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Ute R ute R ute R ute Ru te Rute Ru te Ru te Ru te Rute

L iv r o H is t ó r ic o d e

Rute
Rute, capítulo um (1) três m eios de resgate segundo o tex to (L v 25). Ele poderia
en con trar por m eios próprios o valor do resgate e pagá-lo
Noemi volta com Rute: Quando Deus está no controle, ele para te ra s u a propriedade de volta; ele poderia clam ar
nos atrai e nos conduz. Ele nos dá, nos tira, nos em p obrece por um parente remidor, o qual deveria te r posses para
sem qu e saibam os qu e nos recom pensará (V.7) Noemi realizá-lo, ou sim plesm ente esperar pelo ano do Jubileu,
volta a Belém com Rute: Voltar a Belém é um dom de o que não era muito bem apreciado pelos orgulhosos
Deus. Voltar é uma bên ção. Veja que até m esm o Orfa hom ens daqueles dias. Ao ven der a sua terra, o esposo
com eçou no cam inho da redenção. M uitos com eçam o de N oem i j amais pensou que voltaria tê-la de volta em
cam inho da redenção, m as não consegue m percorrê-lo suas m ãos. A fom e foi a grande circunstância que Deus
com pletam ente. (V.8) A prova de nossa cam inhadaé a utilizou. Belém de Judá era um a cidade pequena, de onde
grande oportunidade de nossa redenção. Jesu s disse a sairia o mais respeitado hom em daquela nação, o M essias.
seus discípulos: “N ão querem ir com eles tam bém ?” (V.9) E Deus precisava trabalhar. Quando eles saíram como
A casa era d e seus pais, m as n ela som en te havia m ães. família, pai, m ãe e dois filhos, pensavam em voltar, mas
As m ulheres vivem mais. (V. 11) M ais uma vez, a decisão algo sobrenatural acon teceu. Circunstâncias com o essas
delas estava sendo provada. (V. 12) A h erança é bênção. levaram Abraão ao Egito, e quando voltou, Agar veio com
Ela tinha direito de rem issão e isto era muito importante. e le . Essa jovem causou tantos problem as que até hoje são
(V. 13) C rer que ainda é possível que a c a m e , jáam ortecida, evidentes n a nação; m as, por outro lado, Rute foi a causa de
possa dar à luz. C rer que o n ascim ento de uma criança grandes bên çãos para a nação. D eu teron ô m io 2 3 :3 ,4 : “O
possa m udar a história de uma geração. (V. 14) Chegou am on ita e o m oabita n ão serão adm itidos na assem b leia
ahora da decisão. (V. 15) Essa é a descrição do regresso do S en h o r Jeo v á ; n em m esm o a sua d écim a geração será
de um a vida ao mundo e do abandono da sua fé. (V. 16) adm itida n a a ssem b le ia do Sen h or, ja m a is; porqu e não
A nossa salvação é fruto de uma decisão que implica saíram para v os re c e b e r com pão e n em com água no
e m :( l) com panhia: “não insistas p araq u e eu v á”; (2) não cam in h o, qu and o sa íre s do Egito; e por- q u e contrataram
aband onar “e te ab an d on e"; (3) te ro m e sm o propósito: co n tra ti B alaão ( “se m povo ” ), filho d e Beor, de P etor
“porque aonde q u er que tu fores”; (4) o m esm o fim: “eu ( “ adivinho” ), em A ram ( “ exaltad o ”) da M esopotâm ia
irei”; (5) vida mútua em convivência: “e onde qu er que tu (“ d e sen co ra ja d o ”), com a m is s ã o d e te am aldiçoar”(Nm
vivas, ali viverei”; (6) m esm a nacionalidade: “o teu povo 2 2 :5 ) . A vida d e Davi, ce rta m e n te seria atacada com
é o m eu povo”; (7) m esm a identidade de culto: “ o teu a cu sa çõ e s trem en d a s, p o r p arte do A cusador dos
Deus é o m eu D eus”. (8) M esm o destino: “onde qu er que irm ão s, pois n a Lei estav a esc rito q u e Rute, a m oabita,
m orreres, ali tam bém eu m orrerei”; (9) m esm o repouso n ão poderia s e r a ce ita na A ssem b leia do Sen h o r jeová.
eterno: “e ali serei sepultada”; (10) salvação e pacto de A razão e s tá n o v erso 4 : “ ...p o rq u e não saíram para vos
com panhia con stante: “só a m orte poderá nos separar”. re c e b e r com pão e n em co m água no cam in h o, quando
(V. 18) Firm eza e atitude são duas prem issas de nossa saíres do Egito” . E sta é a razão p ela qual D eus envia
redenção. O sucesso é determ inado quando a preparação a E lim eleq u e para as te rra s d e M o abe p o r causa da
seen con traco m a oportunidade. (V. 19) Devem continuar fom e q u e assolava a região de B e lém , a C asa de pão. (1)
marchando jun tos: A preparação e a oportunidade. (V.20) Q u ando faltou pão em B e lém , D eus estav a no co n tro le de
A com oção pela chegada de N oem i: Deus perdoa a nossa todas as co isa s, pois estava dando a M o abe um a grande
amargura quando Ele sabe que ainda não enten dem os o oportun id ad e d e se redim ir. A ssim , sem saber, Rute e
seu propósito, quando Ele ainda está no controle. (V .21) O rfa e o seu povo deram p ã o a c o m e r e água a b e b e r aos
Nossas m ãos cheias não dispõem de recursos com pletos filhos de Ju d á. Ao co m p letarem esta ex ig ê n cia , nos seus
para os seu s planos. Porque o seu plano envolvia a nação dias, D eus, p o r sua m isericórd ia, aceitou aqu ela M oabita
inteira e as suas m ãos não tinham recursos para tão grande e m ostra com o p odem os triunfar s o b re um a m aldição
propósito. Elas estavam bem , sem nada, quando o EIShadai e so b re um a culpa q u e vem assolan d o o povo p o r causa
patrocinava tudo. (V.22) E sse foi o papel de Ló. A única dos pecados d e seu s pais. (2 ) A lim en tar os filhos de
razão por que Deus lhe deixou com vida foi para honrar Israel com pão, na sua p ró p ria terra , deu aos filhos de
Abraão, e a su a intercessão: Rute. Uma alm a vaie mais do M o ab e uma ch a n ce d e s e re m re ce b id o s na C asa de Deus.
que o m undo inteiro! N oem i nas terras de M oabe. Desde M as o n osso A cusador, ce rta m e n te , n os dias de Davi, o
Eva, Sara, Raquel, R ebeca, T am are D ébora, Deus não acusou usando esta s m esm a s palavras registradas em
esteve tão interessado em adicionar uma m ulher gentia D euteron ôm io: 2 3 :2 ,3 : “O bastardo não será adm itido
na genealogia de Cristo com o esteve com Rute. Quando na assem b leia do S en h o r Jeo v á ; nem s e q u e r a su a décim a
aquele hom em em p obreceu, conform e os m oldes de geração poderá s e r adm itida na assem b leia do Senhor. O
Levítico2 5 :2 3 , vendeu parte d e sua herdade; por esta am onita e o m oabita n ão serão adm itidos na assem b leia
razão, a história da redenção dos hom ens cumprida por do S en h o rje o v á ; n em m esm o a su a d écim a geração
Cristo será vivida antecipadam ente porBoaz. Quando um será adm itida n a a ssem b le ia do Sen h o r, ja m a is ”. N em o
homem vendia parte, ou um todo, de sua herdade cabia-lhe am onita e nem o m oab ita poderiam en tra r na assem bleia

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1:1 Ru te 1:8

do Sen h o r Jeo v á, m ulto m en o s o bastardo. Q u ando Davi Rute 1:4: E e le s to m a ra m p o r m u lh eres


estava en tristecid o p o rq u e o seu d e s e jo era en trar na
C asa do Senhor, fato registrado n os Salm os 4 2 e 4 3 , e le d u as m o a b ita s. U m a se c h a m a v a O rfa , e a
dizia a sua própria alm a: “ Por q u e estás abatida, ó m inha o u tra se ch a m a v a R u te. D ep o is d e habita-
alm a?”. Pois o seu d e sejo e ra en tra r na C asa do Senhor,
não so m e n te s e r adim itido na sua assem b leia. Com ; re m ali q u a se d ez a n o s,
certeza, o acu sad or lh e m ostraria a iniquidad e do seu D eus foi tirando todas as possibilid ades de apoio carnal
povo, com o e le m esm o m en cio n aria n o Salm o 5 1 . M as, daquela m ulh er de quem so m en te se aceitava a fé como
com o quando o A cusador in v estisse con tra o C risto, e le , recu rso. A fé é provada quando há um a grande missão
certa m en te, usaria outro te x to , dizendo: “T am bém está qu ase insubstituível. Q uando tem os um a m issão que
e scrito ” . A ssim , Davi, tam bém , poderia usar a m esm a d epen d e so m e n te da fé, nen h um a de n ossas p o sses tem
tática apontando para Levítico 1 9 :9 ,1 0 : “ ...qu and o valor no p rocesso de co n strução. D eus trata de n o s deixar
co lh erd es o q u e foi sem ead o em v ossa terra, n ão segarás sem nada, m as todo aq u ele qu e en te n d e isso, tem direito
até os rin cõ es do teu cam po, n em re co lh e rá s as espigas a grandes h erdades ainda n esta vida
caídas” . Porventura, esta palavra n ão estava sendo
escrita em função de Ru te, a avó d e Davi? E n tão , Davi, ou Rute 1:5: a m b o s ta m b é m m o rre ra m , M a ­
qu alquer um d e n ós, po d eria dizer: "M a s tam bém está lo n e Q u ilio n ; e a m u lh e r fico u se m o s dois
escrito ” : Levitico 1 9 :1 0 : “ ...n e m rebu scarás a tua vinha,
nem re co lh e rás o fruto caido da tua v in ha; para o p o b re e filh os e se m o m a rid o .
para o estrangeiro o d eixarás. Eu Sou o q u e Sou (“q u e era N oem i volta com Rute: Q uando D eus está no controle,
e qu e s e r á ”), teu D eu s” e le nos atrai e nos conduz. E le n os dá, nos tira, nos
em p o b rece sem qu e sáibam os qu e nos recom pensará.
Rute 1:1: A c o n te c e u , n o s d ias d o s ju íz e s, Ele nos ab re os ouvidos para ouvirm os os ru m ores que
q u e h o u v e fo m e n o p a ís; e u m h o m e m n os in teressam

d ecid iu im ig ra r d e B e lé m d e Ju d á p ara os Rute 1:6: E n tã o , N o e m i se d isp ô s a ab an ­


ca m p o s d e M o a b e : e le , su a m u lh e r e se u s d o n a r a reg iã o d e M o a b e e m c o m p a n h ia de
dois filh os. su as d u as n o ra s, p o rq u e , n a p la n ície d e M o ­
Deus os levou a todas as terras de M oabe, filho de Ló, para a b e , o u v ira ru m o re s d e q u e o S e n h o r Jeo vá
de lá trazer Rute. Era a contribuição de Ló no processo
remidor, e o motivo pelo qual Deus se interessou em salvá- v isitara o seu p o v o , p ro v e n d o -lh e o p ão.
lo da destruição de Sodoma. O papel d eM aio n e Quilion N oem i volta a B elém com R ute: V o lta ra B elé m é um dom
foi nascer e atrair as m ulheres para o grande propósito de de D eus. V oltar é um a bên çã o . O cam in h o de volta é
D eus.A h istóriacom eça em G ênesis 1 1 :2 7 -2 8 revelado por D eus, prin cip alm en te quando chegam os no
tem po certo e ainda n os dá o m aior sinal de b ê n çã o . Veja
Rute 1 :2 :0 n o m e d e ste h o m e m era E lim e- qu e até m esm o O rfa co m eço u no cam in h o da redenção.
leq u e, o n o m e d e su a m u lh e r era N o e m i, e M uitos co m eçam o cam in h o da red en ção, m as não
conseguem p ercorrê-lo co m p leta m en te. No m eio da
os n o m e s d e se u s d o is filh o s e ra m M a lo n cam inha, ela d esejo u voltar: Um tipo p recio so de muitas
| ( “insalubre ”) e Q u ilio n ( “in sign ifican te 7 ; vidas que co m eçam e jam ais term in arão a sua carreira.
era m efra te u s, d e B e lé m d e Ju d á . E c h e g a ­ O s deuses de seu s pais a atraíam para que regressasse.
Ela estava recu sand o a grande oportunidade de sua vida,
ram à reg ião d e M o a b e e se e s ta b e le c e r a m pois D eus ainda não havia assinalado
ali. j Rute 1:7: S a íra m , p ois, ela e as su as duas
O papel de E lim elequ e estava cum prido.
N asceu para s e r pai d e dois filhos em B elém , os quais n o ra s, da terra o n d e h a b ita v a m , e em p reen -
serviriam para atrair uma das m ais precio sas m ulh eres d e ra m o c a m in h o d e v o lta à te rra d e Ju d á .
para o propósito de D eus!
A prova de n ossa cam inhada é a grande oportunidade
Rute 1:3: E m o rre u E lim e le q u e , m a rid o de nossa red en ção. Jesu s disse a seu s discípulos: “Não
qu erem ir com ele s tam bém ?”. E le n os p rov aa fé. A
de N o e m i; e e sta se a c h o u só c o m se u s d ois casa d e suas m ães prefigurava a antiga vida, pois elas
filhos. tam bém não tinham pais. Assim é a vida quando não
Dez anos em M o abe, e a fom e n ão passava. D eus, tem os redentor, não tem os pai. E stam os n este mundo
porém , tem tudo sob co n tro le, pois e le qu eria qu e am bas sem pai, quando estam o s sem rum o, sem fam ília e sem
tivessem as m esm as oportunidades d e amar, de viver e de D eus. A única coisa que D eus pode n os o fe re ce r é a sua
escolher. O s n om es das d u asm u lh ere seram Rute e Orfa. m isericórdia, m as e le q u er n os o fe re ce r m uito mais do
As duas tiveram a m esm a oportunidade, a m esm a sogra, que a sua m isericórdia em B elém . Há m isericórdia em
o m esm o sogro e o direito d e e s c o lh e r a m esm a salvação. M o abe, m as a graça m ora em Belém
Uma aceitou a salvação e a outra a recu sou. Elas são
sím bolos da escolh a qu e m udaria rad icalm ente
Rute 1:8: E n tã o , d isse N o e m i às su as noras:
o seu futuro “ Id e! V oltai cad a u m a à casa d e su a m ã e , e
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1:9 Rute 1:18

R ute R ute R ute Rute Rute Rute Rute Ru te Ru te Rute


que o S e n h o r u se d e b e n e v o lê n c ia p ara c o n ­ Chegou a hora da decisão. Uma chorava pela dura
d ecisão de aban d on ar a sua casa em M o abe, e a outra
vo sco , d a m e s m a fo rm a c o m o v ó s u sa ste s chorava pelo fato de te r deixado de tom ar
para c o m o s m e u s , q u e a q u i são m o rto s , e a sua difícil decisão

tam b ém p ara c o m ig o . Rute 1:14: E n tã o , elas ch o ra ra m n o v a m en ­


