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E píst o l a G e r a l d e

Tiago
Tiago, capítulo um (1) Espírito Santo não é para que aquele que o experimenta
se torne um Ninrode, mas sim um frutificador, um
Quando o SenhorJesus edificou a sua igreja, ensinou-nos
multiplicador, um implementador, sujeitador, dominador
comoabrir novos campos paraa multiplicação. Porisso
pelo Reino de Deus. Mas, de repente a tentação de ficar
perguntamos: Qual a importância e que poder há no
emjerusalém começou a travá-los. E como Deus fez para
Pentecostes? É necessário umacompreensão profunda. E
dissipá-los? Enviou tribulação, e umanova Diáspora
Lucas, em Atos, nos revela a resposta. Jesus multiplicou os
(dispersão) chegou, de maneira que a igreja foi dispersa
pães para os seus discípulos, os discípulos para a multidão,
peio mundo porcausada perseguição. Deus provocou um
e a multidão para as cestas. A multiplicação estava nas
escândalo para que as sementes fossem semeadas por
mãos dos discípulos e este poder foi dado aos homens.
todos os lados e começassem agerminare se multiplicar.
Muitos, ainda hoje, estão indo a lugares longínquos afim
O Pentecostes chegou com este poder de dispersão e
de buscar um método de multiplicação para implantá-lo
divulgação: O Espírito Santo. Deus não queriaque a igreja
em seus ministérios, quando, na realidade, o segredo
ficasse somente emjerusalém, mas que fosse formada
está na Palavra de Deus. O Pentecostes veio para nos
na Galiléia, onde Jesus estabeleceu o seu ministério, e,
ensinar que a Igreja pode restaurar esses cinco poderes. se isto tivesse acontecido, a história da evangelização
O Pentecostes veio para restaurar os cinco poderes:
mundial seria outra. Lendo Atos 2:42, parece que temos
Frutificar, multiplicar, encher, sujeitar, dominar, mas
ali uma igreja-modelo, maravilhosa, mas que, diante da
Satanás tem lutado com a mesma filosofia de Ninrode no ordem de Jesus, estava sofrendo também sob a tentação
coração de muitos líderes, que ainda estão lutando para do espírito de Ninrode. Isto ficou tão evidente que,
“levantar um nome”, que não é o de Cristo. Muitos deles mesmo depois da perseguição, tornou-se uma seita
estão lutando por levantar um edifício: “... façamos uma de judaizantes. Deus é Deus de diversidades: de dons,
torre”. Muitos buscam a todo custo a liderançanacional ministérios, operações, etc. Sabemos que tudo começou
e mundial, dizendo: “Celebremos o nome”, os quais bem, e tinham todas as coisas em comum acordo, e parecia
mostram a sua fraqueza: o desejo de poder! Lutam para dar tudo certo, mas logo os gregos foram desprezados
não ser espalhados sobre a terra sem nenhum coração à mesa, logo os apóstolos se cansaram de servir como
missionário, sem nenhum sentimento pelos povos. A Jesus. A Galiléia dos gentios foi desprezada, e poucos
filosofia de Ninrode é submeter o homem paraser regido começaram a se importar com o samaritano, como Filipe
porumsónome, contrariando aquilo que Deus planejou (Mt 10:11). Os apóstolos continuavam contemplativos,
para o homem. Em Gênesis 11:5, vemos umatipologia quandooanjoos chamou: “Varões galileus, o que vocês
dos poderes eclesiásticos de hoje. Uma torre, uma só estão fazendo aqui? Olhando para as alturas?” Muitos
igreja dominada por um poder único. Masjesus ensinou estão assim ainda: contemplativos, falando em línguas,
que se o grão de trigo principal cair na terra, e não morrer, construindo torres, e sofrendo sob a tentação do espírito
fica ele só. Temos visto o poder de Babel, isto é, o mesmo de Ninrode. E foi inevitável o ministério de Paulo entre
poder para destinos diferentes. Eles usaram a unidade os gentios. Por isso, Jesus começou seu ministério onde
eopoderda unidade para fazer o mal, e mesmo assim, Babel terminou. Aquilo que Babel espalhou, a igreja
nada poderia detê-los. “E o Senhor disse: Eis que o povo tem de ajuntar. Por causa da rebelião humana, Deus os
é um e tem a mesma língua; nada poderá detê-los”. O espalhou negativamente e sem o Evangelho de Deus, sem
próprio Deus deu testemunho disso. Ele disse: “Se forem o Espírito Santo, com muitas línguas. Mas agora, através
um não haverá restrição contra eles”. Ninrode estava do seu Espírito Santo derramado, ele quer aj untar tudo,
usando o poder da unidade para o mal, e ninguém poderia interpretando essas línguas, concedendo-lhes alinguagem
restringi-los, porque o próprio Deus deu testemunho do Espírito Santo. A ordem era “permanecei, pois, até
a respeito do poder da unidade. Eles se uniram para o que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24:49). Mas
mal, a unidade tem poder, não importa o propósito pelo se Deus nos der uma ordem e esta não for obedecida virá
qual é alcançada. Somente o Pentecostes podia destruir tribulação. A igreja primitiva vendia tudo o que possuía
os efeitos de Babel. Tinha que começar com a unidade: porque os profetas anunciavam que uma grande destruição
“Etodos estavam reunidos no mesmo lugar”. Por isso, o viria breve. Isto se cumpriu no ano 70 d.C. Os apóstolos
Pentecostes começa com a unidade. Eles estavam reunidos estavam cientes de que deveriam aplicar este dinheiro em
no mesmo lugar; não havia um Ninrode, mas havia um Missões. Deus ainda está esperando que os “homens de
grupo apostólico que deveria serdisperso emjerusalém, Jerusalém” invistam em missões mundiais pelo poderdo
najudéia, em Samariae nos confins da terra. Deus precisa Espírito Santo, mesmo sabendo que são muitos aqueles
de um grupo de homens e mulheres destemidos para que querem construiroseu império ao redorde suas torres
realizara sua obra, que implica em frutificar, multiplicar, (Mt 13:55; G11:19; Lv26:33; Dt4:27)
encher, sujeitar, dominar, a fim de que o Reino de Deus
seja conhecido de todos os homens. Uma nova visão do
Tiago 1:1: Tiago, um servo de Deus e de
Pentecostes destrói o poderde Ninrode: O Batismo no nosso Senhor Jesus Cristo, às doze tribos
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1:2 T iago i:io
que estão vivendo na Dispersão entre as e Ser-lhe-á d a d a ; / / Rs3:9;Pv2:3; 1JoS:14;Lc 15:20-22; i
nações: Saúde! (At 12:17;Ttl:I;At26:7;Dt32:26;Jo Jo 16:23; 14:13}
III. A situação passageira da dúvida. A dúvida produz o
7:35; 1Pe l:l;M t 13:55; Cl 1:19; Lv26:33; Dt 4:27)
duplo ânimo. Como vencer a dúvida? (1) Desejarlivrar-se
I. A situação passageira da prova em si. As provações
da dúvida mediante a oração com fé. (2) Não permitir
produzem paciência, as tentações produzem morte.
a dúvida. A dúvida é o inverso da fé. A dúvida é como o
As provações vêm de Deus, mas as tentações são
medo, ela é criativa e produtiva. Elacriaeproduz situações
obras associadas da cobiça humana com as facilidades
negativas. A dúvida é produzida de acordo com os nossos
oferecidas por Satanás. Que devemos saber sobre
sentidos, por intermédio do medo. Por exemplo, ela vê
as situações passageiras de diversas provações? (1)
fantasmas, cria situações inexistentes, etc. Não duvide
As provações são passageiras; (2) as provações são
de nada. Basta um item paraadúvida reinar na mente do
diversas; (3) as provações devem servir de motivação
homem. (3) Caráter da pessoa que duvida: (a) É semelhan­
para se obter a alegria completa, e não para produzir
te às ondas agitadas, mas que se despedaçam nos limites
estresse. Há gozo completo, há alegria completa, e esta
determinados por Deus. Promete muito, mas não passa
é produzida pelas provações (Hb 11:32-35)
de seus limites. Espuma, amedronta nos seus domínios e
Tiago 1:2: Meus irmãos, tende como mo­ desfalece na praia, (b) Não tem paradeiro, e é levada por
todos os ventos de doutrina (Mt21:22;Mc 11:22).
tivação para obter-se completa alegria as
situações passageiras de diversas prova­ T ia g o 1 :6 :mas apresente a sua petição
ções; (Mt5:12;Hb 10:34; 11:32-35; 1Pe 1:6} com fé, sem duvidar de nada, porque o
(4) Devem os conhecer as provações, pois nem tudo que duvida é semelhante às ondas agitadas
é provação. A provação é qualificada por Deus para
produzir paciência. (5) A nossa fé é provada com
do mar, impelidas de um a outro lado pelo
qualificação, isto é, com provações verdadeiras da vento. (Ml21:22;Mc 11:22,24}
parte de Deus. Tribulações resultantes de irresponsa­ T ia g o 1 :7: Não penseis que o homem que
bilidade não são provações, são sentenças de juízos
(Rm 5:3; 2 Co 4:17; Hb 12:1) duvida receberá algo do Senhor, ( irs 18.21)
Caráter de uma pessoa que duvida: (c) Não receberá
Tiago 1:3: pois sabeis que a prova qualifi­ nada do Senhor (1 Rs 18:21). Mas o homem que duvida
cada da vossa fé produz paciência; (Rm 5.3; ainda crê que receberá algo do Senhor
2Co4:17;Hb 12:1} Tiago 1:8: sendo inconstante e de dúpli­
A provação não completa a obra perfeita, mas produz
a paciência. É a paciência que age, porque ela age com
ce ânimo, desordenado em todos os seus
calma. Se a sua provação o deixa estressado, aquilo que caminhos.
lhe impacienta não é provação qualificada, é sentença, IV. A situação passageira da pobreza: (a) O irmão pobre:
pois a provação produz paciência, e a pessoa que está Glorie-se naquilo que ainda há de ter, isto quer dizer que
sendo provada permanece calma. (6) A provação produz pela sua fé não permanecerá na pobreza (Rm 8:17)
paciência. (7) A provação, juntamente com a paciência,
produz maturidade. (8) A provação produz integridade. Tiago 1:9:0 irmão, porém, emsituação de
(8) A provação trata todos os itens de nosso caráter, humilhação, glorie-se em sua exaltação,
aperfeiçoando-nos em tudo (Jó 17:9; Mt 10:22; Lc8:15) IV. A situação passageira da riqueza: (b) O irmão
Tiago 1:4: e que a paciência deve agir rico. (a) Glorie-se na sua humilhação, dando glória
a Deus. Porque ao gloriar-se começa a perder a sua
para completar a sua obra perfeita, para riqueza, porque a glória pertence a Deus. O motivo
que sejais maduros e completamente ínte­ pelo qual Deus enriquece o homem: para que ele faça
beneficência, a fim de que as pessoas beneficiadas
gros, sem que nenhum item vos falte, m glorifiquem a Deus, isto é, ele é um produtor contínuo
5:48; Cl 4:12; 1 Ts5:23;Jó 17:9;Mt 10:22; Lc 8:15} de glórias a Deus. Quando Deus percebe que o homem
II. A situação passageira da falta de sabedoria. Como pe­ rico é uma motivação para a sua glorificação, continua
dir sabedoria, como fez Salomão (1 Rs 3:7-12)? (1) Sinta a enriquecê-lo mais ainda (2 Co 9:13-1S). Logo, ser rico
que a sabedoria faz falta; (2) peça-a unicamente Àquele pode ser uma grande provação, dependendo da forma
que pode dar sabedoria: Deus; (3) todos podem pedir; com ovem os a riqueza em nosso poder. Assim como
(4) pode ser concedida com dosagem não esperada, isto o pobre deve crer na sua exaltação, o rico deve temer
é, com generosidade; (5) todos podem receber todo o voltará sua humilhação, glorificando a Deus. (b) Não
seu acompanhamento: Sabedoria, riqueza e honra, sem deve esquecer que o seu prestígio passará como a flor da
nada faltar; (6)serádada(Lcl5:20-22;Jo 16:23; 14:13) erva que acaba no chá dámesa de outro rico (SI 90:6)
Tiago 1:5: E, se alguém entre vós tem falta Tiago 1:10: e o rico glorie-se emsua humi­
desabedoria, peça-aaDeus, que atodos con­ lhação, porque este prestígio passará como
cede generosamente, sem negar-lhes nada, a flor da erva; p co 7:31; 1 Pe i.-24;Si qo.-ó)
920
T iago

