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A conjunção Júpiter e Netuno em Peixes, ambos regentes do signo.

Dia 12 de abril de 2022 às 11:40 h, um evento astronômico que se repete a cada 13 anos, um
ciclo épico quando em domicílio.

Seria análogo a uma Onisciência

Nenhuma outra data seria uma garantia tão promissora de sermos auscultados pelos deuses.

Coloque-se em estado de graça e ouça o que sua divindade vos fala. Ecoa já entre os dias 07 e
17.

Mitificar ou desmitificar

De onde surgem as religiões?


A primeira resposta é de que nasceu do medo, do trovão, do raio, das tempestades, fez que o
homem primitivo achasse que essas forças fossem divindades, mas isso não faria o ser humano
filosofar sobre suas origens. A origem da religião é, pois, observar a cultura.

As pinturas rupestres, e as cavernas não eram santuários, não há sinal de guerra, ou luta entre
os seres humanos, mas rituais chamânicos, caçadas, atividades do dia a dia.

No reino animal, quebrar uma perna significa morte. A primeira evidência de civilização foi um
fêmur fraturado de 15.000 anos encontrado em um sítio arqueológico. Partido e curado
significa que alguém cuidou dessa pessoa, não foi o sepultamento mais o cuidar do outro que
nos revela a ideia de civilidade, tinha que emergir das coisas que dividem o ser hominal do
animal, podemos descartar o medo e o amparo, mas não cozinhar, sepultar ou a necessidade
de narrar, mas o "cuidar" sim é uma prova inequívoca que inaugura o sentido de civilização.

Para estarmos hoje em meio esses processos de um egoísmo fóbico provocado pelas ideias de
consumo como medida de “ascensão”, o individualismo resultante nos retrocede
ulteriormente a um humano de condições “paleolíticas” nisso que se retrata como “selvageria
capital”, hoje, o descuido com o outro ressignifica esse sentido de civilidade.

Quem gera e cuida da criança, dos doentes, dos mortos, dos vivos, pintar era um exercício de
meditação daí surge à sacerdotisa e assim nasceram as crenças rituais e religiosas.

A religião nasceu do cuidado e não do medo, o feminino inaugura as religiões, eram as deusas
mães, primeiro porque gestação e criação dos filhos, depois cultivar a terra, plantar e colher
(Terra Mãe - Gaia), aos homens restava à tarefa de caçar e proteger.

O homem em seguida resolve reivindicar o status patriarcal, cansados de serem "usados" pelas
mulheres, remonta nossa ancestralidade nômade.

A deusa mãe, Gaia é eterna, por isso o patriarcal permanece como reivindicação ancestral, o
masculino provedor não podia ser dispensável, a cultura então se desdobra no esforço por
afirmar-se, estar "quites" emergem deuses Masculinos e Femininos em conformidade com a
compreensão do universo como os “atingiam”.

O machismo poderia ser considerado uma versão rudimentar ancestral remanescente de


arquétipos encarnados de grupos que não conseguiram conformar sua cultura de gênero.
As lutas travadas tem seu ápice no período das Amazonas, mulheres livres, mas o patriarcado
venceu por seleção natural, pois o homem que caçava teve seu corpo bem desenvolvido em
força bruta, o homem venceu, e na medida em que evoluía, compreendeu-se que ambos
detinham o status de progenitores, pois a justiça é reivindicada entre entes humanos.

As tribos mais avançadas até o período pré-homérico (de que herdamos nossa cultura, até os
Helenos) tiveram seus mitos narrados de forma patriarcal, Zeus(grego) pai dos deuses ou
Júpiter (romano) não por acaso excluíra a autoridade feminina com suas esposas Hera (grega)
e Juno (romana) mãe dos deuses.

No egito a mulher era o símbolo do firmamento Gebe a terra aquela que está deitada e nasceu
de Nut. Entre os vários mistérios em torno do matriarcal, em 1950 o aparecimento de Lilith nas
universidades foi tão avassalador que a igreja interveio.