A casa era de seu s pais, m as n ela so m en te havia m ães. As te . O rfa , d esp ed in d o -se, b e ijo u a su a sogra e
m ulheres vivem m ais. As m u lh eres têm mais vigor. As
duas estavam dispostas a voltar, pois as duas choravam , as
v o lto u a o seu p o v o , e n q u a n to R u te se ap e­
duas lam entavam a dura sorte g o u a ela.
Essa é a descrição do reg resso de um a vida ao m undo e
Rute 1:9:Q u e o S e n h o r Je o v á v o s c o n c e d a do aband ono da sua fé: D eixar um paren te no cam inho,
felicidade n a c a sa d e u m n o v o m a rid o ” ; e n - j na estrada, e voltar aos deuses dos seu s pais e perder a
oportunidade de g anhar um a fam ília etern a e voltar com o
tão, ela as a b ra ço u e c h o ra ra m e m alta v o z . a m aioria, isto é , influenciado pela decisão
A m bas estavam dispostas a voltar d e outra pessoa
e d e sejo sas em prosseguir
Rute 1:15: E n tã o , a su a so gra lh e disse: “Eis
Rute 1:10: E e la s lh e d iz ia m : “N ã o , a n te s
q u e a tu a c u n h a d a v o lto u ao seu p ov o e aos
irem os co n tig o ao te u p o v o ” .
Mais um a v ez, a d ecisão delas estava sen do provada. Elas
se u s d e u se s; v ai tu ta m b é m co m e la ” .
A n ossa salvação é fruto de um a decisão que implica
precisavam d eclarar um bom motivo para av ançar na sua
em :( 1) co m pan h ia: “não in sistas para que eu vá”; (2) não
cam inhada de red en ção . N ão queriam m aridos, m as,
abandonar: “e te a b a n d o n e "; (3) te r o m esm o propósito:
sim , qu eriam co n tin u ar na fam ília
“porque aonde q u er que tu fo r e s "; (4) o m esm o fim : “eu
Rute 1:11:M a s N o e m i lh e s d isse: “ R e g re s­ ire i”; (5) vida m útua em convivência: “e onde qu er que tu
vivas, ali v iv erei”; (6) m esm a n acionalidade: “o teu povo
sai, filh as m in h a s , p o r q u e iríe is c o m ig o ? é o m eu p o v o "; (7 ) m esm a identidade de culto: “o teu
P orv en tu ra tra g o a in d a n o m e u se io filh o s, Deus é o m eu D eu s”

para q u e v o s p o ssa d a r c o m o m a r id o s ? | Rute 1:16: M a s, R u te lh e resp o n d eu : “N ão


! (Dt25:5) in sista s para q u e e u vá e te a b a n d o n e . Por­
A herança é b ê n çã o . Ela tinha uma grande h eran ça. Ela
q u e a o n d e q u e r q u e tu fo res, eu irei e , o n d e
tinha direito d e rem issão e isto era m uito im portante.
Uma delas iria c o n h e ce r e s s e grande poder. A red en ção q u e r q u e tu v iv e re s, ali v iv e re i; o teu povo
re q u e r d ecisão co rreta é o m e u p ov o e o te u D eu s é o m e u D eu s.
Rute 1:12: Id e e re g re ssa i, filh as m in h a s! i (Rt2: ll)
(8) M esm o destin o: “o nd e q u er que m orreres, ali
Porque e u so u d e m a s ia d a m e n te a n c iã p ara
tam bém eu m o rre re i”; (9) m esm o repouso eterno : “e
me casar n o v a m e n te . A in d a q u e e u tiv e sse ali s e re i sepu ltada”; (1 0 ) salvação e pacto de com panhia
esp eran ça, e a in d a q u e m e c a sa sse e , n e sta co n stan te: “só a m orte poderá nos separar”

m esm a n o ite , d e sse à lu z filh o s, Rute 1:17: O n d e q u e r q u e m o rrere s, ali


Crer que ainda é possivel que a carn e, já am ortecida, ta m b é m m o r r e r e i, e ali s e r e i se p u lta d a .
possa dar à luz. C rer que o n ascim en to de um a criança
Ju r o d ia n te d o S e n h o r Je o v á , e faça-m e o
possa m udar a h istória de uma geração, d e um a pessoa,
crer que ainda é possível esperar, crer qu e ainda se pode q u e lh e ap rou ver, q u e só a m o rte p oderá n os
renunciar a todos os d e sejo s dos olh os, isto é , m á d ecisão. s e p a ra r” .
E quem q u er que alcan ce esta d im ensão de fé, será
Firm eza e atitude são duas prem issas de nossa reden ção.
coroado com a h eran ça da red en ção. Para todas essas
O su ce sso é determ in ado quando a preparação se
incógnitas, a resposta era a incredu lid ade. M as um a delas
en co n tra com a oportunidade
pensava de form a diferente
Rute 1:18: V en d o N o e m i q u e R u te estav a
Rute 1:13:v ó s o s a g u a rd a ríeis a té q u e ele s
firm e m e n te d e cid id a a segui-la, d e ix o u de
ch egassem à m a io rid a d e ? R e n u n c ia ríe is a
in sistir c o rn e ia .
outro m a trim ô n io ? N ão , filhas m in h a s, pois D evem co n tin u ar m archando juntos: A p reparação e a
a m inha a m a rg u ra é m a io r d o q u e a v o ssa, oportunidade. A m bas trabalham pelo su ce sso de todos.
Quando p ensam o s que a nossa glória, co m a qual som os
porque a m ã o d o S e n h o r Je o v á ca iu so b re co n h ecid o s, a n tes de nossas circu n stân cias, nos ajudam,
m im ”. nos atrapalha, pois não há am igos qu e se solidarizam

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1:19 Ru t e 2:1

com as nossas dores; mas quando estam o s n o ce n tro do dias da co lh eita com outras m ãos qu e estão dispostas a
propósito de D eus, há co m oção , há graça, n ão som en te co lh er pela n oite ad en tro, com o v erem o s n a disposição
m isericórdia. Algo a m ais n asce no co ração do povo que de Rute! Ele renova as nossas forças usando as m ãos de
nos re ce b e . Q uando os h om en s p ensarem que N oem i n ossos discípulos quando já n ão tem os forças. A colheita
m orreu, n asce a G raça é grande, e as terras vendidas serão aum entadas

Rute 1 : 19: E am bas fo ram p elo ca m in h o até Rute 1:22: A ssim , v o lto u N o e m i, estan­
a lc a n ç a r B e lé m . E a c o n te c e u q u e , q u a n d o d o c o m ela a su a n o ra R u te , a m o a b ita , dos
ch e g a ra m ali, tod a a cid a d e se c o m o v e u p or ca m p o s de M o a b e ; elas v o ltaram da terra de
ca u sa d e la s, e a s m u lh e r e s p e rg u n ta v a m : M o a b e a B e lé m n o c o m e ç o d a c o lh e ita da
“N ão é e sta N o e m i? ” c e v a d a . (Rt2:23)
A co m oção pela chegada de N oem i: Q uando pensam os
que D eus está con tra nós, e le não s e im porta e os Rute, capítulo dois (2)
perdoa, se e le estiv er no co n tro le, co m o um Pai que
Rute en con tra o cam po de Boaz: O qu e e ra um parente
sabe o que esta fazendo a seu filho. El Shadai e o D eus
resgatador ou rem idor? O paren te rem id or tin h a algumas
Todo-Poderoso q u e flui a provisão com o leite sem
in cu m b ên cias esp e cia is, em casos esp e cia is. ( 1 ) 0
contam inação, e qu e ainda pode te r m uitos filhos e
paren te rem idor, ou resgatador, deveria s e r p aren te bem
cuidar de todos ele s sem se im portar com as dificuldades,
próxim o daquele a quem deveria redim ir. (2) D everia ter
pois e le é supridor por e x c e lê n c ia . D eus perdoa a n ossa
poder econ ô m ico. (3) O paren te rem id or deveria ter
am argura quando Ele sab e qu e ainda n ão en ten d em o s o
disposição para redim ir. (4) D everia te r conhecim ento
seu propósito, quando Ele ainda está no con trole
dos direitos e d ev eres daquele qu e d etinha o bem ou a
Rute 1:20: M a s e la lh es re sp o n d ia : “ N ão propriedade com o possuidor tem p orário. (5 ) D everia ter
co n d içõ es d e m over um ex é rc ito , caso o p o sseiro não
m e c h a m e is N o e m i ( “d o ç u r a ”), p o r é m , q u isesse deixar a propriedad e por ele redim ida. ( 6 ) 0
ch am ai-m e M a ra , pois o T o d o -P o d ero so ( “El p aren te rem idor poderia rem ir: (a) a geração de um
irm ão qu e m orreu sem d eix ar h eran ça, casan do-se com a
S h ad ai”)m e in u n d o u d e a m a rg u ra ; m ulher de seu irm ão; (b) a propriedad e de algum parente
N ossas m ãos ch eias são com o m ãos d e m endigo na hora
seu que foi vendida por m otivos d e falên cia ou pobreza
da n ecessid ad e. N ossas m ãos ch eias não se com param
(L v 2 7 ). (7 ) D everia c o n h e ce r os m étodos e a simbologia
às suas jan elas de provisão abertas. N ossas m ãos
usada na hora do trato de rem issão . Boaz é um tipo de
vazias, depois de te re m sido ch e ias, anunciam a nossa
C risto, pois e le é o n osso P aren te Rem idor. (V.2) Ela não
com pleta depen d ên cia de D eus quando estam o s sendo
ficou esperan d o que a graça v iesse, a n tes, saiu em busca
usados para cu m prir um propósito sério e etern o que
da graça. A graça nos esp e ra n o cam po d e trabalh o e nos
não depen d e d e nossa bondade avarenta. N ossas mãos
m otivos que tem os para nos hum ilhar. Rute sabia do seu
ch eias não dispõem de recu rsos co m p leto s para os seu s
p oten cial. Ela co n h ecia a lei d asega, sabia que os
planos. S e a hum ilhação de que fala N oem i é tirar de suas
segadores deveriam d eixar resto s da co lh eita para os
m ãos os recu rsos qu e serviriam so m e n te para a sua vida
p o bres e estran geiro s. Ela, agora, seria um dos
pessoal, D eus estava certo , porque o seu plano envolvia a
trabalh adores da últim a hora qu e sairia para co lh er as
nação in teira e as suas m ãos não tinham recu rsos para tão
últim as espigas. Pessoas assim jam ais passam
grande propósito. Elas estavam b em , sem nada, quando o
n ecessid ad es. (V.3) Em D euteron ôm io 2 4 :1 9 - 2 1 , tem os a
El Shadai patrocinava tudo
ordem divina para n ão fazer a sega co m p letam en te, para
Rute 1:21: p o rq u e, n a q u e le te m p o , parti de qu e o estran geiro , os órfãos as viúvas possam segar, a fim
de que sob reviv essem . Um a prova in contestáv el do
m ão s ch e ia s, m a s o S e n h o r Je o v á m e fez v o l­ discipulado de N oem i àquela nova convertid a moabita.
tar vazia . P o r q u e , p o is, m e c h a m a ríe is N o ­ Por e ssa cau sa, ela rap id am ente se to rn a um a
trabalhadora na seara o nd e ela m esm a d isse que
em i? Pois o S e n h o r Je o v á m e h u m ilh o u , e
en con traria graça. Ao cu m prir a lei, ela en con tro u a graça.
a lca n ço u -m e c o m a su a m ã o e m e a flig iu ”. (V.4) Q uem saúda é aben çoad o. E le m ostra a sua
E sse foi o papel d e Ló. A única razão por qu e D eus hum ildade e , m esm o co m o senhor, não p erd e a
lh e deixou com vida foi para h on rar Abraão, e a sua educação. (V. 5) O líder se n te quando algo novo está
in tercessão : Rute. Uma alm a vale m ais do qu e o m undo aco n tecen d o em sua em p resa. Não poda a autoridade de
inteiro! Deus nos tira da te rra quando o pão acaba e salva seu s liderados. (V.6) Em bora ela estiv esse vivendo as
as nossas vidas sem se im portar com os recu rsos que circun stân cias de um a po bre m u lh er viúva e necessitada
guardam os, pois os recu rsos de n osso orgulho e le os colh en do espigas, era co n hecid a pelas dem ais pessoas
elim ina, a fim d e que seu in vestim en to nada ten h a a ver do seu circulo. (V.7) As m u lh eres in can sáv eis são
com as nossas m igalhas, as quais ch am am os de riquezas. vitoriosas. As m u lh eres trabalhadoras são virtuosas. Rute
Ele nos tira da terra no fim do pão e nos traz n o início da se encaixava em todos os d etalh es da m u lh er virtuosa
nova colh eita. Ele sab e o qu e está fazendo, a fim de fazer qu e Lem uel descrev eu em Provérbios. (V.8) M ulheres
n a scern a casa do pão um rein o qu e não terá fim, e isso o b ed ien tes, trabalhadoras e rápidas tam bém não têm
não depende de n ós. Ele nos traz d e m ão s vazias nos problem as de s e r subm etidas à disciplina quando

730
2:1 Ru te 2:1

querem ch egar ao lugar dos seu s son h o s. (V.9) As servas o nd e co rria perigo. N isso é provado qu alquer outro
sabem o nd e co lh er o m elh o r para agradar ao seu Senhor. o breiro . (V. 2 3 ) Há pesso as com quem convivem os
A m ulher tem a oportunidade de sair da servidão para o m uitas h oras no dia, m as tem os a co n sciên cia de qu e é
senhorio se sou ber trabalh ar seu caráter, sua honra e seu apenas pelo tem p o da co lh eita, p elo tem po do trabalho
serviço sob disciplina. (V. 10) O fundam ento da graça é o esp ecial. O tem po da disciplina é passageiro, mas
favor do amor. A graça é o atributo divino qu e m ais devem os cum pri-lo. O p aren te rem idor deveria co n h e ce r
presenteia. É im possível en con trarm os a graça de m ãos os m étodos e a sim bologia usada na hora do trato de 5Ö
vazias, ela sem p re tem algo a dar. As características de rem issão , co m o, por ex em p lo , a troca de sapatos diante
uma grande d ecisão pessoal ao lado do D eus de Israel. de testem u n h as. Boaz é um tipo de C risto, pois ele é o
(V. 11) O s d etalh es da sua d ecisão, os detalh es de suas n osso P aren te Rem idor. E lim elequ e havia vendido sua
palavras de co n fissão , os d etalh es de sua atitude de fé, propriedade an tes d e sair para M o abe; e, agora, quando ffi
tom aram -se co n h ecid o s de Boaz. O n osso rem id or é Rute reto rn a do exílio às terras estão ali, prontas para ser
informado d iariam en te de nossas atitudes e d ecisõ es. Ele
nos fav orece, n os galardoa. (V. 12) Rute fez uma troca
redim idas. N oem i p recisa d e uma oportunidade para
pedir a rem issão das terras de seu m arido, m as aqu ele ato
50
segura: a troca do abrigo nativo pelo esco n d e rijo do im plicava em rendição in cond icional sob o poder do c
Altíssimo, pois d eixou o seu velh o ran cho pela co bertu ra remidor. E le precisava d e um a form a segura de p ed ira
das asas do A ltíssim o (SI 9 1 ). Agora, ela re ce b ia a sua rem issão . O livro d e Rute m ostra a estratégia que
prim eira palavra profética. (V. 13) G raça era a palavra N oem i usará para garantir o seu futuro e o futuro de sua
predileta de Rute. Eis aqui o grande privilégio daqueles nora, Rute. N esse caso esp e cia l, Boaz será rem idor duas