O homem rico debaixo do sol é diferente do homem pela sua própria cobiça, a qual deseja ar­
rico acima do sol. Este capítulo é um pequeno Eclesias-
tes. A provação do homem rico: (1) É como o sol com dentemente, e por isso é arrastado e sedu­
0 seu ardente calor; (2) seca-se; (3) cai; (4) perde a sua zido para a concepção;
aparência e morre; (5) os seus instrumentos produtores (5 )0 útero da tentação: A cobiça. (6) O fruto da tentação:
mais preciosos, como a saúde, a virilidade, a condição O pecado. (7) Amorte é a neta da cobiça. Assim temos
física, murcham como a flor (1 Pe 1:24; 1Jo 2:17) as três gerações da tentação (2 Sm 11:3; 1 Rs 21:2-4;Jó
porque o sol sai com seu ar­
T ia g o 1 :1 1 : 31:5-9; Pv4:23; Is 44:20; Mt 5:28; 5:18-20; Mc 7:21 -22;
dente calor e seca a flor, e esta vem a cair, Rm 7:13,21; Et4:22; Hb 3:13). A cobiça quer tudo, mas
de nada aproveita. Cinco objetos de cobiça que Deus o
Q
e a sua formosa aparência vem a perecer; revelou para livrar o homem da morte prematura: (a)
Mulher do próximo (a edificadora), (b) casa do próximo
assim também murchará o decoro do rico (herança familiar), (c) campo do próximo (empresa),
|nos seus caminhos. (Is40:6-8;S1 102:4,11; 1Pe 1:24; (d) servo (a) do próximo (funcionários), (e) jumento
j 1)02:17} do próximo (transportes) ou qualquer outra coisa >
que pertença ao próximo (Dt 5:21). Satanás tenta ao
V. A situação passageira das tentações: A tentação
produzir os meios de cobiça. Ele apresentou os três
nasce no campo das necessidades desequilibradas da
principais meios da cobiça de um homem: (a) Satisfação
mente humana e é observada (e explorada) no mundo
dos seus instintos por provisão rápida; (b) desejo de
espiritual por Satanás e seus demônios. (1) Há uma
poder internacional, sem importar-se em adorara outro
bem-aventurança sobre aquele que resiste com paci­
ência às tentações (Mt 25:34; Lc 22:28-30; Rm 2:7-10;
deus; (c) desafiar a Deus ao provocar o seu cuidado >
incondicional por meio de seres sobrenaturais; isto é,
1 Co 9:25; 2 Tm 4:8; 1 Pe 1:7; 4:13; 5:4; Ap 2:10; 3:21).
pondo-se no lugar de Deus
(2) Será aprovado quem resistir a ela. ( 3 )0 prêmio
para aquele que resiste à tentação passageira é eterno: Tiago 1:15: assim, esta cobiça, tendo sido
A coroa da vida. (4) O prêmio eterno é uma promessa
do Senhor Deus. (5) Vence a tentação aquele que ama
concebida, dá à luz ao pecado, e quando o
a Deus. Aquele que resiste à tentação é uma prova de pecado é consumado, gera a morte, dó 1535; í>
amor a Deus. A tentação pode ser produzida por Satanás
Sl 7:14; Rm 6:21,23; 2 Sm 11:3; 1Rs21:2-4;Jó31:5-9;Pv4:23;
mediante os objetos da necessidade humana
Is 44:20; Mt 5:28; 5:18-20; Mc 7:21-22; Rm 7:13,21; Et 4:22; O
Bem-aventurado o homem
T ia g o 1 :1 2 :
Hb3:13)
que resiste pacientemente às tentações, VI. A situação passageira do auto-engano. H
porque, depois de ser aprovado, receberá (1) Não devemos nos enganar a nós mesmos.
(2) Quem se engana, permanece no erro
a coroa da vida, que o Senhor Deus tem Q
prometido aos que o amam. m i2:5; Tg 2:5;Mt Tiago 1:16: Não vos enganeis, meus ama­ O
í 25:34; Lc22:2830; Rm 2:7-10; 1 Co 9:25; 2 Tm 4:8; 1 Pe 1:7;
dos irmãos, quando ainda permaneceis no
e r r o . (lCo6:9;Tgl:19j
4:13; 5:4; Ap2:l 0;3:21j
Entendendo a tentação: (1) Deus não tenta a nenhum
de seus servos. Não confunda a provação da obediência
A ( I) vitória sobre a provação, a (2) concessão da
sabedoria, a (3) fé que vence a dúvida, a (4) riqueza neste
5;
V í*
com a tentação da fidelidade. (2) Deus é isento do mal. mundo, a (5) resistência na tentação, a (6) plena justiça
de Deus - são dons perfeitos que vêm do alto, isto é,
(3) Deus não pode ser tentado. Satanás induziu Cristo
vêm de Deus, o Pai do Urim (luzes), que não varia e nem
a tentar a Deus, levando-o ao pináculo do templo e
faz sombra, pois tem Potência inesgotável, e a sua luz
induzindo-o a exigir, mediante a sua Palavra, proteção
incondicional para um plano que Deus jamais teve. (4)
penetra todas as coisas, sem fazer sombra (Jo 3:27; Rm
12:6-8; 1Co 12:4-12; Zc 14:6,7; Nm 23:19; Is 60:19)
s
Deus a ninguém tenta (Rm 9:20; Gn 3:12)
Que ninguém diga, ao ser
T ia g o 1 : 1 3 : Tiago 1:17: Porque toda excelente dádiva
tentado: “Sou tentado por Deus”, porque e todo domperfeitovêmdoalto, provenien­
ele mesmo é isento do mal, pois Deus não tes do Pai das luzes, em quem não há mu­
pode ser tentado pelo mal, e ele não tenta a dança alguma nem sombra de variação, (jo
n i n g u é m ; (Rm9:20;Gn3:12) 3:27;Rm 12:6-8; ICo 12:4-12;Zc 14:6,7;Nm23:19;ls60:19} Q
Os passos da tentação até o nascimento do pecado e da Somos a sua nova criação. Mas, antes, ele criou as
morte: (1) A origem da tentação: No ego. Na cobiça do primícias dessa criação, que som os nós, a Igreja.
ego. (2) A fluência da tentação: O desejo ardente. (3) Somos frutos não da vontade carnal, mas da vontade
Como a tentação humilha o homem: Arrastando-o e
seduzindo-o. (4) O fim da tentação: Conceber o pecado
de Deus. Fomos gerados pela Palavra da verdade e
não podemos ser fontes produtoras do pecado e da Ü>
morte. Por meio de nós, Ele restaurou o homem como
T ia g o 1 :1 4 : sendo que cada um é tentado primícias de sua Criação (Ap 14:4)
1:18 T iago 1:26

