Marcos Marcos M arcos M arcos M arcos M arcos Marcos
Evangelho S inóptico de
M arcos
Marcos, capítulo um (1)
Os chamados sabem que, depois deles, sempre virão
outros superiores a eles. O começo da mensagem do
Evangelho (1:1-13): ministério de João, o Batista (Mt
3:1 -12; Lc 3:2-17; Jo 1:6-8,19-28). O Evangelho do
Servo, a face de bezerro das quatro faces dos querubins,
a brisa de 1 Reis 19:12, o Cristo manso e verdadeiro.
Marços regressou no início da viagem missionária em
que acompanhava Barnabé e Saulo, e escreveu este
Evangelho sendo acompanhado por seu amigo Pedro.
Destinou este livro aos romanos, que eram cidadãos do
Império e ardentes defensores do direito romano
Marcos 1:1:0 princípio das Boas-Novas de
Jesus Cristo, o Filho de Deus. (Mt 14:33;4:3!
O seu caminho em direção aos homens estava destruído
pelo pecado. João deveria preparar o caminho para que
Cristo viesse até nós, e o caminho era o da conversão e
do arrependimento, manifestado publicamente pelo
batismo nas águas. Paulo fala cronologicamente dos
eventos após o batismo de Israel (1 Co 10:1 -22), e no
ponto em que Moisés terminou, João recomeçou
Marcos 1:2: Conforme está escrito nos
livros dos profetas [Malaquiase Isaías]: “Eis
que envio o m eu mensageiro diante da tua
face, e ele preparará o teu cam inho”; m m -,
Mc 1:3; Mt 1l:10;Lc7:27)
O clamor que saía da voz. Ele era a voz. Havia tido
uma experiência em sua casa. Conhecia p valor da
voz, pois, durante toda a sua gestação, a voz de seu pai
desapareceu. Eie conhecia ó valor da voz desde aquele
dia em que Maria saudou a sua mãe. A voz tinha um
poder muito grande na sua casa. Ele era a voz de seu
pai, a voz de sua família, a voz de sua nação, a voz do
que clamava. João Batista veio preparar o caminho
paraJesus operar. Quando ele falou que o tempo estava
cumprido se referiu aos acontecimentos proféticos do
livro de Daniel 8:3-8, passagem em que, no verso 3, faz
referência ao carneiro que dava marradas para todos os
lados, e o carneiro era a Média-Pérsia, e os dois chifres
que o carneiro tinha eram dois reis: Ciro e Dario. O
bode era a Grécia e o chifre notável entre os olhos era
Alexandre, o Grande. O “bode” precisava manifestar-se
primeiramente para implantar a cultura grega, a fim de
que Cristo começasse a agir. A cultura helenística abriu
caminho para a primeira vinda de Jesus. Quando Jesus
nasceu o mundo já estava dominado pelo helenismo
da Grécia (Paulo, aos Gálatas, descreve isto como a
plenitude dos tempos) .João Batista disse que o tempo
estava cumprido, referindo-se às setenta semanas de
Daniel. A Média e a Pérsia surgiram depois do Império
da Babilônia (Daniel profetizou nos dias da Babilônia).
Nabucodonosor (o leão com asas de águia- Daniel
7:1-4) havia feito cativo o povo de Israel por setenta
anos. Depois desse reinado, veio Ciro e Dario (o urso
e o carneiro-Dn 7:5; 8:1-7), que liberaram Esdras e
o mandaram de volta, o qual ajudou na construção do
Templo, ainda no início das setenta semanas de Daniel
(Mt 1:17). No período de Esdras, os profetas Ageu,
Zacarias e Malaquias (profetas menores, pós-exílicos)
profetizaram. Os quatrocentos anos do bode e do
leopardo (Dn 7:6; 8:1 -7,8-12), que foi a Grécia de Filipe
e Alexandre, decorreram sem profetas registrados; mas
esse período foi controlado sob uma profecia, registrada
nos capítulos 7 ,8 e 11 de Daniel. Depois desse tempo,
veio João, o Batista, já sob o governo da grande besta: o
Império Romano (Dn 7:7-8)
Marcos 1:3: e: “voz do que pranteia no de­
serto: Preparai o caminho do Senhor Jeová,
endireitai as suas veredas”. (is40.3/
O batismo: No ponto em que Moisés terminou,
João começou a agir: no Jordão
Marcos 1:4: Então apareceujoão batizan­
do no deserto e proclamando o batismo de
arrependimento para remissão dos peca­
dos. (At 13:24; Lc 1:77)
Não importa onde estiver a sua congregação, se houver
mensagem o povo irá procurá-lo. O batismo era o
sinal de compromisso eterno com a vida, com Deus
e com Cristo. Logo, o Senhor Jesus inaugurará a Ceia
do Senhor, uma das quatro instituições da vida cristã:
o batismo (lembra a nossa morte com ele), a Ceia do
Senhor (lembra a sua morte por mim), as primícias
(profetiza a nossa ressurreição) e o matrimônio
(é tipo das bodas do Cordeiro). Os sacerdotes sentiam-
se rejeitados. O Templo de Jerusalém se tornou um
shopping centem os dias de festas. Os passos do
arrependimento: (1) vir, (2) batizar-se e (3) confessar
eram parte da grande preparação. Entre aqueles
discípulos preparados, Jesus chamaria os seus apóstolos
Marcos 1:5: E saíam a ter com ele, conti­
nuam ente, toda a terra da Judéia e todos os
moradores de Jerusalém; e eram todos ba­
tizados por ele no rio Jordão, confessando
os seus pecados.
As suas vestes eram uma contradição diante das vestes
luxuosas dos sacerdotes. Uma indignação divina
contra a hipocrisia dos sacerdotes
Marcos 1:6: João vestia uma roupa com
 Marcos
pêlos de cam elo e um cinto de couro ao
redor de seus lombos, e comia gafanhotos
e mel silvestre, a» 1122)
Uma mensagem humilde que proclamava o sucessor.
Os sumos sacerdotes não podiam pregar essa
mensagem, pois se sentiam donos do poder. Que
homem, no seu poder, pode anunciar que depois dele
virá outro melhor do que ele? Mas ele não esperava que
Jesus fosse tão humilde, a tal ponto de se inclinar para
que ele o batizasse
Marcos 1:7: E proclamava, dizendo: “Eis
que ele vem após mim e é mais poderoso
do que eu, diante do qual não sou digno
de inclinar-me para desatar as correias das
suas alparcas, im 13:25}
A prova de seu poderio: o batismo com o Espírito Santo.
Uma lembrança do tempo em que, ainda informe,
estava no ventre de sua mãe
Marcos 1:8: Eu vos batizei em água; mas
ele vos batizará com 0 Espírito Santo. (Mt
3:11; At 1:5; Is 44:3;Jl2:28j
As narrativas de João, de Mateus e de Marcos mostram
o batismo de Cristo em três dias. O batismo de Jesus
foi um acontecimento distinto e aconteceu depois de
alguns dias de observação, por parte de Cristo, em
meio à curiosidade de João e alguns de seus discípulos.
João não o conhecia, apesar de Jesus ser seu parente.
Aúnica lembrança que João tinha dele estava no seu
subconsciente, quando ele foi cheio do Espírito Santo
ainda no ventre de sua mãe Elizabete. Jesus vinha
frequentando o ambiente dojordão há dias; ele ouvia
as palavras de João e conhecia os motivos do batismo.
O batismo soava como uma rebelião contra o serviço
sacerdotal, pois apregoava arrependimento e perdão
dos pecados sem o sacrifício de animais no Templo. E
isto era muito sério. Soava como heresia aos ouvidos dos
príncipes do povo. Mas estava legalmente aprovado por
Deus, que já não queria mais sacrifícios pelos pecados
nos moldes levítico; o batismo era cumprimento da
justiça. O Cordeiro de Deus estava ali para respaldar
aquele batismo. (1) No primeiro dia (Jo 1:26), lemos
sobre o pressentimento de João quanto à presença
de Jesus ali entre eles: “No meio de vós está um” (Jo
1:26; M t3:11). O Pai já lhe deraavisão da pombinha
descendo sobre ele (Jo 1:32,33). (2) No segundo dia
(Jo 1:29), acontece o primeiro anúncio do Cordeiro de
Deus, quando ele já estava na fila do batismo, (a) Pois
Jesus chegou da Galiléia e depois dirigiu-se para afila
do batismo (Mt 3:13). João percebeu quando o sinal
da pombinha se manifestava sobre ele (“descia ”, mas
ainda não repousava). Isto é, João viu, em visão especial,
o sinal do Pai (Jo 1:32) e, antes de batizá-lo, conversou
com Jesus, que mostrava a sua humildade diante dele (Mt
3:14,15; Mc 1:19). (b) João se lembrou da visão que já
tivera e que agora se cumpria (Jo 1:32), no fim do batismo:
Porque a pombinha repousou sobre ele somente
depois do batismo. A visão ainda estava latente na sua
1:14
mente. Quandojesus saiu das águas, a visão se cumpriu
cabalmente, pois o Espírito, finalmente, repousou sobre
ele (Is 11:2). Marcos registra que João viu a pombinha
descer (“repousar”) sobrejesus quando ele saia das
águas; mas, antes, ela já descia sobre ele, antes mesmo
de ele entrar nas águas, em forma de sinal contínuo (Mc
1:10,11). (3) No terceiro dia (Jo 1:35), João anunciou
o Cordeiro somente para seus discípulos, e dois deles
seguiramjesus até sua casa (Jo 1:37-39), pela segunda
vez. Até Cristo, sendo o Cordeiro de Deus, necessitava do
Espírito Santo estável nele, repousado nele
Marcos 1:9: E aconteceu, depois daqueles
dias, que veio Jesus de Nazaré da Galiléia e
foi batizado por João no rio Jordão.
O servo obedece imediatamente. A pombinha (1)
descia e (2) agora repousava (Jo 1:33)
Marcos 1: 10: E, imediatamente ao sair da
água, João viu os Céus partindo-se em dois,
e o Espírito Santo, com o uma pomba, que
repousava sobre ele; tjo /:32; m c 3.21,221
O batismo deve ter testemunho público. No batismo de
Jesus, o testemunho foi de seu Pai
Marcos 1: 11: e ouviu-se uma voz que vi­
nha dos Céus, que dizia: “Tu és 0 m eu Filho
amado, em ti sempre me deleito”. (lcQ:35;Sí
2:7;Is42:l)
A tentação de Jesus. Todos os chamados têm, entre o
momento de seu chamado e o sucesso, um dever (Mt
4:1-11; Lc4:1-13). O servo serve imediatamente. O
Evangelho do servo não conta detalhes, mas fala do
serviço dos anjos. O servo é usado pelo Espírito Santo
e, por ele, é conduzido a fazer a vontade de seu Senhor,
uma prova da humanidade de Cristo. O segundo Adão
restaurando o domínio perdido no Éden entre as feras
(também demônios) e entre os anjos
Marcos 1: 12: E imediatamente 0 Espírito
Santo 0 impulsionou para 0 deserto.
Esse tempo será recompensado (Ap 1:3)
Marcos 1:1 8 : E ele esteve no deserto qua­
renta dias e quarenta noites, e era tentado
por Satanás; estava entre feras, e os anjos
ministravam para ele.
Ministério público na Galiléia e região (1:14-9:50).
Jesus principia o seu ministério na Galiléia. Ele espera o
tempo, segundo a ética ministerial (Mt 4:12-17; Lc 4:14,
15; Jo 4:43-45). Enquantojoão estava ministrando,
Jesus não iniciou o seu ministério
Marcos 1:14: Mas assim que João foi en­
tregue às autoridades, veio Jesus para a Ga­
liléia, proclamando o Evangelho do Reino
de Deus, m4:23>
 1:15 Marcos
O tempo das setenta semanas de Daniel estava bem
próximo de se cumprir, se não houvesse o intervalo da
Dispensação da Graça, que se iniciou com o advento da
mulher de Tiro e Sidon. Faltavam menos de dez anos
para o cumprimento da profecia de Daniel. Mas algo
aconteceu, por causa do povo ter rejeitado o herdeiro.
Então, Deus decidiu enviar os seus mensageiros pelos
vales e valados a chamar novos convidados para as
Bodas do Reino, e a festa foi adiada. Entenda bem o que
João estava falando: Ele se referia às setenta semanas da
visão de Daniel (Dn 9:24-27; Mt 1:17; 1 Co 10:1 -22)
Marcos 1:15: dizendo: “O tem po está
cumprido, e o Reino de Deus está ao alcan­
ce de vossas mãos. Arrependei-vos e crede
no Evangelho”. (Gl4:4;Efl:10;At20:21)
A convocação dos primeiros quatro discípulos que
remendavam as redes: a condição profissional dos
primeiros chamados (M c4:18-22;Lc5:l-l l;Jo 1:
40-42). Quando eles desistirem do ministério, após a
morte de Cristo, voltarão à mesma condição, e, então,
lembrar-se-ão como estavam antes de Jesus os chamar
para serem pescadores de homens. O livro de Marcos
mostra claramente que Jesus veio restaurar os direitos
do homem, à luz do famoso direito romano.O primeiro
direito dos homens que ele veio restaurar foi o (1)
; Direito ao Ministério (Mc 1:16-20): quando os discípulos
estavam consertando as redes, Jesus se aproximou deles
e os chamou em meio às suas labutas frustradas. Sabemos
que somente poderiam ser considerados ministros
sacerdotes aqueles que provavam ser da tribo de Levi;
porém, naquele momento, Jesus não se importou com
a origem tribal daqueles homens, e simplesmente os
chamou para o ministério, e ali nas terras de Zebulon e de
Naftali, no torrão dos gentios, deu-lhes o direito de serem
ministros de Deus aos homens. O chamado da tribo de
Levi foi um milagre, pois ela não poderia ser uma tribo
sacerdotal, segundo investigações nas palavras proféticas
de Jacó, em Gênesis 49:5-7. Mas Deus os chamou quando
todos estavam ébrios, e somente a tribo de Levi estava
lúcida. Segundo as características das palavras proféticas,
Levi jamais se encaixaria no ministério sacerdotal:
ladrão de bois, divisor; seu caráter era um impedimento à
descida da glória de Deus, etc.
Marcos 1:16 E, quando passava junto ao
mar da Galiléia, viu Simão e André, seu
irmão, que lançavam a rede ao mar, porque
: eram pescadores.
Esta é a razão pela qual Deus decidiu que assim fossem:
pescadores de homens (Hc 1:14,15). Por causa do
pecado do homem, Deus colocou no homem a mesma
curiosidade dos peixes, que são pegos com anzóis
Marcos 1:17: E Jesus lhes disse: “Vinde
após mim, e eu vos transformarei em pes­
cadores de hom ens”.
A característica da obediência de um servo:
obedecer imediatamente. A rapidez é uma
característica do livro de Marcos
111
1:24
M arcos M arcos M arcos M arcos Marcos M arcos M arcos
Marcos 1: 18: E, eles deixaram as suas re­
des imediatamente e o seguiram, iMI9.-27}
Eles eram concorrentes. Com o chamado de Jesus,
deverão ser irmãos na mesma pescaria. Não será fácil a
convivência entre eles. Em algum lugar lavaram a rede
(Lc5:2), e em outro a remendavam. Chegará o tempo
quando a rede já não se romperá
Marcos 1: 19: E, quando ele foi um pou­
co adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e
João, seu irmão, que estavam no barco,
remendando as redes, /Lc5:2i
A condição da obediência de um servo: imediatamente.
Zebedeu e seus funcionários permaneceram no barco,
enquanto os seus filhos seguiram a Cristo
Marcos 1:20: e im ediatam ente os cha­
mou; eles deixaram o seu pai Zebedeu no
barco com os seus jornaleiros e seguiram
após ele.
Milagres -Jesus expulsa o espírito imundo. O templo
não é um lugar para ser compartilhado com demônios
(Lc4:31-37). O servo agindo: imediatamente
Marcos 1:21: E entraram em Cafarnaum;
e, im ediatam ente no sábado, entrou na
Sinagoga e pôs-se a ensinar. m4:23j
O segredo do mestre: Ensinar com autoridade do seu
testemunho pessoal (Lc 1:1 -3). Os escribas conheciam
as profecias e a Lei, mas não conheciam o tempo do seu
cumprimento
Marcos 1:22: E ficaram maravilhados da
sua doutrina, porque ele os ensinava como
quem tem autoridade e não com o os escri-
j bas. (Mt7:28,29)
Não convinha que na casa de Deus morasse um demônio-
umtipodeTobiasdosdiasdeNeemias (Ne 13:7)
Marcos 1:23: E havia com eles, na sina­
goga, um hom em possesso por um espírito
imundo, o qual gritou, dizendo:
Eles eram demônios. O que eles tinham? Eles estavam
no lugar errado: na casa de Deus. Eles tinham tomado
um lugar santo, como Tobias, nos dias de Neemias. Eles
se equivocaram. Como toda legião de demônios (que
são milhares), eles falavam no singular e no plural. Eles
ainda lançavam indiretas para que Jesus confirmasse
a sua divindade. Mas Jesus estava atento às suas
manobras. Veja como os demônios falavam em grupo e
individualmente
Marcos 1:24: “Ah! Que temos nós conti­
go, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos?
Bem sei quem és: o Consagrado de D eus”.
(Mt8:29;Mc 10:47; I4:67;Jo6:69;At3:14)
1:25 Marcos
Marcos 1:25: E Jesus o repreendeu, di­
zendo: “Emudece, e sai d ele”.
Os demônios tinham o controle mental daquela pessoa;
por esta razão, a saída daquele corpo humano foi
descontrolada e vergonhosa, pois aquele corpo não era
moradia de demônios
Marcos 1:26: Então, o espírito imundo, de­
pois de lançá-lo por terra, em meio a convul­
sões e grandes clamores, saiu dele. (Mco.ioj
O poder foi concedido por Deus e a autoridade vem
pela obediência; é a cooperação divina por causa da
obediência. Os demônios saíram do templo físico e do
templo-homem.
Marcos 1:27: E todos eles se maravilha­
ram, a ponto de perguntarem em si m es­
m os, dizendo: “Q ue é isto? Q ue nova
doutrina é esta? Pois ele, com autoridade,
ordena aos espíritos im undos, e eles lhe
obedecem ”. ímc 10:24,321
Quem tem e vive a sã doutrina tem autoridade, e a
autoridade divulga-se através dos sinais da fé
Marcos 1:28: E, rapidamente, difundia-se
a sua fama por toda a província ao redor da
Galiléia.
Deus coopera conosco quando, imediatamente,
obedecemos à sua vontade. O ato imediato de Deus
é a publicidade. A cura da mãe da esposa de Pedro: A
individualidade, sem preconceito (Mt 8:14-17; Lc 4:38-
41). Na casa em que muitos familiares vivem sempre há
necessidades e disputas domésticas
Marcos 1:29: E imediatamente saíram da
Sinagoga e foram à casa de Simão e André,
com Tiago e João. (Mc i .-21,23)
A sogra de Pedro representa a capacidade e a
experiência que todo ministério deve ter. Mas as suas
mãos estavam inativas e ela estava com febre. Todos
aqueles que estão inativos sofrem de febre por falta de
serviço. Falavam dela porque ela tinha muitos talentos,
como muitos obreiros e obreiras; mas estão com febre
por falta de serviço
Marcos 1:30: A mãe da esposa de Simão
estava acamada, com febre; e im ediata­
m ente lhe falaram a respeito dela.
A cura de pessoas que estão cheias de anelo para servir
acontece quando as suas mãos começam a operar, depois
do toque de Jesus. Quando Jesus tocou nas suas mãos, a
febre saiu e o seu serviço voltou ao normal. As pessoas
que não fazem parte da família geralmente cometem
injustiça contra as pessoas que verdadeiramente
merecem estar servindo. (2) Aqui, vemos o direito ao
serviço, ao trabalho (Mc 1:31). Asogra de Pedro servia a
Jesuseaosseusdiscípuloscom asua culinária saborosa,
112
1:34
mas, estando com febre, jánão podia servir. Jesus,
tomando-a pela mão, a curou. Que alegria sentiram os
doze discípulos famintos. Jesus estava restaurando-lhe o
direito de servir, que é igual ao mesmo direito ao trabalho
na casa de Deus. Toda pessoa vocacionada tem o direito
de trabalhar para Cristo, mas são muitos que estão com
febre por não terem oportunidades de servir. As mãos
representam os cinco ministérios
Marcos 1:31: Então ele veio, e tomou-a
pela mão e a levantou; e imediatamente a
febre a deixou, e ela com eçou a servi-los.
Curar enfermos e expulsar demônios. O discernimento
do evangelista na obra do seu ministério (Mt 8:16-17; Lc
4:40-41): Ele sabia que a aparente verdade, com a qual
os demônios jogavam, poderia atrapalhar os seus planos
na sua caminhada até o Calvário, pois ele sabia que os
demônios falavam aparentes verdades a seu respeito
para obter a confirmação da principal inquirição de
Satanás: “Tu és o Filho de Deus?". Eles falavam com
o propósito de colher respostas para Satanás, pois ele
não conseguira essa resposta na tentação,quando quis
saber se ele era mesmo o Filho de Deus. Os demônios
sabiam que ele era um profeta, consagrado de Deus,
mas tinham uma dúvida que somente no Calvário seria
dissipada para sempre (Ef 3:9-12). Por isso, o apóstolo
Paulo repreendeu aquela jovem. Ele conhecia o jogo
de Satanás com a verdade. Infelizmente, hoje muitos
brincam com supostas informações colhidas no mundo
espiritual, e, de posse delas, tentam ensinar o povo de
Deus, desprezando a Palavra de Deus como a única
regra de ensino das verdades divinas
Marcos 1:32: Sendo já tarde, depois do
pôr-do-sol, trouxeram-lhe todos os enfer­
mos e os possessos de demônios;
João ministrou no deserto. Jesus, na porta da cidade.
Jesus, como Juiz
Marcos 1:33: de modo que toda a cidade
se ajuntou à porta.
Outra diferença entre Jesus e João
Marcos 1:34: E ele curou muitos doentes
atacados de diversas enfermidades e expul­
sou muitos demônios; mas não permitia
aos demônios que falassem, porque eles o
conheciam.
Jesus como Evangelista: A primeira viagem pela
Galiléia: a oração devocional, o evangelismo e a visão
regional do evangelista (Lc4:42-44). Ninguém pode
fazer a obra de evangelização sem contínua oração. O
resultado da vida intensiva de oração de Jesus Cristo
eram os sinais sobrenaturais que aconteciam. Todas as
vezes que Jesus orava, algo de sobrenatural acontecia.
Temos alguns resultados que foram vistos após as suas
orações: Marcos 1:10: o Céu se abriu. Marcos 1:39: ele
expeliu demônios. Marcos 6:48: Jesus andou sobre as
águas. Marcos 9:2: Jesus se transfigurou. Lc 22:44: Suou
 Marcos
como gotas de sangue; ele resistiu até o sangue. Assim
era a intensidade da sua oração. O que é revelado aqui
não é o tempo da oração, e minto menos a vã repetição,
mas a sua intensidade e a sua resistência em oração
contra o mundo espiritual. Não era um sacrifício físico,
pois a oração foi dada para mudar o rumo das coisas.
Ela deve envolver sinceridade, linguagem profética
e conteúdo de fé para mover o Céu e o trono de Deus.
Oração e jejum não são métodos exclusivos para
alcançar “bênçãos” pessoais, mas são oportunidades
para alimentar o espírito humano e buscar intimidade
e relacionamento com Deus, quebrar jugos, desatar
laços, desfazer as obras de Satanás. A oração deve
ser um deleite e não um sacrifício, pois ela tem como
objetivo mudar o curso das coisas e evitar a queda na
tentação. Jesus saía de madrugada, sozinho, para orar
porque se deleitava na comunhão com o Pai e conhecia
o segredo fundamental: quem ora não entra em
tentação (Mt26:41)
Marcos 1 : 3 5 : De manhã, ainda escuro,
levantou-se, saiu, e foi para um lugar deser­
to, e ali pôs-se a orar. (Mti4.-23;Lc5:i6j
Muitas vezes, devemos nos ausentar do arraial para
passar tempo em oração (Êx 33:9-12). Quando oramos,
as pessoas começam a procurar por soluções
Marcos 1 :3 6 : E Simão e seus com panhei­
ros seguiram à sua procura;
Marcos 1 : 3 7 : e, quando o encontraram,
disseram-lhe: “Todos procuram por ti” .
Devemos ter mobilidade e, assim, não nos tomaremos
escravos de um povo, de um grupo; valorizaremos a
missão de levar liberdade a outros que ainda necessitam
de Deus
Marcos 1 : 3 8 : E ele disse-lhes: “Vamos a
outras partes das redondezas, às cidades
vizinhas, para que eu também pregue ali,
porque para isso eu vim ”, (isói.-i)
Onde ele chegava, as sinagogas eram limpas, bem como
o coração das pessoas que ali congregavam
Marcos 1 :3 9 : Ele foi por toda a Galiléia, e
pregava nas sinagogas deles e expulsava os
demÔniOS. (Mt4:23-25j
Os discípulos do evangelista: A cura do leproso que
tornou-se evangelista. Como Jesus tomou o lugar do
leproso (Mt 8:1 -4; Lc 5:12-16}? Subliminarmente, o
leproso o chamou de sumo sacerdote, pois somente o
sumo sacerdote poderia fazer o que ele pedia. Ele era
um Profeta e Rei, mas poucos o reconheceram como
Sacerdote. O ato de estender a mão: Quem estendesse
a mão sobre um leproso era considerado imundo, pois
cometeria uma loucura, e seria rejeitado pelo povo; mas
Jesus tinha autoridade para tocar no leproso sem que a
lepra o contaminasse. Jesus fez mais do que o leproso
esperava. Jesus o tocou e o curou. 0 texto começa com
a frase “aproximando-se dele um leproso”. Esse era um
113
1:41
M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos
verbo que ele não poderia conjugar: “Eu me aproximo”.
A frase mais propícia para ele, naquele momento, era:
“eu me distancio, eu vou embora, eu não posso chegar
perto”. Mas ele não temeu pôr em prática o verbo
“aproximar”, e Jesus permitiu que ele se aproximasse.
Somente Jesus permitiu que o leproso se aproximasse
dele, quando todos se distanciaram
Marcos 1 :4 0 : E, aproximou-se dele um le­
proso que, pondo-se de joelhos, rogava-lhe,
dizendo: “Se quiseres, podes limpar-me”.
(Mt 17:14;Mc 10:17)
A vontade de Jesus é curar. Ele veio para restituir a saúde
completa do homem. Curou o homem em partes: a
pele, os olhos, a coluna, as mãos, os órgãos internos, os
órgãos externos. Essa é a visão de Marcos. Ele acabara
de orar; estava cheio de unção para curar. Temos um
leproso diferente, pensador e muito inteligente. Ele
sabia o que queria. Ele sabia que Jesus era um profeta,
mas o tratou como sacerdote, e isso colocava em risco a
vida de Jesus, antes do tempo. O sacerdote era a única
pessoa que poderia dar uma declaração de limpeza
ou de purificação a um leproso, e o ex-leproso ainda
deveria levar a sua oferta de purificação ao Templo para
dar testemunho. Jesus, como profeta, podia curá-lo,
mas não podia dar nenhuma declaração de purificação
fora do Templo. Somente o sacerdote em exercício
no Templo tinha esse poder. Mas ele era maior que o
Templo, maior que Salomão, maior que o sábado. Mas o
leproso sabia que se fosse curado deveria apresentar-se
ao sacerdote e oferecer a oferta do testemunho de sua
purificação. O sacrifício durava vários dias, que eram
marcados com derramamento de sangue, banhos fora
do arraial e depilação de todos os pêlos do corpo e vários
tipos de ofertas; tudo isso deveria ser feito pelo leproso,
a fim de ser declarado limpo pelo sumo sacerdote. Esse
era um trabalho de Anás ou Caifás (Lv 14:1 -32). Mas não
foi assim que ocorreu após a sua cura, porque ele pediu
tudo de uma só vez (a cura, a limpeza e apurificação).
O leproso inteligente declarou a autoridade sacerdotal
de Jesus sobre a sua vida, istoé, aquilo que nem mesmo
os levitas de sua época poderiam aceitar; mas Jesus era
de uma ordem sacerdotal superior, segundo a ordem
de Melquisedeque (Hb 7). Quando aquele leproso fez
aquele pedido, não foi algo simples de ser realizado,
e somente Marcos revela esse detalhe. Naquele
momento, o leproso inteligente não estava procurando
aJesus como mestre, nem como profeta, nem como
curador, mas como sacerdote. O leproso nos ensina a
pedir a plenitude da bênção, e não somente parte dela
Marcos 1 : 4 1 :Jesus, movido de grande com­
paixão por ele, estendendo a mão, tocou-o,
dizendo: “Eu quero, sê limpo”. (Mt8.-3j
Este é o Evangelho de quem tem pressa; pois é o
Evangelho do servo. Segundo a ordem do Senhor,
a execução é imediata. O ex-leproso pensará em
todo o cerimonial a que deverá se submeter paraser
declarado limpo, sem contar o risco de os sacerdotes o
convencerem de que Jesus não lhe fez nenhum milagre,
mas, sim, levá-lo a acreditar que quem o curou foram as
1:42 Marcos
suas obras. Então, pensando bem, seria melhor ele parar
e sairpregando o Evangelhoe falarde Jesus (Lv 14)
Marcos 1:42: Assim que ele falou, im e­
diatamente a lepra desapareceu dele, e ele
ficou limpo.
A questão era a publicidade que ainda não estava
autorizada, pois era o início do seu ministério. Somente
depois da ressurreição a publicidade seria autorizada
Marcos 1:43: E Jesus o advertiu rigorosa­
m ente, e logo o deixou ir,
A oferta de testemunho e de gratidão pela cura era
uma doutrina. Ofertar é um ato quejesus nos ordena:
aprendamos a ofertar na casa de Deus em gratidão à
sua obra (F14:6). Paulo, em Filipenses, ensina que com
as nossas petições deveríamos trazer oferta de ação de
graças. Essa oferta é um ato de fé que move o coração
de Deus. Ao curar esse homem da sua lepra, Jesus lhe
avisou que ele tinha um débito no Santuário, a saber, o
depósito da sua oferta. Assim, muitos de nós vivemos
em débito com o altar de Deus. À medida que visitamos
o altar de Deus, Deus visita a nossa vida, empresas e
empreendimentos. Observe o texto de Filipenses 4:6.
Ele está dizendo que “as nossas orações devem ser
movidas com ações de graças! ”. Observe, na Bíblia,
como funcionava a oferta de ação de graças em Levítico
7:11 -15.0 resultado da oferta de ação de graças era
maravilhoso; e o leproso passou a estar em débito com
o altar. E como ele pagou aquela oferta? Ele podia dizer
como Paulo: “Ai de mim se não pregar o Evangelho”,
pois eu sou devedor
Marcos 1:44: dizendo-lhe: “Olha, não di­
gas nada a ninguém; mostra-te ao sacerdote
e leva a oferta concernente à tua purificação,
aquilo que M oisés determinou, para servir-
lhes de testem unho”. /Lvi3=49; 14=2 -32)
O testemunho do ex-leproso levou Jesus a estar no
seu lugar, fora da cidade. Jesus tomou o lugar do
pecador e ofereceu-lhe a liberdade para viver onde
ele vivia. O leproso entrou na cidade e deu o seu
testemunho. Quando ele entrou na cidade, já não era
mais leproso; Jesus tomou asua vergonha e lhe deu
dignidade para entrar na cidade. Jesus tomou o lugar
do leproso na porta, fora da cidade (ls 53:4-5). E isso
nos traz à lembrança seu trabalho e seu sacrifício
na cruz. Certamente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores, para que pudéssemos
ter acesso a Deus (Hb 10:19). (3) Aqui tem os o direito
de entrar e sair da cidade, isto é, o direito à cidadania;
o leproso não tinha esse direito por causa da lepra que
o afastava de sua cidadania; mas, ao ser purificado pelo
Senhor Jesus, ele recebeu esse direito de volta. Depois
de ser curado por Jesus, o leproso resgatou um direito
perdido, o de entrar na cidade livremente e com
saúde. Vemos também que Jesus já não podia entrar na
cidade. A revelação é quejesus toma o nosso lugar
Marcos 1:45: Mas ele, ao sair dali, co ­
2:3
m eçou a proclamar o acontecim ento por
toda parte e a divulgá-lo, de tal maneira que
Jesus já não podia mais entrar abertamente
em qualquer cidade, mas conservava-se
fora, nos lugares desertos; e vinham, de
todos os lados, ter com ele. ilc5:15;Mc28:15;
Mc 2:13; Lc 5:17;Jo 6:2)
Marcos, capítulo dois (2)
A perseverança dós quatro carregadores do paralítico:
As controvérsias. Ele cura e perdoa o paralítico (Mt
9:1 -8; Lc 5:17-26). Mesmo estando em casa, Jesus
trabalhava. E quando os seus vizinhos o viam em
casa festejavam, pois o seu ministério era feito em
contínuas viagens
Marcos 2:1: Alguns dias depois, entrou
Jesus novam ente em Cafarnaum, e anun-
ciou-se que ele estava em casa.
A casa de Jesus era uma congregação. A casa terrena
de Jesus sempre será pequena para receber todas as
pessoas que o amam
Marcos 2:2: E muita gente veio de todas
as partes, de tal modo que não cabiam nem
mesmo ao redor da porta; e ele proclamava-
lhes a Palavra. (Mc2=i3)
Carregadores de paralíticos conhecem as dificuldades
de levarum enfermo aos pés de Jesus. O trabalho
daqueles carregadores era muito difícil, e eles queriam
estar livres daquela grande responsabilidade. Como
seria uma discussão entre eles na hora de tomar
uma decisão como aquela? Sendo eles de diferentes
temperamentos, imaginemos a luta que havia entre os
mesmos. Eles procuravam meios de entrar enquanto
ouviam de longe a Palavra pregada por Jesus no
interior da casa. Os quatro temperamentos básicos
são vistos nessa história. Cada um reagia de uma forma
diferente a cada situação adversa. O paralítico vivia
uma dependência contínua de seus parentes e de seus
vizinhos, e muitos jánão queriam atendê-lo. Como era
difícil encontrar quatro pessoas para carregá-lo, mas
aquela seria a última vez que ele seria carregado!
Marcos 2:3: E vieram até ele, trazendo-
lhe um paralítico, carregado por quatro.
Eles receberam a habilidade para abrir portas na hora
da dificuldade, encontrar o lugar onde Jesus estava e
abrir o teto, depois de alguns cálculos. Um poderoso
exemplo de perseverança. Mas eles baixaram apenas
o leito com o paralítico. Eles aprenderam a depositar o
seu problema aos pés dejesus, lançando sobre ele as
suas ansiedades. O que significa abrir o telhado da casa
dejesus? Significa orar, interceder, subir, procurar os
meios de acesso. Eles sabiam que as portas poderiam
estar fechadas para quem tem fé, mas sabiam que
2:4
poderiam abrir o Céu para salvar uma alma. Destelhar
o Céu é um trabalho externo que requer perseverança,
mas cavar um buraco no forro interno da alma é ainda
mais complicado
Marcos 2:4: Q uando perceberam que
não podiam aproximar-se dele, por causa
da multidão, eles descobriram o telhado à
altura do ponto onde ele estava e, fazendo
um buraco, baixaram o leito em que jazia
o paralítico.
Mais uma manifestação de fé que se vê. Quando agimos,
a nossa fé é vista. Eles não se decepcionaram, pois
haviam trazido o paralítico para ser curado, e Jesus
apenas perdoou os seus pecados. Eles entenderam:
“Se ele está assim por causa de seus pecados, é melhor
ser perdoado, para que, quando ele for curado, não
voltarmos mais a carregá-lo, pois a causa de sua
enfermidade será definitivamente resolvida!”.Jesus
foi direto à causa, e depois ao efeito. Era grande a fé
daqueles homens. O paralítico foi descido em seu leito;
talvez fizesse um sinal aos seus amigos, tentando dizer-
lhes: “É a última vez. Estarei livre hoje!”. Podemos
imaginar aquelas quatro faces olhando de cima para
baixo esperando ver o que aconteceria
Marcos 2:5: Quando Jesus viu tamanha
fé naqueles hom ens, disse ao paralítico:
“Filho, perdoados estão os teus pecados”.
Até hoje, os “escribas” do ministério crêem que
nenhum homem de Deus recebeu poder do Senhor
para perdoar pecados; muitos ainda dizem: “Quem te
perdoa é Deus”, quandojesus disse que cada irmão
deve perdoar o seu irmão. Deus deu aos seus filhos o
poder para perdoar. Quem perdoa tem poder, quem
perdoa tem autoridade
Marcos 2:6: Mas estavam sentados ali
alguns dos escribas, que arrazoavam em
seu coração, dizendo:
Esta era a doutrina dos fariseus
Marcos 2:7: “Por que este hom em fala
dessa m aneira, blasfem ando? Q uem
pode perdoar pecados, senão um só, que
éD eu s?”
0 dom de discernimento deespíritoseodom da palavra
de conhecimento estavam atuantes em Jesus, pois
todas as obras que eie fazia eram mediantes o poder do
Espírito Santo
Marcos 2:8: E Jesus imediatamente per­
cebeu, em seu Espírito, que eles assim
arrazoavam no íntimo, e perguntou-lhes:
“Por que arrazoais estas coisas em vosso
coração?
M arcos 2:12
Marcos Marcos M arcos Marcos M arcos Marcos Marcos
O Evangelho dos direitos restaurados: (4) direito ao
perdão. No texto, Jesus cura o paralítico, dizendo:
“Qual é mais fácil?”. Jesus estava restaurando o direito
que o homem tem ao perdão de seus pecados; isto é, a
liberdade e o direito de todo cidadão: andar sobre os
seus próprios pés. Seu leito não estaria mais exposto
diante de todos. Agora, ele poderia ter a sua privacidade
restaurada, a sua capacidade de dirigir-se aonde ele
quisesse sem depender de ninguém
Marcos 2:9: Qual é mais fácil? Dizer ao
paralítico: Perdoados estão os teus peca­
dos, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito
e anda?
O sinal de que Jesus tinha autoridade para perdoar
pecados foi a cura do paralítico. Ele curou o paralítico
para provar que tinha poder para perdoar. Perdoar é
libertar, é fazer o nosso dependente andar com seus
próprios pés. Perdoar é deixar ir, perdoar é destruir
a exposição da vergonha humana e conduzi-lo à sua
privacidade; perdoar é libertar da dependência das
pernas de outras pessoas
Marcos 2:10: Para que vejais, pois, que o
Filho do hom em tem autoridade na terra
para perdoar pecados (disse ao paralítico):
Perdoar é abrir as portas e mostrar os meios para que
as pessoas regressem ao caminho de casa. Aquele leito
não era um leito, era um troféu. Ele voltou carregando
o seu próprio leito, para mostrar à sua vizinhança
que não necessitaria de mais ninguém para levar a
sua cama. Ele nunca havia experimentado aquela
sensação de ir para sua casa sem depender de alguém
Marcos 2:11 : Eu te digo: Levanta-te, toma
o teu leito, e vai para tua casa”.
Ele entrou pelo teto porque as portas estavam fechadas,
mas a sua fé abriu-lhe as portas. Quem, injustamente, o
impediu de entrar, com certeza o verá sair pela mesma
porta pela qual foi impedido de entrar. Quem tem
fé para entrar pelo telhado da casa de Deus (tipo da
oração), há de sair pela porta principal, diante de todos
os seus impedimentos. Eles nunca testemunharam
algo assim: aquele leito foi transformado no primeiro
elevador que somente desceu, e o enfermo, na primeira
pessoa que saiu pela porta por onde jamais entrou
Marcos 2:12: Então ele imediatamente se
levantou e, tomando o seu leito, saiu diante
de todos; de modo que eles estavam mara­
vilhados e glorificavam a Deus, dizendo:
“Nunca vimos coisa sem elhante”. m 9:33)
O chamado de Mateus. Jesus está atento às pessoas que
têm o dom para atrair pessoas (Mt 9:9-13; Lc 5:27-32).
Temos aqui (5) o direito de os pecadores estarem na
presença de Jesus (Mc 2:13-17); o direito de estar na
sua presença, mesmo sendo um pecador que quer ser
perdoado. Ele era a Arca, e agora a Arca estava entre os
pecadores. Daqui podemos tirar grandes revelações.