Rute Rute Rute R ute Ru te Ru te Rute


que n ascem de novo para usufruir de um a nova geração: v ezes: (a) da h eran ça e (b) da g eração dos seu s filhos.
assentar-se n a m esa do S en h o r e com ungar da ce ia do Lendo o te x to de A pocalipse 5 , o bservam os com o ele
Senhor co m a p re se n ça do Senhor. (V. 14) Rute, agora, co n h e cia os trâm ites de seu d ev er co m o parente remidor.
depois de trabalh ar nos m esm os cam pos de Israel, é A pocalipse 5 : 1 : 0 propósito de D eus para com a terra:
chamada a s e a ssen tar na m esa do seu senhor. Cada prato Para s e r habitada (Is 4 5 :1 8 ) . Para m anifestar sua glória
que s e lh e o fe re ce re p re sen ta um m istério precioso. com o nos dias do m ilên io (ls 4 :1 -6). M as o abandono de
(V. 16) Boaz estava apaixonado por ela, e por isso qu eria Adão foi irrevogavelm ente m aldito (Gn 3 :1 1 -1 9 ; Gn
que ela re ce b e s s e do qu e era seu por graça, an tes d e tudo. 4 :1 1 ,1 2 ; G n 5 :2 9 ; 8 :2 2 ; ls 2 4 :1 -2 3 ). Adão perdeu o direito
O am or d em on stra p rim eiram en te a graça; an tes de ser de dom inar pelo poder de D eus para Satanás (M t 4 :8 -9 ).
legalizado, e le é pura graça. (V. 17) Ela passou o dia todo Adão não podia, por recu rsos próprios, saldar a dádiva
colhendo espigas. Ela n ão so m e n te fez o que era seu para reform á-la. S o m e n te o p aren te Rem idor poderia
dever, m as ainda trabalhou m uito m ais: debulhou as fazer isso. A te rra s e to m o u legalm en te possessão de
espigas. O fim da tarde era o fim da graça. Ela sabia que a Satanás, m as D eus teve um plano para redim i-la. Entre
graça teria fim , m as o que ela teria alcançad o quando a tantas outras, três foram as coisas m ais im portantes
graça term in asse? C o lh e r as espigas é um a b ê n ção , m as perdidas com o pecado: a terra (a criatura), a alm a e o
debulhar ainda é m elhor. M as há algo m ais im portante do corpo do h o m e m . Cada um d e sses elem en to s tem um
que c o lh e re debulhar, desfrutar. (V. 18) A ntes de único m eio d e red en ção: Je s u s . M as n os p renderem os
cozin har os grãos, deveria o fe re ce r a profética e agora à terra. D eus tirará, através dos flagelos, o véu da
agradável com ida qu e Boaz havia lh e o ferecid o naquele m aldição que en c o b re e dom ina a atual natureza terren a
dia. Pão com vin agrete, trigo tostado, e grãos de m ilho (Is 2 5 :7 -8 ). A terra será redim ida (Rm 8 :2 1 -2 3 ). A criatura
tostados! O pão com vinagrete era m em orial do gem e com dores de parto até h o je esperando a redenção
sofrim ento m essiân ico , m as o grão tostado falava da dela e dos filhos d e Deus. A terra será assolada, não de
ressurreição dos m ortos. (V. 19) N enhum a m u lh er com ia tudo, sen ão de parte em parte ( J r 4 :2 3 - 3 1; 4 :2 7 ; At
grãos tostados, a não s e r quando eram preparados na sua 1 :1 2 -1 7 ; Ap 6 :8 ; 9 :4 ; 1 5 ,1 6 ). E sse p rocesso é claram ente
própria casa, ou quando era convidada a uma festa visto d e te rça em te rça parte, com as pragas derram adas
especial. D eb u lh ar é o tem po de m editar, d e pôr à prova, no Egito. Isso q u er dizer que a terra não será destruída de
de co n sid erar s e a d ecisão vale a pena. Ela colhia, um a v ez, pois D eus n ão a fez para serd estru íd a. M as, no
debulhava, m editava e consid erava. Toda jo vem que está fim, a te rra será ch e ia d o co n h e cim e n to do Sen h o r (At
sendo co rtejad a deve ap ren d er a co lh er elogios, e a 2 :1 3 -1 4 ). Esvaziará a red e da im piedade e a en ch erá do
debulhar o que co lh e. (V. 2 0 ) Q uando alguém co n h e cim e n to do Sen h o r (At 1 :1 3 -1 7 ; 2 :1 3 ,1 4 ) . M eu
empobrecia e vendia um a h eran ça deveria o fe re ce r duas D eus n ão habitará n essa favela em qu e o diabo usurpou
escrituras selad as com se te selo s. Um a das escrituras era du rante sécu los. E le im plantará seu rein o em Jerusalém
selada e p erm an ecia em poder jud icial. Se o h erd eiro so m e n te d epois qu e a purifique (Is 4 :2 - 6 ) . Apocalipse
tivesse vendido a sua propriedade e q u isesse resgatar o 5 :2 : A te rra será feita nova (G n 9 :9 -1 2 ; 8 :2 2 ; 2 1 :2 4 ). O
seu bem an tes do an o do ju b ileu , deveria pagar pelo valor que é redim ido é transform ado e regen erado, m as não
calculado até o ano cin qu en ta desde a sua venda. O destru íd o. O corpo do h om em não vai ser destruído, pois
parente rem idor deveria pagar o valor do resgate pedido esp e ra a reden ção (Rm 8 :2 3 ) qu e é a possessão de vida
pelo posseiro e en trar na propriedade para tom ar posse n e l e ,o q u e é o m esm o p rocesso de transform ação e
dela. (V. 2 1 ) Ela seria provada em tudo. As servas de Boaz glorificação que a te rra passará. Todas as coisas
dariam seu v ered icto so b re ela, e fariam o que o seu redim idas voltarão ao rein o co m p letam en te, m as
senhor lh es o rd en asse a seu resp eito . (V. 2 2 ) Ela deveria nen h um a coisa voltará ao reino se n ão passar pelo
ser fiel n aqu ele cam po. Ela n ão deveria estar en tre u m e p rocesso de transform ação, depois de sua rem issão. Com
outro, en tre os cam pos seguros de Boaz e outros cam pos o pecado, Adão sai do Éd en (Gn 3 :2 2 -2 3 ). Com o pecado,

731
2:1 Rute 2:6

o r e in o s a id o p o d e r d e A d ã o (M t4 :l-l l).C o m a pigas atrás d aq u ele q u e m e fa v o re ce r” . E sua


red en ção, o h om em volta ao Éden (Ap 2 2 :1 ■ 10). Com a
redenção, o rein o volta ao segundo Adão e o h om em volta so g ra lh e d isse: “V ai, m in h a filh a ” . (Dt24:ivi
à sua posição n e le (Ap 1 1 :1 5 ). A pocalipse 5 : 3 : 0 qu e é Em D eu teronôm io 2 4 :1 9 - 2 1 , tem os a ordem divina para
que falta para que a terra volte a s e r possuída por Cristo? n ão fazer a sega co m p letam en te, para qu e o estrangeiro,
(1) A possessão da terra. É so b re isso qu e todo o livro de os órfãos as viúvas possam segar, a fim de que
A pocalipse, desde o capítulo 5 , co m eça a rev elar até que sobrevivessem . Um a prova in co ntestáv el do discipulado
os rein os do m u n d o se to m em d e C risto (A p 1 1 :1 5 ) .M as de N oem i àquela nova convertida m oabita. Poressa
a possessão não virá en q uan to n ão haja o juízo con tra os cau sa, ela rap id am en te se to m a uma trabalhadora na
ím pios e os rein os d este m undo. (2) A vingança do seara o nd e ela m esm a disse qu e en con traria graça. Ao
parente vingador. E sses dois p rocessos são longos e cu m prir a lei, ela en con tro u a graça
com plicados. Na prim eira vinda, Je su s veio para redim ir
a terra, toda a criatura (Rm 8 :2 1 -2 3 ), e o h om em (1 Pe Rute 2:3: A ssim , p ois, ela saiu ao campo
1 :1 8 ), e todas as co isas, todavia, que virão a s e r possessão
e r e c o lh ia e sp ig a s a p ó s o s s e g a d o re s . E
de seu rem idor (Ap 10:11 •15) virão com juízo, porque
seu possuidor, que é Satanás, não q u er s e retirar. O diabo a c o n te c e u q u e e la v e io p arar n a p arte do
in sistee m p erm an ecer nos céu s (Ap 1 2 :7 :1 3 ), m as será
c a m p o q u e p e rte n c ia a B o a z , q u e e ra do clã
exp ulso de lá. O diabo insistirá em p erm an ecer na
possessão dos rein os (M t 4 :3 -5 ), m as será tirado d eles. O d e E lim e le q u e .
diabo in siste em evitar a exp an são do rein o d e D eus pelas Felizes saud ações. D esd e aqu eles tem p os, tem os
testem un h as de Je s u s , m as será ven cid o na terra (Ap herdado a m esm a saud ação. Q u em saúda é abençoado.
1 2 :7 -1 3 ). A pocalipse 5 :4 : A re d en ção da terra tem três Q uem saúda é ab en çoad o. E le m ostra a sua humildade
o pções. Para que v ocê en ten d a o capítulo 5 de e , m esm o co m o senhor, não p erd e a ed ucação. E le não
A pocalipse, v o cê é obrigado a co m p re en d e r a doutrina esp era s e r saudado. Revelam os a nossa hum ildade e
sobre o paren te re m id o re paren te vingador. Não há
nossa sim plicidades nas pequen as co isas, nas pequenas
saída. Tem de en te n d e r isso. A base d e sse assunto está
d em on strações de carinh o e resp eito diante das pessoas,
em L ev ítico 25 e o seu cu m p rim en to está em A pocalipse
prin cip alm en te diante do servos
5. A Escritura que v o cê vê Je su s tom ar das m ãos do Pai é a
escritura da terra. Nas tran sações d e venda, eram feitas Rute 2:4: E eis q u e B o a z ch e g o u d e Belém ,
duas escrituras, a escritu ra selada e a escritu ra aberta. A
escritura selada ficava nas m ãos do juiz e a aberta era
e d isse ao s se g a d o res: “O S e n h o r Je o v á seja
guardada pelo seu possuidor, por qu alquer dúvida. V ocê c o n v o s c o ”. E e le s lh e resp o n d e ra m : “Q ueo
vê em A pocalipse 5 um C risto qu e vem pagar um p reço de
m orte e de sangue na terra. E lev em para to m aro livro,
S e n h o r Je o v á te a b e n ç o e ” .
escritura. Aqui, n e sse único v ersícu lo , resid e todo o O líder se n te quando algo novo está aco n tecen d o em sua
m istério do livro de A pocalipse. V eja que ele vem pagar o em p resa. Não poda a autoridade de seu s liderados
preço e diz: “ Estive m orto, m as estou vivo pelos
séculos dos séc u lo s”
Rute 2 :5 : E n tã o , B o a z p e rg u n to u ao seu
c a p a ta z q u e esta v a a ca rg o d o s segadores:
Rute 2 :1 : E N o e m i tin h a u m p a re n te p or
“ D e q u e m é esta jo v e m ? ”
p arte d e seu m a rid o , u m h o m e m p ro em i- j
Em bora ela estiv esse vivendo as circu n stân cias de uma
n e n te e ric o d o c lã d e E lim e le q u e , c u jo p o bre m ulh er viúva e n ecessitad a co lh en d o espigas, era
n o m e era B o a z . co n h ecid a pelas dem ais pessoas do seu círculo. Chamava
Tendo feito sua decisão concluindo todos os passos aten ção so b re si m esm a p elo seu trem en d o esforço na
de sua p rom essa em vida, agora está pronta para seara, tend o em vista o fato de s e r recém -chegada
exp erim en tar a graça num país o nd e a lei predom inava. das terras d e M o a b e
Ela não ficou esperan d o que a graça v iesse, an tes, saiu em
busca da graça. A graça n os esp era no cam po de trabalho
Rute 2:6 : E o seu ca p a ta z lh e respondeu,
e nos motivos que tem os para n os humilhar. Rute sabia do d iz e n d o : “ E sta é a jo v e m m o a b ita q u e veio
seu p otencial, era decidida, trabalh adora e sabia negociar
todos os m eios que seu p o ten cial apresen tav a, era
c o m N o e m i das terra s d e M o a b e . (R ti .-ó; 1.221
obed ien te e tinha visão do futuro. Sua sogra a tinha com o As m u lh eres in can sáveis são v itoriosas. As m ulheres
filha, e assim a cham ava: filha. Ela inspirava confiança. trabalhadoras são virtuosas. Rute s e en caixav a em todos
Ela co n h ecia a lei da sega, sabia qu e os segadores os d etalhes da m ulh er virtuosa que L em uel descreveu
deveriam d eixar restos da co lh eita para os p o bres e em Provérbios. En tre tantas virtudes, Rutetinhaavirtude
estrangeiros. Ela, agora, seria um dos trabalh adores da d e ir aos longínquos lugares levantar provisão para a sua
última hora qu e sairia para c o lh e ra s últim as espigas. casa. Ela sabia o seu lugar “ap ó s”. Ela trabalhava os dois
Pessoas assim jam ais passam n ecessid ad es turnos com o se fosse um só. Ela sabia d e sca n sa rem lugar
seguro, “no a b rig o ". Ela não se perm itia qu alquer tipo
Rute 2:2: E R u te , a m o a b ita , d isse à N o e m i: de con versa atravessada so b re o seu caráter. Ela era uma
“P erm ita-m e q u e vá a o c a m p o e c o lh e re i es- m u lh erh on rad a

732
2:7 Ru t e 2:11

Ru te Rute R ute Rute Rute R ute R ute Rute Rute R ute


Rute 2 :7 : P o is e la m e d isse : D e ix a -m e r e ­ n ós atributos não com uns. A graça sob rep u ja todas as
dificuldades, todas as in d iferen ças, inclusive o racism o
bu scar esp ig as e a ju n tá -la s e n tr e as g av elas e os p reco n ceito s. O fundam ento da graça é o favor do
após os seg a d o re s. E assim e s te v e co lh e n d o , amor. A graça é o atributo divino que m ais presen teia.
É im possível en con trarm os a graça de m ãos vazias, ela
desde a m a n h ã a té a g o ra , s e m d e s c a n s a r sem p re tem algo a dar. As características de um a grande
senão p or u m m o m e n to n o a b rig o ” . decisão pessoal ao lado do D eus de Israel. Essa m ulher
M ulheres o b ed ien te s, trabalhadoras e rápidas tam bém (1) ap resen to u as características m ais poderosas da
não têm p roblem as d e s e r subm etidas à disciplina história vistas em um a decisão pessoal pelo Deus de
quando qu erem ch egar ao lugar dos seu s son h o s. A Israel, (2) ela aprendeu rap id am ente os seu s direitos, (3)
estreita co m p an h ia de suas servas a levaria ao seu largo creu no seu discipulado por N oem i, (4) e , pois a trabalhar,
domínio com o sen h o ra. M as n em todas as m u lh eres são (5) valorizou a sua segurança m oralm en te procurando
cap azes de e n te n d e r e s s e propósito lugar seguro para descansar, (6) não foi bu scar ajuda em
diversos cam pos e eiras, (7) aprendeu a andar no estreito
Rute 2 :8 : E n tã o , B o a z d isse a R u te: “O u v e , do serv iço, por isso m erecia b e b e r águas nas jarras
m inha filh a, n ã o vás a c o lh e r e m o u tro c a m ­ m arcadas do seu sen h o r

po, q u e n ã o se ja e m n o ssa eira . N e m te afa s­ Rute 2:10: E n tã o , ela p rostrou-se c o m o seu


tes d aq u i, p ois aq u i fica rá s ju n to à c o m p a ­ rosto e m terra, e lh e disse: “ P o rq u e d em o n s­
nhia d e m in h a s serv a s. tras ta n to favor p or m im , fa z en d o ca so de
As servas sab em o nd e co lh er o m elh o r para agradar m im , se n d o e u u m a sim p les e stra n g e ira ? ”
ao seu Senhor. As servas sabem o nd e co lh er o m elh o r O s d etalh es da sua d ecisão, os detalh es de suas palavras
para agradar ao seu Senhor. Q u em q u er ser serv o deve de con fissão, os d etalh es de sua atitude de fé, tom aram -
aprender com os servos m ais antigos a servir a gosto. se co n h ecid o s de Boaz. Lem brem os: “Rute 1 :1 6 : M as,
Os servos antigos co n h e ce m o gosto do seu sen h o r e Rute lh e respon d eu: Não insistas para que m e retire
sabem com o lh e agradar, pois seu sen h o r sa b e o que do teu lado e te aban d on e. Porque aond e qu er que tu
qu ere co n h e ce o qu e é bom . Q uem o b ed ece , é cuidado fores, eu irei, e o nd e q u er que tu vivas ali viverei; o teu
e vigiado p elo seu próprio senhor. N inguém se atreverá povo será o m eu povo e o teu D eus será o m eu Deus. “A
inquietar aqu ele qu e é am ado pelo seu senhor. O sen h o r n ossa red en ção e a n ossa salvação são confirm adas com
cuidava dela. N as n ecessid ad es, tal co m o a sed e, tinha atitudes. P erd er a salvação é retirar-se, abandonar a
um lugar ce rto , sem e lh an te ao abrigo. Um lugar seguro. oportunidade. A n ossa salvação é fruto d e um a decisão
As vasilhas trabalhadas com a arte identificavam a fonte que im plica em : (1) com panhia: “n ão insistas para que
de seu senhor, as outras n ão tinham arte. Ele n os dá da sua re tire ”; (2) n ão aband ono: “e te aban d on e”; (3) m esm o
própria fon te, qu e tem arte, tem distintivo. O privilégio propósito: “para o nd e q u er qu e fo res”; (4) m esm o
de b e b e r nas vasilhas do seu sen h o r era um a grande fim: “eu ire i”; (5 ) vida m útua em convivência: “e onde
honra qu e logo ela re co n h e ce u . Algumas m ulh eres q u er que tu vivas ali v iv ere i" ; (6) m esm a identidade de
chegam a desfrutar d e sse privilégio e logo se esq u ecem nacionalidade: “o teu povo será o m eu povo”; (7) m esm a
de onde estavam e de com o ali ch egaram , e, por causa identidade de culto: “o teu D eus será o m eu D eu s”.
da sua ingratidão, não podem s e r coroadas. S e v ocê tem (Continua no próxim o verso). “Rute 1 :1 7 : O n d e qu er que
bebido nas vasilhas m arcadas co m o esp eciais, às quais tu m orras, ali tam bém eu m orrerei e ali s erei sepultada.
todos reco n h ecem p e rte n c er ao seu sen h o rio, s e ja grato, Assim m e faça D eus o que lh e aprouver se outra coisa que
seja hum ilde, e re co n h e ça essa graça receb id a ao invés n ão s e ja a m orte m e sep arar d e ti”. (8) M esm o destino:
de questionar o s seu s trabalh os prestados com o sim ples “o nd e q u er qu e tu m orras, ali tam bém eu m orrerei”;
funcionário. A m ulh er tem a oportunidade de sair da (9) m esm o repouso etern o : “e ali serei sepultada”; (10)
servidão para o sen h o rio s e so u b e r trabalh ar seu caráter, salvação e pacto d e co m pan h ia: “Assim m e faça Deus o
sua honra e seu serviço so b disciplina. A gratidão é o que lhe aprouver se outra co isa qu e n ão s e ja a m orte me
grande pagam ento de grandes favores, pois favor jam ais separar de ti” . O s seus atos: não aban d on ar a sua sogra
se paga com valores e fê m ero s, so m e n te com h on ra e e deixar seus pais e sua terra nativa para honrar sua fé,
re co n h e cim en to com gratidão foram conhecidos de Boaz. O nosso rem idor é inform ado
diariam ente de nossas atitudes e d ecisões. Ele nos
Rute 2:9: E steja a te n ta o n d e elas se g a re m , e
favorece, n os galardoa
seguirás ap ós ela s. E is q u e d ei o rd e m ao s jo ­
Rute 2 :11: E B o a z lh e re sp o n d e u , d iz e n ­
vens q u e n ã o te in q u ie te m ; e q u a n d o tiv eres
d o : “ B e m m e co n ta ra m d e ta lh a d a m e n te o
sede, v e m e b e b e das jarras tra b a lh a d a s, q u e
q u a n to fizeste à tu a so g ra, d ep o is da m o rte
são ab a ste cid a s d e ág u a p elo s jo v e n s ” .
As suas próprias palavras ao sair de sua casa se
d o te u m arid o , e c o m o d e ix a ste o te u pai e
cumpriram no m esm o dia. V eja, m ais uma vez, com o a tu a m ã e , e a tu a terra n a tiv a e v ie ste para o
as palavras têm poder, prin cip alm en te àqu eles que
invocam a graça d e D eus sob re nós. A graça é um favor
m e io d e u m povo q u e d a n tes n ão co n h ecias.
im erecido, ela aco n tece quando as pessoas v eem em i (Rtl:!5)