Tiago 1:18: Ele é quem, por sua vontade, Tiago 1:22: Mas sede praticantes da Pala­
nos gerou pela Palavra da Verdade, para vra e não somente ouvintes, e não vos en­
que sejamos as primícias das suas criatu­ ganeis a vós mesmos com falsos discursos;
ras. (Jo I:I3 ;E f!:1 2 ;A p 14:4) IMt7:21;Rm2:13; 1Jo3:7;2 Tm 3:l3;Ap 12:9;Lc 11:28}
VII. A situação passageira que ocasiona a discussão e Aquele que prega a Palavra sem praticá-la não considera
a ira. Sucesso de um homem nas diferentes situações a Palavra de Deus como um instrumento de mudança de
que ocasionam a ira: (1) Habilidade para ouvir pronta­ caráter, de vida nem de imagem; mas como um espelho
mente; (2) habilidade para não falar prontamente; (3) costumeiro onde retoca a sua aparência externa, e
habilidade para não irar-se prontamente (Ne 8:2; Lc onde terá de voltar novamente por causa de sua mente
19:48; Pv 18:13; Ec 5:3; Pv 15:18) esquecida dos estatutos de vida que nela estão contidos.
Tiago mostra que alguns lêem a Bíblia da mesma forma
Tiago 1:19: Sabei, meus amados irmãos, como retocam a sua imagem diariamente
que todo homem deve ser pronto para Tiago 1:23: porque, se alguém é apenas
ouvir, tardio para falar e tardio para se ouvinte da Palavra, e não praticante, este é
irar. (Pv lb-32; 5.-1,2; 10:19;N e 8:2; Lc 19:48; Pv 18:13; semelhante ao varão que contempla o seu
Ec 5:3; Pv 15:18}
Prejuízos da ira. A ira é o fim da linha de comunica­
rosto físico em um espelho, /lcónz,-i co i3:i2>
ção, a declaração final contra a falta do diálogo. Tiago 1:24: e depois de contemplar a si
(a) A ira impede que Deus faça justiça em
nosso favor (Nm 20:1 l;2 T m 2 :2 5 )
mesmo, logo se retira e se esquece de como
Tiago 1:20: Porque a ira do homem im­ era antes.
O prêmio do ouvinte praticante: A liberdade contínua
pede a obra da justiça de Deus. (Nm20: i i ; e perfeita para entrar e sair neste mundo. O que é a
I 2 Tm 2:25} lei da liberdade perfeita? (1) É Palavra de Deus. (2)
(b) A ira é comum em pessoas que vivem em impurezas É o prêmio dado pela própria Palavra de Deus. (3) É
e mantêm a sua mente como um campo produtor dada àquele que não lê e nem esquadrinha a Palavra
da malícia. Sem impureza e sem malícia, a ira não como quem se olha no espelho diariamente. (4) É dada
se manifesta no homem, (c) A ira rejeita a mansidão àquele que não esquece da sua imagem no julgamento
indicada pela Palavra de Deus inerente em nosso de outrem. (5) É dada ao obreiro que sempre tem
coração. A ira desrespeita toda palavra branda interior sucesso naquilo que realiza
vinda do coração, (d) A ira abre a porta para a morte Tiago 1:25: Mas todo aquele que esqua­
súbita e a Palavra de Deus inerente em nosso coração
pode salvar a nossa vida da morte súbita e prematura drinha a Lei da liberdade perfeita, e per­
(Cl 3:5-8; Hb 12:1; 1 P e2:l 1) severa nela, é porque não é um ouvinte
Tiago 1:21: Portanto, deixai longe de vós esquecido, mas um verdadeiro obreiro que
toda a impureza e a demasiada malícia, sempre será bem-aventurado naquilo que
e aceitai com mansidão a Palavra, já im­ fizer. (2Co3:18; Tg2:12;Jo 13:17}
plantada em vossa natureza, que é capaz O prêmio do ouvinte praticante: (6) O religioso deve
saber refrear a sua língua. Pois muitos crêem que pregar
de salvar as vossas almas. (iPe2:i;Ef4:22; i-.i3; o Evangelho é falar de Cristo, sem refrear a sua língua,
Tt2:11; Cl3:5-8; Hb 12:1} esquecendo-se da sua própria imagem que viu pela manhã
Como sabemos se somos ouvintes e praticantes da Palavra? no seu espelho, sabendo que o seu coração o engana,
(1) Se reagimos bem nos momentos de provação: com pois aquilo que fala não é a sua prática de vida diária. (7) O
paciência ou com estresse? (2) O que fazemos na falta religioso não é contraditado pelo seu próprio coração. (8)
desabedoria:Mantemo-nosnaignorânciaporcausado A religiosidade do verdadeiro religioso não é vã
orgulho ou pedimos a Deus que nos dê sabedoria? (3)
Permitimos que a dúvida ganhe espaço em nós, em lugar da
Tiago 1:26: E se alguém crê que é religio­
fé? (4) Como reagimos na pobreza? Blasfemando ou crendo so, mas não refreia a sua língua, sendo que
na exaltação de Deus. Como reagimos na riqueza, como o seu coração o engana, a sua espiritualida­
donos do mundo ou motivadores da glorificaçãoa Deus,
por meio da beneficência? (5) Resistimos ou aceitamos o de é vã; (S134-.13; 1Pe3:10!
livre curso da tentação? (6) Se queremos sai fdo engano O prêmio do ouvinte praticante: (9) O verdadeiro religioso
próprio ou queremos nos manter nele orgulhosamente? (7) é religioso diante de Deus e não diante dos homens. (10)
Preferimos ajustiça de Deus ou queremos fazerjustiça com O verdadeiro religioso é aquele que cuida de suavizara
as próprias mãos através daira? Podemos estar discursando tribulação dos órfãos e das viúvas, como Dorcas. (1 1 )0
(não pregando) vaidades que não vivemos, enganando-nos verdadeiro religioso é como Noé e como Ló, que viveram
a nós mesmos (2Tm3:13;Apl2:9; lJo3:7;Lcll:28) em suas gerações sem contaminar a sua alma

922
Tiago 2:11

T iago 1:27: porque a religião pura e ima­ As quatro atitudes dos ricos contra os ministros de
Deus, líderes congregacionais: Estas são as honras que
culada, diante de Deus e Pai, é esta: cuidar os homens da aparência deste mundo oferecem aos
dos órfãos e das viúvas em suas tribula­ ministros de Deus: (1) oprimem o pobre; (2) assenho­
reiam-se dos servos de Deus; (3) arrastam os servos de
ções, e guardar a sua alma incontaminada Deus aos tribunais; (4) blasfemam do precioso nome de
no mundo. (Mt25:36;Rml2:2;lJo5:18) Cristo que invocamos
T iago 2 :6 : Mas vós tendes oprimido o
T iago, c a p ítu lo d o is (2) pobre. Não são, porventura, os ricos des­
A hipocrisia pastoral em relação à preferência entre te mundo que se assenhoreiam de vós
ricos e pobres prova: (1) a hipocrisia ministerial; (2)
prova que temos fé nos irmãos com melhores condições e ainda vos arrastam sob ameaças aos
financeiras em vez de confiarmos em Deus, o provedor t r i b u n a i s ? (lColl:22;At8:3)
T iago 2 :1 : Irmãos meus, não sejais hipó­ Tiago 2:7: Não são os mesmos que blasfe­
critas na acepção de pessoas, pois tendes mam do precioso Nome que sobre vós foi
a fé de nosso Senhor Jesus, Senhor da gló- invocado?
Como não fazer acepção de pessoas? Devemos
ria; (Tg2:9; D t 1:17; 16:19; P v 28:21; 1 Co 2:8; Pv 24:23; conhecer o manual da lei da justiça e do amor que não
I M t 2^:16) faz acepção e não trata mal os herdeiros do Reino
(3) Prova que agimos como Samuel, por vista e não por (Mt 5:3): Amar ao próximo como a si mesmo
fé; que se Deus se vestir de vestimentas desprezíveis (1) é não fazer acepção de pessoas
terá lugar no piso inferior de nossas congregações
Tiago 2:8: Se, em verdade, cumpris a lei
Tiago 2 :2 : porque, se em nossa congre­ suprema da Escritura: “amarás a teu próxi­
gação entrar alguém com anéis de ouro e mo como a ti mesmo”, bem fazeis. (Lv / q.-is ,-
roupa elegante, e também entrar um pobre Mt22:39)
usando vestimentas desprezíveis, (Tg2.-3j Amar ao próximo como a si mesmo (2) nos livra de
(4) Prova que a parcialidade reprovada por Deus dá sermos condenados como transgressores da lei de Deus
honra àquele que pode oferecer melhores lucros
materiais, mesmo que sejam de fontes desconhecidas, e
Tiago 2:9: Mas, se fazeis acepção de pes­
não lucros espirituais diários e conhecidos de todos. (5) soas, sois condenados pela lei, como trans­
Prova que os nossos lugares de honra são reservados a gressores da lei;
pessoas que vivem de aparência
Amar ao próximo como a si mesmo (3) nos livra
Tiago 2:3: e oferecerdes a preferência ao que de sermos considerados réus de toda a lei
se veste com roupas elegantes, dizendo-lhe: Tiago 2 :1 0 : porque aquele que guardar
“Assenta-te aqui no lugar de honra”; e ao po­ toda a Lei, mas tropeçar em um só ponto,
bre, disserdes: “Permaneça ali, ou assenta-te torna-se-á réu de toda a Lei. (Mt5:i9;Ci3:io/
aqui abaixo, no piso inferior”, (Tg2.-2) Quando amamos ao próximo como a nós mesmos (4)
estamos prontos para entender a dor da infidelidade
(6) Prova queobreiros podem serconsideradosjuizes
sem cometer infidelidade, e então não adulteramos;
comprados por sua própria malícia
evitamos a dor da separação, e então não cometemos
Tiago 2:4: porventura não haveis sido par­ crimes. Mas, se fazemos acepção de pessoas
cometemos transgressões não menores do que aquelas
ciais, tornando-vos juízes que sentenciam
sob maus pensamentos? (j0 7:24) Tiago 2:11: Pois o que diz: “Não adulte­
. (7) Prova que os pobres não são salvos pela sua pobreza, rarás”, também diz: “Não matarás”. Se
nem os ricos pelas suas obras. (8) Prova que podemos tu, pois, não adulterares, porém matares,
oferecer a honra aos ricos deste mundo em detrimento
dos ricos e herdeiros do Reino eterno (Mt 5:3) tornar-te-ás um transgressor da lei. íêx20:13,i 4;
Tiago 2:5: Ouvi, meus amados irmãos: por­ Dt 5:17,18)
Tiago resume tudo o que escrevi até aqui, ressaltando
ventura, Deus não elegeu também os pobres a lei da liberdade: O que é a lei da liberdade perfeita?
deste mundo para serem ricos em fé, e her­ (1) É Palavra de Deus. (2) É o prêmio dado pela
própria Palavra de Deus. Os criminosos almejam esta
darem o Reino que Deus prometeu àqueles liberdade perfeita. (3) É dada àquele que não lê e nem
que o amam? n Co i .2 628 ;L c 12.2 1 ; Tgi.-i2j esquadrinha a Palavra como quem se olha no espelho

