Lucas L ucas Lucas L ucas Lucas L ucas L ucas Lucas Lucas
Evangelho Sinóptico de
Lucas
Lucas, capítulo um (1)
Muitos profetizaram sobre os fatos que aconteceriam
e muitos outros quiseram pôr em ordem a história dos
mesmos, porém, somente alguns dos que viveram
nos dias do cumprimento destas palavras proféticas
puderam contar, sem falta de detalhes, a história; muitos
são os historiadores, mas as testemunhas são poucas.
No livro de Lucas (e Paulo), os auditórios (primário
e secundário) se unem sob a inspiração do Espírito
Santo. O fundo histórico deste livro começa quando
Lucas Fica sem o seu companheiro nas estradas do
Império romano, e não pode dar continuidade a novas
viagens missionárias, porque Paulo estava preso em
Cesaréia. Ao encontrar-se com Teófilo, Lucas, o grande
companheiro de Paulo, recebeu o Financiamento para
finalizar esta obra. Depois de algum tempo que Paulo
estava preso em Cesaréia, sendo ele um homem cheio
de visão missionária, cheio do Espírito Santo, aquele
lugar era uma dupla prisão, embora os seus grandes
amigos estivessem em Cesaréia, os quais tinham
completa liberdade para visitá-lo. Dali, ele ainda pôde
orientar incursões missionárias pelo Mediterrâneo.
Fisicamente melhor, estando em segurança, junto com
a moderação do ódio de seus inimigos, em função da sua
prisão, sentia certa confiança. Assim, acompanhado de
seu médico, Lucas, Paulo o influenciou a escrever uma
narrativa sobre a vida de Cristo, mas faltava o material
para a escrita, e este era muito caro. Somente assim,
eles podiam levar o Evangelho às igrejas da Ásia e a
outros lugares onde o grego koinê era conhecido. Mas,
para um empreendimento como este, Lucas precisava
visitar amigos, parentes e testemunhas oculares dos
acontecimentos que envolveram o ministério de Cristo.
Até que um dia, ali mesmo em Cesaréia, Lucas conheceu
um certo homem chamado TeóFilo, o qual se dispôs a
pagartodos os gastos daquele empreendimento. Em
hebraico, Mateus já havia escrito a história do ministério
de Cristo aos judeus cristãos. Desde que Marcos havia
saído com Barnabé para Chipre, o seu livro, que narrava
a história dejesus, fora terminado. Agora era a vez de
Lucas. Em Cesaréia, o local era estratégico! Baseado
em duas outras narrativas, Lucas poderia ordená-las, e,
procurando as testemunhas oculares, certamente faria
um trabalho melhor (Lc 1:4). De Cesaréia tinha como
viajar a Éfeso, e falar com Maria e conhecer detalhes que
nem Mateus nem Marcos puderam registrar. Com
a ajuda de Teófilo, ele pôde então escrever um relato
histórico perfeito. Tendo estado com Tiago, Pedro,
Maria e os parentes dejesus, poderia deixar como
legado a grande e maravilhosa história da vida de
Cristo. Ninguém melhor do que Maria e Elizabete para
narrar os acontecimentos que mudaram a História da
humanidade. Benditos dois anos! (Lc2:19). Nos relatos
de Lucas, Paulo se inspirou ao escrever aos Gálatas (4:4).
171
Observe que quando Paulo chegou a Cesaréia, Filipe já
estava morando ali. Certamente os dois, Lucas e Filipe,
tiveram grandes conversas sobre o assunto, e isto deu
origem a outro livro: Atos dos Apóstolos
Lucas 1:1: Havendo muitos empreendido
pôr em ordem a narrativa dos fatos que cer­
tamente entre nós se cumpriram,
Quem recebe ensinamento dos mestres que foram
testemunhas oculares sabe que é impossível ser
testemunha ocular da obra de Cristo sem se tornar
ministro da sua Palavra; mestres são ministros da Palavra
Lucas 1:2: tal como nos ensinaram os mes­
mos que, desde o princípio, com os seus
próprios olhos os viram, e foram ministros
da Palavra, m 2 :3 ; 1Pe5:l;2Pe 1:16; ljo 1:1;]o 15:27!
Todaordem tem um princípio. Teófilo era amigo das
coisas de Deus, um homem honesto que gostaria de saber
de tudo, mas ordenadamente. Homens que procuram
conhecer as coisas de Deus em ordem são teólogos, pois
assim deveríamos estudar as coisas de Deus, e ninguém
melhor do que um doutor como Lucas para descrever a
história do Evangelho. Escrever, pesquisar, informar-se,
com diligência custa tempo e dinheiro. Mas Lucas sabia
que Teófilo não era um leigo, pois ele já tinha informação
preliminar a respeito de tudo. Os verdadeiros estudiosos
da história bíblica têm conhecimento ordenado dos
acontecimentos que se registraram
Lucas 1:3: a mim também pareceu con­
veniente escrevê-los a ti, em ordem, ó ex­
celente Teófilo ( “amigo d e D eu s”), depois
de haver-me informado com diligência a
respeito de tudo desde o princípio; (At i.-i;
11:4; 18:23)
Não devemos subestimar as pessoas que não fazem parte
de nosso convívio religioso. Elas também procuram
informações e têm alguma base a respeito daquilo que
buscam: “ ...que já te foram mostradas”. Quem lhe
mostrou? Talvez tenha recebido alguma revelação de
Deus, e, neste caso, o cliente é ainda mais exigente
Lucas 1:4: para que conheças com segu­
rança a respeito das coisas que já te foram
informadas. jo20:3ij
( 1 )0 sacerdócio de Arão, na sua última ação e na sua
última revelação angelical, no Templo de Zorobabel
reformado por Herodes. A família de Herodes foi a mais
privilegiada do Novo Testamento, pois tratou com João,
1:5 Lucas
com Jesus e com Paulo; mas jamais deu atenção para
a mensagem que eles trouxeram. A família sacerdotal
de Anás e Caifás foi a mais privilegiada, pois tratou
com aArcaem pessoanosdiasde seu ministério, sem
reconhecê-la de fato. Um homem comum dos filhos de
Levi, chamado Zacarias, teve uma grande revelação. Ele
fazia parte dos turnos sacerdotais que Davi estabeleceu
(1 Cr 24). Nos dias de Davi foram estabelecidos dois
turnos de sacerdócio: Os sacerdotes sacrificadores que
foram enviados para trabalhar noTabemáculo, sem a
Arca, em Gibeão, e os sacerdotes cantores que ficaram
para oferecer louvores diante da Arca em Jerusalém,
diante do Tabernáculo de Davi. Com a construção do
Templo de Salomão, os dois grupos foram reunidos no
mesmo local, mas continuavam divididos portumos
e por famílias. Ao todo, sempre eram vinte e quatro
tu rnos sacerdotais que operavam, entre sacrificadores e
adoradores (1 Cr 25). Zacarias fazia parte dos sacerdotes
sacrificadores. Ele entrou no templo para oferecer o
incenso. Quando um sacerdote oferecia incenso, outro
acendia as lâmpadas. (2) Ambos, marido e mulher, eram
levitas -n ã o havia jugo desigual de ministérios
Lucas 1:5: Houve, nos dias de Herodes ( “f i­
lho d e Hero), rei da Judéia, um sacerdote
chamado Zacarias ( “o Senhor lembra ”), da
ordem sacerdotal de Abias, cuja mulher era
das filhas de Arão, chamada Elizabete. (M
2:1; 1 Cr24:10)
Serem ambos filhos de Levi exigia que fossem justos diante
de Deus; e como família sacerdotal, a responsabilidade de
andarem sem repreensão nos seus mandamentos era mais
um prazer do que um dever. Quem anda sem repreensão
é santo; quem anda sem repreensão é irrepreensível, e
quem é irrepreensível é perfeito
Lucas 1:6: E eram ambos justos diante de
Deus ( “E loim ”), andando sem repreensão
em todos os mandamentos e estatutos do
Senhor Jeová ( “IHWH(Cn 7: i; r 3:ó; / Rs 9:4; 2 I
Rs20:3)
A mulher estéril que dispõe o seu útero para Deus
concebe a semente que Deus escolhe e envia, e não se
perde, pois é escolhida de Deus para uma grande obra
Lucas 1:7: E não tinham filhos, porque Eli-
sabete era estéril, e ambos eram avançados
em idade. (Rm 4:19;Gn 11:30;25:21;29:31)
Deus se revela para o ministro que exerce o seu
ministério. Quem exerce o seu ministério está perto
do construtor do universo, e coopera com Deus.