733
2:12 RUTE 2:17

Muitas vezes, o fato de d eixarm os n ossos pais e a nossa d eu p o rçõ e s d e grão s to sta d o s; e la com eu
terra nativa é consid erado um a grande loucura, Rute
fez um a troca segura: a troca do abrigo nativo pelo a té saciar-se, e ain d a lh e so b ro u .
escon d erijo do A ltíssim o, pois deixou o seu v elh o rancho A m udança de cu rso: N aquele m om en to, ela usufruía da
pela cobertu ra das asas do A ltíssim o (Si 9 1 ). Agora, ela graça de rebuscar, de apanhar ap enas do qu e caía. Que
recebia a prim eira palavra profética qu e constava de (1) caráter! E la sabia o que era da sua alçada. Q u antos não
retribuição, (2) b ên ção , (3) farta reco m p en sa. Tudo isso co n h ecem a ética de seu lugar. M as agora ela ganha o
por sab er esco lh er a m elh o r parte co m o M aria. Era o dom privilégio de co lh er apenas en tre os m olh os, se quisesse.
de sa b e r e sc o lh e r a m elh o r parte As bê n çã o s de D eus vão aco n tecen d o paulatinam ente,
e nós p recisam os esta r prontos e aten tos para cada
Rute 2 :1 2 : Q u e o S e n h o r Je o v á re trib u a
con quista sem avançar o sinal da graça. Q u em sabe o
o te u fe ito ; q u e o S e n h o r Je o v á , o D e u s de qu e é rebu scar saberá o que q u er dizeradm inistrar. Os
Israel, te a b e n ç o e c o m fa rta r e c o m p e n s a , estágios da graça de D eus são educativos

p o rq u e v ie s te te re fu g ia r d e b a ix o d e su a s j Rute 2 :1 5 : Q u a n d o ela se le v a n to u para


asas ” . (SI36.-7; 57:1; 6 3 :7 : Rt 1:161 r e c o lh e r esp ig a s, B o a z o rd e n o u a o s seus
G raça era a palavra predileta de Rute. E não podia s e r jo v e n s , d iz e n d o : “ D e ix a i q u e e la recolha
outra. Ela era a única coisa boa qu e se pode aproveitar
de todas as suas passadas g erações. Rute é para M oabe o tra n q u ila m e n te , in clu siv e e n tr e o s feix es de
que Paulo é para os ben jam itas. A m bos am avam a graça c e v a d a , e n ã o a ce n s u re is ;
de D eus! Eles sabiam o que a g raça lh es rep resen tav a. Eis
A graça é abu ndante. Em bora s e ja um a história de
aqui o grande privilégio daqueles qu e n ascem de novo
Israel, m as é im possível que não a associem os com a
para usufruir de uma nova g eração: assen tar-se na m esa
tipológica história en tre Cristo e a sua Ig reja. As bênçãos
do Sen h o r e com ungar da ceia do Sen h o r com a p resen ça
recolhidas pelos anjos so m e n te para o n osso D eus são
do Sen h o r
lançadas no solo com o ele m en to s de g raça recebidos
Rute 2 :13: E ela lh e d isse: “Tu m e fa v o reces pelos seu s filhos da graça. Boaz estava apaixonado por
m u ito, m e u sen h or, pois m e co n so la ste falan ­ ela, e por isso qu eria que ela re c e b e s s e do que era seu por
graça, an tes de tudo. O am or d em on stra prim eiram ente
do ao co ra ç ã o d a tu a se rv a , e m b o ra n ã o se ja a graça; an tes de ser legalizado, e le é pura g raça. Esse
eu n e m ain d a c o m o u m a das tu a s se rv a s” . tem po de graça deverá s e r re co n h ecid o com mútua
Ela havia se decidido pelo D eus de Israel, pelo povo gratidão, para que a graça con tin ue reinand o en tre ambas
de Israel, pela m esm a fé de N oem i, agora, depois de as partes depois da lei
trabalhar nos m esm o s cam pos de Israel, é cham ada
a se a ssen tar na m esa do seu senhor. Cada prato que
Rute 2 :1 6 : d e ix a i c a ir a lg u m a s espigas
se lhe o fe re ce rep resen ta um m istério p recio so. Pão d o s m o lh o s d e grão s p ro p o sita lm e n te , para
com vinagrete era uma delícia, e rep resen tav a o pão e o
q u e e la p o ssa c o lh e r liv r e m e n te , e n ão a
fruto da vide. Tipo do sangue e do corpo de Cristo. Um a
profecia preciosa. Ela se assen to u ao lado dos segadores, re p re e n d a is” .
m as ela era a única segadora que trabalhava de graça e Ela passou o dia todo co lh en d o espigas. Ela não somente
por graça. Ela não estava sozin h a, estava sob a co bertu ra fez o que era seu dever, m as ainda trabalhou m uito mais:
de oração de N oem i, que ce rtam e n te orava por ela. Ela debulhou as espigas; ela havia aprendido andar duas
não estava sozinha, estava pensando em N oem i, pois m ilhas sem que lhe hou vessem pedido. Ela conhecia
sabia de seu pacto. Pão de cevada m olhado no leite é um a sua situação, e qu eria v en ce r em te rra estran h a. Ela
tipo de d o ce natural p recio so. O pão m olhado no fruto da sozinha debulhou qu ase dezoito litros d e cevada. Além
vide rep resen ta sofrim en to, m as o pão m olhado no leite de levar toda aqu ela m edida de cevada, ainda havia lugar
rep resen ta ressu rreição , fartura e glória. D eus q u er nos
em suas aben çoad as m ãos para guardar o qu e lh e restou
convidar ao pão m olhado no vinagre, m as certam en te
da com ida que lh e havia sido o ferecid a por g raça naquele
nos dará do seu pão m olhad o no leite . As p o rçõ es de
alm oço profético in esqu ecív el. O fim da tarde era o fim da
m ilho fresco tostado rep resen tam o tipo de alim ento
graça. Ela sabia que a graça teria fim , m as o qu e ela teria
que Deus q u er que com am os e sirvam os à hum anidade;
alcançado quando a graça term in asse? C o lh er as espigas
tem de ser q u en te, fresco e cozido. O s dois tipos de pães
é um a b ê n çã o , m as d ebu lh ar ainda é m elhor. M as há algo
m olhados são co m em o raçõ es, são m em orativos, mas
m ais im portante do que co lh er e debulhar, desfrutar.
o trigo é alim en to real. Ela com eu até se saciar, m as não
esq ueceu de sua m ãe. Q u em co m e com fartura vê sobrar, E era por isso qu e ela estava trabalhando. Ela queria
e o que sobra não desperdiça viver. D esfruta qu em vive. Ela tinha um a razão bem viva
para se preocupar em d ebu lh ar o qu e havia colhido: sua
Rute 2 :1 4 : E , n a h o ra d a r e fe iç ã o , B o a z m aravilhosa m ãe, a q u ela q u e a esp e ra v a n a su a
j lh edisse: “A ch e g a -te aq u i e c o m e d o p ã o , j hum ilde casa, N oem i

e m o lh a n o v in a g re te a tu a p o r ç ã o ” . E ela Rute 2:17: E ela re c o lh e u esp igas n o campo


se a ssen to u ao lad o d o s se g a d o re s, e e le lh e a té o e n ta rd e ce r, e te n d o d e b u lh a d o o que
734
2:18 Ru te 2:22

Ru te Rute Rute R ute Rute R ute Rute Rute Rute R ute


ap anh ara, h a v ia q u a s e u m e fa ( “22 1 ”) d e m u lh er gentia aben çoav a aqu ela que estava sob a lei.
Aqui houve um b e ijo da graça com a ju stiça. Agora, a
cevada. sua h eran ça poderia s e r resgatada em esp eran ça. A
Antes de co zin har os grãos, deveria o fe re ce r a profética hum ildade de Rute s e en con tro u com a sua grande
e agradável com ida qu e Boaz havia lh e o ferecid o oportunidade. Aquela qu e está disposta a co lh er espigas
naquele dia. Pão co m vin agrete, trigo tostado, e grãos que caíam pelo cam in h o h á de en co n tra r o grande
de milho tostados! O pão com vinagrete e ra m em orial tesouro de sua vida. Ela procurava espigas e encontrou
do sofrim en to m essiân ico , m as o grão tostado falava o seu rem idor. O n osso rem idor está por trás de nossa
da ressurreição dos m ortos. O m ilho tostado, p o rém , h um ildade. D evem os dar alguns d etalhes a respeito da
falava do P e n tec o ste . V eja qu e estavam co lh en d o trigo e rem issão . Q uando alguém em p obrecia e vendia um a
cevada, m as não m ilho. M ilho fazia parte de um a com ida h eran ça deveria o fe re c e r duas escrituras selad as com
especial preparada esp e cialm en te para aq u ele dia. Era se te selo s. U m a das escritu ras era selada e perm an ecia
um alim en to trazido da dispensa esp ecial de Boaz em po d erju d icial. Se o h erd eiro tiv esse vendido a sua
propriedad e e q u isesse resgatar o seu bem antes do ano
Rute 2 :1 8 : E m se g u id a o to m o u , e n tro u do ju b ileu , deveria pagar pelo valor calculado até o ano
na cid ad e e m o s tro u à su a so g ra o q u e havia cin qu en ta d esd e a sua venda. Isto é , se e le vendeu o seu
b em no ano vin te e cin co , deveria calcular o seu valor
recolh id o; e ta m b é m o q u e lh e so b e ja ra d o até o ano cin q u en ta. A ssim e ra feito. M as o israelita não
que c o m e r a , d ep o is d e fartar-se, o fe re c e u à qu eria viver para e sp e ra r o ju b ileu , m as geralm en te
procurava os dois m eios de resgate: (1) seu esforço
sua sogra. próprio ou o clam ar a (2) seu p aren te rem idor. O parente
Nenhuma m u lh er com ia grãos tostados, a n ã o s e r quando rem id or deveria pagar o valor do resgate pedido pelo
eram preparados n a sua própria casa, ou quando era po sseiro e en trar n a propriedad e para to m ar p osse dela.
convidada a um a festa esp ecial. N oem i sabia disso, No caso de Rute, e le en traria na sua h eran ça resgatada
pois e s s e era o antigo co stu m e em Israel. Ela estev e em favor d e seu p aren te, bem com o s e casaria com Rute
sendo co rtejad a. E N oem i, um a ex p erim en tad a anciã,
logo aben çoou o seu p reten d en te. M as N oem i jam ais Rute 2 :2 0 : E n tã o , d isse N o e m i à su a n o ra:
pensou q u e se tratava de um a p esso a m uito esp ecial: “ B e n d ito se ja e le p elo S e n h o r Je o v á , aq u ele
Boaz. R ute, observand o o gosto de sua sen h o ra, ainda
tem tem po para lem b rar à sua “m ãe e s p e cia l” que colhia
q u e n ã o d e ix o u d e m o stra r a su a b e n e v o lê n ­
e debulhava. M esm o sen do co rtejad a, n ão se deixou cia n e m p ara co m o s viv os n e m para co m os
distrair de seu dever. D ebulh ar é o tem po de m editar, de
pôr à prova, de co n sid erar s e a decisão vale a pena. Ela
m o r to s !” E N o e m i lh e d isse: “ E sse h o m e m
colhia, debulhava, m editava e consid erava. Toda jovem é n o sso p a re n te c h e g a d o e u m d e n tre os
que está sen do co rtejad a deve ap ren d er a co lh er elogios,
n o sso s re s g a ta d o re s” . ílv25:25;
e a debulhar o qu e co lh e. Era um a m áquina essa Rute!
Ela seria provada em tudo. As servas de Boaz dariam
Rute 2 :1 9 : E n tã o , a su a so g ra lh e d isse : seu v ered icto so b re ela, e fariam o que o seu senhor
lh es o rd en a sse a seu resp eito . Não há m elh or m étodo
“O n de c o lh e s te esp ig a s, h o je ? B e n d ito se ja de co n h e ce rm o s um a p essoa sen ão quando a vem os
aquele q u e te a c o lh e u fa v o ra v e lm e n te ” . E n ­ conviver no estreito nível social d e nossos funcionários

tão R u te c o n to u à su a so g ra o n d e h a v ia tra ­ Rute 2 :2 1 : E R u te c o n tin u o u d iz e n d o :


balhado, d iz e n d o -lh e : “O n o m e d o h o m e m “T a m b é m ele m e disse: Ficarás co m os m eu s
em cu jo c a m p o tra b a lh e i h o je , c o lh e n d o e se g a d o re s, a té q u e te rm in e m to d a a co lh eita
debulhand o esp ig a s, é B o a z ” . que te n h o ” .
A bondade do S en h o r alcan ça os vivos e os m ortos que A sua fidelidade seria provada pela sua perseverança
estavam .n a q u e le tem p o, em esp e ra no H ades. Sua em cam po. N aqu ele cam po o nd e ela e ra guardada e
palavra tinha dois gum es, pois sabia qu e se tratava de respeitada d ev eria en co n tra r a ben ev olên cia do Senhor
um novo tem p o para a sua nação e para todos aqu eles sobre a sua vida. Ela d ev eria s e r fiel naquele cam po. Ela
que esperavam a re d en ção de suas alm as no H ades, no não deveria e sta r en tre um e outro, e n tre os cam pos
seio de Abraão. N oem i poderia e s c o lh e r aqu ele hom em seguros de Boaz e outros cam pos onde corria perigo.
como seu próprio esp o so, m as d eixou passar a sua vez N isso é provado qu alq u er outro obreiro
em favor de Rute! Q u e trem en d a m an ifestação d e amor.
Era costum e em Israel qu e o p aren te rem idor deveria
Rute 2:22: E d isse N o e m i à su a n o ra, R u te:
dar resgate à h eran ça de seu irm ão, co m o aco n teceu “ B o m se rá , filh a m in h a , q u e p e rm a n e ç a s
em G ên esis 3 8 . Pois seu irm ão não poderia ficar sem
c o m as serv as d e le , p ara q u e n ã o te m a ltra ­
descendência em Israel. N oem i entregou esse privilegio
a Rute. Foi o m esm o q u e ja iro fez com a m ulh er en ferm a te m em o u tro c a m p o ” .
do fluxo de sangue. Elas estavam tem porariam en te As servas são esp eciais, m as a sua con vivência com a sua
hospedadas em algum lugar que não era delas, m as sogra era profética. Há pessoas com q u em convivem os
tinham um rem idor. A graça qu e estava sob re aquela muitas horas no dia, m as tem os a co n sciên cia de que é