923
2:12 TIAGO 2:18

diariamente. (4) É dada àquele que não se esquece da Tiago 2:17: A ssim t a m b é m é a fé, se n ã o
sua imagem no julgamento de outrem. (5) É dada ao
obreiro que sempre tem sucesso naquilo que realiza. tiv e r o b ra s , e s ta r á m o r ta e m si m e s m a .
Assim, a lei da liberdade é a segurança provida em favor A fé horizontal e a fé vertical: A fé sem obras é a
daquele que fala e procede de igual maneira; e esta exigência divina para o homem alcançar a salvação,
mesma lei nos julgará se falharmos em algum ponto isto é, crendo na obra sacrificial efetuada por Cristo
na cruz; esta é a fé vertical. A fé horizontal é aquela
Tiago 2:12: A ssim falai, e d a m e s m a fo rm a que demonstramos diante dos homens, a qual deve
p ro c e d e i, s a b e n d o q u e s e re is ju lg a d o s p e la ser acompanhada com as obras (Tg2:18). Logo, Paulo
se referia à fé vertical, e Tiago à fé horizontal, pois a
lei d a lib e r d a d e . (Tgt:25) fé horizontal exige obras vistas, pois os homens são
A misericórdia alcançará aquele que vive a lei da fracos e necessitados; mas, para com Deus, a fé vertical
liberdade perfeita. Isto é, aquele que fala e procede é suficiente para alcançarmos a salvação, porque a
de igual maneira. A misericórdia triunfa sobre o juízo obra já foi consumada por Cristo. Atos 9:36: “Havia
(1) quando há arrependimento e (2) quando não em Jope uma discípula por nome Tabita, que traduzido
permitimos a hipocrisia, (3) nem damos lugar à ira quer dizer Dorcas, a qual estava cheia de boas obras
e esmolas que fazia”. Tabita Dorcas é um tipo do
Tiago 2:13: Porque juízo sem misericór­ primeiro amor; é um tipo do grande braço da igreja que
dia se fará contra aquele que não fez mise­ morreu: A igreja do primeiro amor que morreu. Hoje,
ricórdia. Mas a misericórdia triunfa glorio­ dificilmente encontramos uma igreja cuidando de
crianças abandonadas, cuidando de famílias sofridas;
samente SObre OjUÍZO. (Mt5:7; 18:32-35) mas encontramos muitas congregações que ganham
A fé para convencer a Deus e as obras para convencer ao almas com o objetivo de aumentar os valores de seus
próximo a terfé em Deus: Qual a importância de ter uma caixas, com o fim de aumentar a sua economia para
fé horizontal em lugar das obras verticais? Há pessoas fins que não sejam a evangelização. Mas houve algo
que exercitam a fé, em vez de obras de fé, diante de seu com Tabita: Ela morreu e não a quiseram enterrar. Mas
próximo, e realizam obras no lugar da fé, que opera levaram Tabita para um lugar especial, diferentemente
diante de Deus. (1) A fé sem obras diante da necessidade de Ananias e Safira. Creram que ela não poderia ser
do próximo não gera nenhum proveito. (2) A fé sem enterrada. A igreja nasceu com boas obras em si; errou
obras é umafé sem atitude; é uma fé que crê sem batismo, em fazer beneficência som ente entre os membros
sem cumprir a justiça, que vê a multidão com fome sem exclusivos de sua congregação, mas a perseguição
dar-lhe de comer, é Cristo nu sem vesti-lo, preso sem chegou para mostrar-lhes que havia almas em toda
visitá-lo, forasteiro sem hospedá-lo. Afé sem obras é a fé Judéia, Samaria, e até nos confins da terra. Essas
que crê, mas não vem, não traz, não procura. E a fé que regiões mereciam viver esse amor ágape. Em Atos
ouve o ensino, mas não age, não muda, não perdoa, não 2:42 encontramos Tabita fazendo a obra social. Qual
constrói nem semeia. As obras da fé salvam: (a) Salvam era o motivo que fazia a igreja crescer? Tabita. Ela
vidas da morte, (b) Salvam doentes das enfermidades, era uma grande evangelista entre eles, por meio da
(c) Salvam a nossa pregação da blasfêmia, pois agem beneficência. Mas aquele amor foi esfriando. Atos
segundo o que falamos a respeito do amor de Deus, que 2:47 diz que o Senhor acrescentava almas à igreja por
não poupou o seu único Filho (Jo 3:16). Não realizamos causa do exem plo de amor entre os irmãos. Tabitas não
obras de beneficência para sermos salvos, somos salvos e se enterram! Se eu tiver som ente fé, terei um número
por isso praticamos beneficência de teólogos frios das igrejas, onde o Senhor não deseja
acrescentar almas. As obras de beneficência em amor
Tiago 2:14: Q u e p r o v e ito h a v e r á , irm ã o s são uma das ferramentas para o crescimento da igreja.
m e u s , se a lg u é m a le g a r q u e te m fé, m a s Tabita é um departamento ministerial da Igreja; ela
ocupa um lugar alto. Tiago ensina que as obras podem
n ã o tiv e r o b ra s ? A c a so , e s ta c la s s e d e fé
mostrar a sua fé, mas a fé de alguns nem sempre
p o d e ria salv á-lo ? m 7 :2 6 ; rg v.221 tem obras; são como uma igreja sem Dorcas; tem
Tiago 2:15: Se h o u v e r a lg u m ir m ã o o u Cenáculos, mas estes são cemitérios de Dorcas

irm ã e m n u d e z e e m p riv a ç ã o d e s e u s u s ­ Tiago 2:18: M a s a lg u é m d iria : “ T u te n s fé,


te n to diáriO , (Lc3:ll) e e u te n h o o b r a s ” . M o s tra -m e a t u a fé s e m
A fé vertical não pode ser compreendida por aquele que as tu a s o b ra s , e e u te m o s tr a r e i a m in h a fé
não é alcançado horizontalmente pelas obras da fé
c o m as m in h a s o b ra s . (Tg3.-i3)
Tiago 2:16: e a lg u m d e v ó s lh e s d is s e r: Tiago está se referindo aos conhecedores da doutrina
“ Id e e m p a z , a q u e c e i-v o s e fa rta i-v o s” ; m a s que pregavam coisas profundas mas não mostravam
nenhuma prova de sua justificação em fé; pessoas
n ã o lh e s o fe re c e r 0 n e c e s s á r io a o c o rp o , d e que tinham grandes discursos e poucas obras. Até os
q u e s e rv iria 0 s e u d ito ? (ijo3:i7,i8) demônios crêem em doutrinas profundas a respeito de
Podemos ter um grande Cenáculo, mas se Dorcas está Deus, mas elas não fazem nenhum efeito sem as obras
morta, nossa fé está morta juntamente com ela da fé no coração do necessitado
2:19 T iago 2:23

Tiago 2:19: C rê s , tu , q u e h á u m só D e u s? suas obras sociais? Os orfanatos, as casas de recupera­


ção, as prisões, as creches?Tabita recebe alento quando
B e m fa z e s; ta m b é m os e s p írito s m a lig n o s Pedro vem para ressuscitá-la: Atos 9:40: “Mas Pedro,
c r ê e m e tr e m e m . (Dt 6:4; m s a ^ L c 4:34) tendo feito sair a todos, pôs-se de joelhos e orou; e
A ressurreição da fé morta. Tabita morreu, e quem voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. Ela
ficou no seu lugar? As línguas estranhas, os dons da fé. abriu os olhos. Então, vendo a Pedro, sentou-se”. Como
Nada mais foi feito. Pessoas necessitam de assistência, pastor temos que dar as mãos às pessoas que querem
e apenas oramos por elas. Cheias de fé, elas baterão praticar a beneficência. A beneficência produz glórias a
nas portas de quem lhes der comida, mesmo ensinan­ Deus (2 Co 12:13-15). Necessitamos que ministros cha­
do falsas doutrinas, porque Tabita está morta. Onde mem os membros da igreja e apresentem viva a Tabita
colocaram Tabita? Levaram-na para o cenáculo, um Dorcas: Atos 9:41: “Ele, dando-lhe a mão, levantou-a e,
lugar semelhante ao lugar onde os apóstolos receberam chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva”.
o Espírito Santo. Aquele lugar lembrava algo: Lembrava Uma igreja fria no Cenáculo perde a disposição de fazer
o lugar onde a Igreja nasceu; ali puseram Tabita. Como beneficência, porque a sua Dorcas morreu com o seu
ninguém subia mais ao cenáculo, então levaram o Pentecostes. Dorcas não é um departamento do gover­
seu caixão para lá. A oração que tremia o lugar havia no federal, mas é uma manifestação de que o primeiro
acabado desde o Pentecostes, e a misericórdia e o poder amor ainda vive na igreja. Entregar Dorcas ao Cenáculo
já não se manifestavam. Se o cenáculo não for mais é entregar as obras sociais ao governo, sendo q ue esta
usado, será transformado em lugar de esperanças que é uma responsabilidade de quem ama o Cristo que está
morreram, em frustração. O cenáculo era o lugar onde nu, faminto, preso, forasteiro e com frio nas pessoas:
se rleaiizava a Ceia do Senhor, e lembrava o local onde Atos 9:42: “Tornou-se isto notório por toda ajope, e
os irmãos receberam o Espírito Santo, em Jerusalém. muitos creram no Senhor”.
Como manter Tabita viva? Todos nós devemos voltar ao Tiago 2:20: M a s t u q u e r e s sa b e r, ó h o ­
primeiro amor; temos de manter Tabita viva; as nossas
ofertas mantêm Tabita viva: Atos 9:37: “Ora, aconteceu
m e m v ã o , q u e a fé s e m a s o b r a s é m o r ta ?
naqueles dias que ela, adoecendo, morreu. Então, (Tg 1:26;Jo 11:11;S194:S11)
tendo-a lavado, a colocaram no cenáculo”. Esta era a Toda fé tem uma atitude posterior. E não o
missão de Pedro. Deus o constituiu para ressuscitar contrário (Gn 22:9-12; 16-18; Rm 4:12)
Tabita e limpar o cenáculo. Quando o assunto é morte,
não podemos demorar. Tabita poderia se decompor: Tiago 2:21: O n o s s o p a i A b ra ã o n ã o foi
Atos 9:38: “Como Lida era perto dejope, ouvindo os ju s tific a d o p e la s o b ra s , q u a n d o o f e r e c e u
discípulos que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois
homens, rogando-lhe: Não te demores em vir ter o s e u filh o Is a q u e s o b r e o a lta r? (Gn 22:912;
conosco”. “Levantando-se Pedro, foi ter com eles...” 16-18;Rm4:12)
Pedro era especialista em cenáculo e as viúvas são A fé é consumada com um ato de obediência, de
pessoas que choram por causa dos ministérios mortos; confirmação, de cumprimento do mandamento
elas estavam chorando porque seus maridos morreram,
e Dorcas era a única que lhes compreendia. As viúvas Tiago 2:22: N ã o v ê s q u e a s u a fé o p e r o u
mostravam as roupas bordadas por Dorcas. Viúvas ju n t a m e n t e c o m as s u a s o b ra s , e q u e p e la s
ministeriais lembram as realizações do passado. Mas
as viúvas choravam porque Tabita as sustentava. As o b ra s a s u a fé se c o n s u m o u ? /m i i : i7 j
viúvas, agora, estavam desesperadas. É muito caro o Abraão não foi justificado pelas obras, mas a sua fé
que se pode pagar por causa das obras sociais. A igreja mostrou obras de um homem justificado. Mostrou
silenciou quanto às boas obras; as boas obras são uma obras quando confirmou a sua justificação ao levantar
de suas ferramentas de crescimento. As viúvas vendiam altares, ao peregrinar, ao oferecer o seu filho no altar
a produção que saía das mãos de Dorcas, porque ela (Mt 12:37; Mt 25:31 -40; Rm 3:20)
fazia bem às pessoas e os seus produtos eram incom­ Tiago 2:23: E c u m p riu -s e a E sc ritu ra q u e
paráveis: Atos 9:39: “Pedro levantou-se e foi com eles;
quando chegou, levaram-no ao cenáculo; e todas as diz: “A b ra ã o c re u e m D e u s, e isso lh e foi a tri­
viúvas o cercaram, chorando e mostrando-lhe as túnicas b u íd o c o m o ju s tific a ç ã o ” , se n d o d e c la ra d o
e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas”.
Pedro, fazendo sair a todos e voltando para Tabita, a m ig o d e D e u s . (Gn I5:6;Rm4:3;2Cr'20:7;Is41:8;Mt
tipo das obras sociais, disse-lhe: levanta-te. Ela abriu 12:37; 25:31 40; Rm3:20)
os olhos e viu a Pedro; ela viu o homem de Deus. Ela A fé horizontal e a fé vertical: A fé sem obras é a exi­
sentou-se: O apóstolo veio e, pondo-se de joelhos, orou; gência divina para o homem alcançar a salvação, isto
e, voltando-se para o corpo, ordenou-lhe que se levan­ é, crendo-se na obra sacrificial efetuada por Cristo na
tasse. Foi uma das únicas vezes que um homem de Deus cruz; esta é a fé vertical. A fé horizontal é aquela que
fez um milagre de joelhos. As obras sociais hão de se demonstramos diante dos homens, a qual deve ser
levantar como sinal do primeiro amor ressuscitado. Era acompanhada com as obras (Tg2:18). Logo, Paulo se
necessário que Tabita ouvisse a voz de autoridade de referia à fé vertical e Tiago, à fé horizontal, pois a fé
Pedro. Era necessário que Tabita visse a Pedro. Quando horizontal exige obras vistas, pois os homens são fracos
dias, meses e anos fazem que os líderes não visitam as e necessitados; mas, para com Deus, a fé vertical é

