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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Escolas Ecléticas��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Escola Crítica ou “Terza Scuola”��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Escola Alem���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Criminologia Científica (Moderna Criminologia)��������������������������������������������������������������������������������������������������3
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Escolas Ecléticas
Escola Crítica ou “Terza Scuola”
Depois das escolas penais Clássica e Positiva, surgiram outras correntes denominadas pela
doutrina de ecléticas ou intermediárias.
A terza scoula italiana, uma das correntes ecléticas, é também conhecida como Escola Crítica. Tem
como marco a Publicação do artigo “Una Terza Scuola di Diritto Penale in Itália”, por Manuel Carnevale.
As mais importantes características dessa corrente são:
a) a responsabilidade penal tem por base a imputabilidade moral, sem o livre arbítrio, que é subs-
tituído pelo determinismo psicológico: o homem está determinado, mais forte, sendo imputá-
vel aquele que é capaz de se deixar pelos motivos. Aos que não possuem tal capacidade, deve ser
aplicada medida de segurança. A imputabilidade funda-se na dirigibilidade do ato humano e
na intimidabilidade;
b) o delito é contemplado no seu aspecto real – fenômeno natural, individual e social;
c) a pena tem uma função defensiva ou preservadora da sociedade. A pena serve apenas para
afastar o criminoso do meio social.
As escolas ecléticas são marcadas pela substituição do livre-arbítrio pela voluntariedade das
ações. Portanto, o crime é um fato individual e social. A pena tem caráter aflitivo/ético com vistas à
defesa da sociedade.
Escola Alemã
A Escola Moderna Alemã, considerada por alguns doutrinadores como a mais importante das
escolas ecléticas ou intermediárias surge principalmente dos estudos de um político-criminólogo
alemão Franz Von Liszt (Programa de Marburgo).
Configura-se aqui como uma direção política criminal, tendo uma importante função concilia-
tória e ordenadora. O ponto de partida é a neutralidade entre livre-arbítrio e determinismo, com a
proposta de imposição de pena, com caráter intimidativo, para os delinquentes normais e de medida
de segurança para os perigosos (anormais e reincidentes), sendo esta última com objetivo de assegu-
rar a ordem social, com fim único de justiça.
Extrai-se deste caráter intimidativo uma inovação frente às escolas penais precedentes que atri-
buíam a pena única função de afastar o delinquente do meio social. A pena com a função de desesti-
mular a prática de crimes por meio da intimidação, sem dúvidas faz parte da política penal moderna,
da prevenção geral. Essa Escola apresenta características como:
→→ O crime é um fato que nasce de fatores humanos e sociais (causas físicas, sociais e econômicas);
→→ A imputabilidade relaciona-se à capacidade de autodeterminação das pessoas;
→→ A pena baseia-se na culpa e se justifica pela necessidade de manutenção da ordem pública. Preza
pela eliminação ou substituição das penas privativas de liberdade de curta duração. Logo, a pena
é justa quando é necessária.
→→ Medida de segurança como fator preventivo, dada a periculosidade do criminoso;
→→ Associação entre crime sendo fato social e ente jurídico;
→→ Política Criminal (Von Lizt).
Posteriormente uma escola chamada Correcionalista ganhou destaque pela vertente que sustenta
uma ressocialização social. O Professor Cezar Roberto Bittencourt em sua obra explica:
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“Em outros termos, o delinquente, para os correcionalistas, é um ser anormal, incapaz de uma
vida jurídica livre, constituindo-se, por isso, em um perigo para a convivência social, sendo indife-
rente a circunstância de tratar-se ou não de imputável. Como se constata, não dá nenhuma relevân-
cia ao livre-arbítrio. O criminoso é um ser limitado por uma anomalia de vontade, encontrando no
delito o seu sintoma mais evidente, e, por isso, a sanção penal é vista como um bem. Dessa forma,
o delinquente tem o direito de exigir sua execução e não o dever de cumpri-la. Ao estado cabe a
função de assistência às pessoas necessitadas de auxilio (incapazes de autogoverno). Para tanto o
órgão púbico deve atuar de dois modos:
a) restringindo a liberdade individual (afastamento dos estímulos delitivos); e
b) corrigindo a vontade defectível. O importante não é a punição do delito, mas sim a cura ou
emenda do delinquente. A administração da Justiça deve visar o saneamento social (higiene e
profilaxia social) e o juiz ser entendido como médico social.”
Criminologia Científica (Moderna Criminologia)
A Criminologia estuda o fenômeno criminal, lançando mão de estudos realizados pelos diversos
ramos do conhecimento. O saber criminológico moderno agrupa os conhecimentos interdisciplina-
res sobre o problema criminal.
Diversos ramos do saber humano contribuem com a Criminologia moderna, tais como a So-
ciologia, Filosofia, Direito Penal, Medicina e entre outros. A Criminologia moderna tem como um
de seus maiores autores Cesare Lombroso, considerado o seu fundador. Entre as principais áreas da
Criminologia científica, estão a Biologia Criminal, a Sociologia Criminal e a Psicologia Criminal.
Biologia Criminal
A Biologia Criminal cuida da criminogênese, ou seja, da presença de tendências de etiologia
genética associada à Psicologia Criminal (estudo do comportamento humano e da saúde mental)
e ainda à Sociologia Criminal (fenômenos sociais). De acordo com a Criminologia moderna,
o fenômeno criminoso é uma interação biopsicossocial e o homem está sujeito a esta interação
podendo responder com mais um comportamento delituoso.
Além disso, a Criminologia moderna focaliza o delito como um problema social e comunitário
não somente como comportamento individual, ou seja, não somente do delito em si.
A Criminologia mais moderna defende o uso de tratamentos não institucionais, porque haveria
inequívoco prejuízo ao indivíduo com a restrição de sua liberdade ou afastamento de seu meio.
A Biologia Criminal estuda os aspectos genéticos da pessoa do delinquente. Seus estudos abrangem:
→→ Aspectos anatômicos;
→→ Aspectos fisiológicos;
→→ Aspectos patológicos;
→→ Bioquímica do criminoso.
A Biologia Criminal está ligada aos trabalhos de Cesare Lombroso e causou grande polêmica
onde foi aplicada. Inserem-se no modelo da Biologia Criminal a associação entre hereditariedade /
delito e anomalias cromossômicas / comportamento criminal.
As teorias de orientação biológica tratam de localizar e identificar em alguma parte do corpo
do homem delinquente (no seu funcionamento, de alguns de seus sistemas ou subsistemas) o fator
diferencial que explique a conduta delitiva, que se supõe como consequência de alguma patologia,
disfunção ou transtorno orgânico.
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