Os Hebreus 400 anos a. C., Deus homem, patriarcal, impõe castigo, narrativas do medo para
justificar a existências de Deus, medo, liberdade e sexualidade. A partir da costela de Adão fez
a mulher para excluir a primeira mulher de Adão, Lilith, transformada em serpente que ofertou
a maçã proibida a Eva.

Compreender o mito como sendo a origem de toda narrativa e não o inverso como supomos é
reconhecer o “sopro divino”. Os mitos foram "soprados" pela memória universal, e Júpiter é o
“sopro” que anima todos os seres. A percepção do céu seguida de Deus, remonta cerca 12mil
anos pelos Sumérios.

“Quando falo do que pode ocorrer depois da morte, estou sendo animado por uma emoção
interior e não posso me valer senão de sonhos e de mitos." C.G.Jung

"O inconsciente coletivo é constituído pela soma dos instintos e dos seus correlatos, os
"arquétipos". Assim como cada indivíduo possui instintos, possui também um conjunto de
imagens primordiais. A prova convincente disto encontramo-la antes de tudo na
psicopatologia das perturbações mentais em que há irrupção do consciente coletivo. É o que
acontece na esquizofrenia. Aqui podemos observar a emergência de impulsos arcaicos,
associados a imagens inequivocamente mitológicas." Carl G. Jung, A Natureza da Psique.

No esforço por um lugar de paz e luz utilizamos nossos recursos interiores através da
imaginação para pintar o mundo com as cores que “gostamos”.

Ao retornarmos a realidade, identificamos como uma experiência cruel no primeiro momento


em que as coisas ora respondem ou não àquilo que desejamos. Essas "imagens primordiais" ou
arquétipos: “...substratos fundamentais da psique inconsciente que não podem ser explicados
como aquisições pessoais.” Carl G. Jung.

Há que se observar o desejo, já que, Júpiter é meta, o esforço por colocar as coisas em
perspectiva é que tornam possíveis as realizações dos sonhos (Netuno).

Ficar a mercê da fantasia, em estado de graça, o que importa a criatividade, pode ou não
instrumentalizar nossos desejos, depende sempre da abordagem e estímulos. A fé (Júpiter)
participa desse contexto, sem crer, nada acontece. Assim, a inércia poderia ser compreendida
como ausência de vontade, sem o que a imaginação (Netuno) não devolveria nada à
criatividade.
Essa imaginação elabora segundo nossos condicionamentos, de onde viemos e para onde
iremos. Essa fenomenologia implicada em métodos para identificarmos a melhor maneira de
fazermos as coisas. Você aprendeu a ter fé ali quando andou de bicicleta pela primeira vez, ela
demanda sempre ao abordar o desconhecido. E nossos medos brotam nesse momento, entre
o já conhecido ou não, é sempre o conhecimento (Júpiter) que nos move, hoje em dia a revelia
do que se esgota como "fascismo" que não se justifica fora da arrogância material, supõe
conhecimento, robotiza-se afetos "programados" entre seus pares, esquece o sentido de
espontaneidade através da face reptiliana com que se arrogam suas crenças, "crendisses",
"pseudo-higiênicas", ou distúrbios de uma imaginação pouco criativa, ou que supõe delegar a
verdade segundo uma visão de mundo fundada em negação ou Júpiter/Netuno carbonizados.

Júpiter/Netuno em domicílio não pode carbonizar, pois nessa conjunção a verdade retoma seu
lugar no imaginário coletivo, por isso mesmo, aqueles que desfrutam de certa sanidade deverá
compadercer-se daqueles adoecidos pela visão distorcida de mundo que os impedem voltar-se
a luz. Estão confinados em seus núcleos de egoísmo em níveis de uma solidão perene,
insustentável sem o capital que os obrigam ressignificar suas vidas.

