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Discussão de Artigo proposto pela professora Edna de Freitas para disciplina de

Semiologia e Semiotécnica
Acadêmica: Helen Maria Sousa Carneiro.
Artigo: Eficácia do banho no leito descartável na carga microbiana: ensaio clínico
O artigo teve como objetivo a identificação da eficácia de um banho no leito descartável (BLD)-
usando o Bag Bath®, lenços macios (não tecido), impregnados com hidratante enriquecido com
vitamina E, surfactantes não iônicos e água deionizada, conservantes livre de cloro e outros minerais
para preservar o pH ácido do manto da pele; sob a carga microbiana da pele, em relação ao banho no
leito convencional (BLC)- usando água, sabonete, compressa/luva de banho.
O método utilizado, ensaio clínico paralelo, randomizado, conduzido na Unidade de Acidente
Vascular Cerebral (UAVC) de um Hosp. Público de São Paulo, no período de novembro de 2014 a
dezembro de 2015. Participaram pacientes hospitalizados, adultos e idosos, de ambos os sexos,
acamados e dependentes da intervenção de enfermagem banho no leito. Os critérios de inclusão
foram: pacientes com idade ≥18 anos, com até 48 horas de internação, mobilidade física diminuída,
acamados na admissão e avaliados como de alta dependência, semi-intensivo ou intensivo, sem uso
prévio de antimicrobianos até início do seguimento, com integridade da pele preservada e desprovido
de infecção de pele e partes moles ou lesões por pressão, venosa, infecciosa ou tumorais, aceitar
participar da pesquisa mediantes assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelo
próprio paciente ou em caso de impossibilitado, pelo responsável.
Pacientes do grupo controle receberam BLC, enquanto o grupo intervenção recebeu BLD. Na
alocação foram confeccionados 40 cartões- 20 grupo A (controle); 20 grupo B (intervenção). A
variável de desfecho era a evolução da carga microbiana da pele dos participantes, foi realizada a
coleta de material antes de iniciar o banho e após a realização do quinto banho. Utilizou-se SWAB
estéril contendo meio de transporte (carvão ativado), a região para coleta foi a poplítea de membro
inferior direito, escolhida por ser uma das pregas corporais com maior umidade e temperatura. Para
avaliar a evolução analisou-se as duas culturas coletadas, categorizadas em negativou, manteve a
carga e colonizou. Entende-se como colonizado a presença e o crescimento de microrganismos na
segunda cultura, os quais eram diferentes daqueles encontrados na primeira. Considerou eficácia
aqueles negativados e mantidos.
Como resultados houve desfecho favorável a eficácia do produto BLD, 60% negativaram, 25%
mantiveram-se negativos, 5% mantiveram carga microbiana, e 10% colonizaram; enquanto no BLC,
80% colonizaram e 20% negativaram. Uma eficácia de 90% quando comparado ao BLC.
O estudo confirmou o benefício do produto, presumindo uma contribuição como barreira na
disseminação de microrganismos no ambiente hospitalar. A baixa eficácia do BLC sinaliza à
enfermagem a necessidade em investimentos de pesquisas de revisão do procedimento, tanto na
execução quanto na segurança dos itens utilizados. No estudo infere-se que o uso de três compressas:
uma para lavar, outra para enxaguar seguimentos do corpo e genitália, e a terceira para lavar dorso,
glúteos e região perianal; contribua para a baixa eficácia do BLC. Conjuntamente pode estar
relacionado os itens utilizados, como bacias, baldes, jarros, comadres, água, sabonete e itens de
tecido; pois podem desempenhar o papel de fômites.

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