um idoso do que uma criança, sendo
óxido nitroso, opioides, BZD, propofol, lidocaína necessário uma menor quantidade em idosos.
intravenosa. Efeitos adversos:
 Aumenta a CAM: Uso crônico de álcool e uso  Neurológico: durante a indução e despertar –
recente de anfetaminas, cocaína e efedrina, delirium e agitação;
hipernatremia, infância (até 6 meses).  Náuseas e vômitos pós op;
 N2O: é mais emetogênico e causa distensão
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS visceral;
VOLÁTEIS: DESFLURANO, SEVOFLURANO, ISOFLURANO E  Efeito teratogênico;
HALATONATO. GÁS: ÓXIDO NITROSO  Hipertermia maligna: atenção em indivíduos
Relaxamento muscular – esquelético e liso pelo bloqueio suscetíveis.
dos receptores nicotínicos. Sendo o potencial de
relaxamento = DESFLURANO > SEVO > ISSO > N2O.
Atenção! Ocorre também o relaxamento uterino (pode
promover o relaxamento uterino proporcionando o
sangramento no intra e no pós op), gastrointestinal
(aumento de náuseas e vômitos, ílio paralítico) e
vesicoureteral (retenção urinária = bexiga relaxada).
ÓXIDO NITROSO: não é irritante, não é broncodilatador,
leves alterações hemodinâmicas, evitar em pneumopatas
(hipertensão pulmonar) e cardiomiopatias graves = leve
depressão miocárdica e aumentos leves da resistência
vascular pulmonar. Não utilizar em cirurgias
intracavitárias = pode distender as estruturas.
Irritação das VA (tosse e laringosespasmos – DESFLU e
ISO, mais comum na asma, DPOC e tabagismo). Grau de
irritabilidade da VA = desflurano > ISO > HAL > SEVO >
N2O.
Eefeitos brônquicos (broncodilatação por ação 2
agonista, tto asma grave e SEVO tem maior potência,
sendo o DESFLU dependente da dose administrada = CAM
baixa broncodilata e CAM > 1,5
broncoespasmo/constrição.

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Medicamentos na IOT
REMIFENTANIL: ação ultra-curta, metabolizado pelo
plasma e esterases teciduas, ½ vida de 9min.
Dose 0,05 a 0,5 μg/kg.h, início em 1 min com duração de
BENZODIAZEPÍNICOS
5 a 10min. Doses em bolus não são recomendados = risco
MIDAZOLAM, DIAZEPAM e LORAZEPAM
de depressão respiratória e rigidez muscular.
Abertura do canal de Cl-/GABA (receptor GABAA);
ALFENTANIL E SUFENTANIL = utilizar com cautela = maior
Atua como ansiolítico, na amnésia anterógrada, redução
risco de rigidez muscular.
de despertar intraoperatório, miorrelaxante,
anticonvulsivante. Possui início de ação em 1 a 5 min e ALFA 2 AGONISTA
pico de efeito de 5 a 7 min. Depressão respiratória dose CLONITIDINA: agonista seletivo dos receptores alfa 2.
dependente. Efeito sedativo dose-dependente sem causar depressão
MIDAZOLAM: hidrossolúvel, ação curta, dose 0,1 a 0,2 respiratória. Causa hipotensão e bradicardia.
mg/kg repetido a cada 5min conforme necessidade, ½ Dose 2 a 4 μg/kg (IV) em 10min. Tem início de ação em 5
vida 1,9 ± 0,6h. Maior sensibilidade do idoso ao efeito a 10 min e pico em 30 a 60min.
indutor do sono, prefere-se DIAZEPAM = 0,1mg/kg DEXMETOMIDINA: agonista alfa 2 super-seletivo (8x
raramente utilizado dose superior a 2mg. Sedação e maior do que a clonitidina, porém com ação mais curta).
amnésia, pode ser utilizado como anticonvulsivante. Potente efeito antisialogogo. Efeito de sedação e
↓metabolismo cerebral e ↓ fluxo sanguíneo. analgesia sem depressão respiratória.