Dispensaremos por enquanto as posturas imperativas que resultam da arrogância, petulância,


insensatez, de supormos que as coisas devessem responder aos nossos desejos e ponto final,
seria incorrer no risco do “devaneio”, e seria um grande tédio se nascêssemos “prontos”,
nosso desenvolvimento não passaria de discutir a “minhoquisse” da minhoca ou a
“tartaruguisse” da tartaruga, ou a “masculisse” no homem e a “feminisse” na mulher.

Quando pensamos em "arrumar a casa" sabemos que não adianta rezar que nenhum anjo virá
em socorro, a preguiça é inércia. Quem sabe o anjo aguardado se faça presente ali na sua
motivação, inspiração e alegria de fazê-los com prazer e bom gosto. Assim vamos excluindo e
introduzindo em nossa imaginação “os apelos” que facilitem lidar com o mundo, e nossas
subjetividades.

Um cético, tão perseguidor da verdade quanto suas dúvidas o faça supor livre de qualquer
esmero, pratica algo de que o invejamos muito, ele se organiza no que esteja fazendo
eliminando os excessos, pondo dúvida em tudo o remete refletir e acessar verdades, o que
resulta em tarefas mais rápidas e eficientes, tanto quanto e apenas porque é na eficiência que
ele está focado. Isso não seria um grande sorriso na face dos deuses?

Grande tolice supor do cético um ser despido de fé e crença, ao contrário seu modo de agir o
liberta de muitos augúrios, destes que nos atormenta a imaginação, e mal sabe o cético tão
vinculado à divindade quanto à nega, os deuses o pinçam de alguma forma especial. Ocupa-se
dar conta de si, não se expõe aos excessos, reclama a mesma civilidade tanto quanto a mesma
supõe incriminá-lo, discriminá-lo, excluí-lo, pois ele teme apenas a culpa de se tornar
incompetente, ou pego de surpresa, despreparado, pois se esforça melhorar sempre, encontra
seus limites e não há o que fazer senão adequar-se, superar-se, sem "esperar" mágicas. Se isso
não for à verdadeira fé, a outra versão recai no campo do lúdico, romântico, tende a
ingenuidade, porque se torna imprudente, e não se sustenta fora da intrepidez. Ter que
possuir uma arma para não se sentir incompetente, é bem diferente de quem a possui
profissionalmente, mesmo qualificado, fora do autoconhecimento tudo pode servir como
arma.

Reconhecer limites torna-se uma virtude, saudações à galera de Touro, Virgem e Capricórnio,
enfoques dos planetas de terra, excessos de terra no mapa. A turma que olha e faz o que
precisa ser feito, independente dos signos e planetas invocarem essa tendência, é tão humano
quanto fenomenológico. E sobre o fenômeno, este que não se ocupa transcender ou explicar
nem filosofar ou postular um traço qualquer de qualquer coisa uma vez que se traduz em si
mesmo algo de que a nossa "objetividade" morre de ciúmes porque aos deuses pertence. Ter
uma religião e praticar uma religião é distinto: você está no plano da manifestação de que
todas as religiões se esforçam explicar a queda que realizou aqui quando nasceu, via útero
materno, Gaia.

O universo não é uma abstração, o céu está lá e podemos nos perguntar o que isso tem a ver
conosco, caso não fosse significativo, o virtual seria inútil. Júpiter expande os significados
lúdicos a serviço da imaginação o que potencializa a criatividade. Enquanto supomos que
nossa cientificidade irá presidir sobre o mundo sem se dar conta do quanto à avidez
contemporânea esgota o planeta, ver a maldade, violência e sujeiras não representar nada é a
grande tolice do momento. Ao mesmo tempo nos estimula contemplar os "restinhos" de
beleza enquanto ainda existem fora do artificial, talvez para novo contato com o
autoconhecimento e onisciência de que se opera no inconsciente coletivo. Não seria incomum
dizer algo de uma projeção astral imanente, há que se escutar a voz de seres superiores nessa
conjunção, sem incorrer na loucura.