115
2:13 Marcos
Ele era a prova de que Jesus tínha poder para perdoar
pecados. Que troféu!
Marcos 2:13: E saiu Jesus novam ente
para a beira-mar; e toda a multidão vinha
até ele, e ele os ensinava. ím c i -as )
Jesus chama somente obreiros que têm origem. Ele era
da coletoria. Era chefe dos cobradores de impostos e
fiscal da receita romana daqueles dias. Estando sentado
na coletoria, ele estava trabalhando; Jesus não chama
obreiro desocupado, isto é, quem não tem compromisso
profissional algum. Mas ele ama os obreiros que têm
origem; há muitos obreiros de nascimento que não têm
pais Alfeus, não têm origem, servem a qualquer deus,
são sacerdotes de qualquer um, são levitas, mas, por sua
incompetência, perderam o crédito com a sua turma
e com o seu Deus e, desempregados, passam a servir a
outros senhores (Jz 17:7-13)
Marcos 2:14: Ao passar, viu a Levi, o fi­
lho de Alfeu, sentado à mesa da coletoria
pública, e disse-lhe: “S egue-m e”. E ele,
levantando-se, o seguiu. m 8:22j
Jesus, ao ganhar Levi, filho de Alfeu, manifestou o
interesse da ganhar os publicanos e pecadores. A
influência da salvação desse novo discípulo seria um
grande meio para alcançar os influentes publicanos
e pecadores. Os grandes peixes estavam na alça de
mira dejesus. Jesus dá oportunidade de crescimento a
líderes usando pessoas, e as pessoas são portas abertas
por Deus para o sustento e expansão do Reino de Deus.
Ao ganhar Levi, teria uma porta aberta nas reuniões de
sua casa para falar do seu amor ao homem pecador; e
aquele que viesse até ele, certamente não o lançaria fora
Marcos 2:15: E aconteceu que, estando
Jesus à mesa em casa de Levi, estavam ali
também m uitos publicanos cobradores
e pecadores, reclinados com Jesus e seus
discípulos; pois eram em grande número
e o seguiam.
Para atrair aqueles homens à sua mesa,
Jesus usou a sua sabedoria de Evangelista
Marcos 2:16: E quando os escribas dos fa­
riseus viram que ele comia com os publica­
nos e com os pecadores, perguntavam aos
seus discípulos: “Por que ele com e e bebe
com os publicanos e pecadores?” (At23:9)
O Bom Pastor havia deixado as noventa e nove ovelhas
guardadas no pasto e estava à procura da ovelha perdida
Marcos 2:17: Jesus, porém, ouvindo isso,
disse-lhes: “N ão necessitam de m édico
aqueles que estão sãos, mas aqueles que
estão enfermos; eu não vim chamar os jus­
2:2 i
tos, mas os pecadores ao arrependimento ”.
(Lc 19:10; 1 Tm 1:15)
A questão do jejum. Odres velhos não suportam
vinho novo; e os odres envelhecem porque não são
postos de molho no azeite. Vestidos velhos não se
remendam mais (Mt 9:14-17; Lc 5:33-39). Aqui, temos
a restauração (6) do direito à transformação pessoal.
O povo ainda não cria no novo nascimento, pois essa
doutrina ainda não era conhecida. Em Marcos 2:18-22,
Jesus está falando a respeito do jejum. Mas eles tinham
o direito de serem transformados e direito de terem
uma roupa nova (o revestimento do novo homem) e o
direito de beberem o vinho novo (tipo do Espírito Santo)
Marcos 2:18: E os discípulos de João e os
escribas dos fariseus estavam jejuando; e
foram perguntar-lhe: “Por que jejuam os
discípulos de João e os escribas dos fariseus,
mas os teus discípulos não jejuam?”
O poder mencionado equivale ao poder para suportar
o novo, o melhor. Um cargo de autoridade e unção
(responsabilidade, credencial, título) dado a um
obreiro que não está preparado moral, espiritual e
ministerialmente prejudicará o seu ministério. O pano
e o vinho novos são tipos de uma nova responsabilidade
com Deus. O vinho novo é a unção do Espírito Santo e o
pano novo é apenas um pedaço daquilo que Deus tem
para revestir o novo homem como um todo, e não será
usado para remendar a sua velha indumentária. A unção
é nobre e dada aos nobres. Pessoas com a natureza
velha não podem recebê-la nem suportá-la. A unção não
pode ser negociada por cargos, e não serve para agradar
a homens. As coisas espirituais não se conquistam
com negócios e esquemas; é preciso pagar o preço da
obediência para receber uma nova natureza, a fim de
obter-se o vinho novo. A unção sobre a natureza velha
tem efeito contrário; em vez de edificar, derruba. Não se
costura pano novo em roupa velha
Marcos 2:19: E Jesus respondeu-lhes:
“Podem jejuar os filhos das bodas, enquan­
to o noivo está com eles? Enquanto o noivo
está com eles, não podem jejuar.
O tempo em que Jesus está assentado à destra do Pai
esperando a ordem para regressar (Jo 14:1 -4)
Marcos 2:20: Mas dias virão, em que o
noivo lhes será tirado; e, naqueles dias, eles
jejuarão. (Lc5:34,35; 17:22}
O jejum é pano novo, são privilégios nobres delegados a
pessoas que nasceram de novo. Não podemos oferecê-
los a pessoas sem preparo e sem mudanças radicais. No
período de três anos do ministério dejesus na terra, os
discípulos andavam como homens carnais e ainda não
estavam preparados para receber o novo, o vinho novo
Marcos 2:21: Ninguém costura um pe­
daço de pano novo em vestido velho; do
2:22 • ■ ■
M
-
arcos
contrário, o remendo novo arranca parte
do velho, e torna-se maior a ruptura.
Esse texto mostra a paciência, a habilidade e a capacidade
de Jesus para conhecer a fraqueza de seus discípulos;
ele sabia até onde eram capazes de suportar uma carga.
Jesus era um cavalheiro e não daria uma carga espiritual
maior do que a capacidade de seus discípulos. Quando
Jesus ressuscitou e soprou sobre eles, dizendo: “Recebei
o Espírito Santo” (Jo20:22), a partir desse momento, eles
estavam preparados e o esposo poderia se retirar. Nesse
tempo, ele estaria mergulhando os novos odres no azeite
de seu Espírito, preparando-os para grandes obras
Marcos 2:22: E hom em algum põe vinho
novo em odres velhos; pois, de outra
maneira, o vinho novo romperá os odres;
o vinho será derramado e os odres serão
destruídos; mas o vinho novo som ente
deve ser posto em odres novos.
Jesus, o Senhor do sábado; Jesus, o Sumo Sacerdote
(Mt 12:1 -8; Lc 6:1 -5). No Evangelho da restauração
dos direitos, temos (7) o direito à graça. Jesus passava
pela seara e os discípulos colhiam as espigas (Dt
23:25); os fariseus contestaram os atos dos discípulos
com base na Lei. Jesus cita o exemplo de Davi (1 Sm
21:3) comendo os pães sagrados recebidos das mãos
de Aimeleque, nos dias de Abiatar (Aimeleque era pai
de Abiatar). Mas som ente no capítulo 23 de Êxodo,
versos 10-13, o entendimento correto desse texto
vem à luz, quando compreendemos que o sábado era
o descanso ordenado do senhor da vinha (o Senhor do
sábado),que permitia o descanso do servo, promovia
o descanso de seus animais, do filho da sua serva e
do forasteiro. Jesus falou em Marcos, capítulo dois, a
respeito disso, dizendo que a Graça era o dia de sábado
entre os outros dias da Lei, e ele era o “Senhor do
sábado”; mas o entendim ento dos judeus referente ao
sábado estava cauterizado. O sábado forçava o senhor
da vinha a descansar, para que o seu criado, o seu
boi, o filho da sua criada e o forasteiro com essem na
seara (sem levar nada para casa). Esta era a graça, mas
eles não sabiam o que significava. 0 sono de Israel dá
direito aos gentios de receberem a colheita da Graça
de Deus (Rm 9 -1 1 ). Os doze pães multiplicados no
ministério de Cristo representam os doze pães da
mesa da apresentação do Templo, que foram trazidos
para fora a fim de alimentar o povo. Mas isso foi
encoberto aos homens
Marcos 2:23: E aconteceu que ele, ao pas­
sar durante um dia de sábado pelas searas
de milho, os seus discípulos, caminhando,
começaram a colher espigas. (Dt23.-2sj
A Graça era desconhecida
Marcos 2:24: Então os fariseus disseram-
lhe: “Olha, por que estão fazendo, durante o
sábado, o que não é lícito, segundo a Lei?”
117
.
3:t
Marcos Marcos M arcos Marcos M arcos M arcos M arcos
O entendimento da tipologia de Cristo
Marcos 2:25: E ele respondeu-lhes: “Nun­
ca lestes o que Davi fez quando teve neces­
sidade e estava com fome, ele e aqueles que
com ele estavam?
Aimeleque era o sacerdote naquele turno, mas isso não
tirava os méritos de Abiatar. Mas, quando os sacerdotes
morreram sob a ordem doentia de Saul, o mesmo Abitar
passou o éfode sacerdotal a Davi, pois Deus queria ver
cumprir o seu pedido feito nos Salmos 42 e 43. Quem
come do pão pode usar o éfode. Deus completou a sua
obra. Em outras palavras, Jesus estava oferecendo o seu
pão aos seus discípulos, como Davi
Marcos 2:26: Como ele entrou na casa de
Deus, nos dias do ministério do sumo sacer­
dote Abiatar, e com eu dos pães da proposi­
ção, dos quais não era lícito comer senão
aos sacerdotes, e ainda os deu também aos
que com ele estavam?” (ism 2 i:i-6 ;2 S m 8 :i7 ; Èx
29:32,33; Lv24:9)
A Graça foi feita por causa do homem e não
o homem por causa da Graça
Marcos 2:27: E ainda lhes disse: “0 sába­
do foi feito por causa do homem, e não o ho­
m em por causa do sábado”. (Èx23 :i2 ;D tS:i4 j
Jesus, o Senhor do sábado. O que significa ser Senhor
do sábado? Senhor é aquele que descansa como
proprietário, para que os servos desfrutem (Êx 23).
Jesus diz: “de sorte que o Filho do homem é o Senhor
também do sábado; eu descanso e vocês desfrutam”. 0
descanso de Jesus é o seu sepultamento, ele morre para
que outros tenham vida. O senhor do sábado descansa
para que outros tenham alento. A verdade é tão preciosa
que ele foi sepultado no dia de sábado. Isto é: “Eu sou o
Senhor do sábado”
Marcos 2:28: Assim que, o Filho do ho­
m em também é Senhor do sábado.
Marcos, capítulo três (3)
“A mão mirrada e o coração ressecado” (Mt 12:9-14;
Lc 6:1 -5). De novo, entrou Jesus na sinagoga, e estava
ali um homem que tinha uma das mãos atrofiada. Esse
homem era rejeitado porque não trabalhava com as suas
próprias mãos. A segunda revelação sobre o homem
com uma das mãos mirrada é que a metade de sua
capacidade para contribuir estava bloqueada. Muitos
ofertam e não dizimam, outros dizimam e não ofertam.
Outros têm as duas mãos mirradas. Não convém a
Cristo ter na sua casa homens com a capacidade de
produzir bloqueada
Marcos 3:1: E, em outro sábado, entrou
numa sinagoga, e estava ali um homem que
3:2
tinha uma das mãos atrofiada. í m c /.•2 1 ,3 9 )
Eles sabiam que Jesus sempre curava no sábado, pois
era o dia da reunião na sinagoga. Eles sabiam que onde
Jesus chegava havia algum sinal
Marcos 3:2: E estavam observando-o para
ver se ele, em dia de sábado, 0 curaria, a fim
de 0 acusarem. (LcU:S4; 14:1;20:20;Mt 12:10}
Vem para o meio, restauração de seu (8)direito social. O
convite feito para que viesse para o meio aconteceu porque
ele vivia na periferia da cidade; era rejeitado pela mulher e
pelos filhos, mas Jesus lhe deu o direito ávida social
Marcos 3:3: Então ele disse ao hom em
que tinha a mão atrofiada: “Levanta-te e
vem para 0 m eio”.
Ficaram em silêncio. Estavam acusando Jesus porter
concedido vida no dia de descanso; mas foi no início do
sábado que eles o mataram. Nesse momento, prediziam
claramente o que desejavam fazer com ele. Homens com
uma das mãos mirrada vivem na periferia da prosperidade
de Deus, e são muitos. Euma pessoa com uma das mãos
mirrada estava perdida e precisava ser salva; estava sob
o poder do mal e não do bem. É melhor deixaros fariseus
mudos do que um homem com uma das mãos mirrada
Marcos 3:4: E perguntou-lhes: “O que
é mais lícito, segundo a Lei, durante 0 sá­
bado: Fazer 0 bem , ou fazer 0 mal? Salvar
uma pessoa ou matá-la?”. Eles, porém, fi­
caram calados.
Aquele homem tinha uma das mãos mirrada, masJesus
detectou que os corações daqueles fariseus estavam
atrofiados, em pior estado do que aquele homem. Ao pedir
àquele homem que estendesse a suamão (operação do
milagre, estratégia de evangelismo), Jesus estavavivendo
o plano B do milagre: a obra dafé que opera o milagre.
ComoJesus fazia para operaracura?Geralmente, ele não
declarava a cura se a pessoa não agisse de alguma forma
(neste caso, o ato era estender a mão). Era necessário agir
sob a fé diante do milagre, assim comoJesus ordenara. Na
cura da sogra de Pedro,Jesus tocou as suas mãos. Em Atos
dos Apóstolos, capítulo 3, Pedro e João entram no Templo, e
depois de terem dado ordem, sem sucesso aparente, àquele
paralítico, eles o tomaram pela mão direita, e o levantaram
(atuação para o milagre), e logo os seus pés e os seus artelhos
se firmaram. É melhor obedecer aJesus e estender a mão.
Mateus nos dá mais detalhes sobre esse ato
Marcos 3:5: E, olhando para eles em
redor, com indignação, mas condoendo-
se com a dureza do coração deles, disse
àquele homem: “Estende a tua m ão”. Ele
estendeu-a, e sua mão lhe foi restaurada, e
ficou com o a outra.
O desejo de matar a Cristo está sendo confirmado
Marcos 3:6: E quando saíram dali, im e­
M arcos 3 :ii
diatamente os fariseus e os partidários dos
herodianos entraram em conselho contra
ele, planejando como matá-lo. m i2:i4;22:t6;
Mc 12:13)
O púlpito: a distância segura para o pregador ministrar
(M tl2:15-21;Lc 6:17-19; Ed 8:1-15)
Marcos 3:7: Mas Jesus se retirou com os
seus discípulos para a beira do lago; e uma
grande multidão o seguia, vindo da Gali-
léia, da Judéia, (Mt4:25>
João Batista havia dito: “Ele é maior do que eu”
Marcos 3:8: de Jerusalém, da Iduméia
( “sul da Judéia ”), do oriente do Jordão e das
regiões de Tiro e Sidon, muitíssima gente
que, ouvindo falar a respeito das grandes
coisas que .ele fazia, vinham ter com ele.
(Mt 11:21)
Aqui temos a restauração do (9)direito à segurança
do ministro, isto é, o direito à privacidade. O ministro
tem direito à privacidade. Jesus costumava usar um
barquinho para ministrar com segurança. N o capítulo
4:1 Jesu s se afasta em um barquinho
Marcos 3:9: Ordenou, pois, a seus discípu­
los que lhe preparassem um barquinho, para
que a multidão não o oprimisse, (ai&i-s)
O desespero do homem que quer roubar a bênção sem
adorar, sem cultuar, sem louvar. Muitos necessitados
não têm a mínima reverência em relação à pessoa que
lhes ministra. Muitos entram em uma reunião para ouvir
o pregador, sem entenderuma simples frase dita, pois
unicamente pensam no seu problema e de forma egoísta.
Chegam a culpar a Deus por todos os seus problemas, sem
jamais reconhecerem os seus próprios pecados. Algumas
pessoas lançam todas as suas necessidades sobre a igreja e
sobre a família ministerial, constrangendo-as a resolver os
seus problemas. Mas o homem de Deus deve ter o mesmo
discernimento que Jesus teve ao afastanse da multidão
para comungar com o Pai
Marcos 3:10: porque tinha curado a mui­
tos, de modo que todos quantos sofriam
algum mal se lançavam sobre ele para tocá-
lo. (Mt 14:36; 4:23; M c5:29,34; 6:56; 8:22)
O objetivo dos espíritos malignos não era cooperar
com Jesus, mas descobrir o que o seu chefe queria:
saber se ele era mesmo o Filho de Deus. E, ao dizerem
aquela frase queriam, indiretamente, obter respostas
favoráveis para satisfazerem a sua curiosidade. Mas
Jesus os conhecia muito bem
Marcos 3:11 : E inclusive os espíritos ma­
lignos, quando o viam, prostravam-se dian-
3:12 Marcos
te dele e gritavam, dizendo: “Tu és o Filho
d e D eUS” . (Mtl4:33;Mcl:23,24;Lc4:4Ij
Era importante que o ministério continuasse escondido
dos principados e das potestades
Marcos 3:12: Mas ele terminantemente
não queria ser manifestado por eles, e os
fazia calar, ameaçando-lhes. iMc 1:25 , 34,/
A designação dos doze discípulos (Mt 10:1-4; Lc 6:12-
16). O Evangelho da restauração dos direitos mostra
o (10) direito de Jesus escolher os seus discípulos. O
líder tem o direito de escolher os obreiros com os quais
quer trabalhar; ele não é obrigado a ter um mau obreiro
no corpo ministerial da sua igreja por imposição de
determinado grupo. Um reino dividido contra si mesmo
não prevalecerá
Marcos 3:13: E depois subiu ao m onte, e
chamou a si os que ele m esm o escolheu; e
vieram a ele. m 5:i;L c< ?:i/
Eles representariam cada tribo de Israel e cada pão da
mesa dos pães da proposição
Marcos 3:14: Então elegeu doze dentre
eles, para que estivessem com ele, e para
enviá-los a pregar,
Poder e autoridade: elementos básicos
para a realização do ministério
Marcos 3:15: e deu-lhes poder para curar
enfermidades e autoridade para expulsar
os demônios:
Marcos 3:16: São eles: Simão, a quem pôs
0 nom e de Pedro; uo i:42)
Marcos 3:17: Tiago, filho de Zebedeu,
e João, irmão de Tiago, aos quais pôs 0
nom e de Boanerges, que significa: “Filhos
do trovão”;
Marcos 3:18: André, Filipe, Bartolomeu,
Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Ta-
deu, Simão, 0 cananeu ( “Z e l o t e ”) ,
A obra do ministério não pode negligenciar as
responsabilidades domésticas de cada obreiro
Marcos 3:19: ejudas Iscariotes, aquele que
0 entregou. E regressaram às suas casas.
O Evangelista usando uma das casas para evangelizar
Marcos 3:20: Depois entrou numa casa. E
outra vez afluiu a multidão, de tal maneira
que ele e seus discípulos nem sequer po­
diam comer pão. (Mc 6:31)
O equívoco da família dejesus, e como ele responde
à calúnia dos escribas (Mt 12:22-45; Lc 11:14-23).
119
3:27
M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos
Quantas vezes os ministros de Deus estão tão ocupados
na obra de Deus e ainda são mal-interpretados pela
própria família? A família dejesus creu na conversa do
povo, que afirmava que ele e seus discípulos estavam
endemoninhados. Mas eles estavam em jejum e
grandemente envolvidos na obra de Deus
Marcos 3:21 : E, quando os seus parentes
ouviram isso, saíram para amarrá-lo; por­
que diziam: “Ele está fora de si”, u o io.-2 o;
At26:24)
Blasfêmia contra o Espírito Santo é atribuir a Satanás
as obras do Espírito Santo. O sintoma de uma
pessoa que está vivendo nessa condição é um falso
arrependimento, que não aceita a conversão
e a convicção de pecado. Eles viviam blasfemando
contra o Espírito Santo e, por isso,
Jesus falava-lhes por parábolas
Marcos 3:22: E os escribas que tinham
descido de Jerusalém, diziam: “Ele está
possesso de Belzebu” ( “o s e n h o r d a s m o s ­
c a s ”) ; e: “Pelo príncipe dos demônios ex ­
pulsa OS dem ônios”. (Is 6:9; M t 9:34; 10:25;Jo 7:20;
8:48,52)
Jesus mostra que Satanás conhece o poder da união
Marcos 3:23: Então, chamando-lhes a
atenção, Jesus disse-lhes por parábolas:
“Com o pode Satanás expulsar Satanás?
(ís 6:9;Mc 4:2)
Jesus mostra queoreinodas trevas está organizado
Marcos 3:24: Porque, se um reino esti­
ver dividido contra si m esm o, não poderá
subsistir;
Jesus revela o segredo da manutenção da firmeza
Marcos 3:25: e, se uma casa se dividir
contra si mesma, tal casa não poderá sub­
sistir;
Jesus mostra como podemos vencer o reino das trevas e
como o reino das trevas pode vencer os filhos da luz
Marcos 3:26: e, se Satanás se levantar
contra si m esm o, e estiver dividido, tam­
pouco poderá subsistir; antes, chegará o
seu fim.
Jesus nos mostra como saquear a casa de Satanás, e que
tipo de tesouro ele tem em seu poder: os vasos de ouro
que ele roubou do Templo de Deus, os quais foram feitos
para honra, porém, foram levados cativos pelo inimigo
Marcos 3:27: Porque ninguém poderá
entrar na casa do hom em forte e saquear
r
3:28
| os seus vasos de ouro, sem maniatá-lo; e,
então, poderá saquear sua casa. (is4ç.-24,25)
O pecado imperdoável: atribuir a Satanás as obras
do Espírito Santo. Afrontar o Espirito Santo traz
eternas conseqiiências. Essas obras podem estar
sendo realizadas por homens de Deus. Como saber se
temos blasfemado contra o Espírito Santo? A simples
preocupação a respeito disso já é uma prova de que
não temos cometido tal pecado, pois é o mesmo
Espírito Santo quem nos convence do pecado, da
justiça e do juízo
Marcos 3:28: Verdadeiramente vos digo:
Todo gênero de pecados dos filhos dos ho­
mens será perdoado, bem com o todas as
blasfêmias que proferirem. í u i 2 .-ioj
A prova de que o Juízo não é temporário
Marcos 3:29: Mas aquele que blasfemar
contra o Espírito Santo, jamais alcançará
perdão, mas será réu de eterno juízo”, m
12:31)
Até a família de Jesus creu nesta afirmação
Marcos 3:30: Porquanto eles diziam:
| “Tem espírito im undo”. (M ti2.-3ij
A verdadeira família de Cristo não se confunde com ele,
não o detém (Mt 12:46-50; Lc 8:19-21) e nem deseja
prendê-lo com cordas
Marcos 3:31: Então chegaram sua mãe e
seus irmãos e, ficando de fora, mandaram-
no Chamar. (Mtl2:46;Lc8:19)
Pessoas muito achegadas crêem que já não necessitam
aprender de Cristo
Marcos 3:32: E a multidão estava sentada
| ao seu redor, e alguns lhe disseram: “Eis
que tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te
procuram”.
Quem traz cordas para prendê-lo, tentando controlar
o seu ministério público, crendo estar ele possesso por
demônios, não é sua família
Marcos 3:33: R espondeu-lhes Jesus,
dizendo: “Q uem é minha mãe e m eus ir­
mãos?”
Marcos 3:34: E, olhando em redor para
os que estavam sentados perto dele, disse:
“Eis aqui minha mãe e m eus irmãos!
Quem deposita a sua vontade no Getsêmani é sua família
Marcos 3:35: Porque todo aquele que
fizer a vontade de Deus, esse é m eu irmão,
minha irmã e minha m ãe”.
Marcos 4:7
Marcos, capítulo quatro (4)
Por causa das blasfêmias dos fariseus, Jesus passa
a ensinar por meio de parábolas. A parábola do
semeador: as quatro tentativas do semeador e as forças
da terra (Gn 4:12; Mt 13:1 -9; Lc8:4-8). Voltou Jesus a
ensinar à beira-mar. Ao recomendar a seus discípulos
que sempre tivessem pronto um barquinho, estava
requerendo o seu direito de privacidade
Marcos 4:1: Outra vez com eçou a ensinar
junto à beira-mar. E reuniu-se com ele uma
grande multidão, tanto que ele entrou e
assentou-se num barco que estava sobre o
mar; e todo o povo estava em terra, junto
aO m a r. fMc2:/3;3:7)
Isaías6:9-12
Marcos 4:2: E ensinava-lhes muitas coisas
por parábolas e lhes dizia em sua doutrina:
f/s 6:9;Mq 3:23/
Marcos 4:3: “Ouvi: Eis que o semeador
saiu a semear.
A primeira parte da semente, tipo da primeira
tentativa: com a perda de 100%, que gera decepção,
e é tipo da obra de Satanás
Marcos 4:4: E aconteceu que, quando
semeava, uma parte da sem ente caiu junto
à beira do caminho, e vieram as aves e a
comeram.
A segunda parte da semente: a perda de 40%, que gera
frustração (Tg 1:1 l;Jn 4:8) e revela o resultado
da incredulidade e das angústias do homem
Marcos 4:5: E a outra parte caiu sobre j
o solo pedregoso, onde não havia muita
terra, e logo nasceu, porque não tinha terra
profunda;
As árvores que têm raízes não temem o calor. As raízes
mantêm as árvores canalizadas à fonte de água
Marcos 4:6: mas, saindo o sol, queimou-
se; e, porque não tinha raiz, secou-se. ijr
17:5-8;Jd 1:1)
A terceira parte da semente: a perda de
70%, revela o resultado do poder de sedução
das riquezas e da avareza
Marcos 4:7: E outra parte das sem entes
caiu entre espinhos; e os espinhos cresce­
ram e a sufocaram, e não deu fruto.
A quarta parte é tipo da perseverança: a restituição
pela perseverança (Gn 26:12; Fp 1:1 l;Jo 15; Cl 1:6).
A primeira parte restituída equivale a cem, a segunda
parte restituída equivale a sessenta e a terceira parte
4:8
restituída equivale a quarenta. Satanás deve devolver
a semente que comeu cem vezes; as angústias devem
devolver sessenta vezes, e a avareza deve devolver
trinta vezes. Então, quem é pior: Satanás, que deve
devolver cem vezes? A incredulidade mostrada pelas
angústias, que deve devolver sessenta vezes? Ou a
avareza, que restitui apenas trinta? Não vale a pena
duvidar, não vale a pena ser egoísta
Marcos 4:8: E outra parte caiu em boa ter­
ra e, vingando e crescendo, deu fruto; e um
grão produziu a trinta, outro, a sessenta, e
outro, a cem por um ”, tjo i 5:5; c u :ój
Ouvidos do entendimento
Marcos 4:9: E disse-lhes: “Quem tem ou­
vidos para ouvir, ouça”. m / i .-i s i
O motivo porque faiava por parábolas
(MU 3:10-17; Lc 8:9,10; Is 6:9-10)
Marcos 4:10: Quando se encontrou só,
aqueles que estavam ao seu redor, junta­
m ente com os doze, interrogaram-no acer­
ca da parábola.
As blasfêmias deles contra o Espírito Santo
impediram que Jesus lhes falasse claramente
do perdão de Deus (ls 6:9)
Marcos 4:11 : E ele lhes disse: “Os m isté­
rios do Reino de Deus vos são confiados;
mas, aos que estão de fora, todas as coisas
lhes são comunicadas por parábolas; // co
5:12;Cl4:5; 1 Ts4:12; I Tm3:7J
Eles eram réus de juízo eterno, pois haviam
blasfemado contra o Espirito Santo
Marcos 4:12: para que, vendo, vejam e
não percebam; e, ouvindo, ouçam e não
entendam; para que não se convertam ao
Senhor, e os seus pecados sejam perdoa­
dos” . (lsó:9 ,10;Jo 12:40;At28:26; Rrn 11:8)
Jesus estava surpreso com a falta de
entendimento dos seus discípulos
Marcos 4:13: Disse-lhes ainda: “Não per­
cebeis esta parábola? Como, pois, entende­
reis todas as parábolas?
O pregador é o semeador
Marcos 4:14: O semeador é aquele que
semeia a Palavra.
Satanás é o ladrão que leva a semente daqueles que
ficam à margem da vida, da fé e da pregação
Marcos 4:15: E estes grãos que estão jun­
to do caminho são aqueles em quem a Pala­
Marcos 4:21
M arcos M arcos Marcos M arcos M arcos M arcos M arcos
vra é semeada; mas, depois que a ouviram,
Satanás vem e lhes rouba a Palavra que foi
semeada no coração deles. /M c 2 :23,201
Aangústia da tribulação e a incredulidade destroem a
Palavra no coração daquele que é temporário nos seus
sentimentos e na sua fé, e não reserva espaço para Deus
operarem seu coração. Os escândalos impedem o seu
crescimento, que é temporário, assim como a sua alegria
Marcos 4:16: E, sem elhantem ente, os
grãos que foram sem eados nos lugares
pedregosos são aqueles que, ouvindo a
Palavra, im ediatam ente a recebem com
grande alegria;
Pessoas sem raízes são (1) temporárias; (2) sofrem
constantes lutas; (3) se escandalizam facilmente
Marcos 4:17: mas não têm raiz em si m es­
mos; antes, são temporários; pois quando
lhes sobrevêm a tribulação ou a persegui­
ção, por causa da Palavra, imediatamente
se escandalizam.
O poder dos espinhos que crescem mais
rápido do que a pequena planta
Marcos 4:18: E outros são os grãos que
foram sem eados entre espinhos; estes são
aqueles que ouvem a Palavra,
Os espinhos, como trabalham contra a Palavra através
da avareza e através da sedução das riquezas deste
mundo, crescem, mas não podem dar fruto
Marcos 4:19: mas os cuidados seculares
deste m undo, a sedução das riquezas e a
cobiça por outras coisas, entrando, sufo­
cam a Palavra, e ela fica infrutífera.
A perseverança pode resgatar o que foi perdido,
mas não tudo. Algo precioso se perde. Nem tudo foi
restituído completamente. Da segunda parte, houve
perda de quarenta vezes, da terceira houve perda de
setenta vezes. Por quê? (4:8)
Marcos 4:20: Mas os grãos que foram
sem eados em boa terra são aqueles que
ouvem a Palavra e a recebem, e produzem
fruto, um a trinta, outro a sessenta, e outro
a cem , por grão”.
A candeia que revela o escondido. O Evangelho do
Reino de Deus é como essa candeia, pois chegaria a hora
na qual tudo aquilo que Jesus estava ensinando aos seus
discípulos seria revelado (Lc 8:16-18)
Marcos 4:21: Também lhes disse: “Vem,
porventura, a candeia para ser posta debai-
*> /;/' v fÉ |É |p
4:22 MARCOS
xo do alqueire ou debaixo da cama? Não
vem, antes, para ser colocada no candeei­
ro? (MtS:15)
A respeito de que Jesus estava falando? Mateus 10:27.
No verso anterior, falava da missão vocacional,
e no verso 22 fala da iniqüidade
Marcos 4:22: Porque não há nada que
esteja encoberto que não venha ser mani­
festado; e nada se faz em secreto que não
venha à luz. (Mt 10:26; Lc 8:17; 12:2j
Os fariseus tinham ouvidos para ouvir, mas não
compreendiam. Suas blasfêmias os tornaram
réus de juízo eterno (Is 6:9)
Marcos 4:23: Se alguém tem ouvidos para
ouvir, ouça./M//.75/
Os resultados da colheita da semeadura ministerial
serão de acordo com a opinião que temos de nossos
colegas que batalham igualmente como semeadores
Marcos 4:24: E lhes disse: “Cuidai com
o que ouvis. Com a m esm a medida com
que m edirdes, outros vos m edirão, e
ainda se vos acrescentará a vós, os que
ouvis. (M t7:2;L c0:38/
Marcos 4:25: Pois ao que tem lhe será
dado; e, ao que não tem, até aquilo que tem
lhe será tirado”. (Mt 13:12;25:26;Lc 19:26/
A parábola dos mistérios das fases da semente (a vida
pessoal): (1) brotar, (2) crescer, (3) frutificar como (a)
erva, (b) espiga, (c) espiga cheia, (4) e amadurecer,
pronta para ser ceifada, e satisfazer o seu proprietário.
Essa é a vida do homem
Marcos 4:26: Disse também: “Assim é
o Reino de Deus, com o um hom em que
lança a sem ente à terra, (Mt 1 1 2 4 1
O mistério que trabalha 24 horas desenvolvendo-se
Marcos 4:27: e dorme e se levanta de noi­
te e de dia, e a sem ente brota e cresce, e ele
mesmo não sabe como.
As três fases da vida humana, no Reino de Deus,
até àsua maturidade
Marcos 4:28: porque por sua natureza
frutifica na terra, primeiro a erva, a seguir a
espiga, e depois o grão cheio na espiga.
A satisfação do senhorio
Marcos 4:29: E, quando o fruto amadu­
rece, logo vem sobre ele a foice, porque é
chegada a ceifa”. (A p u -.isi
122
4:35
Os mistérios das fases da semente (a vida corporativa),
isto é, a vida do corpo: diferente da semente anterior.
A visão do Reino de Deus durante a História e sua
verdadeira realização no governo de Cristo. A parábola
do grão de mostarda se cumprirá ao mesmo tempo que a
parábola do joio e do trigo
Marcos 4:30: Disse ainda: “A que com ­
pararemos o Reino de Deus? Ou com que
parábola o representaremos?” (Mt 13.-24)
O início do Reino na terra, na sua mensagem,
na sua missão e na responsabilidade de seus
primeiros obreiros
Marcos 4:31: Aum grão de mostarda que,
quando é lançado na terra, é a menor de
todas as sem entes que há na terra;
O Reino de Deus corrompido e confundido pelos
homens através da História e, manipulado por alguns
homens poderosos da terra. Foi prefigurado na grande
árvore com a qual Nabucodonosor sonhou, mas essa
palavra se cumprirá no governo messiânico de Cristo,
mesmo que os homens tenham confundido o Reino de
Deus com o reino dos homens. Revela que o Reino de
Deus na terra será habitação dos anjos dos Céus, pois a
terra foi criada com essa capacidade
Marcos 4:32: mas, depois de semeado,
cresce e faz-se a maior de todas as horta­
liças e cria grandes ramos, de tal maneira
que as aves do céu podem aninhar-se sob a
sua sombra”.
A razão por que não lhes falava claramente:
revelada em Marcos 3:28,29 (ls 6:9,10)
Marcos 4:33: E com muitas parábolas,
tais com o esta, lhes dirigia a Palavra, con­
forme o que podiam ouvir. ,jo i 6.-i2)
A intimidade da revelação em particular:
revelada em Mateus 10:27
Marcos 4:34: E sem parábolas não lhes
falava; mas, aos seus discípulos, em parti­
cular, declarava tudo. (M ti3:34;jo 10:2 5 ;
A mobilidade de Jesus mostra como desfrutava a
liberdade de Deus na sua vida e como não se deixava
escravizar pela fama oferecida pela multidão, sabendo
sair e entrar sem ser afetado por ela. A sua
mobilidade era espetacular
Marcos 4:35: Naquele dia, quando já era
tarde, disse aos seus discípulos: “ Passemos
para 0 outro lado”.
Jesus chama homens para o ministério, e o ministério é
representado pelo barco no meio das águas. Nenhuma
segurança garantida há sobre as águas movimentadas
pelos ventos diversos. A única segurança é que Jesus
4:36 Marcos
entrou em nosso barco e segue conosco. Sob a garantia
de Cristo, outros vêm e se juntam ao nosso ministério
Marcos 4:36: E eles, despedindo a multi­
dão, o levaram consigo, assim como estava,
no barco; e havia com ele também outros
pequenos barcos. íM c5:2,2i)
A tempestade se levantou contra o descanso dejesus.
As mesmas ondas que o embalavam, agora, se levantam
contra ele, e os ventos que ali passavam não tiveram
nenhuma reverência com o seu Criador. Quando
oferecemos ajesus a nossa empresa, a nossa família e
a nossa vida para que Jesus descanse sobre elas, não
podemos permitir que sejam levadas pelos ventos de
incredulidade que, covardemente, se levantam contra
a nossa confiança de servir ao Reino de Deus. Sustentar
o descanso dejesus é permitir que o Reino de Deus
complete a sua missão por meio de nosso serviço
Marcos 4:37: E levantou-se uma grande
tempestade de vento, e lançava as ondas
para dentro do barco, de tal modo que já
se enchia.
Homens de pouca fé não conseguem guardar o
descanso de seu líder evitando pequenos problemas.
Homens de pequena fé jamais aprendem as lições sobre
o poder dos ventos contrários, mesmo que repitam
as mesmas lições. Homens de pequena fé não se
importam com o que acontece com o seu líder quando
está desfrutando de seus direitos, pois os seus pedidos
são sempre egoístas e logo demonstram, por seus atos,
como se preocupam apenas consigo mesmos. Homens
de fé resolvem os problemas e, quando interrogados,
mesmo estando abatidos pelas lutas, respondem que
tudo está bem. Jesus dormindo sobre o travesseiro
revela o direito ao descanso. Quando a Bíblia fala que
Jesus não tinha onde reclinar a cabeça, quer dizer que
ele não tinha sepulcro para ser sepultado. Por isso, José
de Arimatéia emprestou-lhe o seu sepulcro, e Jesus foi
o único homem que devolveu a sepultura emprestada.
Agora, os homens de pequena fé mostram asim esm os
que não podem sustentar o descanso de seu líder
Marcos 4:38: Ele, porém, estava na popa
dormindo sobre uma almofada; e o desper­
taram, e lhe perguntaram: “Mestre, não te
importa que pereçamos?”
Os ventos são controlados por anjos e carruagens
(Zc 1:6; Ap 7:1). Ventos têm missões especiais
e trabalham sob a ordem de Deus. Mas aqueles
ventos que se manifestaram ali cometeram um
grave erro e foram repreendidos. Observem quem
eles perturbavam! Observe que até os ventos
perturbam, irreverentemente, aquele contra quem
jamais deveriam investir (Ap 7:1). Como saíram dali
aqueles ventos, depois de repreendidos? Depois de
ter repreendido os ventos, Jesus repreendeu o mar.
Como ele repreendeu o mar? “Ó mar, como foste
capaz de ser levado por qualquer vento de doutrina?
123
5:4
M arcos Marcos Marcos M arcos M arcos Marcos Marcos
Como te exaltaste a tal ponto de cobrir o barco daquele
que descansava sob o teu movimento? O que houve
contigo, ó mar?” (Ef4:14)
Marcos 4:39: E ele, levantando-se, repre­
endeu os ventos e disse ao mar: “Cala-te,
e aquieta-te”. E cessou o vento, e houve
grande bonança.
Depois de tantas lições ainda não sabiam como discernir
os ventos e repreendê-los
Marcos 4:40: Então lhes perguntou: “Por
que estais assim, amedrontados? Como
ainda não tendes fé?” m i4:3i,32; M c ió .-m i
O Verbo Criador era ele!
Marcos 4:41: E ficaram com grande
m edo, e diziam uns aos outros: “Quem,
porventura, é este, que até os ventos e o
mar lhe obedecem ?”
Marcos, capítulo cinco (5)
Os grandes desafios do ministro está adiante dele, e,
hoje, do outro lado do apartamento, da rua e da casa
Marcos 5:1: Então chegaram ao outro
lado do mar, à região dos gadarenos.
Restauração do (11) direito à família. O espírito imundo
estava ilegal na casa (o corpo) daquele homem, e
o homem estava ilegalmente no sepulcro. Esse é o
papel do homem fora do corpo de Cristo. Esta é uma
característica da pessoa que está vivendo uma vida
desregrada: não tem prazer de estar em casa, nem
quer estar vestida. Esse homem é uma prefiguração
dos homens de hoje: os sepulcros (boate, bares, clubes
noturnos). O homem que não tem família e habita em
sepulcro é violento e nenhum tipo de lei social pode
prendê-lo. Para libertá-lo, necessitamos sair do nosso
barco e do nosso púlpito
Marcos 5:2: E, quando Jesus saiu do bar­
co, imediatamente veio ao seu encontro,
procedente dos sepulcros, um homem com
espírito imundo, (M t4 :i; i.-23)
Um dos domicílios ilegais dos demônios é o corpo
humano e o domicílio ilegal do homem vivo é a sepultura.
