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Escola Secundária de São Pedro do Sul

Apriorismo Kantiano

Ano letivo 2012/2013

Diana Ventura, nº8, 11ºA

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Introdução

A apresentação oral e o trabalho escrito são sobre o apriorismo, que vai ser
uma nova teoria do conhecimento formulada por Kant.

Immanuel Kant, é um filósofo prussiano, geralmente considerado como o


último grande filósofo da época moderna. Kant vai ser um filósofo muito próprio
dado que desenvolve os seus próprios conceitos mesmo quando não existem,
como é exemplo a palavra “apriorismo”.

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Desenvolvimento
Apriorismo- porquê a necessidade de uma nova teoria do conhecimento?

Immanuel Kant ao refletir e estudar sobre a problemática da origem do


conhecimento vai-se identificar com a tese do racionalismo e do empirismo. É
racionalista por concordar que a razão é determinante na origem do
conhecimento. Porém, tal como os empiristas, é também defensor que sem
sentidos não haveria certezas.

Contudo, Kant discorda dos racionalistas e dos empiristas porque são


teses extremadas, dado que atribuem à razão e aos sentidos a exclusividade
na origem das nossas ideias.

Logo, Kant pretende com a sua tese do apriorismo, superar as noções de


empirismo e racionalismo, em vez de as juntar.

Origem do conhecimento segundo o Apriorismo

Segundo Kant, o conhecimento tem dupla origem: os sentidos e a razão.

Perspetiva Kantiana- “ a priori”

Um conceito fundamental nesta nova teoria da construção do conhecimento


é “a priori”. Conhecemos algo “a priori” quando o conhecemos sem recorrer à
experiência empírica, ou seja, quando algo é anterior e independente da
experiência empírica. Sendo que, a experiência empírica são maneiras de
recolher informação acerca do Mundo, sem se recorrer exclusivamente ao
pensamento, ou seja, são também utilizados os sentidos.

De acordo com Kant, o sujeito nasce com duas estruturas “a priori”, ou seja,
que fazem parte integrante do sujeito ( antes e independentemente do sujeito),
que vão ser a sensibilidade e o entendimento. Estas estruturas possuem
faculdades inatas que depois de desenvolvidas formam o conhecimento.

Teoria do conhecimento- Apriorismo

Existem vários exemplos do senso comum elucidativos da teoria do


apriorismo kantiano.Um deles é quando observamos um acidente de
automóvel.

O acidente que se observou vai ser o objeto, este foi captado pelas
impressões sensíveis da testemunha ocular, ou seja, pelos sentidos (tato,
olfato, visão, audição). Porém, essa testemunha só tem ainda informações
soltas logo terá de recorrer à razão humana para assim estruturar melhor o que
viu. A razão humana, por sua vez, vai-se subdividir em sensibilidade e
entendimento.

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A sensibilidade vai organizar o “onde?” e o “quando?”, ou seja, vai ser a
captação de dados. Porém, como isso não é suficiente a pessoa vai ter de
recorrer ao entendimento , que vai entrar nas suas categorias, como por
exemplo, se existem feridos resultantes do acidente de viação ou não, quantos
e a sua gravidade.

Estas categorias também “a priori” ordenam e sistematizam os dados


captados pela sensibilidade em conhecimento, ou seja, no fenómeno.

Esquema:

A sensibilidade e o entendimento

A sensibilidade é a intuição, isto é, uma faculdade de receber dados e só é


afetada pelos sentidos. Sendo que o ser humano vai intuir através de formas “a
priori”, estas vão dar forma aos conteúdos, que nos vêm dos sentidos. Duas
dessas formas vão ser: o espaço e o tempo.

O entendimento é uma capacidade ativa que ordena e sistematiza os dados


captados pela sensibilidade em conhecimento. Para isso utiliza doze categorias
também a priori , tais como: causalidade, modalidade, quantidade e qualidade
(…)

Revolução Copernicana

Immanuel Kant entendeu que a sua teoria de como conhecemos as coisas


representava uma revolução análoga à revolução de Copérnico na astronomia.

Nicolau Copérnico ficou conhecido por rejeitar o modelo Geocêntrico e por


afirmar que a Terra girava em torno do Sol, ou seja, foi um defensor do modelo
Heliocêntrico contrariando tudo o que se acreditava na sua época.

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Esta crença provocou uma grande revolução ao nível da astronomia no
tempo de Copérnico.

Kant ao rejeitar o empirismo e o racionalismo por conferirem ao sujeito um


papel passivo no ato de conhecer, na medida em que tem de se sujeitar a
dados indiscutíveis os sentidos, segundo o empirismo e á razão segundo o
racionalismo, também provocou uma grande revolução no seu tempo, criando
assim o apriorismo.

Ao ultrapassar a dicotomia / separação dos sentidos-razão, vai ultrapassar


tudo o que era aceite como verdadeiro no seu tempo, daí haver uma
comparação das revoluções em termos de magnitude.

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Conclusão
Kant pretendeu mostrar com a sua teoria do apriorismo que apesar do
conhecimento se fundamentar na experiência, esta nunca se dá de maneira
neutra, pois a ela são impostas as formas “a priori” da sensibilidade e do
entendimento, caraterísticas da cognição humana.

Em suma, a frase de Kant “O entendimento sem a sensibilidade seria


vazio, a sensibilidade sem o entendimento seria cega” vai afirmar que
nenhuma destas qualidades tem primazia sobre a outra, pois sem a
sensibilidade nenhum objeto nos seria dado e sem o entendimento nenhum
seria pensado.

É aqui que vai residir a originalidade de Kant, pois vai dar ao sujeito um
papel ativo no ato de conhecer.

Com o apriorismo kantiano apercebi-me que nem sempre o que a sociedade


aceita como uma verdade dogmática, como era o caso do modelo geocêntrico
e das teses empiristas e racionalistas corresponde á verdade.

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Bibliografia

Os sites utilizados para a realização deste trabalho foram os seguintes:

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant
 http://apontamentosecundario.blogs.sapo.pt/576.html
 http://www.oocities.org/topicosantropologia_epistemolog/Professor/A_rev
olucao_copenicana_Kant.htm
 Google imagens

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