Crer é anuir-se ao que não se sabe ainda, daí fé para combustão de nossas motivações, como a
liberdade jamais seria compreendida como entidade, deusa, ou postulado, se a liberdade se
apresentasse de fato entraríamos em pânico (Saturno). Quando dizemos sobre o cuidado com
o êxtase porque culmina em agonias, a entrega (Netuno) porque essa aspiração ao sagrado
colocado acima do eu, enquanto parte da premissa inequívoca de estarmos ocupando um
lugar no espaço/tempo, suscetíveis ao agir e padecer resulta do esforço em tornar sagrado
todo ofício, como sacro-ofício e não sacrifício de que a liberdade se ancora na incorporação do
bem, a inércia como ignorância (diabo) porque preguiça e tudo que se entende como pecado
resulta em mal, a síntese da dialética bem e mal faz de cada um o que se torna a partir de suas
escolhas, o viver apenas nos pergunta sobre a disposição as responsabilidades, com o outro, o
tempo todo é o outro inclusive sobre o que não sabemos de nós mesmos.

Sim, é da visão de certo e errado que o moralismo humano produz leis (Júpiter), daí arrogância
e ignorância irão resultar em fracasso, decadência, hoje na “demência” patológica de
transformar mentiras em verdade para satisfazer mesquinhez de nada serve a moral que
precisa colaborar com a civilidade.

Segundo Diógenes de Apolônia: “...Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma


mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa”.
Independe de nossa compreensão termos nos originado dos macacos ali a partir do Sul da
África até os polos nortes gelada embranquecer a pele dos supostos "raças puras" de que se
orgulham a sociedade “branca”, nesse esmero de ordem político-classicista moderno, para não
ofender o “arcaico” nessa hora. São ritos demoníacos de diferenciação arbitrária que ofende e
deprecia o sentido existencial, há muito praticado na omissão em relação aquilo que cobra
nossa própria evolução, ou seja, o outro.

A percepção de valores, pois em função do que damos importância e atenção, escolhemos


segundo nossa autoimagem, as condicionantes implacáveis que me impedem escolher tornar-
me qualquer coisa diferente de mim mesmo, e você faz o que quiser com seu corpo, mente e
alma, com liberdade, mas não pode excluir responsabilidades, sem o que resulta apenas em
fracasso.

Porque é preciso habilitar-se, qualificar-se para desvendar os próprios mistérios do "eu"


absolutamente distinto dos objetos, enquanto toda loucura contemporânea se esgota nos
igualar a eles, objetos, o princípio de correspondência nos cobra de forma implacável viver
para o outro, o outro agora está no celular, não é o celular, mas o outro que nos interessa. O
egoísmo enquanto patologia contradiz tudo e faz o mundo parecer um lugar inóspito. Não
precisa ser nem um pouco romântico para perceber isso, apenas apercebe-se. Talvez até a
fixação no celular, no outro, porque “fuga da responsabilidade” em responder uma confiança
esperada só possível na interação direta corpo presente, talvez o celular como um ensaio de
onipresença com menos responsabilidades, um ensaio de uma nova abordagem que nos
conecte com mais eficácia enquanto dispensa os afetos, ou talvez até, como um escape
(Netuno) de arrogâncias(Júpiter) que nos divide, colabora com a divisão do mundo em nichos
já bem distintos por vaidades.

Essa coisa inteira de que nos supomos plenos de possibilidades, de que enxergamos amplitude
de espaço e ideias, perdidos estaremos sem um "roteiro", desejamos um roteiro para viver, e
cada um com o seu, descobre que sozinho nada faz sentido. Porque é o outro quem dá sentido
a minha existência, e assim a experiência do viver configura o mundo como o conhecemos em
termos de civilidade.

Em nome do bem todo conflito se insurge, exatamente porque o natural não é a ordem, mas o
caos. Largado de mão, aquilo estraga, apodrece, defina. O esforço pelo útil, tecnologicamente
"saudáveis", enquanto psicologicamente comprometidos o exercício dos afetos que
consolidam sentimentos sinceros, distanciados, não se completam o suficiente, encarte e
descarte banalizados no tato humano sensível produzindo novas patologias de ansiedade,
depressão e melancolia. Júpiter/Netuno é para curar essa percepção de distanciamento que
compromete o sistema(Netuno) biológico, eco sistemático, que nos inclui a todos.