Esses turnos foram estabelecidos por Davi com o fim
de distribuir os sacerdotes que estavam vacantes no
ministério levítico
Lucas 1:8: E aconteceu que, exercendo o
sacerdócio diante de Deus, segundo o turno
d e SUa t u r m a , (1 Cr24:l9;2Cr8:l4l
172
1:8
Depois do altar de incenso, o Trono de Deus, é a peça
mais importante do Tabernáculo celestial. A Arca do
Testemunho, que estava no Tabernáculo terreno, era tipo
do Senhorjesus Cristo e do Trono de Deus, devido ao
propiciatório: a tampa da Arca. Não há véu diante do Altar
de incenso. Porque o autor de Hebreus afirma que o Altar
de incenso estava junto com a Arca do Testemunho,
enquanto o Antigo Testamento nos afirma que o Altar de
incenso estava junto com a mesa dos pães da proposição
ecom o Candeeiro de ouro, no lugar Santo? (Hb 9 :1 -3).
Somente o véu separava o lugar Santo do lugar
Santíssimo; logo, todas as outras peças do lugar Santo
estavam próximas da Arca, embora o Altar de incenso
estivesse mais próximo. Com o véu rasgado, o Alta rde
incenso aproximou-se definitivamente da Arca e do
propiciatório, que representavam a pessoa de Cristo e o
trono de Deus. Em Êxodo 30:6 lemos: “E porás este altar
diante do véu que oculta a Arca do Testemunho e o
propiciatório que está sobre a Arca do Testemunho; ali
onde eu me farei presente diante de ti nos tempos
assinalados”. O Altar de incenso é tipo do Altar de ouro
que está diante de Deus, no Céu. O Fogo desse altar
celestial jamais se apaga. Dele, os serafins tiram as brasas
com a tenaz e tiram a iniquidade dos ministros de Deus
que a ele se consagram. Os serafins de Deus estão atentos
ao Altar de incenso. Eles fizeram isto com Isaías (Is 6:1,2),
e com Daniel (Dn 10:16). O Trono de Deus é cuidado
pelos quatro querubins que ali estão (Ap 4:7,8); mas os
serafins cuidam do Altar. Por isso, vemos alguns anjos
vestidos com as vestimentas sacerdotais reais (Ap 15:6-
8), de linho puro. O incensário de ouro: a ministração da
oração e da comunhão diante de Deus e do povo. O cheiro
da morte, isto é, da carne morta, não podia ser sentido, e
esta era a função do Altar de incenso, para que o homem
não morresse. Somente uma vida de comunhão e
consagração tirará o cheiro da morte. O papei
fundamental do Altar de incenso, além de ser a última
peça antes da Arca, era exalar o bom cheiro e cobrir o
mau cheiro que se produzia no átrio com a matança dos
animais. O cheiro da carne era completamente coberto
pelo bom cheiro que vinha do lugar Santo. Trazemos em
nós mesmos, em nosso homem interior, o bom cheiro de
Cristo que cobre todas as limitações da carne morta no
átrio de nosso relacionamento. Este bom cheiro deve ser
produzido desde o amanhecer; representa um
sentimento, uma atitude de louvor e adoração que
produzimos para glorificaro nosso Deus. Este
sentimento cobre qualquer mau cheiro da carne. Quando
acendemos as luminárias do nosso candeeiro, isto é, ao
despertarmos, devemos começar a produzir o bom
cheiro de adoração ao Senhor para que o cheiro do altar
de holocausto não seja sentido na presença de Deus. Era
algo simultâneo-ao trocar os pães, ao acenderas
lâmpadas e ao queimar o incenso - na Mesa, no
Candelabro e no Altar. Em Êxodo 30:7, lemos que Arão
queimaria, sobre este altar, incenso aromático todas as
manhãs, ao acenderas luminárias do candelabro. Este
altar é tipo do altar de adoração da Igreja. Os anjos que
cuidam do Altar de ouro possuem incensários de ouro
(semelhantes àqueles que os sumos sacerdotes usavam
quando ministravam no Antigo Testamento). Ainda hoje,
o incenso chega até eles maravilhosamente. Porque o
1:8 Lucas
incenso é a única coisa que não é produzida no Céu, mas
naTerra. É a Igreja, através do Espírito Santo, que produz
o incenso de oração, louvor e adoração, pois o incenso
representa as orações dos santos (Ap 5:8; 8:3). São os
anjos que levam o incenso até ao Céu (Lc 1:5-15). Mas o
incenso não vai diretamente para o Altar de incenso
diante de Deus, embora chegue ali no mesmo dia em que
é produzido. Ele vai para as taças que estão nas mãos dos
vinte e quatro anciãos. Três grupos de oito sacerdotes
reais assistem ao redor de Deus (Ap 1:6; 1 Cr25:l-8).No
Altar de incenso, as nossas orações são depositadas,
depois de permanecerem nas taças dos vinte e quatro
anciãos, ou depois de permanecerem no incensário de
ouro (Ap 8:1,3). Éimportante saber que os anjos de Deus
somente têm ordem de Deus, a respeito do cumprimento
de nossas orações, se elas forem derramadas diante do
altar de Deus. Isto deve ser feito diária e continuamente.
Isto significa que devemos permanecer diante do trono
de Deus diutumamente, como aqueles vinte e quatro
anciãos e os quatro seres viventes. Assim como na
manhã, Arão deveria queimar o incenso. A luz do
candeeiro durava até ao amanhecer, mas o cheiro do
incenso era contínuo. A nossa comunhão com Deus é
representada pelo incenso queimado. Ambos queimam
juntos: O incenso e o azeite no candeeiro. E os dois
operavam em conjunto com o carneiro oferecido na
manhã e o carneiro oferecido pela tarde. Quando
começamos a noite na presença de Deus, acendemos as
lâmpadas do candeeiro (nosso espírito); e quando o
louvamos, começamos a queimaro incenso de nosso
louvor diante de Deus (em nosso coração). Esse sentir é
continuo e eterno: Êxodo 30:8: “Arão também queimará
o incenso pelas tardes (“entre as duas luzes”), ao acender
as luminárias. Assim se fará perpetuamente, por vossas
gerações ". A exclusividade do Altar deouro,ouAltarde
incenso: O cheiro desse altar não receberá ajuda para
expandir o seu cheiro. O louvor forçado, ajudado,
empurrado, não servirá nesse altar. Ele deve produzir o
bom cheiro naturalmente, sem ajuda de nenhuma
libação. Ele não servia para oferecer louvores do mundo,
nem de mundanos, pois são incensos estranhos diante de
Deus. Não é lugar de dar ofertas. O altar das ofertas ficava
no átrio. Este altar é exclusivo para louvara Deus; por
isso, nosso coração não deve receber nenhuma glória
que não seja direcionada exclusivamente para Deus. O
Altar de incenso está diante do Trono de Deus. Ele parece
ser da medida de anjo (Ap 21:17). Deve ser grande (Ap
21:10). Todas as respostas de oração, ou qualquer atitude
angelical, ou divina, estão intimamente ligadas ao Altar
de incenso. O Altar de incenso, depois do Trono de Deus,
é a peça mais importante do Tabernáculo celestial. A Arca
do Testemunho, que no Tabernáculo terreno é tipo do
Senhorjesus Cristoe doTrono de Deus, porcausado
propiciatório, que é a tampa da Arca. Não há véu diante
do Altar de incenso. Por que o autor de Hebreus nos diz
que o Altar de incenso está junto com a Arca do
Testemunho, enquanto Testamento inteiro nos diz que o
Altar de incenso estava junto com a mesa dos pães da
proposição e com o candeeiro de ouro, no lugar Santo?
(Hb9:1-3). Somente o véu separava o lugar Santo do lugar
Santíssimo, logo todas as outras peças do lugar Santo
estavam próximas da Arca, tanto quanto o Altar, embora
173
1:9
o Altar estivesse mais próximo. Com o véu rasgado, o
Altar de incenso se aproxima definitivamente da Arca e
do propiciatório, que representam a pessoa e o trono de
Deus. O caminho novo e vivo que Cristo inaugurou abriu
o Céu para os anjos também (Jo 1:18): O caminho novo
que ele nos inaugurou removendo a separação entre o
trono e o altar, entre a nossa parte e a parte de Deus. O véu
rasgado mostrou o novo e vivo caminho que Cristo
inaugurou no Céu e que foi manifestado na Terra (Mc
15:38). O véu foi posto no Céu por causa do pecado do
homem e da rebelião do Luzeiro. O trono de Deus foi
separado do Altar de incenso (Ap. 8:3). Mas o autor de
Hebreus revela que a posição celestial dos móveis é
aquela que vemos descrita ali (Hb9:l-6): (a) lugar
Lucas L ucas Lucas Lucas Lucas Lucas
Santíssimo: Arca, Altar de incenso, (b) Lugar Santo:
mesa, candelabro, e pequenas peças. O Altar de incenso
está disposto assim nos textos de Hebreus, porque a visão
do autor é uma visão da disposição dos móveis no
Tabernáculo celestial. Entre o trono e o Altar de incenso,
ou seja, entre o propiciatório, a tampa da Arca e o Altar de
incenso existiu uma separação no decorrer dos anos, até o
dia em que Jesus foi morto, pois como um véu que foi
rasgado de alto abaixo (Hb 10:19-20;Mt27:5). Os livros da
Lei de Moisés revelam o Tabernáculo e seus serviços
levíticos e a disposição do Tabernáculo terreno, enquanto
o autor de Hebreus revela o serviço do sumo sacerdote,
dos bens futuros e sua entrada no Tabernáculo celestial
(Hb 12:22-24; 9:12). Êxodo 30:9: “Não queimarás incenso
estranho, nem holocaustos, nem outras ofertas, nem
derramareis nenhuma libação nesse altar”. Zacarias
conhecia os detalhes do seu trabalho. O Altar de incenso é
representado diante de Deus (Ap 8:1 -3). Através dele é
que as nossas orações são respondidas. As libações
ajudavam afumaça doaltarsubir; mas, nesse altar, Deus
não permitia que se usasse libação alguma; nosso louvor,
neste lugar, não precisa de ajuda
Lucas 1:9: segundo o costume sacerdo­
tal, coube-lhe por sorte entrar no Templo
do Senhor Jeová para oferecer o incenso.
