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Prova 1 - resumo

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024 14:47

Aula 2 - farmacodinâmica
Aula 1 - farmacocinética
O fármaco sempre atuará em cima de um sítio-alvo/receptor
Remédio
Influências usadas como intenção benéfica O fármaco não induz uma função inexistente na célula
Ex: música, acupuntura, fé Sempre irá ATIVAR (quando está acontecendo algo não suficiente) ou
BLOQUEAR (quando acontece algo exacerbado)
Medicamento
Produto farmacêutico, podendo conter mais de um fármaco
Ex: Coristina A interação fármaco-receptor só acontece por meio de um
reconhecimento deles, estruturas parecidas, arranjos
Fármaco parecidos
Substância química; princípio ativo; maioria das vezes um sal Uma molécula tem que pelo menos ter 3 pontos de ligação
pode ser genérico. nas moléculas receptoras

1. ABSORÇÃO 2. DISTRIBUIÇÃO .3. METABOLIZAÇÃO Alvos de ação dos fármacos


4. EXCREÇÃO Depende de algum receptor macromolecular presente nas células

ABSORÇÃO Canais iônicos:


Ocorre quando o fármaco chega na corrente sanguínea; o Alterações no potencial da membrana e na concentração iônica no interior da
movimento célula

Fármaco precisa atravessar barreiras biológicas OU Receptores ionotrópicos


• Epitélio gastrointestinas, endotélio vascular, membranas Ex: anestésico - vai bloquear o canal iônico de sódio e potássio impedindo o
plasmáticas impulso nervoso de acarretar a dor; anticonvulsivantes - bloqueio de canais de
cálcio
• Ocorre por difusão passiva, transporte ativo, pinocitose, Ex: receptores colinérgicos nicotínicos
fagocitose
Receptores de membrana
1. Quais são os fatores que interferem na absorção dos fármacos? OU metabotrópicos
Lipossolubilidade, área de superfície absortiva, fluxo sanguíneo,
vias de administração, forma farmacêutica, efeito de primeira Desencadeiam o processo de transdução
passagem
Podem ser estimulatórios ou inibitórios
Não ionizada - lipossolúvel - bem absorvida
• Bases fracas: boa absorção em maior PH Muscarinérgicos; dopaminérgicos; adrenérgicos; serotoninérgicos
• Ácidos fracos: boa absorção em menor PH
• Cátion e ânion são piores absorvidos Ex: adrenorreceptores alfa e beta
• Para excretar precisa estar na forma ionizada, ou seja mais
hidrossolúvel Porque a bombinha de respiração quando usada muito pode causar
taquicardia?
Quando tomamos um medicamento já é calculado a quantidade Por conta do excesso do uso da bombinha o receptor não fica mais tão
perdida pelo caminho desse fármaco - efeito de primeira passagem sensível ao fármaco e pode se modificar, fazendo com que não ocorra
• Acontece em gotas, pílulas, drágeas, xaropes mais a ligação com o receptor, indo se ligar em outros receptores (Beta 1)
• Única via que NÃO se perde medicamento é a INTRAVENOSA, de outros lugares, como o do coração, causando taquicardia.
ou seja, não tem absorção. O que é feito nesses casos? Feito adrenalina (epinefrina) diluída ou
subcutânea com liberação lenta
Biodisponibilidade X absorção
A biodisponibilidade é a fração não
modificada do medicamento na corrente Enzimas/proteínas carregadoras
sanguínea; na via intravenosa, a Ex: receptores de insulina
biodisponibilidade é 100% e a absorção é 0 Ex: aspirina - inibe enzima cicloxegenase cliva o ác. Araquidônico (que produz a
pois não se perde fármaco, pois cai direto prostaglandina)
na corrente sanguínea.
Receptores intracelulares
Regulam a transcrição gênica; localizados no citoplasma e migram para o núcleo
DISTRIBUIÇÃO Ex: receptores esteroides
Logo após o medicamento cair na corrente sanguínea e ser Ex: corticoide - existe um receptor dentro do citoplasma da célula, onde o
distribuído para o corpo fármaco atravessa por ser muito lipossolúvel -> induz a síntese de uma proteína
no núcleo da célula que vai produzir uma ação antinflamatória
Fármacos possuem maior afinidade, ou menor afinidade com
proteínas plasmáticas, ligando-se a elas.
Um mesmo fármaco pode atuar em receptores diferentes, como é o
Depende do FLUXO SANGUÍNEO exemplo da Adrenalina, que pode se ligar ao receptor alfa 1 do vaso
sanguíneo e causar vasoconstrição e se ligar ao receptor beta 2 no
A forma LIVRE do medicamento, ou seja, sem estar ligado a uma pulmão e fazer broncodilatação
proteína plasmática, é a que chega nos tecidos e é biotransformada
e eliminada Fármacos inibidores/bloqueadores
• Um fármaco se liga a alguma proteínas, porém, depois se torna Fármacos podem ativar receptores - AGONISTAS ou inibir receptores -
livre ANTAGONISTA