Gaia dessa vez conversa conosco , pandemia, “distanciamento”, “resiliência”, corrupção,


Júpiter / Netuno é para julgar o devaneio, momento certo de fazer isso, e deve ser porque
alguma coisa do que está por vir implicará muita lucidez.

A razão superior (Júpiter ) nos cobra qualificação, e o cartesianismo que dita às regras,
orgulhoso desde séc. XVI colocou a razão quantitativa no pedestal, nos distanciando dos
processos qualificantes. O exemplo de que não nasce abacate de uma semente de tomate,
seria dizer de um ser "definido", já programado, parecido com o programa que roda na
"sociedade do consumo", do resíduo. Necessidade de resgatar a verdadeira sinergia, aquela
que faz sentir o amparo, o humor, o olhar, a presença, retomar a evolução de pensar o outro
fora do objeto.

O projeto genoma feito para provar a supremacia branca, só provou que raça não existe, só
existe ser humano. Ou seja, a luz da ciência, o projeto genoma provou que o ser humano saiu
da África.

Todas as descobertas sobre nossa ancestralidade sofreram intervenções das narrativas


patriarcais.

Falar de Júpiter/ Netuno expansão e fantasia nos remetem ao primaveril, gracioso, glamoroso,
são expectativas românticas, mas advertem ao perigo de novas ilusões.

Se nossa compleição a convicção para escolher e decidir deve vibrar na crença de alguma coisa
que seja o "tudo" o quanto esteja acima de "tudo", carregado de razão, exatamente porque
não excluímos o amor da equação posto que empresta sentido as coisas, e porque supondo
que nossos deuses assim deva representar, desde a Criação do mundo em cada cultura, com
seu "mito", o amor, essa plenitude singular de unidade original, um ponto no tempo e espaço
de que o "BigBang" ou seja qual mito da Criação brote do amor, ainda assim estaríamos
profundamente enganados.

A Criação se destinou vários mitos e deuses e todos em comum compartilham a ideia de uma
originalidade, poder e glória. O "tudo" o quanto estava acima de "tudo" que se assim o fosse
por amor, não haveria deixar de ser o que era (já que amor como fusão de tudo) permaneceria
em seu estado de inércia. Se pelo oposto a ação, compreenderemos se tratar de alguma
fricção porque provoca ação, movimento. Alguma coisa, como gatilho, dividiu e diferenciou o
"todo" outrora inerte em sua plenitude singular e original, porque não poderia vir do nada.
Seja o que for estará configurado em uma razão superior, que engendrou o Caos Primordial,
ou Logos Criador, ao que nossos limites compreendem como Mente Universal, lugar da ideia.
Ver o mito a Criação segundo os gregos: Caos, Ouranos, Saturno por fim Júpiter salvo do
tempo que devorava os filhos ao nascer.

Júpiter representa a razão superior, o sopro que anima tudo, nosso intelecto, juízo, lugar da
motivação em colocar as coisas em perspectiva, é a fé e sabedoria, rege justiça porque ele
representa as leis do universo, organizador do universo Zeus (Grego) Júpiter (Romano) cujo
mito está ritualizado em nosso dia a dia em tudo sobre o que depositamos confiança, fé, na
crença das possibilidades e oportunidades eminentes, no desejo de expandir-se.

Netuno descoberto em setembro de 1846, onde nossa sociedade inaugurava novas


abordagens românticas, Iluminismo, exaltam os sonhos de que preside o signo de Peixes,
configura o êxtase e agonia da nova sociedade do consumo e do descarte.