925
2:24 T iago 3:5

suficiente para alcançarmos a salvação, porque a obra já língua, e, por meio dela, o corpo, pois sabemos quando
foi consumada por Cristo o homem é controlado pela postura ética de seu corpo
Tiago 2:24: Vedes, pois, que o homem é Tiago 3:2: Porque todos nós tropeçamos
justificado pelas obras, e não somente pela em muitas coisas; e todo aquele que não
fé. (Js2:19-2\;M t21:3!;Js2:l> tropeça em alguma palavra, esse tal ho­
Tiago mostra que a nossa salvação, isto é, a nossa mem é maduro, poderoso para sujeitar
justificação, requer um ato de confirmação: Para Abraão,
foi o ato de apresentar o seu único filho no altar; para sob freios todo o seu corpo, n r s 8:4ò; / Pe3:io;
Raabe, foi protegeros espias dos hebreus em sua casa e M tl 2:37; Tg 1:26)
ainda permanecer na sua casa com toda a sua família- (1) A língua é como um cavalo. Ela tem força, mas pela
por ocasião da grande conquista da cidade por Israel-, falta de medo é levada com rapidez à guerra e, na guerra,
a fim de alcançar a adoção, segundo as ordens que lhe morre, mesmo com toda a sua força. A língua é útil quando
foram dadas claramente. A fé verdadeira não é apenas direcionada, sob freios. A língua sob freios obedece e
de palavras, mas é acompanhada de atos de semeadura,
pode ser dirigida a contento. O cavalo tem uma grande
de beneficência e de atitudes de fidelidade, de dedicação característica, segundo a Bíblia: é isento do medo; assim é
e de cumprimento dos mandamentos. A fé batiza, a fé a língua: sem freio e sem medo morrerá na batalha
come e bebe, a fé promete, a fé crê, afé espera, a fé se
submete, a fé honra, a fé doa, a fé compartilha, a fé chora, Tiago 3:3: E se na boca dos cavalos colo­
a fé se alegra, a fé ensina, a fé louva, a fé ora, a fé adora, a
camos freios, para que nos obedeçam, e,
fé constrói, a fé realiza, afé atua, a fé cobre, a fé visita, a
fé veste, a fé alimenta, a fé dessedenta, a fé consola, a fé assim, possamos dirigir todo o seu corpo,
hospeda (1 Ts 1:3; ls 2:1; Mt 1:5; Is 2:19-21; 6:22-25; Hb
(Sl32:9)
11:31;Js 2:19-21; Mt 21:31;Js 2:1)
(2) O língua como lem e. Deve ser governada pela
Tiago 2:25: Assim também Raabe, a pros­ vontade do Espírito. Podedirigirum grande meio de
transporte quando está sendo governada. Não pode
tituta, não foi justificada por suas obras, dar destino ao transporte sem o poder do comandante.
quando recebeu os mensageiros e os en­ Se o comandante soltar o timão que controla o leme,
pode fazer perecer todos os passageiros e
viou por OUtrO Caminho? t/s2:!;H bll:31;ls2:l;
destruir toda a embarcação
Mt 1:5; Is 2:19-21;6:22-25j
A fé sem obras faz acepção, atuando em favor do rico e Tiago 3:4: assim também os navios, mes­
sendo vazia para com o pobre; a fé sem obras é aquela mo sendo tão grandes, e impulsionados
que discursa e honra segundo a conveniência, mas des­
preza segundo os bens; a fé que opera é a fé que produz por impetuosos ventos, são governados
motivos de glorificação a Deus (2 Co 9:13-15). A fé mor­ por um pequeno timão, segundo a vonta­
ta é Dorcas no Cenáculo, a fé viva é Dorcas produzindo,
exigindo a mão-de-obra das outras irmãs
de do seu comandante.
(3) A língua como fogo que incendeia pessoas simples,
Tiago 2:26: Porque, assim como o corpo pelas quais pode incendiar um grande bosque, uma
sem o espírito está morto, assim também a instituição. A língua é como o fogo que não sacia o seu
apetite de destruição, mas pode ser dissipado pela água.
fé sem obras é morta. rrg 2.20/ O freio sujeita o cavalo, o comandante sujeita o leme e a
água domina o fogo, limitando-o. ( 1 )0 domínio próprio,
(2) o temor à liderança e (3) a verdade superior
Tiago, capítulo três (3)
A grandeza dos mestres: o freio, o timão e a fagulha. O Tiago 3:5: Igualmente, também a língua,
maior orgulho da língua é poder falar, e não há nenhuma sendo um tão pequeno membro, como
profissão ondea língua é mais utilizada do que a de mestre.
Em outras palavras, “não queira ser um mestre, onde terá se gloria de grandes feitos! Mas também
que provar tudo o que falar”, e quem não provaro que falar quão grande bosque incendeia uma fagu­
será julgado pelo público (Rm 2:21; Mt 7:2)
lha! (Pv 12:18; Sl 12:3)
Tiago 3:1: Irmãos meus, não haja muitos Características do poder da língua sem freio, sem
mestres entres vós, sabendo que havere­ comandante e sem limites: (a) Institucionaliza a
iniquidade, isto é, estabelece o pecado através de sua
mos de merecer maior juízo. (Mt23:8; Lc6:37; lábia e sob ameaças; (b) é instrumento de contaminação
Rm2:21;Mt7:2) inerente em nosso organismo, e não é bactéria nem
O tropeço de todos os homens: Está no mau uso da vírus; (c) pode contaminar todo o corpo (instituição);
língua. O homem maduro não tropeça com a língua, (d) é frustrante, pois destrói o curso normal das coisas,
porque a maturidade do homem se nota quando ele antecipando-se com as suas contendas e confusões, e
abre a boca. O homem maduro sujeita, sob freios, a sua dividindo e separando os amigos naturais; (e) o fogo da

926
3:6 T iago 3:17

língua é recebido e iniciado pelos demônios. Querdizer, Tiago 3:11: Acaso, da fenda de um ma­
a língua é o combustível dos demônios da destruição das
coisas que caminham naturalmente nancial pode brotar água doce e amarga?
Características do poder da língua sem freio, sem
Tiago 3:6: E a língua é fogo, como um comandante e sem limites: (I) A língua não pode
m undo de iniqüidade. A língua está consti­ produzir frutos contraditórios à sua espécie.
(m) A língua que produz água doce e salgada é
tuída entre nossos membros, e contam ina salgada por natureza, porque matematicamente
todo o corpo, e incendeia o curso da natu­ mais com menos resulta em menos
reza, e ela mesma é inflamada pelo Inferno. Tiago 3:12: Pode a figueira produzir azei­
(Pv 16:27;Mt 15:11,18,19) tonas, ou a videira figos, m eus irmãos?
Características do poder da língua sem freio, sem coman­
dante e sem limites: (f) A línguaé uma serpente: A nature­ Assim tam bém um m anancial não pode
za animal foi domada pelos homens porque não fala, e o produzir água salgada e doce. m 7:I6)
homem não se sujeita a nenhum senhorio enquanto a sua Características do poder da língua sem freio, sem
língua estiver sem freio, sem comando e sem limites comandante e sem limites: (n) A boa conduta
I Tiago 3:7: Porque toda a natureza: bestas com eça pelas palavras que saem de nossa boca.
Por uma língua instruída (governada), sob a ética
feras, aves, répteis, tanto animais marinhos (doutrinada), com humildade (tem erosa) e com
como os da terra seca, estão sujeitos e foram sabedoria (guardando silêncio)
domadas pela natureza humana, Tiago 3:13: Aquele que dentre vós é sá­
Características do poder da língua sem freio, sem bio e instruído, manifeste a sua boa con­
comandante e sem limites: (g) O veneno da língua são
palavras de rebelião e de maledicência. Satanás entrou duta, com hum ildade e sabedoria, (g i m ;
na serpente por causa de sua língua. Estava cheia de Tg2:18)
veneno mortífero. Toda língua que não se sujeita a Características do poder da língua sem freio,
um freio, não tem comando, não tem limites, pertence sem comandante e sem limites: (o) A língua
a uma serpente e deve ser destruída pelo antídoto amargurada e invejosa acabará revelando a
do seu próprio veneno verdade do coração, inevitavelm ente
Tiago 3:8: mas dentre os filhos dos ho­ Tiago 3:14: Mas, se no profundo de vosso
mens, não há quem possa sujeitar a língua. coração hospedastes a amarga inveja ou a
Este é um mal que não admite freio, está contenda, não vos exalteis, nem mintais
cheia de veneno mortífero. (sii40:3;Rm3:i3) contra a verdade; /Rm2.-8; Tg3:ió; i rm2:4; Tg5:i9j
Características do poder da língua sem freio, sem Características do poder da língua sem freio, sem
comandante e sem limites: (h) A língua sem freio, sem comandante e sem limites: (p) Alíngua animal não é
comandante e sem limite, é fingida. Mas ó Senhorvive sábia, é instintiva, descontrolada, terrena e usada por
nos homens! Nossas demonstrações de amor a Deus demônios, não é do alto (é baixa)
devem ser feitas ao próximo. Este é o grande tema da
primeira epístola de João Tiago 3:15: porque esta não é a sabedoria
Tiago 3:9: Com ela bendizemos ao Senhor que desce do alto, senão terrena, animal e
e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, demoníaca. (Tgi:i7; iTm 4:ij
Características do poder da língua sem freio, sem
os quais foram feitos à semelhança de Deus. comandante e sem limites: (q) O sentimento que a
! (Gn 1:26) língua não evitará jamais demonstrar: A inveja e o
Características do poder da língua sem freio, sem espírito de facção, (r) O ambiente da língua sem freios,
comandante e sem limites: (i) A língua é sem elhante sem governo e sem limites: Perturbação e perversidade
ao coração enganoso
Tiago 3:16: Porque onde há inveja e espí­
Tiago 3:10: De um a m esm a boca proce­ rito faccioso, ali também há perturbação e
dem bênçãos e m aldições. Irmãos m eus, toda obra de perversidade, (cisaoi
não vos convém que estas coisas sejam A língua sob freio, sob governo e sob limite: (a)
É sábia, (b) traz palavras do Céu, (c) é pura, (d) é
feitas assim.
diplomática (pacífica), (e) submissa, (f) obediente,
Características do poder da língua sem freio, sem
(g) misericordiosa, (h) gera bons frutos, (i) não traz
comandantee sem limites: (j) A língua fingida é o
dissensões, (j) não é fingida
porta-voz do coração amargo ou a língua curada é o
porta-voz do coração santificado Tiago 3:17: Mas a sabedoria que vem do
927
3:18 T iago 4:10