(Êx30:7-8; 1Cr23:13;2Cr2Q:ll)
A Arca não estava no Templo de Zorobabel reformado
porHerodes porque a Arca (Jesus Cristo) estaria
pessoalmente naquele lugar; neste caso, o Altar de
incenso era a peça mais importante no Templo (Hb
9:1 -5) desde os dias que Esdras, Zorobabel e Jesua
reconstruíram o templo. O Altar de incenso celestial
é o modelo original do Altar de incenso terreno. Nele,
os vinte e quatro anciãos entregam as orações do povo
de Deus em seus vinte e quatro turnos (Ap 5:6,8:1 -3).
O povo orava enquanto Zacarias ministrava diante
do Altar de incenso. Esse trabalho celestial ainda é
realizado no Céu, agora. Os vinte e quatro anciãos que
ministram diante de Deus trabalham equivalentemente
aos fusos horários da terra, assim como a árvore da vida
equivale ao calendário anual do mundo dos homens
(Ap 22:1 -5). Observara posição do povo nos dias da Lei:
O povo não entrava no Templo, não se assentava em
cadeiras especiais. Somente a graça trouxe ao homem o
privilégio de entrar na presença de Deus, e muitos não se
comportam com reverência no seu Santuário
 ísio
L ucas 1:10: E toda a multidão do povo
estava do lado de fora, orando, na hora do
incenso. (Lv16:17;Ap5:6;8:l-3)
O lugar Santo se transformou um pedaço do Céu {Ap
8:1 -3). Os movimentos celestiais chegaram a manifestar-
se na terra. Quando um verdadeiro ministro de Deus
opera, o céu e a Terra se tomam em um só lugar
Lucas 1:1 l:Eum anjodoSenhorJeoválhe
apareceu, posto em pé, à direita do altar do
incenso.
O anjo estava perplexo com o trabalho de
Zacarias, que trouxe o céu à Terra, e Zacarias estava
maravilhado com o anjo
Lucas 1:12: E Zacarias se turbou, ao vê-lo,
| e caiu temor sobre ele. ííc2:Qi
O anjo pediu que ele não temesse. Ele era o sacerdote.
A autoridade estava nas suas mãos. A sua oração foi
ouvida. Isto quer dizer que a sua oração passou pelas
taças dos vinte e quatro anciãos e dali foi levada pelos
serafins ao Altar de incenso celestial, na mesma hora
de sua ministração. Observe como é o movimento
dos anjos até que uma oração seja ouvida (Ap 5:6;
8:1 -3: Dn 1:1 -12). Todos os filhos da impossibilidade
foram poderosos nas suas obras diante de Deus e dos
homens: Isaque, Jacó, Moisés, Sansão, Samuel, João;
especialmente Sansão, Samuel ejoão, os quais foram
nazireus nos seus dias. Estes filhos daimpossibilidade
nasceram para servir em situações emergenciais nos
seus dias. Os filhos da impossibilidade nascem para
realizar grandes obras para Deus
Lucas 1:13: Mas o anjo lhe disse: “Zacarias,
não temas, porque a tua oração foi ouvida, e
a tua mulher, Elizabete ( “cum prim ento de
D eus”), te dará à luz um filho, e lhe porás o
nome de João ( “graça d e Jeová ”). (u i:30;60,63j
Filhos da impossibilidade dão grandes alegrias a seus
pais, e voltam a dar a seus velhos pais o direito de
serem pessoas normais. Paulo, quando escreve aos
Romanos, profetiza e revela que o corpo de Abrão estava
envelhecido; mas o corpo de Sara estava vivo, e somente
o seu ventre estava amortecido. Observe como Deus
preservou Sara para a grande obra de Deus
Lucas 1:14: E terás gozo e alegria, e muitos
se regozijarão no seu nascimento, t u i.-ss)
João é o terceiro nazireu citado na Bíblia. O nazireu
poderia fazer voto de nazireado durante a sua vida, mas
Sansão, Samuel ejoão foram nazireus desde o ventre de
sua mãe. Nem as suas mães poderiam aproximar-se de
mortos ou beber bebida forte. O exemplo de suas mães
era fundamental para os seus filhos. Sansão não era
levita, nem Samuel. Samuel entrou para o sacerdócio e foi
aceito como sacerdote sem ser levita por causa do voto de
nazireado (Nm 6:1 -2). O nazireado era uma ponte para o
sacerdócio, quando o consagrado não era levita. Mas, no
Lucas i:i5
caso de João, o Batista, era diferente, pois ele era filho de
sacerdote. Ele estava abdicando do sacerdócio levítico
para ser um nazireu. Ele não ministraria no Templo, mas
no deserto. Suas roupas não seriam de linho fino, mas de
pêlos de camelo. Sua comida seria distinta. O seu vinho
seria o Espírito Santo! Como Deus faria para enchê-lo do
Espírito Santo? (Lc 1:39-41)?João somente foi cheio do
Espírito Santo, conforme a promessa do Anjo a Zacarias,
depois que Jesus encarnou (Lc 1:26-40). O Espírito Santo
veio do trono para gerar ajesus no ventre de Maria e, dali,
o Espírito Santo fluiu para Elizabete. Assim, João foi cheio
do Espírito. Isso não aconteceu sem que primeiramente
Jesus viesse. Por isso, João se recordou daquele dia e disse:
“Ele vos batizará com Espírito e com fogo ”. O propósito
de Êxodo 19.5,6 é guardado até Moisés. Nesse tempo,
Deus nacionaliza o sacerdócio e o limita em uma única
nação, levanta uma tribo em lugar de uma nação. Mas os
levitas que foram levantados em lugar dos primogênitos,
em Números 3, também falharam. Deus levanta nazireus,
como porta emergente. Os nazireus sustentam o propósito
em Sansão, Samuel ejoão Batista. Os nazireus tomam
conta do sacerdócio e, distante dos templos, oferecem
sacrifícios de louvor. Redescobrem o Sacerdócio de
Melquisedeque. Nos dias de Samuel, com a fundação das
escolas de profetas, os profetas e seus filhos redescobrem
a música na oração (adoração), os instrumentos musicais,
o monte, a profecia ministrada, o vinho e o pão de
Melquisedeque, os três cabritos de Abraão, do capítulo 15.
Todos os nazireus foram frutos da impossibilidade -suas
mães eram estéreis. Seus filhos não eram parte do sistema
comum de sacerdócio. Deus interveio e eles passaram pela
prova e entraram pelas portas do ministério
Lucas 1:15: porque será grande diante do
Senhor, e não beberá vinho, nem bebida
fermentada; e será cheio do Espírito Santo,
ainda no ventre de sua mãe. /Nm6:2-3;jz 13:4-5;
Lc 1:41,67; 7:33;Jr 1:5; Cl 1:15)
A conversão era uma promessa feita através do profeta
Malaquias. “Conversão” era uma palavra nova no
contexto bíblico. Somente Samuel havia experimentado
esta palavra de fato, na sua escola de profetas, o grande
laboratório do Espírito Santo. Este é o grande sinal
de paz que influencia a vizinhança, a rua, o bairro, a
cidade, o estado, a nação e o mundo: quandoospaise
os filhos estão vivendo em plena comunhão, vivendo o
deleite advindo de uma só alma e de um só coração. A
conversão a Deus traz muitos benefícios, mas a maior
prova de que estamos convertidos a Deus é quando
mostramos que nos convertemos aos nossos filhos ou
aos nossos pais. Essa conversão não tem catecismos,
não tem regras, não tem passos, não tem sermões, mas
tem identificação. Essa conversão tem cumplicidade,
tem amor mútuo àquilo que, muitas vezes, nos aborrece
e que, pela conversão, passa a ser compreendido de um
modo diferente. Essa conversão requercomunicação
e não ordens; essa conversão acontece porque a
produção cai sem esta sociedade de pais e filhos. Essa
conversão reconhece nos pais as experiências e as terras
já pisadas da peregrinação e, no filho, a necessidade
do aprendizado de como manter a sua herança sem ser |
174
1:16
pródigo e sem estar longe do pai. Essa conversão não
se irrita com os brinquedos deixados pelo chão, nem
com as meninices do filho mais novo que, para os pais,
nunca cresce. Essa conversão é fruto de um só sacrifício,
o nosso, onde o nosso eu é o cordeiro, e a cruz são os
braços do filho ou do pai. Este é o grande sinal da vinda
de Cristo: a conversão da família segundo o mesmo amor
que foi demonstrado ao mundo entre o Pai e o Filho.