735
2:23 RUTE 3:1

apenas pelo tem po da co lh eita, pelo tem p o do trabalho em todo o perfil da m ulher virtuosa de Provérbios. Aqui
especial. O tem po da d isd p lin a é passageiro, m as ele confirm a o que Lem uel falou a respeito da mulher
devem os cum pri-lo virtuosa, pois ela veio de longe buscar alim ento para
a sua família. O grande testem unho do povo de Boaz
Rute 2 :2 3 : A s s im , R u te c o n tin u o u e m era asua virtude. Mas tem os visto na vida de Rute, ao
co m p a n h ia d as se rv a s d e B o a z , re c o lh e n d o observar a sua história, que ela se adapta fortem ente às
características da m ulher virtuosa descrita por Lemuel.
esp igas a té a o fim d as c o lh e ita s d e c e v a d a e Provérbios 3 1 . (V. 12) Trata-se da reunião en tre o Pai e o
de trig o; e ela viv ia c o m a su a so g ra. Filho na presen ça dos vinte e quatro anciãos, qu e ocorreu
na eternidade nas portas da Cidade Santa, a fim de se
Rute, capítulo três (3) con h ecerqu em seria o Parente Rem idordos gentios,
tend o em vista qu e o Pai era o rem idor de Israel: (V. 13) A
Rute conquista a con fian çae o am or de Boaz. Em outras
prom essa foi feita. O período da noite passou, pois ela não
palavras, “eu estou interessada na sua felicidade, pois você
era das trevas, m as era filha da luz, com o bem colocouo
já é parente. Tenho uma estratégia! ” N oem i, no m eio de
apóstolo Paulo quando se referia à igreja (1 Ts 5 :5 ). (V. 15)
tantas histórias envolvendo grandes relacionam entos,
Ela saiu dali com um código de tem po, uma mensagem
revela-nos com o viao casam ento en tre um hom em e uma
mulher. ( 1 ) 0 casam en toé de in teresse de quem casa, que falava dos sinais de sua prom essa. Seis medidas de
mas é mais satisfação de quem se entrega em casam ento, cevada falavam de um tem po de esperança. Porisso ela
que, n este caso, é Rute. (2) É um lugar de repouso, e não de estava tranquila. (V. 16) Seis m edidas de cevada eram
intrigas que nos roubam grandes forças. (3) É segurança e um código, um tem po de seis mil anos. Esse era o tempo
não intranquilidade que nos destrói a paz. (4) G era família, certo, e está para se cumprir. Pois som ente na sexta talha
e família é o rem édio paraa solidão. (5) Éfelicidade, e cheia de água, acon tecerá a transform ação da água em
felicidade é o resultado positivo gerado pela satisfação vinho. (V. 17) E sse era Boaz, um tipo perfeito d e Cristo.
daquele que entrega em casam ento, bem com o daquele O hom em do h o je estava trabalhando naquele processo
que se dá em casam ento. (6) É resultado de ex celentes de redenção. O hom em do hoje vai operar, interceder,
estratégias, cujo planejam ento principal é o amor. (V.2) trabalhar, a fim de realizaro que prom eteu. Em outras
Na história de Rute, a palha seca qu er perm anecer, mas o palavras, "e u estou in teressadana sua felicidade, pois você
vento há de soprar. Q uem forpesado p erm an ece. Entre já é parente. Tenho uma estratégia! ” N oem i, no meio de
as servas e Rute, Boaz ficará com Rute. Ela era o grão. O tantas histórias envolvendo grandes relacionam entos,
grão perm aneceu. A partir daqui, v erem os o trabalho revela-nos com o via o casam ento en tre um hom em e uma
da paixão do M essias e a s u a m o rte n o Gólgota. M as a mulher. (1) O casam ento é de in teresse de qu em casa,
principal tipologia revelada n este texto aponta para Cristo mas é mais satisfação de quem se entrega em casamento,
no Calvário. (V.3) Depois de o M essias te r com ido e bebido, que, n este caso, é N oem i. (2) O casam ento é um lugar de
seguiu o seu cam inho em direção ao m onte das Oliveiras. repouso, e não de intrigas que nos roubam grandes forças.
Depois da ceia, a igreja dá-se acon hecer, pois se revela após ( 3 ) 0 casam ento é segurança e não intranquilidade que
a sua comida e a suabebida. (V.4) O seu sepultam ento. nos destrói a paz. (4) Casam ento gera família e famíliaé
Quando ele se deita fala do sepultam ento de Cristo, mas o rem édio paraa solidão. (5) Casam ento é felicidade, e
ela não deixou só Jerusalém , ficou ao pé da sua cruz. Após felicidade é o resultado positivo gerado pela satisfação
a nossa declaração pública de fé, ele anuncia à sua igreja daquele que se entrega em casam ento, bem com o daquele
o que ela deve fazer a partir dai. (V.5) Noemi representa que se dá em casam ento. (6) Casam ento é resultado de
a palavra profética vaticinada pelos seus servos durante ex celen tes conselhos e estratégias cujo planejam ento
todo o tem po da história, e Rute deveria obed ecê-la. (V.6) principal é o am or
Eira era o lugar onde a palha deixava o grão. Era a hora de
Rute 3:1: U m dia N o e m i d isse à su a nora
co n h e ce ra verdade, é quando som en teo grão perm anece.
(V.7) Aqui está toda a história da Igreja: Ele se deitou junto a R u te: “M in h a filha, n ão hei de p rocu rar para
um m onte de cevada e dorm e profundamente na eira onde ti u m lu gar de rep o u so para q u e sejas feliz? n
a palha foi queim ada (corpo do pecado) e o grão triunfou
(oespírito vivificante). A lg rejasilen cio sam en tech eg a. Tm 5:81
Pois ela tam bém m orre e é sepultada ju n tam en te com Ambos se colhem jun tos, o trigo e a sua palha, a cevada
ele, junto aos seus pés (Rm 6 :5 ). (V.8) Eis a ressurreição! e a sua palha, m as chega o m om ento em que na eira
O aparecim ento do Cristo ressurreto. Ele havia dormido perm anece a verdade, m as a palha é queim ada. Assim éa
por causa do vinho, e agora desperta e a igreja está ao seu história dos cham ados, chega enfim o dia de separarogrão
lado. As palavras de confissão que ela havia dito a Noem i, da palha. Pedro passou p o re sse m om ento, e je s u s ainda
tais com o, “onde quer que m orras ai m orrerei eu ”, agora o avisou. “Esta noite Satanás te cirandará! ” M as o grão
são vividas potencialm ente ao lado de Boaz. (V.9) Estava p erm anece, e a palha é destruída. Na história de Rute, a
escuro, pois todo o am biente lem bravao Calvário. Ao palha seria queim ada, e o grão haviadeprevalecer. Aleluia.
pedinlhe aborda do seu m anto sobre si, ela o declara juiz, A palha seca quer perm anecer, m as o vento há de soprar.
tal com o o era verdadeiram ente, e Boaz lhe conced e. Q uem for pesado p erm anece. Entre as servas e Rute, Boaz
(V. 10) A declaração de Boaz é tipo da declaração de ficará com Rute. Ela era o grão. O grão perm aneceu. Se
Cristo. Agora, a Igreja é aceita e recebida porC risto, pois você é o grão, você perm anecerá no m eio dos ventos que
ela não procurou outro a não ser a Cristo, pois som ente separam a palha do produto que tem peso. N ão amaldiçoe
e le tinha palavras de vida etem a . (V. 11) Rute se encaixa o vento, e le vem d e Deus e sopra para ajudá-lo. Muitas

736
3:2 Ru t e 3:9

Ru te Rute R ute Rute Ru te Rute Ru te R ute Rute R ute


servas se faziam de fáceis interessadas, m as Boaz qu eriao dahistória, e Rute deveria obed ecer à palavra profética em
grão, e o grão era Rute. Chegará o seu tem po, e ele está bem tudo
próximo, tenh a fé. A partir daqui, v erem os o trabalho da
paixão do M essias e sua m orte no Gólgota. M as a principal
Rute 3:5: E ela lh e disse: “Tudo o q u e m e
tipologia revelada n este texto aponta para Cristo no d isseres, farei”.
Calvário, onde será tirada toda a palha da palavra profética, Eira era o lugar onde a palha deixava o grão. Era a hora de
onde finalm ente será revelado o grão de trigo que deve ser co n h e ce r a verdade, é quando som ente o grão perm anece.
considerado digno de cair na terra e ser plantado A eira era o lugar do encontro e da declaração do verdadeiro
amor, bem com o da prom essa de Boaz para Rute. A eira fala
Rute 3:2: O ra , pois, n ã o é B o a z , e m co m p a ­ da cruz. Foi ali onde tudo aconteceu
nhia d e cu ja s servas e stiv este, u m d o s n ossos
Rute 3:6: E n tão, foi para a eira e fez conform e
resgatadores? Eis q u e e sta n o ite alim p ará a
tu d o q u a n to su a sogra lh e havia ord en ad o.
cevada n a eira. Aqui está toda a história da Igreja: ele selou, ele se alegrou
“ Levanta-te, pois, adom a-te e unge-te com teus perfum es, com o vinho da obed iên cia do seu Pai no G etsêm ani, e
e escolh e o teu m elh or vestido e desce à eira, m as não em obed iência m orreu. Ele se deitou junto a um m onte
permitas ser reconhecida por ele até que e le tenh a comido de cevada, onde o germ e da vida não m orre, pois ali foi
e bebido”. A revelação da futura esposa deveria serdada sepultado em esperança. Então ele está morto e dorme
depois da C eia do Senhor, quando ele disse: “Edificarei a profundam ente na eira onde a palha foi queim ada (corpo
minha Igreja” . Depois de ele te r com igo e bebido, seguiu do pecado) e o grão triunfou (o espírito vivificante). A lgreja
o seu cam inho em direção ao M onte das O liveiras. Depois silen ciosam en te chega. Com o chega? Pois ela tam bém
da ceia, a Igreja dá-se a conhecer, pois se revela após a sua m orre e é sepultada jun tam en te com e le , junto aos seus
com idae a sua bebida, isto é, o seu corpo partido e seu pés (Rm 6 :5 ). Pois fom os plantados juntam ente com ele na
sangue derramado sem elhança de sua m orte

Rute 3:3: B an h a-te, pois, e u n ge-te, e e sco lh e Rute 3:7: E q u an d o B o az tin h a co m id o e b e ­


os teus m e lh o re s v estid o s, e d e sce à eira; m as bid o, estan d o já o seu co ra çã o alegre, foi e se
não te d ê a c o n h e c e r ao h o m e m , até q u e ele d eitou ju n to ao pé d e u m m o n te d e grãos; e n ­
tenha acab ad o d e c o m e r e beber. tão , R u te veio silen cio sam en te, descobriu-lhe
O seu sepultam ento. Quando ele se deita fala do os p és, e se d eitou .
sepultamento de Cristo, mas ela não deixou sójeru salém , Eis a ressurreição! O grande trem or que houve com o efeito
ficou ao pé da sua cruz. O segundo Adão se perm ite operar, de sua saída do mundo do H ades. O aparecim ento do
e de sua costela sai a sua esposa. O ato de descobrir os Cristo ressurreto. Elehaviadorm ido porcausa do vinho,
pés de Boaz aponta para o d esejo da Igreja em declarar e agora desperta e a igreja está ao seu lado, com o Eva ao
que está pronta para ser sua, m as o alcance de seus pés lado de Adão, depois de seu profundo sono. As palavras de
era altura m áxim a que chegavam suas mãos no Calvário, confissão que havia dito a N oem i, tais com o, “onde fores
lembrando de M aria ao descobrir os pés de Jesu s para eu irei, onde q u er que m orras aí m orrerei e u ”, agora são
ungi-lo com perfum e precioso qu e ela tam bém conhecia vividas potencialm ente ao lado de Boaz. Paulo disse em
e levava consigo. O ato de Rute se deitar a seu lado é Rom anos que se com ele m orrerm os, é certo
compreendido rapidam ente, pois se estam os prontos que com ele viverem os
para ser considerados, tipologjcam ente, “cam e da
mesma ca m e com e le ”, devem os tam bém m orrer com Rute 3:8: E su ced eu q u e, q uase à m eia-noite,
ele eco m ele serm os sepultados pelo batism o em sua o h o m e m d esp erto u do seu so n o sobressalta­
morte, sepultam ento e ressurreição (Rm 6). Após a nossa
declaração pública de fé, ele sabe reco n h ecer o nosso
do e, ao se voltar, eis q u e u m a m u lh er estava
testemunho a seu lado, e anuncia a sua igreja o que ela deve d eitad a a seu s p és.
fazer a partir daí, anunciando-lhe o seu evangelho que deve Estava escuro, pois com o todo o am biente lembrava o
serporela pregado em todoo mundo, com eçando por Calvário, ele pergunta sem v erbem afisio n o m ia da jovem .
Jerusalém até os confins da terra Ao pedir-lhe a borda de seu m anto sobre si, ela o declara
j uiz, tal com o o era verdadeiram ente, e Boaz lhe concede.
Rute 3:4: E a c o n te c e rá q u e , q u an d o e le se Ao m esm o tem po, ela pede que viva sob a suaju stiçaa
deitar para dorm ir, n o ta rá s o lu gar o n d e se partir daí. Q u e ela não viveria m ais condicionada à sua
justiça pessoal. A igreja gentia é coberta pelo seu manto
deita; e n tã o , te ap ro xim arás d ele e lh e d es­
de justiça. Ele aceita sero seu rem id o rp esso a lm en te, pois
cobrirás os p és, e ali te deitarás. D ep o is, ele te publicam ente já o havia declarado nas portas
da cidade celestial
dirá o q u e d ev es fa z e r” .
O conselho de N o em ié poderoso, não pode ser Rute 3:9: E ele lh e disse: “Q u e m és tu ? ” E
desconsiderado em nenhum ponto, pois ela falava
inspirada pelo Espírito Santo. N oem i representa a palavra
ela lh e resp o n d eu : “Eu sou R u te, tua serva.
profética vaticinada pelos seus servos durante todo o tem po E ste n d e , p ois, a b ord a do teu m a n to sobre
737
3:10 Ru te 3:10

a tu a serva, p o rq u e o se n h o r é u m p a ren te sábio exalta a sua disposição. Provérbios 3 1 :1 4 : “H ê. Como