alto é, primeiramente, pura; depois pacífi­ nós anela por nós com profundo zelo? (Cn
ca, submissa, obediente, cheia de miseri­ 6:3,5; Nm 11:29;Zc 12:1)
córdia e de bons frutos, sem dissensão, e O ciúme do Espírito não acontece sem razão, mas com o
seu próprio testemunho ele apresenta a sua razão, pois
sem hipocrisia; (1 Co2:6;Rm 12:9; 1Pe 1:22) ele está em nós quando desviamos os nossos passos do
O ambiente da língua submissa (tem freios = sobre caminho, e não pode se ocultar de nós e nem podemos
o cavalo), é governada (comandante = sobre o leme) nos ocultar dele (Zc 12:1; Gn 6:3; Nm 5) Três poderes
e tem limites (água = sobre o fogo): (a) Produção para quem se submete ao freio de Deus, ao comando
da justiça; (b) semeadura de paz; (c) plantadas por de Deus e ao limite de Deus: (1) Graça e livramento da
promotores da paz soberba (da linguagem), à qual Deus resiste. A graça
sobre os humildes tem mais efeito e gera mais resultados
Tiago 3:18: e o fruto da justiça é semeado do que a preparação e a fama dos soberbos oportunistas
em paz por todos aqueles que promovem a Tiago 4:6: Antes, ele dá maior graça. Por
paz. (Pv 11:18; ls32:17) isso, ele diz: “Deus resiste aos soberbos,
mas dá graça aos hum ildes”. (iPe5:5;sii38:6;
Tiago, capítulo quatro (4) Pv3:34)
A origem do falatório desenfreado dos homens que Três poderes para quem se submete ao freio de Deus,
vivem em confusão e facções: As concupiscências ao comando de Deus e ao limite de Deus: (2) Submissão
próprias que batalham nos instintos carnais, isto é, a Deus gera resistência aopoderde Satanás. (3) A
desequilibrados resistência ocasiona a fuga de Satanás (Mt 4:3-11; Lc
Tiago 4:1 : De onde vêm as inimizades e 4:2-13; Ef 4:27,11,12; 1 Pe 5:8,9; Ap 19:9-11)

os conflitos entre vós? Não vêm, por acaso, Tiago 4:7: Submetei-vos a Deus e resisti ao
das vossas concupiscências que em vossos diabo, e ele fugirá de vós; (Mt4:3-u; Lc 4=2-13; ej
instintos carnais batalham? (Tt3:0;Rm7:23) 4:27;! Pe 5:6-9;Ap 19:9-11)
Resultados das concupiscências: (1) Desejo sem Como os pecadores devem agir para purificarem os
herança; (2) nada permanece em seu poder; (3) seus corações e regressarem à comunhão com Deus?
muitas guerras e poucas conquistas; (4) orgulho nas (1) Achegando-se a Deus como o pródigo achegou-
necessidades; nada se pede por causa do orgulho se ao seu pai. (2) Abandonando as antigas obras,
lançando de suas mãos os instrumentos do pecado.
Tiago 4:2: Cobiçais, mas nada tendes; (3) Deixando de duvidar, pois quem duvida tem duplo
ânimo. (4) Purificando o coração dos sentim entos que
invejais e cobiçais, mas nada permanece o mantêm prisioneiro das antigas obras
em vossas mãos; contendeis e guerreais, e Tiago 4:8: Chegai-vos a Deus, e ele se che­
nada tendes, porque não pedis; gará a vós. Pecadores, purifiquem as vossas
Resultados das concupiscências: (5) Pedidos com más
intenções; (6) pedidos com interesse próprio único mãos; e, vós de duplo ânimo, purificai o
Tiago 4:3: pedis e não recebeis, porque VOSSO coração; (2Crl5:2;Is 1:16; Tg 1:8)
Como os pecadores devem agir para purificarem os seus
pedis com malignidade, para satisfazer os corações e regressarem à comunhão com Deus? (5)
VOSSOS desejos. (Sl 18:41; 1Jo3:22;5:I4) Afligindo-se com a Palavra de Deus. (6) Lamentando os
Resultados das concupiscências: (5) Amizade certeira prejuízos causados. (7) Jejuando de seus sorrisos, sabendo
com o mundo terá como fruto a inimizade de Deus. Isto que há tempo para tudo debaixo do sol. (8) Jejuando dos
quer dizer que o mesmo que Deus determinou contra seus prazeres, porcausa das más obras realizadas
Satanás, executará contra o homem concupiscente. A Tiago 4:9: afligi-vos, lam entai e chorai;
amizade com o mundo é inimizada contra Deus, ser amigo
do mundo é ser inimigo de Deus. Não hámeio-termo converta-se o vosso riso em lam ento, e o
Tiago 4:4: Sois infiéis como os adúlteros! vosso gozo em tristeza. ílcó:25)
Como os pecadores devem agir para purificarem
Ou não sabeis que a amizade do m undo é os seus corações e regressarem à com unhão com
inimizade contra Deus? Quem quiser ser Deus? (9) Humilhando-se em oração diante da face
do Senhor. O resultado dessas nove obras de fé é a
amigo deste mundo, constitui-se em inimi­ exaltação feita por Deus
go de Deus. (Tgl:27; Uo2:15;Jo 15:19) Tiago 4:10: Humilhai-vos diante da face
Tiago 4:5: O u pensais que a Escritura diz do Senhor, e ele vos exaltará. iMt23=i2)
sem propósito que o Espírito que habita em O relacionamento dos irmãos nas congregações: (1)

928
4:11 T iago 5:i

Não deve haver murmuração; (2) não deve haver o Senhor quiser, viveremos e faremos isto
maledicência; não deve haver mau testemunho entre
os irmãos; (3) não deve haver julgamento mútuo entre OU a q u i lo " . ÍAt 18:21)
os membros; (4) não devem tomar o lugar de Deus, Quando não reconhecemos a soberania das autoridades
considerando-se juízes da lei sobre nós, agimos como os demônios. Arrogância
é a declaração de independência de qualquer ajuda
Tiago 4:11 : Irmãos, não m urm ureis uns ou direção, sob a justificativa da auto-suficiência. A
contra os outros, porque o que fala mal ou arrogânciaévanglória, é soberba e maligna
julga a seu irmão, esse tal fala e julga contra Tiago 4:16: Mas agora vos gloriais em
a lei; e, se julgas a lei, já não és observador vossa jactância: toda glória tal como esta é
da lei, senão juiz. // Pez-i) maligna. í i cos.-óí
Quem é o Juiz soberano da lei? O legislador, o juiz, o Logo, o pecado é uma atitude consciente de que não
Salvador, o destruidor; aquele que não reconhece o se faz o bem; é um ato deliberado de quem conhece a
soberbo, mas exalta o humilde verdade e o bem; logo, o pecado é rebelião
Tiago 4:12: Porque um só é o legislador Tiago 4:17: O pecado é com etido por Q
e juiz da Lei, o qual pode salvar e destruir. aquele que sabe fazer o bem, e não o faz.
Mas quem és tu que julgas o teu próximo?
; (Rm 14:4; Mt 10:28) Tiago, capítulo cinco (5) >
A soberania de Deus deve ser temida ao colocarmos as 1 - Profecia quanto ao capital de risco: (1) As tragédias 0
nossas palavras e obras sempre debaixo de seu querer econômicas mundiais são as enfermidades da riqueza,
e realizar: ( 1 )0 poder de ir e vir deve ser concedido por e são inevitáveis. Aqueles que operam nas Bolsas de
Deus, como Deus o concedeu aJacó; (2) o poder de estar Valores sem investir as riquezas em pessoas verão
com a saúde para trabalhar vem de Deus; (3) o guardião as suas riquezas apodrecerem e perderão (1) as suas
do homem é Deus, em qualquercidade; (4) o tempo e os riquezas - apodrecem, (2) as suas roupas - envelhecem,
prazos pertencem a Deus; (5) os bons negócios são obras (3) o seu ou ro- é roubado, (4) a sua prata- é
de Deus em favor do homem que o teme, como aconteceu desvalorizada, (5) e o seu corpo - é enfermo
com Eliezer; (6) não é de quem corre a vitória na corrida,
nem do esforçado a vitória, mas daquele que acha graça Tiago 5:1: Agora, ó ricos! Chorai e lam en­
diante de Deus. Logo, Deus é soberano sobre todos os tai por causa das desgraças que vos sobre­
eventos de nossa vida
virão. (Lc6:24)
Tiago 4:13: E, agora, vós que dizeis: Agora, ó ricos! Chorai e lamentai-vos por causa das
“Vamos hoje ou am anhã a tal cidade e ali desgraças que lhes sobrevirão. Nada mais é tão irreal
e tão mentiroso do que o prestígio de uma empresa,
trabalharem os um ano, negociaremos e principalmente quando este prestígio é fundamentado
prosperarem os”; (Pv27.-tj em valores aplicados em bolsas de investimentos e
A soberania de Deus deve ser temida ao colocarmos as quando estes valores rendem por si mesmos, sem
nossas palavras e obras sempre debaixo do seu querer e distribuição através da geração de produção, negociação
realizar: (7) Deus conhece o nosso futuro; (8) se a nossa e benefícios que envolvam pessoas. As aplicações no
vida estiver sob o juízo de Deus, seremos como a erva mercado financeiro foram profetizadas como um sinal
que murcha e como um vapor, segundo mostrou Moisés dos tempos. Como, no seu tempo, cada capital apodrece!
no Salmo 90. Mas se Deus nos dera sua graça, seremos Jesus deu uma solução para quem quer aplicar o seu
guardados com saúde, mesmo depois dos setenta anos, dinheiro (Mtó: 19). Como um rico pode aplicar o seu
como está descrito, a seguir, no Salmo 9 1 .0 homem dinheiro no Céu? Por que aquele jovem rico ficou triste
que chega aos oitenta anos sob o poder da canseira e do porque não aceitou a proposta de Cristo: “Vende tudo O
o que tens, investe nos pobres, e terás um tesouro no
enfado está sob julgamento; mas aquele que alcança
Céu” (Mt 19:21,22). (1) Ele não sabiapor que era rico. A
ò
a graça de viver depois dos oitenta anos, em paz e com
saúde, alcançou a liberdade do Salmo 91 e livrou-se da riqueza lícita é o acúmulo dos bens de Deus nos bolsos de
condenação do Salmo 90 um homem. É uma bênção de Deus compartilhada com o
homem, a fim de que ele faça beneficência na sua região,
Tiago 4:14: digo-vos: não sabeis o que su­ ao seu redor e na sua família (2 Co 12:6-8). O acúmulo
cederá amanhã. Porque, que é a vossa vida, da riquezaa apodrece e toma-se alimento de sarça. A
riqueza deve girar, para edificar. Riqueza acumulada é o
senão um vapor que por um momento apa­ mesmo que talento enterrado. (2) Ele não sabia que a sua
rece, e logo se desvanece? jó 7:7; su o 2:3) riqueza era para ser compartilhada pela beneficência (2
O servo está sempre dando satisfação ao seu Senhor Co 12:9-10) .Jesus não estava dizendo para tomar a sua
daquilo que faz, pois a vontade de Deus é soberana riqueza e sair espalhando com os pobres, como quem
joga dinheiro ao ar, mas investindo em benefícios que
Tiago 4:15: Assim é que devíeis dizer: “Se atendessem aos pobres. Por exemplo: Todos aqueles