Quando o homem fica sem família, é insuportável
Marcos 5:3: o qual habitava nos sepul­
cros, e nem ainda com cadeias alguém po­
dia prendê-lo;
Homens sem família são alvos dos demônios, e homens
possessos têm vantagens sobre a força da carne
humana. Somente Jesus pode detê-los
Marcos 5:4: porque, muitas vezes tinha
5:5 Marcos
sido preso com grilhões e com cadeias, mas
as cadeias foram despedaçadas por ele, e
os grilhões, destroçados; e ninguém podia
domá-lo.
A sua vocação como adorador estava sendo mal-
utilizada por Satanás. Satanás dispersa os dons do
homem com outras atividades que não glorificam a
Deus. Satanás se diverte com o derramamento do
sangue humano; ele quer vero homem sem família,
fora de casa, habitando em lugares impróprios, sem
endereço, sem locai para usar a sua voz em adoração,
gerando medo nas pessoas normais
Marcos 5:5: E sempre, de dia e de noite,
andava gritando pelos montes e pelos se­
pulcros, e ferindo-se com pedras,
Quem se prostrou foi o homem, e não o demônio. A
mente e o espírito de uma pessoa endemoninhada
continuam dentro de seu corpo; embora a sua mente
esteja possessa, existe um clamor vindo do seu espírito
humano que clama pelo conhecimento da Verdade. O
homem é alma que tem espírito humano e um corpo (o
espírito humano não é o Espírito de Deus). Satanás tem
acesso à mente do homem, e, por meio de sua mente,
ele entra no corpo e na alma, mas ele não consegue
passar dali para o espírito hum ano.O espíritoéo
lugar Santíssimo reservado por Deus para a habitação
do Espírito Santo. Se o diabo entrasse no espírito
humano, o homem jamais nasceria de novo, porque
o novo nascimento se processa no espírito humano
pela ação do Espírito Santo. Satanás atua no homem
natural ou no homem carnal. O espírito do gadareno
estava livre, apesar de sua alma estar possuída por uma
legião de demônios. Há uma atitude importantíssima
que deve ser tomada na ocasião da libertação de uma
pessoa. Na libertação, é necessário pedir, mediante a
oração, que o Espírito de Deus entre imediatamente
no espírito humano da pessoa libertada. Se o Espírito
Santo entrar naquela pessoa, aqueles demônios
nunca mais voltarão a possuí-la, enquanto essa pessoa
permanecer firme no Senhor
Marcos 5:6: E, quando viu Jesus, ainda de
longe, correu e prostrou-se diante dele,
Em Marcos, podemos perceber que Jesus sempre
ordena aos demônios que fiquem quietos, por causa
da falsa propaganda do Evangelho que eles fazem.
Jesus não aceitava a propaganda de demônios. Eles não
tinham nada em comum; mas os demônios possuíam a
alma daquele jovem. Aquele jovem pertencia a Cristo.
EJesus queria aquele jovem reintegrado à sua família
e à sociedade. Como um demônio ou uma legião se
atreve perguntar se há algo em seu poder que pertence
a Cristo? Eles tinham em seu poder uma vida, uma alma,
um corpo, um pai de família, ilegalmente. Enquanto
Satanás tiver alguma pessoa em seu poder, será
atormentado pelo poder do nome dejesus
Marcos 5:7: e, clamando com grande voz,
disse: “Que temos em comum, Jesus, Filho
124
5:10
do Deus Altíssimo? Conjuro-te no nome de
Deus que não me atormentes”, m 8:29;4:3;u
8:28; A t16:17;Hb7:1)
Jesus também repreendeu o demônio e, aparentemente,
este não quis sair. Mas o que aconteceu? Observe que
Jesus falou no singular com o demônio, mas eram muitos
e estavam ali coletivamente (no plural); e os demônios,
mesmo sabendo que eles eram uma legião, falavam no
singularpara distraire enganarajesus. Eessaé uma das
estratégias malignas que os demônios normalmente
usam para distrair o ministrante no momento da
libertação, agindo coletivamente e falando no singular
Marcos 5:8: Porque Jesus lhe dizia: “Sai
deste homem, espírito imundo!”
Mas Jesus percebeu a manobra e perguntou
o nome deles. Legião não tem nome; legião deve
sertratada como legião
Marcos 5:9: E perguntou-lhe: “Com que
nome atendes?’’ E lhe respondeu: “Eu me
chamo Legião, porque somos muitos”.
O mundo espiritual é dividido em quadrantes e o reino
de Satanás é organizado. Os demônios do quadrante A
não invadem nem se metem no quadrante B, porque
estão organizados. Se o quadrante A está dividido
em potestades, age somente no seu quadrante. A
potestade governa os dominadores regionais de cada
quadrante (lugares, locais sujos, desertos, cidades,
poderes, famílias, regiões políticas). As potestades
que têm domínio no seu quadrante governam sobre
outras hostes. Esta é a hierarquia dos demônios:
(1) Principados são governantes internacionais. (2)
Potestades são governantes nacionais. (3) Dominadores
são governantes regionais. (4) Hostes operam em
famílias e em pessoas, de forma individual. Esses
demônios (hostes) não queriam sair daquele domicílio,
pois já estavam ali havia dezenas de anos,
ejesus veio libertar aquela cidade, mas a cidade
não quis recebera sua liberdade
Marcos 5:10: E rogava-lhe com insistên­
cia que não lhe enviasse para fora daquela
região.
Satanás não tem como reporos demônios nesses
quadrantes porque, hoje, ele não tem peças de
reposição. Existe, no Hades, um Abismo (onde está
Apolion); os demônios temem muito este lugar. Sempre
que Deus destrói uma nação ou uma região através de
seus juízos, os demônios que ali atuavam são lançados
no Abismo, e quando isso acontece, Satanás não pode
mais contar com esses demônios. (Ler comentário
a respeito na epístola de Judas). Quando o povo de
Israel estava preso, o Egito estava dominado por
dez potestades. Deus, ao mandar as pragas, estava
eliminando cada principado. Quando chegou o tempo
da última praga, o Egito e os demônios já não tinham
mais forças para lutar. N esse momento, Deus mandou
libertar o seu povo e autorizou que o povo egípcio lhe
5:11 MARCOS
entregasse o ouro, a prata, e as roupas e, assim, o povo
hebreu saiu rico do Egito. O povo escravizado por
Satanás ficou pobre. Ao permitir que eles fossem para
os porcos, os demônios se livrariam de ir para o Abismo,
de onde sairiam somente depois do seu julgamento.
Adiante, saberemos por quejesus não os enviou para o
Abismo, mas, sim, para a vara de porcos
Marcos 5 : 11: E estava por ali pastando no
monte uma grande vara de porcos.
Ora, se até os demônios oram e recebem
respostas imediatas, por que não cremos no
poder da nossa oração?
Marcos 5:12: E todos aqueles demônios
lhe rogaram, dizendo: “Manda-nos para
aqueles porcos, para que entremos neles”.
Os porcos morreram, mas os espíritos
malignos continuaram ativos na região e se livraram
de ser enviados ao Abismo
Marcos 5:13: EJesus imediatamente o per­
mitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos,
entraram na vara de porcos, que caiu pelo
despenhadeiro no mar; e os porcos eram
quase dois mil, e no mar se afogaram.
A diferença entre o evangelista e o fofoqueiro é que o
fofoqueiro é covarde e traz consigo outros curiosos que
querem ver o quejesus fez com os seus porcos; mas o
evangelista enfrenta o mundo espiritual e leva consigo
almas que querem conhecer a Cristo e serem salvas
Marcos 5:14: Aqueles que os apascenta­
vam fugiram, e o anunciaram na cidade e
nos campos; e muitos saíram para ver o que
era aquilo que tinha acontecido.
O testemunho do trabalho do evangelista: o desafio foi
satisfeito. Este é o nosso desfio: vestir o nu, devolver
casa àquele que vivia no sepulcro, devolver à sua família
aquele que era a vergonha de sua casa; fazer assentar
aquele que vivia vagabundo pelas montanhas; curar
aquele que vivia se ferindo, ver em perfeito juízo aquele
que era tido como louco. Este é o perfeito resultado de
um trabalho evangelístico
Marcos 5:15: E, aproximando-se de Jesus,
viram aquele que fora atormentado pelos
demônios, o que fora possuído pela legião,
sentado, vestido, e perfeitamente são de
sua mente; e tiveram m edo. (m c s .-i ó j s ; m :
4:24; Mc 5:9!
O testemunho vivo e verdadeiro foi dado por todas as
pessoas que presenciaram o ocorrido
Marcos 5:16: E aqueles que tinham vis­
to aquilo contaram-lhes o que acontecera
125
5:22
M arcos Marcos M arcos M arcos Marcos M arcos M arcos
àquele que fora possesso pelos demônios e
a respeito dos porcos.
Essa foi a razão por quejesus não enviou a legião para
o Abismo. A cidade não merecia. Eles amavam mais os
seus porcos do que o Cordeiro de Deus. Que prejuízo
para a cidade, afastar Jesus dali!
Marcos 5:17: Então começaram a rogar-
lhe que se retirasse do território deles.
Esta é a grande revelação do evangelismo: ele não
rouba o pai de família. Ele não desvaloriza a família para
valorizar o ministério. Qualquer evangelista que roubar
o pai dos seus filhos, o esposo de sua mulher, o professor
de seus alunos, não recebeu o chamado de Cristo. Jesus
não o libertou do poder dos demônios, tirando-o do
sepulcro, para levá-lo consigo no seu barco, mas, sim, o
libertou, para devolvê-lo à sua família, transformando-o
em um evangelista local, ali na sua cidade
Marcos 5:18: E, entrando ele no barco,
aquele que fora possesso de demônios
rogava-lhe que o permitisse estar com ele.
IAt 10:39}
Missionário, ainda não; pai e evangelista, sim
Marcos 5:19: Mas Jesus não permitiu, e
disse-lhe: “Vai para tua casa, para os teus,
e conta-lhes quão grandes coisas te fez o
Senhor e como teve misericórdia de ti”.
O discipulado imediato na região
Marcos 5:20: E ele se retirou e começou
a proclamar em Decápolis quão grandes
coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravi­
lhavam. (Mc7:31;Mt4:25j
Os desafios do outro lado
Marcos 5:21 : E tendo Jesus passado nova­
mente em um barco para a outra margem,
ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele
estava à beira-mar. m q.-d
O desafio à esperança dejairo. Ele ouviu quando
Jesus leu Isaías 61:1,2, e lembrou-se a respeito daquilo
quejesus disse: que havia sido ungido para curar, mas
também lembrou-se do episódio de Lucas 4:29. Jesus já
estava no início de seu ministério, e a filha de Jairo, de
doze anos, estava doente. Só havia uma saída: adorá-
lo. Todas as vezes que uma pessoa vem aJesus com
adoração tem suas necessidades satisfeitas no mesmo
dia. Quem paga o seu milagre com adoração pode
esperar tranqüilo a sua resposta
Marcos 5:22: E chegou um dos príncipes
da sinagoga, chamado Jairo e, logo que viu
a Jesus, prostrou-se aos seus pés, m 9:18-26;
Lc 8:41-56)
5:23
Ele cria na imposição de mãos. Ele cria nos resultados
advindos da entrada de Jesus na casa de uma pessoa. Ele
cria na salvação antes de qualqueroutro bem.
Vale a pena viver depois de salvo
Marcos 5:23: e lhe rogava com insistên­
cia, dizendo: “Minha filha está à morte;
rogo-te que venhas e imponhas as mãos
sobre ela para que seja salva e viva”. (Mcó.-S;
7:32; 8:23; At 9:17; 28:8)
Jesus vai com ele. Jairo vai adiante, levando a
maior bênção para a sua casa
Marcos 5:24: Jesus foi com ele, e seguia-o
uma grande multidão, que o apertava.
A provação da esperança: Ela vem quando já estamos
com o médico à porta de nossa casa. Ela vem quando
Jesus já está a caminho de nossa casa. Ela vem para
saber se estamos dispostos a abençoar outra pessoa
necessitada, antes mesmo de satisfazermos os nossos
próprios interesses. Doze anos era o tempo de vida da sua
filha, e, também, o tempo de enfermidade da mulher
Marcos 5:25: Euma mulher, que padecia de
uma hemorragia havia doze anos, (Lv I5.-25J
Aquela mulher se interpôs no caminho de outra pessoa
e não pediu licença para ser curada com a unção que
estava sendo reservada para a menina de Jairo. Aquela
mulher havia sofrido nas mãos de quem deveria curá-la:
os médicos. Aquela mulher perdeu seu dinheiro como
perdia a sua vida, sem nada aproveitar
Marcos 5:26: e que havia sofrido muito
nas mãos de muitos médicos, e gastado
tudo quanto possuía, sem que nada lhe
aproveitasse, antes, piorando mais;
Quem falou de Jesus para ela? Não sabemos. Mas quem
motivou a sua procura por Cristo? A enfermidade.
Algumas coisas são compreendidas de forma errada
nessa história: (1) Ela não queria compromisso com
o Médico dos médicos, e isso signifícava que não iria
manifestar-se frente a frente, nem estava disposta a
adorá-lo. (2) Ela impôs para si mesma um método de
cura sem compromisso: tocar nas suas vestes. Ela impôs
este método para si mesma; não era uma doutrina,
era uma decisão própria que ela tomou, mas sem
compromisso. Mas Jesus não aceitaria aquele método
Marcos 5:27: e ouvindo falar a respeito de
Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e
tocou o seu manto;
Marcos 5:28: porque dizia: “Se tão so­
mente tocar as suas vestes, serei curada”.
(Mc6:5ól
O seu método lhe trouxe um benefício: o estancamento
de seu sangue, mas não a cura definitiva. Algo mais era
necessário para que ela fosse completamente curada.
M arcos 5:34
Alguns vêem os seus problemas estancados, mas não
definitivamente resolvidos. Pela falta de confissão e
de humildade, de adoração e de reconhecimento do
senhorio de Cristo as enfermidades regressam, pois
as pessoas sem compromisso não adoram a Deus para
receberem definitivamente os benefícios em sua vida
Marcos 5:29: E imediatamente a fonte
de seu sangue se estancou, e sentiu no seu
corpo estar curada daquele mal que a afli­
gia. (Mc5:34)
“Quem tomou de minha unção sem adoração?
Quem tomou do meu bem sem confissão?”
Marcos 5:30: Elogo Jesus, percebendo em
si mesmo que a virtude saíra dele, voltando-
se para multidão, perguntou: “Quem tocou
as minhas vestes?” (Lcó:I9;5:17)
Ele não perguntou: “Quem me apertou?”. Mas
perguntou: “Quem tomou de meus benefícios sem
ordem, sem dosagem, sem definição? Não vá sem antes
confessar a verdade! ”. Alguns conseguem apertá-lo,
sem tocar-lhe
Marcos 5:31: Responderam-lhe os seus
discípulos: “Vês que a multidão te aperta,
e perguntas: Quem me tocou?”
Ele insistiu porque ela estava com uma solução
temporária, e ele não queria dar-lhe uma solução
temporária, mas, sim, uma solução definitiva. Ela
não poderia ir para a sua casa sem receber a bênção
completa, porque aquele que começou
a boa obra há de terminá-la
Marcos 5:32: Mas ele olhava ao seu redor
para ver aquela que fizera isto.
O nosso medo é produto de nossas próprias soluções.
A convicção dos efeitos da nossa fé requer que
testemunhemos para a glória de Deus, e assim
recebamos o que ainda falta, e isso, para ela, significava
(1) adorar (o pagamento), e a (2)confissão da verdade.
Que verdade? Do seu próprio método de cura, sem o
consentimento de Cristo e de sua situação
Marcos 5:33: Então, aquela mulher, ate­
morizada e tremendo, consciente daquilo
que nela fora realizado, veio e prostrou-se
diante dele, e lhe declarou toda a verdade.
Ela iria dali levando uma cu ra temporária, sem saber
que era filha de Deus, que ainda tinha fé mesmo sem
ter dinheiro, que podia ser salva, e que ainda não estava
definitivamente curada, a não ser depois de adorar e
confessar a verdade
Marcos 5:34: E ele lhe disse: “Filha, a tua
fé te salvou; vai em paz, e sê curada do açoi­
te desse teu mal”. (Lc7:50;8:48;At 16:36; Tg2:16)
5:35
As más notícias vêm para desvanecer a nossa
esperança. Aquele homem adorou com fé, e conduzia
Jesus à sua casa com esperança
Marcos 5:35: E, enquanto ainda falava,
vieram da casa do príncipe da sinagoga al­
gumas pessoas, dizendo: “A tua filha está
morta; para que ainda fatigas o Mestre?”
IMc5:22)
O medo e a fé são criativos. Ele está dizendo: “lança
fora a criatividade do medo que gera a morte, e crê
som ente”. Isto é, não tenha medo e fé, mas somente fé
Marcos 5:36: Mas Jesus, percebendo do
que se tratava, disse ao príncipe da sinago­
ga: “Não temas; crê somente”, /u s.-so j
Homens acostumados à glorificação de Jesus são
convidados a assistir uma ressurreição. Esses homens
estiveram em ocasiões especiais: (a) Na Transfiguração;
(b) Na ressurreição da filha dejairo; (c) No Getsêmani
Marcos 5:37: E não permitiu que alguém
o seguisse, senão Pedro, Tiago e João, ir­
mão de Tiago. (Mt 17:1,-20:371
Quanto maior é o pranto, maior é a propagação do
milagre. Então, Jesus diminuiu a intensidade da tragédia
para diminuir a divulgação, e referiu-se à morte como
um sono. Ele sabia que ainda não era chegado o tempo
da divulgação de suas obras
Marcos 5:38: E, quando chegaram à casa
do príncipe da sinagoga, Jesus viu o alvoro­
ço e os que choravam e pranteavam muito.
(.Mc 5:22!
É melhor enfrentar o sono do que a morte.
Diminua a propaganda do seu sofrimento
para não aumentar o alvoroço
Marcos 5:39: E, entrando, disse-lhes:
“Por que fazeis este alvoroço e chorais?
A menina não está morta, mas dorme”, tjo
11: 11/
Os incrédulos são postos para fora: os que choram
e os que lamentam não podem servir nessa hora.
Os que crêem, sim, servem. Somente quem
tem fé pode entrar onde estáodesafio
Marcos 5:40: E todos riam-se dele; mas
ele, tendo feito com que todos saíssem,
tomou consigo o pai e a mãe da menina e os
que estavam com ele e entrou onde estava
a menina.
A imposição de mãos sobre as mãos. Um ato de fé que
traz devolta ávida afilha única de um pai admirável
(1) que valorizava o único bem que tinha; (2) que não
teve medo de convidar Jesus à sua casa; (3) que não se
Marcos 6:i
Marcos M arcos M arcos Marcos Marcos M arcos M arcos
importou em ver outras pessoas sendo abençoadas,
enquanto ele era impedido de crer nas promessas
de Cristo; (4) que sabia que o poder da adoração traz
resposta imediata e certa. Ao tomá-la pela mão, tomava
as mãos do pai, da mãe e da família em meio à tragédia
da morte e do poder do Hades
Marcos 5:41: E, tomando a mão da me­
nina, disse-lhe: “Talita cumi”, que, tradu­
zido, é: “Menina, a ti te digo: levanta-te”.
(Lc7:14;AtQ:40i
A menina voltou à sua vida de adolescente,
à inquietude natural da adolescência. Mas a
responsabilidade pela continuidade de sua vida
dependia do suprimento das suas necessidades
básicas, tais como, comer e beber. Jesus dá a vida,
mas quem dá o alimento são os pais. O sincronismo
do sofrimento entre a menina e a mulher acabou. No
mesmo caminho, ele resolveu dois graves problemas
Marcos 5:42: E imediatamente a meni­
na se levantou e pôs-se a andar, pois tinha
doze anos. E logo todos foram tomados de
grande espanto.
O tempo da divulgação dos seus
sinais ainda não havia chegado
Marcos 5:43: Mas ele ordenou-lhes expres­
samente que ninguém o soubesse; e mandou
que dessem de comer à menina.
Marcos, capítulo seis (6)
O servo sente saudade de casa
Marcos 6:1 : E saiu Jesus dali e foi para a
sua terra, e os seus discípulos o seguiram.
De onde vêm essas coisas? O Espírito Santo estava
nele através de suas sete manifestações (Is 11:2). O
Espírito Santo usa os homens. Jesus estava fazendo
a sua obra como homem cheio do Espírito Santo. A
dependência de Cristo. (1) No seu ministério terreno
ele não dependia de sua imortalidade. Agora ele podia
dizer que o Pai era maior do que ele (Jo 14:6; Fp 2:6). Ele
falou assim por causa da condição de sua humilhação.
Nessa época, ele não se aproveitou do fato de ser igual
a Deus (Hb 1:3). Hoje, ele alcançou esta honra através
de sua conquista. (2) No seu ministério terreno ele
não dependia de sua onisciência: “O Pai me ensina
todas as coisas” (Jo 5:20). Isso não quer dizer que ele
não sabia todas as coisas, mas que, no momento de
sua encarnação, ele estava limitado. Tinha de atuar
assim, porque o seu ministério terreno dependia de sua
humilhação, pois estava na terra para ser o exemplo
fundamental para a sua Igreja que atuaria após ele.
Aqui estava a peça fundamental do ataque de Satanás
contrajesus. Por essa razão, no momento da tentação,
Satanás disse-lhe: “Se és Filho de Deus...”, porque,
instigando-o para que usasse a sua divindade, também
r
6:2 Marcos
esperava que Jesus provasse a sua identidade como
Deus, mas Jesus foi sábio e lhe disse: “Sou homem, vim
como homem..”.. Quando disse que nem os anjos do
Céu sabiam o dia de sua vinda, não quis dizer que ele
não era Deus, mas, sim, que, naquele momento, ele
estava em humilhação (Fp 2:5-8) e não poderia usar de
sua Divindade para o seu proveito próprio, mas confiava
pienamente no Espírito Santo que estava nele para
realizar as obras de Deus (Is 61:1; Mt24:36; 4:1). Ele
conheceu a Natanael pelo Espírito Santo que estava
nele e este o utilizava por meio dos seus dons, pois Jesus
sempre utilizou os dons do Espírito. Agiu usando o dom
da palavra de conhecimento
Marcos 6:2: E, chegando o sábado, come­
çou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvin­
do-o, estavam atônitos, e diziam: “De onde
lhe vêm estas coisas? E que sabedoria é esta
que lhe foi dada? E como acontecem estas
maravilhas que são feitas por suas mãos?
(Mt 4:23; 7:28; Mc 1:21/
(Continuação): Da mesma forma que o Espírito Santo agiu
em Eliseu, assim também agiu em Cristo. Eliseu não era
Deus, mas estava atuando pelo poder do Espírito Santo.
(3) Ele podia fazer descer fogo do céu, mas sabia por
quem agia. Todo poder quejesus possuía, antes da sua
encarnação, no Céu, foi-lhe entregue para o seu uso após
a sua ressurreição, quando anunciou a seus discípulos:
“Todo poder me foi dado nos Céus e na terra”. Isso não
significa que ele não possuía nenhum poder (Jo 17:4-5),
porque era Deus antes de sua encarnação; mas que, por
si mesmo, na sua humanidade, isto é, pela sua própria
vontade, não podia fazer nada (Jo 5:19); também não
queremos dizer que ele não era Todo-Poderoso, pois
estava vivendo o tempo de sua humilhação no mundo
(Fp2:5-8).Tudo o queelefez, fezpelo poder do Espírito
Santo. Onde estaria a sua humilhação? (At 10:38). Jesus,
durante a sua encarnação, foi total mente dependente
do Pai. Ele não veio para fazera sua vontade, até que
estabelecesse o seu Reino na terra. Por isso, somos
capazes de realizar as obras que ele fez, pelo poder do
Espírito Santo (At 10:38). Fortaleça o seu espírito e não
“alimente” a sua carne. Esteja consciente de que o Pai o
tem enviado. Dependa do Pai. Entregue sua vontade ao
Pai. Não é você quem vive; houve um desprendimento do
velho homem. O diabo quer que você o utilize novamente.
Houve um revestimento do novo homem. Quando Cristo
ressuscitou, deixou os lençóis no sepulcro. Não considere
mais os lençóis velhos. O mesmo sentimento de Cristo
deve estarem seu coração. Mude a sua mente pela mente
de Cristo. Mudeasua vontade pela vontade do Pai. Deixe
que o Espírito Santo tome oseulugarnasuavidaenão viva
mais sob o poder do pecado e da carne. Jesus não destruiu
o diabo; pois foi-lhe permitido ficar até que nós tivéssemos
a mesma experiência de Cristo (Rm 8:16). Isso é o que a
criatura espera: a manifestação dos filhos de Deus. Ele
não deu fim às doenças e às dores, mas deu-nos o exemplo
de como agir sobre elas. Temos poder para vencê-las (Mc
16:15; At 1:8). Jesus não viveu uma vida parasi mesmo.
Ele enfrentou a Satanás nas mesmas condições que você
128
6:6
e eu o enfrentamos, como homem cheio do Espírito Santo
(Hb 12:2). Continue olhando para ele. (4) Como homem, o
Espírito Santo desceu sobre ele (Jo 1:32). Sua dependência
do Pai é vista na Palavra de Deus (ls 1 l:2;Jol:51).Noseu
ministério terreno, vemos a sua dependência do serviço
dos anjos (Hb 1:14). Ele jamais deixou de ser Deus quando
foi revelado como homem; mas também nunca usou de
sua divindade para o seu proveito próprio durante o tempo
de sua humilhação. Nisso consistia a tentação de Satanás
sobre ele. Da mesma maneira como hoje, tendo em nós a
natureza de Deus, o diabo nos tenta a que usemos anossa
capacidade (o eu) natural. (5) No ministério terreno de
Cristo, o testemunho e a revelação do Filho do homem
foram notórios, ainda que toda a nação de Israel e seus
discípulos o esperassem com outro fim. Os discípulos o
esperavam como um Deus ou como um rei, mas ele se
manifestou como um homem sem glória própria, não
fazendo a sua própria vontade (Jo 4:45-46) e, poressa
razão, as pessoas se maravilhavam, como nesse texto.
Aqui está uma das mais poderosas provas biológicas de
quejesus era homem e que teve uma vida muito mais
natural do que o primeiro Adão, que já foi formado homem
adulto. Ele teve irmãs, irmãos e uma família normal
Marcos 6:3: Não é este o carpinteiro, filho
de Maria e irmão de Tiago, de José, de Ju­
das e de Simão? E não estão aqui entre nós
suas irmãs?” E escandalizavam-se dele.
(Mt 12:46; 11:6)
O profeta não tem honra na sua própria terra,
mas o sacerdote tem. A falta de reconhecimento do
ministério do profeta o impulsiona a outros lugares
onde é compensado
Marcos 6:4: Mas Jesus lhes disse: “Não
há profeta sem honra, senão na sua ter­
ra, entre os seus parentes e na sua própria
Casa”. 1)04:4)
A incredulidade doentia é aquela que se origina no seio
de nossa própria família; é a que mais dói e a que tem
maior poder de bloqueio
Marcos 6:5: E não podia fazer ali nenhu­
ma maravilha, pois somente curou alguns
poucos enfermos, impondo as mãos sobre
e le S . (Mt5:23;7:32;8:23)
A incredulidade doméstica que impulsiona o profeta
é compensada nas suas viagens missionárias; mas a
incredulidade com que tratam o pastor nos lugares
longínquos desuacasaoim pulsionaa voltar para casa
Marcos 6:6: E estava maravilhado da in­
credulidade deles. Em seguida, ele percor­
ria as aldeias ao redor, ensinando. (MtQ.ss;
Lc 13:221
A Primeira Comissão foi fruto da rejeição dos obreiros
experientes. Ele chamou pastores, mas os pastores não
 M arcos
quiseram vir; então chamou as ovelhas e deu-lhes poder
sobre poderes desconhecidos até então
Marcos 6:7: E chamou os doze, e come­
çou a enviá-los de dois a dois, e deu-lhes
potestade sobre os espíritos imundos; /Mc
3:13; Lc 10:1;
A Primeira Comissão saiu ao campo sem experiência,
como Moisés foi a Faraó, apenas com um bordão. A
provisão do pão era por conta do Senhorjesus. O alforje
era onde eles guardavam as ofertas para o Santuário e a
bolsa era onde guardavam o seu próprio dinheiro. Eles
ainda não tinham potestade para levantar ofertas e nem
deveriam esperar salário em dinheiro; o salário deles
era apenas o alimento
Marcos 6:8: e ordenou-lhes que não le­
vassem nada para o caminho, senão um
bordão; nada de pão, nem alforje, nem di­
nheiro no cinto;
Eles deveriam ter a mesma disposição de trabalho que
Neemias e seus servos tinham: uma única vestimenta
que deveria ser lavada no mesmo dia. Mas deveriam
estar calçados e não deveriam se preocupar em chamar
a atenção com duas túnicas
Marcos 6:9: mas que calçassem sandálias
e que não levassem duas túnicas.
Não deveriam escolher entre duas casas para hospedar-
se, nem trocar de casa depois de hospedados
Marcos 6:10: E dizia-lhes: “Na casa em
que entrardes, hospedai-vos ali até sairdes
da cidade. m w : i i i
A importância de receber os enviados na condição
de Primeira Comissão. Se Ló tivesse feito o papel da
Primeira Comissão em Sodoma, ela poderia ter sido
livre daquela catástrofe
Marcos 6:11 : E, por causa de todos aque­
les que não vos receberem nem vos ou­
virem, saindo dali, sacudi o pó que está
debaixo de vossos pés, em testemunho
contra eles. Verdadeiramente vos digo que
haverá mais tolerância para os de Sodoma
e Gomorra no Dia do juízo do que para os
daquela cidade”. (m u o .-m j
A mensagem simples da Primeira Comissão
Marcos 6:12: E, ao saírem, pregavam que
todos os homens se arrependessem; /Mt i
I Lc9:Ó!
Os sinais sobrenaturais feitos por Deus através da
Primeira Comissão: (1) expulsar demônios, (2) ungir
enfermos e (3) curar enfermos
6:20
Marcos 6:13: e expulsavam muitos demô­
nios, e ungiam com óleo a muitos enfermos, e
os curavam, rrg zu )
50
João estava morto, mas na consciência
O
de Herodes ainda estava vivo. Aqueles que O
ofendem sofrem mais (SI 137:3) C/5
Marcos 6:14: Eouviu o rei Herodes a respei­
to da fama de Jesus, porque o nome de Jesus
se tornou notório, e disse: “João, o Batista,
ressuscitou dos mortos, e é por isso que estas
O
virtudes operam nele”.
Os fariseus e bajuladores do rei
o
C/5
Marcos 6:15: Mas outros diziam: “É Elias”.
E ainda outros diziam: “É profeta ou algum
dos profetas”. iMc8:28;Mt 16:14;21:111
A própria convicção do rei: aressurreição
dejoão ajudaria a sua consciência
Marcos 6:16: E Herodes, ouvindo isso, dis­
se: “Este é João, a quem mandei degolar; ele
ressuscitou dos mortos”. tu3:i9>
A oportunidade de Herodes:
tinha o seu pregador particular
Marcos 6:17: Porquanto o próprio Herodes
ordenara que prendessem a João e que o en­
cerrassem de mãos atadas no cárcere, piorcau­
sa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe,
porque ele a tomara como mulher.
O verdadeiro profeta não se vende: ele falará sempre a
verdade, sem rodeios. Alguns gostam de ouvir mentiras
e háoutros que, aoouvirem a verdade, reagem como se
ouvissem mentiras; ainda há outros que, ao ouvirem a
mentira, reagem como se estivessem ouvindo a verdade
Marcos 6:18: Porque João dizia a Herodes: C/5
“Não te é lícito possuir a mulher de teu ir­
mão”. (Lvl8:16;20:21j
Mulheres, discípulas deJezabel, aquela que perseguiu
Elias, cheias de rancores, também perseguem profetas >
comojoão. Um poder sobrenatural guardariajoão Batista, 50
até que cumprisse o seu ministério. Os mesmos demônios O
que agiram em Acabe e em Jezabel estiveram ativos ali
contra o “Elias”do Novo Testamento O
C/3
Marcos 6:19: E Herodias, cheia de rancor,
queria matá-lo, mas não podia;
O verdadeiro profeta toca no coração de seus ouvintes,
e o que nos maravilha é que tais ouvintes o respeitam, o
guardam e o ouvem com boa vontade
Marcos 6:20: porque Herodes temia a
João, reconhecendo-o como varão justo e
6:21 MARCOS
santo; por respeito, o guardava seguro; e,
ao ouvi-lo, sentia que o tocava em muitas
coisas, e de boa mente o ouvia. (Mt2i:26)
Apocalipse 11:7: Que honra, em dia de banquete real
João entrará no Reino de Deus para sempre e será
recebido pelo Ancião de Dias. No dia do aniversário de
Herodes, marcou-se a morte de João. Ao pregar diante
de sua presença, Deus lhe dava a mesma oportunidade:
“Pede-me o que queres”. Mas ele e toda a sua dinastia
rejeitaram os maiores pregadores de sua geração: João,
Jesus e Paulo
Marcos 6:21: Então, chegando um dia
oportuno, em que, no aniversário de seu
nascim ento, Herodes oferecia um ban­
quete aos grandes da sua corte, tribunos e
príncipes da Galiléia, (Eti:3;2:i8)
Alguns dão até a metade de seu reino a uma
dançarina vulgar e desprezam os maiores
valores que estão no seu palácio
Marcos 6:22: eis que entrou a filha de
Herodias, dançando, e agradou a Herodes
e aos convidados que estavam com ele à
mesa. Então o rei disse à jovem: “Pede-me
o que quiseres, e eu to darei”.
A cabeça do profetajoão valia o mesmo tanto que, hoje,
vale um intercessor ajoelhado (era como Mardoqueu,
que não se curvava diante de homens como Hamã): a
metade de um reino
Marcos 6:23: E jurou-lhe, dizendo: “Tudo
o que me pedires te darei, ainda que seja
metade do meu reino”. 5:3,7:2:
Filhos mimados e acostumados a “cursinhos”,
“festinhas”, “dentistas” e “shoppings”, acima de Deus,
não conhecem as verdadeiras riquezas
Marcos 6:24: E ela, tendo saído, pergun­
tou à sua mãe: “Que pedirei?” Ela respon­
deu: “A cabeça de João, o Batista”.
O maior dos servos: Ele não serviu pratos, ele foi
servido em um prato. Quão grande seria esse homem
se não houvessem os filhos da graça? Pois ele é o maior
entre aqueles do antigo pacto. Então, quanto vale um
pequenino da graça? Herodes entregou a cabeça de
João para satisfazer a mágoa de uma mulher doente,
mas não pôde apaziguar a sua consciência, que via João
ressuscitado constantemente
Marcos 6:25: Então, ela entrou com pres­
sa à presença do rei, e lhe pediu, dizendo:
“Quero que, imediatamente, me dês em
um prato a cabeça de João, o Batista”.
Quem faz promessa a uma mulher deve cumpri-la,
130
6:32
porque asuahom bridadeeasua honra tornam-se
garantias que se penduram na ponta da sua língua, e
dormem nos ouvidos de nossos inimigos e testemunhas
Marcos 6:26: E o rei entristeceu-se mui­
to; mas, por causa do seu juramento e por
causa dos que estavam com ele à mesa, não
lha quis negar.
A covardia de quem tem força, sempre é demonstrada
diante do pescoço de quem tem o poder da Palavra
Marcos 6:27: Então o rei enviou, imedia­
tamente, um soldado de sua guarda com a
ordem de trazer a cabeça de João. E ele foi
e o degolou no cárcere,
As mentes preciosas de Deus são presentes de Deus
aos homens. Alguns amam ouvir o que elas pensam,
outros tampam os seus ouvidos para não ouvi-las,
mas, como continuam falando, procuram cortá-los da
terra; este mundo não é digno deles. A batalha entre o
conhecimento da língua e o poder político da espada
transforma a heróica espada em covarde e o profeta em
um mártir; mártir que ninguém quer ter o seu busto,
pois, no palácio, a todos denuncia
Marcos 6:28: e trouxe a sua cabeça em ;
um prato e a deu à jovem, e esta a deu à
sua mãe.
Homens prisioneiros e mártires de uma mensagem têm
discípulos que nunca morrem e sempre se reproduzem,
e eles sabem o que significa honrar
Marcos 6:29: E quando os seus discípulos
ouviram isso, vieram, e levaram o seu cor­
po e o puseram em um sepulcro.
O regresso da Primeira Comissão
Marcos 6:30: Então os apóstolos ( “envia­
d o s ”! se reuniram com Jesus e contaram- I
lhe tudo o que tinham feito e ensinado.
(Lc 10:20)
A comida era o único salário deles e Jesus sabia que eles
eram dignos de recebê-lo. A restauração do direito à
privacidade é vista nesse livro constantemente. Jesus
não nos chamou para sermos escravos das pessoas,
antes, como servos de Deus
Marcos 6:31 : Ao que ele lhes disse: “Vin- j
de à parte, para um lugar deserto, e repou­
sai um pouco”. Porque eram muitos os que
iam e vinham, e ainda não tinham lugar
para comer. imc3:20)
(1 1 )0 direito ao descanso
Marcos 6:32: Eeles se retiraram em um bar­
co e foram para um lugar deserto, à parte.
6:33
Jesus sabia que os seus discípulos acabavam de chegar
de uma grande missão, na Primeira Comissão, e
toma a frente naquele momento. A fome da Palavra e
das bênçãos de Deus era tão grande que as pessoas,
correndo a pé, chegavam primeiro do que os discípulos
que usavam transporte. Os discípulos estavam se
acostumando com aquele ministério e já as multidões os
venciam à pé. Jesus precisava dar-lhes uma lição (v. 45)
Marcos 6:33: Mas muitos os viram partir
e os reconheceram; e para lá correram, a
pé, de todas as cidades, e chegaram antes
do que eles, e se ajuntaram ali.
Ovelhas que não têm pastor merecem a
misericórdia, o pastoreio e o ensino
Marcos 6:34: EJesus, ao desembarcar, viu
uma grande multidão e teve misericórdia
deles, porque eram com o ovelhas que não
têm pastor; e com eçou a ensinar-lhes m ui­
tas coisas. (Mc 8:2; Mt 9:36)
Que alimento era este? Que ensino era este que os
mantinha vivos e atentos o dia inteiro? Eles tinham
dinheiro e não alimento. Qualquer falso profeta se
aproveitaria do povo para levantar fundos em troca de
uns pães milagrosos. Mas o caráter dejesus era perfeito
e ele jamais se aproveitava das pessoas, antes resolvia os
seus problemas; de dia ou de noite, na praia ou no deserto
Marcos 6:35: E, quando as horas do dia já
estavam muito adiantadas, os seus discípu­
los se aproximaram dele, dizendo: “O lugar
é deserto, e o dia já está muito adiantado;
A mensagem do Evangelho é eficaz quando é oportuna.
A Primeira Comissão estava vivendo o seu tempo de
lazer, depois de vários dias de trabalho. Jesus estava lhes
ensinando uma grande lição: O povo pode ser participante
dos momentos de lazere das provisões de Deus
Marcos 6:36: desp ed e-os, para que
entrem nos sítios e nas aldeias que estão ao
redor, e comprem pão para si, porque não
têm o que comer.
Tudo o que eles tinham eram duzentos denários. E o que
eles estavam perguntando era: “Queres que gastemos
tudo o que temos com eles?”. Porque, para que cada
um tivesse o seu próprio pedaço, eles necessitavam
de duzentos denários de pão (Jo 6:7). Jesus os estava
experimentando (Jo 6:6)
Marcos 6:37: Mas ele, respondendo-lhes,
disse: “Dai-lhes vós m esm os de com er”.
Então eles lhe perguntaram: “Queres que
saiamos a comprar duzentos denários de
pão para dar-lhes de com er?” /2Rs4;4244)
Jesus não queria saber quanto dinheiro eles tinham,
Marcos 6:43
mas qual era a matéria-prima que eles tinham para um a*
milagre. Era o suficiente para os discípulos comerem
naquele dia (Jo 6:9-12). Eles mesmos não tinham
alimento. Eles não tinham bolsa nem alforje. André
encontrou o jovem que vendia pães. Para a Primeira
Comissão, cinco pães e dois peixes constituíam o
alimento do “amanhã” C/3
Marcos 6:38: E ele lhes disse: “Quantos
pães tendes? Ide ver”. E, informando-se,
responderam: “Cinco pães e dois peixes”.