Administração venosa, intramuscular, oral, intranasal e Dose 1 μg/kg em 10min ou 0,5 μg/kg em 20 min = infusão
retal, ↓ pequena da PAM e da resistência vascular. Liga- venosa.
se a albumina, quando presença de hipoalbuminemia
HIPNÓTICOS
observa-se acentuação dos efeitos no SNC em virtude da
Classe menos recomendada, em razão da necessidade de
presença de droga livre. Depressão respiratória dose manter o paciente contactante e responsivo às
dependente principalmente em idosos com a solicitações durante a intubação acordado.
administração concomitante de opióides, maior do PROPOFOL: lipofílico = rápida absorção no SNC. Ação
mizadolam do que no diazepam. Instabilidade rápida = 2 a 4min, aplicação IV em bolus com rápida
hemodinâmica em pct críticos, depressão direta do depuração. ½ vida 10x mais velozes do que o tiopental =
miocárdio por efeito inotrópico e cronotrópico negativo, mínima confusão pós-op. Apenas o desflurano tem uma
pode ↑DC, efeito na PA depende do estado do paciente, recuperação mais rápida do que o propofol porém está
↓ drive ventilatório. Efeitos cardiovasculares menores do associado a náuseas e vômitos. Metabolização hepática,
que o tiopental e propofol. Efeito protetor dose não tem depuração prejudicada na cirrose e nem na
dependente contra hipóxia cerebral. Não tem efeito insuficiência renal. Recuperação rápida. Em crianças é
antiemético. Não bloqueia a estimulação adrenérgica contraindicado para sedação = síndrome da infusão de
(resposta ao estresse), pode ser combinado com opióides propofol (acidose metabólica, hiperlipidemia, arritimias
porém, tem efeitos supra-adivitos. Metabolismo cardíacas e aumento de mortalidade). Agente indutor
hepático. típico em dose de 1,0 - 2,5 mg/kg intravenoso é também
excelente sedativo, pacientes idosos a dose de indução
ANTAGONISTA BZD
deve ser reduzida 1mg/kg com pré-medicação e
FLUMAZENIL: é inoperante quando utilizado outros
depressores – barbitúricos, etomidato, propofol, 1,75mg/kg sem pré-medicação. Pode causar agitação em
cetamina, etc. Anula os efeitos dos BZD, dose 0,1 a 02, mg razão da injeção ser dolorosa em veias periféricas de
(repetida até 3mg) via EV. Reverte os efeitos de sedação, menor calibre e rápida superficialização (porém não tanto
hipnose, amnésia, relaxamento muscular, depressão quanto a dexmedotomidina). Produz amnésia, ansiólise e
respiratória e disfunção psicomotora e até alterações no ação antiemética. Em IOT acordado exige titulação
EEG. ½ vida 1h, cautelosa evitando apneia. Utilizar em infusão contínua
TCI OU TIVA (Total Intravenous Anaesthesia). EFEITOS -
OPIÓIDES
FENTANIL: fácil titulação e baixo custo. SNC: ↓fluxo sanguíneo cerebral = usado em
Dose 1 a 2 μg/kg devendo ser administrado em pequenos neurocirurgias, ↓transporte mucociliar O2 + ↓ PIC =
incrementos (ex. de 0,3 μg/kg) neuroprotetor, ↓PA e pode ↓pressão de perfusão
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cerebral (PPC), reduz amnésia, ↓ responsividade da VA.
Respiratório: ↓FR, ↓ respiração, depressão ventilatória
(atenção aos períodos de apneia, hipóxia, depende da
dose), não altera musculatura brônquica. Renal: ↓ fluxo
sanguíneo renal. Cardiovascular: ↓ PA mais proeminente
(atenção em idosos e pct com choque), contratilidade
cardíaca, ↓ resistência vascular sistêmica, ↓volume de
ejeção, ↓ DC, atenua reflexo barorreceptor (↓ resposta
taquicárdica à hipotensão), ↓demanda de O2 pelo
miocárdio. Reflexos: ↓ faríngeo e laríngeo = ideal para
inserção de máscara laríngea, atenção a síndrome de
aspiração pulmonar em pacientes SEM jejum. Indução e
recuperação: podem ser observado movimentos
epileptiformes NÃO confundir com atividade epiléptica
verdadeira. Doses habituais pode agir como
anticonvulsivante. Utilizado na indução e manutenção.