929
5:2 T iago 5 :7

que desconcentram a sua riqueza alcançam pessoas. A II - As injustiças trabalhistas (para quem a língua tem
distribuição de riquezas em benefícios duráveis atende que falar): ( 1 ) 0 salário dos obreiros segadores; (2) a
as pessoas necessitadas que pagam com trabalho os defraudação dos obreiros; (3) o protesto (clamor) dos
seus benefícios. Em Ageu 1:6, a Palavra de Deus nos ceifeiros chegou ao trono de Deus. Esta é a verdadeira
mostra os cinco investimentos que alcançam os pobres: oposição: Diante do trono de Deus, em oração, e não
(a) A com ida- quem investe no negócio da alimentação em piquetes nas ruas (Êx 23:1,2). O resultado: A perda
distribui riquezas desde o pobre agricultor ao grande (1) das riquezas - do sustento, (2) das roupas - da
distribuidor de alimentos. Para o alimento chegaraos dignidade, (3) do ou ro-da confiança, (4) da prata-da
mercados, milhares de pessoas foram beneficiadas. avaliação, (5) do corp o-d a saúde. A oração da viúva,
Hoje, aquele que é rico já foi pobre, a quem Deus do justo, do estrangeiro e do órfão tem acesso direto ao
espalhou a sua semente (2 Co 12:9). (b) A vestimenta - trono de Deus
quem investe nas vestimentas abençoa desde o agricultor
do algodão ao grande industrial dos tecidos; do costureiro
Tiago 5:4: E is q u e c l a m a o s a l á r i o d o s
ao vendedor nas lojas, (c) A água - quem prepara a o b re iro s q u e tê m s e g a d o e m v o ssa s te r ­
água para ser bebida é um canal de bênção que envolve ras, p o rq u e v ó s os te n d e s d e fra u d a d o ; e
muita mão-de-obra até chegarás famílias nas diversas
localidades, (d) A sem ente-quem cuida da semente, o p r o te s to d o s c e if e ir o s te m c h e g a d o a o s
quem a semeia e quem a negocia inclui nos seus negócios o u v i d o s d o S e n h o r d o s e x é r c i t o s ; (ivio.-i3;
milhares de pessoas beneficiadas, (e) O salário da
mão-de-obra - quem investe no trabalhador investe Dt24:l5;Rm 9:29)
em beneficência direta e indireta. Quando os homens Os deleites são vividos por meio (1) do uso das riquezas,
investem no pobre suas riquezas não apodrecem. (3) (2) do uso de roupas esplêndidas, (3) do uso das jóias de
Ele não sabiaqueo motivo principal de suas riquezas era ouro, (4) dariegociação da prata, (5) da potestade visível
para glorificar a Deus e motivar as pessoas a glorificarem a do corpo. Três poderes de quem tem riquezas: (a)
Deus (2 Co 12:12,13). Quanto mais pessoas glorificarem a Herdades, (b) preparação e nutrição do corpo; (c) gado
Deus por meio da distribuição de nossas rendas, mais Deus no pasto e na cozinha
nos abençoa. Quanto menos pessoas glorificarem a Deus
por meio de nossas riquezas, menos somos abençoados.
Tiago 5:5: p o r q u e v ó s t e n d e s v iv id o e m
A desobediência aessas ordens divinas gera podridão e d e le ite s s o b re a te rra ; te n d e s n u tr id o os
consumação das nossas riquezas, conforme está descri to v o sso s co rp o s c o m o o g ad o c e v a d o p a ra o
neste verso. Agora, vejamos o que se pode perder: (1) As
riquezas, (2) roupas, (3) o ouro, (4) a prata, (5) o corpo d ia d a m a t a n ç a ; (Am6:l;Jrl2:3;25:34)
As más obras dos ricos traficantes, politiqueiros, mafio-
Tiago 5:2: P o r q u e a s v o s s a s r i q u e z a s e s tã o sos e desordeiros, não temerosos de Deus: (a) Maus sa­
a p o d r e c id a s e a s v o s s a s r o u p a s e s tã o c o n s u ­ lários (v. 4) para obreiros que produzem; (b) não ouvem
os protestos de seus funcionários; (c) a insensibilidade
m id a s p e l a t r a ç a ; (J613:28; M t 6:20) dos patrões (v. 5) que vivem em seus deleites enquanto
Porque as vossas riquezas estão apodrecidas e seus servos sofrem necessidades; (d) cuidam de sua
as vossas roupas estão consumidas pela traça. As saúde quando os seus funcionários estão enfermos (v.
riquezas devem ser usadas em nossos dias, e não 5); cevam o gado, enquanto seus funcionários passam
como instrumento de condenação nos últimos dias; fome (v. 5); (e) matam os justos que pedem justiça sem
isto é, são para serem negociadas no tempo de hoje oposição, mas com razão (v. 6)
e não na eternidade. Jesus nos revelou o segredo de
como transformar riquezas terrenas em riquezas
Tiago 5:6: e a in d a te n d e s c o n d e n a d o e
celestiais (Lc 16:9); isto é, podemos usar o nosso a s s a s s in a d o o ju s t o , e e l e n u n c a v o s r e s is tiu
dinheiro ganhando almas para Cristo, sendo que estas c o m o p o s iç ã o .
devem ser discipuladas e confirmadas na salvação,
pois na sua passagem para a eternidade serão levadas A espera pela justiça é provada com o silêncio da língua.
Avinda de Jesus é como a colheita de uma lavoura, pois
aos tabernáculos eternos. Assim, quando ali também
trata do arrebatamento da Igreja e da sua vinda em glória
chegarmos, seremos recebidos por elas, na falta de
ao mundo, já com a Igreja. A (1) chuva temporã fala da
nossa riqueza. Mas, agora, Tiago nos explica por que os
sua segunda vinda em si. A (2) chuva serôdia fala do
ricos ignorantes perdem (1) as riquezas, (2) as roupas,
arrebatamento da Igreja (Lc 8:15; Rm 2:7; 8:24; Cl 1:11)
(3) o ouro, (4) a prata, (5) o corpo: Pela injustiça
trabalhista que cometem (2 Pe3:3; A p20:l 5) Tiago 5:7: M a s v ó s, irm ã o s m e u s , se d e
Tiago 5:3: e o v o sso o u ro e a v o ssa p ra ta p a c i e n t e s a t é a v i n d a d o S e n h o r . A s s im
se e n fe rru ja ra m , e e s ta fe rru g e m d a rá te s ­ c o m o o la v ra d o r e s p e r a o p re c io s o fru to
t e m u n h o c o n t r a v ó s , p o is e s t á p r o n t a p a r a d e s e u c a m p o , a g u a rd a n d o -o c o m p a c i­
c o n s u m ir , c o m o o fo g o , o s v o s s o s c o r p o s . ê n c ia , a té q u e r e c e b a a c h u v a e m te m p o
T e n d e s a c u m u l a d o r iq u e z a s p a r a o s ú lti m o s ( “te m p o rã ”) o u a c h u v a f o r a d e t e m p o
d ia S . (2Pe3:3;Ap20:15; Tg5:7,8) ( “s e rô d ia ”) . (Lc8:15;Rm2:7;8:24;Cl 1:1 í)

930
5:8 T iago 5:14

A confirmação dasalvação pela língua: (1) Afé pronunciada Tiago 5:12: Mas, sobretudo, irmãos meus, ?
pela língua. (2) Calaaqueixa da língua desenfreada. (3) Solta
averdade do coração. (4) Declara a salvação providenciada não jureis nem pelo Céu nem pela Terra, p
unicamente porjesus Cristo antes da vinda de Cristo, neste nem por nenhuma outra coisa, e o vosso )
caso, antes do arrebatamento da Igreja
sim, seja sim, e o vosso não, seja não; para
Tiago 5:8: Assim também vós sejais pa­ que não sejais condenados no juízo. m s & t- £
cientes e confirmai o vosso coração; por­ 37; Tg3:1,2; 1 Co 11:34)
que a vinda ( “p a r o u s ia ”) de nosso Senhor (1) O que fazer na aflição? O poder carnal da língua
está próxima. (ipe4:7) vai querer fazer alarde, mas Tiago ensina o caminho
certo: Se estivermos aflitos, devemos orar (e não falar
A queixa: O pecado principal da língua sem freios, sem
mal); se estivermos contentes, devemos cantar salmos
comando e sem limites: A queixa (Leia o comentário
(e não contar piadas), pois os salmos relembram as
do cap. 3). A queixa (1) quebra a comunhão: “... uns
grandes obras de Deus
contra os outros"; (2) a queixa traz condenação interna
e externa; (3) o juízo não tem hora nem dia para ser Tiago 5:13: Se algumde vós estiver aflito,
sentenciado: “às portas”
ore, e se algum de vós estiver contente, (
Tiago 5:9: Irmãos meus, não vos queixeis salmodie. (Mcó:13; Tg5:l0;Sl50:l5;Cl3:16)
uns contra os outros, para que não sejais (2) O que fazer na ocasião da enfermidade? As
condenados; eis que o juízo está à porta. enfermidades e os pecados produzidos pela língua

ago
podem sercurados. O uso correto da língua: (a) Chame,
(Tg4:ll,12;Mt24:33) (b) ore, (c) seja ungido, (d) seja salvo, (e) levante-se, (f)
Irmãos meus, não vos queixeis uns contra os outros, para seja perdoado. Os presbíteros são os ministérios oficiais
que não sejais condenados, porque eis que o juízo está à da igreja, os ministros de Deus que supervisionam,