(Mt 15:34; Mc 8:5)
Ordem é o primeiro passo para o milagre
os Marcos M arcos M arcos M arcos M arcos
Marcos 6:39: Então, Jesus mandou a to­
dos que estivessem reclinados sobre a relva
verde, em grupos.
Os grupos de cem e os grupos de cinqüenta mostram que
não há multiplicação sem ordem, sem subdivisão, sem
liderança menor e maior
Marcos 6:40: E reclinaram-se em grupos
de cem em cem e de cinqüenta em cin­
qüenta.
A multiplicação começa pelas mãos de Jesus e, depois,
pelas mãos dos discípulos; em seguida, pelas mãos dos
diversos grupos; e das mãos dos grupos, para os cestos
Marcos 6:41 : E, tomando os cinco pães e
os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os
abençoou, partiu os pães e os deu aos seus
discípulos para que os servissem diante de
todos; e também repartiu os dois peixes en­
tre todos. (Mc7:34;Mt26:2ó;Mc 14:22;Lc24:30,3Ij
Marcos 6:42: E todos comeram e ficaram
saciados.
Na primeira multiplicação, Jesus usou cinco pães.
Na segunda, sete, totalizando doze pães. O número
suficiente de pães que era colocado na mesa dos
pães da proposição, no Tabernáculo. Cada discípulo
representava uma tribo de Israel e o povo, sem
pastor, precisava de alimento; o povo sem pastor que
chegava adiantado no local dos milagres precisava
experimentar os pães da mesa de Deus. A princípio,
Jesus estava lhes dando cinco pães e, brevemente,
mais sete. Se, ao invés de tomarem emprestado os
pães, eles tivessem comprado os pães do jovem, o
resultado do milagre seria totalmente deles,
e, na primeira colheita desse primeiro milagre,
cada discípulo levaria o seu cesto como seu salário,
pois lembramos que o salário da Primeira
Comissão era o alimento (Jo 6:9)
Marcos 6:43: Em seguida, recolheram,
dos pedaços de pão e dos peixes, doze ces­
tos cheios.
131
r 3 a s^ g w 3 M 8 ssssa » ? g
6:44
No capítulo oito, comparamos as duas multiplicações.
Aquele jovem jamais imaginou que a sua empresa de
venda de pães iria prosperar tanto! Quando Jesus quer
abençoar uma pessoa, ele usa as circunstâncias
Marcos 6:44: E os que comeram dos pães
eram cinco mil hom ens.
Quando Jesus nos obriga a avançar. (1) Para avançar é
necessário ser obrigado por alguma circunstância; (2)
devemos entrar no barco e ir adiante; (3) devemos ter
visão do outro lado; (4) devemos permitir que Jesus faça
por nós aquilo que comumente fazemos (fechar a loja,
fechar o caixa, as burocracias), as quais nos
impedem de tomaruma decisão
Marcos 6:45: E logo a seguir, apressou
os seus discípulos para que subissem no
barco e fossem adiante dele, para o outro
lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a
multidão. (Mc6:32;Mt 11:21;Mc 8:22)
Jesus não vai com eles. Jesus não os abandona.
Jesus foi orar por eles. O intercessor ora por nós,
a fim de que, na provação, sejamos vencedores
Marcos 6:46: E, depois que os despediu,
foi ao monte para orar.
Anoite é um tempo difícil e requer um cuidado especial
de Jesus. Não podemos passar uma noite em alto-mar
sem Jesus. Mas, por que ele estava sozinho em terra?
Enquanto a provação não chega ao seu ápice, ele não
pode entrar em cena. Eles precisavam saber, por sua
própria experiência, que sem Jesus não avançamos
na nossa mediocridade, não passamos do meio nem
podemos atravessar o mar nem uma noite sem ele
Marcos 6:47: E, quando chegou a noite, o
barco estava no meio do mar, e ele sozinho
em terra.
A tribulação nos deixa cegos e, muitas vezes,
sem entendimento: ventos contrários podem ser
aproveitados pela embarcação, quando o comandante
tem experiência. Diferentemente de outras situações,
esses ventos não precisavam ser repreendidos, mas
aproveitados. Já à noite Jesus veio para passar adiante
deles! Jesus estava disposto a preceder-lhes, pois
esse era o objetivo daquela missão: ir adiante. Jesus
não queria entrar no barco e estar com eles, Jesus
queria aj udá-los a avançar. Lendo os versos 32 e 33,
entendemos por que Jesus queria que eles navegassem
usando o vento e não os remos. As multidões estavam
chegando ao mesmo destino antes deles, indo à pé, e
eles, com o barco, chegavam atrasados. Jesus queria
ensinar-lhes a usar o vento em lugar dos remos
Marcos 6:48: E, vendo-os fatigados de
tanto remar, porque o vento lhes era con­
trário, perto da quarta vigília da noite ( “e n ­
tre três e seis da m a n h ã ”), veio ter com
M arcos 6:55
eles, andando sobre o mar; e queria passar
à f r e n t e d e le S . (Mt 13:35;24:43)
Homens que oram ficam mais leves. Homens que oram
têm visão. Homens que oram conhecem os meios de
transportar-se mais rápido e livre do que o habitual.
Homens que oram (1) são confundidos, (2) causam
temor e (3) estão sempre à frente
Marcos 6:49: E eles, ao vê-lo andando so­
bre o mar, pensaram que era um fantasma
e gritaram.
Enquanto o seu nome não é dito, o temor impera
Marcos 6:50: Porque todos o viram e se
turbaram; mas ele im ediatam ente falou
com eles e disse-lhes: “Tomai alento! Eu
sou. Não temais”. (Mt9.-2)
Ele não repreendeu aquele vento. Aquele vento, não!
Jesus entrou no barco e eles ficaram fora de si. Quem
eram os fantasmas? O vento repousou quando Jesus
entrou no barco. Aquele que os levaria adiante já estava
com eles, e os ventos foram despedidos
Marcos 6:51 : E subiu para junto deles no
barco, e o vento repousou; e eles ficaram
fora de si, e se maravilhavam, /mcó:32)
A Primeira Comissão não entendeu a lição: Milagres
compreendidos tardiamente podem bloquear a mente
para novos milagres. Eles tinham vindo para um lugar à
parte a fim de descansarem e tiveram tanto trabalho
Marcos 6:52: porque ainda não tinham
compreendido acerca dos pães, antes, o
coração deles estava ofuscado. (M c3:S;8:i7, i s ;
16:14)
Nunca um porto foi tão útil! Sem Jesus,
eles não teriam chegado ali
Marcos 6:53: E chegaram da travessia
a terra, em Genesaré, na outra banda, ali
atracaram, uo6:24,25)
Mais adiante: (1) Trabalho dobrado. (2) Descanso raro
Marcos 6:54: E, imediatamente depois
que desembarcaram, as pessoas o reconhe­
ceram;
A fama de Jesus (o que ele não queria) havia corrido
por todos os lados, e as multidões vinham ter com ele
somente pelo benefício que recebiam, mas não para
honrá-lo como Senhor
Marcos 6:55: e, correndo por toda aquela
região, começaram a trazer, de todas as
partes, enfermos nos leitos, e os levavam
para onde sabiam que ele estava.
132
6:56 Marcos
Os mesmos métodos da mulher que sofria do fluxo de
sangue (Mc 5:28). Uma cura recebida sem compromisso,
sem adoração, sem conversão, que produziu apenas
um estancamento. No dia da sua paixão, essa mesma
multidão gritará: “Crucifica-o”. Eles queriam tocar nas
suas vestes, e ele permitia que tocassem nele a fim de
evitar o resultado visto em Marcos 5:28
Marcos 6:56: E, onde quer que ele en ­
trasse nas aldeias, nas cidades ou nas her­
dades, colocavam os enfermos nas praças,
e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao m e­
nos na orla do seu manto; e todos os que o
tocavam eram curados. (Mc3:io;m ç :20)
Marcos, capítulo sete (7)
O legalismo desmascarado dos fariseus e dos escribas
Marcos 7:1 : E ajuntaram-se em torno de
Jesus os fariseus e alguns dos escribas, vin­
dos de Jerusalém.
A preocupação dos fariseus era com as mãos sujas,
mas internamente eram tão sujos como os sepulcros,
enquanto Jesus se preocupava com a sujeira dos seus pés
Marcos 7:2: Estes observaram que alguns
dos seus discípulos com iam pão com as
mãos impuras, isto é, sem lavá-las confor­
me o ritual;
Os fariseus vão receber a maior lição de vida
que Jesus lhes havia preparado cuidadosamente.
Observe a história de suas tradições
Marcos 7:3: pois os fariseus, e todos os
judeus, guardando a tradição dos anciãos,
se não lavarem as mãos várias vezes, com
cuidado, não com em ; (A tio.i4,28;ii:8i
Marcos 7:4: e, quando voltam da praça
do mercado, se não se purificarem, não co­
mem. E muitas outras coisas costumavam
guardar, com o a lavagem de copos, jarros e
vasos de metal e leitos. (Mt23:25;Lc ii.-3Q)
A lição começa com uma pergunta dos fariseus.
Eles tomam como base os discípulos de Jesus,
como de costume
Marcos 7:5: E perguntaram-lhe os fari­
seus e os escribas: “Por que os teus discí­
pulos não andam conforme a tradição dos
anciãos, mas com em o pão com as mãos
Sem purificá-las”? (Mc7:3,8,9,l3;Gll:14)
A base de sua doutrina: Isaías 29:13
7:13
Marcos 7:6: E Jesus respondeu-lhes: ;
“Bem profetizou Isaías acerca de vós, hi- j
pócritas, com o está escrito: Este povo com
os lábios me honra; mas o seu coração está j
longe de mim. ns2Q:i3)
A base da doutrina dos fariseus: preceitos de homens
e tradições que abandonavam a Palavra de Deus.
Substituíam a Palavra de Deus pelas tradições
dos homens. É como se, hoje, conhecêssemos >
rigorosamente os estatutos de uma igreja e déssemos
mais crédito aos estatutos do que à Palavra de Deus
»
O
Marcos 7:7: Mas em vão me honram, en- I
sinando, com o doutrinas, coisas que são
o
oo
mandamentos de homens.
Marcos 7:8: Porque, abandonando o
mandamento de Deus, vos apegais à tradi- |
ção dos hom ens, com o lavagens de copos
e de jarros, e ainda fazeis muitas coisas se-
melhantes a estas”. ímc7:s,q, i3í
Marcos 7:9: E ainda dizia-lhes: “Bem sa­
beis invalidar o mandamento de Deus, para
guardardes a vossa tradição”, /mcz-s a u /
Um exemplo do desprezo pelos mandamentos de
Deus e do apego às tradições que contradizem os
mandamentos
Marcos 7:10: Pois Moisés disse: “Honra a
teu pai e a tua m ãe”; e: “Quem amaldiçoar
o pai ou a mãe, certamente morrerá sem
remissão”. [Êx20:l2;21:17;Dt5:16;Lv20:9)
Os preceitos humanos invalidam os mandamentos:
aquilo que se dedicaria aos pais consideravam como
ofertar no altar. Isto era uma grande contradição
e irreverência, bem como auto-administração do
consagrado. Muitos agem assim: cumprem com o seu
dever civil ou social e descontam do altar aquilo que
gastam com seus pais, deixando de cumpriro
que é seu dever como filhos de Deus
Marcos 7:11: Mas vós dizeis: “Basta um -
homem dizer ao seu pai ou à sua mãe: Tudo ?
aquilo que poderias aproveitar de meus
dons é corbã, isto é, considere-o com o ofer­
ta ao Senhor”. (Mt 15:5;23:18)
Marcos 7:12: Assim, não o permitis fazer
algo mais por seu pai ou por sua mãe,
E muitos outros exemplos de invalidação dos
mandamentos com preceitos de homens
Marcos 7:13: invalidando, assim, a pa­
lavra de Deus pela vossa tradição, que vós
7:14
ensinastes; e muitas outras coisas fazeis
semelhantes a estas. <mc7:\3, q
A publicação da verdade sobre o ato de lavar as mãos e
os dejetos do coração
Marcos 7:14: E, chamando a si novamen- j
te toda a multidão, disse-lhes: “Ouvi-me,
vós todos, e entendei”.
Tudo o que entra no homem entra pela boca e tem
destino: o local de detritos apropriado. O que sai do
homem é o que contamina o homem
Marcos 7:15: Nada há, fora do hom em ,
que, entrando nele, o possa contaminar;
mas o que sai do hom em , isso é o que con­
tamina o homem.
Marcos 7:16: Se alguém tem ouvidos para
ouvir, ouça.
A explicação particular da parábola aos seus discípulos
Marcos 7:17: E, deixando a multidão, j
logo que entrou em casa, os seus discípulos
lhe perguntaram a respeito da parábola.
Aquilo que entra na boca do homem não pode
contaminá-lo, porque é lançado fora. Mas aquilo
que entra pelos seus ouvidos entra no coração, ali
permanece e não pode sair, senão para outro coração, e
isso é o que contamina
Marcos 7:18: Então lhes respondeu: “Tam­
bém vós estais assim, sem entendimento?
Não compreendeis que tudo o que de fora
entra no homem não o pode contaminar?
O poder biológico do corpo: purificar todo os alimentos j
Marcos 7:19: Porque não entra no seu
coração, mas no seu ventre, e tudo o que
não lhe é útil é lançado fora; assim, todos os
alimentOS SãOpuriflCadOS”. (Rml4:l-12;Ct2:16;
Lc 11:41;At 10:15; 11:9)
O que sai do coração do homem para outro coração
pode contaminar. Porque já são fezes emocionais que
estão guardadas no coração. As fezes emocionais são
lançadas de dentro do coração, assim como as fezes são
lançadas do ventre do homem à caixa de dejetos. Então,
devemos evitar ouvir e dar crédito àquela pessoa que
está com o coração cheio de amargura, para não sermos
contaminados com os seus dejetos emocionais
Marcos 7:20: E prosseguiu: “O que sai do
homem, isso é o que o contamina.
As fezes emocionais que procuram uma fossa e
contaminam o homem: são treze maldades
Marcos 7:21 : Pois é do interior, do cora- |
Marcos 7:28
ção dos hom ens, que fluem os maus pen­
samentos, os adultérios, as fornicações, os
homicídios,
Observe que, da avareza em diante,
Jesus coloca os vocábulos no singular
Marcos 7:22: os furtos, a avareza, a mal­
dade, o engano, a libertinagem, a inveja, |
a injúria, a soberba, a insensatez; (Mtó.-23; :
20:15)
Marcos 7:23: todas essas maldades fluem
de dentro e contaminam o hom em ”.
A fé escatológica da mulher de Tiro e Sidon que abre um
intervalo nas setenta semanas de Daniel. A lâmpada que
não pode esconder-se era ele mesmo
Marcos 7:24: E, levantando-se dali, foi
| para os termos de Tiro e Sidon. E, entrando
em uma casa, queria que ninguém o sou­
besse, mas não pôde esconder-se,
Todas as pessoas que pagaram seu pedido com adoração
foram satisfeitas porjesus
Marcos 7:25: porque certa mulher, cuja fi­
lha estava possessa de um espírito imundo,
imediatamente após ouvir falar dele, veio e j
prostrou-se aos seus pés;
Os gentios conheciam o segredo da adoração e dos
rogos (como o centurião romano). Como gentia, ela não
tinha direito àquela cura naquele tempo (Mt 1:17)
Marcos 7:26: e a mulher era grega, de
origem siro-fenícia, e rogava-lhe que ex ­
pulsasse o dem ônio de sua filha.
Os filhos não o reconheciam. Jesus tinha ido ali para
verse encontrava alguma ovelha perdida da casa de
Israel. Mas ela deu-lhe a entender que ele precisava
de cachorrinhos especiais para ajudá-lo a encontrar as
ovelhas, e, para isso, os cachorrinhos eram muito úteis,
e não geram muito gasto. Por essa palavra, ela ganhou a
libertação dasuafilhae deu início ao tempo dos gentios,
por sua causa. Sua palavra foi de perseverança,
de fé e de ousadia
Marcos 7:27: Disse-lhejesus: “Deixa-me
j primeiro satisfazer os filhos, porque não é
bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos
cachorrinhos”.
Ela não se importou em comer as migalhas que caíam da
mesa, como Lázaro, da mesa do homem rico
Marcos 7:28: Ela, porém, replicou e dis­
se-lhe: “Sim, Senhor; mas até mesmo os
cachorrinhos, debaixo da mesa, com em
 7:29
d a s m ig a lh a s q u e c a e m d o s filh o s ” .
Marcos 7:29: E n tã o , e le lh e d is s e : “ P o r
e s s a p a l a v r a , v a i; já o d e m ô n i o s a iu d e
t u a f ilh a ” .
Uma pessoa que sabe a direção da sua casa está em
pleno juízo, pois, quando uma pessoa está fora de seu
juízo, deita-se em qualquer lugar. O gadareno dormia
nos sepulcros
Marcos 7:30: E, re g r e s s a n d o e la p a ra su a
c a sa , s o u b e q u e já o d e m ô n io tin h a sa íd o
e v iu q u e a s u a filha e s ta v a d e ita d a s o b re
acam a.
O surdo e tartamudo precisava muito mais do
que um simples toque
Marcos 7:31: E, te n d o J e s u s re g re s s a d o
d o s te r m o s d e T iro , v e io p o r S id o n a té ao
m a r d a G a lilé ia , p a s s a n d o p e la fro n te ira d e
DecápOÜS. iMt 15:2Q>
O que aquele surdo tinha?
Marcos 7:32: E trouxeram-lhe um surdo
e tartamudo, e rogaram-lhe que impusesse
a SUa mãO SObre ele. (Mc5:23; M t 9:32;Lc I 1:14j
Os dois dedos no ouvido: a palavra completa sara.
Tipo do Antigo e do Novo pactos! O Antigo e o
Novo Testamentos penetrando nos seus ouvidos.
Geralmente, as pessoas enfermas permanecem
enfermas por causa do ambiente onde vivem. Assim
como em um hospital pode haver infecção hospitalar,
que pode matar aquele que já está enfermo, há também
infecção de incredulidade no ambiente que acaba de
matar o enfermo espiritual, e Jesus já sabia disso. Passos
do milagre: (1) levou-o à parte da multidão, (2) colocou
os seus dedos nos ouvidos dele (3) e, ungindo-o, (4)
tocou a sua língua
Marcos 7:33: E J e s u s , to m a n d o - o à p a r te
d a m u ltid ã o , p ô s os d e d o s n o s o u v id o s d e le
e, c u s p in d o , to c o u a s u a lín g u a c o m saliv a;
j (Mc 8:23;Jo Q:Òi
Sua dependência era do Pai. Seus sinais vinham do Pai
Marcos 7:34: e , e r g u e n d o o s o lh o s a o
C é u , s u s p iro u e d isse: “ É fa ta ” , isto é: A bre-
te. (Mc 0:41; 8:12}
Os verbos do milagre: (1) abriram-se os ouvidos, (2)
desfez-se a prisão da língua, (3) falou perfeitamente
Marcos 7:35: E im e d ia ta m e n te o s se u s o u ­
v id os se a b rira m , e a lig a d u ra d a s u a lín g u a
se d e s fe z , e falava p e rfe ita m e n te . 35=
5,61
Como aquele homem poderia contero seu espírito,
pois acabara de falar e Jesus lho proibiu de anunciar o
Marcos 8:5
que havia acontecido? Isso é temperança! A língua que
estava presa agora precisava ser controlada!
Marcos 7:36: E n tã o J e s u s lh e s m a n d o u 50
q u e n a d a d iss e sse m a n in g u é m ; m a s, q u a n ­
to m a is lh e s m a n d a v a , ta n to m a is o d iv u l­
C/5
gavam . (M t8 :4 ;M c 1:44; 5:4. V
Marcos 7:37: E g r a n d e m e n te se m a ra v i­
lh a v a m , d iz e n d o : “ C o m o tu d o faz b e m ; faz
>
a té o s s u rd o s o u v ire m e o s m u d o s fa la re m ” .
33
(Mt 15:30,31!
O
Marcos, capítulo oito (8) C/5
A preocupação social com a multidão que o seguia
Marcos 8:1: N a q u e le s d ia s , a ju n to u - s e
[arcos M arcos M arcos Marcos M arcos
n o v a m e n te ao r e d o r d e le u m a g ra n d e m u l­
tid ã o , e n ã o te n d o e le s o q u e c o m e r, Je su s
c h a m o u o s d is c íp u lo s e d isse -lh e s:
Estar com Jesus não evita provações. Quem não nos falta
é ele, e não as coisas que ele pode nos dar (SI 23:1)
Marcos 8:2: “ T e n h o m is e ric ó rd ia d a m u l­
tid ã o , p o r q u e já e s tã o c o m ig o h á trê s d ia s, e
J n ã o tê m o q u e c o m e r, (Mt tw a
Jesus sabe como jejuar e também conhece o esforço vão
no jejum. Ele conhece a carga que podemos levar
Marcos 8:3: S e e u o s e n v ia r e m je ju m p ara
su a s c a sa s, d e s fa le c e rã o n o c a m in h o ; e a l­
g u n s d e le s v ie ra m d e lo n g e ” .
Os maiores milagres de Deus em favor de seu povo
foram justamente no deserto. Quanto maior é o deserto,
maior também é o milagre. Durante quarenta anos,
Jesus foi o maná daquele povo
Marcos 8:4: E o s s e u s d is c íp u lo s lh e re s ­
p o n d e r a m : “ D e o n d e p o d e r á a lg u é m sa tis­
faz ê-lo s d e p ã o a q u i n e s te d e s e r to ? ”
Antes do milagre, deu oportunidade para declararem
quanta provisão eles tinham: sete, foi o declarado,
mas eles tinham oito (v. 14). Aquele oitavo pão fará
uma grande diferença no resultado
Marcos 8:5: E p e rg u n to u -lh e s Je su s:
“ Q u a n to s p ã e s te n d e s ? ” E r e s p o n d e ra m :
“S e te ” . (Mc6:38j
Passos de um milagre: (1) Declare a sua provisão para
Jesus. (2) Sente-se e espere. (3) Dê graças pelo que
tem. (4) Parta a provisão sem pensar na grandeza de
sua necessidade. (5) Entregue aos distribuidores.
(6) Faça-o chegar aos necessitados. O milagre (1)
acontece nas mãos de Jesus e também (2)pelas mãos
dos discípulos. Das mãos dos discípulos às multidões.
(3) Das multidões aos cestos
135
 8:6 Marcos
Marcos 8:6: Então mandou ao povo que
se assentasse no chão; e, tomando os sete
pães, havendo dado graças, os partiu e os
entregou aos seus discípulos para que os
distribuíssem; e eles os puseram diante da
multidão.
São poucos os sábios em meio a uma multidão
Marcos 8:7: Tinham também poucos pei- j
xinhos, os quais ele abençoou, e mandou
que esses também fossem postos diante
deles. (Mt 14:19;M c6:41/
O resultado da segunda multiplicação: sete cestos. A
necessidade: quatro mil homens. A provisão: sete pães.
Resultado da primeira multiplicação: doze cestos. A
necessidade: cinco mil homens. A provisão: cinco pães.
O que houve de errado? Na segunda multiplicação havia
mais provisão, menor necessidade e houve menor
resultado. O que lhes fez falta? Qual foi o problema que
bloqueou o resultado?
Marcos 8:8: Comeram, pois, e se sacia­
ram; e levantaram, dos pedaços que sobra­
ram, sete cestos.
Marcos 8:9: E os que com eram eram
cerca de quatro mil hom ens. E Jesus os
despediu.
A geração má e perversa contaminou os seus discípulos,
a ponto de não obterem resultados satisfatórios
Marcos 8:10: E, imediatamente entrou
no barco com seus discípulos, e foi para as
regiões de Dalmanuta.
Por que eles queriam mais sinais?
Acostumaram-se com os milagres?
Marcos 8:11 : E vieram os fariseus e com e­
çaram a discutir com ele, demandando-lhe
um sinal do céu, para o experimentarem.
I (Mt 12:38,39; Lc 11:29';Jo 6:30)
Jesus negou sinais àquela geração: uma geração que
blasfemava contra o Espírito Santo. Uma geração com
quem ele se comunicava por parábolas, para que, ao
ouvi-lo, não compreendesse e fosse salva (Is 6:9). Jesus
se surpreendia com aqueles que blasfemavam contra o
seu Espírito e pediam sinais que somente se realizavam
pelo seu Espírito
Marcos 8:12: Ele, suspirando profun­
damente em seu Espírito, disse: “Por que
pede esta geração um sinal? Em verdade
vos digo que a esta geração não será dado
sinal algum ”. óWc7:34;ls6:Q)
8:19
Jesus prestará contas com eles e lhes mostrará que
aquele pão fez falta na declaração (v. 7), pois acreditaram
que também lhes faltaria quando regressassem. Então,
declararam que tinham apenas sete pães. Aquele pão se
tornaria simbolo da incredulidade deles
Marcos 8:13: E, deixando-os, tornou a
entrar no barco e retirou-se para o outro
lado.
Não quiseram a sobra dos pães
abençoados: sinal de orgulho
Marcos 8:14: Mas eles se esqueceram de
levar pão e, no barco, não tinham consigo
senão um pão.
Orgulho e incredulidade eram fermentos
dos fariseus e dos herodianos
Marcos 8:15: EJesus exortou-lhes, dizen­
do: “Olhai, guardai-vos da levedura dos
fariseus e da levedura de Herodes”. (u i 2-.i;
Mc 16:4;!2:13)
Tantos pães sobraram e eles estavam sem pão;
era nisso que eles pensavam
Marcos 8:16: Pelo que, eles discutiam
uns com os outros, dizendo: “É porque não
temos pão”.
O orgulho faz do homem um deus-ídolo: sem
compreensão, sem memória; pois ele é dono de um
coração endurecido (SI 115)
Marcos 8:17: E, quando Jesus percebeu a
situação, disse-lhes: “Por que discutis por
não terdes pão? Não compreendestes, nem
ainda entendestes? Tendes o vosso coração
I endurecido? íM c 6:52;ls6:9,10)
O orgulho faz do homem um deus-ídolo: sem visão,
sem audição, sem lembrança (SI 115)
Marcos 8:18: Tendo olhos, não vedes?
E, tendo ouvidos, não ouvis? E não vos
recordais
O resultado da segunda multiplicação: sete cestos.
A necessidade: quatro mil homens. A provisão: sete
pães. Resultado da primeira multiplicação: doze cestos.
A necessidade: cinco mil homens. A provisão: cinco
pães. O que houve de errado? Na segunda havia mais
provisão, menor necessidade e menor resultado. O
que lhes fez falta? Qual foi o problema que bloqueou o
resultado: o orgulho dos fariseus e a incredulidade dos
herodianos que os contaminaram
Marcos 8:19: quando parti os cinco pães
entre os cinco mil, quantos cestos cheios de
pedaços levantastes?” E eles responderam:
 8:20
; “D oze”. (Mt 14:20;M c 6:43;L c 9:17;Jo6:13)
Marcos 8:20: “E, quando parti os sete en ­
tre os quatro mil, quantos cestos cheios de
pedaços levantastes?” Responderam-lhe:
“Sete”. (M c8:6 9;M t 15:37)
O que eles deveriam entender? Que na segunda
multiplicação havia mais provisão, menos necessidade
e menor resultado, e que o fermento dos fariseus não
pode ajudá-los em nada. Podemos confiar no poder
multiplicador de Cristo ou no fermento falso dos
fariseus. Pelos resultados veremos em quem confiamos
Marcos 8:21: Então lhes disse: “Como
ainda não entendeis?” (M có.-52)
A visão qualificada. Um grupo de intercessores sabia
que o toque de Jesus daria a cura ao cego
Marcos 8:22: E chegaram a Betsaida. E
trouxeram-lhe um cego e rogaram-lhe que
0 tocasse. (M ll:2 J;M c 6 :4 5 ;L c 9 :1 0 /
Passos para a cura do cego: (1) Tome-o pelas mãos e
transmita-lhe confiança. (2) Tire-o do ambiente da sua
incredulidade. (3) Unja-o. (4) Imponha as mãos.
(5) Faça o teste
Marcos 8:23: Jesus tom ou o cego pela
mão e o levou para fora da aldeia; e, cuspin-
do-lhe nos olhos e impondo as suas mãos
sobre ele, perguntou-lhe: “Vês alguma
COisa? ” (Mc 7:33; 5:23)
Passos no teste: (1) Nada se parece tanto com os homens
como as árvores. (2) A visão do homem está acima do
normal. Deve sercalibrada no nível dahumanidade; ele
estava vendo como Deus vê os homens
Marcos 8:24: E ele, fixando os olhos, disse:
“Estou vendo os homens, e vejo que andam
como árvores”.
(3) Trabalhe no ajuste da visão do enfermo com uma
segunda ministração, até que esteja normal
Marcos 8:25: E, imediatamente tornou
a pôr as suas mãos sobre os olhos do cego,
e ordenou-lhe que olhasse atentamente, e
este ficou restabelecido, pois já via nitida­
mente todas as coisas ao longe.
Todas as vezes quejesus restaurava uma pessoa, ele a
enviava para a sua casa, para o seio de sua família; mas
Jesus o advertiu que ele não devia regressar ao seu antigo
ambiente: a aldeia. O que havia na aldeia que o impedia
de enxergar? Pensemos. Devemos deixar o velho
mundo, a velha aldeia do pecado e dos frutos do pecado
Marcos 8:26: Depois o mandou para casa,
dizendo: “Não entres na aldeia e nem fales
Marcos *32
Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marc
sobre isto com ninguém na aldeia”. (MtSMi
Prestando contas com Pedro: o que ele cria a respeito
de Jesus? Desde o chamado de seus discípulos, Jesus
esperou uma confissão de Pedro, mas ele jamais se
pronunciou. Entãojesus lançou a pergunta no caminho;
mas o que ele queria saber era a opinião de Pedro.
Natanael, André e Filipe já haviam confessado a sua fé
em Cristo, mas Pedro, até aquele momento, nada havia
falado. João Batista era ogrande referencial de Pedro,
mas o que ele pensava a respeito de Jesus?
Marcos 8:27: Então, saiu Jesus com os seus
discípulos para as aldeias de Cesaréia de Fi­
lipe, e, no caminho, perguntou aos discípu­
los, dizendo: “Quem dizem os homens que
! eUSOU?” tJo6:óó-69)
Marcos 8:28: E eles responderam: “Uns
dizem: João, o Batista; outros: Elias; e outros
dizem que algum dos profetas”. im có :14i
Estava chegando ondejesus queria: enfim,
Pedro acaba por confessar oqueelecriade fato
Marcos 8:29: Então, ele lhes perguntou:
“Mas vós, quem dizeis que eu sou?” E res­
pondendo, Pedro lhe disse: “Tu és o Cristo”.
j (Jo 11:27}
A pregação do Evangelho depende da ressurreição
(1 Co 15:14-19;Mc9:9)
Marcos 8:30: Entãojesus ordenou-lhes
que a ninguém falassem aquilo a respeito
dele. (Mc9:91
Mais uma vez Jesus está declarando a sua morte e a
sua ressurreição nos moldes de Deuteronômio 21
Marcos 8:31: E com eçou a ensinar-lhes
que era necessário que o Filho do homem
padecesse muitas coisas, e que fosse rejei­
tado pelos anciãos e príncipes dos sacerdo­
tes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas
que, depois de três dias, ressurgisse dentre
os mortos.
Pedro é a prefiguração da luta entre a carne e o espírito,
entre a vontade de Deus e a vontade do homem,
entre a vontade de Satanás e a vontade de Deus
Marcos 8:32: E isto dizia claramente.
E Pedro, tomando-o à parte, com eçou a
repreendê-lo. (joi8.-20/
Jesus não se importou com Pedro, mas com Satanás,
aquele que o estava usando. Ao mandá-lo para trás de
si mesmo indicava onde a sua fé, a sua missão e o seu
propósito estavam fundamentados: em todo Pacto,
em toda promessa, em todos os patriarcas, em todos
137
 8:33 Marcos
os profetas, em toda profecia que, antes dele, foram
estabelecidos e confirmados
Marcos 8:33: Mas ele, voltando-se e fi­
xando os seus olhos nos seus discípulos,
repreendeu a Pedro, dizendo: “Passa para
trás de mim, Satanás; porque não entendes
as coisas que são de Deus, mas sim as que
são dos hom ens”. ,'Air4:/o;
Passos para seguir a Cristo: (1) decidir ir após ele, como
Rute seguiu após Noemi no regresso a Belém. (2) tomar
a sua cruz, como o Cireneu, e seguir a Cristo (não até o
Céu, mas até o Calvário) para a crucificação do eu
Marcos 8:34: E, chamando a multidão
com os seus discípulos, disse-lhes: “Qual­
quer um de vós que quiser vir após mim,
negue-se a si m esm o, tome a sua cruz, e
siga-me. (Mt 10:38; Lc 14:27}
Passos para seguir a Cristo: (3) quem quiser salvar a
sua vida, como Elimeleque, esposo de Noemi, que
fugiu da fome de Belém, perderá a sua vida em Moabe;
mas quem quiser perdera sua vida, como Rute, por
amor do Evangelho, tipificado na pessoa de Noemi,
será salvo pela geração de um Obede, pai de
Jessé, pai de Davi (Rt 1-4)
Marcos 8:35: Pois aquele que quiser sal­
var a sua vida, há de perdê-la; mas aquele
que perder a sua vida, por amor de mim e
do Evangelho, esse há de salvá-la. m io:39;
\ Lc 17:33;Jo 12:25;
Passos para seguir a Cristo: (4) o que adianta ao ser
humano, como Orfa, ganhar o seu mundo de volta e
perder a sua alma? Ao contrário de Noemi, que perdeu
tudo em Moabe, mas ganhou uma alma preciosa
Marcos 8:36: Pois que aproveitará ao ho­
mem ganhar o mundo inteiro e perder a
sua alma?
Tudo daria, mas não a resgataria, porque o preço é
sangue inocente, que somente Jesus tinha para oferecer.
Como o rico no Hades, que recompensaria Lázaro para
que fosse pregar aos seus irmãos (Lc 16:24,28).
Depois da morte, segue-se o juízo
Marcos 8:37: Ou que recompensa daria
o homem em troca da sua alma? tLv25.-47-49;•
; IPe 1: 18,19;
Como Orfa, que não fez a sua decisão por Noemi
e por Belém, mas voltou aos seus deuses. Jesus se
envergonhará de tal pessoa diante da glória de seu Pai.
Naquele tempo, ele não será mais o Advogado, mas ojuiz
Marcos 8:38: Porque todo aquele que,
nesta geração adúltera e pecadora, se en ­
138
9:6
vergonhar de mim e das minhas palavras, o
Filho do homem também se envergonhará
dele, quando vier na glória de seu Pai com
OS santos anjos”. (LcQ:26;Mt 10:33; Lc 12:9; Mt 8:20;
Mc 13:26,
Marcos, capítulo nove (9)
Jesus deu a entender que esse dia estava muito
longe, mas o cumprimento dessa palavra ocorreu
imediatamente. Como eles veriam o Reino de Deus
chegando com poder? Quando vissem a Cristo
transfigurado. Ele era o Reino de Deus. A oportunidade
foi dada a todos, mas somente três deles tiveram o
privilégio de contemplá-lo
Marcos 9:1: Também lhes dizia: “Ver­
dadeiramente vos digo que, dos que aqui
estão comigo, há alguns que não provarão
a morte até que vejam o Reino de Deus
chegando com poder”. /Lc9:27;Mt24.-30;25.3
Mc 13:30;Lc22:18}
A promessa se cumpriu seis dias depois e não dois mil
anos depois. Ele era o Reino de Deus em pessoa
Marcos 9:2: E, seis dias depois, tomou
Jesus consigo a Pedro, a Tiago e a João, e
os levou sós, à parte, a um alto monte; e foi
transfigurado diante deles; (Mcs-,37; i3:3/
As vestes do Reino
Marcos 9:3: as suas vestes tornaram-se
resplandecentes, tão brancas com o a neve,
tanto que nenhum tintureiro sobre a terra
as poderia deixar tão brancas. m 28.-3j
Os porta-vozes do Reino: a Lei e os Profetas
representados; eles falavam a respeito dos detalhes de
sua morte (Lc 9:31)
Marcos 9:4: E apareceu-lhes Elias e M oi­
sés, e falavam com Jesus. (Lcqjd
As tendas proféticas do sacerdócio universal
foram lembradas (Êx 33:9-11). O lugar antigo de
encontro do profeta com Deus, nas tendas
Marcos 9:5: Então Pedro, intervindo,
disse a Jesus: “Mestre, bom seria que fi­
cássemos aqui; façamos três tabernáculos,
um para ti, outro para M oisés e outro para
Elias".fMt 23:7}
Não era para dizernada, era hora apenas de
contemplar: Jesus disse, “até que vejam”
Marcos 9:6: Pois não sabia o que falava,
9:7 Marcos
porque estavam com o fora de si.
Era comum que a nuvem descesse sobre a tenda, e Deus
falasse de forma audível (Nm 12:10)
Marcos 9:7: Depois, veio uma nuvem que
os cobriu; e dela saiu uma voz, que dizia:
“Este é o meu Filho amado; a ele ouvi",i2Pe
1:17, IS ;M c 1:1/
A revelação do Reino fora dada
Marcos 9:8: E, imediatamente, olhado ao
redor, não viram a mais ninguém com eles,
senão a Jesus.
Pedro e Tiago registraram esse acontecimento
nas suas epístolas
Marcos 9:9: E, quando eles desciam do
m onte, mandou-lhes que a ninguém dis­
sessem o que tinham visto, até que o Filho
do hom em ressurgisse dentre os mortos.
(Mc 5:43; 7:36; 8:30)
Eles comparariam a sua vitória sobre a morte com a
glória de sua Transfiguração
Marcos 9:10: E guardaram aquela palavra
dentro de si, indagando o que seria aquilo,
ressurgir dentre os mortos.
Por que, logo após a revelação de Moisés e Elias, os
discípulos lhe perguntaram sobre avinda de Elias
segundo as Escrituras? Elias estava em glória na mesma
condição de Moisés. Ambos tiveram vitória sobre a
morte (2 Rs 2:9-11; Rm 5:14) e estavam em corpos
glorificados. Depois da elevação deles a Deus, Moisés e
Elias jamais experimentariam a morte. Mas a promessa
do anjo Gabriel foi que João se levantaria no Espírito e
poder de Elias (Lc 1:17). Esse Espírito não é o espírito
humano de Elias, mas o Espírito Santo que atuou na vida
de Elias. Esse foi ojoão Batista, que atuou semelhante a
Elias, tal como Jesus, semelhante a Eliseu, sendo que a
diferença entre ambos foi que Eliseu teve um ministério
mais poderoso do que Elias em sinais, tal qual Jesus
comparado ajoão, o Batista
Marcos 9:11: Então lhe perguntaram,
dizendo: “Por que os escribas dizem que
é necessário que Elias venha primeiro?”
íMt 11:14)
O ministério de João: restauração. (1) Restauração
da mensagem de arrependim ento e conversão.
(2) Restauração da mensagem do Reino. (3)
Restauração da m ensagem do M essias como
Cordeiro de Deus. (4) Restauração do batismo
de M oisés (1 Co 10:1-3). (5) Restauração do
discipulado. (6) Restauração do ministério profético
de Samuel e sua escola de profetas. (7) Restauração
do caminho direito. (8) Restauração da justiça. (9)
Restauração de Israel e das suas tribos dispersas.
139
9:17
(10) Restauração do reino de Davi. (11) Restauração
do culto a Deus sem sacrifícios e holocaustos de
animais, mas com coração puro e agradável a Deus.
(12) Restauração das prom essas messiânicas.