Exacerbado o êxtase no que supomos controlar, as agonias se apresentam, esteve ali no álcool
e drogas, nas milícias, que inauguravam o séc. XIX, e culmina na perplexidade das guerras.
Também no glamour de todas as novas descobertas e coisas boas que superam em números
essas manchas de maldade no planeta. O que antes não tinha aquele peso, quando apenas da
regência de Júpiter as oportunidades não representavam devaneios.

Só porque colocamos os pés na Lua, dispensamos Deus, “Nietzche”, a avidez do orgulho então
nos penaliza com a solidão (Netuno). Agonia, porque o ser humano mais uma vez se vê
reduzido ontologicamente a um composto orgânico harmônico pronto para se tornar algo do
que deseja ou esteja "destinado" a ser, porque aberto, sensível, mamífero, por "mimese" se
esforça na adaptação e se condiciona na medida em que evolui, não somos deuses.

A imaginação explode na contemplação do mundo das possibilidades e nos acusamos de


incompetentes tamanho desgaste em tempo e recursos para reinventar-se todo dia porque
ficamos obsoletos a cada minuto.

A ciência, religião, política e arte são pensadas como “muletas”, acusadas de incompetência
porque não satisfazem minhas demandas. Ao menor sinal de impedimento, restrição e limite
da liberdade, os desafetos mudam opiniões, para supor o novo, e poder pisar em territórios
desconhecidos enquanto não se abandona a zona de conforto, tudo a mão.

Está no mito de Édipo o rei, a agonia ao desvelar nossos enigmas mais profundos. Daí o medo
de autoconhecer-se. Digo de tudo que o autoconhecimento não ignora o senso comum. Não
haveria civilidade, sem os arquétipos, as coisas não fariam sentido tão congênito a nossa
natureza, quanto à possibilidade do amor se converter em ódio, e vice versa, está nossa
capacidade de escolha, acorde, deixe de ser um ingênuo nos adverte Júpiter/Netuno como
força ígnea em direção ao paraíso, longe das expectativas tangíveis, se apresenta nas telas,
reconceituando o populismo, a arte, a política, a ciência e as religiões.
Não seria a onipresença divina de um Deus que pode tudo, já que “oniscientes” nos
autorizamos reivindicar “SEU” poder? Necessidade de compreender as diferenças entre
solitude e solidão.

Astrologia Presente
Valdomiro S. Junior

Arché
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Conteúdo não verificável poderá ser removido.—Encontre fontes: Google (notícias, livros e
acadêmico) (Setembro de 2019)
Para os filósofos pré-socráticos, a arché ou arqué (em grego clássico: ἀρχή), seria o elemento
que deveria estar presente em todos os momentos da existência de todas as coisas do mundo.
No caso de Tales de Mileto, por exemplo, a água era um elemento puro, e através dela podia-
se criar várias coisas; o início, o desenvolvimento e o fim de tudo. Princípio único.

Um dos pré-socráticos, Diógenes de Apolônia, explicou o raciocínio que levou os filósofos


desse período à ideia de arché:

"[..] Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é
evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo - terra, água, ar e fogo e as outras
coisas que se manifestam neste mundo -, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer
outra, ele seria diferente e diferenciava sua natureza própria e se não permanecesse, então
não permaneceria puro, e através disso descobriu que ocorreu muitas mudanças e
diferenciações, então as coisas não poderiam, de nenhuma maneira, misturar-se umas as
outras, nem fazer bem ou mal umas as outras, nem a planta poderia brotar da terra, nem um
animal ou qualquer outra coisa vir a existência, se todas as coisas não fossem compostas de
modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma mesma
coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa."[1]