se fora navio m ercan te; de longe traz suas provisões
resgatad or” . alim entícias”. Ela não ficou paralisada esperando a bênção
A declaração de Boaz é tipo da declaração d e Cristo, pois chegar à porta de sua casa. M as ela, com perm issão, saiu de
agora os gentios buscaram o seu remidor, e confiam nele; sua casa e , sob obed iência, foi em busca da graça, e na
sua atitude posterior foi m elhor do que a prim eira atitude obediência, com grande prudência, trazia o seu pão todos
de Eva, quando confiou nas palavras de Satanás. Agora, a os dias de bem longe. Provérbios 3 1 :1 5 : “Vau. Antecipa-se
Igreja é aceita e recebida por Cristo, pois elan ão procurou ao sol, quando ainda está escuro, se levanta, e dá
outro anão ser a Cristo, pois som en te ele tinha palavra de m antim ento à sua casa, e dá tarefa às suas servas”. Como
vida eterna Rute ainda não estava casada com Boaz, era ela m esm a
quem fazia o trabalho junto às servas que no futuro seriam
Rute 3:10: E n tã o , B o az lh e disse: “B en d ita
suas. Lem os na sua história com o se levantava cedo, como
sejas tu do S e n h o r Je o v á , m in h a filha; pois se movia tão motivada por grandes virtudes. Vemos
to m aste a tua ú ltim a b e n e v o lê n cia m e lh o r do tam bém na história de Rute com o ela providenciava
mantim ento para sua casa. Provérbios 3 1 :1 6 : “Zain.
q u e a prim eira, p orq u e n ão foste após ou tros Inspeciona o cam po, e com pra-o; planta um a vinha com o
jov en s, q u er p ob res q u er ricos. lucro, fruto das obras de suas m ãos”. Rute, na condição de
Rute se encaixa em todo o perfil da m ulher virtuosa de noiva, ainda esperava esse m om en to, pois se tom aria
Provérbios. Aqui ele confirm ao que Lem uel falou a herdeira de um a grande propriedadee riqueza. M as ela
respeito da m ulher virtuosa, pois ela veio de longe buscar jam ais perderia a sim plicidade com a qual foi considerada
alim ento para a sua família. O grande testem unho do povo m ulher virtuosa. Provérbios 3 1 :1 7 : “ H ete. Cinge os seus
de Boaz era a sua virtude. Ele lhe faz prom essa. M as tem os lom bos e reveste-se de força, fortalecendo os seus braços”.
visto na vida de Rute, ao observar a sua história, que ela se Vemos detalhes sem elh antes às características desse verso
adapta fortem ente às características da m ulher virtuosa quando colhe e debulha m ais de dezessete litros de cevada
descrita por Lem uel. P ro v érb io s31:1 0 : “Á lefe. M ulher e d n g e os seus lom bos para levá-los a sua casa. Provérbios
virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor estimativo 3 1 :1 8 : “Tete. Controla e prova se é boa a sua m ercadoria; e
muito ex ced e ao de jóias das mais preciosas com o a pérola e a sua lâmpada não se apaga de noite ”. Pela madrugada,
rubis”. Lem uel m esm o disse que en tre muitas m ulheres colocando sua vida em risco, antes que o sol n ascesse, Rute
nobres a m ulher virtuosa se sobrepõe a todas. Procurando está implorando a su a rem issão, e consegue a graça que
uma m ulher virtuosa na história bíblica, escolh em os Rute, espera. Provérbios 3 1 :1 9 : “Jod e. Com um am ão fabricao
pois ela se adapta em quase todas as características seu vestido, e com a outra direciona o fio ”. Ela faz o seu
descritas em Provérbios 3 1 . Em Israel, procurou-se uma tem po, não perm ite que o tem po passe sem resultados; não
m ulher virtuosa para ser m ãe do pai de Je s s é e de Davi. Não desperdiça tem po, e é capaz de fazer duas coisas ao mesmo
se encontrou. A pobreza chegou às portas de Belém , tem po com precisão. Ela está sem pre p end ente das
quando Elim eleque e N oem i resolveram sair com seus dois necessidades para provê-las. Provérbios 3 1 :2 0 : “Café.
filhos às terras de M oabe em busca de pão. Dez anos nas Abre a sua mão para o pobre; sim , ao necessitado sustenta".
terras de M oabe! Para essa família, que enfrentou a fom ee O pobre aqui é o necessitado. Q uem n ecessita é pobre. A
três vezes a própria m orte, que tinha apenas a m ãe N oem i e m ulher virtuosa o atende. E abre as suas m ãos para ele. Isto
duas de suas noras com o sobreviventes. Três viúvas, dentre é, de sua colheita de trigo e cevada ela lhes oferece.
as quais uma valia mais que pedras preciosas e rubis, uma Provérbios 3 1 :2 1 :“ Lápide. Não tem e por sua família
m ulher virtuosa. Q uem a achou? N oem i a encontrou. quando neva; pois todos os da sua casa estão providos de
Elim eleque e Noemi investiram tudo, m esm o sem saber o abrigo de ex celen te qualidade”. N esta fase de sua vida, ela
porquê, em uma única vida cham ada Rute. Provérbios não tem m edo dos desafios da natureza, pois seus celeiros
3 1 :1 1 : “Bete. O coração do seu marido confia plenam ente estão cheios, e não tem m edo das dificuldades domésticas,
nela, e jam ais con hecerá a falta de lucro”. Q uem foi o seu pois está preparada para enfrentá-las. Provérbios 3 1 :22:
marido? Boaz, seu juiz, seu remidor. V em os, na sua m aneira “M em . Ela m esm a faz para si cobertas; de linho fino e de
de viver, que o lucro estava sem pre com ela, quando lutava púrpura é o seu vestido” . Quando N oem i lh e aconselha
pela colheita, m esm o sendo uma segadora nos m oldes da que se vista com gala, ela m ostra que é virtuosa na provisão
misericórdia; ainda assim, o seu trabalho lhe gerava lucro das suas necessidades pessoais, tais com o vestidos definho
todos os dias. Essas características estão sem pre p resentes (santidade) e púrpura (sociabilidade e status). Ela está
na vida de Rute. Provérbios 3 1 :1 2 : “Guím el. Ela lh efaz preparada para m anter a sua santidade diante dos homens
bem , e não mal, todos os dias da sua vida”. V em os essa e diante de Deus, bem com o está preparada para entramos
característica na vida de Rute todo o tem po, quando co m e e am bientes da vida social sem envergonhar o seu marido.
guarda comida para sua sogra. Todos os dias, N oem i estava Provérbios 3 1 :2 3 : “Nun. C onh ece-se o seu marido nas
no seu coração. Se n ão fosse viúva, certam ente faria o portas, quando se assenta en tre os anciãos da te rra ". No
m esm o para com seu esposo. Provérbios 3 1 :1 3 : “Dálete. capítulo quatro do livro de Rute, vem os o seu futuro marido,
Ela busca lã e linho, e trabalha prazerosam ente de boa mas já com prom essa, conform e lem os no capítulo três do
vontade com labores m anuais”. Lendo a história de Rute, m esm o livro. Boaz luta por ela com o parente rem idor e, ao
vem os com o ela trabalha com pouco descanso, com o m esm o tem po, com o juiz, que intercedeu por ela diante do
—«fc. recolhe e debulha no m esm o dia as espigas. C o lher já não parente rem idor prim ário. O m esm o texto m ostra como
era tão fácil, mas debulhar as espigas no m esm o dia, isso era Boaz era honrado e se sentava com os anciãos nas portas da
boa vontade, pois trabalhava com as próprias m ãos. Aqui o cidade. Provérbios 3 1 :2 4 : “Sâm eque. A ntes de fazeros

738
3:10 Ru t e 3:15

Ru te Rute R ute R ute Ru te R ute Rute Ru te Ru te R ute


vestidos de linho, já os têm com o vendidos, e entrega cintas Rute 3 :11: A gora, pois, m in h a filha, n ão te ­
aos m ercadores”. Lendo todo o texto, v em os que desde o
seu controle d e qualidade, o despertar da alva, a capacidade m a s, p o rq u e tu d o q u an to d isseste, eu o farei,
de realizarduas coisas ao m esm o tem po, são características p orq u e toda a g en te do m eu povo sab e q u e tu
que propagam a sua fama en tre os negociantes que
compram seu s produtos antes de serem preparados. Isto és m u lh e rv irtu o sa . (Pvi2.-4j
qu erd izerqu eelan ãotem produtos para pronta entrega, Som en te a partir do capítulo quatro é que entenderem os
ta lé o sucesso de seu trabalho. Som ente trabalha sob essa frase, pois trata-se da reunião entre o Pai e o Filho na
encomenda. Provérbios 3 1 :2 5 : “ Ain. A dignidadede sua p resen ça dos vinte e quatro anciãos, a qual ocorreu na
forçae a form osura são os seus vestidos; e ri-se do tem po eternidade nas portas da Cidade Santa, a fim de se conhecer
vindouro”. Com esses m esm os vestidos entrou na quem seria o Parente Rem idor dos gentios, tendo em vista
presença secreta de Boaz, m as sua força e sua dignidade que o Pai era o rem idor de Israel
foram louvadas duas vezes. Ela não tinha roupas, apenas.
Ela tinha dignidade e força com o cobertura, com o
Rute 3:12: A gora, c e r ta m e n te é verdade que
vestimentas espirituais que estavam valorizando seu linho e u sou p aren te resgatad or; p o rém , há outro
e sua púrpura. Sua santidade e sua realeza. Provérbios
3 1 :2 6 : "P ê . A bre a sua boca com sabedoria, e a lei da
p a ren te resgatad or m ais p ró xim o do q u e eu .
clem ência está com a sualíngua”. A m ulher virtuosa A prom essa foi feita, e a noite foi todo o período qu eo
chamada Rute dem onstra claram ente o se u p o d e rd e m istério escondido necessitava, foi o periodo da lei e
convencim ento, pois ela age sob conselho, sob a graça da das profecias, pois esperavam cum prim ento. M as Boaz
obediênciaa N oem i, que representa a palavra profética. Na deu-lhe a palavra de prom essa de que ela seria redimida
sua boca e na sua língua estava a m aior m anifestação da sua de qualquer form a. O período da noite passou, pois ela não
virtuosidade. Seu poder de convencim ento, que gerava era das trevas, m as era filha da luz, com o bem colocou o
para ela e para aqueles a quem ela amava provisão, apóstolo Paulo quando se referia àigreja (1 Ts 5:5)
segurança e herança. Provérbios 3 1 :2 7 : “T sadê. Está
Rute 3:13: Fica aqui esta n o ite, e se am an h ã
sempre atenta à conduta de sua casa, e não com e o pão da
preguiça” . Ela com ia pão com vinagrete, pão com leite, ele quiser te resgatar, b em , q u e te redim a; m as,
espigas tostadas, mas não deixava de lem brar de sua se n ão lh e ap ro u ver te resgatar, vive o S en h o r
sogra-mãe; e jam ais com ia o pão mofado, azedo e
apodrecido, o m esm o que pão de ontem . Provérbios 3 1 :28: Je o v á , q u e eu o farei! A gora, descan sa até q u e
“Cofe. Levantam-se seus filhos, e lhe cham am bem- am an h eça”.
aventurada, com o tam bém seu marido, que a louva, diz:”
Seria dos pés de Boaz que viria a confirm ação de sua
Rute foi louvada nas portas p orseu marido e porseu sfilhos.
rem issão, e som en te no capítulo quatro entenderem os
Entre eles, e s tá je s s é , depois Davi, e agora Lemuel.
essa atitude. Som ente assim , en ten derem os o culto de
Provérbios 3 1 :2 9 : “R exe. M uitas m ulheres têm procedido
M aria, que unge os pés de Cristo, pois som en te ela sabia
com nobreza, m as tu a todas sobrepujas em virtude.” A
o que estava fazendo ao im plorar sua rem issão. Foi com o
mulher virtuosa sobrepuja a todas justam en te porque não
se estivesse dizendo “seja m eu remidor, pois tens o poder
está metida em disputas, m as pela sua simplicidade e
de resgate!” Este é o tem po da sua ressurreição. Antes que
produtividade. O m arido de Rute estava m orto, m as ela não
uma pessoa pudesse reco n h ecer a outra, a Igreja se levanta,
se deixou v en ce r pela inércia da vida. Ela continuou
ressuscita. A Igreja estava ali no Calvário, a Igreja estava
vivendo, ela continuou realizando e trabalhando. Ela
ali na sepultura: “ Ou não sabeis que todos quantos fomos
sobrepujava porque excedia na sua cam inhada, pela sua
batizados em C risto jesu s fom os tam bém batizados na sua
utilidade, pois cam inhava sem pre a segunda m ilha, sem pre
depois da lei, e conquistava a graça. Ela ex ced ia não m orte?” (Rm 8 :3 )
somente o valor das pedras preciosas, mas ela excedia em Rute 3:14: E ela ficou deitada aos seu s pés
caráter,em integridade. Provérbios3 1 :3 0 : “Chim.
Enganosa é a graça, e passageira é a form osura; m as a a té ao a m a n h e c e r; e lev an to u -se an tes q u e
mulher discreta que tem e ao Senhor, essa será louvada”. A p u d essem c o n h e c e r u m ao o u tro , p orq u e ele
sua conversão revelou detalhes que serão lembrados
etem am ente. Muitas m ulheres serão louvadas por um d isse: “Q u e n in g u ém saiba q u e u m a m u lh er
tempo porsua beleza, mas a m ulhervirtuosa será louvada d e sce u à e ira ” .
pelo seu tem or a Deus. Ela será firm e, fiel, provedora, Ela saiu dali com um código de tem po, uma mensagem que
trabalhadora, produtora e amada. Provérbios 3 1 :3 1 : “Tau. falava dos sinais de sua prom essa. Seis medidas de cevada
Reconhecei-a dando-lhe do fruto das suas m ãos, e
falavam de um tem po de esperança. Com aquela medida de
louvem-na às portas da cidade com o crédito pelas suas
cevada, ela voltava ao m u n d od os hom ens sabendo o que
obras”. P o risso , Rute foilouvadaporsu as am igase
lhe acon teceria. Porisso
vizinhas. V eja com o se m ed e o trabalho de uma m ulher
ela estava tranquila
virtuosa: pelo fruto das suas m ãos, da sua edificação, da sua
colheita, daquilo que produze transforma em fazenda. Não Rute 3:15: E n tão, B oaz ainda lh e disse: “Es­
somente o seu m arido é louvado nas portas, m as tam bém o
seu próprio marido a louva
ten d e o m a n to q u e trazes”, e ela o esten d eu ;
no m esm o pódio e e le o e n c h e u co m seis m ed id as de cevada
739
3:16 Ru te 4:1