Mas todas essas restaurações dependiam de um
ato: a morte de Cristo na cruz. O cumprimento das
palavras proféticas era necessário cr\
Marcos 9:12: E ele respondeu-lhes, di­
zendo: “Na verdade, Elias, vindo primeiro,
restaurará todas as coisas. E com o é que
está escrito acerca do Filho do homem, que po
ele deva padecer muito e ser rejeitado? is/ O
22:6; Lc 23:1 l;Fp2:7) o
C/5
Avinda de Elias: um ministério de transição e
preparação para a vinda de Cristo. O grande resultado
dessa obra foi a colheita de alguns de seus discípulos
que, já preparados por João, puderam entender o
ministério de Cristo
pô
Marcos 9:13: Mas, eu vos digo que Elias
já veio, e lhe fizeram tudo o que quiseram, O
| com o a respeito dele está escrito”. (.m u i -.ia ,■ o
C/3
| Lc 1:171
Os nove discípulos estavam embaixo, no monte,
sofrendo com um jovem lunático. Enquanto Pedro,
Tiago ejoão estavam contemplando o Sol da Justiça,
eles lutavam, em baixo, com um lunático, sem contar a
tribulação causada pelos escribas. Que diziam os escribas
quando viram que eles não podiam libertar o jovem? o
n
Marcos 9:14: E, quando veio ao encontro
dos outros discípulos, viu ao redor deles
uma grande multidão e alguns escribas que
disputavam com eles.
Jesus veio salvar o grupo dos nove da vergonha,
dos escribas e dos espíritos imundos que estavam
no jovem. De que modo a multidão saudaria Jesus
naquelas condições?
Marcos 9:15: E im ediatam ente toda a
multidão, vendo-o, surpreendeu-se, e, cor­
rendo para ele, o saudaram. :m c m .33,- 16:5,6}
A proteção e a cobertura oferecida por Jesus em favor
de seus discípulos PÖ
Marcos 9:16: Então, ele perguntou aos O
escribas: “Que é que disputais com eles?” o
O jovem lunático tinha um espírito mudo
Marcos 9:17: E, respondeu-lhe um den-
j tre a multidão: “Mestre, eu te trouxe o meu
filho, que tem um espírito mudo; £
Os efeitos da obra maligna: convulsão, espumas,
chiado de dentes, desnutrição - um espírito de morte. c. J
Os discípulos estavam tristes porque seus três colegas
subiram no monte com Cristo. A mágoa e a tristeza
O
C/5
 9:18 Marcos
deles operavam em favor dos demônios. Observe as
características da presença de um demônio
Marcos 9:18: e este, onde quer que o
toma, convulsiona-o, de modo que ele es- }
puma, range os dentes, e vai definhando; e
eu pedi aos teus discípulos que o expulsas­
sem, e não puderam”.
Qual era a geração incrédula? Aqueles que o assistiam?
Os discípulos? Os escribas? (Is 6:91
Marcos 9:19: EJesus lhes respondeu, di­
zendo: “Ó geração incrédula! Até quando
estarei convosco? Até quando por vós so­
frerei? Trazei-me o jovem”. í/só.-qi
Reações físicas de uma pessoa possessa por demônios:
Convulsões. Diante da autoridade dejesus, os
demônios perdem o controle da sua vítima; por isso, os
demônios caem por terra e agem como uma serpente
Marcos 9:20: Então o trouxeram; e, quan­
do ele viu a Jesus, o espírito imediatamente
: o convulsionou; e, caindo ele por terra,
revolvia-se espumando, /mc i:26j
Tempo de escravidão sob Satanás.
Escravidão covarde, desde sua infância
Marcos 9:21: E Jesus perguntou ao pai !
dele: “Há quanto tempo isto lhe aconte­
ce?” Respondeu ele: “Desde a infância;
O sofrimento de uma pessoa possessa: (1) Desequilíbrio
(água e fogo). (2) Desejo de autodestruição. Passos para
a libertação: (1) Pedir ajuda. (2) Buscar a compaixão de
Jesus. (3) Crer. (4) Clamar intercedendo. (5) Confessar
a sua fé: “Creio”
Marcos 9:22: e muitas vezes o lança no
fogo e na água, para o matar; mas, se po­
des fazer algo, tem misericórdia de nós e
ajuda-nos”.
Marcos 9:23: Ao que Jesus lhe disse: “Se
podes crer nisto! Tudo é possível ao que
Crê”. (Mc II:23,■Lc 17:6;Jo 11:40/
(6) Libertar-se daquela geração incrédula
Marcos 9:24: E imediatamente o pai do
jovem, clamando, com lágrimas, disse:
“Creio, Senhor! Ajuda-me na minha in­
credulidade”.
A obra dejesus. (1) Repreendeu o espírito imundo. (2)
Deu-lhe ordem clara: nunca mais entre nele
Marcos 9:25: E, vendo Jesus que a multi­
dão se aglomerava, repreendeu o espírito
140
9:34
imundo, dizendo-lhe: “Espírito mudo e
surdo, eu te ordeno: Sai dele e não entres
mais nele”, /mcq .-is /
Como sai um demônio? (1) Gritando. (2) Agitando-se.
Como os demônios deixam sua vítima?
(1) Semimorta. (2) Sem forças e ferida
Marcos 9:26: Então o espírito, gritando
e agitando-o muito, saiu; e o jovem ficou
como morto, de tal modo que todos di­
ziam: “Está morto”.
Devolvendo as forças físicas. Ao tomá-lo pelas mãos,
devolveu as suas forças, como o alimento
Marcos 9:27: Masjesus, tomando-o pela
mão, o ergueu, e ele se levantou.
Uma casta de demônios: eram muitos
Marcos 9:28: E, quando entrou em casa,
os seus discípulos lhe perguntaram à parte:
“Por que não pudemos lançá-lo fora?”
Como vencer uma casta de demônios?
Com oração e jejum
Marcos 9:29: Eele lhes respondeu, dizen­
do: “Esta casta não pode sair com nenhuma
outra coisa, senão com oração e jejum”.
O segredo de sua morte e ressurreição
Marcos 9:30: E, tendo partido dali, pas­
savam pela Galiléia, e ele queria que nin­
guém o soubesse;
Marcos 9:31: porque ensinava aos seus
discípulos e lhes dizia: “O Filho do homem
será entregue nas mãos dos homens, e eles
o matarão; e, morto, ele ressuscitará no
terceiro dia”, m iò:2i ; m c S:3i >
Marcos 9:32: Mas eles não entendiam
esta palavra e tinham medo de perguntar-
lhe. íJo 12:16)
A luta dos homens carnais. Quem tem a primazia entre
os discípulos. A lição se repete pela segunda vez. O
segredo de ser o maior e o primeiro no Reino de Deus é
ser servo de todos osquequerem o poder no ministério.
O pedido dos filhos de Zebedeu ainda os incomodava.
Eles não perceberam a lição
Marcos 9:33: E chegaram a Cafarnaum.
E, estando ele em casa, perguntou-lhes:
“Que discutíeis entre vós pelo caminho?”
Toda politicagem entre ministros termina em divisão
Marcos 9:34: Mas eles se calaram, porque,
9:35 MARCOS
no caminho, haviam discutido uns com os
outros sobre qual deles seria o maior.
As leis da liderança ministerial diferem
das leis dos homens
Marcos 9:35: Então, ao assentar-se, cha-
mou os doze e disse-lhes: “Se algum varão
entre vós quiser ser o primeiro, esse m es­
mo será o derradeiro de todos e servo de
todos”. (Mt20:26,27;Mc 10:43;Lc22:26)
Deus envia pessoas puras como crianças, mas
protegidas por Deus. Quem recebe uma criança
recebe a Cristo, e quem recebe a Cristo recebe o seu
Pai celestial que o enviou. Esta é uma apresentação de
crianças feita por Cristo
Marcos 9:36: Então, tomando um m eni­
no, colocou-o no m eio deles e, levantan­
do-o em seus braços, disse-lhes: /Mc io -.io)
Logo, quem recebe a uma criança recebe o Pai celestial.
A unidade da divindade
Marcos 9:37: “Aquele que receber em
meu Nom e a um destes m eninos, a mim
me recebe; e aquele que a mim me receber,
não recebe a mim, mas àquele que me en ­
viou” . (Mt 10:40;Jo 12:44; 13:20)
Jesus condena o sectarismo e o orgulho congregacional
Marcos 9:38: Disse-lhe João: “M estre,
vimos um hom em que em teu Nom e lan­
çava fora aos demônios, e nós o proibimos,
porque não nos seguia”. 1Mt7:22;Nm 11:2729')
O nome de Jesus é o segredo das diversas tribos (J1
2:11). Cada vez que aquele homem usava o nome de
Jesus, não fazendo parte do corpo do seu ministério,
mais dependia dele. Observe que aquele homem não
queria estar no ministério dejesus, mesmo sabendo
quejesus era o maior líder de todos os tempos. Isto
quer dizer que se, hoje, Jesus estivesse pastoreando
uma igreja, ainda existiria obreiro que gostaria de estar
liderando o seu próprio ministério
Marcos 9:39: Jesus, porém, disse: “Não o
proibais; porque não há ninguém que faça
milagre em m eu Nom e e, em seguida, fale
mal de mim.
Mas conheça a lei da diplomacia de Cristo. Como ele trata
outros serviços contemporâneos ao seu
Marcos 9:40: Porque aquele que não é
contra nós, é por nós”. iMti2:30>
Um galardão garantido por um copo de água a um
pequenino (1 Rs 17:10)
Marcos 9:41 : Pois aquele que, em meu
9:49
M arcos Marcos Marcos Marcos M arcos M arcos Marcos
N om e, vos der um copo de água fria, por­
que sois de Cristo, verdadeiramente vos
digo que de nenhum modo perderá a sua
recompensa, m io.-42; 1rs i7.- io>
Os pecados contra as crianças serão julgados
por Deus com grande rigor da justiça, como, por
exemplo: o aborto, o abuso sexual, a violência doméstica
Marcos 9:42: Mas qualquer que for pe­
dra de tropeço a um destes pequeninos
que crêem em mim, melhor seria que lhe
pendurassem uma pedra de m oinho ao
pescoço e que fosse lançado no mar. m isa -
Lc 17:12; 1 Co 8:12)
A mão como instrumento do pecado. As obras
Marcos 9:43: E, se a tua mão te faz trope­
çar, corta-a; melhor é entrares na vida alei­
jado do que, tendo as duas mãos, ires para
o Lago de fogo, onde o fogo é inextinguível.
(Mt5:29,30;5:22;25:41/
Marcos 9:44: Onde o seu verme não mor­
re, e o fogo é inextinguível.
O pé como instrumento do pecado. O caminhar
Marcos 9:45: E, se o teu pé te faz tropeçar,
corta-o; melhor é entrares na vida coxo do
que, tendo dois pés, seres lançado no Lago
de Fogo, onde o fogo é inextinguível.
Marcos 9:46: Onde o seu verme não mor­
j
re, e o fogo é inextinguível.
O olho como instrumento do pecado.
O ato de julgar e de cobiçar
Marcos 9:47: Ou, se o teu olho te faz cair,
arranca-o fora; pois é melhor entrares no
Reino de Deus com um só olho do que,
tendo dois olhos, seres lançado no Lago de
Fogo. (Mt5:29)
Marcos 9:48: Onde o seu verme não mor­
re, e o fogo é inextinguível, /is66:24)
A Divindade completa: a incorrupção e o batismo com
fogo. O sal é tipo da natureza do Espírito Santo e o fogo
é tipo da natureza do Pai. A paz é a presença de Cristo.
“Salgado para o fogo”: Todo ímpio sofrerá no Lago de
Fogo, como um sacrifício previamente preparado
Marcos 9:49: Porque todo homem será
salgado para o fogo, e todo sacrifício será
salgado com sal. ii.v2.-i3i
Somente tendo o sal da paz podemos guardar a paz entre
141
9:50 Marcos
os homens. Quais são as outras características do sal?
Não se corrompa tornando-se insípido
Marcos 9:50: Bom é o sal; mas, se o sal se
tornar insípido, com que haveis de tem pe­
rar? Tende sal em vós m esm os e guardai a
paz uns com OS outros. íMt5:!3;Lc I4:34,35;Rm
12:18; 2 Co 13:11; Cl 4:6; 1 Ts 5: / 3.1
Marcos, capítulo dez (10)
O ensino do Mestre atraía as multidões, porque era
acompanhado de milagres, de provisão e de sinais
Marcos 10:1: E, partindo dali, foi para os
termos da Judéia, além do Jordão, e nova­
mente as multidões se reuniram em torno
dele; e tornou a ensiná-las, com o era seu
costume, m io -.i-jo io ao -.u -j )
O repúdio é um estado, uma condição; isto é, uma
situação em que ocorre uma separação de corpos,
que também pode acontecer dentro da própria casa,
silenciosamente, algo que Deus aborrece (Ml 2:16).
Algumas versões traduzem repúdio como divórcio,
mas é um grave erro. Os fariseus perguntaram a
Cristo se era lícito ao homem repudiar a sua mulher.
A resposta de Cristo foi uma revelação para eles. A
carta de divórcio no grego é “apostasion” e o estado
de repúdio é “apotuose "[Mc 10:4). Observemos esse
texto no original grego transliterado: “hoideeipan...
epetrepsen mouses biblion apostasiougrapsaikai bode
lego... epitrepo Etimologicamente, as duas palavras,
“divórcio” e “repúdio”, são completamente diferentes
no seu significado e sempre que citadas, na Bíblia, estão
separadas uma da outra. O problemaé que muitos,
ao usá-las, dão a essas palavras o mesmo sentido:
“divórcio”, incluindo os tradutores incautos. Assim
lemos o texto com esta intenção, por exemplo: “O que
se casa com divorciada comete adultério”. Mas este é
um erro grave. As duas palavras são completamente
diferentes. A palavra grega para repúdio é “apoluse ”,
do radical “apoluo ”, e a palavra grega para divórcio
é “apostasion ”, que quer dizer carta (conta paga) de
divórcio. “Apoluo ’’significa deixar de lado, abandonar,
tomar outra atitude, deixando de lado a primeira sem
negociação, repudiar, mandar ir, deixar ir (Mt 5:31,32).
Ao estabelecer o seu parecer diante da pergunta dos
fariseus, Jesus queria que a mulher repudiada, sem
direitos, sem nenhum tipo de recurso para sobreviver,
recebesse a carta de divórcio e a liberdade para casar-se
com outro homem (Dt 24:1,2), e não permanecesse na
condição de repudiada e nem vivesse em adultério (Mt
5:32). O homem sob o estado de repúdio não está livre,
e esta é uma condição que Deus aborrece. Em Mateus
5:32, Jesus utilizou as duas palavras várias vezes e proibiu
o repúdio definitivamente, dizendo que aquele que se
casasse com a repudiada cometia adultério, forçando
os seus inquiridores a tomar em conta a liberdade e
a honrada monogamia. A palavra “apostasion "é um
142
io:6
término, definitivo e sem retomo (Dt 24:1,2). Mas
este parecer não se aplica em todos os casos de litígio
matrimonial, e nem todos podem receber esta palavra
(Mt 19:11), pois sempre haverá uma solução mediante a
fé, a esperança e o amor (1 Co 13:13)
Marcos 10:2: E, aproximando-se dele os
fariseus e, tentando-o, perguntaram-lhe:
“É lícito ao marido repudiar sua mulher?” j
O que ordenou Moisés? O repúdio é o tempo e o estado
entre a separação e o divórcio. Os homens, já nos tempos
de Moisés e ainda nos dias de Cristo, geralmente,
ao aborrecerem a sua mulher, a abandonavam sob o
repúdio, e suas mulheres continuavam ligadas a eles pela
lei, até à morte, dando liberdade ao homem para manter
a sua poligamia, como foi o caso do esposo da mulher
samaritana e das mulheres de Jacó, Davi e outros. Era
comum ao homem desprezar a sua esposa e se casar-
se com outra, ficando aquela primeira presa à sua lei,
não podendo casar-se. Muitos tomavam essa atitude
especialmente por razões financeiras. A Lei judaica, que
ordenava o divórcio, não era cumprida porque custava
caro ao marido, pois o divórcio empobrece. O repúdio
era uma aparente saída, mas escravizava a mulher e fazia
do homem polígamo e adúltero. Jesus veio defender e
cumprira Lei e aquilo que não era cumprido ele ensinava,
a fim de libertar a mulher ou o homem do jugo da
escravidão do repúdio (Lc 16:17,18)
Marcos 10:3: Mas ele, respondendo-lhes,
disse: “Que vos ordenou Moisés?
A carta de divórcio que Moisés permitiu foi por causa
da dureza do coração dos homens que mantinham
escravas as suas esposas, enquanto tinham liberdade
para tomar outras mulheres, tornando os homens
polígamos, quando na mente de Deus, a princípio, ele
projetou o homem para ser monógamo e não polígamo.
EJesus veio mudar esta condição. A dureza de seus
corações era a avareza e a avareza não lhes permitia
pagar a carta de divórcio; assim, eles preferiam manter
as mulheres escravas e não se importavam em viver
na poligamia. Observe a ordem em que os fariseus
colocaram as palavras: divórcio, em primeiro lugar, e,
depois, repúdio. Quando a ordem é inversa
Marcos 10:4: E eles responderam: “Moi-
i sés permitiu escrever carta de divórcio e
r e p u d ia r /Dt24.-1-4,-M ts - ,3 / q.-7)
Marcos 10:5: Disse-lhes Jesus: “Porcausa
da dureza do vosso coração ele vos escre-
| veu esse mandamento.
Jesus está defendendo a monogamia ao dizer que
quem se casasse com a repudiada ou repudiado (que
ainda tinha laços jurídicos com o seu cônjuge) cometia
adultério, o que de fato sempre será verdade imutável
Marcos 10:6: Mas desde o princípio da
criação, macho e fêmea Deus os fez. icn |
i 1:27; 5:2)

O matrimônio quebra todo tipo de vínculo
M arcos 10:7: Por isso, deixará o homem a
seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher,
(Gn 2:24; 1 Co 6:16)
A união matrimonial de uma só carne não aceita um
segundo vínculo. Este é o poder da monogamia
M arcos 10:8: e os que eram dois serão
uma só carne; assim que já não serão dois,
; mas uma só carne.
Nem pai, nem mãe, nem homem algum tem poder de
separar um casal feliz ou infeliz. Assim como o homem
não tem poder para julgar o seu próximo, também não
tem poder para declarar a felicidade ou a infelicidade de
um casal. O texto diz que nenhum homem pode tentar
separar o que Deus ajuntou, pois somente o casal sabe
as condições pelas quais foi unido em matrimônio e cada
caso é um caso à parte, pois há casamentos que o homem
ajuntou e não Deus, mas não compete ao homem julgar a
quem Deus ajuntou e a quem o homem ajuntou
M arcos 10:9: Portanto, o que Deus uniu
não o separe o hom em ”.
Os discípulos queriam quejesus fosse mais claro a
respeito do assunto
M arcos 1 0 :1 0 : E em casa os discípulos
voltaram a interrogá-lo sobre o m esm o as­
sunto.
Em Mateus 19:6, Jesus disse que aqueles que Deus uniu
não o separe o homem.Jesus disse que no princípio
não foi assim. Assim como? A resposta é: no princípio
eram dois em uma só carne. Ele dizia isto rejeitando
a poligamia ocasionada pelo repúdio. O repúdio
estabelecia a poligamia e Deus abomina o repúdio.
Ninguém morria apedrejado por causa do repúdio. Agora
Jesus diz: “Quem está em repúdio e tem outro cônjuge
está em adultério”. Os discípulos responderam: “Isso
não convém ” (Mt 19:10). As palavras de Jesus foram
um escândalo para aqueles homens que mantinham as
suas mulheres escravas em repúdio. Quando o homem
repudia a sua mulher, sem liberdade, coloca-a entre
matrimônios ilegais e múltiplos adultérios, como a
mulher samaritana. Era repudiada e, mesmo limitada
na sua vida civil, Jesus não a condenou quando ela quis ir
pregar o Evangelho à sua gente, deixando o seu cântaro
de esperança aos seus pés. Jesus veio para libertá-la
1 M arcos 10:11: Ao que lhes respondeu:
“Qualquer um que repudiar a sua mulher e
se casar com outra comete adultério contra
ela; (Mt5:32;Lc 16:18;Rm7:3; 1Co7:10,11)
O texto de Malaquias 2:16 usa a palavra hebraica
j “shalach ”para repúdio. E a palavra “keriythuwth ", em
hebraico, é usada para significar divórcio. Esse texto foi
escrito quando as mulheres eram repudiadas. O profeta
Malaquias trouxe uma palavra sobre isso: “Deixem esta
prática, Deus abomina o repúdio" (Ml 2:14-16)
143
M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos Marcos Marcos
Marcos 10:12: e, se a mulher repudiar
a seu marido e casar com outro, com ete
adultério”.
Outro texto sobre a apresentação de crianças. Jesus
recebe as crianças e revela o segredo de como entrar
no Reino de Deus. Jesus foi repreendido por seus
discípulos porque recebia as crianças que estavam
sendo apresentadas
Marcos 10:13: Então, apresentavam-lhe •
algumas crianças para que lhes impusesse
as mãos, mas os discípulos repreendiam
aqueles que lhas traziam.
Uma criança é crédula, uma criança perdoa e esquece,
uma criança anima-se rapidamente, uma criança cai e
se levanta sem medo de cair novamente, uma criança
ama estar nos braços de Jesus, uma criança é simples,
uma criança transforma situações reais em sonhos, em
maravilhas; uma criança crê nos sonhos, crê no invisível,
chama à existência as coisas que não são, uma criança crê
que tem tudo, mesmo não tendo nada em suas mãos. É
nosso deverencaminharas criancinhas a Cristo: É nosso
dever encaminhar as criancinhas a Cristo: (1) triunfando
sobre os impedimentos. Os pais queriam que as suas
crianças fossem abençoadas porJesus, mas os discípulos
de Jesus eram o grande impedimento para a apresentação
de seus filhos, a exemplo de muitos líderes modernos que
tentam impedira imposição de mãos sobre os pequeninos
filhos de Deus. A imposição de mãos de Jesus é sempre
profética: Uma criança abençoada porjesus tem destino
profético e triunfa sobre o mal; (2) aqueles que trazem
crianças a Cristo são bem-aventurados e não podem
deixar-se intimidar pelos obreiros que não valorizam o
sentimento de uma criança por Cristo. São muitos os pais
que pagam altos preços para que as suas crianças sejam
apresentadas aos seus “ídolos”, aos “papais-noéis”,
aos “palhaços”, aos diversos tipos de “jogos”, que não
poderão oferecer-lhes a felicidade, sem jamais tê-las
apresentado a Cristo. O tempo da tenra idade das crianças
é a grande oportunidade que os seus pais têm a fim de
lhes apresentarem o amor do Pai celestial; (3) deixai que
as criancinhas tomem posse do Reino de Deus, isto é, da
sua herança eterna; pois o Reino é delas; (4) as crianças
sabem receber o Reino de Deus melhor do que os adultos;
e devemos seguir o exemplo delas; (5) as bênçãos e a
imposição das mãos de Cristo são indispensáveis para
todas as crianças que irão mudar a história de sua família,
de sua cidade e de sua nação, assim como aconteceu com
Jesus, quando ainda era uma criança
Marcos 10:14: E Jesus, ven d o isto,
indignou-se e disse-lhes: “Deixai vir a mim
as criancinhas, e não as impeçais, porque
das tais é o Reino de Deus.
Como uma criança recebe o Reino de Deus? (1)
Com o coração sincero, (2) confiante, (3), perdoada
e perdoando, (4) esquecendo-se das ofensas, (5)
com pureza, (6) crendo plenamente, (7) sonhando,
10:15
(8) visualizando, (9) trazendo-o à existência, (10)
vivendo-o antecipadamente
Marcos 10:15: Verdadeiramente vos digo
que qualquer que não receber o Reino de
Deus como uma criança de maneira nenhu­
ma entrará nele”. m is.-3; i co i4.-20; i Pe2:2/
A maior necessidade de uma criança é ser abençoada
pelas mãos de Jesus Cristo; e quando é apresentada tem
direito a sete bênçãos. Os benefícios da apresentação
de uma criança diante de Cristo, são: (1) um destino
profético que a abençoará durante toda sua vida; (2) as
bênçãos lhe sobrevirão de longe (em ouro, em incenso e
em mirra); (3) terá sempre diante de si uma “Ana”, que
propagará a sua missão; uma profetisa, que a ajudará
quando estiver longe de seus pais; (4) quando estiver
na adolescência será encontrada na casa de Deus, junto
aos doutores; (5) Deus a ajudará, enviando-lhe um
João Batista para prepararo seu caminho profissional;
(6) terá uma experiência pessoal com o Espírito
Santo e procurará cumprir toda a justiça, e Deus dará
testemunho a seu respeito publicamente, (7) triunfará
sobre as tentações de Satanás
Marcos 10:16: E, tomando-as em seus
braços, abençoava-as, impondo suas mãos
sobre elas. im c 9:3ói
Ele se ajoelhou e adorou a Cristo, mas Cristo lhe
revelaria que não poderia aceitar a sua adoração se ele
não honrasse o seu Pai, antes de tudo. Ele conhecia
muitas coisas ocultas naquele tempo, por exemplo,
que a vida eterna se herdava e que Cristo tinha a
resposta. Ele tinha a resposta: a vida eterna se herda
quando guardamos os seus mandamentos (Lv 18:5; Rm
10:5). Considerá-lo Bom Mestre não é tudo, se não o
considerarmos como Senhor
Marcos 10:17: E, pondo-se a caminho,
veio um hom em correndo até ele, que
se ajoelhou diante dele e lhe perguntou:
“Bom Mestre, que hei de fazer para herdar
a v i d d i e i e r n a ? " (Mc l:40 ;Lc 10:25; Pf 1:18,-Lv 18:5)
A prova de que tropeçava no primeiro mandamento.
Não conhecia o Pai
Marcos 10:18: EJesus lhe disse: “Por que
me chamas bom? Não há ninguém bom,
senão um, Deus.
Jesus cita, em ordem, alguns mandamentos registrados
em Êxodo 20:13-17. Primeiro, cita cinco mandamentos,
e, por fim, o mandamento que exige honra ao pai e
à mãe (v. 12). Mas o Senhorjesus não citou os outros
quatro (Éx 20:3-11), e, desses quatro, ele tropeçava
no seu amor a Deus sobre todas as coisas, ejesus sabia
disso. Ele havia recebido uma nota seis dejesus e já
merecia o seu amor (10:21), que não foi correspondido
porque não podemos ter dois senhores
Marcos 10:19: Sabes os mandamentos:
Marcos io:24
“Não matarás; não adulterarás; não furta­
rás; não dirás falso testemunho; a ninguém
defraudarás; honra a teu pai e a tua m ãe”.
(Êx20:1216; Dt 5:16-20; Lv 18:5/
Ele mentiu. Logo em seguida ficaria provado que, já no
primeiro mandamento, ele estava tropeçando
Marcos 10:20: Mas ele replicou-lhe:
“Mestre, tudo isso tenho guardado desde
a minha juventude”.
Quando não correspondemos ao sentimento dejesus,
perdemos grandes oportunidades, pois o seu sentir
nos direciona e nos orienta. Jesus amou aquele jovem,
mas ele amou mais as riquezas do que a Cristo. O amor
dejesus, de antemão, lhe concedeu um tesouro no
Céu. Ele provaria o seu amora Deus se mostrasse o seu
amor ao seu próximo, mas ele não quis mostrar todo o
seu amor de uma vez. Aquele jovem, provavelmente,
estaria correndo um grande perigo de morte e Jesus
estava tentando salvá-lo, para que pudesse aproveitar
a sua herança. O mesmo aconteceu com os irmãos da
igreja em Jerusalém que, ao saberem que Jerusalém
seria destruída pelo general Tito, começaram a
vender as suas propriedades, enquanto era tempo,
para investirem na obra de evangelismo. Eles fizeram
o que o jovem não pôde fazer (At 2:42). Os quatro
mandamentos não citados se referem ao próximo
e vencem a cobiça. Esta parte lhe faltava. Observe
Deuteronômio 5:16- 21, e o compare com Marcos 10:19
Marcos 10:21: E Jesus, fixando os olhos
nele, o amou e lhe disse: “Uma parte te fal­
ta; vai, vende tudo o que tens e distribui-o
aos pobres, e terás um tesouro no Céu; e
vem , toma a tua cruz e segue-m e”, w w.38;
6:20; Lc 12:33; At 2:35; 4:34,35/
Perdeu a oportunidade de trocar tesouros passageiros
por tesouros eternos. O amor dejesus lhe revelou que
tudo o que tinha era fruto de sua cobiça
Marcos 10:22: Mas ele, entristecido por
esta palavra, retirou-se com sua alma triste,
porque possuía muitas possessões.
Mesmo sendo amado por Jesus não entraria no Reino
dos Céus, por causa da sua avareza e da sua cobiça
Marcos 10:23: Então Jesus, olhando em
redor, disse aos seus discípulos: “Quão difi­
cilmente entrarão no Reino de Deus os que
têm riquezas!” (Mt 19:23; Lc 18:24)
Corresponder ao amor de Deus implica deixar de
confiar nas riquezas
Marcos 10:24: E os discípulos se assusta­
ram por causa destas palavras; mas Jesus,
tornando a falar, disse-lhes: “Filhos, quão
144
10:25 M arcos
difícil é, aos que confiam nas riquezas, en ­
trar no Reino de Deus! fSi52:7;ó2:io; 1 Tmó.-i/i
O ensino de Jesus mostrava o poder da avareza. Os ricos
facilmente amam o deus das riquezas: Mamon
Marcos 10:25: É mais fácil um camelo
passar pelo fundo de uma agulha do que
entrar um rico no Reino de D eus”.
Os discípulos ainda teriam a sua própria oportunidade
para decidir pelo senhorio de Cristo,
assim como nem todos são de fato ricos, e nem todos,
verdadeiramente, amam as riquezas
Marcos 10:26: Com isso, eles ficaram ain­
da mais assustados, dizendo isto entre eles:
“E quem poderá, então, salvar-se?”
Davi, Jó, Abraão, Isaque, Jacó entraram. Por que
entraram? Porque amavam a Deus sobre todas as
coisas; mas o jovem, embora dissesse que guardava
os mandamentos de Deus desde a sua juventude,
tropeçava no primeiro, no oitavo, no nono
e no décimo mandamentos
Marcos 10:27: E Jesus, fixando os olhos
neles, respondeu: “Para os hom ens é im­
possível, mas não para Deus, porque todas
as coisas são possíveis para D eus”. tu i.-37;
Jr32:l7j
Os benefícios de servir a Cristo com o nosso “tudo”.
O jovem rico pensou que, ao ter um tesouro no Céu,
estaria muito distante de sua riqueza terrena e, por isso,
jamais poderia utilizá-lo na terra. É o que a maioria das
pessoas pensa e crê. Como transferir tesouros do Céu à
terra? Por exemplo, ao receber um justo, um discípulo e
um profeta, como a Cristo, temos o direito de transferir
fundos celestiais à terra. Por exemplo, Elias tinha uma
produção infinita de azeite e de trigo, mas não poderia
utilizá-la para seu próprio proveito, mas para o bem do
seu próximo, assim como a mulher viúva que, com o seu
bocado de pão e alguns gravetos, poderia conquistar as
riquezas do profeta Elias se, primeiramente, o servisse.
Isso quer dizer que, com alguns gravetos e um bocado
de pão, ela poderia transferir para a terra o galardão de
Elias que estava depositado no seu tesouro particular no
Céu. O jovem rico não entendeu assim
Marcos 10:28: Então Pedro com eçou a
dizer-lhe: “Eis que nós deixamos tudo e te
seguim os”. (Mt4=2022 )
Por amor a Cristo e por amor ao Evangelho: Jesus
responde que investir tudo para servir a Cristo traz
benefícios extraordinários, e que esse tipo de atitude
equivale à quarta parte da semente lançada pelo
semeador, e essa produz cem por um grão. Semear
(investir) casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos
são sementes que produzem a cem por um (Mc4:8)
Marcos 10:29: Respondeu Jesus: “Verda­
10:34
deiramente vos digo que ninguém há que
j tenha sem eado casa, ou irmãos, ou irmãs,
ou mãe, ou pai, ou filhos, ou heranças, por
amor de mim e do Evangelho, m 0=331
O lucro do investimento, como a semente que
cai em boa terra e produz a cem por um, com um
detalhe: na terra, com perseguição
Marcos 10:30: que não receba cem vezes
tanto, já agora, neste tempo, em casas, e
irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e heran­
ças, mesmo com perseguições; e, no século Q
vindouro, a vida eterna. (Lcisjoi CO
O servo no mundo será grande no Reino de
Deus e o grande, no mundo, será servo no Reino dos
céus (Mc 10:31-45). O verso31 éotem a dopróximo
ensino de Jesus, e não pode ser subdividido no seu
contexto até o verso 45
Marcos 10:31: Mas muitos primeiros se­ r \
rão últimos, e os últimos serão primeiros.
/Mt20:16;Lc 13:30!
(1) A previsão de sua morte em Jerusalém
Marcos 10:32: E estavam no caminho,
subindo para Jerusalém; e Jesus ia adiante
deles. E eles se maravilhavam e o seguiam 70
atemorizados. E, de novo tomou consigo
os doze, à parte, e com eçou a contar-lhes C/3
as coisas que deviam acontecer com ele: tu
9:22-28; Mc 8:31; 9:31j
(2) Como Cordeiro, será entregue. O sentido era a
entrega do Cordeiro para serimolado e não traído. Eles
tinham a oportunidade de agir como estava escrito a
esse respeito na Lei (Dt 21). Jesus recebera todas as
instruções e detalhes de sua morte no
monte da Transfiguração
Marcos 10:33: “Eis que subimos para Je­
rusalém, e o Filho do homem será entregue
aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas,
e eles o condenarão à morte, e o entregarão
aos gentios;
(3) Ele não termina o seu relato profético no sofrimento,
mas na vitória. Ele estava avisado dos detalhes de sua
morte desde o monte da Transfiguração (Jo 5:19)
Marcos 10:34: e o escarnecerão, e o açoi­
tarão e cuspirão nele, e o matarão; mas,
ao terceiro dia, ressurgirá”, m 26=67;27.-30;
Mc 14:65/
(4) A razão do pedido: Tiago e João estavam
impressionados, pois haviam testemunhado a visão
C /3
145
 10:35
da transfiguração que Marcos omite, e é por isso que
concordaram, entre eles, em pedir ajesus as duas
posições de honra no Reino. Então eles, usando a mãe
como testa-de-ferro, lhe pediram o impossível
Marcos 10:35: Nesse instante, aproxima-
ram-se dele Tiago ejoão, filhos de Zebedeu,
dizendo-lhe: “Mestre, queríamos que nos
fizésseis o que te pedirmos”.
O pedido dos filhos de Zebedeu
Marcos 10:36: E ele lhes disse: “Que que­
reis que eu vos faça?”
(5) Essa posição estava reservada, conforme Jesus
lhes disse. Hoje sabemos que essas posições estão
reservadas ao Pai (à esquerda) e à Igreja (à direita)
(SI 110.1; 45:9). Eles estavam pedindo a posição
do Pai e a posição da Igreja
Marcos 10:37: E responderam-lhe: “Con­
cede-nos que, na tua Glória, nos sentemos,
um à tua direita, e outro à tua esquerda”.
j (Mtl 9:28; Lc22:30)
Eles não sabiam a quem estavam dispostos a ver
deposto do seu lugar: ao Pai ou a Igreja; mas nem assim
o Senhor Jesus lhes disse que não. Mas deu-lhes uma
possibilidade: “Podeis passar pela cruz que eu passarei,
e pela morte que eu morrerei?”. Falava-lhes da cruz e da
sepultura; do cálice e do batismo
Marcos 10:38: Então Jesus, porém, lhes
disse: “Não sabeis o que pedis; podeis vós
beber o cálice que eu bebo e ser batizados no
batismo com que eu sou batizado?” ilc 12.SO;
| Jo 18:111
Mais uma vez, eles não sabiam o que diziam.
Masjesus parou e pensou: “Eles, sim, passarão;
verdadeiramente, passarão"
Marcos 10:39: E eles disseram: “Pode­
mos”. Masjesus lhes disse: “Verdadeira­
mente 0 cálice que eu bebo, vós bebereis,
e no batismo com que eu sou batizado, vós
sereis batizados; (At i2:2;Ap i;ç; w:4i;Lc22:25271
Outra competência exclusiva do Pai: decidir quem
estará sentado à direita e à esquerda no trono. Esses
lugares estão reservados. Um deles pertence ao Pai.
Tiago foi o primeiro a beber do cálice ejoão o último.
Como Jesus não poderia dar-lhes lugar nem à direita
nem à esquerda, deixou-lhes uma porta aberta em
Apocalipse 3:21
Marcos 10:40: mas, 0 assentar à minha di­
reita ou à minha esquerda não me pertence
concedê-lo, mas é para aqueles a quem está
reservado”.
M arcos 10:46
(6) A discussão entre os discípulos e o ensino
de Jesus a respeito do serviço
Marcos 10:41: E, ouvindo isso, os dez
começaram a indignar-se contra Tiago e
João.
(a) O segredo: no mundo, os governantes são
senhores dos servos e sobre eles exercem autoridade.
Mas, no Reino de Deus, aqueles que exercem
autoridade sobre os demais serão menores lá
Marcos 10:42: Masjesus, chamando-os
para junto de si, disse-lhes: “Sabeis que
aqueles que se julgam príncipes dos gentios
sobre eles se assenhoreiam, e que os seus
grandes têm autoridade sobre ambos.
(b) A chave: então Jesus lhes deu o exemplo
de como poderiam ser senhores no Céu:
sendo servos naquele momento
Marcos 10:43: Mas não será assim entre
vós; antes, qualquer que entre vós quiser
tornar-se grande, este será vosso servidor;
| (MtQ:35)
Marcos 10:44: e qualquer que, entre vós,
quiser ser 0 primeiro, este será servo de
todos.
(c) O exemplo de Jesus. O própriojesus, sabendo disso,
depois de ter vivido no meio dos homens, estava sob a
mesma lei. Por isso, Jesus sempre escolheu servi-los e a
glória de seu serviço foi investir sua própria vida em resgate
de muitos; por isso, ninguém há de superara sua dignidade
no Reino, pois, na terra, Jesus foi o maior servidor
Marcos 10:45: Porque também 0 Filho do
homem não veio para ser servido, mas para
servir e para investir a sua vida em resgate
de muitOS”. (Jo 13:14; 1Tm2:5,6)
Um mendigo emjericó: Bartimeu. Era a última
oportunidade de recuperar o que perdera: a sua
visão. Um milagre na saída de Jericó. Jericó tinha duas
entradas que também eram duas saídas. Dependendo
para onde a pessoa se dirigia, ao sul ou ao norte, pedir
esmola quando os clientes saíam era um mau negócio,
visto que a cidade dejericóeracom oum mercado. Ser
colocado na porta à hora em que os clientes entravam
era estratégico para os cegos. As coisas não aconteciam
ali sem premeditação. Bartimeu era cego, porém muito
bem informado, de grande inteligência
Marcos 10:46: Depois, chegaram aJericó.
E, ao sair de Jericó com os seus discípulos
e uma grande multidão, 0 cego Bartimeu,
filho de Timeu, estava assentado junto ao
caminho, mendigando.
146
10:47 Marcos
O seu segredo: saber que Jesus era filho de Davi. Essa
era a chave. O caráter de Davi, como homem bondoso
e misericordioso, estava sendo invocado na vida de
Cristo e isso era uma honra; mas o reconhecimento de
que ele era o que tinha a chave de Davi e tinha poder
sobre todas as coisas, espirituais e materiais, mexeu
com o coração de Jesus. Ele não era conhecido como
Jesus de Belém, mas com ojesus, o Nazareno. Davi não
era de Nazaré. Davi era de Belém. Mas ele não queria
entender a sua fé, ele queria usara sua fé. Ele sabia que
uma das virtudes mais importantes de Davi era a sua
compaixão pelas pessoas
Marcos 10:47: Este, ouvindo que era Je­
sus, o Nazareno, começou a clamar, dizen­
do: “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia
de mim!” /Mt 9:27; 2 Sm 5:6-8!
Segredos do clamor. (1) Deve triunfar sobre os críticos e
sobre a vergonha, deve ser humilde e ter base firme
Marcos 10:48: E muitos o repreendiam,
para que se calasse; mas ele clamava ainda
mais alto: “Filho de Davi, tem misericórdia
de mim”.
