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LITERATURA

ESCOLAS LITERÁRIAS: NATURALISMO


G: O Naturalismo é uma escola literária irmã do Realismo, uma espécie de extensão do
Realismo. Ela se desenvolve na mesma época que começa no Brasil em 1981 e vai até
1993. Mas essas escolas, apesar de terem características comuns, como a visão
materialista, cientificista, crítica da realidade, também têm suas diferenças.

R: Então, o Naturalismo é uma radicalização do Realismo. Naturalismo é um Realismo mais


exagerado, mais exacerbado. Em que sentido? No sentido de que vai focar no que há de
pior na sociedade, nos aspectos mais negativos da sociedade são abordados, são
focalizados pelos autores Naturalistas.

G: Se comparássemos, o Realismo faz um documento geral, uma foto geral da sociedade;


O Naturalismo, ao contrário, foca no que há de mais podre, de mais nojento, de mais
“chagástico”, de mais doentio. Os aspectos negativos, as chagas sociais são
preferencialmente abordadas pelos autores Naturalistas.

G: Outra coisa importante, o determinismo, temos teorias que influenciaram a época


Realista, o evolucionismo do Darwin, o positivismo do Comte e o determinismo é uma
teoria do Hyppolyte Taine, um filósofo francês que diz que o homem é determinado (Por
isso determinismo), por 3 forças contra as quais ele não consegue reagir, quais são essas
forças que determinam o homem? O meio, a raça e o momento. Já ouviram falar
daquele ditado? “O homem é produto do meio”. É sobre isso, um homem bom num meio
pervertido, se perverte. Também a teoria de raças superiores propagada na época pelo
chamado Darwinismo social.

R: Outro ponto importante é a abordagem do sexo, o sexo é muito evidente no


Naturalismo. O sexo no que há de mais pervertido, pervertido pra época. Algumas coisas
como a Homoafetividade, vista como um erro, uma perversão; A pedofilia o Incesto
também são presentes. Então o Naturalismo aborda o sexo no que há de mais animal.

R: Isso nos lembra de mais uma característica importante, o Naturalista vê o homem como
um animal, zoomorfizado. O homem comparada com cachorros, vacas, éguas, cavalos e
assim por diante. Zoomorfização: o homem é um bicho instintivo, acuado ele mata pra
não morrer.

G: Temos também o cientificismo, já citado anteriormente. A influência da ciência: o autor


se comporta como se fosse um cientista e trata seu personagem como uma cobaia. Então
eu vou provar uma tese científica com o meu romance. Por isso a observação tem que ser
imparcial, a linguagem tem que ser detalhista e assim por diante.

G: Esse é o Naturalismo em geral, agora trataremos um pouco do Naturalismo no Brasil.

R: Principais autores: Aluísio de Azevedo, o mais importante naturalista, autor do primeiro


romance do Naturalismo do Brasil em 1881: “O Mulato”, mesmo ano do “Memórias
Póstumas” lá do Brás Cubas. Então Realismo e Naturalismo se iniciam no mesmo ano aqui
no Brasil. O Aluísio também escreve a Obra Prima do Naturalismo: “O Cortiço”, aquele
lugar, aquele zoológico humano, a exploração do homem, o próprio cortiço como um ser
vivo. E ali se desenvolvem as maiores mazelas da sociedade, uma verdadeira obra prima
do Naturalismo no Brasil.

G: Você tem também Raul Pompéia, um autor Realista, um pouco Naturalista. Obra dele:
“O Ateneu”, que é um colégio interno, em que vai o Serginho de 11 anos estudar nesse
colégio, que é um ambiente corrompido, ele vai ter experiências horríveis, traumáticas
dentro desse colégio. Aborda-se o tema da homossexualidade, o tema da opressão, do
rigor da educação, excessivo, do autoritarismo, através do professor Aristarco. No final do
Ateneu, o colégio é consumido em chamas, um dos alunos incendeia o Ateneu.

G: Esses foram então os mais importantes e relevantes tópicos da escola literária do


Naturalismo.

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