e lh a pôs às co stas. E n tão ela foi e en tro u na mas eu não posso por causa de Jerusalém ”. (V.7) Use os
m eus calçados, Filho! O lugar por onde passarás é muito
cidade. pedregoso, m as tens o m eu apoio, e o m eu poder! Por
Noemi fazia o trabalho da palavra profética. Ela funcionou isso, os vestidos da arm adura de Deus têm com o calçados
com o a palavra profética na vida de Rute, e Rute obedeceu a preparação do evangelho da paz. Houve paz entre o
em tudo o que a paiavra profética lhe ordenava, por isso ela Filho e o Pai. (V. 10) Q uem co m p rao cam po, tem direito
prosperou em tudo ao tesouro. Foi isso que Boaz fez, resgatou o cam po para
ficar com o tesouro, que era Rute, agenda. Um a tipologia
Rute 3:16: E q u an d o c h e g o u à casa d e sua perfeita de Cristo e a Igreja, a gentia. (V. 11) A b ên ção do
sogra, esta lh e d isse: “C o m o su ce d e ra m as casam ento de Boaz e Rute alcança três fases. Engrandeceo
m inistério maravilhoso das m ulheres que lutaram , em toda
coisas, m in h a filh a ?” E ela lh e c o n to u tu d o o
a história, contra a serpen te e contra o dragão que desejava
q u e aq u ele h o m e m fizera p or ela. destruir a sua sem en te (Gn 3 :1 5 ). (V. 12) Eles fazem notória
Seis medidas de cevada eram um código, um tem po de seis lem brança da história de Tamar. M as que glória tinha Tamar
mil anos. Esse era o tem po certo , e está para se cumprir. para s e r lem brada? Tamar, muitas vezes, foi tratada pelos
Pois na sexta talha cheia de água, o vinho se transformará. nossos escritores com o uma m ulher vulgar, m as aqui ela
Quando a sexta talha estiver sendo cheia, o vinho será é lem brada com honra, na hora sagrada do movimento
transformado. São seis mil anos. Esse é o código profético e profético divino, na escolha da geração que prosseguirá na
Noemi sabia disso. A palavra profética estava de volta e não tenaz luta contra a sem en te da serp en te. (V. 13) Lembre-se
retom aria para o seu autor de mãos vazias, mas faria o que um pouco da história dessa m ulher! Lem bre-se quando
Deus havia proposto no seu coração parao seu prazer chorava declarando a sua m aravilhosa decisão por seguir
no m esm o cam inho de N oem i. Um a celebridade, uma
Rute 3:17: E q u e lh e d era seis m ed id as de m ulher digna de entrar no livro da vida de Cristo, o homem
cevada e lh e dissera: “N ão voltarás à tu a sogra (M t 1), com o m erecem todas as m ulheres que lutaram
pela sua sem en te, en tre tantas, Eva, Sara, Raquel, Leia,
d e m ã o s v a z ia s”. Tamar, Raabe, Rute, B e tseb a e M aria. Elas se salvaram de
Esse era Boaz, um tipo perfeito de Cristo. Ele e ra o hom em
toda condenação da acusação ao dar à luz filhos! (2 Tm
do hoje, do que cum pre. H oje se cumpriu essa profecia
2 :1 5 ). (V. 14) Nova profecia. Todas as vezes que falamos
diante de vossos olhos, h oje entrou salvação nesta casa.
de Cristo com o nosso remidor, falam os de Boaz! Assim,
O h o m em d o h o je estava trabalhando n aquele processo
proclam am os o nom e d e Boaz, quando proclam am oso
de redenção. O hom em do h o je vai operar, interceder,
n om e de Cristo. (V. 15) Essa era um a p rofeciae um consolo
trabalhar, a fim de realizar o que prom eteu
a respeito de seus dois filhos que havia perdido em Moabe,
Rute 3:18: E n tão , disse N o em i: “E sp era, m i­ e tam bém um a palavra profética quesecum pririanavida
de Davi, pois ele foi m elhor do que os outros sete filhos de
nha filha, até q u e saibas o resu ltad o das coisas, seu pai. (V. 16) Noem i tornou-se a m ãe d e je s s é . Ela era mãe
p orqu e aq u ele h o m e m n ã o d esca n sa rá até de um filho nascido do ventre de Rute. Um tipo perfeito de
M aria, que era m ãe do Filho de Deus. Ele coexistia. (V. 17)
q u e co n clu a e ste ca so aind a h o je ” . Ela sabia que o filho não era dela, m as tam bém sabia que
sem ela, aquele filho não teria nascido. Alguém pagou
Rute, capítulo quatro (4) o preço antecipadam ente para term os a manifestação
Boaz resgata a propriedade de N oem i e a pessoa de Rute: da graça que agora desfrutamos.(V. 18) O objetivo
Agora devem os en tender a tipologia com o escatologia, pois aqui é m ostrar a d escend ência de Cristo, a sem en te da
Boaz aqui fa z o p a p e ld e C ris to e o “Fulano” tipifica o Pai. mulher. O esforço das m ulheres na genealogiade Jesus
O Pai tem o poder e o direito de nos resgatar, m as o Filho foi extraordinário. (V.l 9 ) Não devem os esq u ecer que
precisa ter a autorização de operar. (VC2) Ele está diante de todos esses nom es estão debaixo de um con trole pessoal
um Conselho que representa o poder judicial da cidade. divino de quatorze em quatorze gerações (M t 1 :1 7 ). (V.20)
Algo muito im portante está acontecendo na cidade que N aasson casa-se com Raabe, e essa mulher, por sua ajuda,
sim bolizae envolve toda a historiada humanidade. (V.3) entra na história por graça. A história de Cristo é cheia de
Aqui tem os, sim bolicam ente, a reunião en tre o Pai e o Filho graça concedida. Ele é a graça em pessoa. (V .2 1) Boaz tinha
a respeito de quem daria resgate àquilo que Adão perdeu a quem puxar, e seu filho se interessa novam ente por uma
no Éden. (V.4) Boaz, que representa o Filho, concede-lhe gentia, assim com o o seu pai havia se casado com uma
o privilégio de saber e ainda o lem bra de sua primazia no m ulher que soube valorizar ofio de escarlate que esteve
negócio. Boaz dá ao seu irmão a primazia do resgate. Cristo! nas mãos de Zerá, filho d eju d á, no dia de seu nascimento.
O nosso Boaz. (V.5) Tu tens a tua família de Israel. Saiba (V .22) O objetivo de Deus é m ostrar logo porquejesus
que, no dia em que redim ires a h eran ça, deverás tomar nasceu: para serre i. Agora devem osentenderatipologia
tam bém a Rute e casar-te com ela para que dês sem en te com o escatologia, pois Boaz aqui faz o papel de Cristoe o
ao seu falecido esposo! Saiba tam bém que Rute é gentia, “Fulano” tipifica o Pai. O Pai tem o poder e o direito de nos
viúva... (V.6) O Pai pensou em Israel e em Jerusalém . Ele resgatar, m as o Filho precisa ter a autorização d e operar. 0
ainda havia de escrev er o que pensava: “S e eu m e esq u ecer filh oesp eraoP ai entrar. Ele esp era o resgatador de quem o
de ti, ó Jeru salém ...”. Ele tínha com prom isso com Israel. Filho falava, por quem o filho atuava. E sse assunto precisa
“Não posso redimi-la. Terás que fazê-lo, se am as a esta sertratado de irm ão para irm ão, e na porta da cidade, isto
Rute, faça atu a obra. Tu podes e x e rc e r o m eu direito, é, em nom e do poder judiciário. O s cam inhos de Deus

740
4:1 Ru t e 4:7

Rute Ru te R ute R ute Ru te Rute R ute Ru te Rute Rute


são perfeitos, e refrigeram a nossa alm a. O cam in h o do Rute 4:4: E u resolv i, pois, te in form ar a res­
Filho, a princípio, é terrível, m as ele será endireitado, e
suas veredas aplainadas. O Pai desvia-se do seu cam inho, e p eito disso e te dizer: C o m pra-a, pois, n a p re­
coloca-se no cam inho do Filho. O in teresse do Pai não é nas se n ça d esses q u e estão assen tad os co m ig o e
nações da terra, em bora ele tenha planos na sua redenção,
conforme lem os no livro de Salm os, m as ele tem seu amor,
d ian te do m eu p ov o; p o rtan to , se tu a q u eres
sua terra e sua herança: Jerusalém e Israel. Ele sai de seu resgatá-la, resgata-a; e , se n ão , d eclara-m e, e
caminho... A m bos se assentam . Vão tratar de um assunto
que mudará a trajetória da história humana
e u o sab erei; pois n ão h á o u tro , sen ão tu , q u e a
resgate, e eu d ep o isd e ti. Então ele respondeu:
Rute 4 :1 : E su b iu B o a z à p orta da cid ad e e
“ Eu a resgatarei ” . (lv25:2si
assentou-se ali; eis q u e o resg atad or d o qual Em outras palavras, você tem um povo, você ama a sua
Boaz tin h a falado ia passand o. E n tã o , lh e dis­ família, a suafam ília de Israel. Saiba que, no dia em que
redim ires a h eran ça, deverás tom ar tam bém a Rute e ca sa r
se: “Fu lan o, v e m e assen ta-te a q u i.” E ele se
te com ela para que dês sem en te ao seu falecido esposo!
virou e se a ssen to u . Saiba tam bém que Rute ég en tia, viúva... O Espírito de
Ele está diante de um C onselho que representa o poder sabedoria estava presen te nessa conversa
judicial da cidade. Form am um julgado com todo poder de
jurisprudência. Todos s e assentam . Algo muito im portante
Rute 4:5: D isse-lh e, p o rém , B o az: “N o dia
está acontecendo na cidade que sim boliza e envolve toda e m q u e resgatares a terra às m ão s de N oem i,
ahistória da hum anidade. Eles fazem um pequeno trono,
ta m b é m to m arás p or m u lh er a R u te, a m oa-
não de vinte e quatro anciãos, m as de apenas dez. Esse
número representa as nações da terra, são os dez dedos da bita, q u e ta m b ém é viú va, para perp etu ar o
estátua profética vista em sonhos por N abucodonosor n o m e d o falecid o so b re a sua p rop ried ad e” .
Rute 4:2: E n tã o , B o az e sco lh e u d e z h o m e n s (Dt25:5,6)
dos an ciãos da cid a d e, e lh es disse: “assentai- O Pai pensou em Israel e em Jerusalém . Ele ainda havia
de escrev er o que pensava: “S e e u m e e s q u e c e rd e ti,ó
vosaqui” . E assen taram -se. Jeru salém ...”. Ele tinha com prom isso com Israel. Ele tinha
Aqui tem os, sim bolicam ente, a reunião en tre o Pai e o Filho com prom isso com Israel. Rute não fazia parte de seus
a respeito de quem daria resgate àquilo que Adão perdeu planos, pois m ais infiel que tenha sido Israel, ele ainda
no Éden. Estam os m ostrando uma reunião que aconteceu a amava e ainda a resgatariade todas as suas maldições.
no mundo espiritual en tre o Pai e o Filho a respeito de uma “Filho, sabes bem que am o Israel, não posso prejudicar
herança que foi perdida por Adão, e não se refere a Israel. meu patrim ônio. “Não posso redimi-la. Terás que fazê-lo,
0 Pai, que estará divorciado d e Israel, a princípio aceita, se am as a esta Rute, faça a tua obra. Eu te apoio. Tu podes
e mostra que tem in teresse. N oem i simboliza Adão, que ex e rc e r o m eu direito, m as eu não posso por causa de
vendeu a sua h eran ça a Satanás. Boaz, que representa o Jeru sa lém ”. Aleluia
Filho, pergunta ao Pai se ele tem in teresse naquele resgate
que envolve a terra, o corpo e a alm a dos hom ens, pois dele Rute 4:6: E n tão, o resgatador da h eran ça res­
é a primazia p on d eu : “ Eu n ão a poderei resgatar; não seja o
Rute 4:3: E n tão , disse ao resgatador: “A quela caso de preju dicar a m in h a h eran ça. Resgata-a
parte do ca m p o q u e p e rte n ce u a E lim eleq u e, tu , p o rq u e p od es e x e r c e r o m eu direito, pois
nosso irm ão , N o em i, aq u ela q u e regressou da n ão a p od erei resg atar”.
terra dos m o ab itas, q u e r resgatá-la. Use os m eus calçados, Filho! O lugar por onde passarás é
muito pedregoso, m as tens o m eu apoio, e o m eu poder!
Boaz, que representa o Filho, conced e-lhe o privilégio de
Aleluia. Q ue com entário se falava entre as pessoas? “Eles
saber e ainda o lem bra d e sua primazia no negócio. Diante
trocaram de sapatos! O fulano não quis te r problem a com
do tribunal arrumado na entrada da cidade de forma
sua família. Ele deu a seu Filho o direito de resgatar a sua
legal, eles conversam . Boaz dá ao seu irmão a primazia
esposa gentia! ” Aleluia. Q ue coisa maravilhosa. Por isso,
do resgate. Cristo! O n o sso Boaz. S e o Pai não qu iser ser
os vestidos da arm adura de Deus têm com o sapatos a
o resgatador, o Filho está disposto, porque a m oça havia
preparação do evangelho da paz. Houve paz entre o Filho e
tomadoo seu coração. Foi a m esm a história que Jesu s
o Pai a respeito da Igreja que seria resgatada pelo poder do
contou: Certo h om em m ercador procurava um tesouro, e
Pai nos pés do Filho. É por isso que, em breve, o Filho dará
tendo-o achado, foi e vendeu tudo o que tinha e comprou
à sua esposa o poder de esm agar sobre os seus pés a cabeça
aquele campo. Ele não queria som en te o tesouro, m as o
da serpente. O evangelho é a liberdade de anunciar que o
que havia no cam po. O cam po é a herdade, mas o que havia
negócio do resgate foi confirmado
na herdade era Rute. Ele sabia o que queria. O Pai, visto na
pessoa do Fulano, pois sabiam ente a Palavra não revela Rute 4:7: Este era, n a antiguidade, o co stu m e
o seu nom e, pensa e responde im ediatam ente assim,
meioem dúvida, que sim . Boaz estrem ecesse, agonia-se e
em Israel q u an d o se ratificava um resgate ou
retruca u m a tra n sferên cia: A q u ele q u e q u eria confir-
4:8 Ru te 4:11

m ar q u alq u er n e g ó cio tirava o seu ca lçad o e o m ulheres que lutaram, em toda a história, contra a serpente
e o dragão que desejava destruir a su a sem en te (Gn 3:15).
dava ao seu p ró xim o ; assim se confirm av a u m Uma das m aiores profecias m essiânicas da Biblia
j n eg ó cio e m Israel. Rute 4 :1 1 : Todo o povo q u e estava n a porta
Esse era o m eio de testificar o negócio da troca de resgate
em Israel. Porisso, quando som os cham ados atestificar, e os an cião s, d isseram : “N ós so m o s testem u­
estam os falando de uma troca de sapatos que houve n h as. O S e n h o r Je o v á faça a esta m u lh er que
na eternidade, nas portas da casa de D eus, diante do
testem unho dos vinte e quatro anciãos. O que houve
en tra na tu a casa co m o fez a R aqu el e a Leia,
en tre Davi ejon atas nos dias de seu serviço em Israel era q u e ed ificaram a casa d e Israel; e q u e tu tam­
muito com um , quando trocaram os sapatos. Davi tinha a
convicção de que aquele reino deveria s e r resgatado
b é m sejas digno de gran d es realizaçõ es em
E frata, e te to m e s ren o m a d o e m B elém , icn
Rute 4:8: E n tão , o p a ren te resg atad or disse
35:10,19)
a B oaz: “ Resgata-a para ti” , e tirou o sapato.
Eles fazem notória lem brança da história deTam ar. Mas
j (Ap2:15) qu eglóriatinhaT am ar para ser lem brada? Tamar, muitas
Tem os aqui o n om e e o núm ero dos envolvidos no resgate. vezes, foi tratada pelos n ossos escritores com o uma
Noem i, seus dois filhos, M alon e Quilion, e Rute. Órfã não mulhervulgar, m as aqui ela é lem brada com honra na
é contada, pois o resgate alcança aquele que crer, não é hora sagrada do m ovim ento profético divino na escolha
automático e requer a p resen ça do interessado. A alegria do da geração que prosseguirá na tenaz luta contra a semente
Filho, quando foi autorizado a resgatar o corpo, a alma dos da serpente. A luta de Tam ar era espiritual. Sua semente
hom ens e a terra foi notória era a continuidade da Sem en te da m ulher que havia
sido em bargada em Abel, que havia sido prejudicada na
Rute 4:9: E n tã o , B o az disse aos an ciã o s e a descendência dos filhos de Sete, que havia sido atrasada
todo o povo: “Vós sois te ste m u n h a s, h o je , de por causa da leviandade de Esaú ao se casar, com gentias,
e porisso foi necessária a vinda d e ja có , e que foi alternada
q u e resgatei p or N o e m i tu d o o q u e p erten cia
parajudá, que foi substituto de Rúben, o primogênito,
a E lim eleq u e, e tu d o o q u e p e rte n cia a M a lo n devido a esse ter se deitado com a m ulher de seu pai. Veja
e a Q u ilion . que Deus foi jogando a batata quente nas m ãos de outros
e, com isso, foi confundindo o dragão. Não veio de Caim,
Mais um a vez, lem bro-m e da Parábola do M ercador que
não veio de Esaú, não veio de Ism ael, não veio de Rúben,
encontra um tesouro no cam po e vende tudo o que tem e
nem podia vir de Levi. A estas alturas, a ca b eça da serpente
com pra o cam po, para ficar com o tesouro sem problem as.
Quem com pra o cam po, tem direito ao tesouro. Foi isso estava confusa. Seu ataque não deixou de continuar pornâo
que Boaz fez, resgatou o cam po para ficar com o tesouro, sab erd e onde v iria a sem en te. Esteve escondida em Sete,
que era Rute, a gentia. Um a tipologia perfeita de Cristo e saiu pela jan ela, por m eio d e ja có , e passou d e ja có para
a Igreja, ag en tia.A ssim ,a h eran ça de Adão é restaurada Judá, confundindo a sem en te da serpen te que queria matar
em santidade, sendo redirecionada para o fim pelo qual Jo sé . Assim , podem os v er claram ente porqu eju dá não
foi feita, resgatando a m em ória do h om em à posição para queria cooperar com a sem en te. O m ais impressionante,
a qual foi formado por Deus. Agora, os h om ens têm a acim a de tudo isso, é que um a m ulher sem nenhum
oportunidade de dar frutos conform e estava programado sentido aparente, cham ada Tamar, feia terrivelm ente (pois
no coração de Deus. Este é o motivo da escolha da som ente m ereceu um cabrito, e essa era a lei, pois uma
Igreja, para que dê fruto conform e Deus havia pensado m ulher poderia valer éguas, cavalos, ovelhas e , porúltimo,
originalm ente para Adão cabrito se lhe faltasse o atributo da beleza). Com o pode ser
que essa m ulher em condições desprezíveis possa ser digna
Rute 4 :10: P o rta n to , ta m b é m to m o por m u ­ de tam anha perseverança? Não é pela beleza que Deus
lh er a R u te, a m o a b ita , v iú va de M a lo n , para cum pre o seu propósito. M as esta é a form a dos homens
verem o assunto da posição: pela aparência. É bom que a
su scitar o n o m e d o falecid o so b re a su a h e ra n ­ m ulher cuide de seu corpo. Seu corpo é um a fábrica, é uma
ça, e para q u e esse n o m e n ão seja e x te rm in a ­ indústria quim ica, é um laboratório e um jardim . Somentea
m ulher pode sertud o isso de um a vez. Se conseguir manter
do n o m eio do seus p aren tes e n o portão da sua a fábrica, fazer descobrim entos com o seu laboratório, viver
cidade; h o je , vó s sois te ste m u n h a s d isso” . de sua indústria quim ica e m anter o jardim bem regado,
A b ên ção do casam ento de Boaz e Rute alcança será bem -aventurada, m as não é a sua pele que vale, masa
três fases: Os dias de Jacó , mas se referia às duas m ulheres sua inteligência. A m ulher é mais inteligente que o homem,
que lutaram pelos frutos de seu ventre. Alcança a angústia é mais forte, tem m aior capacidade de sen tir dor, é mais
das m ães que perderão os seus filhos nos dias de H erodes, nobre, sabe suportar a angústia. Judá já havia começado
mas os tais serão considerados com o grande riqueza na errado. Casou-se com um a gentia, e a sem en te estava
presença de Deus pelo poder de sua m orte inocente, em estancada n ele, da m esm a form a com o a sem e n te vitoriosa
favor daquele que nasceria em Belém , Jesu s! De Belém de de uma família pode estar estancada n a história infeliz de
Judá. Uma profecia que co m eça em Raquel e U a e term ina um hom em ou de um a mulher. Judá tin h aa sem en te que
em Maria. Engrandece o m inistério maravilhoso das andou por Abel, Sete, Abraão, Isaque e Jacó . M as ele estava
4:11 RUTE 4:13