Tlago Tiago Tiago Tiago Tiago Tiago


porta, (a) Como vencer a queixa? A profecia em lugar da que coordenam, que administram - e que oram!
queixa: O uso correto da língua quando aparentemente Muitos, hoje, são os presbíteros que já não sabem orar a
não temos solução. O exemplo dos profetas oração da fé, porque se justificam pelo enfado da obra.
Esses também estão enfermos! Mas os verdadeiros
Tiago 5:10: Irmãos meus, tende como presbíteros devem (a) visitar, (b) atender os enfermos,
exemplo de paciência e adversidade os (c) ungir com azeite, (d) fazer uso do Nome do Senhor
profetas que falaram em nome do Senhor. Jesus. A unção com azeite afasta “as moscas varejeiras”
de sobre a mente das ovelhas e o cálice delas transborda
! (Mt5:l2) (SI 23:3-5). A unção em nome de Jesus restaura a
Irmãos meus, tende como exemplo de paciência e comunhão, é o carinho que toca o espírito da pessoa
adversidade os profetas que falaram em nome do enferma. A unção abre os ouvidos e redireciona os pés
Senhor, (b) Como vencer a queixa? Adoração no lugar da no caminho. A unção autentica uma atitude em fé. A
queixa, comojó. Quando Jó estava a ponto de murmurar unção é u m selo da graça de Deus. A unção é um sinal
(ou de se queixar) ele abriu a sua boca para adorar. de perdão. A unção é um sinal da santificação. Aunção
Quando, na hora da queixa, adoramos, dobramos as é fruto do trabalho pessoal de Cristo em nosso favor
nossas perdas (pela misericórdia e pela compaixão). É no Getsêmani, assim como o sangue foi o resultado
por isso que a Palavra de Deus nos ensina a dar graças a de seu labor no Calvário. Foi ali que ele entregou a sua
Deus em toda e qualquer situação (2 Cr 30:9; Nm 14:18; vontade no altar, sob a primeira, a segunda e a terceira
SI 8ó:5;T gl:12;M tl0:22;Jó2:10;23:10; 42:10-17) prensa da azeitona. A unção separa. A unção fortalece.
A unção é selo de cura. Este tem sido um cerimonial
Tiago 5:11: Eis que temos por bem-aven­ da fé esquecido pelos ministros de Deus. Mas será
turados aqueles que sofreram. Vós tendes restaurado. Passos para a Cura Divina: (1) Chamar seus
ouvido da perseverança de Jó, e haveis lido pastores; (2) receber oração; (3) recebera unção com
azeite em nome de Jesus Cristo (v. 14); (4) concordar
o epílogo que o Senhor lhe deu? Porque o e receber a oração da fé que salva o enfermo; (5)
Senhoré misericordiosoe compassivo. (èx34-.6; confessar os seus pecados e ser perdoado

Mt5:10;Jó l:2l,22;42:l0 t7;Nm 14:18;2030:9; SI 86:5; Tg Tiago 5:14: E se algum de vós está enfer­
l:l2;Mt 10:22;JÓ2:10;23:W). mo, que chame os presbíteros daigreja para
O freio principal da língua: (a) Não jurar. Jesus nos ensi­
nou não jurar por nada, nem do Céu nem da Terra, nem
que orem por ele, ungindo-o com azeite,
por coisa alguma: profecias, línguas, visões, sonhos ou em nome do nosso Senhor; (mc 6.-i3)
sentimentos especiais de “deus”. A nossa palavra deve E se algum de vós está enfermo, que chame os
valer o suficiente, de tal maneira que não necessite de presbíteros da igreja, para que orem por ele, ungjndo-o
juramento algum (Tg3:1,2; 1 Co 1 l:34).(b)Teruma com azeite, em nome do nosso Senhor. A oração da fé
só palavra: Manter de pé o que dissersentado. Não ser fala mais do que a voz do sangue de Abel que clamava
duvidoso nos contratos pela restauração de seu irmão. A oração da fé é como

931
5:15 T iago 5 :2 0

a oração de Agar, que clamava pela vida de seu filho ao acima que os pecados são confessados aos presbíteros
mesmo tempo em que esquecia de sua própria vida. A e as culpas, os sentim entos de culpa, e coisas
oração da fé põe varas no bebedouro para os cordeiros semelhantes, podem ser confessados entre os irmãos,
conceberem segundo o propósito. A oração da fé envia quando: (1) Houver oração; (2) for para restauração;
o bastão profético crendo na fé daquele que o usa. A (3) a pessoa a quem confessamos for um justo, e não
oração da fé se deita sobre o morto para que este se um fofoqueiro sem caráter
aqueça e respire. A oração dafé unge e entrega os
lenços ungidos nos casos da ausência dos enfermos.
Tiago 5:16: Confessai as vossas faltas
A oração da fé crê que se ao menos a sombra passar ( “o f e n s a s ”) uns aos outros e orai uns pe­
sobre o povo, Deus operará. A oração da fé faz lodo com
o barro e entrega ao cego novos olhos. A oração da fé
los outros, para que sejais restaurados;
sobe o enfermo no telhado para ser curado. Aoração porque a oração do justo muito pode na
da fé sabe adorar antes de pedir, como Jairo, como sua eficácia. (Mt3:6; 1Pe2:24;Jo 9:31)
Maria, como o Centurião, como o leproso. A oração
Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns
da fé conhece o poder do Nome dejesus Cristo, o
pelos outros, para que sejais restaurados, porque
Nazareno. A oração da fé tem poder sobre os demônios,
a oração do justo muito pode na sua eficácia. (4) A
sobre os homens, sobre as circunstâncias, sobre as
oração: O poder da oração em fraqueza. A oração não
doenças, sobre os poderes sobrenaturais radicados
ép od erd eu m só homem; não é privilégio de quem
nas regiões amaldiçoadas e dominadas pelo poder das
tem uma vida ilibada e santa (Rm 8:26); não pode ser
trevas. A oração da fé abre portas, fecha portas, liberta
feita sem fervor, isto é, sem fé; homens que sofrem as
ou prende. Aoração dafé é a linguagem espiritual da
mesmas paixões de Elias (depressão, desconfiança,
fé sobre o poder da língua carnal. A oração da fé usa as
dúvida, temerosos, orgulhosos, presunçosos) podem
diversidades de operações registradas em 1 Coríntios
operar milagres através da oração, quanto mais
12:6, entre as diversidades de dons, de ministérios
aqueles que já venceram essas paixões carnais!
e de membros. As diversidades de operações são o
resultado da criatividade da oração da fé para que Tiago 5:17: Porque também Elias era
ocorram milagres. Os mensageiros de Deus respeitam
as diversidades de operações que os presbíteros usam! homem sujeito a paixões semelhantes às
As diversidades de operações usam lodo, como Cristo; nossas, e orou fervorosamente para que
bastão, como Eliseu; usam a vara, como Moisés; usam
o lenço, como Paulo; usam escada e cordas, como os
não chovesse, e não choveu sobre a terra
condutores do paralítico; usam pergaminhos escritos por três anos e seis meses, /iR s i7 : i; A t m -.i s -,
e pedidos impossíveis, como Mardoqueu; usam
Lc4:25)
documentos, como Ester; usam simulações, como
Cristo diante do juízo da mulher adúltera; usam o toque (5) Os prodígios mediante a fé: A mesma fé que opera
na orla dos vestidos, como a mulher que sofria de uma sobre a natureza em protesto contra os pecados dos
hemorragia; usam ofertas, como as Marias e a irmã homens: (1) ora; (2) abre o céu; (3) ordena a chuva em
de Lázaro. A oração da fé é feita depois da confissão tempos de sequidão; (4) e a terra dá o seu fruto
de pecados. A oração da fé trabalha com a limpeza e a Tiago 5:18: E orou outra vez, e o céu
pureza do coração do enfermo, pois todo o enfermo
deve sempre estar pronto ao quebrantamento e ao deu chuva e a terra fez brotar o seu fruto.
arrependimento ocasionados pela Palavra de Deus, (1 Rs 18:42-45)
pois o tempo vivido na enfermidade é suficiente para (6) A evangelização: O poder do evangelista e o grande
levá-lo a considerar, pela contrição e meditação, a benefício de seu ministério: (1) Restaurar o distanciado
sua situação, a fim de optar pela conversão daquele da Verdade; (2) converter o homem do seu erro e do
estado de humilhação ocasionados pela enfermidade. caminho do erro (Jd 1:11; Lc 22:32; Hb 12:13)
Nessa ocasião, o presbítero não deve ser contencioso,
doutrinador, nem acusador, mas misericordioso, Tiago 5:19: Irmãos meus, se algumde vós
cheio de amore de palavras ilustrativas que revelam
a verdade, sem entrar em contenda com a pessoa
se distanciar daVerdade, e alguémo conver­
enferma, pois ela já está vivendo uma grande contenda ter do seu erro, (Mtl8:15;Jdl:ll;Lc22:32;Hb 12:13)
consigo mesmo. Geralmente, esta pessoa pecou com a (3) salva a alma da morte; (4) cobre uma multidão de
sua língua, pois este é o teor do livro inteiro. Em poucos pecados (SI 32:1; Pv 10:12; 1 Pe 4:8; Ap 20:6; Jo 5:24;
casos não há necessidade de confissão de pecados 2 Co 9:22; 1 Tm 4:16; Fm 1:19; Tg 5:19; 1 Pe 4:8)

Tiago 5:15: porque a oração da fé salvará Tiago 5:20: sabei que aquele que conver­
o enfermo, e o nosso Senhor o levantará; ter umpecador do caminho do erro salvará
e se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão aquela alma da morte, e ainda cobrirá mul­
perdoados. tidão de peCadOS. (1Pe4:8;Rm I l:14;Sl32:l;PvW:12;
(3) A confissão: A restauração pela confissão. Veja Ap20:6;Jo 5:24; 2 Co 9:22; 1 Tm4:ló;Fm 1:19; Tg5:19)

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