Algumas famílias vivem a maldição sem saber a causa, e a
causa é o campo de batalha que vivem diariamente, onde
os inimigos são os da própria casa. Malaquias 4:6: “E
converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos
filhos aos pais; para que não aconteça que eu venha e fira
a terra com maldição”
Lucas 1:16: E converterá muitos dos fi­
lhos de Israel ao Senhor, seu Deus ( “EL-IHWH
Eloim (M l4:5,6j
João Batista foi o cumprimento dessa profecia, antes
da primeira vinda dejesus, e as duas Testemunhas
(Ap 11) serão o cumprimento dessa profecia antes da
sua segunda vinda. Mas Deus não ficará sem alguém
que prepare o seu caminho, como está registrado em
Malaquias 4:5: “Eis que eu os enviarei a Elias, o profeta,
antes que venha o dia grande e tremendo do Senhor
Jeová”. Deus não realiza a sua obra sem preparação. A
boa disposição é fruto da obra do precursor
Lucas 1: 17: e irá adiante dele no Espírito e
poder de Elias, para converter os corações dos
pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos
justos, com o fim de apresentar ao Senhor um
PO VO p re p a ra d o . (Ml 4:5-6;M t 11:14; 17:13}
A pergunta que quase não revela a incredulidade. Mas
o anjo era especialista nisso. Ele percebeu a intenção
de Zacarias. Por mais que quisesse ser diplomático, o
anjo percebeu a incredulidade dele. A incredulidade
é sorrateira, é de natureza vazia, questionadora, não
tem como destino o ventre nem quer ser fecundada; a
incredulidade procura desculpas, pois jamais se rende à
fé, a não ser por meio da disciplina do silêncio. Observe
como Deus conserva a mulher estéril. O corpo de Abraão
estava amortecido, e somente o ventre de Sara estava
despreparado (Rm 4:19)
Lucas 1:18: Então disse Zacarias ( “o S e­
nhor lembra 7 ao anjo: “Como terei conhe­
cimento disto? Pois eu já sou velho, e minha
mulher avançada em anos”. (óh i7:i7;u i.-34j
Um dos assistentes de Deus e testemunha de suas grandes
obras, mensageiro das Boas-Novas, era um grande
currículo para aquele que falava das futuras obras de
seu Senhor. Como servo fiel, ele era um dos primeiros a
saber o fim dos planos de Deus, e Zacarias estava sabendo
somente a respeito do início do propósito de Deus
Lucas 1: 19: E, respondendo o anjo, disse-lhe:
“Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e
Lucas i:24
fui enviado a falar-te e dar-te estas Boas-Novas
( “Evangelho”). (Dn3:16:Q:2123;Mt 18:10}
O
Ele era um sacerdote, e a capacidade de comunicação •3>
lhe foi tirada por Deus. Deus silenciou, através
dele mesmo, o sacerdócio. Zacarias representava o
sacerdócio levítico calado diante do cumprimento
profético. A comunicação sacerdotal era fundamental.
Quem entra na presença de Deus deve falar o que Deus c
quer comunicar ao povo; mas Zacarias recebeu uma o
grande palavra divina mas não tinha como comunicá-la.
O
Alguns ministérios vivem, hoje, esta disciplina 06
Lucas 1:20: E eis que ficarás mudo, e não
poderás falar até ao dia em que estas coi­
sas se cumpram; porquanto não creste nas
VJ
minhas palavras, as quais a seu tempo se
cumprirão”. /ez3:26;22:27; &
A comunhão com Deus é um privilégio do ministro.
Quando ele tarda na presença de Deus, o povo se
maravilha, pois nem todos têm este prazer de estar
na presença de Deus. Quer maravilhar o seu povo?
Permaneça na presença de Deus, no seu Santuário
Lucas 1:21: E 0 povo estava esperando a
s
Zacarias, e se maravilhava de que se dem o­
rasse no Santuário.
Quando 0 ministro perde a capacidade de comunicação, fala
por acenos. Acenos não geram resultados como o poder da
Palavra falada. Ministros sem poder do Espírito Santo falam
por acenos, são pesados de língua: precisam de um Arão (Êx £
7:1). Ministros mudos confundem o seu povo
Lucas 1:22: E, saindo ele, não lhes podia
falar; então entenderam que tivera uma vi­ f* *
são no Santuário. E lhes falava por acenos, e l i
permaneceu mudo. (Ui-M
O lugardo ministro quando ele não está ministrando
é em casa, e não nos bares, nem em boates, nem em
estádios de diversão. A família deve ser o grande
elemento de prazer, alegria e compartilhamento do
ministro. O ministro deve regozijar-se com a sua família
Lucas 1:23: E aconteceu que, termina­ >
dos os dias de seu ministério, partiu para
a sua casa.
A esposa do ministro somente concebe quando o seu
marido está em casa. Ela se ocultou porque não era C
normal que ela concebesse, pois era estéril
Lucas 1:24: E, depois daqueles dias, Eliza­
bete, sua mulher, concebeu, e se ocultou por
s
cinco meses, dizendo: m
A sua vergonha era não conceber. Mas ela se tornará mãe c
de um nazireu que há de influenciar para sempre a sua
nação. Mulheres de valor marcam os seus dias de glória
o
com uma poesia, com uma frase de adoração >
06
1:25 LUCAS
Lucas 1:25: “Assim me tem feito o Senhor
Jeová, nos dias em que atentou em mim,
para tirar o meu opróbrio entre os homens”.
iCn30:23;Is4:l,1
Maria: A filha dejudá, de Davi, de Natã. Seis meses depois
do anúncio do nascimento de João, o anjo regressa à casa
de uma mulher desposada. Uma mulherdesposada já era
esposa de um homem, mas aguardava a festa das bodas
para ser recebida em casa, isto é, na casa de seu esposo.
Em Nazaré, Maria recebeu a notícia, em Belém, o menino
nasceu, mas em Nazaré ele foi criado. Uma cidade pobre e
desprezada entre as demais cidades, até hoje
Lucas 1:26: E, no sexto mês, o anjo Gabriel
foi enviado por Deus a uma cidade da Gali-
léia, chamada Nazaré, ttc 2:39;Mt 2:23!
O desposamento era uma fase do matrimônio; antes
dele havia a promessa, feita entre os pais, quando o casal
era muito jovem. Bodas eram as festas que aconteciam
após o desposamento, em data previamente marcada.
Nenhum homem havia tocado em Maria quando o
Espirito Santo veio sobre ela e ela concebeu no seu ventre
a alma coexistente de Cristo que estivera no seio do Pai
por toda a eternidade (Jo 1:18). Essa mulher é profetizada
em Gênesis 3:15, e um panorama daquilo que ela passou
na hora do nascimento da sua semente na manjedoura
é revelado em Apocalipse 12:1 -5.0 calendário judaico
tem 12 meses lunares, e não solares, como o calendário
civil. Cada mês judaico tem 29 ou 30 dias e cada ano
é 11 dias mais curto que o civil. O calendário judaico
tem de seguir o calendário civil, para que as festas não
caiam em estações trocadas. Para isso, o calendário tem
anos bissextos, com um mês extra de Adar em janeiro-
fevereiro. O mês normal de Adar é chamado Adar 2. Há
sete anos bissextos a cada 19 anos. No calendário civil,
{1 o. mês), Nisã (Abib) equivale a março/abril; (5o. mês
da gestação de Jesus); (2o. mês) lyar, equivale a abril/
maio (Zacarias em casa); (6o. mês da gestação de Jesus);
(3o. mês) Sivã equivale a maio/junho (Foi o 1o. mês da
gestação de João); (7o. mês da gestação de Jesus); (4o.
mês) Tammuz, equivale a junho/julho (Foi o 2o. mês
da gestação dejoão); (8o. mês da gestação dejesus);
(5o. mês) Av, equivale a julho/agosto (Foi o 3o. mês
da gestação dejoão); (9o. mês da gestação dejesus);
(6o. mês) Elul, equivale a agosto/setembro (Foi o 4o.
mês da gestação dejoão); (7o. mês) Tishrei, equivale a
setembro/outubro (Foi o 5o. mês da gestação dejoão);
(8o. mês) Heshvan, equilave a outubro/novembro (Foi o
6o. mês da gestação dejoão); (9o. mês) Kislev, equivale a
novembro/dezembro(Foi o 7o. mês da gestação dejoão);
(1 o. mês da gestação dejesus); (1 Oo. mês) Tevet equivale
a dezembro/janeiro(Foi o 8o. mês da gestação dejoão);
(2o. mês da gestação dejesus); (11o. mês) Shevat,
equivale ajaneiro/fevereiro(Foi o 9o. mês dagestação
dejoão); (3o. mês da gestação dejesus); (12o. mês) Adar,
equivale afevereiro/março (4o. mês dagestação de
Jesus) (em alguns casos o Adar II equivale a março/abril).
