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CONTROLE DE SALIVA

EXCESSIVA EM CRIANÇAS

um guia de informações

2020
BABAÇÃO
A babação, conhecida também como "sialorreia", se refere à
saliva em excesso como resultado de limitações na capacidade
de uma pessoa de controlar e engolir as secreções orais. 
A baba anterior  é definida como saliva derramada da boca
que é claramente visível, gerando maior desconforto social, por
molhar constantemente as roupas e objetos.
  A baba posterior  ocorre quando a saliva é derramada pela
orofaringe e para a hipofaringe, gerando maior risco de
infecções de vias aéreas superiores.
Além das consequências sociais para as crianças e familiares,
o excesso de saliva pode causar irritação na pele e requer
mudanças de roupas e babadores.

COMO A SALIVA É
PRODUZIDA?
Existem 03 pares principais de glândulas na boca: as
submandibulares, sublinguais e parótidas.
O sistema nervoso autônomo é responsável pelo
controle geral da salivação.

ESSES NERVOS NÃO SÃO CONTROLADOS PELO CONSCIENTE!


GLÂNDULAS
As glândulas submandibulares produzem, em
repouso, a maior parte (aproximadamente 65%)
de saliva da boca.
As glândulas sublinguais produzem um pouco de
saliva mucosa e serosa (5%).
As glândulas parótidas produzem maior
quantidade de saliva durante as refeições, ou seja,
quando estão sendo manipuladas (cerca de 50%).
POR QUE AS
CRIANÇAS BABAM?

Em crianças e jovens com hipotonia, com déficit


cognitivo, deficiência neurológica e disfagia, a
sialorreia é geralmente o resultado de controle
oromotor limitado como resultado de falta de
coordenação muscular e dificuldades de percepção
sensorial. Dessa forma, o paciente não percebe a 
salivação excessiva, ou se percebe, não apresenta
tônus muscular para correta deglutição.
AVALIAÇÃO

Com o intuito de determinar qual fator pode contribuir


para a babação, é muito importante lançar mão de uma
abordagem multidisciplinar.

Precisamos observar:

SAÚDE GERAL: Babar frequentemente se torna mais


abundante quando as crianças apresentam infecções
respiratórias superiores recorrentes ou obstruções nasais.

MEDICAMENTOS: Saber sobre os medicamentos que


estão sendo tomados pode ajudar a determinar se eles
estão contribuindo para o problema.
AVALIAÇÃO
HISTÓRIA DENTÁRIA: Cuidados dentários
inadequados e cáries estão frequentemente associados
com babação.

HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO: Algumas


crianças não falam devido a graves dificuldades
motoras orais. Essas crianças costumam ter dificuldade
para comer e beber, além de babarem mais.

TIPOS DE
ABORDAGEM

V A DOR
SE R
E JO CON
AN ÃO
1-M D ICAÇ
2-M E A
E T OXIN
D
N JE ÇÕES
3- I A
U LÍNIC O
BO T
IRÚRGIC
C
M ENTO
ATA
4- TR
MANEJO
CONSERVADOR

GERENCIAMENTO DE PROBLEMAS SUBJACENTES:


Alguns problemas podem agravar a babação, como a
presença de obstrução nasal, cárie ou uso de alguns
medicamentos. FISIOTERAPIA e TERAPIA
OCUPACIONAL podem auxiliar na melhoraria da
parte motora, sensorial e cognitiva.

DISPOSITIVOS

Vibradores operados por bateria podem ser usados


para estimular os músculos ao redor dos lábios. A
parte de trás da uma escova elétrica também pode ser
usada.
AJUDANDO AS CRIANÇAS A SEREM MAIS
CONSCIENTES DA SALIVA E DOS MOVIMENTOS ORAIS:

Desenvolver habilidades alimentares especificas


relacionadas ao controle de saliva podem ser úteis.
Isso é encorajado pela colocação de diferentes texturas de
alimentos, classificados de fácil para mais difícil de
mastigar.

Uma série de exercícios pode ser desenvolvida para ajudar a


desenvolver o fechamento labial e sucção de saliva:
- Uso de expressões faciais no espelho: sorrindo, carrancudo,
puxando o rosto;
- Articulações labiais: mmmm, bbbb, pppp;
- Soprar instrumentos musicais: gaita, apito de festa;
- Segurar papel ou espátula entre os lábios por longos
períodos de tempo;
- Chupar canudos de vários líquidos e espessuras diferentes;
- Fazer bolha de sabão para ajudar na conscientização.
ELIMINAR COMPORTAMENTOS ORAIS:
Oferecer uma atividade que requer o uso das mãos:
quebra-cabeça ou brinquedo, um celular, almofada
vibratória.

ENCORAJAR AS CRIANÇAS A ENGOLIR MAIS E


LIMPAR O ROSTO:

Muitas crianças que babam têm dificuldade em saber


se seus lábios e queixo estão molhados e por causa
disso, eles não pensam em limpar.
- Forneça espelhos para a criança, mostrando quando
o queixo está molhado;
- Use dicas de toque, pressionando o dedo no lábio
superior da criança.
-- Use dicas auditivas, como programar um
cronômetro e encorajar a criança a limpar/secar o
lábio após a campainha.
- Existem também aplicativos como o "Swallow
Prompt", que fornecem lembretes auditivos.
- Ler um livro e pedir para criança engolir a saliva no
final de cada página.

O ELOGIO É UMA BOA RECOMPENSA!

MANTER A SAÚDE ORAL:

A saliva protege os dentes, neutralizando os ácidos


que são produzidos após a alimentação. Mudanças
adversas na quantidade e qualidade da saliva podem
ocorrer após o uso de medicamentos. Como resultado,
os dentes são mais suscetíveis à retenção de placa,
cárie e gengivite (inflamação da gengiva). Portanto, a
manutenção da saúde bucal é essencial.
Quem pode ajudar?
Cooperação da criança, da família e professores são
obrigatórios para que essas estratégias tenham
sucesso.
Os fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais,
fisioterapeutas e dentistas podem aconselhar quais
estratégias são mais adequadas. Intervenção de longo
prazo é necessário, incluindo o compromisso
considerável da família e da criança.

Todas  as alternativas procuram trazer mais conforto


a quem tem dificuldade em processar informações
sensoriais.
A terapia ocupacional ajuda a reorganizar as
sensações, tendo como objetivo reduzir seus efeitos
negativos nas crianças e, consequentemente, auxilia
no convívio social e no aprendizado. Além disso, a
integração sensorial é feita de acordo com o tipo de
disfunção de cada criança.
Existem muitas maneiras de controlar a baba, sendo
que as abordagens mais conservadores são sempre
tentadas primeiro.
Para tratamentos menos conservadores, como
MEDICAÇÃO, TOXINA BOTULÍNICA E CIRURGIA
deve-se procurar uma equipe multidisciplinar para
avaliação individual de cada caso.

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DE UMA EQUIPE
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