Os fármacos podem ser depositados em reservatórios NÃO EXISTE AÇÃO CONTRÁRIA

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e eliminada
• Um fármaco se liga a alguma proteínas, porém, depois se torna Fármacos podem ativar receptores - AGONISTAS ou inibir receptores -
livre ANTAGONISTA

Os fármacos podem ser depositados em reservatórios NÃO EXISTE AÇÃO CONTRÁRIA


• Ex: benzetacil é uma injeção de depósito, por conta do tecido
adiposo - menos fluxo sanguíneo (absorvida lentamente) Afinidade: reconhecer e ser reconhecido, ligação fármaco-receptor
Atividade intrínseca: estimular uma resposta farmacológica
Fármaco NÃO passa pela barreira hematoencefálica, mas passa na
barreira placentária Agonista: quando o corpo não produz algo suficiente, acrescenta-se um agonista
que faz com que aumente o número de interações, aumentando o efeito e
METABOLIZAÇÃO gerando uma resposta
Onde o medicamento é metabolizado; biotransformado; finalidade de Ex: adrenalina - vasoconstrição
torna-los polares
• Agonistas totais: resposta máxima
Ocorre no fígado Ex: morfina - agonista total, inibe a sensação de dor
• Independente da via do medicamento, seja ela oral, que passa • Agonistas parciais: não consegue ter uma resposta máxima
pelo sistema digestório ou intravenosa, que cai direto na Ex: codeína - agonista parcial, não atua em todos os pontos da dor, da um
corrente sanguínea, VAI passar pelo fígado. efeito mais ''leve'' do que a morfina
Depende da idade, gênero, inibição ou indução enzimática. Antagonista: bloqueia de um componente de se ligar ao receptor, funciona como
uma ''tampa'' impedindo qualquer ligação de um agonista
O medicamento ENTRA no nosso corpo mais lipossolúvel (menos Ex: com o uso da morfina os movimentos peristálticos podem parar, travando o
polaridade), e após ser metabolizado no fígado se torna mais intestino, usa-se um antagonista naloxona para ''expulsar'' a morfina do receptor e
hidrossolúvel (mais polaridade), para que consiga passar pelo sistema tampar, para que volte os movimentos peristálticos
renal e ser eliminado
Antagonista tamém precisa ter afinidade com o receptor, mas
NÃO precisa gerar uma resposta
Metabólitos ativos: entra ativo no corpo; exemplo:
diazepam
1. Como um antagonista ganha o receptor?
Pró-fármacos: depois que passa pelo fígado, onde é Por maior concentração do antagonista
metabolizado é que se torna ativo; exemplo: enalapril;
tem que ser transformado no efeito de primeira Antagonistas competitivos
passagem no fígado. 2 substâncias ''competem'' pelo mesmo receptor, se liga quem tiver em maior
Se o paciente tiver problema hepático ele não vai fazer com que concentração
metabolize o fármaco para que ocorra sua atividade
Antagonista não competitivo
1. Tomar leite com anti inflamatório para diminuir a acidez do Uma vez o fármaco ligado, não se tira mais do receptor
estômago? Ex: em casos de tromboembolismo o paciente toma um comprimido de AAS que
Quanto mais ácido o lugar mais não ionizado vai ser, o leite por faz evitar a agregação plaquetária, o AAS inibe a cicloxigenase que não irá
neutralizar o ácido do estômago vai ficar mais ionizado e não vai produzir o tromboxano, porém também irá sentir dor de estômago pela inibição
conseguir ser absorvido no estômago, passando então para o na produção de prostaglandinas (feita tambem pela cicloxigenase)
intestino
• Antibiótico com leite não vai fazer o fármaco ser absorvido, pois Antagonista químico
ao juntar com o cálcio (íons bivalente) a molécula fica mais Ocorre uma reação química
volumosa e não absorve, saindo tudo nas fezes Ex: tetraciclina + leite (antiácido) = neutralização
.
Reações enzimáticas: Antagonista farmacocinético
Fase 1: compostos ainda ativos que sofrem oxidação, redução e Agem na distribuição, absorção, metabolização e excreção
hidrólise.; desestrutura o fármaco = metabólito
• A maioria oxidação - citocromo p450 (complexo enzimático que Atuam nos mesmos receptores
oxida produtos)
Fase 2: compostos se tornam inativos e sofrem conjugação Altera o efeito do segundo fármaco
(geralmente com algum radical) Ex: barbitúrico X anticoncepcional (passa a não ter efeito)
• Molécula original -> fase 1 -> fígado pega radical e incorpora ao
fármaco para dar carga -> se torna mais polar - hidrossolúveis Antagonista fisiológico
Um efeito contrapõe o outro em receptores diferentes
Ex: adrenalina X histamina: em um choque anafilático de uma picada de inseto, dar
Fármacos muito lipossolúveis tem dificuldade de ficar inativos adrenalina que vai atuar em outro receptor
Exemplo: Diazepam - o metabólito ainda tem atividade, fase
dois não termina com o fármaco inativo; efeito do fármaco Sinergismo
dura mais. Associações de medicamentos que vai potencializar o efeito