daquela m ulher qu e sonhou a vida inteira. Quando ainda


com a esposa errada para fecundá-la. A ad ulamita não
podia fecundá-la. N ã o e ra p a ra e la .E la n ã o e ra a original tinha p ele de um a jovem foi entregue forçosam ente a c
do propósito. N esse m esm o tem po, Judá foi jogando sua h om en s que não eram seus maridos. Foi injustiçada. Mas H
oportunidade fora e com isso estava atrasando a prom essa. D eus cuidou dela. Por causa disso, Tam ar está na lista da
Ele passou a responsabilidade para seus filhos. No verso genealogia de M ateus! Seu n om e aparece ali com o uma
sete de G ên esis 3 8 , lem os que Er, seu prim ogênito, era grande mulher. Não era norm al aparecer por ali, eralugar
mau aos olhos do Sen h or e por isso Deus o m atou. Q ue de h om em , m as o nom e apareceu na lista dos vencedores.
tipo de m aldade fazia? A m esm a que seu irm ão rem idon Q u andoju dá mandou trazer o cabrito no outro dia, Tamar
lançava fora a sem en te para não te r filhos com Tamar. Seu não estava ali. Q u e tipo d e sentim ento ela não passou a ter
outro irm ão tam bém m orreu pela m esm a maldade. Era o depois daquele dia, sendo proprietária de um penhor que
H
espírito da serp en te atacando. O diabo não discerne, mas não carregava nas m ãos, m as no sangue: Estava grávida de Cfl
desconfia, atira para todos os lados para v er se acerta. O uma sem en te profética. O diabo estava vencido. Pelo seu
verso oito de G ên esis 3 8 , diz que Judá ordenou que seu
outro irm ão, O nã, suscitasse sem en te a seu irmão. Então
turno, Satanás foi vencido. Q u e desespero foi parajudá
não ter seus docum entos, sua escritura e sua credencial
Pd
ele derramava o sêm en no chão para não dar descendência espiritual? Tudo estava nas m ãos de Tamar! Três m eses d
a seu irm ão. Deus o matou (v. 9 ). Mais uma vez, Judá saiu depois (v. 2 4 ), alguém veio correndo trazer a noticia de que H
pela tangente, fugindo à sua responsabilidade: ele era o Tamar estava ilegal no m eio do povo e que deveria morrer. ÍTl
esposo d eT am ar originalm ente. M as e le fugia. Ele fugiu Tam ar tinha penhor. O penhor é a verdade, o penhor não
durante muito tem po. M as aqui está o valor de uma grande
mulher que soube esperar até certo tem po. Judá, em bora
gera vergonha, gera autoridade. Ela tinha penhor nas m ãos.
Prepararam a fogueira, o poste, puseram fogo, anunciaram Pd
seja a tribo do louvor, um a das mais im portantes tribos na cidade a noite da inquisição. Ela se preparou. Ela não se
dentre os filhos de Israel, agora estava em apuros e uma diminuiu por isso. Ela tinha penhor. Q uem tem penhor não
mulher sim ples, m as perseverante, estava salvando sua
H
vocação, de ser a tribo real de onde viria a sem en te da
tem m edo. Quando vieram para levá-la, ela apresentou o
penhor. “Do hom em de quem são estas coisas eu concebi.
tn
mulher,Jesu s Cristo, o Filho do Deus vivo! Com o co rrer do Reconhece-as? Peço-te que as reco n h eça !” Não havia
tempo, m orreu a filha de Suá, m ulher dejud á (v. 12). Aqui outra alternativa senão reco n h ecer a verdade. Então, ele
estava o dedo do profeta de G ên esis 3 :1 5 . A m ulher falsa as reconh eceu e ainda disse: “Mais ju sta é ela do que eu ”.
do propósito m orreu. Jud á estava livre. Tamar tam bém . O cam inho d ab ên ção parece hum ilhante, m as é glorioso.
Quandojudá subiu para tosquiar suas ovelhas, ela tam bém Tam argerou, viveu, não m orreu. Tam ar agora estava
se preparou. Era o dia de sua fertilidade. Se vestiu de grávida de dois filhos (v. 2 7 ). Um para cada marido anterior.
prostituta. Um a m ulher deve estar disposta a se humilhar, D eus não fica devendo àquele que luta pelo seu original
ater humildade. A bên ção ainda vem com a humildade.
Ela não era prostituta. Ela sabia disso em seu ser. Então ela Rute 4:12: Q u e , p or cau sa da se m e n te q u e o
se despiu das vestes de sua viuvez. Saiu para o abraço, o S e n h o r Je o v á te co n ce d e rá desta jo v em , tam ­
abraço de seu m arido originalm ente, aquele que lh e daria a
sua sem ente abençoada. Seu m arido estava ali, m as ela não b é m a tu a casa seja co m o a casa de P erez, a
o fezpela carn e, por sentim entos hum anos, mas porque q u e m T am ar g ero u p a ra ju d á ”. fCn38.-29/
Deus era com ela e isso é fundam ental. Na porta da cidade Lem bre-se um pouco da história dessa m ulher! Lem bre-se
de Enaim se assentou com o um aprostituta. Ali vai passar quando chorava declarando a su a maravilhosa decisão
Judá. Ele a verá e se in teressaráp or ela. Ele de fato passou porseguirn o m esm o cam inho de Noem i. Lem bre-se da
porali e a convidou (v. 15). Q ualquerm ulher não atuaria sua chegada, dos dias de seu discipulado, dos m om entos
como ela. E la é fenom enal, inteligente. Toda m ulher de decisão em sair d a in é rcia e co lh e ro se u p ã o , das
deveria apren dercom ela. Ela não se entrega se não tem palavras de fé que falava, da disposição em en frentaras
penhor. Ela pediu-lhe o penhor. E raasu av id aq u e estava dificuldades que certam en te seriam vencidas com graça,
em jogo. No final do verso 16 ela lhe pergunta: Q u e m e esforço e bên ção. L em bre-se das palavras proféticas de
darás? Ele respondeu, um cabrito. Ela aparentem ente valia Boaz quando ele procurou abrigo na sua tenda. Lem bre-se
isso, mas ela, mais valiosa do qu ejud á. Veja o p en h o r... da disposição em não tem er a m orte e deitar-se aos pés de
(1) O teu selo com a corda, (2) O lenço (com o corda) e (3) seu amado, na eira proibida para m ulheres! Lem bre-se H
o cajado. Estas três coisas representavam a vida de um do estreito convívio social das servas de Boaz, do convívio
príncipe do seu povo. O selo era sua identidade, o lenço com aquelas que disputavam o m esm o hom em . Lem bre-se
representava a sua herança e sua autoridade civil, e o cajado
da hum ilhação de sair colhendo e debulhando espigas! E
asua autoridade espiritual diante de Deus e da sua tribo, agora! Um a celebridade, uma m ulher digna de entrar no
lembrava o êxod o e a vitória de Israel sobre o Egito. Ela
livro da vida de Cristo, o hom em (M t 1), com o m erecem
foi capaz de, n aocasião d an ecessid ad e, tom ar tudo isso
todas as m ulheres que lutaram pela sua sem en te, entre
de um só h om em . Palavras são palavras e atos são atos.
tantas, Eva, Sara, Raquel, Lia, Tamar, Raabe, Rute, Bete
Deus coopera com o injustiçado, Deus é justo. Q ualquer
Seb a e Maria. Elas se salvaram de toda condenação de
injustiçaé suficiente para ele assum iro assunto quando
acusação ao dar à luz filhos! (2 Tm 2 :1 5 )
é procurado. A injustiça autoriza o estabelecim en to da
originalidade do propósito, custe o que custar. Deus age. As Rute 4:13: A ssim , B o az tom ou a R u te, e ele
injustiças são com o gotas de ira que vão en chen do o cálice
de Deus. Um dia qualquer o pecado en ch e o cálice. Judá foi
se u n iu a ela. E o S e n h o r Je o v á lh e co n ced eu
injusto. Ele deveria ter encurtado o tem po de sofrim ento q u e en g ravid asse e d esse à lu z a u m filho.
743
4:14 Ru te 4:22

Nova profecia. Quase nada vemos falar de Boaz, mas de citados em ordem ou aleatoriam ente, eles estão dentro de
Jesu s, o Filho de Davi... coisas gloriosas se dizem de ti! um programa profético divino que trabalha d e quatorze em
Todas as vezes que falamos de Cristo com o nosso remidor, quatorze gerações
falamos de Boaz! Assim, proclam am os o nom e de Boaz,
quando proclamamos o n om e de Cristo R u te 4 : 1 9 : Esron gero u a R ão, e Rão geroua
R u te 4 : 1 4 : E n tão , as m u lh e re s d isseram a A m in ad abe,
N oem i: “Bend ito seja o S e n h o r Je o v á , q u e n ão Naasson casa-se com Raabe, e essa mulher, por sua ajuda,
entra na história por graça. A história de Cristo é cheia de
deixou , h oje, de te c o n ce d e r resgatador; e q u e
graça concedida. Ele é a graça em pessoa
o n o m e d ele seja p ro clam ad o e m Israel.
Essa eraum a profecia e um consolo a respeito de seus R u t e 4 : 2 0 : A m in ad ab e gerou a N aasson, e
dois filhos que havia perdido em M oabe, e tam bém uma
N aasson g ero u a S alm o n ,
palavra profética que se cumpriria na vida de Davi, pois ele
Boaz tinha a quem puxar, e seu filho se interessa novamente
foi m elhor do que os outros sete filhos de seu pai. No dia em
que Sam uel veio para ungir um rei, Je s s é não quis que se por uma gentia, assim com o o seu pai havia se casado
assentasse na m esa com os seus irm ãos para protegê-lo do com uma m ulher que soube valorizar o fio de escarlate
cham ado real, mas não foi possível. Ali, em 1 Sam uel, ele que esteve nas m ãos de Zerá, filho d eju d á , no dia de seu
era o oitavo. E porqu e era o oitavo? Para d eixarbem claraa nascim ento
profecia das m ulheres n o d ia e m q u e je ss é n a sc e u . Ele era
m elhor do que sete filhos. Já em Crônicas, ele é o sétim o, R u te 4 : 2 1 : S a lm o n gerou a B o a z , e Boaz ge­
pois um deles perdeu o seu lugar. Em bora esta palavra
tenha sido dita em relação a O b ed e, cumpriu-se em Davi
rou a O b e d e ;
Salmon entrou na história por volta de 1451 antes de Cristo,
R u te 4 : 1 5 : E le será restau rad or da tu a vida e e Davi nasceu em 9 9 0 an tes de Cristo, sendo que tem os um
co n so lad or n a tu a v e lh ice ; p orq u e a tu a n ora, período de 4 6 1 anos que co b re quatro gerações. Estamos
q u e te am a , o d e u à lu z, e e la te é m e lh o r do contando com Salm on, Boaz, O b ed e e je s s é . M as não
devem os nos esq u ecer de dividir cada geração por dois,
q u e sete filh os” .
pois Deus contava de um a geração d e setenta anos somente
Outra profecia. N oem i tom ou-se am ãe de Jessé . Ela
a m etade d esses anos; isto é, o período de sua ascendência,
era m ãe de um filho nascido do ventre de Rute. Um tipo
perfeito de M aria, que era m ãe do Filho de Deus. Ele que era trinta e cinco anos. Assim , tem os em quatorze
coexistia. E Deus permitiu que o cham asse de filho. Ela o gerações a contabilização de quatrocentos e noventa anos,
criou, mas ele e ra o seu filho unigénito! com o vem os nas seten ta sem anas de D aniel (M t 1:17),
que não é um “bicho-de-sete-cabeças”, sen ão um destes
R u te 4 : 1 6 : E n tão , N o em i to m o u o m e n in o ,
três períodos de quatorze gerações registrados em Mateus
co lo co u -o e m seu seio e to rn o u -se su a am a. capítulo um . Por isso M ateus com eça dizendo "Livro da
Ela sabia que o filho não era dela, m as tam bém sabia que
genealogia de Jesu s, filho de Davi, filho de Abraão”. Porque
sem ela, aquele filho não teria nascido. Alguém pagou o
o texto se refere prim eiro a Davi an tes de Abraão, se Abraão
preço antecipadam ente para term os a m anifestação da
graça que agora desfrutamos. Tudo o que sua família havia foi prim eiro que Davi? Porque o objetivo de Deus é mostrai
perdido não paga o prazer de ter nos seus braços o pai do pai logo po rqu ejesu s nasceu: para s e r rei. O m esm o acontece
do m aior rei que Israel terá, Davi, an tes que venha o Siló com todos aqueles que são cham ados p o re le , com o você,
leitor. A conclusão tipológica do livro: Elim elequ e tem dois
R u te 4 : 1 7 : E as vizin h as lh e d eram o n o m e ,
irm ãos, B oaze o outro “irm ão”, com o é citado. (1) Noemi
e lh e disseram : “N asceu u m filho a N o e m i”. representa Israel que guia e orienta Rute na Palavra da
E ch am a ra m -n o O b e d e . E le foi o pai d e Je ssé , Lei, dando-lhe conselhos im portantes, sem os quais ela
I pai de D avi. jam ais chegaria onde chegou. N oem i é Israel que fala de

O objetivo aqui é m ostrar a descen d ên cia de Cristo, a Boaz (Cristo) para Rute (a Igreja). (2) O capataz representa
sem en te da mulher. Veja; o esforço das m ulheres na o Espírito Santo. (3) Boaz é Cristo. ( 4 ) 0 “irm ão” é o Pai
genealogia de Jesu s foi extraordinário. D esde Jacó , com C elestial. N oem i é parente de Boaz, m as não o conhece.
seu filhojudá (a tribo real e do louvor), de Perez, de Esron, Rute é estrangeira, e representa a Igreja, e toma-se
de Arão, de Am inadabe, de N aasson, de Salm on e, por fim, amada de Cristo, nosso Boaz. (5) Rute é a Igreja que ouve
Boaz (marido de Rute), o qual será pai de O bed e, e este de
instruções de Boaz. Casa-se com Boaz (Cristo) e leva um
Je s s é , o pai de Davi
filho para N oem i, O b ed e (que representa as almas), rute
R u te 4 : 1 8 : Estas são as g e ra çõ e s d e P erez: leva espigas de Boaz para N oem i. N oem i, Israel, dá frutos
P erez gerou a E sro n , n cr2-.4;Mt i.-3) por interm édio de Rute, a Igreja
N ãod ev em o sesqu ecerqu e todos esses n om es estão
R u te 4 : 2 2 : O d eb e gerou a Jessé, e je s s é gerou
debaixo de um controle pessoal divino de quatorze em
quatorze gerações (M t 1:17). M esm o que tais n om es sejam a D avi.
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