(2) Tem poder para fazer Jesus parar,
conceder o direito de ser chamado pela comitiva
dejesus; receber bom ânimo para levantar-se
e ter o seu problema solucionado
Marcos 10:49: Então Jesus, parando,
disse: “Chamai-o”. E chamaram o cego,
dizendo-lhe: “Tem bom ânimo; levanta-te,
ele te chama”.
O que aquela capa representava para ele? Como sabia
que não iria mais necessitar dela? Passos de sua cura:
(1) posição estratégica, (2) clamar com base, (3) crer, (4)
triunfar sobre os críticos, (5) deixar a velha capa, como
José, (6) levantar-se de um salto, (7) comparecer, (8)
continuar o seu caminho (não ficar em Jericó)
Marcos 10:50: E, lançando de si a sua capa,
deu um salto, levantou-se e foi a Jesus.
Ele queria muito menos do que os filhos de Zebedeu
queriam. Ele queria ver e viver na terra
Marcos 10:51: E Jesus perguntou ao
cego: “Que queres que te faça?” E o cego
lhe respondeu: “Mestre, que eu recobre a
vista”. íJo20:16;M t23:7!
Ele fora uma pessoa normal, tinha uma visão normal,
mas perdera a sua vista por alguma enfermidade. O seu
sábio clamor lhe devolveu a visão
Marcos 10:52: Então Jesus lhe disse: “Vai,
a tua fé te salvou”. E imediatamente recu­
perou a visão, e foi seguindo a Jesus pelo
: caminho, (Mt 9:22;Mc5:34;Lc7:51;8:48; 17:19)
147
i i :6
Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos Marcos
Marcos, capítulo onze (11)
O seu lugar de partida para entrar em
Jerusalém era o monte das Oliveiras
Marcos 11:1: Quando já estavam próxi­
mos de Jerusalém, diante de Betfagé e Be-
tânia, perto do monte das Oliveiras, Jesus
enviou dois dos seus discípulos m t2 i:i7 j
Uma profecia a respeito dos jumentos estava
registrada em Gênesis 49:11. Um jumento sobre
o qual nunca alguém havia montado. Autoridade e
domínio sobre a natureza
Marcos 11:2: e disse-lhes: “Ide à aldeia
que está defronte de vós; e, logo que nela
entrardes, encontrareis preso um jumen-
I tinho, no qual ninguém montou ainda;
desprendei-o e trazei-o.
Até os animais aguardavam dispostos para servir ao
Messias. O seu serviço havia sido profetizado porJacó
(Gn 49:11). Oue maravilha é quando um empresário se
dispõe para servir ao Reino de Deus com os seus meios
de transporte!
Marcos 11:3: E, se alguém vos perguntar:
Por que fazeis isso? Respondei-lhe que o
Senhor necessita dele, e logo permitirá que
o tragam para aqui”.
Poucos deixam os seus bens do lado de fora de seu
coração, deixando-os disponíveis para o Senhorjesus
Marcos 11:4: E quando foram, acharam
o jumentinho preso à porta, do lado de
fora, entre dois caminhos, e o soltaram.
/Mc 14:16/
Mesmo deixando os seus bens disponíveis para
Cristo, seus donos ainda o vigiavam, a fim de
entregá-lo à pessoa certa
Marcos 11:5: E alguns dos que estavam
ali lhes perguntaram: “Que fazeis, despren­
dendo o jumentinho?”
Jesus conhecia os detalhes porque fora avisado no
monte da Transfiguração. Se ele se atrasasse em
Samaria, o dono do jumento o guardaria, o homem do
cântaro passaria e o pai de família perderia a esperança
de mobilar o cenáculo para a Ceia
Marcos 11:6: Então, eles responderam
com ojesus lhes tinha mandado; e deixa­
ram que o levassem.
O jumento, milagrosamente, cooperou com seu
serviço a Cristo, que seria honrado ali. Ele, também,
estava fazendo um ensaio do triunfo final de Cristo;
mas sabemos que, naquele dia final, ele virá em um
cavalo branco. Mesmo disposto a servir, o jumentinho
11:7 Marcos
deveria ser selado. As mantas dos homens e o serviço do
jumento eram um só louvor para servir a Cristo
Marcos 11:7: Etrouxeramo jumentinho a
Jesus e lançaramsobre ele os mantos de suas
vestimentas; eJesus montou sobre ele.
Homens e natureza o honravam. As naturezas
vegetal e animal estavam presentes naquele
evento. Este momento é o cumprimento parcial do
Salmo 118: 19-26
Marcos 11:8: E muitos também esten­
diam os seus mantos pelo caminho, e ou­
tros cortavam ramos das árvores dos cam­
pos e os estendiam diante dele.
Os que iam à frente e os que iam atrás o aclamavam.
Mas ele entrava para morrer e não para governar. Na
entrada, vemos a Igreja triunfante e a Igreja militante.
Na entrada triunfal, vemos os evangelistas (aqueles que
o precediam) e os discípulos (aqueles que o seguiam)
cantando a mesma canção. Uma antevisão da entrada
triunfal da Igreja na Novajerusalém (SI 45)
Marcos 11:9: Etanto os que o precediam
como os que o seguiam, clamavam: “Ho­
sana! Bendito o que vem em nome do Se­
nhor! ÍS( l i 8:26; Mt23:39)
Muitos pensavam que ele vinha para tomar o poder
(Lc 24:21). O Reino que vinha estava ali em pessoa.
Ele era o Reino de Deus que chegava aos homens
humildemente. Porisso gritaram duas vezes
“Hosana! ”, na terra e nas alturas; na Jerusalém terrena
e na Jerusalém celestial (Hb 11:22-24). A próxima vez
que ele for ali, será como a vítima no altar (S1118:27),
quando, na festa da Páscoa, depois de Betânia, será
amarrado e levado aos “ângulos (cruz) do altar”
Marcos 11:10: Bendito o Reino que vem
em nome do Senhor, o Reino de nosso pai
Davi! Hosana nas alturas!” (.siii8:26/
Jesus observou cada detalhe do Templo emjerusalém,
antes de sua morte. Era-lhe mais seguro que fosse
à casa de Lázaro. Comojesus ainda estava disposto
a ensinar e a operar maravilhas, regressou. Na sua
entrada triunfal encontrou o Templo fechado e os
mercadores preparando seus camelôs para a Festa. Sua
entrada triunfal terminou no Templo, não no pretório; o
Templo era mais importante do que o palácio. O que ele
observou? As tendas sendo armadas ao redor do Templo;
um verdadeiro mercado sendo formado para o outro dia.
Ele não quis fazer nada naquela tarde e retirou-se triste.
Em Betânia, esteve pensando o que faria. A figueira era o
seu sinal. Cumpriu-se o Salmo 118:26
Marcos 11:11: E entrou Jesus em Jerusa­
lém, e foi aoTemplo; e, tendo observadotudo
ao redor, como já era tarde, retirou-se para
Betâniacomosdoze. m2i:io,n, i7;sui8:26)
148
11:15
Na casa de figos não quis figos. Por que não quis
comer figos em Betânia? Ali moravam Lázaro, Maria e
Marta. Eles estavam dispostos a servi-lo.
Por que não quis comer em Betânia?
Marcos 11: 12: No dia seguinte, quando
saíam de Betânia, teve fome. (Lc 13:6-9)
Ele queria desfrutar da figueira que resolveu ficar fora
da cidade; que não quis estar dentro do corpo. Não
queria figos, queria algo. Algo já lhe daria satisfação.
Ela não tinha frutos, mas tinha dons. Mas poderia ter
frutos fora de época. Ela estava nas mesmas condições
de Adão e Eva no Jardim do Éden, cobertos de folhas
de figueira. Eles som ente tinham folhas. Assim como
o Pai veio procurar por Adão, Jesus veio procurar algo
naquela figueira fora do corpo. A figueira era aquela
geração. Aquela geração jamais produziria frutos
bons. Mas alguma coisa maravilhosa iria acontecer
no fim: a figueira iria brotar seus ramos. Mas não seria
naqueles dias
Marcos 11:13: E, vendo ao longe uma
figueira que tinha folhas, foi ver se, porven­
tura, acharia nela algo; e, chegando a ela,
nada achou, senão folhas, porque não era
tempo de figos.
Se as primícias são santas, o resto da massa
também é (Rm 11:16). Mas se as primícias não são
santas, não haverá o restante
Marcos 11:14: Então Jesus se dirigiu
à figueira, e disse: “Nunca mais alguém
como fruto de ti”. E os seus discípulos
ouviram isso.
As maiores razões pelas quais Jesus foi entregue à morte,
pelos príncipes dos sacerdotes, surgiram nas duas
limpezas do Templo. Uma limpeza foi realizada no inicio
de seu ministério, e a segunda, no fim. As pessoas que
vinham participar da Páscoa chegavam de muitos países,
com diferentes moedas; elas precisavam trocar as suas
moedas para comprarem os animais para o sacrifício.
Outros traziam de longe os seus animais, que chegavam
exaustos e fracos, e por isso, eram rejeitados na inspeção,
propositadamente, pelos levitas supervisores. Isso
alimentava um poderoso negócio no Templo, que era
dirigido pelos príncipes dos sacerdotes, e não lhes
convinha que Jesus os atrapalhasse com os seus ensinos.
Sua morte foi decretada porque o Shopping do Templo
lhes rendia muito dinheiro
Marcos 11:15: E chegaram a Jerusalém.
Eentrando no átrio do Templo, começou a
expulsar os que ali compravame vendiam; J
e derribou as mesas dos cambistas e as ca- j
deiras dos que vendiam pombas; Mt2i. i2,i
O próprio Jesus bloqueava o caminho. O Templo já
possuía os seus próprios vasos
11:16 Marcos
Marcos 11:16: e não consentia que al­
guém atravessasse pelo Templo levando
consigo algumvaso.
O ensino dejesus respaldava as suas ações. A culpa
do povo era permitir que os salteadores, cujos chefes
eram os sacerdotes, assaltassem as pessoas durante a
Festa com os seus altos preços. Os Tobias, desde os dias
de Neemias, sonharam em transformar a casa de Deus
em covil. Mas, como Neemias, Jesus também fez o seu
trabalho de limpeza na sua casa, o Templo (Ne 13:4-9).
O propósito da casa de oração alcançava a todas as
nações (Gn 12:2-4)
Marcos 11:17: Eensinava-lhes, dizendo:
“Não está escrito: A minha Casa será cha­
mada Casa de Oração para todas as nações?
Mas vós a tendes transformado em covil de
salteadores”. /Ne 13:8;ls56:7;Jr7:l 1)
Os líderes sacerdotais que cuidavam do grande
negócio não aceitaram a exortação e o grande prejuízo,
e resolveram contra-atacar. Mas a multidão estava
maravilhada
Marcos 11:18: Mas quando os príncipes
dos sacerdotes e os escribas ouviram isso,
procuravam um modo de o matarem; pois
tinham medo dele, porque toda a multidão
estava maravilhada de sua doutrina. /M7:28;
21:46; Mc l:22;Lc4:32)
O dia foi de grande prejuízo para os donos do
mercado. A figueira estava secando simultaneamente,
desde as raízes
Marcos 11:19: Quando já entrava a noite,
saiudacidade.
A figueira representava a nação de Israel daqueles dias;
mas também era uma parábola profética (Mt 24:32)
Marcos 11:20: E quando passavam por
ali, na manhã seguinte, viram que a figuei­
ra estava seca desde suas raízes, /Mi2i:i<?/
A figueira era muito mais do que uma única e isolada
figueira. Porque ela secou? Não tinha intercessor,
nem quem a defendesse. Estava fora do corpo. A outra
figueira (Lc 13:6-9) tinha quem intercedesse por ela,
porque ela estava dentro da vinha, isto é, dentro do
corpo. Quem tem intercessor não seca
Marcos 11:21: Então Pedro, lembrando-
se, disse-lhe: “Mestre, vede! Afigueira que
amaldiçoaste secou”. iMt23.-7j
A figueira era um tipo do mercado no átrio
do Templo. O grande desafio do mercado do Templo
foi vencido, e o mercado secou. O que era impossível
aconteceu pela fé e com atitude
149
ii:29
M arcos M arcos Marcos Marcos M arcos Marcos Marcos
Marcos 11:22: E, respondendo-lhes, Je­
sus disse: “Tende fé em Deus. m 17.201
O mercado do Templo era um monte que ele lançou ao
mar. Jesus certamente viu algo por trás daquela figueira,
no mundo espiritual, como os demônios estão por trás
dos ídolos. Ele sabia o que estava fazendo
Marcos 11:23: Verdadeiramente vos digo
que, qualquer que disser a este monte:
Mova-te e lança-te no mar, e não duvidar
em seu coração, mas crer que aquilo que
ordena será feito, então tudo 0 que disser
Será feitO. /Mt21:21;Lcl7:6j
Sua fé foi movida pela oração e pela ação.
Era grande a satisfação de Jesus naquele momento.
Ele aproveitou para ensinar os segredos de como orar:
(1) pedir, (2) crer que receberá e que o que for recebido
será mantido em seu poder
Marcos 11:24: Portanto, eu vos digo que
tudo 0 que, em oração, pedirdes, crede que
0 recebereis, e 0 obtereis. (M i7:7; jo 14-, 13, 14 -,
15:7; 16:23,24; Tg 1:5,6j
(3) Na oração, devemos perdoar, a fim de que o Pai
perdoe as nossas ofensas. Porque o nosso perdão
depende de como perdoamos os nossos ofensores
Marcos 11:25: Quando estiverdes oran­
do, perdoai, se tendes alguma coisa contra
alguém, para que também o vosso Pai, que
está nos Céus, vos perdoe as vossas ofen­
sas. m 6:14,15; 18:35)
A doutrina do “desperdão” (Mt 18:35)
Marcos 11:26: Porque, se vós não perdo­
ardes, tambémvosso Pai, que está nos Céus,
não vos perdoará as vossas ofensas”.
Marcos 11:27: E regressaram a Jerusa­
lém. E, enquanto Jesus andava pelo Tem­
plo, aproximaram-se dele os príncipes dos
sacerdotes, os escribas e os anciãos,
Os chefes do mercado o esperavam para lhe perguntar
com que autoridade e autorização ele fez a limpeza do
Templo, porque secou a figueira deles?
Marcos 11:28: e lhe perguntaram: “Com
que autoridade operas tu estas coisas? Ou
quem te deu autoridade para fazê-las?”
Sua resposta era condicional à resposta deles
Marcos 11:29: E, respondendo Jesus,
disse-lhes: “Eu também vos farei uma per­
gunta; respondei-me, pois, e eu vos direi
ii:30 Marcos
com que autoridade opero:
A resposta estava subentendida: autoridade do Céu
Marcos 11:3 0 :0 batismo de João era do
Céu, ou dos homens? Respondei-me.
O argumento dos hipócritas
Marcos 11:31: Então eles argumentaram
entre eles, dizendo: “Se dissermos: Do Céu,
ele dirá: Então, por que não ocrestes?
A resposta estava subentendida: autoridade pelo
reconhecimento do povo e pelo seu ministério
Marcos 11:32: E, se dissermos: Dos ho­
mens? Tememos o povo”. Porque todos,
verdadeiramente, tinham a João como
profeta. (Mti4:5i
Ficaram sem a resposta de Jesus, porque estavam com a
resposta no seu coração. Ela falava mais alto
Marcos 11:33: Então, respondendo aJe­
sus, disseram: “Não sabemos”. E, respon­
dendo, Jesus lhes disse: “Nemeu tampou­
co vos direi com que autoridade opero”.
Marcos, capítulo doze (12)
A empresa de Deus foi arrendada a Israel, mas os seus
responsáveis foram infiéis. (1) Uma cerca viva. (2)
Uma beneficiadora da matéria-prima: um lagar que
transforma o fruto em produto mais rentável. (3) Uma
torre administrativa. Negociou o seu arrendamento e
foi para longe. Um tipo do investimento que Deus fez
em favor do homem na terra, e um tipo do investimento
aplicado em Israel pelo Senhor Jeová
Marcos 12:1: EJesus começou a falar-lhes
por parábolas. “Um homem plantou uma
vinha, e a cercou com um muro vivo, e
cavou nela umlagar, e edificou uma torre;
depois, ele a arrendou a uns lavradores e
ausentou-se para longe do país. (isStivj
Os cobradores do arrendamento: as primícias da vinha.
Mas eles voltaram de mãos vazias: primeiro grupo de
profetas (de Moisés ajeremias)
Marcos 12:2: E enviou um servo aos la­
vradores, no tempo próprio, para que deles
recebesse do fruto da vinha. (Mi3:S;Gn3:8i
Marcos 12:3: Mas os lavradores, apode­
rando-se dele, espancaram-no e o manda­
ramembora de mãos vazias.
Outros cobradores das primícias foram feridos e
envergonhados. Outro grupo de profetas (dejeremias a
Zacarias, a quem mataram no altar)
H M
12:12
Marcos 12:4: Etornou a enviar-lhes outro
servo; e aeste feriramna cabeça e o fizeram
regressar, depois de afrontá-lo.
Outro grupo de cobradores: outros profetas espancados
e mortos (o principal, João Batista)
Marcos 12:5: E tornou a enviar-lhes ou­
tro, e a este mataram; e a outros muitos,
feriram a uns e mataram a outros.
O último cobrador: Jesus Cristo, o herdeiro
Marcos 12:6: E tendo, pois, ainda um fi­
lho seu, muito amado, também a este lhes
enviou por último, dizendo: Pelo menos
por meu filho terão reverência.^/.-/u;
Morte declarada a Cristo, o herdeiro. Eles não sabiam
que o seu pai ainda vivia. O mesmo que aconteceu aJosé
Marcos 12:7: Mas aqueles lavradores dis­
seram entre si: Este é o herdeiro; vamos e o
matemos, e a herança será nossa.
Cristo foi preso, morto e sepultado fora da cidade, perto
do Jardim do Calvário
Marcos 12:8: E, prendendo-o, mataram-
no e o lançaram fora da vinha.
A vinha foi tomada daqueles e dada à Igreja
Marcos 12:9: Que fará, pois, o senhor da
vinha? Virá e destruirá os lavradores, e dará j
a vinha a outros.
O corpo de Cristo edificado e sua posição como
pedra de aferição e de ângulo do Reino.
Essa pedra não se prende com argamassa, ela é livre.
Ele tinha o Salmo 118 no coração
Marcos 12:10: Nunca lestes esta Escritu­
ra: “Apedra que os edificadores rejeitaram,
essa foi posta como cabeça de esquina; /si
118:22,23;A t4:11; I Pe2:7!
Marcos 12:11: pelo Senhor foi feito isso,
e é uma coisa maravilhosa aos nossos |
olhos?”
Eles eram os lavradores maus que matariam
o Filho e herdeiro da vinha. Foram e enviaram três
grupos de inquisidores
Marcos 12:12: Então, procuravam pren­
dê-lo, mas temiam a multidão; pois enten­
deram que contra eles proferira aquela
parábola; e eles, deixando-o, retiraram-se.
(Mt21:45,46; Mc 11:18; M t22:22)
(1) Problema político, levantado pelos herodianos,
representantes de Roma: desafiando o Verbo de Deus,
i5o
12:13
procurando nele alguma palavra contraditória
Marcos 12:13: E e n v ia ra m -lh e a lg u n s d o s
fa ris e u s e d o s h e r o d ia n o s , p a r a q u e o s u r ­
p r e e n d e s s e m n a p a la v ra . (Mc3:ó; lc i i -m -,
A hipocrisia e a demagogia dos desafiadores: uma
pergunta que o pusesse em situação crítica com Roma,
pois os costumes judeus não podiam condenar à morte
aos infratores, porque a nação estava sob o domínio do
poder romano. Mas, antes, vemos as quatro impressões
que eles tinham, no fundo, de Jesus: (1) homem da
verdade, (2) não tenta agradar ninguém quando fala,
(3) não olha para a aparência do homem, (4) ensina
segundo a Verdade o caminho de Deus
Marcos 12:14: A p ro x im a n d o -se eles, pois,
d iss e ra m -lh e : “M e s tr e , já s a b e m o s q u e és
h o m e m d a v e rd a d e e q u e n ã o te n s o c u id a d o
d e falar p a ra a g ra d a r a n in g u é m , p o rq u e n ã o
o lh a s a a p a rê n c ia d o s h o m e n s , m a s e n s in a s,
s e g u n d o a v e rd a d e , o c a m in h o d e D e u s. É lí­
cito d a r trib u to a C é sa r o u n ã o ? T ributar-lhe-
e m o s o u n ã o trib u ta r-lh e -e m o s ? ” (Rm i3.-6)
A imagem é de César: O que era de Deus?
Os dízimos e as ofertas. O que era de César?
Os impostos. A mesma moeda anuncia os nossos
deveres para com Deus e para com os homens
Marcos 12:15: M a s J e s u s , ao e n t e n d e r
h ip o c ris ia d e le s , r e s p o n d e u -lh e s : “ P o r q u e
m e te n ta is ? T ra z e i-m e u m d e n á rio p a ra q u e
eu o v e ja ” .
Marcos 12:16: E e le s lh o tr o u x e r a m . En­
tã o , J e s u s lh e s p e r g u n to u : “ D e q u e m é e s ta
im a g e m e in s c riç ã o ? ” E e le s lh e r e s p o n d e ­
ra m : “ D e C é s a r ” .
Os impostos e os dízimos (Mt23:23; SI 24:1) como
fundamentos da manutenção da prosperidade humana
Marcos 12:17: E, r e s p o n d e n d o je s u s , d is ­
se -lh e s: “T rib u ta i, p o is, a C é s a r o d e C ésar,
e a D e u s , o d e D e u s ” . E se m a ra v ilh a ra m
d e le . (Rm 13:7;Sl29:1/
(2) O segundo grupo. Trazia os problemas teológicos,
levantados pelos saduceus, que não criam em
ressurreição: “Haverá matrimônio no Céu? Os anjos
dão-se em casamento?”. Observe a razão da pergunta
nos versos 1 9 e24
Marcos 12:18: E n tã o , v ie ra m a e le a lg u n s
s a d u c e u s , q u e d iz ia m n ã o h a v e r r e s s u r r e i­
ç ã o , e lh e p e r g u n ta r a m , d iz e n d o :
Razão especial: Esta lei foi implantada por causa da
semente da mulher (Gn 3:15)
Marcos 12:25
M arcos M arcos Marcos Marcos M arcos M arcos M arco
Marcos 12:19: “ M e s tr e , M o is é s n o s e s ­
c r e v e u q u e , se o ir m ã o d e a lg u é m m o r ­
re s s e , d e ix a n d o m u lh e r s e m filh o s, o s e u
irm ã o se c a s a s s e c o m a q u e la m u lh e r e s u s ­
c ita s s e d e s c e n d ê n c ia a s e u irm ã o . (dc25:sy
Marcos 12:20: H a v ia , p o is, s e te irm ã o s:
O p rim e iro c a s o u e , m o r re n d o , n ã o d e ix o u
s e m e n te ;
Marcos 12:21: e o s e g u n d o a to m o u e
m o r r e u , s e m ta m p o u c o d e ix a r s e m e n te ;
e, d a m e s m a fo rm a , o te rc e iro ;
Marcos 12:22: e , a s sim , o s s e te a to m a -
{ ra m , e n ã o d e ix a r a m s e m e n te . P o s te rio r­
m e n te , m o r r e u ta m b é m a m u lh e r.
Marcos 12:23: N a r e s s u r r e iç ã o , p o is,
q u a n d o e le s r e s s u s c ita r e m , d e q u a l d e le s
s e rá a m u lh e r, p o is o s s e te a tiv e ra m p o r
m u lh e r ? ”
Perguntas tolas são feitas por causa da falta de
conhecimento das Escrituras e do poder de Deus. Por
que erravam? O motivo pelo qual Deus permitia que
um irmão suscitasse descendência a seu irmão era para
dar fluência à vinda do Messias. Mas, agora, o Messias
a já estava ali com eles. Eles não conheciam nem as
Escrituras nem o poder de Deus
Marcos 12:24: E, r e s p o n d e n d o -lh e s J e ­
s u s , d isse : “ P o r v e n tu r a , n ã o e rra is v ó s p o r
isso: P o r n ã o c o m p re e n d e rd e s as E sc ritu ra s
e n e m o p o d e r d e D e u s?
A vida dos anjos nos Céus. Por isso, é impossível
que os anjos tenham tido relação sexual com as
filhas dos homens, em Gênesis 6, pois os anjos são
assexuados. Os saduceus eram os mais miseráveis
de todos os homens, por não crerem na ressurreição
(1 Co 15:20-22)
Marcos 12:25: P o rq u e , q u a n d o r e s s u s ­
c ita r e m d e n t r e o s m o r to s , n ã o se c a s a rã o ,
n e m se d a r ã o e m c a s a m e n to , m a s s e rã o
c o m o o s a n jo s q u e e s tã o n o s C é u s . n Co
15:42,4Q,52)
Deus continua sendo Deus de Abraão, de Isaque e de
Jacó, pois suas almas continuam vivas eternamente. As
almas têm princípio, mas não têm fim. Por que Jesus
faz questão de usar esse texto que está ligado à sarça?
Porque quando Moisés foi chamado, Deus lhe revelou a
sarça que não se consumia, e esta era um tipo de Moisés,
que estava recebendo, em seu corpo, a vida de Deus, a
partir daquele momento. Daquele momento em diante,
ele passou a viver a vida ressurreta de Deus. Quando o
homem recebe a vida ressurreta de Deus não se consome
151
12:26
Marcos 12:26: E, q u a n to ao s m o rto s q u e
h ão d e ressuscitar, n ã o lestes n o livro d e M o i­
sés, n o tr e c h o e m q u e se fala d a sa rç a , c o m o
D e u s lh e d isse: Eu s o u o D e u s d e A b ra ã o , o
D e u s d e l s a q u e e o D e u s d e ja c ó ? (êx3:ó)
Eles estavam diante da Semente da mulher, da
descendência de Abraão e do Filho de Davi, e ainda
questionavam uma parte da lei que já estava cumprida
Marcos 12:27: E n tã o ? E le n ã o é D e u s d e
m o r to s , m a s d e v iv o s. D e sta fo rm a , e s ta is
e m g ra n d e e r r o ” .
(3) O terceiro grupo. Os escribas da Lei: traziam um
problema legal. O mais importante mandamento
Marcos 12:28: A p ro x im o u -s e d e le u m
d o s e s c rib a s q u e o u v ira a d is c u s s ã o d e le s
e, p e r c e b e n d o q u e J e s u s lh e s r e s p o n d e r a
b e m , p e rg u n to u -lh e : “Q u a l é o p rin c ip a l d e
to d o s os m a n d a m e n to s ? ” /lc W:25-28;2039/
O primeiro mandamento: amar a Deus. E como se
demonstra esse amor a Deus? Amando o próximo.
Não podemos ir diretamente a Deus e confessar o
nosso amor se odiamos o nosso irmão, declarando
indiretamente que não amamos a Deus
Marcos 12:29: E re s p o n d e u -lh e Jesu s:
“ D e to d o s o s m a n d a m e n to s , e s te é 0 p r i­
m e iro m a n d a m e n to : O u v e , Is ra e l, 0 S e ­
n h o r n o s s o D e u s é 0 ú n ic o S e n h o r, m 6:4/
Marcos 12:30: A m a rá s , p o is, a o S e n h o r
te u D e u s d e to d o 0 te u c o ra ç ã o , d e to d a a
tu a a lm a , d e to d a a tu a m e n te e d e to d a s as
tu a s fo rças. E ste é 0 p rin c ip a l d e le s.
Ao amarmos o próximo, declaramos que amamos a Deus,
pois amamos a quem vemos e, assim, declaramos o nosso
amor a Deus, que não vemos. Esta é a mensagem que
João, o evangelista, escreveu na sua primeira epístola.
Todos os outros mandamentos demonstram, antes de
tudo, temor a Deus e respeito ao próximo
Marcos 12:31: E 0 s e g u n d o se a s s e m e lh a
à q u e le : A m a rá s 0 te u p r ó x im o c o m o a ti
m e s m o . N ã o h á o u tr o m a n d a m e n to m a io r
d o q u e e s te s ” . (Lvl9:18;Rm 13:9;GI5:I4; Tg2:8)
Havia uma só divindade. A compreensão de Paulo,
depois do conhecimento pessoal do mistério, foi assim:
um só Deus, um só senhorio e não uma trindade de
deuses, mas uma Divindade. Havia uma Divindade
constituída portrês pessoas e não por três deuses; essa
divindade é sobre todos, e por todos e em todos (Ef 4:6).
Como isso é possível? Porque há um só corpo e um só
vínculo, que é o Espirito Santo. Nos tempos eternos, o
Verbo estava com Deus, em Deus, junto de Deus, era
Marcos i 2:35
Deus, “um como”, mas nele. Nos tempos eternos não
havia, entre eles, corpos que impedissem a unidade,
pois eram apenas de natureza espiritual. Uma realidade
de símbolos, de mente e de coração. Três almas divinas,
um só Espírito para um só corpo. O corpo de Cristo
ajuda a ilustração: três almas (três pessoas) em um só
corpo (Ef4:4), unidas por um só Espírito. Assim, antes
da encarnação, essa Divindade (1) falava no singular
(Gn 18:21,22), (2) manifestava-se no plural (Gn 18:2,3).
(3) E são três pessoas (Gn 18:3) que escolheram um só
senhorio (Ef4:3-5); (4) que falam entre si: “É como um de
nós” (Gn 3:22). (5) Pelo seu nome, Jeová, indica-se que
são três pessoas e não três deuses. Em outra identificação
do Deus pleno, a palavra Eloim está no plural (Gn 1:26).
(6) Não existem três deuses, mas três pessoas divinas
que, na unidade do Espírito, manifestam este único
senhorio, único Senhor. O nome é do Pai, a unidade é do
Espírito e o corpo é do Filho, e Jesus revelou a unidade de
Deus pelos seus mandamentos
Marcos 12:32: E n tã o , o e s c rib a lh e d isse:
“ M u ito b e m , M e s tr e , c o m v e r d a d e d is s e s ­
te q u e D e u s é u m , e n ã o h á o u tr o fo ra d e le ,
iDt 4:39; Is 45:6,14; 46:9)
Se amamos a Deus devemos manifestar esse amor
ao nosso próximo. É a única forma de provarmos que
amamos a Deus. O nosso irmão existe e está perto para
demonstrarmos o nosso amora Deus. Isto, de fato, é
melhor do que oferecer ofertas e holocaustos
Marcos 12:33: e q u e a m á -lo d e to d o o
c o r a ç ã o , d e to d o o e n t e n d i m e n t o e d e
to d a as fo rç a s, e a m a r o p r ó x im o c o m o a si
m e s m o é s u p e rio r a to d o s o s h o lo c a u s to s e
sa c rifíc io s ” . (ISm 15:22; Os 6:6; Mq 6:6 8/
O homem somente está incluído no Reino de Deus
quando pratica o que ensina e o que crê. Acabaram-se
as perguntas dos diversos tipos de ouvintes: romanos,
saduceus, fariseus e escribas. O entendimento da
Palavra nos aproxima doReinodeDeus
Marcos 12:34: E J e s u s , v e n d o q u e e le r e s ­
p o n d e r a c o m r a z ã o , d iss e -lh e : “ N ã o e s tá s
lo n g e d o R e in o d e D e u s ” . E n in g u é m m a is
se a tre v ia in te rro g á -lo . (Mt22:46/
A pergunta dejesus que ninguém teve resposta. Assim
comojoão se apegou ao assunto do primeiro e do
segundo mandamentos, Pedro se apegou a este. E na
sua primeira mensagem, no dia de Pentecostes, revela a
resposta que Jesus lhe deu (At 2:29-36). Somente Pedro
responderá a essa pergunta, depois do Pentecostes
Marcos 12:35: E, e n q u a n to e n s in a v a n o
T e m p lo , J e s u s p e r g u n to u : “ C o m o é q u e os
e s c rib a s d iz e m q u e o C risto é filh o d e D avi?
(Mt26:55; 9:27)
Um tipo de Cristo: Ele está assentado à destra do Pai até
152
12:36 M arcos
a grande apoteose da unidade da Divindade em um só
corpo (Cl 1:19; 2:9; 1Co 15:26- 28)
Marcos 12:36: S e n d o q u e o p ró p rio D av i
fa lo u , m o v id o p e lo E sp írito S a n to : D isse o
S e n h o r ( “J e o v á ”) a o m e u S e n h o r ( “A d o
n a i "): A s s e n ta -te à m in h a d e s tra , a té q u e
e u p o n h a os te u s in im ig o s c o m o e s tra d o d e
teU S p é S . ÍSI110:1;At2:34,35;Hb 1:13)
Marcos 12:37: L o g o , se o m e s m o D av i
lh e c h a m a S e n h o r ( “A d o n ”), c o m o e le é
s e u filh o ? ” E u m a g r a n d e m u ltid ã o o o u v ia
c o m a g ra d o , uo !2:q>
Características dos fariseus: razões pelas quais
Jesus denunciou que o escriba estava perto do Reino, mas
não lhe garantiu a entrada nele (Mc 12:28). Ainda estava
falando com ele. (1) Manifestação visível positiva de sua
espiritualidade negativa: roupas e palavras públicas
Marcos 12:38: E, p r o s s e g u in d o e m su a
d o u tr in a , e le d iz ia : “ G u a rd a i-v o s d o s e s ­
c r ib a s , q u e a p r e c ia m a n d a r c o m v e s te s
c o m p rid a s e a m a m as s a u d a ç õ e s n a s p ra ç a s
p ú b l i c a s , (Lc 11:43)
(2) Manifestações visíveis positivas de sua
espiritualidade negativa: desejo de poder e
desejo de honrarias
Marcos 12:39: e os p r im e iro s a s s e n to s
n a s s in a g o g a s , e o s p r im e iro s lu g a re s n o s
b a n q u e te s ;
Atitudes dos falsos ministros de nossos dias
Marcos 12:40: os q u a is d e s p o ja m as ca sa s
d as v iú v a s e , c o m o p r e te x to , fa z e m lo n g a s
o ra ç õ e s; m a s e s te s re c e b e r ã o m a io r c o n d e ­
n a ç ã o ” . /Mt23:14;
Onde Jesus se posicionava no Templo? Defronte do
cofre das ofertas. O que fazia ali? Observava como
os assistentes lançavam as suas ofertas. Se muito
ou pouco? Não. Se, de coração, lançavam as ofertas
em correta proporção com a sua prosperidade
pessoal. Percebeu que o muito dos ricos era pouco,
proporcionalmente à prosperidade deles; e aquelas
ofertas pagariam o trabalho de Judas e o trabalho dos
soldados, depois da ressurreição (Mt28:12); somente
as duas moedas da viúva ficariam na arca
Marcos 12:41: E, a s s e n ta d o d e f r o n te da
arc a d o te s o u r o , J e s u s o b s e rv a v a c o m o a
m u ltid ã o la n ç a v a as o fe rta s n a a rc a d o t e ­
so u ro ; e m u ito s rico s d e p o s ita v a m g ra n d e s
q u a n tid a d e s , í2Rs i2.-çj
Duas moedas triunfaram sobre grandes fortunas. Deus
153
i 3:2
usa as coisas vis deste mundo para envergonhar as
fortes. Na linguagem do samaritano, duas moedas não
eram suficientes, e, se houvesse mais gastos, seriam
pagos na sua volta (Cl 10:35)
Marcos 12:42: V in d o , p o r é m , u m a
v iú v a p o b r e , la n ç o u d u a s m o e d a s , q u e
v a lia m u m q u a d r a n te /dois leptos = 1/04 de um
denário)
Comojesus avalia o montante de nossas dádivas no
seu altar? Pela proporção dos nossos lucros. Quando
uma viúva oferta muito mais do que os ricos? Quando
ela entrega todo o seu sustento, quando ela não oferece
o que lhe sobrava, mas o que lhe faltava. Ela não deu a
sua sobremesa, ela deu a sua comida. Ela não deu os
seus enfeites, ela deu as suas vestes; ela não deu o seu
dinheiro, ela deu o seu salário. Era a avaliação da Arca
junto a arca. A Septuaginta traduz “viúva pobre” como
“viúva mendiga”, oque é muito mais forte
Marcos 12:43: E n tã o , c h a m a n d o os se u s
d is c íp u lo s , d iss e -lh e s: “V e r d a d e ir a m e n te
v o s d ig o q u e e s ta v iú v a p o b re ( “m endiga ”)
d e p o s ito u m u ito m a is d o q u e to d o s os q u e
o fe rta ra m n a a rc a ;
Ela deu tudo o que tinha: todo o seu sustento.
[arcos M arcos M arcos M arcos
Ela entregou a sua vida no altar. Depois do saque
de trinta peças parajudas, mais os valores que
foram dados aos soldados, a arca contará apenas
com os dois leptos da viúva
Marcos 12:44: p o rq u e to d o s d e ra m d a q u i­
lo q u e lh e s so b ra v a ; m a s e s ta , da su a p e n ú ­
ria, d e u tu d o 0 q u e tin h a , m e s m o to d o s os
se u s re c u rs o s ” .
Marcos, capítulo treze (13)
O início dos sinais acontece com uma
catástrofe de alcance mundial
Marcos 13:1: E, q u a n d o saía d o T em p lo ,
d isse -lh e u m d o s se u s d isc íp u lo s: “M e s tre ,
o lh a q u e b e le z a d e p e d ra s e q u e ed ifício s!”
Historicamente se referia à invasão dejerusalém
no ano 70 d.C. Eles verdadeiramente iriam destruir o
Templo, e, ao mesmo tempo, era uma profecia
quese cumpri riaem nossos dias
Marcos 13:2: E Je su s, r e s p o n d e n d o -lh e s ,
d isse: “V ês e s te s g ra n d e s e d ifício s? D ele s
n ã o ficará p e d ra so b re p e d ra q u e n ã o seja
d e r r ib a d a ” . / LclQ:44;Mc 14:58; 15:29;Ató:14)
Não são todos os que se interessam pelo tema das
últimas coisas, somente uma terça parte dos membros.
Escatologia é assunto particular dos ministros
13:3
Marcos 13:3: E, depois, já assentado no
monte das Oliveiras, defronte do Templo,
Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram
à p a r te : íMc5:37:Q:2l
O tempo e os sinais das últimas coisas.
Todos os sinais são acontecimentos prévios dos
verdadeiros e derradeiros fatos. Deus não permite
que algo aconteça sem antes providenciar os sinais
prévios dos grandes e reais acontecimentos
Marcos 13:4: “Dize-nos quando sucede­
rão essas coisas, e que sinal anunciará que
todas essas coisas estarão para se cumprir?
Cautela com os acontecimentos. Cautela contra o
espírito de engano que será muito forte nesses dias.
Esses serão os sinais. Mas ainda não será o fim
Marcos 13:5: Então Jesus, respondendo-
lhes, começou a dizer: “Acautelai-vos e que
ninguém vos engane; íe / s .-ó; i ts2:3)
Sinais políticos: falsos cristos que usarão o seu Nome.
Anticristos que enganarão a muitos. A palavra “Cristo”
não aparece no texto
Marcos 13:6: porque muitos virão em
meu nome, dizendo: Eu sou; e enganarão
a muitos.
Os sinais da antidiplomacia internacional: guerras
e rumores. Mas ainda não será o fim
Marcos 13:7: Mas quando ouvirdes falar
em guerras e rumores de guerras, não vos
perturbeis, porque convém que assim acon­
teça. Mas ainda não será o fim.
Sinais políticos: problemas internacionais. Sinais
naturais: terremotos. Sinais sociais: fome.