Abib equivale a abril e ao maio latinos. Observe que,
somente depois que o anjo Gabriel anunciou a Zacarias
que a sua esposa Elizabete teria um filho (João Batista - Lc
176
1:28
1:5-10), ele regressou à sua casa, quando a sua mulher
engravidou. Seis meses depois, o anjo regressou e
anunciou que Maria estava grávida dejesus e, Elizabete,
neste momento, estava no sexto mês de gestação (mês
equivalente ao nosso outubro/novembro) e em trinta
dias completava-se o primeiro mês de gestação dejesus
(novembro/dezembro), isto é, trinta dias depois que
o anjo apareceu a Maria. Em nove meses, nasceujesus
(Agosto/Setembro) Justamente nos dias da Festa dos
Tabernáculos (Jo 1:12-14). A ordem correspondente
que vemos é baseada em 1 Crônicas 24.7-18, onde
lemos a respeito das ordens de turnos que os sacerdotes
deveriam cumprir. Poroutro lado, os pastores estavam
nos campos, justamente nos meses de agosto /setembro,
quando os anjos apareceram para lhes anunciar que
Jesus havia nascido. Dezembro é mês de muito frio e os
pastores não estariam nos campos. Jesus nasceu na Festa
dos Tabernáculos. Foi gerado em dezembro, mas nasceu
em agosto, provavelmente entre os anos 4 a 8 a.C.
Lucas 1:27: a uma virgem desposada com
um varão que se chamava José, da casa de
Davi; e o nome da virgem era Maria”. (Cn3:i5;
Is7:14;G14:4;Mt1:16;Lc1:19j
Quando o anjo a saudou, o Senhor jáestava ali para dar
continuidade ao grande projeto que começava com a
encarnação de Cristo. A bênção que a diferenciava das
mulheres era que a semente de Deus estava nela: Cristo.
Jesus foi gerado pelo Espírito Santo e o mesmo fez o
papel do espírito humano nele; e como Cristo era uma
alma coexistente antes de encarnar-se, temos, diante
de nós, duas partes que jáexistiam antes da encarnação:
Espírito e Alma. Isto não sucede com o homem natural.
No momento da concepção do homem natural, o espírito
vem de Deus, mas não é o Espírito de Deus, por mais
que seja da mesma essência. Isso permite que o homem
continue humano. Mas, na encarnação de Cristo, o
Espírito é o mesmo Deus, em pessoa, o que confirma a
divindade de Cristo. Cristo tinha o seu próprio Espírito
divino, enquanto o homem é concebido a partir de um
espírito humano unido ao corpo (Gn 2:7). Assim, quando
Jesus nasceu, não necessitava nascer de novo, porque
o novo nascimento significa receber o Espírito Santo no
nosso espírito humano. No momento de sua concepção,
Jesus recebeu o próprio Espírito Santo no lugar do
espírito humano. Assim, podemos compreender o que
aconteceu por ocasião da sua morte, quando foi deixado,
literalmente, em todos os sentidos da palavra, no
momento em que entregou seu Espírito ao Pai; o Espírito
Santo passou a ser o vínculo da unidade entre os dois
Lucas 1:28: E, entrando o anjo onde ela
estava, disse: “Salve, agraciada; o Senhor
Jeová é contigo; bendita és tu entre as mu­
lheres”. (Lc1:42;Dn9:23/
Agraciada era a saudação angelical. Cheia de graça:
Instrumento de graça para a sua geração.
Um homem eleito ocupava o lugar de uma nação eleita,
uma semente no lugar da descendência.
Através dela, a graça de Deus seria revelada
1:29 Lucas
Lucas 1:29: Mas ela, ao vê-lo, turbou-se
muito com aquelas palavras, e considerava
que saudação seria esta.
Quem acha graça diante de Deus se torna instrumento de
revelação da graça sobre todos os homens
Lucas 1:30: Então o anjo lhe disse: “Maria,
não temas, porque achaste graça diante de
DeUS. (Lcl:13;2:10)
Somente uma pessoa da Divindade tem corpo. Este é
o grande segredo teológico. Entre as três pessoas (Pai,
Filho e Espírito Santo), um foi escolhido para revelar
toda a plenitude dadivindade. Isto quer dizer que foi do
agrado de Deus que em Cristo habitasse toda a plenitude,
isto é, que o Pai e o Espírito Santo habitassem no corpo
do Filho. A encarnação de Cristo é um grande mistério,
pois através dela muitas coisas se resolveram (Cl 2.8,9).
Por que é possível? Porque há um só corpo. E agora há
um corpo poronde se manifesta toda a semelhança
divina. Maria poderia dizer que era mãe de Deus? Não.
Porque a alma dejesus co-existia e não houve união de
espermatozóide com um óvulo para que a alma dejesus
fosse formada (Gn2:7). Aalma dejesus foi encarnada
no óvulo que Maria (a semente da mulher) ofereceu. Ela
é mãe do corpo humano dejesus. Não é mãe do corpo
místico dejesus, que é a Igreja
Lucas 1:31: E eis que em teu ventre con­
ceberás e darás à luz um filho, e chamarás o
seu nome Jesus. (Is7:14;MtI:2I;Lc2:21)
Deus nunca teve filho na eternidade. Deus teve um Filho
através da encarnação de Cristo. Somente depois da
encarnação, ele é chamado Filho de Deus (SI 22:10). O
Verbo fez um trato com o Ancião de Dias, e ele passou
a ser chamado Filho de Deus depois da encarnação,
quando foi gerado em um corpo humano. A Bíbliafala
da importância do conhecimento da divindade no
que diz respeito à sua personalidade. Cada um tem a
sua personalidade. O Pai é uma alma, o Filho é uma
alma e o Espírito Santo é uma alma; logo, todos têm
uma alma, uma personalidade. A Bíblia diz “a minha
alma não terá prazer nele”.Jesus disse “a minha alma
está triste até a morte”. A Bíblia fala da importância
do conhecimento da divindade em relação à sua
encarnação. A encarnação do Filho era fundamental.
Foi um acordo entre o Senhor com o Senhor (SI 110:1).
Em Hebreus vemos como combinaram isto: “Eu te
serei por Pai e tu me serás para mim, Filho”. Isto quer
dizer que eles não se relacionavam como Pai e Filho na
eternidade, antes daencarnação, porque Jesus, como
Deus, nunca teve princípio de dias. Ele não é Filho de
Deus porque algum dia, no passado, Deus teve um Filho,
mas porque combinaram entre eles, como um só Senhor,
que um deles se encarnaria, e a este o Senhorjeová
chamaria Filho, pois seria gerado pelo Espírito Santo
de Deus. ABíblia fala da importância do conhecimento
da divindade em relação à sua manifestação. Eles são
três almas, não são três manifestações de Deus. Isto é, o
Filho não é uma manifestação de Deus, nem o Pai é uma
manifestação de Deus e, por conseguinte, o Espírito
1:34
Santo não é uma manifestação de Deus. São três pessoas
e não três manifestações. A falta de compreensão do
corpo único de Deus, o corpo de Cristo, leva as pessoas
a não compreenderem a divindade claramente. Alguns
perguntam: “se são três almas, por que não são três
deuses?” São três almas individuais, e não são três
deuses, porque uma delas, o Espírito Santo, fazentre
elas o elo de unidade, de tal maneira que as três pessoas
jamais se revelam individualmente. Isto quer dizer que
o Espírito Santo faz com que a presença do Pai e do Filho V J
sejam obrigatórias por causa do vínculo da unidade
que é executada pelo próprio Espírito Santo (Ef 4:1 -4).