Dose-efeito
EXCREÇÃO. A dose e o efeito não são constantes e não há relação um com o outro
Quando o medicamento é eliminado do nosso corpo
Potência: menor quantidade de um fármaco para produzir um efeito
Biiliar; renal Eficácia: resposta terapêutica
• Fármacos podem ter a mesma eficácia, mas não a mesma potência
Ex: suor, fezes, respiração, urina, etc • Eficácia por si só já se basta, a potência pode ser relativa de acordo com a
pessoa
Posologia: de quanto em quanto tempo o
fármaco tem que ser administrado, durante Índice terapêutico
determinados dias Margem de segurança de um medicamento
Concentração subterapêutica: ineficácia
medicamentosa; ''pouca'' quantidade DL50 - dose letal

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fármaco tem que ser administrado, durante Índice terapêutico
determinados dias Margem de segurança de um medicamento
Concentração subterapêutica: ineficácia
medicamentosa; ''pouca'' quantidade DL50 - dose letal
Concentração supraterapêutica: causa --------
toxicidade; ''muita'' quantidade DE50 - dose eficaz

Mais próximo de 1: menos segura, pois DL e DE estão muito próximas


1. Porque conhecer a posologia é tão importante? Acima de 5 boa e 10 excelente
- Pois permite informar o início da resposta - latência
- Tempo de definição do pico plasmático do fármaco Dessensibilização e taquifilaxia
- Duração e magnitude do efeito esperado Perda de efeito de uma substância quando administrada de forma contínua
- Eliminação do fármaco
Regulação agonista: a exposição contínua diminui o número de receptores,
2. Porque as vezes um medicamento resolve mais de um fazendo a internalização deles - DOWN REGULATION
problema? Regulação antagonista: de tanto o antagonista bloquear, o organismo entende que
- Onde tiver receptor que o fármaco tenha afinidade, ele irá se tem muita molécula para se ligar e hiperexpressa os receptores - UP
ligar REGULATION
• Porém o fármaco também pode causar um efeito colateral, ou Nos dois caos precisa parar de usar o fármaco
seja um efeito adverso aquilo do objetivo. Exemplo: um anti
inflamatório que pode causar dores no estômago.

Dose de ataque
Quando por exemplo o paciente chega ao hospital com uma pressão
altíssima, dá-se uma dose de ataque (que entre na janela terapêutica)
para ter um efeito mais rápido, porém, deve-se continuar com uma
tratamento com dosagem menor depois que se adeque a posologia

Uso de mais de um medicamento


Ao usar mais de um medicamento, um pode ser mais afinidade do
que o outro a proteínas plasmáticas; fazendo com que ocorra o
deslocamento exacerbado de um fármaco - a oferta é maior

1. O que acontece se usamos AAS pós AVC juntamente com o


uso de anti inflamatórios?
O anti inflamatório possui mais afinidade com a proteína
plasmática, fazendo ficar mais ligado a ela, portanto o AAS fica
mais deslocado (fez antiagregação), tendo uma grande oferta
para os tecidos, causando mini hemorragias

Reservatórios
Acúmulo de fármaco em tecidos

Exemplo: anestesia em cirurgia bariátrica para uma pessoa de 70 kg


e uma de 140 kg.
• O anestésico tem afinidade com o tecido adiposo, então se
acumula no tecido e vai soltando o fármaco em poucas
quantidades no sistema sanguíneo, fazendo com que a
recuperação demore mais

Citocromo p450
Pode inibir ou induzir enzimas

Indução: produz mais enzimas que metabolizam os fármacos e gasta


mais ''rápido'' o fármaco; aumenta a produção de metabólitos; diminui
a concentração plasmática
• Ingestão crônica de álcool

Inibição: produz poucas enzimas que metabolizam os fármacos e


acumula fármaco (aumenta efeitos farmacológicos); produz poucos
metabólitos; aumenta concentração plasmática
• Exposição aguda ao etanol
• Hormônios femininos são inibidores enzimáticos

Meia vida plasmática


Tempo em que o fármaco se reduziu a metade
• Exemplo: amoxilina (meia vida de 2 em 2 horas)
500mg (2h) -> 250mg (2h) -> 125mg (2h) -> 62,5mg (2h) ->
31,25mg (aqui já é uma concentração subterapêutica, por isso o
remédio precisa ser tomado novamente)

Intoxicação por Gardenal PROVA


É preciso alcalinizar a urina (pois a urina é ácida), geralmente é feito
com bicarbonato de sódio via intravenosa; isso vai fazer com que
gere íons, impedindo sua absorção novamente e vai ser eliminado

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gere íons, impedindo sua absorção novamente e vai ser eliminado

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