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tece uma história do ensino de línguas para surdos movido por uma determinação
política da época.
Revendo a história identificamos que o ensino de língua inglesa no Brasil é
longa, tendo início em 1809 com a assinatura do decreto de 22 de junho de 1809
pelo Príncipe Regente de Portugal, que mandou criar uma escola de língua francesa
e outra de língua inglesa (NOGUEIRA, 2007, p. 20).
O interesse manifestado pela família real é justificado pelas relações,
predominantemente comerciais, mantidas entre o Brasil colonial e a Inglaterra, visto
que o primeiro recebeu inúmeras visitas de bretões interessados na maior riqueza
do país na época, o pau-brasil, entre os séculos XVI e XVIII. Tais visitas culminaram
na imposição, feita pelos ingleses, da assinatura de um tratado conhecido como
Tratado de Methuen, ou dos Panos e Vinhos10, em 1703.
A partir desse momento, o domínio colonial Português se rompeu devido ao
monopólio da marinha britânica sobre a comercialização de mercadorias com outros
países. Essa influência dos anglossaxões causou muitas mudanças, entre elas o
uso do trem de ferro, o que levou o Príncipe Regente, D. João VI, a assinar o
decreto que dá início ao ensino formal de inglês em nosso país.
Nos séculos seguintes, todo o mundo se ocupou em estudar questões ligadas
à aquisição e desenvolvimento da linguagem. Estudos esses que perduram até os
dias atuais, avançando cada vez mais e aproximando-se das respostas necessárias
à evolução dos estudos da linguagem, e gerando, como consequência, teorias
acerca do tema. Uma delas é o Behaviorismo.
Conhecido também como Comportamentalismo, o Behaviorismo – termo
utilizado pela primeira vez por Watson (1913) num artigo denominado “Psicologia:
como os behavioristas a vêem” – conta com o apoio de nomes como Watson e
Skinner, e não estuda mente, razão, consciência, sentimento ou conhecimento –
como vinha sendo feito desde gregos e romanos – mas, sim, aquilo que pode ser
observado e descrito. Isso significa dizer que, para os estudiosos de tal teoria, o
sujeito aprende a se comportar de forma apropriada em diversas situações
comunicacionais em uma determinada língua; ou seja, um sujeito (tabula rasa), ao
ser exposto a uma determinada língua (estímulo), aprende um comportamento
(linguagem) que o permite comunicar.
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Diploma assinado entre Grã-Bretanha e Portugal, em 27 de dezembro de 1703, no qual os
portugueses se comprometem a consumir os têxteis britânicos e os bretões a consumir os vinhos
de Portugal.
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George Herbert Mead escrever seu primeiro livro intitulado Mind, Self and Society (1934), onde
desenvolve a ideia de que a sociedade não é algo dado, mas se constrói permanentemente nas
interações dos atores sociais.
12
Harmer (2005, p. 78) define a área geral da metodologia como a prática do ensino de inglês
através de abordagens, métodos, técnicas, procedimentos e modelos.