Por isso que Jesus disse “quem vê a mim vê ao Pai”. Se
eles se revelassem, individualmente, sem o vínculo da | nrm(
unidade seriam três deuses. Mas não se revelam sem o
vínculo da unidade, que é o Espírito Santo. A Bíblia fala da
importância do conhecimento da divindade em relação í J
à sua identificação. Antes do reino milenar de Cristo, o
Pai será visto à esquerda do Filho e o Filho à direita do
ç />
Pai. Mas depois o Filho assumirá o trono do Pai e a Igreja
assumirá o trono do Filho (Ap 3:21). A identificação da
divindade será feita naeternidade, pelo Filho, pois foi
do agrado doPaiquenele habitasse toda a plenitude
da divindade. ABíblia fala da importância do corpo.
O corpo é o grande segredo de tudo, pois nesse corpo
Satanás foi vencido: “Eis-me aqui, ó Deus, para fazer a
tua vontade”. Um corpo foi preparado para o Filho e ele
veio e se encarnou (Hb 10:5). Ele nunca foi conhecido na
eternidade passada (Jo 1:18). Quando lemos o registro
de que ele “seria chamado Filho do Altíssimo” vemos
a concordância com a sua encarnação profetizada no
Salmo 22:10.0 texto de Salmo nos mostra que ele passou
a ser chamado Filho de Deus desde o ventre de sua mãe
Lucas 1:32: Este será grande, e será chama­
do Filho do Altíssimo; e o Senhorjeová lhe b n a f
dará o trono de Davi, seu pai; (MtS:7; Mc5:7; a
Is 9:ó, 7;Jr23:5;Ap3:7j
A casa de Jacó terá um rei definitivo e para sempre.
Ele tinha uma promessa: Receberia o direito de dar v />
continuidade ao reino de Davi, seu pai. Asua fé na
promessa do reino terreno seria provada na ocasião da
tentação, quando Satanás lhe ofereceria todos os reinos
do mundo. Sendo da descendência de Davi, não por meio
de Salomão, mas por meio de Natã, ele tem direito ao
trono, porque a descendência de Salomão, porjeconias,
foi amaldiçoada (Jr 22:30), e terminou emjosé, o qual foi (/)
privado de ter filhos biológicos. Vindo por Natã, filho de
Maria, ele tem direito a restaurar o reino a Davi, seu pai j-H
Lucas 1:33: e reinará para sempre na casa
de Jacó, e o seu Reino não terá fim”. /Dn7:i4;
2:44; 7:14,27;Mt28:18; Hb 1:8)
A sinceridade de Maria não se assemelhou à
incredulidade de Zacarias. Ela era desposada de José,
mas ainda não havia sido recebida em sua casa
Lucas 1:34: Então, disse Maria ao anjo:
“Como acontecerá isto, pois não conheço L J
varão algum?” >
Ç/j
1:34 LUCAS
A filiação de Deus em Cristo seria oficializada a partir da
sua encarnação: Devemos observar o tempo do verbo.
Deus é Pai dojesus humano, através do Espírito Santo. A
semente de Deus foi introduzida no óvulo de Maria (Gn
3:15), sem a intervenção dejosé, não porque José era
pecador, mas porquejesusjá era uma alma coexistente.
Depois da encarnação de Cristo e da sua ressurreição
dentre os mortos, da qual levantou-se para nunca mais
morrer, regressou até a glória do Pai levando consigo
uma herança imortal e glorificada, que era o corpo
físico (Lc24). Deus, ao criaro homem, o criou espirito,
alma e corpo; o corpo físico era algo que ele mesmo não
possuía. Deus era Espírito e a sua alma era espiritual, não
palpável. As partes imateriais, até hoje, têm a capacidade
de compartilhar o mesmo espaço (o corpo) ao mesmo
tempo, sem perder a sua identidade. Por isso, em apenas
uma pessoa, podem haver muitos demônios (até mesmo
uma legião com milhares de demônios) sem nenhum
deles perdera identidade. Por outro lado, na essência
da Divindade infinita, que é constituída por três pessoas
eternas, isto é, portrês almas conseqüentemente, não
existe problemas de espaço, pois são um em Espírito,
mesmo sendo três Almas eternas. Estas almas ocupam
o mesmo espaço da essência espiritual, sem perder
a identidade. Quanto mais, agora, no corpo do Filho.
Quando Deus criou o homem, algo novo foi introduzido
na criação. Os animais criados, infinitamente menores
que os homens, tinham corpo e fôlego de vida (alma
animal irracional e finita). Quando o homem foi criado,
ele recebeu um corpo mortal, além da alma vivente
imortal e um espírito humano. Um Deus tricótomo
criou um homem tricótomo (tripartido). O objetivo
de criá-lo assim era para que ele pudesse habitar no
homem. Na verdade os anjos não possuem corpos físicos.
Não podem, desta forma, comandar o mundo físico,
legalmente. Não são vistos e nem notados neste mundo.
Isto é uma humilhação para eles, principalmente para
Satanás, que é um querubim caído. Por isso, os animais,
que não possuem espírito imortal e nem alma imortal,
seriam uma alternativa de possessão. Assim como os
homens usam muito pouco o espírito, os anjos usam
muito pouco sua alma. Mas, em relação aos animais,
que não possuem almas racionais, Satanás, através
deles, não poderia dominar o cosmos. Até hoje, o corpo
humano é o centro da cobiça de Satanás. Isto não quer
dizer que Satanás não podepossuirocorpodeumanimal
irracional, mas é notório que ele, através de um animal,
não poderá dominar o mundo físico, visto que este poder
foi dado ao homem. Quando Deus criou o homem com
o corpo físico, já conhecia as armadilhas de Satanás. O
Cordeiro de Deus já havia sido morto desde a fundação
do mundo. Por isso, o homem foi criado um pouco menor
que os anjos de Deus. Os anjos foram criados imortais,
já imortalizados. Com isto, compreendemos que eles
vieram a existir como se tivessem comido da Arvore da
Vida. Isto era uma desvantagem em relação aos homens,
ainda que eles fossem superiores aos homens em força e
em poder. Os homens foram criados inferiores aos anjos,
isto é, não imortais. Com aÁrvore da Vida longe deles,
possuíam corpos físicos mortais e almas imortais. Aqui
está o mistério. Satanás não esperava por esta realidade.
Assim, Deus criou o homem mesmo sabendo que este
178
1:34
iria pecar. Assim, ele foi feito um pouco menor que os
anjos. Com o pecado, por causa do Cordeiro que já havia
sido morto no plano eterno de Deus, os homens tinham
o privilégio de escolher entre o bem e o mal. Satanás,
não sabendo disso, cobiça o corpo do homem, entra em
cena e consegue uma triste vitória. No corpo do homem,
desde os dias de Ninrode, ele iniciou o seu domínio a
fim de chegar ao cosmos; coma queda do homem, os
reinos do mundo e seu domínio foram ilegalmente
entregues a ele (Lv25:45-47). Antes de o homem comer
do fruto da Árvore da Vida, Deus o tirou do jardim onde
colocou querubins guardiões. Ele fez isto para dar início
ao processo de redenção. Porque se o homem comesse
daquele fruto, se tornaria como um anjo caído, isto é,
um pecador eternamente. Com a impossibilidade de
entrar no jardim do Éden e de comer da Árvore da Vida, o
homem continuou imortal como alma, mas vivendo em
um corpo físico que, gradualmente, começou a morrer.
Com o ato da encarnação de Cristo, o Pai depositou a sua
única possibilidade de redimir o homem e habitar nele.
Assim, através da vinda do Verbo em um corpo humano,
Deus se torna tricótomo, através do corpo dejesus. Com
o homem caído, ele completa o plano redentor e eleva o
homem a uma posição muito maior do que os anjos (Ef
2:6), ao lado de Deus. É a estratégia de Deus, investir para
poder retomar, morrer para viver eternamente, descer
para poder subir. Com o corpo de Cristo ressurreto, o
homem é elevado a uma posição gloriosa e ganha poder
acima de todo principado e potestade. Finalmente,
Deus assume o corpo. O plano foi cumprido através da
encarnação e da ressurreição de Cristo. Agora podemos
dizer que o nosso Deus é Espírito, al ma e corpo. Ele
começou por último, e terminou primeiro (Cl 1:26-
27;2:9-10;Jo 14:13;Cl l:15).OcorpodeCristofoi
criado, mas a alma de Cristo nunca jamais foi criada. Ela
foi planejada antes da fundação do mundo (Gn 1:26).
Em Hebreus 10:5, a Bíblia diz que Deus preparou um
corpo para o Filho. Agora, entre as três pessoas, somente
o Filho tem corpo. O Pai espera para habitar no corpo
do Filho (1 Co 15:26-28), quando acontecerá o “tudo
em todos” (Cl 1:15). Ele é a cabeça de todo o corpo (Cl
1:18-19). O corpo de Cristo é a sua esposa, a Igreja. Nele
habita a plenitude da divindade (Cl 1:19). O Senhor Deus
desejou que fosse assim (Cl 2:9-10) e que nele fossem
reconciliadas todas as coisas no céu e na terra (Ef 1:10;
Cl 1:20). No corpo de Cristo se reunirá toda a Divindade.