Índice
1 Os princípios (arché)
1.1 Tales de Mileto: a água
1.2 Anaximandro de Mileto: o Ápeiron
1.3 Anaxímenes de Mileto: o ar
1.4 Xenófanes de Cólofon: a terra
1.5 Heráclito de Éfeso: o fogo
1.6 Pitágoras de Samos: o número
1.7 Empédocles de Agrigento: os quatro elementos
1.8 Anaxágoras de Clazomena: as homeomerias
1.9 Demócrito: os átomos
2 Bibliografia
3 Referências
Os princípios (arché)
Tales de Mileto: a água
Para Tales de Mileto, a arché seria a água. Jostein Gaarder observa que provavelmente ao
visitar o Egito, Tales observou que os campos ficavam fecundos após serem inundados pelo
Nilo. Tales então viu que o calor necessita de água, que o morto resseca, que a natureza é
úmida, que os germens são úmidos, que os alimentos contêm seiva, e concluiu que o princípio
de tudo era a água. É preciso observar que Tales não considerava a arché água como nosso
pensamento de água líquida, e sim, na água em todos os seus estados físicos. Tudo, então,
seria a alteração dos diferentes graus desta. Aristóteles atribuiu a Tales a ideia de uma causa
material como origem de todo o universo.

“... a água é o princípio de todas as coisas...”

Anaximandro de Mileto: o Ápeiron


Rudini observa que Anaximandro tinha um argumento contra Tales: o ar é frio, a água é úmida,
e o fogo é quente, e essas coisas são antagônicas entre si, portanto um o elemento primordial
não poderia ser um dos elementos visíveis, teria que ser um elemento neutro, que está
presente em tudo, mas está invisível.

Anaximandro foi um dos pré-socráticos que mais se diferenciou na sua concepção da arché por
não a ver como um elemento determinado, material. Considerava o infinito como o princípio
das coisas, e o chamou de Éter, considerava então, que o limitado não poderia ser a origem
das coisas limitadas. Explica que as coisas nascem do infinito através de um processo de
separação dos contrários (seco-úmido).

"Anaximandro ainda afirmaria que os primeiros animais nasceram no elemento líquido e,


pouco a pouco, vieram para o ambiente seco, mudando o seu modo de viver por um processo
de adaptação ao ambiente, extremamente coerente com as teorias evolucionistas de Charles
Darwin."

“... o ilimitado é imortal e indissolúvel...”

Anaxímenes de Mileto: o ar
Anaxímenes de Mileto, discípulo de Anaximandro, discorda de que os contrários podem gerar
várias coisas. Colocou o ar como Arché, porque o ar, melhor que qualquer outra coisa, se
presta à variações, e também devido a necessidade vital deste para os seres vivos. A rarefação
e condensação do ar formam o mundo. A alma é ar, o fogo é ar rarefeito; quando acontece
uma condensação, o ar se transforma em água, se condensa ainda mais e se transforma em
terra, e por fim em pedra. Destacou-se por ser o primeiro a fornecer a causa dinâmica que faz
todas as coisas derivarem do princípio uno (condensação e rarefação).

“... do ar dizia que nascem todas as coisas existentes, as que foram e as que serão, os deuses e
as coisas divinas...”

Xenófanes de Cólofon: a terra


O elemento primordial para Xenófanes é a terra, através do elemento terra desenvolve sua
cosmologia. Sua filosofia tinha sua lógica, pois, afinal, tudo o que existe começa na terra e tudo
volta para a terra, tanto animais quanto plantas.

Apesar de tudo, ainda temos aqueles que acreditam que a água seja o começo e questionam o
porquê da terra como justificativa, se a maior parte do planeta era feita de água. Tal questão
era respondida com a justificação de que o fundo do oceano era feito de terra.
“... tudo sai da terra e tudo volta à terra...”

Heráclito de Éfeso: o fogo


Heráclito atribuiu o fogo como princípio de todas as coisas. "O fogo transforma-se em água,
sendo que uma metade retorna ao céu como vapor e a outra metade transforma-se em terra.
Sucessivamente, a terra transforma-se em água e a água, em fogo." Mas Heráclito era
mobilista e afirmava que todas as coisas estão em movimento como um fluxo perpétuo. Ou
seja, usa o fogo apenas como símbolo de todo este movimento. Heráclito imaginava a
realidade dinâmica do mundo sob a forma de fogo, com chamas vivas e eternas, governando o
constante movimento dos seres.