Não será o fim, mas será o princípio das dores
Marcos 13:8: Pois se levantará nação con­
tra nação, e reino contra reino; e em muitos
lugares do mundo haverá terremotos, e ha­
verá fomes. Isso será o princípio das dores.
fMt24:8)
Sinais religiosos: perseguição ao Evangelho. Mas esse
sinal deve ser aproveitado para testemunho diante de
reis e governadores (At 26:1; 26:32)
Marcos 13:9: Mas, quanto a vós, olhai por
vós mesmos; porque vos entregarão aos si­
nédrios, e nas sinagogas sereis açoitados; e
diante de governadores e reis sereis levados
por minha causa, para servir de testemunho
contra eles. m io .- i7 ;A t 10:22,23; i8 :i7 )
O fim não deve acontecer sem que o Evangelho seja
Marcos i3:i4
pregado em todo o mundo. O fim começou com o
princípio das dores. O fim culmina com a segunda
vinda de Cristo na grande guerra do Armagedon, sete
anos depois do arrebatamento da Igreja. Durante os
sete anos equivalentes à última semana de Daniel (Mt
1:17), o Evangelho será pregado pelos anjos (Ap 14:6,7)
em muitos lugares onde o Evangelho jamais entrou,
milhares de almas serão salvas e morrerão por causa
da sua fé. Perderão o direito de viver nesta terra, mas
entrarão no gozo do nosso Deus. Observe, a seguir, os
passos da perseguição mundial operada pelo Anticristo
e seu governo
Marcos 13:10: Mas é necessário que, an­
tes, 0 Evangelho seja pregado entre todas as
nações. !Mt24:14;Ap 14:6,7)
Como será a perseguição? Contra aqueles que não
aceitarão a marca da besta e o seu culto. “O Espírito
Santo, vosso advogado, estará dentro de vós”
Marcos 13:11: Equando vos conduzirem
para vos entregar em juízo, não vos preocu- j
peis antecipadamente com 0 que haveis de
dizer em vossa defesa; mas, 0 que vos for
dado naquela hora, isso falai; porque nesses
momentos não sois vós os que falais, mas 0
Espírito Santo. (Mt 10:19,20; Lc12:1l;Ap 11:3,4/
Quem os entregarão? Os próprios familiares
Marcos 13:12: E0 irmão entregará à mor­
te 0 seu irmão, e 0 pai, a seu filho; e os filhos
se levantarão contra os seus pais e os entre­
garão à morte. (Mq7:6;MtlO:211
O resultado da perseverança na fé: a salvação eterna
Marcos 13:13: E sereis odiados de todos
por causa do meu Nome; mas aquele que j
perseverar até 0 fim, esse será salvo, oo 15.21; |
Mtl0:22;Ap2:10)
Sinais religiosos: contra Israel e o Santuário. Acontecerá
na metade dos sete anos da última semana (Dn 9:24);
três anos e meio após o arrebatamento da Igreja. A partir
deste evento, começará a perseguição contra Israel.
O remanescente será levado para o deserto para ser
guardado por Deus, mas muitos morrerão. (1) Fugi r para
os montes será uma grande opção para os habitantes de
Israel (Ap 12:13-17)
J Marcos 13:14: Quando virdes a abomi- j
nação de assolação, da qual falou o profeta
Daniel, instalada no lugar onde não deve
estar (quem lê, entenda), então, os que es­
tiverem na Judéia fujam para os montes;
í (DnQ:27; 11:31; 12:11)
(2) Não descer por amor às coisas materiais
154
 13:15
Marcos 13:15: e aquele que estiver no
telhado, não desça e nem entre para tomar
algo de sua casa;
(3) Não voltar por amor às coisas domésticas
Marcos 13:16: e aquele que estiver no cam­
po não volte atrás para buscar a sua capa.
Estado difícil: gravidez (Ap 12:4; 1 Ts5:3)
Marcos 13:17: Mas ai das que estiverem
grávidas, e das que amamentarem naque-
: \e S á \a & \ tLc23:29!
Estado difícil: o inverno. Acontecerá o
arrebatamento de Israel para o deserto
Marcos 13:18: Orai, pois, para que a vossa
fuga não aconteça no inverno; iap 12.13 17;
O nível da tribulação que haverá (Rm 8:20-23)
Marcos 13:19: porque, naqueles dias, ha­
verá tal aflição, como nunca houve desde
o princípio da criação das coisas, que Deus
criou, até este tempo, nem jamais haverá.
A misericórdia de Deus será vista no
abreviar dos dias (Rm 9:28)
Marcos 13:20: E, se o Senhor não abre­
viasse aqueles dias, nenhuma carne se sal­
varia; mas ele, por causa dos eleitos que es­
colheu, abreviou aqueles dias. (Rmo.-27,28!
Sinais ministeriais: a falsa vinda de Cristo anunciada e
acompanhada por falsos profetas
Marcos 13:21: Então, se alguém vos dis­
ser: Eis aqui está 0 Cristo! ou: Ei-lo ali está!
Não acrediteis. 1ici7 .2 3 ;2 i:8 /
Sinais ministeriais: falsos profetas fazendo
falsos sinais e falsos prodígios com o objetivo
de enganar até os escolhidos
Marcos 13:22: Porque hão de se levantar
falsos cristos e falsos profetas, e farão sinais
e prodígios para en g an arem , se possível
fOSSe, até OS eSCOlhidOS. (M t7:15;Jo4:48)
A admoestação de Cristo
Marcos 13:23: Mas vede que eu, previa­
mente, vos adverti sobre todas estas coisas.
:2Pe3:17l
Acontecimentos reais ligados à segunda vinda literal de
Cristo. O sol e a lua deixarão de dar a sua luz porque a
Nova Jerusalém entrará no firmamento. As estrelas do
céu serão abaladas
Marcos 13:24: Mas, naqueles dias, depois
Marcos i3:3i
daquela tribulação, 0 sol se escurecerá, e a
lua não dará 0 seu resplendor;
Frutos dos cálices da ira de Deus sobre a terra
registrados em Apocalipse
Marcos 13:25: as estrelas cairão do céu,
e os poderes que estão nos céus serão co­
movidos.
A segunda vinda literal de Cristo
Marcos 13:26: E, então, verão nas nuvens
do céu vir 0 Filho do homem, com grande
poder e glória. (l)n 7:13;Mt ló:27;Mc 14:62; l Ts4:16;
2 Ts 1:7,10!
Os mártires que morrerem após o arrebatamento
serão ressuscitados juntamente com as duas
Testemunhas que morrerem no fim da Grande
Tribulação de sete anos. Os anjos os ajuntarão, pois as
suas almas estarão clamando por justiça diante de Deus
Marcos 13:27: E, imediatamente, enviará
os seus anjos, e ele ajuntará os seus escolhi­
dos, desde os quatro ventos, da extremida­
de da terra até a extremidade do céu.
O segredo: Marcos 11:20
Marcos 13:28: “Aprendei esta parábola
da figueira: Quando já o seu ramo se torna
tenro e brotam folhas, sabeis que está pró­
ximo o verão.
Esses são os sinais, o tempo e a realidade
Marcos 13:29: Assim também vós, quan­
do virdes acontecerem essas coisas que vos
tenho dito, sabei que ele está próximo, já
às portas.
A geração da figueira e da ressurreição de Israel em
1948. Uma geração perdura entre 70 anos a 100 anos
(Gn 1S:13,16;S190:10; 91:16)
Marcos 13:30: Verdadeiramente vos digo
que não passará esta geração sem que todas
essas coisas aconteçam, imcç.-i /
A garantia de sua volta e de todas
essas coisas: a Palavra de Deus
Marcos 13:31: Passará o céu e a terra,
mas as minhas palavras permanecerão para
sempre. ils34:4;Mt24:35;Hb 1:10,111
Uma prova da humanidade de Cristo: Não saber o dia de
sua vinda. Esta é uma potestade reservada somente ao Pai.
Ele se refere à sua segunda vinda e não ao arrebatamento
da Igreja. Ele está se referindo aos acontecimentos da
última semana de Daniel (Dn 9:24-27)
155
13:32
Marcos 13:32: M as, daquele dia e da­
quela hora, ninguém sabe, nem ainda os
anjos que estão no Céu, nem o Filho, senão
som ente o Pai. /m 24:36;aci:7j
Como Israel deve esperar a sua vinda? Vigiando,
pois a Igreja não estará mais na terra
Marcos 13:33: Estai atentos, vigiai e orai,
porque não sabeis quando será o tempo, m
24:42; Efó: 18; Cl 4:2; 1 Ts 5:61
As três escalas de vigilância: o pai de família que entrega
a responsabilidade aos servos, e estes ao porteiro.
Um está encarregado da fazenda, e os seus servos
das suas ocupações, mas é o porteiro quem os vigia
a todos. Quem é o porteiro? O porteiro é o Espírito
Santo (Jo 10:3)
Marcos 13:34: É com o o hom em que, ;
partindo para fora da terra, deixasse a sua
casa e encarregasse sua fazenda aos seus
servos, e distribuísse a cada um deles a sua
própria ocupação. Mas, ao porteiro encar­
regasse de vigiar tudo.
As quatro possibilidades de sua segunda vinda
ou do arrebatamento (pois o texto sê aplica a ambos os
casos): se ao entardecer, se na metade da noite,
se na madrugada ou se ao amanhecer
Marcos 13:35: Vigiai, pois, porque não
sabeis quando o senhor da casa virá: se à
tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo
ou se pela manhã; ííc i2:3s-40j
Mas esse dianão será um dia comum. Será um dia
transparente (Zc 14:6). Ele trata da vinda dejesús em
glória e da sua revelação, mas também se aplica ao
arrebatamento da Igreja (1 Ts5:ó)
Marcos 13:36: para que, ao vir de impro­
viso, não encontre ninguém dormindo.
(1 Ts 5:6)
Vigiai, pois há um vigia sobre todos:
O Espírito Santo (Jo 10:3)
Marcos 13:37: O que vos digo, a todos
digO: Vigiai”. M 26:38,40,41)
í estava ali. O vaso era duro como pedra e o nardo era caro
Marcos, capítulo quatorze (14)
A importância da Páscoa como tipo do sacrifício de
Cristo: toda a paixão e morte de Cristo foi, basicamente,
profetizada em Êxodo 12. Lendo a respeito das leis
da Páscoa, entendemos melhor o sacrifício de Cristo.
A mensagem da paixão deCristoedaCeiado Senhor
é tipificada pela Páscoa. O Senhorfalou a Moisés e a
Arão. Deus não falou somente a Arão, mas a Arão e a
Moisés. A mensagem da instituição da Ceia do Senhor
requer unidade ministerial, entre a parte coberta e a
sua cobertura. Assim como a Páscoa, a Ceia do Senhor
deve reunir todo o corpo de ministério; Arão e Moisés
devem estar presentes. A Ceia do Senhor lembra o
princípio da vida em Cristo. É princípio dos meses. Fala
do novo tempo que começamos a desfrutar quando
temos comunhão na mesa do Senhor. O que fica para
trás e foi perdoado não deve ser considerado. É princípio
do mês e princípio do ano. Assim como a Páscoa, a Ceia
do Senhoré marco de um novo princípioem Cristo, o
Cordeiro pascal. Assim como na Páscoa, cada um deve
tomar o cordeiro, porque é uma mensagem que conduz a
uma experiência própria. A salvação é uma experiência
pessoal, e cada um deve tomar para si o Cordeiro.
Assim como a Páscoa, a experiência do único cordeiro
alcançava toda a família. Havia um cordeiro para cada
família. A necessidade de evangelismo é notada
quando a família é pequena demais para um cordeiro,
conforme o número de almas. Deve-se tomar um
cordeiro e considerar o vizinho: isso é evangelismo.
O Cordeiro de Deus sempre será grande demais para
uma família. Conforme a capacidade de cada um,
devia-se fazer a conta para o cordeiro. A esperança é
levar em conta, é fazer as contas, é incluir o vizinho.
Se cada igreja sempre levasse em conta a grandeza do
Cordeiro, teríamos mais vidas saindo do Egito com ela.
Quem é o Cordeiro? É Cristo. O único Cordeiro sem
defeito e sem pecado. Seu sangue deveria ser aceito.
Macho de um ano tomado das ovelhas e das cabras.
O Cordeiro tem história, é a sem ente da mulher (Gn
3:15). Não nasceu segundo a vontade da carne, nem
do varão. Ele será tomado e será guardado. Cinco
dias à espera, para ser apresentado, até que toda a
assembléia óoferecesse. Ele é oferecido por todos,
não apenas por um só. Os sacerdotes não poderiam
evitar que ele morresse na Páscoa
Marcos 14:1: Dali a dois dias, era a Páscoa
e a Festa dos Pães sem Levedura; e os prin­
cipais sacerdotes e os escribas procuravam
uma forma de com o prenderiam a Jesus
com dolo, e como o matariam, ooii:S5; i3-.i;
Mt 12:14)
Marcos 14:2: E eles diziam: “Não durante
a Festa, para que não aconteça um tumulto
entre o povo”.
Ela não se importou que a casa fosse de um leproso,
ali poderia transformá-la em um Templo, já que a Arca
e valia quase um ano de trabalho. Quem entrega um ano
de trabalho a Cristo recebe como galardão um memorial
na história do Reino de Deus. Aquele vaso não serviria
para outro culto, ao ser quebrado; o vaso foi parte de
um único culto dedicado somente a Cristo. Ninguém o
ungiu durante todo o seu ministério: nem sacerdotes,
nem profetas, nem reis, mas uma mulher (Is 61:1,2). O
perfume era autêntico e raro, e foi dedicado a um único
e autêntico Senhor. (Ler explicação sobre as unções de
Jesus no Evangelho de João, cap. 12)

Marcos 14:3: E, estando ele em Betâ-
nia, assentado à m esa, na casa de Simão,
o leproso, veio uma mulher que trazia um
vaso de alabastro, cheio de um autêntico
ungüento de nardo e de grande preço; e,
quebrando o alabastro, derramou o nardo
sobre a cabeça de Jesus. (Lc7:37-39;Mt2i:i7)
O desperdício aconteceria quando as outras
Marias fossem à sepultura levando caros
ungüentos para embalsamar a Cristo, quando
ele já não estivesse mais ali (Lc 24:1,2)
Marcos 14:4: Mas houve alguns que se
indignaram dentro de si m esm os e disse­
ram: “Para que se fez este desperdício de
nardo?
Alguns se indignam com os adoradores, outros se
indignam com adoradores generosos. Judas queria que
se vendesse aquele perfume por trezentas moedas,
quando o seu Senhor estava avaliado pelo mesmo
murmurador em trinta moedas.
Marcos 14:5: Pois poderia ser vendido por
mais de trezentos denários e ser distribuído
aos pobres”. E se indignavam contra ela.
A boa obra foi a sua antecipação: antecipação de um
culto que os vivos vêem; antecipação é um louvor
que somente os vivos participam. Devemos oferecer
diante do corpo vivo as nossas honrarias, para não
desperdiçarmos nossos tributos
Marcos 14:6: Mas Jesus lhes disse: “D ei­
xai-a; por que a fatigais? Porque uma boa
obra ela m e fez”.
Os necessitados estão em todos os lugares, mas a
provisão que perpetua os benefícios do nosso culto e
da nossa oferta, nem sempre. A falta de fé o rejeita, a
infidelidade o detém, a mesquinhez o impede
Marcos 14:7: Porquanto os pobres sem ­
pre tendes convosco e, quando quiserdes,
podeis fazer-lhes bem; mas nem sempre
me tendes a mim. (Dt is-.u >
Ela fez o que podia. Ela podia dar o seu tudo, ela podia
quebrantar o seu duro coração; então, ela aproveitou a
oportunidade, mesmo que o lugar não fosse propício.
Quem se antecipa lucra, quem se antecipa vence, quem
se antecipa é honrado, quem se antecipa é notado,
quem se antecipa marca a história
Marcos 14:8: Ela fez o que podia; porque
antecipou-se a ungir o m eu corpo para a
sepultura, uoiçaoj
Obras históricas são frutos do aproveitamento de
raras oportunidades. Todos aqueles que aproveitam
s i
14:11
M arcos M arcos Marcos M arcos M arcos M arcos M arcos
oportunidades recebem como
prêmio a lembrança da história
Marcos 14:9: Verdadeiramente vos digo
que, em todo o mundo, onde quer que for
pregado o Evangelho, também será conta­
do o que ela fez para sua memória”. íauo:4s
A mulherprocurava uma oportunidade de adorá-lo, e
Judas, de entregá-lo. O Cordeiro deveria ser entregue
Marcos 14:10: Então, Judas Iscariotes,
um dos doze, foi aos principais sacerdotes
para entregá-lo a eles. /,lc223,4;jo 6:71/
Eles não tinham capacidade para tomar a sua vida se ele
mesmo não quisesse investi-la, segundo a sua
obediência dedicada ao Pai. Para um homem que jamais
pecou, a única oportunidade de Judas seria quando
Jesus fosse secretamente orar
Marcos 14:11: Ao ouvi-lo, eles se ale­
graram, e prometeram que lhe dariam di­
nheiro. E buscava uma oportunidade para
entregá-lo. M d 4:5;Mt2731
A festa não era somente no dia sétimo. Era um jejum
das delícias. Ele não proibiu comer pão fermentado.
Mas nos ofereceu uma escolha entre o pão levedado e
o pão sem levedura. Amar a Deus é uma escolha entre
oprazere a dedicação. Mas o maior jejum é o jejum do
pecado. A levedura aqui é um perfeito tipo do pecado de
rebelião; não falamos da levedura em si, mas do ato de
comer quando todos se abstêm. A rebelião nos amputa
do corpo. Arebelião elimina os nossos privilégios no
corpo. O único trabalho aceito é aquele que se relaciona
à comida que temos de comer. Nosso único trabalho
é 0 nosso memorial na Ceia do Senhor. O sacrifício foi
feito por Cristo. Nosso único trabalho é aquele que se
relaciona ao nosso culto. Ele faz questão de dizer que
até 0 vigésimo primeiro dia deveriam comer pão sem
levedura. O número 21 indica libertação dos anjos de
Deus nas regiões celestes (Dn 10:5-21). Foi no vigésimo
primeiro dia que o anjo veio trazer a resposta à oração de
Daniel. Tudo aquilo envolvia uma batalha espiritual. O
vigésimo primeiro dia é dia de liberação. Deus não trata
o seu povo como um bando de animais, ou uma multidão
sem sentido; Deus trata o seu povo como a exércitos. Não
trata como a um exército, mas como exércitos, no plural.
As várias tribos têm sua diversidade. Ele respeita essa
diversidade. Ele indica também que, para enfrentarmos
o deserto de nossa vida e a conquista de Canaã, devemos
ser exércitos. O fermento não deveria estar nas casas nos
dias dá festa. Tudo aquilo que atrai a nossa rebelião deve
sertirado de nosso alcance. O membro e o estranho não
devem ser tratados de igual maneira. Nossa tolerância é
zero quanto àquilo que poderá servir como munição para
rebelião. A rebelião aqui é comer pão levedado quando
todos comem pão ázimo. Eleéenfático: “Nenhuma
coisa”, para não deixar brecha para uma justificativa
rebelde. O trabalho e a responsabilidade da Ceia do
Senhor deverão estar a cargo dos anciãos dos exércitos.
 Os anciãos devem conhecersuas famílias, pois os
cordeiros deverão sertrazidos de acordo com as famílias.
A Ceia do Senhor é uma reunião de famílias. É uma
celebração de famílias diante do altar do Senhor. A festa é
porcausadeum am arcaem doisumbrais,amãeeopaide j
família. O Antigo e o Novo Testamentos estão marcados
e alcançados pelo poder do sacrifício de Cristo (Rm 4).
O hissopo é símbolo da natureza, da criatura que geme
j com dores de parto, esperando a redenção. A marca do
sangue na mesa não garante uma saída rápida do interior
da casa. O objetivo divino é ferir os egípcios e não o seu
povo. Mas aquele que não tem a marca é igual ao egípcio,
ainda que seja israelita. A marca é selo de cidadania.
O sangue deveria estar na verga e nos dois umbrais. O
sangue cobre, e o sangue fortalece e sustenta. O sangue
estánoC éuenosdois pactos que Deus fez com os
homens. O sangue na Ceia do Senhorfala do lado direito
| do umbral, o novo pacto de seu sangue. Os preparativos
da Páscoa foram feitos no mesmo lugar onde se realizaria
a festa do Pentecostes. Jesus recebera todas as instruções
no monte da Transfiguração (Lc9:28-36)
Marcos 14:12: No primeiro dia dos pães
sem levedura, quando sacrificavam a Pás-
i coa, os seus discípulos lhe disseram: “Onde
queres que façamos os preparativos para
comeres a Páscoa?” (Êxi2:ii)
Assim como Deus se revelara ao dono dos jum entos,
também se revelou ao dono do hotel de Jerusalém.
Deus estava no controle de todas as coisas. Anjos de
Deus trabalhavam naqueles dias. Quando seguim os
o homem do cântaro encontramos o que Jesus quer.
Quando seguim os o homem do cântaro somos
levados à mesa preparada. Quando seguim os o
homem do cântaro damos satisfação àvontadede
Cristo. O homem do cântaro sabe onde está a mesa e
o aposento do banquete
Marcos 14:13: E enviou dois dos seus
discípulos e disse-lhes: “Ide à cidade, evos
encontrará um hom em que leva um cânta­
ro de água; segui-o;
Que pai de família! Ele foi avisado por Deus. Não
discute, ele apenas serve. Ele espera a petição de Cristo.
O pai de família já providenciou tudo. O pai de família
providenciou o mobiliário. Suacasavai entrar para a
História. O homem do cântaro sabe que pai de família
está preparado para receber a Cristo e os seus discípulos
Marcos 14:14: e, onde ele entrar, dizei ao
pai de família: O Mestre manda te dizer:
Onde está o aposento em que hei de comer
a Páscoa com os m eus discípulos?
Marcos 14:15: E ele vos mostrará um
grande cenáculo mobilado e já preparado;
ali fazei os preparativos”.
Graças a Deus pelo homem do cântaro e pelo pai de
família. Quem seria o homem do cântaro?
Quem seria o pai de família?
Marcos 14:16: E foram os seus discípulos i
à cidade, onde acharam tudo com o lhes i
fora dito, e prepararam a Páscoa.
Jesus virá. Ainda que seja tarde, ele virá
Marcos 14:17: E, ao entardecer ele c h e - 1
gouali com os doze.
Assim como a Páscoa, a festa da Ceia do Senhor é um
memorial. Em Festa se celebra, em funeral se lamenta.
Devemos entender bem que a Ceia do Senhor é uma
celebração. O estatuto perpétuo não é matar o cordeiro,
é lembrar que o sangue foi posto uma vez para sempre
nos umbrais das casas. Um tipo do sacrifício na cruz e da
Ceia do Senhor, que ficou no lugar dos holocaustos. Ao
participarmos da Ceia do Senhor, participamos de um
j memorial do sacrifício de Cristo. Aquilo que os profetas
e os sacerdotes ministravam diante de um altar, crendo
que Cristo viria e morreria na cruz, era um tipo para
nós, os que vivemos na graça e olhamos para trás; pois
assim entendemos que Cristo morreu na cruz. E isso é
possível mediante a Ceia do Senhor. A festa durava sete j
dias. Jesus não queria expor nenhum de seus discípulos !
e impedir que a obra fosse concluída, pois ele sabia que
a Escritura deveria ser cumprida
Marcos 14:18: E, quando estavam recli­
nados à mesa e comiam, disse Jesus: “Ver­
dadeiramente vos digo que um de vós, que
com e comigo, me entregará”. (Mc 14:44,45}
Todos metiam a mão no prato com ele.
Ele queria dizer: qualquer um que mete a mão
no prato (da confiança) comigo pode ser o traidor
Marcos 14:19: E eles começaram a entris­
tecer-se e a perguntar-lhe, um após outro:
“Porventura, sou eu, Senhor?”
Todos colocavam as mãos no prato com ele
Marcos 14:20: E ele respondeu-lhes: “É I
j um dos doze, o que m ete comigo a mão no j
| prato.
Qualquer um poderia ser o traidor. Satanás queria
que fosse Pedro. EJesus orou por ele para que, na sua j
fraqueza, a sua fé se fortalecesse. Por que não orou por \
Judas? Ele eraladrão desde o princípio. Ele disse “ai”
dele, porque Satanás o tomaria e se utilizaria dele como
ele quisesse. Morreria como todos os traidores (SI 109), j
e a sua família sofreria por isso. Os ais contra um traidor
estão no Salmo 109
Marcos 14:21: Na verdade o Filho do j
I hom em vai, conforme está escrito a seu j
| respeito; mas ai daquele por quem o Filho j
do hom em for entregue! Bom seria àquele
hom em nunca ter nascido”.

O pão é o tipo do cordeiro assado. O cordeiro não
deveria ser comigo cru. O cordeiro no altar, sem fogo,
cheiramal; éatitude de pena, de comiseração, de
justificações; é sacrifício de Caim, oferecido segundo o
seu próprio prazo. O cordeiro cru é o cordeiro comido
por germes, pela corrupção, mas ele não foi tocado
sequer pela corrupção (At2:27). O cordeiro não deve
ser oferecido cozido. Quando é cozido, permanece.
Continua ali, à minha disposição. O cozido é para
o homem, mas o holocausto é para Deus. Não fique
cozinhando o seu cordeiro, fazendo vapor, lamentando
se o oferece ou não. Vença essa luta e ofereça-o. O nosso
sacrifício não é vaporizado, não é suor humano, tem
que ser queimado em cheiro suave; é um holocausto,
não é um guisado. O cordeiro cozido serâ lamentado,
mas o Cordeiro queimado será elevado, e nada ficará
dele, a não ser a cinza. Não podemos comer o cordeiro
cru. Ele deve ser oferecido inteiro. O cordeiro cru
oferecido com pena, sem fogo, sem sacrifício, tipifica
as nossas reclamações, indagações e rebeliões. Quem
oferece o cordeiro cru tem pena de sacrificá-lo. A
mente não está independente da obediência (pernas),
e nem a obediência pode ser completa até que aquele
que oferece o sacrifício sinta nas suas entranhas que o
seu culto é completo. Arimatéia foi e pediu o corpo do
Cordeiro para ser sepultado. O pão e o corpo: todo o
processo pelo qual o pão passa representa o sacrifício
de Cristo. Na verdade, Jesus não está no pão nem no
vinho da Ceia, porque Jesus morreu apenas uma única
vez; mas ambos são símbolos de sua carne e sangue. A
metáfora mostra a tipologia de seu corpo partido por
nós. Mas observe que o pão foi partido antes mesmo da
sua morte na cruz. Jesus permitiu que eles provassem
do verdadeiro Cordeiro pascoal antes de seu sacrifício.
Se eles participassem daquele pão, teriam como
experimentar a sua ressurreição dias depois, neles
mesmos! Aqui está o mistério: comer do pão antes de sua
morte para experimentar a sua ressurreição juntamente
com Cristo. Assim como a mulher se antecipou ao ungi-lo
para a sepultura, Cristo se antecipou na experiência de
sua morte, no sepultamento e na sua ressurreição, por
meio da Ceia do Senhor
Marcos 14:22: E, enquanto eles comiam,
Jesus tomou pão e, abençoando-o, partiu-o
e lhes deu, dizendo: “Tomai, comei; isto é o
m eu corpo”. f.Mc 6:14; 8:6; Lc24:30'; 1 Co 11:23-25!
O cálice foi dado a todos antes de sua morte. Isto quer
dizer que todos tinham direito a gozar dos privilégios de
sua morte na cruz. O cálice não foi tomado depois de sua
ressurreição, mas antes de sua morte
Marcos 14:23: E, tomando um cálice e
rendendo graças, deu-lho; e dele todos be­
beram. Í1 Co 10:16)
Ele não poderia ficar ali na cruz. Sepultamento é
preparação para a ressurreição. O décimo quinto dia
é o dia de comer o cordeiro. O décimo sétimo dia é
dia de sepultamento. O que fica para outro dia tem de
ser sepultado, não pode ser comido. Tipifica Cristo
sendo tirado da cruz para ser levado ao sepultamento.
14:26
Marcos M arcos M arcos Marcos M arcos M arcos M arcos
Dedique-o completamente a Deus. Como devemos
comer o Cordeiro? Em guerra e com os lombos cingidos,
lutando contra o mal. Preparados, com calçados nos
pés. Não podemos caminhar sem preparo. Pés calçados
representam independência. É sair do Egito preparado.
Cajado na mão é uma postura pastoral. Sair do Egito
pastoreando nossa família e nossos bens. Devemos
comer com pressa. Não podemos ficar adiando a
nossa decisão pela santidade em Cristo e deixando
de participar da Ceia do Senhor. Ele se antecipou,
oferecendo o seu sangue, antes de sua morte, para nos
dá o direito de receber os benefícios de sua ressurreição
Marcos 14:24: E disse-lhes: “Isto é o meu
sangue, o do N ovo Testamento, que por
muitos é derramado. (Êx24:8;Hb9:2oi
A Ceia do Senhor é um memorial superior e será
ministrada na Novajerusalém (Mt26:24-26). Canaã
terrena é tipo da Canaã celestial, porque a Nova
Jerusalém será estabelecida nas regiões celestiais, onde,
hoje, Satanás habita. É uma terra de conquista
(Ef 6:10-12). Até que Miguel e seus anjos batalhem
contra Satanás e a Novajerusalém seja estabelecida,
haverá batalha pela sua conquista. Então, até na Canaã
celestial este culto será estatuto perpétuo. Jesus fez um
voto que não beberia de novo do fruto da vide até aquele
dia em que o beberia, novo, no Reino de seu Pai. Ele
está em jejum do fruto da vide por quase dois mil anos.
Naquele dia, ele entregará o seu jejum diante de sua
noiva. A Ceia do Senhor é um culto diante deDeus cornos
nossos filhos presentes. Os nossos filhos terão interesse
em saberoqueéisso.A nossa Páscoa (Ceia do Senhor)
foi o sacrifício que permitiu que os mensageiros de males
passassem sobre as casas quando o seu povo estava no
Egito. Assim como a Páscoa (a Ceia do Senhor) é inclinar-
se e adorar. A Páscoa (a Ceia do Senhor) é libertação
do poder do Egito. A Ceia do Senhor é obediência,
primeiramente, dos líderes. Conheci igrejas que havia
anos estavam sem realizar a santa convocação da Ceia do
Senhor. À meia-noite é o fim do domínio da escravidão
sob o inimigo. Nem o reino, nem a indigência evitaram a
morte dos primogênitos; nem a realeza, nem a pobreza.
Somente o sangue é maior que toda honraria e toda
miséria. Todos os animais primogênitos dos filhos de
Israel estavam a salvo por causa do sangue nos umbrais
das portas, o sangue nos testamentos. Na casa dos filhos
de Israel também havia morto: um cordeiro. Aquele “dia”
é o dia das bodas do Cordeiro (Ap 19:7)
Marcos 14:25: Verdadeiramente vos digo
que não beberei mais do fruto da videira,
até aquele dia em que o beberei, novo, no
Reino de D eus”. iap iq:7i
Cantar em dias de festa é louvor.
Cantar em dias de angústia é adoração (SI 118:23-29)
Marcos 14:26: E, tendo cantado um hino,
saíram para o m onte das Oliveiras. (Mt26:3o;
SI 118:23 29}
Três de seus discípulos não deveriam se escandalizar
 se prestassem atenção à visão que tiveram na
Transfiguração de Cristo no monte. A vitima seria
levada aos ângulos do altar (SI 118:27)
Marcos 14:27: Então, Jesus lhes disse:
“Todos vós vos escandalizareis em mim j
esta noite; porque escrito está: Ferirei o j
pastor, e as ovelhas serão dispersas, tzc i3:7j I
Quem marca encontro na Galiléia e é sepultado em
Jerusalém quer continuar o seu ministério
Marcos 14:28: Mas, depois que eu tiver
ressuscitado, irei adiante de vós para a Ga- j
liléia”. (Mc 16:7)
Homens de pequena fé não podem sustentar de pé
o que dizem sentados. Homens de pequena fé não
têm a estabilidade, a pontualidade e a confiabilidade
de um galo. O eu não é confiável e a confiança na
carne gera decepção. Homens psíquicos e sensoriais
mudam com o clima
Marcos 14:29: Então, Pedro lhe disse:
“Ainda que todos se escandalizem, eu, po­
rém, jamais”. [Jo 13:37,38}
Jáemumahora não pôde velar com Cristo.
Em duas horas, expressou três negações.
O galo é o símbolo da verdade, da confirmação
histórica e da consciência divina em nós
Marcos 14:30: Disse-lhe Jesus: “Verda­
deiramente te digo que hoje, nesta noite,
antes que o galo cante duas vezes, tu me
negarás três v ezes”. ímc 14.-72,- i4:óó-72;jo i3:38>
Tipologia da luta entre a carne e o Espírito: A carne
batalha contra o Espírito, assim como Pedro batalhava
contra a palavra de Cristo. Todos andavam na carne
Marcos 14:31: Mas ele, com o que por­
fiando, dizia: “Ainda que m e seja neces­
sário morrer contigo, de modo nenhum te
negarei”. Assim também diziam todos.
O lugar do sepultamento da sua vontade própria é o
mesmo lugar de sua volta em glória. No mesmo lugar
onde humilharmos a nossa vontade pessoal, Deus nos
exaltará. Jesus não lhes pediu muito, mas o mínimo e
o cômodo. Jesus oraria por eles. Homens carnais que
prometem morrer por uma causa desabam na primeira
provação. Foi o início do trabalho intercessor: “Eu oro
por eles”. Ele falou isto a oito dos doze discípulos (Mt
26:36), no “átrio” do Getsêmani; depois levou a mais
três discípulos, os mais achegados, ao “lugar Santo”, e
ali os deixou, enquanto entrou sozinho no “Santíssimo”
Marcos 14:32: Então, foram a um lugar
que se chamava Getsêmani, e Jesus disse
aos seus discípulos: “Sentai-vos aqui, en ­
quanto vou orar”.
Quem vai ao interior do Getsêmani com Cristo já esteve j
com Cristo no monte Tabor. Enquanto eles estavam
sentados e dormindo, Jesus estava ajoelhado e orando.
Os discípulos preferiram estar sentados enquanto o seu j
Senhor estava ajoelhado intercedendo. O mesmo que
se transfigurou, mostrando a sua glória futura, revelou a
intimidade de sua alma. O pavor o cercou e começou a ter
a visão real do Calvário e dos ataques de Satanás, na cruz. j
O que lhe provocava pavor? (1) A visão do Calvário (SI 22)
e o seu confronto com os principados e potestades. (2) A
espadadolugarSantíssimo(S122:20).(3)Aseparaçãodo
Pai e do Espírito Santo na morte. (4) A sua descida até as
partes mais baixas da terra. (5) Passar pela morte, sendo j
ele a ressurreição e a vida. (6) A solidão na sua morte.
Pois todas essas etapas seriam enfrentadas por ele como j
homem, antes de sua ressurreição. Para o “lugar Santo”
ele levou três discípulos (Mt26:37)
Marcos 14:33: E levou consigo a Pedro,
a Tiago e a João, e com eçou a apavorar-se e j
a angustiar-se.
Ele nunca lhes pediu nada que não pudessem
fazer: esperar e vigiar. Quando estamos sob o
poder da intercessão de Cristo, esta é a nossa
postura natural mínima
Marcos 14:34: E disse-lhes: “A minha j
alma está triste até a morte; esperai aqui e
Vigiai”. (Jo 12:27)
Quem intercede não permanece no nível do homem
natural. Ele avança mais adiante. Ele entra no
Santíssimo por nós. Ele se prostrou diante do Pai, ele
orou; ele pediu o que sentia na sua alma. Ele mostrou
toda a sua humanidade. O cálice mínimo tardava uma
hora para ser sorvido
j
j Marcos 14:35: E, indo um pouco mais j
j adiante, prostrou-se em terra; e orou
j para que, se fosse possível, passasse dele j
| aquela hora.
A intimidade e a humanidade: “Aba, Pai”. A oração
da alma e a oração do Espírito. Quando as duas
orações dizem a mesma coisa estamos de acordo com
o Pai. Estamos de acordo com o Pai quando a nossa
vontade não está de acordo com aquilo que queremos, j
Literalmente está escrito: “Não seja, porém, o meu
querer, mas o teu querer”
; Marcos 14:36: E dizia: “Aba, Pai, todas as
j coisas a ti são possíveis; afasta de mim este j
j cálice; mas, não seja feito o que eu quero, mas j
sim 0 que tu queres”, (C!4:6;Rm8:15;Jo5:30;ó:38j
O que eles estariam vigiando? O mundo espiritual
estava presente ali. Jesus estava cercado; suas palavras
eram ditas pelo Espírito e pela alma, conjuntamente.
Estavam mescladas. Eles não sabiam o que vigiar. Ele
revela a fraqueza de Pedro, diante da sua promessa
anterior: “porti darei a minha vida”; mas era Cristo
quem daria, verdadeiramente, a sua vida por ele
14:37
Marcos 14:37: E, voltando, encontrou-os
dormindo; então, disse a Pedro: “Simão,
dormes? Não pudeste vigiar por uma hora?
Eles estavam em plena Páscoa, a original; e deveriam
estar atuantes como um exército, e o grande inimigo era
a carne. A falta de vigilância e de oração será a causa dos
próximos erros de Pedro e as três decepções dejesus
com os seus discípulos mais chegados. Três vezes orou
as mesmas palavras. Um treinamento para entrar no
lugar Santíssimo
Marcos 14:38: Vigiai e orai, para que não
entreis em tentação; o espírito, na verdade,
está pronto, mas a carne está enferma”. m
6:l3;Lc 11:4; Rm 7:23; G!5:17)
A perseverança não é vã repetição. A intensidade
da sua oração, naquela hora, foi muito forte.
Três vezes ele fez o mesmo. Todo o seu ser - Espírito,
Alma e Corpo - estava de acordo ali
Marcos 14:39: E, afastando-se de novo,
orou dizendo as m esmas palavras.
Pedro queria enfrentar a morte em favor de Cristo,
mas ele não conseguia triunfar sobre o sono. Eles não
tinham o que dizer, eles conheciam a Verdade. Eles
não tinham desculpas
Marcos 14:40: E, voltando outra vez,
encontrou-os dormindo, porque os seus
olhos estavam carregados; e não sabiam o
que dizer-lhe.
O Cordeiro estava sendo entregue. O trabalho
intercessório fora feito 0o 17) e consumado. Agora
podiam dormir e descansar. A obra de Cristo em favor
dos homens estava para ser consumada. O Filho do
homem estava sendo entregue à morte, Ele estava
morrendo para que vivêssemos, ele estava sofrendo
para que descansássemos
Marcos 14:41: E, ao voltar, pela tercei­
ra vez, disse-lhes: “Dormi já e descansai.
Basta! É chegada a hora. Eis que o Filho do
hom em está sendo entregue nas mãos dos
p e c a d o r e s . (Mcl4:35;Jol3:l)
A Páscoa do Senhor é comer com pressa, preparado,
cingido e, profissionalmente, funcionando. Ele não
pede que deixemos o cajado para sair do Egito, mas
pede que saiamos do Egito e levemos o nosso cajado
profissional. Judas conhecia o caminho até onde o
Senhor orava, onde ele passava uma noite em oração.
Ele não se atrevia ir lá só. Os traidores são covardes.
Mas Jesus era o Cordeiro a ser imolado, não guardava
rancores de homem algum
Marcos 14:42: Levantai-vos, vamos;
eis que aquele que m e entrega está pró­
xim o”.
MARCOS 14:47
VtARCOs M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos
Jesus foi aprisionado (Mt26:47). A liberdade foi
algemada para que ficássemos livres. Judas não veio
sozinho. Os covardes nunca vêm sozinhos, sem
armas e sem apoio, ainda que seja sacerdotal, civil ou
jornalístico
Marcos 14:43: E logo, enquanto ele ainda
falava, aproximou-se Judas, que era um dos
doze, e com ele uma multidão com espadas
e bastões, que vinha da parte dos príncipes
dos sacerdotes, dos escribas e dos anciãos.
Jesus era uma pessoa tão comum quejudas necessitava
indicá-lo. Ele podia ser confundido com os seus
discípulos. Este era o papel do líder Jesus: transformar
os seus liderados à sua semelhança, e ele conseguiria
fazer isso. Que tipo de segurança poderia lhe resistir?
Uma semelhante àquela que guardava a sepultura?
Uma semelhante a que deixava os criados do Templo
expostos a uma espada usada por um pescador?
Marcos 14:44: E aquele que o entregava
dera-lhes um sinal, dizendo: “Aquele que
eu beijar, esse é; prendei-o e levai-o com
segurança”.
Porque ele aceitou o beijo? Era um mestre. Um mestre
no perdão e na diplomacia, na elegância e na justiça. Ele
estava agradecido. Judas enfrentaria as circunstâncias
que homem nenhum passara antes: a possessão
satânica. Pessoas possessas perdem a postura, a
cortesia e a ética. Elas entregam a sua vida por trinta
peças de prata e rejeitam o doador da vida que veio
resgatar o homem das mãos de Satanás
Marcos 14:45: E, quando chegou, apro­
ximando-se d ejesu s, disse: “Rabi! Rabi!”