Mas quem nós veremos, eternamente, será o Filho,
porque é no seu corpo que todos habitarão para sempre.
Quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então ele
mesmo, o Filho, se sujeitará ao Pai. O mistério do homem
ao ser criado um pouco menor do que os anjos (SI 8) inclui
a mortalidade, pois não tinha a vida eterna dentro de si
mesmo. Ainda no Éden, o homem receberia a vida eterna
a se decidisse comer do fruto da Árvore da Vida. Mas
como o homem foi criado mortal, o seu espírito humano
estava livre para ser habitado pelo Espírito Santo,
propiciando assim o seu resgate. O fato de o homem
ter sido feito menor do que os anjos foi uma bênção. E,
através da encarnação de Cristo, o Senhor Jesus tomou
a natureza humana e a elevou a uma posição eterna e
gloriosa. Quando o Espírito Santo desce sobre uma vida
pode gerar grandes frutos
1:35
Lucas 1:35: E o anjo lhe respondeu, di­
zendo: “Descerá sobre ti o Espírito Santo,
e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a
sua sombra; por isso, o Santo que de ti há de
nascer será chamado Filho de Deus. (Lc i:32;
Mc l:24;Mt4:3)
Conceber na velhice como a palmeira. Conceber na velhice
como Sara; assim são todos os ventres que se dispõem a um
milagre de Deus e jamais perdem a esperança
Lucas 1:36: E eis que Elizabete, tua paren-
ta, concebeu um filho em sua velhice; e é
este o sexto mês para aquela que foi chama­
da estéril;
Todos os nascidos frutos da impossibilidade, como
Isaque, Sansão, Samuel e João, apregoam que para Deus
nada é impossível. E todos os frutos da impossibilidade
nascem para transformar o seu mundo ao redor. Nada é
impossível para Deus, nem no mundo dos homens nem
em Seu mundo
Lucas 1:37: porque para Deus nada será
impossível”. /Lc 18:27; Mc 10:27; Cn 18:14;Jr32:17;
M tl 9:26;Rm4:2 II
Todas as mulheres que entregam o seu ventre para Deus
recebem o privilégio de gerar grandes homens para a
sua nação. Ela recebeu a semente de Deus sem reservas.
Somente o Espírito San to permanece conosco; anjos vêm
evão
Lucas 1:38: Então disse Maria: “Eis aqui a
serva do Senhor Jeová; cumpra-se em mim
conforme a tua palavra”. E o anjo ausentou-
se da sua presença.
A missão da mulher que tinha a Palavra no seu ser e
na sua boca. Ao visitar Elizabete ela lhe transmitiria
o Espírito Santo com tão grande poder que o impacto
ocorreu no seu ventre. Há algumas obras que devemos
fazer rapidamente
Lucas 1:39: E, naqueles dias, levantando-
se Maria, foi apressadamente às montanhas,
a uma cidade de Judá, iu uos)
A saudação de Maria era necessária. Aquilo que seu
marido sacerdote não pôde fazer, ela deveria fazê-lo.
Observar o poder da saudação profética na vida de uma
pessoa que vive em completo silêncio ministerial
Lucas 1:40: E entrou em casa de Zacarias,
e saudou a Elizabete.
O encontro com Maria: Porque Maria estava cheia do
Espírito Santo e dejesus, apalavra dita através dela tinha
poder. Elizabete sentiu o impacto da palavra revelada. Os
sinais de Zacarias, o sacerdote incrédulo, não fizeram o
mesmo efeito na vida de sua esposa, ainda que tivesse o
conhecimento de toda a revelação. Havia uma unção na
Lucas 1:43
palavra revelada, na palavra dita; havia demonstração
de Espírito e de poder na palavra comunicada sem
persuasão humana, como disse Paulo. Poresta razão que
o encontro entre Elizabete e Maria foi tão significativo e
gerou resultados práticos. Elizabete ejoão foram cheios
do Espírito Santo. Sua mãe e o bebê João foram cheios
do Espírito Santo; a pequena criatura já experimentou o
poder do Espírito Santo desde o ventre de suamãe: Saltou
ucas
no seu ventre como sinal do recebimento do Espírito Santo
Lucas 1:41: E aconteceu que, quando Eli­
zabete ouviu a saudação de Maria, a criança
saltou no seu ventre; e Elizabete foi cheia do
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
Espírito Santo. ílc i .-ó7j
Quem recebe poder de Deus profetiza. Quem é cheio
do Espírito Santo quebra o silêncio. Quem é cheio do
Espírito Santo se comunica. Quem disse para Elizabete
o que estava acontecendo? Quem avisou a Elizabete que
Maria estava grávida de alguns dias?
Lucas 1:42: E excla m o u com grande
v o z, e disse: “Bendita és tu entre as m u­
lheres, e bendito o fruto do teu ventre. uzS:24;
\ Lc 11:27,281
O Espírito Santo foi manifestado emjoão Batista na mesma
medida e dimensão que esteve nos profetas, porque
durante o ministério dejesus o Espírito Santo estava em
plenitude com Ele. Ele foi manifestado em plenitude
sobre Cristo, como homem, porque Jesus tinha o mesmo
direito que têm todos aqueles que são nascidos do Espírito.
José não teve participação nem com o seu sangue e nem
com asua vontade, nonascimento dejesus; tudo foi obra
do Espírito Santo. Isso aconteceu porque Jesus tinha o
Espírito Santo nele e não sobre ele, como foi no caso de
Zacarias e outros profetas. Depois do batismo nas águas,
Jesus recebeu o sinal para começar o seu ministério
intensivo (Jo5:19).0 Espírito estava em Jesus. Depois
foi dada a promessa de que o Espírito estaria nos seus
discípulos e não sobre eles, mas isto não seria possível
sem que ocorresse primeiro a glorificação do Filho (Jo
7:39). Não aparece a palavra IHWH nos textos originais
em Hebraico, mas Adonai. É diferença que somente
Pedro mostra em Atos 2:34,36. (Ler comentário em Atos).
“Adonai” era a palavra usada para revelar o senhorio de
Cristo encarnado, e “Jeová” revelava o seu senhorio como
Deus. Elizabete disse a palavra correta, ao referir-se a
Cristo encarnado no ventre de Maria
Lucas 1:43: Como se me concebeu isto a
mim, que a mãe do meu Senhor ( “A don ai”)
venha visitar-me? (Lc2-.ui
A palavra revelada e dita é uma operação do Espírito
sobre a palavra escrita, quando falada no nome dejesus,
corporalmente, e com fé. Somente a palavra revelada
produz resultados completos. João, depois de muitos
dias, já em seu ministério, pôde conhecer a Cristo, o
que batizava com Espírito e com Fogo, porque o seu
subconsciente havia guardado o tom desta palavra que foi
tão rara nos seus dias. Ele se lembrou que a havia escutado
179
1:44
quando ainda estava no ventre de sua mãe, e então disse:
“Eis aí o Cordeiro! Ele vos batizará com Espírito e com
fogo. Mas, porque o reconheceu? Ele já havia tido a sua
experiência na própria carne. Ele conhecia o que estava
falando. Ele não falava porsinal, mas com experiência. Isto
é o que Deus espera de cada um de seus ministros. Falar
com experiência própria. A saudação de Maria quebrou o
seu silêncio e trouxe revelação
Lucas 1:44: Pois eis que, ao chegar aos
meus ouvidos a voz da tua saudação, a crian­
ça saltou de alegria no meu ventre.
Quem creu? Quem era bem-aventurada?
A quem se referia? Ela estava mostrando
a diferença entre Zacarias e Maria
Lucas 1:45: Bem-aventurada a que creu,
pois as coisas que lhe foram ditas da parte do
Senhor hão de cumprir-se”.
Maria revela que sua alma está agradecida e cheia de
louvor ao seu Senhor
Lucas 1:46: Então disse Maria: “A minha
alma ( “n e p h e sh ”) engrandece ao Senhor
Jeová, /ISm2:1-10;SI34:2,3)
Maria revela que seu espírito humano está alegre com
Deus - uma alusão ao Pai, e com o seu Salvador-uma
alusão a Cristo que estava no seu ventre: “meujesus”,
isto é “Ieshuai”
Lucas 1:47: e o m eu espírito se alegra em
Deus ( “E l o í meu Salvador ( “Ieshuai”);
(SI35.-Ç1 Tm I:l;2:3; Tt2:10;Jd25)
Maria revela que é pecadora como todos os homens. Mas
se considera bem-aventurada por que a sua semente, a
semente da mulher, foi escolhida para gerar o Filho do
homem - por todas as gerações (Lc2:27)
Lucas 1:48: porque atentou na baixeza de
sua serva; pois eis que desde agora todas as
gerações me chamarão bem-aventurada,
(Lc 11:27; Sl 138:6;
Sua geração, sem intervenção da vontade da carne e
do sangue, nem da vontade do varão, foi um grande
feito de Deus, pois a alma dejesus já coexistia desde a
eternidade; não porque José tivesse pecado e Maria fosse
imaculada, sem pecado; pois todos pecaram (Rm 3:23).