“... descemos e não descemos nos mesmos rios; somos e não somos...”

Pitágoras de Samos: o número


Os pitagóricos interessavam-se pelo estudo das propriedades dos números - para eles o
número (sinônimo de harmonia) era considerado como essência das coisas - é constituído
então da soma de pares e ímpares, noções opostas (limitado e ilimitado) respectivamente
números pares e ímpares expressando as relações que se encontram em permanente processo
de mutação. Teriam chegado à concepção de que todas as coisas são números.

“... o princípio das matemáticas é o princípio de todas as coisas...”

Os pitagóricos se dispersam e passam a atuar amplamente no mundo helênico, levando a


todos os setores da cultura o ideal de salvação do homem e da polis através da proporção e da
medida.

Empédocles de Agrigento: os quatro elementos


Empédocles acreditava que a natureza possuía quatro elementos básicos, ou raízes: a terra, o
ar, o fogo e a água. Não é certo, portanto, afirmar que “tudo” muda. Basicamente, nada se
altera. O que acontece é que esses quatro elementos diferentes simplesmente se combinam e
depois voltam a se separar para então se combinarem novamente. O que unia e desunia os
quatro elementos eram dois princípios: o amor e o ódio. Os quatro elementos e os dois
princípios seriam eternos e imutáveis, mas as substâncias formadas por eles seriam pouco
duradouras.

Jostein Gaarder afirma que talvez Empédocles tenha visto uma madeira queimar, alguma coisa
aí se desintegra. Alguma coisa na madeira estala, ferve, é a água, a fumaça é o ar, o
responsável é o fogo, e as cinzas são a terra. As verdades não seriam mais absolutas, como nos
eleatas, mas proporcionais à medida humana. As coisas são imóveis, mas o que percebemos
com os sentidos não é falso. Então, as duas forças atuariam nas substâncias, o amor e o ódio.
O amor agiria como força de atração e união, o ódio como força de dissolução. Em quatro
fases, existe a alternância dos dois. Estabelece um ciclo, com a tensão da convivência dessas
forças motrizes.

Anaxágoras de Clazomena: as homeomerias


Anaxágoras achava que a natureza era composta por uma infinidade de partículas minúsculas,
invisíveis a olho nu. Assim, em tudo existia um pouco de tudo. Segundo Jostein Gaarder, de
certa forma, nosso corpo também é construído dessa forma. Se retiro uma célula da pele de
meu dedo, o núcleo desta célula contém não apenas a descrição da minha pele. Em cada uma
das células existe uma descrição detalhada da estrutura de todas as outras células do meu
corpo. Em cada uma das células existe, portanto, “um pouco de tudo”. O todo está também na
menor das partes.

Anaxágoras chamou as infinitas partículas de homeomerias, ou sementes invisíveis, que


diferiam entre si nas qualidades. Todas as coisas resultariam da combinação das diferentes
homeomerias.

“...todas as coisas estavam juntas, ilimitadas em número e pequenez, pois o pequeno era
ilimitado...”

Demócrito: os átomos
Os atomistas seguiram a linha de que a natureza era composta por partículas infinitas. Diziam
que tudo que realmente existia era constituído de átomos e de vazio (este último os espaços
entre os átomos). Considera que nada pode surgir do nada, assim, os átomos eram eternos,
imutáveis e indivisíveis. O que acontecia, era que eles eram irregulares e podiam ser
combinados para dar origem aos corpos mais diversos. Demócrito é considerado o mais lógico
dos pré-socráticos.

Convém acrescentar, contudo, que o suposto equívoco de Demócrito seria, grosso modo, um
erro de nomenclatura dos descobridores do átomo. Ao teorizarem e, posteriormente,
visualizarem a estrutura atômica, deram-lhe o nome de "átomo" em referência às ideias de
Demócrito. O fato dessa estrutura ser composta e, portanto, divisível, deve-se mais a um erro
de atribuição do que à má fundamentação da visão atomista.

Bibliografia

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