CETAMINA [R (dextro) e S (levo)]: Potente efeito TGI: náuseas e vômitos. Endócrino: inibe enzimas de
analgésico. Intensificação da salivação e secreções produção esteroidal adrenal (↓síntese de cortisol por 4 a
traqueobrônquicas = prejudicial ao preparo da IOT 8h pode prolongar até 24h em idosos e pct debilitados).
acordado. Estimulante central simpático central direto, SNC: inconsciência, não promove analgesia, pode ter
↑FC, ↑PA, ↑DC, ↑ consumo de O2, taquicardia, movimentos mioclônicos, ↓ PIC, ↑pressão de perfusão.
vasodilatação (↑ fluxo sanguíneo cerebral), ↑ PIC,
abertura dos olhos + nistagmo + reflexo fotomotor ANESTESIA TÓPICA/ANÉSTESICO LOCAL (AL)
preservado, depressão respiratória mínima, graus SOLUÇÃO ISOBÁRICA DE LIDOICAÍNA A 2%:
variados de hipertonia, ↑ salivação (risco de obstrução Pacientes acordados o nível plasmático tóxico da
das VA, realizar pré-medicação com antimuscarinicos lidocaína é 5 μg/mL. Sintomas = convulsões, falência
como o glicopirrolato = anticolinérgica), broncodilatação, respiratória e colapso circulatório.
Quando utilizado o fibroscópio flexível pode administrar a
reflexos das VA relativamente preservados, ↑
solução de AL através de seringa conectada a porção
catecolaminas pela adrenal, ↑tônus simpático central, ↑
proximal do canal ou cateter. Proporciona conforto.
demanda de oxigênio. Útil em pct chocado, manuseio de LIDOICAÍNA IV: canais de sódio, abertura de canais iônicos
asma grave, porfirias, grande queimado. Metabolização durante a despolarização. Redução dos componentes da
hepática, ½ vida 2,5h. Dose 0,2 a 0,5 mg/kg (IV) com picos dor causada por lesões do SNC. Dose 1 a 1,5mg/kg. A
plasmáticos em menos de 1min e duração de 5 a 10min. infusão de lidoicaína reduz a necessidade de opióides,
Único agente de indução anestésica que NÃO age no sedativos hipnóticos e melhora no controle da dor.
centro respiratório causando depressão respiratória. Utilizada na indução de anestesia geral. Agente
Propriedade hipnótica, analgésica e anestésica local. antiarrítmico. Hipotensão, ↑frequência ventricular em
Interação com receptores opióides. Promove anestesia pct com fibrilação em doses > 50mg.
dissociativa, alteração de humor, sensação de flutuação,
ANESTESIA INALATÓRIA
sonhos vívidos e alucinações = utilizar pré-medicação com
SOLUÇÃO ISOBÁRICA DE LIDOICAÍNA A 2%: 5mL de
BZD para diminuição da síndrome confusional aguda.
lidocaína + nebulização com oxigênio sob fluxo de 6 a
Única com administração endovenosa, intramuscular, 8L/min. Útil em pacientes com limitação da abertura oral.
oral, nasal, renal e epidural. Supressão do reflexo da tosse e laringoespasmo durante
ETOMIDATO: alta lipofilicidade (penetra no SNC), início de a laringoscopia e intubação, diminui broncoespasmo.
ação e distribuição rápida, lenta eliminação ½ vida 5h
(mais longa do que a do propofol), duração dose BLOQUEIO NERVOSO
dependente = 3 – 5min, dose média 0,3 mg/kg Utilizado quando necessário anestesia suplementar com
metabolização hepática. EFEITOS - Cardíaco: menor objetivo de suprimir reflexos durante a IOT acordado, por
depressão do miocárdio, redução mínima do DC e da PA ex. náuseas (receptores profundos do tecido posterior da
(uso em pct idosos, chocados ou com comprometimento língua). Bloqueio de nervo laríngeo superior, nervo
glossofaríngeo e anestesia translaríngea.