( “M estre, M estre ”). E o beijou. m23:7>
Esteve preso e não o visitaram
Marcos 14:46: Então, eles lançaram so­
bre ele as suas mãos e o prenderam.
A tentação: faltou vigilância, faltou oração. A espada de
Pedro era o par de outra espada. Aquelas espadas eram
instrumentos da segunda comissão. Elas deveriam ser
usadas como um prêmio, como conquista dos discípulos
graduados. Mas Pedro não entendia que elas falavam
dos dois pactos e, nessa Dispensação da Graça, aquela
espada não poderia ser manipulada pela Lei. O servo
do sumo sacerdote não poderia ser de outra tribo, a não
ser da tribo de Levi. Ele desejava o sacerdócio, mas sem
uma de suas orelhas estava fora do ministério. Jesus lhe
devolveu a orelha e o sonho
Marcos 14:47: Um dos que ali estavam,
puxando da espada, feriu o servo do sumo
sacerdote e cortou-lhe uma orelha.
A última cura sobrenatural que Jesus fez foi devolver
um sonho a um jovem levita. Ele não estava ali para ser
preso, mas para dar liberdade
161
14:48 Marcos
Marcos 14:48: Disse-lhes Jesus: “Como
se procura um ladrão saístes, com espadas
e bastões, para prender-me?
Jesus lhes mostrava que fora do tempo, sem que ele
terminasse o seu testemunho, os homens não poderiam
colocar as mãos sobre ele, porque Deus estava no
controle de sua vida
Marcos 14:49: Todos os dias estava con­
vosco ensinando no Templo, e não me
prendestes; mas isto é assim para que se
cumpram as Escrituras”. (Mc i2:35; is53:7; lc
1Q:47;Jo 18:1Q 21 ;S!22)
Alguns esqueceram as referências que ele deixou na
Transfiguração: seu rosto como o sol, sua vestimenta tão
alva e os seus amigos, Moisés e Elias. O seu objetivo no
Calvário era ferir a cabeça do crânio cabeludo (SI 68:21)
Marcos 14:50: Então, todos os discípulos
o deixaram e fugiram, tsiss.s)
Os dois seguidores de Cristo: (1) o jovem sem
vestimentas e (2) Pedro, sem compromisso (v. 54). O
perigo de seguir a Cristo sem cobertura. Quem não tem
cobertura, nem vestimentas adequadas para servir a
Cristo, foge na hora da angústia. Discípulos superficiais
se cobrem com lençóis
Marcos 14:51 : Um jovem, porém, o se­
guia, coberto com um lençol, e nu; e o de­
tiveram.
Marcos 14:52: Mas ele, desprendendo-se
do lençol, fugiu despido.
Os líderes civis e religiosos deveriam seguiras
instruções de Deuteronômio 21. Ali estava o manual
da imputação. A assembléia tem de estar presente,
tem de aceitar o seu sacrifício. Será apresentado à
tarde, quando o Senhor visitar o seu Jardim, na hora do
sacrifício. À tarde, o sol se põe, e vai-se com ele a vida
de hoje. Ele vem na viração do dia; tipo da morte de
Cristo, que morreu à tarde. Com ele foram os nossos
pecados. Não basta ter o cordeiro, deve-se ter o sangue.
Não basta matar o cordeiro e ter o sangue, devemos
marcar a porta com o seu sangue. Os umbrais devem ser
marcados. Assim como a Páscoa, a Ceia do Senhor é um
dia para marcar os corações com o sangue do Cordeiro
de Deus, para que o anjo do mal não tenha acesso
àquilo que é mais importante para nós. O sangue deve
ficar nos umbrais da casa onde se come o cordeiro. A
congregação, onde se come o cordeiro, deve ter a marca
do sangue, e onde houver a marca do sangue não haverá
morte. Acarne do cordeiro deve passar pelo fogo direto.
Não pode ser cozido, pois a água é um amortecedor e o
seu sofrimento evapora, e o nosso sacrifício não é vapor,
não é suor humano, tem de ser queimado em cheiro
suave; é um holocausto, não é um guisado. O cordeiro
cozido é para ser lamentado, o cordeiro queimado é
para ser elevado, não fica nada dele, a não ser a cinza
162
14:60
Marcos 14:53: E levaram Jesus ao sumo
sacerdote, e ajuntaram-se todos os príncipes
dos sacerdotes, os anciãos e os escribas.
Os três estágios do homem Pedro no caminho dos
pecadores: andar, deter-se e assentar-se (SI 1:1,2).
Observe como Pedro tinha necessidade de aquecimento
Marcos 14:54: E Pedro o seguiu de longe
até dentro do pátio do sumo sacerdote e es­
tava sentado com os oficiais, aquentando-
se ao fogo. (Mc 14:ò8;Mt26:3;.Jo 18:18)
Os falsos testemunhos jamais concordarão. Como
testemunhar contra o testemunho de Deus? Como
testificar contra a Verdade usando mentiras?
Marcos 14:55: Os príncipes dos sacerdo­
tes e todo o Sinédrio procuravam um teste­
munho contra Jesus, para o entregarem à
morte, mas não o achavam.
Marcos 14:56: Porque muitos testifica­
vam com falso testemunho contra ele, mas
os testem unhos não concordavam.
A base de Esdras 6:11,12: Causa por que a cruz
foi providenciada. Eles usavam a acusação que
determinava como sentença a morte na cruz. Este
tipo de morte estava decretado àquele que tentasse
destruir o Santuário construído por Zorobabel. Segundo
a sentença, uma viga seria arrancada da casa do
destruidor, que deveria ser pendurado nela, e a sua casa
seria transformada em um monturo
Marcos 14:57: E, levantaram-se, por fim,
alguns que depunham com falso testem u­
nho contra ele, dizendo:
A condenação para este ato era a morte, cuja execução
era feita mediante a orientação de Esdras 6:11,12
Marcos 14:58: “Nós o ouvimos dizer:
Eu destruirei este Templo, construído por
mãos de homens, e em três dias edificarei
OUtrO, feitO Sem mãOS”. íMc l5:2Q;Jo2:!9;At6:l4;
Ed 6:11,12)
Marcos 14:59: Mas nem assim concorda­
vam no seu testemunho.
Como Cordei ro, não podia responder ao sacerdote (ls 53)
Marcos 14:60: Então, levantando-se o
sumo sacerdote no meio deles, perguntou a
Jesus: “Não respondes coisa alguma? Que é
isto que estes testificam contra ti?” ns53.-7)
O sacerdote, por sua vez, não deveria perguntar nada ao
Cordeiro. Ele apenas deveria seguiroritualde Levítico
16 e de Deuteronômio 21
14:61
Marcos 14:61: Ele, porém, permaneceu
calado, e nada respondeu. Então, o sumo
sacerdote tornou a interrogá-lo, pergun­
tando-lhe: “És tu o Cristo, o Filho do Deus
bendito?” iis53:7t
Alguns dias depois, na pregação de Estêvão, Jesus
se revelou dessa forma. Mas eles ainda o verão,
literalmente, na sua vinda. Ele pensava no dia da sua
vingança. Ele não poderia negar a sua identidade e nem
deixar de testemunhar do amor do seu Pai em favor dos
homens (Jo 3:16)
Marcos 14:62: E Jesus respondeu: “Eu
Sou; e vereis o Filho do hom em assentado
à direita do Poder de Deus e vindo sobre as
nuvens do céu ”. (Dn7:13;Mt24:30;Mc 13:26)
Outra ilegalidade. Sem direito a defesa e a um
julgamentojusto
Marcos 14:63: Então, o sum o sacerdote,
rasgando as suas vestes, disse: “Que ne­
cessidade ainda tem os de testemunhas?
(Nm 14:6; At 14:14)
Marcos 14:64: Acabastes de ouvir a blas­
fêmia; que vos parece?” E todos o conside­
raram culpado de morte. (Lv24.-i6)
A ingratidão dos guardas e criados do Templo
Marcos 14:65: E alguns começaram a
cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe
bofetadas, e a dizer-lhe: “Profetiza”. E os
criados feriam-lhe com bofetadas. mio:34;
Et 7:8; Lc22:64)
Enquanto isso, embaixo, no átrio: a posição
de Pedro no momento da tentação. Quando um
líder se esconde nos lugares próprios dos criados
Marcos 14:66: E, estando Pedro embai­
xo, no átrio, chegou uma das criadas do
sumo sacerdote ;imc i4:30,54)
Como esse homem necessitava de fogo,
mas do fogo espiritual!
Marcos 14:67: e, vendo a Pedro, que se
aquentava, olhou nos seus olhos e disse:
“Tu também estavas com esse Jesus Naza­
reno” . iLc 17:24; Mc 14:54; 1:24)
Aquele que serve a Deus, quando mente, não pode
fixar os seus olhos nos olhos de quem o inquire; ele
sairá ao alpendre. A sarjeta é o lugar dos frustrados. Ele
veio do lugar Santo, no Getsêmani, regrediu ao átrio do
sacerdote, e acabou no alpendre
Marcos 14:68: Mas ele o negou, di­
Marcos i5:2
M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos M arcos
zendo: “Não o conheço e nem sei o que
d izes”. E saiu para o alpendre, e o galo
cantou. (Mc 14:54!
O homem disposto a morrer por Cristo estava
perdendo a batalha para uma criada
Marcos 14:69: E a criada, vendo-o nova­
m ente, com eçou a dizer aos que ali esta­
vam: “Este é um deles”.
Quem poderia negar que ele esteve com Jesus? Jesus
muda até a linguagem do homem
Marcos 14:70: Mas ele o negou outra vez.
E, pouco depois, os que ali estavam disse­
ram outra vez a Pedro: “Verdadeiramente,
tu és um deles; pois tu também és galileu e
falas sem elhante a ele”./a*- i4:68;At2:7/
Não era comum um galileu praguejar e amaldiçoar. Mais
uma vez, se autodenunciou
Marcos 14:71: Mas ele com eçou a pra­
guejar e a jurar: “Não conheço esse homem
de quem falais”.
Assim como o galo fielmente cantou, a palavra de
Jesus se cumpriu a tempo, e Pedro foi achado infiel.
O galo venceu a sua instabilidade. Porisso, Jesus lhe
perguntará duas vezes se ele o ama, e, uma vez, se ele,
pelo menos, gosta dele
Marcos 14:72: E o galo cantou pela se ­
gunda v ez. E Pedro se lem brou da pa­
lavra que Jesus lhe dissera: “Antes que
o galo cante duas vezes, três vezes me
negarás”. E, pensando nisso, com eçou a
chorar. /mcm .so>
Marcos, capítulo quinze (15)
A bezerra no vale escabroso (Dt 21:1 -6). Os líderes
religiosos e civis tiveram a oportunidade de lançar
sobre ele as suas culpas, mas eles proferiram sobre ele
acusações, tentando tirar o mérito do Cordeiro inocente.
Queriam culpar o Cordeiro inocente na tentativa de
limpar a si mesmos das suas acusações (SI 118:27)
Marcos 15:1: Logo pela manhã, forma­
ram conselho os príncipes dos sacerdotes,
com os anciãos, com os escribas e todo o
Sinédrio; e, depois de manietarem a Jesus,
tomaram-no e o levaram a Pilatos. (Mt5:22;Lc
22:66;23:1;Jo 18:28; Sl 118:27)
Marcos 15:2: E Pilatos lhe perguntou: “És
tu o rei dos judeus?” Respondeu-lhe Jesus:
“Tu o dizes”.
163
15:3
Ele reagia como verdadeiro Cordeiro diante dos
sacerdotes (Dt 21:1-6). Fazia o seu papel. Estava
ali para levar iniqüidades, culpas e enfermidades.
Mas eles desperdiçavam a sua única oportunidade
e lançavam sobre ele acusações
Marcos 15:3: E os príncipes dos sacerdo­
tes o acusavam de muitas coisas. Mas ele
nada respondia.
Uma palavra dejesus transtornaria aquele julgamento.
Ele sabia por que razão estava ali
Marcos 15:4: E tornou Pilatos a interrogá-
lo, dizendo: “Nada respondes? Vê de quan­
tas coisas te acusam?”
Marcos 15:5: Mas Jesus nada mais res­
pondeu, de modo que Pilatos se maravi­
lhava. (Is 53:7)
O falso cordeiro, cheio de culpas e de cargas:
Barrabás não podia dar liberdade a Cristo,
mas Cristo podia dar liberdade a Barrabás
Marcos 15:6: Por ocasião da festa, costu­
mava soltar-lhes um preso qualquer que
eles indicassem. (Mt27:15;Lc23:17;Jo 18:39)
Marcos 15:7: E havia um homem chama­
do Barrabás, preso com outros companhei­
ros de motim, os quais haviam cometido
um homicídio em uma revolta.
Marcos 15:8: E a multidão, gritando, co­
meçou a pedir o que sempre lhes costuma­
va fazer.
Se Barrabás morresse, um cordeiro falso morreria pelo
verdadeiro. Não poderia ser entregue por vingança, mas
por imputação. Mas eles não sabiam o que faziam. Ele
estava ali para tomar o lugar deles, mas eles não sabiam
como tratá-lo. Estava tudo escrito em Deuteronômio 21
Marcos 15:9: Ao que Pilatos lhes per­
guntou: “Quereis que vos solte o Rei dos
judeus?”
Marcos 15:10: Porque ele percebeu que,
por inveja, os príncipes dos sacerdotes o
entregaram.
O primeiro ato de liberdade na sua morte
em favor de nosso resgate
Marcos 15:11: Mas os príncipes dos sa­
cerdotes incitaram a multidão a pedir que,
antes, lhe soltassem Barrabás. iAt3.-i4)
Pilatos representava os gentios naquele
julgamento, e havia muitas acusações contra ele.
Ele sabia o que era aquilo
Marcos is :20
Marcos 15:12: E, respondendo Pilatos,
novam ente lhes disse: “Que quereis que
faça àquele a quem chamais Rei dos ju­
deus?”
O holocausto (Hb 13:12)
Marcos 15:13: E eles voltaram a clamar:
“Crucifica-o!”
Marcos 15:14: Mas Pilatos lhes disse:
“Mas que mal ele fez?” Ao que eles clama­
ram ainda mais: “Crucifica-o!”
Outra ilegalidade no seu julgamento. Segundo a lei
judaica e a lei romana, depois do açoite, deveriam
soltá-lo, mas não pararam nesse tormento
Marcos 15:15: Então, Pilatos, querendo
satisfazer o povo, soltou Barrabás; e, en ­
tregou Jesus, depois de açoitá-lo, para que
fOSSeCrUCifiCadO. (Jol9:l,lb;Dtl4:21)
A certificação do seu reino diante da corte romana
Marcos 15:16: Os soldados, pois, leva-
ram-no para dentro do palácio, ao pátio
( “que é o pretório e convocaram toda a
coorte. /At W:i)
As roupas e a coroa de rei: Eles não sabiam o que faziam.
Ele levou a sério a cerimônia. Satanás estava perdendo o
seu poder (1 Cr 20:1,2). A coroa do perdedor estava na
cabeça do vencedor
Marcos 15:17: E vestiram-no de púrpura
e puseram-lhe uma coroa tecida de espi­
nhos. (1Cr20:1,2)
Eles jamais sonharam com a sua ressurreição
Marcos 15:18: E começaram a saudá-lo:
“Salve, reidOSjudeUS!” (Apl 1:IS;Lc4:6;Jo 18:361
A prefiguração acirrada entre a carne e o espírito do
homem natural, que cospe e adora ao mesmo tempo
Marcos 15:19: E feriram-no a cabeça com
uma cana, e cuspiram nele e o adoravam,
dobrando os joelhos. /Fp2:8-io)
Esta é a missão da multidão que aplaude e atira pedra.
Não há poder público que não tenha experimentado
o “amor” da multidão. Ela o veste de púrpura,
adora-o, fere-o, coroa-o de espinhos, expõe-no
publicamente e o crucifica
Marcos 15:20: Depois de o escarnece­
rem, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram
com as suas próprias vestes. Então, leva­
ram-no para fora, a fim de o crucificarem.
(Hb 13:10,1 l;Lv4:l 1,12; 1Sm 17:3840)
15:21 MARCOS
O papel do cireneu: levar o grão de trigo para morrer.
Sua família será alcançada pelo poder do Evangelho
Marcos 15:21: E encarregaram um cer­
to Simão, cireneu, pai de Alexandre e de
Rufo, que por ali passava, vindo do campo,
a carregar-lhe a cruz. /Lvi6.-io,26j
A cruz era uma espada. Ele disse:
“Não chorem por mim" (SI 68:21)
Marcos 15:22: Levaram-no, pois, ao lugar
do Gólgota, que, traduzido, quer dizer, “lu­
gar da Caveira”. (Sl68:21;Cn3:l5;Rm 16:20/
Um ataque contra o seu voto de nazireu: não beber do
fruto da vide até o dia das bodas no Reino de seu Pai.
O adversário tem ódio de quem faz voto ao seu Deus.
O voto tem um poder sobrenatural
Marcos 15:23: E deram-lhe a beber vina­
gre misturado com mirra; mas ele o des­
prezou.
O anelo da alma humana destituída da
glória de Deus procurava vestir-se mesmo
com um pedaçodesuaroupa(G n3:11)
Marcos 15:24: E, quando já o haviam cru­
cificado, repartiram entre si as suas vestes,
lançando sortes sobre elas, para saber o que
ficaria com cada um. (.s i22:is/
A meio-dia, no meio de dois ladrões, para nos trazer
de volta ao propósito original
Marcos 15:25: E era a hora terceira
( “nove h o ra s”)quando o crucificaram.
Ele foi injustiçado e condenado injustamente, sendo
filho de Davi, segundo a palavra do anjo Gabriel; ele, de
fato, é o Rei de Israel, e terá o direito a esse titulo
Marcos 15:26: P o r c im a d e le e s ta v a e s ­
c rito o títu lo d a s u a a c u s a ç ã o : “ O R ei d o s
Ju d e u s ” .
À sua direitae à sua esquerda a humanidade estava
sendo representada. De um lado, poraqueles que, como
pecadores, o rejeitam, e, do outro, por pecadores que o
recebem e crêem no seu Reino, e são salvos. Não havia nem
um justo sequer, nem à sua direita, nem à sua esquerda
Marcos 15:27: Também, com ele, cruci­
ficaram dois salteadores, um à sua direita,
e outro à sua esquerda.
Marcos 15:28: E cumpriu-se a Escritura
que diz: “E com os malfeitores foi conta­
do”. (Is 53:12)
A verdadeira causa de sua morte, o decreto
de Dário. Eles não entenderam a sua palavra
e a torceram (Ed 6:11,12)
165
15:34
M arcos Marcos M arcos Marcos Marcos Marcos Marcos
Marcos 1 5 :2 9 :E o sq u e passavam blasfe­
mavam dele, m eneando a cabeça e dizen­
do: “Ah! Tu que destróis o Santuário e, em
trêS dias, O reedificas, (Sl 22:7; Mc 13:2; I4:58;Jo
2:19; £d 6:11,12/
Marcos 15:30: salva-te a ti mesmo e desce
da cruz”.
O que eles preferiam para crer nele: que ele descesse
da cruz ou que ele subisse da sepultura?
Mesmo assim, eles ainda não creriam nele
Marcos 15:31: Do m esm o modo, tam­
bém os principais sacerdotes, com os escri­
bas, escarnecendo-o, diziam entre si: “A
outros salvou, mas a si mesmo não pode
salvar; (si22:8)
Satanás mostrou que ainda tinha dúvidas
se ele era ou não, o Filho de Deus
Marcos 1 5 :3 2 : desça agora da cruz, ó
Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e
creiamos”. Também os que com ele foram
crucificados o injuriavam, imc /5:26,27/
Trevas por três horas (Jz 7:19; Mt 20:3; 14:25)
Marcos 15:33: E, chegada a hora sexta
( “ao meio-dia houve trevas sobre a terra
até a hora nona ( “às qu in ze horas ”).
Parajesus, os próximos minutos seriam de grande luta
no mundo espiritual (SI 18; 22; 68; 88; 118). Ainda no
meio das trevas houve uma grande luta entre Cristo,
os demônios e Satanás, ali no Calvário (SI 18). Quando
as trevas saíram, foi o sinal irrefutável de que a luz
verdadeiramente raiou no mundo dos homens que
habitavam na região da sombra e da morte, tanto na
terra como debaixo da terra
Marcos 15:34: E, perto da hora nona ( “às
qu in ze h ora s”), bradou Jesus em alta voz:
“Eloí, Eloí, lamá sabactani?” Que, traduzi­
do, é: “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?” (Si22:i)
Eles confundiram a sua forma de falar, pois ele
estava com a boca inchada de tanto sofrer nas mãos
dos criados do Templo e dos soldados romanos; ele
não disse som ente sete palavras na cruz, ele orava
constantemente os salmos 2 2 ,1 8 ,6 8 e 88, entre
outros, e isso foi imperceptível para eles, tal como
Ana diante do sacerdote Eli. Quem tem Deus como
Deus não clama por Elias; porque o nome “Elias” era
parecido com Eli (“meu D eus”)-, mas, por causa dos
gemidos de dor que sentia misturados às palavras ditas
ao orar, eles pensavam que ele clamava por Elias. Mas
Elias já estivera com ele no monte da Transfiguração.
r
15:35 MARCOS
Não importa se as pessoas que assistem ao nosso
sofrimento não compreendem a nossa comunhão com
Deus, o mais importante é que tenhamos comunhão
com Deus e que Ele nos atenda
Marcos 15:35: E, quando alguns dos que
ali estavam ouviram isso, diziam: “Eis que
chama por Elias”.
Mais um ataque ao seu voto (Mt 26:29). Ele não precisava
de Elias para baixá-lo; ele, por si mesmo, desceria às
partes mais baixas da terra, a fim de apregoar o seu
triunfo sobre o poder de Satanás, da morte e do Hades
Marcos 15:36: Correu um deles e enso­
pou uma esponja em vinagre e, pondo-a
numa cana, dava-lhe de beber, dizendo:
“Deixai, vejamos se Elias virá para baixá-
lo”. {SI69:21)
O vinagre foi rejeitado, os desafios da carne foram
vencidos, Satanás foi envergonhado e o certificado de
nosso resgate for registrado no escrito de dívida pago na
cruz (Cl 2:15). Ele expirou dando um brado, um brado
de vitória, um brado de louvor, que rasgou o véu do
Templo. Não foi um murmúrio, foi um brado
Marcos 15:37: Mas Jesus, dando um
grande brado, expirou.
Na mesma hora em que sai de seu corpo, a sua alma
entra no Santíssimo lugar, e rompe o véu que separava
ohom em d eD eu se retira os querubins da entrada do
Santíssimo lugar e enfrenta a espada do Éden que ele
temia (SI 22:20), que foi profetizada por Simeão. Como
o véu era o seu corpo, ao enfrentar a espada, o véu do
Templo se rasgou (Hb 10:20). Hebreus nos revela que
o véu era a sua própria carne, que foi rasgada por causa
daquele sofrimento. O véu foi rasgado de alto a baixo
porque foi uma obra de Deus e não do homem
Marcos 15:38: Então, o véu do Santuá­
rio se rasgou em dois, de alto a baixo, (m
10:10,20)
O representante deRom adáo último veredicto e o sela
Marcos 15:39: O centurião, que estava
diante dele, vendo-o clamar e expirar as­
sim, disse: “Verdadeiramente este homem
era o Filho de D eus”. ímc /.•//,• 9:7/
Três grupos em um só. Serão conhecidos no
domingo pela manhã: o que se esconde,
oqueanunciaeoquenão crê
Marcos 15:40: Também ali estavam al­
gumas m ulheres, observando de longe,
entre elas Maria Madalena, e Maria, mãe
de Tiago, o menor, e de José, e Salomé; ;si
38:1 l;Jo 19:25;Mc 16:1)
A importância do ministério da mulher na
166
15:46
obra do Reino de Deus. Elas observavam de longe,
mas não o abandonaram, e alguns que o seguiam
de perto o negaram
Marcos 15:41: as quais o seguiam e o
serviam quando ele estava na Galiléia; e
muitas outras que tinham subido com ele a
Jerusalém . ilc 8 :I3 i
Eles se importaram tanto com o fato de Jesus ter
curado e feito o bem no sábado,
e o mataram às vésperas do sábado
Marcos 15:42: E, já no cair da tarde, como
era o dia da preparação, isto é, a véspera do
sábado, (Dt2l:22,23;Mt27:62)
Quem paga o preço não pode permanecer na cruz,
na hora do descanso; e quem continua na cruz não
pode ressurgir da cruz, deve ser sepultado para
ressuscitar. Rizpa prefigurava esse homem quando
lutava pelo corpo de seus filhos diante das feras
de dia e de noite (2 Sm 21:10)
Marcos 15:43: veio José de Arimatéia,
ilustre conselheiro, membro do Sinédrio,
que também esperava o Reino de Deus, e
ousadamente entrou diante de Pilatos e pe­
diu 0 COrpOde JeSUS. {At 13:50; 17:12;Lc2:2S,38)
Ou ele admirava a força física de Jesus ou não tinha
idéia do sofrimento sob o qual foi submetido,
isaías nos diz que ele era experimentado no
madeiro ou nos trabalhos (ou em dores)
Marcos 15:44: E Pilatos se admirou de
que já tivesse morto; e, chamando o centu­
rião à sua presença, perguntou-lhe se, de
fato, havia morrido.
O que disse o centurião? Poderia ter dito:
“O homem mais admirável morreu sob a minha
supervisão e ele era o Filho de Deus. Eu o vi expirar e
ele disse muitas coisas que somente eu ouvi”
Marcos 15:45: E, depois que se inteirou pelo
centurião, cedeu o corpo a José; ímc is:3oi
Esse pano comprido que o envolveu será a prova
cabal de sua ressurreição; o corpo não poderia
ter ficado na cruz. Não havia outro lugar melhor
do que aquele para ele ser depositado: uma rocha que
recebe a Rocha (1 Co 12:1 -3). O lençol era de linho fino
para honrar o Sumo Sacerdote e o templo de seu corpo
Marcos 15:46: o qual, tendo comprado
um lençol de linho fino, baixou o corpo
da cruz, e o envolveu no lençol e o depo­
sitou em um sepulcro cavado e aberto na
rocha; e rolou uma pedra com o porta do
sepulcro.
15:47
Estive preso e me visitaste, estive nu e me vestiste
Marcos 15:47: E Maria Madalena e M a­
ria, mãe de José, observavam onde ele
fora posto.
Marcos, capítulo dezesseis (16)
O desperdício (Mc 14:3-9). Maria Madalena já havia
feito a unção de Jesus em vida
Marcos 16:1: Decorrido o sábado da festa
da Páscoa, Maria Madalena, e Maria, mãe
de Tiago, e Salomé, compraram ungüen-
tos aromáticos para irem embalsamá-lo. (u
23:56;Jo 19:39)
No primeiro dia, um novo começo; o segundo Adão
despertou e a sua Esposa lhe foi apresentada,
fruto da sua carne, tirada da sua costela
Marcos 16:2: E, ainda bem cedo, na m a­
nhã do primeiro dia da semana, foram ao
sepulcro, ao raiar do sol. (Mt28:i-ii)
Não devemos discutir sobre quem revolverá a pedra
se o medo nos assombra e se fugimos das provas de
nossa fé. Deus conhece a nossa limitação na hora
de removermos algumas dificuldades. Mas elas não
deixaram de enfrentar as suas dificuldades. Deus pode
tirar todo impedimento
Marcos 16:3: E diziam entre si: “Quem
nos revolverá a pedra da entrada do sepul­
cro?" (Mc 15:46)
Um ato de amor à Esposa: Ele lhe abriu a porta
Marcos 16:4: E, quando levantaram os
olhos, viram que a pedra, que era muito
grande, já estava removida;
Ele estava projetando o pódio da grande vitória: O trono
do Pai, no qual subiria para assentar-se à sua destra.
Quem anuncia a ressurreição tem experiência de
rejuvenescimento eterno e, neste mundo, demonstra
nas suas vestimentas a sua reverência, algo peculiar
somente aos que servem diante de Deus e do seu trono
Marcos 16:5: Entrando no sepulcro, vi­
ram um jovem assentado ao lado direito,
vestido de um manto comprido e alvo; e
ficaram espantadas. ímc9:15/
O lugar onde o puseram tinha uma prova cabal de sua
ressurreição: os lençóis eram sinais, porque Jesus saiu
do meio deles sem desatá-los. Da mesma forma que
estavam, quando os seus discípulos o cobriram,
assim continuavam
Marcos 16:6: Mas ele lhes disse: “Não vos
assusteis; buscais a Jesus, o Nazareno, que
Marcos 16:11
M arcos Marcos M arcos M arcos M arcos Marcos M arcos
foi crucificado; ele ressuscitou, não está
mais aqui; este é o lugar onde o puseram”.
(Mc 16:5:1:24)
Na ressurreição, vemos vários grupos que souberam
o que acontecera. Essas mulheres fazem parte de um
dos grupos (Lc 24:1 -5). Elas receberam uma ordem
de ir e anunciar quejesus ressuscitara, mas elas, por
medo, se calaram. As reações diferentes de pessoas que
souberam que ele ressuscitara: (1) silenciar, (2) temer
ou (3) anunciar. Jesus não apareceu para elas, mas
apenas foram avisadas por um anjo. (Ler comentário da
cronologia destes acontecimento em João)
Marcos 16:7: Mas ide, dizei aos seus dis­
cípulos e a Pedro que ele irá adiante de vós
para a Galiléia; ali o vereis, com o vos disse.
(Mc 14:28;Jo2l:l 23)
Reações diferentes diante das Boas-Novas:
(1) Alguns se calaram, (2) outros divulgaram
Marcos 16:8: E elas rapidamente saíram e
fugiram do sepulcro, porque estavam toma­
das de grande tremor e espanto; e nada dis­
seram a ninguém, porque tinham medo.
A segunda reação de Maria Madalena,
diferente da primeira: Foi anunciar aos demais
discípulos as Boas-Novas, sem temor
Marcos 16:9: Ora, tendojesus ressurgido
cedo, no primeiro dia da semana, apareceu
primeiramente a Maria Madalena, da qual
tinha lançado fora sete demônios. !Lc8:2;jo
20:11-18/
Aqueles que tiveram grandes experiências no mundo das
trevas, e se entregaram a Cristo, não têm medo de nada.
A sua responsabilidade foi cumprida, mesmo que os
ouvintes não cressem e preferissem continuar chorando
Marcos 16:10: E ela foi anunciá-lo aos
que tinham andado com ele, os quais esta­
vam tristes e chorando.
O outro grupo, o dos “ministros”
Marcos 16:11: Eles, ao ouvirem que Jesus
vivia, e que fora visto por ela, não o creram.
:Lc24:l 1/
O terceiro grupo de testemunhas. O Cristo sobrenatural
andou com eles. Eles falavam com o ressuscitado, mas
não o reconheceram até que eles o viram partindo o pão.
Nessa ocasião, Jesus, o ressuscitado, explicou-lhes toda
a lei de Moisés, especialmente naquilo que concernia
ao Messias, mas ainda assim eles não o reconheceram.
Às Marias manifestou-se pelo anjo; mas manifestou-se
para Maria Madalena pessoalmente; aos dois discípulos
a caminho de Emaús ele revelou-se pela explicação
dos livros de Moisés e dos profetas, e no partir do pão;
167
16:12 Marcos
aos onze, manifestou-se pessoalmente com exortação,
quando deu-lhes uma nova ordem
Marcos 16:12: Depois, manifestou-se de
outra forma a dois deles, que iam de cami­
nho para 0 Campo. /Lc 11:13;24:13-35)
Eles mesmos não reconheceram a Cristo;
a não ser no ato de partir o pão (Lc 24)
Marcos 16:13: Eles foram anunciá-lo aos
outros, mas também não creram nestes.
O quarto grupo de testemunhas, sem Judas. O
grupo que precisa ser exortado. Quem não crê na
mensagem simples, anunciada por uma mulher, não
pode estar reclinado à mesa com Cristo sem primeiro
ser exortado pela sua incredulidade e dureza de
coração (machismo), por não dar crédito à mensagem
anunciada pela “minoria”
Marcos 16:14: E, finalmente, apareceu
aos onze, estando eles reclinados à mesa, e
censurou-lhes a incredulidade e a dureza
de coração, por não terem crido naqueles
que já o tinham visto ressuscitado. ilc24:3ó;
1 Co 15:5/
Alguns se calaram, outros não creram na mensagem,
outros discutiram com ele sem saber quem ele era.
Mas, ainda assim, deu-lhes crédito e os enviou a pregar
o Evangelho, ajudando-os a entender que, assim como
eles tiveram dificuldades de crer, o mundo também teria
Marcos 16:15: E disse-lhes: “Ide por todo
o mundo e pregai o Evangelho a toda cria­
tura. (Ml 28:19,20; Lc24:36 38;Jo20:26)
O risco que eles correram por não crerem, com exceção
de Maria Madalena. O batismo nas águas anuncia um
testemunho público de fé na ressurreição de Cristo,
pois fala de sepultamento e de ressurreição. A prova
da fé na ressurreição era o batismo, pois ele, sendo
simbólico, permitia que o crente continuasse a viver
neste mundo (Jo 17:13-17). O batismo representa
fisicamente aquilo que ocorre espiritualmente (1 Co
12:12,13), isto é, que estávamos com ele na ocasião
de sua morte (Rm 6:1 -5). É a saída do Egito e a entrada
na Canaã celestial, sem deixar marcas de retorno nas
águas. O batismo é a segunda instituição da nossafé,
no átrio. Temos passado pelo (1) altar do holocausto,
no qual Cristo morreu por nós, e somos imersos na (2)
bacia de bronze, onde somos batizados e preparados
para entrar no lugar Santo, e onde se experimenta (3)
dos pães da mesa da apresentação do Senhor e do poder
da revelação do (4) candeeiro, que fala da plenitude
do Espírito Santo, de onde avançamos para o nosso
fervoroso culto no (5) altar de incenso. E como o véu
já foi rasgado de alto a baixo, podemos experimentar
a comunhão com o propiciatório no (6) trono de
Deus, que nos foi revelado por intermédio de Cristo
(Hb 10:19,20). O mundo não será condenado por ser
pecador, mas por rejeitar o Salvador de seus pecados.
16:18
0 batismo nas águas é um símbolo de nossa morte com
ele, pela fé, quando nele cremos, mediante a pregação
do Evangelho; é o cumprimento pleno da justiça exigida
por Deus para todo aquele que deseja entrar no Reino
de Deus como um salvo por Cristo Jesus. O batismo na
Igreja Primitiva era um ato imediato após a confissão
de fé, no ato do novo nascimento. Mas a doutrina do
batismo nas águas fugiu do seu verdadeiro sentido, que
era um testemunho público imediato após a decisão por
Cristo, e não uma comprovação de boas maneiras, nem
de boas obras
Marcos 16:16: Q uem crer e for batiza­
do será salvo; mas quem não crer será
con d enado. (At 16:31; Rm 10:9; Jo 3:18; Ml 28:18
20; Lc 24:47,48)
Sinais que seguem o crente que prega o Evangelho: dois
sinais: Autoridade do seu Nome sobre o poder das trevas
e a mudança de hábitos e de linguagem, incluindo a
linguagem doespíritohumano(At2:4; 10:46; 19:6;
1 Co 14:1,2). Sinais de comunicação no mundo espiritual.
Aqui temos uma revelação a respeito das línguas, pois
elas podem ser línguas como sinal (neste caso) do
recebimento dos dons do Espírito Santo e a variedade de
línguas como um dom do Espírito Santo
Marcos 16:17: E estes sinais hão de
seguir aos que crerem: em m eu N om e
expulsarão d em ôn ios; falarão novas
línguas; /At2.-4;i o-àó ; i q.-ó/
Sinais que seguem o crente que prega o Evangelho:
mais três sinais. Autoridade sobre as obras de Satanás
(serpentes), autoridade sobre a traição e o engano
(coisamortífera), eautoridade sobre as enfermidades
operadas por demônios, vírus e bactérias. Uma
restauração dos privilégios que Deus dera a Adão, antes
de pecar (Gn 1:28). Estes sinais foram vistos por Moisés,
por Daniel, por Eliseu, por Elias e por Davi
Marcos 16:18: pegarão em serpentes; e,
se beberem alguma coisa mortífera, não
lhes fará dano algum; e imporão as mãos
sobre os enfermos, e estes serão curados”.
ÍLc 10:19;A t 9:17;28:8)
Outras ordenanças ministradas por Cristo na hora
de sua ascensão estão em Atos 1.0 Senhor voltou ao
propiciatório original: o trono de Deus. A postura de
Jesus no trono, à direita do Pai, nos garante autoridade e
poder para falarmos em seu Nome (SI 8), pois ele elevou a
criatura humana a uma posição sobrenatural e, com isso,
garantiu a nossa permanência no mundo (Jo 17:13-17).
Na primeira entrada (Jo 20:17; SI 24:7). (1) Da cruz, em
alma, deixou o seu corpo elevou as nossas iniqüidades
ao mar do Esquecimento (Mq 7:18; Is 43:2; Lv 16:7-10)
e entrou noTabemáculo Celestial e apresentou o seu
sangue como sumo Sacerdote, diante do propiciatório,
ainda nos minutos de trevas, enquanto seu corpo estava
na cruz. (2) Sua alma regressou ao ambiente do Calvário,
16:19 M arcos
e triunfou na cruz sobre os poderes das trevas (SI 18; Cl
2:25). (3) Dali desceu ao Hades, somente em alma. (4)
Foi recebido pelos justos no Paraíso, o mesmo Seio de
Abraão, um departamento do Hades ou Sheol. Os justos
no Hades esperavam a morte do sumo Sacerdote (Nm
35:28) para serem transportados dali. (5) Levantou-se
na ressurreição (não permitiu que Maria o tocasse),
apresentou-se diante do Pai já com o corpo ressurreto e
apresentou os santos do Hades na Nova Jerusalém (Hb
11:22-24). (6) As almas dos santos foram transportadas,
mas não foram vistas (Ef 4:9-11). (7) Da sua primeira
entrada, já com o corpo ressurreto, voltou com todo o
poder, mas não glorificado. Este verso fala da sua segunda
entrada em corpo ressurreto. (a) Depois de ficar quarenta
dias com os discípulos(At 1:3), após dar mandamentos
subiu para assentar-se à direita do Pai, onde está até hoje.
(b) Nessa entrada, ocorreu a sua apresentação diante
do Pai (Dn 7:13-14; Hb 1:2; Ap 5). (c) Como Cordeiro
imolado, foi apresentado, (d) Após a ascensão de Atos
1:7-9. (e) No Salmo 24:7-10, vemos as duas entradas
proféticas, (f) Em sua segunda entrada foi glorificado no
Céu, e o Espírito Santo foi enviado à Igreja (Jo 7:37,38)
M arcos 16:19: Ora, o Senhor, depois de
lhes ter falado, foi recebido no Céu e assen­
tou-se à direita de Deus. (U24:5i;si uo:i;M
169
16:20
7:55,56; Lc24:50,51; At 1:9-11/
Pregando com a cooperação de Cristo e com as
confirmações dos cinco sinais: O objetivo dos sinais
era demonstrar a presença de Cristo na mensagem
deles e confirmar a promessa de Cristo no testemunho
de sua obra. A importância dos sinais na pregação
do Evangelho: Os sinais não foram dados para servir
de propaganda, nem de atração, nem para servir de
sensacionalismo, nem para fins econômicos. Antes,
foram dados para confirmar a mensagem e a presença
de Cristo na missão, em que os resultados não são
produzidos para exaltar o pregador. O evangelismo
verdadeiro é aquele em que Jesus coopera porque está
presente e aquele no qual os sinais se realizam para a
glória de Deus; aqueles que honram ao Pai, os sinais
os acompanham, porque Jesus coopera com eles.
Alguns enviam registros de seus sinais adiante de suas
campanhas, mas há outros cujos sinais os seguem.
São operações sobrenaturais de Cristo e de seus anjos
cooperando com o seu mensageiro
M arcos 16:20: Eles, pois, saindo, pregaram
por toda parte, enquanto o Senhor cooperava
com eles, confirmando a palavra com sinais
que se seguiram. Amém. iAti4:3;Hb2:4i