da função cardíaca), pouco efeito na FC, estabilidade
preservada. Respiratório: apneia transitória, tosse,
BARBITÚRICOS
soluços, não é ideal para inserção de máscara laríngea,
TIOPENTAL, PENTOBARBITAL E FENOBARBITAL. Efeito
depressor ventilatório menor do que o tiopental e hipnótico, anticonvulsivante e neuroprotetor (↓ tx
propofol, exceto DPOC, diminui transporte mucociliar O2. metabolismo encefálico e ↓ fluxo sanguíneo = atividade
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isoelétrica no EEG), proteção à lesão isquêmica, ↓PIC,
efeito inotrópico negativo. Ação nos receptores GABA,
inibição nos receptores de glutamato (NMDA) e inibem
canais iônicos (sódio e cálcio). Alta lipossolubilidade =
ultrapassa a BHE = ↓ consciência, e pela barreira
placentária. Depressão respiratória e cardiovascular.
Exacerbação da porfiria por indução enzimática,
hipocortisolismo por indução hepática e insuficiência
adrenal por inibição da função hipofisária, osteomalácia
por uso crônico, lesões cutâneas (raras), dependência.
Contraindicação: enfisema pulmonar, mixema, cor
pulmonale, demência, insuficiência renal e porfiria.
FENOBARBITAL OU METILFENOBARBITAL: ação longa, boa
absorção pelo TGI, uso oral ou injetável. Pico de
concentração plasmática 8 a 12h e encefálica 10 a 15h, ½
vida 60 a 180h em crianças e 53 a 118h em adultos.
Utilizado como antiepiléptico em crianças (crises parciais,
generalizas e convulsões febris). Início de ação 30min VO
e 5min injeção parenteral. Duração da ação 4 a 6h se
injetado. Solução injetável compatível com SF, solução de
glicose, ringer e ringer lactato, além de cloreto de cálcio,
gluconato de cálcio, aminofilina, meropenem, polimixina
B e verapamil. Não é compatível com clorpromazina,
efedrina, hidrocortisona e succinilcolina. Pode ser
infundido em paralelo com fentanil, fosfenitoína,
meropenem, morfina e propofol
PENTOBARBITAL: ação curta, menos lipofílico pela
presença de O2 na sua molécula, prolongado seu início de
ação e a ½ vida. Início de ação 10 a 25min IM e 1min EV,
½ vida 35 a 50h. É compatível com ringer lactato.
TIOPENTAL: ação ultracurta = 30 a 40s, duração 5 a 8min,
dose 3 a 4 mg/kg, ½ vida 7 a 17h, metabolismo hepático e
excreção renal. Não é compatível com ringer lactato, SF E
dextran 6%. Incompatível com efedrina, hidrocortisona,
noradrenalina, penicilina G e fenitoína, prometazina,
bicarbonato de sódio, succinilcolina e vancomicina.
A infusão paralela é compatível com aciclovir e propofol.

BNM
Indução da sedação e na sequência rápida de intubação.
ROCURÔNIO: BNM não despolarizante que atua
competindo pelos receptores de ACH na placa motora
levando ao bloqueio da transmissão neuromuscular. Ação
rápida e duração prolongada, pode ser necessário o uso
de antagonistas para reversão. Efeitos colaterais:
hipotensão, taquicardia e reações alérgicas. Dose 1,2
mg/Kg. Antagonista: sugammadex sódico.
SUCCINILCOLINA: BNM despolarizantes que se liga aos
receptores de ACH na placa motora e causa
despolarização prolongada resultando no bloqueio
neuromuscular. Ação ultrarrápida, duração curta e
recuperação neuromuscular rápida. Efeitos colaterais:
hipertemia maligna em pacientes predispostos,
hipercalemia (aumento de potássio) e fasciculações
musculares. Evitar em caso de: glaucoma, aumento de
CPK, hipertermia maligna. Dose 1 mg/kg.

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