Mas ela mostraa sua grande humildade em confessara
grandeza de Deus sobre a sua vida (Jo 1:18). Ela confessa
o santo Nome de Deus
Lucas 1:49: porque m e fez grandes
coisas o Todo-Poderoso; e santo é o seu
N O m e . (S171:19;111:9)
A sua misericórdia vem procurando um útero para gerar
o seu Filho, enfim, a encontrou
Lucas 1:50: E a sua misericórdia é de gera­
LUCAS 1:55
ção em geração sobre todos aqueles que o
tem em , fsi 103:17/
O que pensavam estes soberbos? O seu braço é uma
alusão àpessoado Espírito Santo resistindo contra os
soberbos que se levantaram contra as circunstâncias
favoráveis ao nascimento do Messias - por sua geração
e por sua História-desde Abel, Enos, Enoque, Abraão
(com a intervenção de Agar), de Jacó, com a intervenção
de Esaú, dejudá, com a intervenção de Perez, deixando
de lado Zera; de Faraó contra Levi, por causa da morte
dos meninos que eram lançados no rio; do pecado de
Ruben, que cometeu impurezas com a sua madrasta;
dejessé, que cometeu adultério, de onde nasceu Davi;
de Davi, que através de Beteseba gerou a Salomão,
cuja descendência foi corrompida; dejeroboão, ao
contaminar o povo de Israel com o culto ao bezerro
de ouro; de Senaqueribe, que pensou em invadirjudá
para destruir a descendência real; de todos aqueles que
quiseram consciente ou inconscientemente evitar a
vinda do Messias - perderam, falharam!
Lucas 1: 5 1: E com o seu braço agiu com
valentia; dissipou os soberbos no pensa­
mento de SeUS COraÇÕeS. (Si 98:1; Is 51:9; 52:10;
40:10;Sl33:10; Hb4:12; 1Pe5:5)
Todos os filhos de Salomão foram rejeitados, mas todos
os filhos de Natã foram exaltados. Davi teve quatro
filhos em Jerusalém, de Beteseba; desses surgiram duas
sementes: (1) Por meio de Salomão, vieram os reis de
Judá que terminaram em grande frustração, em Jeconias,
linhagem dejosé; (2) mas por meio de Natã, de Eli, pai de
Maria, veio Cristo, sem intermediários, sem frustrações
(1 Cr3:5;Jr 22:30). Entre Natã, filho de Davi e Eli, avô de
Jesus, não houve nenhum rei. Logo, Jesus é descendente
direto do trono de Davi por Natã
Lucas 1:52: Depôs os poderosos dos tro­
nos, e ergueu os humildes. 1105:11)
Uma profecia do ministério de Cristo - da casa de Pão, em
Belém, e os ricos das cidades reais
Lucas 1:53: Encheu de bens os famintos, e
os ricos despediu vazios. isi34:ioi
Sem a misericórdia, Deus jamais pode lembrar-se do
homem sem executar o seu juízo
Lucas 1:54: Acolheu a Israel, seu servo,
lembrando-se da sua misericórdia, isi9S:3)
Toda oração tem base na Palavra de Deus. A
descendência é a nação, mas a semente é Cristo
Lucas 1:55: como falou aos nossos pais,
em favor de Abraão e de sua semente, para
S e m p r e ” . (Cn 17:19;Sl 132:11; CI3:ló)
Maria não viu o nascimento de João. Ela já estava
grávida de três meses, quando regressou à sua casa;
enfrentou grande vergonha entre os seus, mas ninguém
experimentou tamanha glória como ela
1:56
Lucas 1:56: EMaria ficou com ela quase três
meses, e depois regressou para sua casa.
Um novo tempo nasce para aquela família. O tempo em
que o silêncio de Zacarias seria cumprido. O nascimento
da voz traz de novo o poder da fala de seu pai. Quando a
voz nasce, Zacarias fala novamente. O poder da voz. João
veio trazer comunicação à sua casa
Lucas 1:5 7: E completou-se para Elizabete
o tempo de dar à luz, e lhe nasceu um filho.
Vizinhos e parentes servem para reconhecer a
grandeza de Deus entre nós. Na parábola das cem
ovelhas, das dez drácmas e do filho pródigo temos um
mistério: Se não souberm os nos alegrar com aqueles
que se alegram jamais teremos sucesso em nossos
empreendimentos
Lucas 1:58: E os seus vizinhos e parentes
ouviram que Deus havia usado de grande
misericórdia para com ela, e se regozijaram
com ela. (Cnio.-i <?/
A tentação da desobediência mexe com o nosso brio. Mas
ele abdicou de si mesmo para obedecer a Deus. Sete dias
depois da vida natural, e o oitavo dia para dar início à vida
espiritual, em novo tempo. A circuncisão fala do fim de
uma semana e o início da semana com a ressurreição de
Cristo. Logo, João estava experimentando a ressurreição
de Cristo na sua circuncisão
Lucas 1:59: E aconteceu que, ao oitavo dia,
vieram para circuncidar o menino, e lhe cha­
mavam pelo nome de seu pai, Zacarias ( “o
Senhor se lembra ”). (Lc2:2i; cn i7.-i2;Lvi2:3)
A sua mãe não lhe escolheu o nome. Ela creu no seu
marido, mesmo que ele estivesse em disciplina. Zacarias
quer dizerjeová se lembra; ele não queria quejeová se
lembrasse de nada a seu respeito. Ele queria “a graça e o
favor do Senhor”, pois João era a inauguração da graça de
Deus para o seu povo
Lucas 1:60: E, respondendo sua mãe, dis­
se: “Não, porémseráchamadojoão ( “graça
d e Jeová”) ”.
Ele escolheu a honra do Senhor e a sua graça; graça que
fazia com que ele esquecera a sua incredulidade, sim a
graça que vencia toda a culpa. João era o nascimento da
Dispensação da Graça de Deus (Ef 3:2)
Lucas 1:61: Então lhe disseram: “Porquê?
Ninguém há na tua parentela que se chame
por este nom e”.
Zacarias tinha toda a revelação, mas não podia falar
dela. Vemos nove Boas-Novas ditas pelo anjo, mas
ele não podia dizê-las, a não ser por sinais. Os sinais
não transmitem o mesmo poder e nem a mesma
demonstração do Espírito que vêm pela palavra
comunicada. Ele sabia tudo a respeito da vinda de João
e dos benefícios do Reino que, através dele, seriam
Lucas 1:66
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
conhecidos, mas não havia unção para convencer
os ouvintes; porque a fé viria som ente pelo ouvir a
Palavra de Deus
Lucas 1:62: E falavam por meio de acenos
com seu pai, perguntando-lhe como queria
que lhe chamassem. (Lci:2 2 )
O povo esperava que falasse, mas somente podia usar
sinais. Quantos ministros estão falando por sinais e, por
isso, não há resultados práticos, porque a palavra dita
gera liberdade. Nunca permita que os sinais tomem lugar
da Palavra comunicada por meio do teu ministério
Lucas 1:63: E, pedindo ele uma tabuinha,
escreveu, dizendo: “O seu nome é João”. E
todos se maravilharam. (L cu i3 )
A palavra escrita e a dita: Deus sabia que Elizabete
jamais seria cheia do Espirito Santo se não ouvisse a
palavra dita. Por isso, ele enviou Maria até sua casa.
Maria estava cheia do Espírito Santo e de Jesus. Maria
estava cheia, não som ente do Espírito Santo, mas da
plenitude de Jesus Cristo, nosso Senhor. Aqui está
o peso da palavra revelada, da palavra dita: quando
falamos a palavra de Deus cheios do Espírito Santo,
respaldado pela palavra revelada, o qual também
reside em nós, os resultados são maravilhosos! Aqui
vemos a obra da Palavra de Deus dita, falada em nosso
coração. A palavra revelada é guardada em nosso
coração, mas a palavra escrita pode ser guardada
apenas na nossa mente. Esta é a diferença entre a
palavra dita e a palavra escrita. Ambas produzem
resultados, mas uma é mais poderosa do que a outra. A
chegada da Graça do Senhor solta a língua do homem
Lucas 1:64: E instantaneamente a sua boca
se abriu, e a sua língua se soltou; e falava,
bendizendo a Deus. \u mo)
A força do Evangelho é a divulgação e a força da
divulgação do Evangelho são os sinais
Lucas 1:65: E caiu temor sobre todos os
seus vizinhos ao redor, e em todas as m on­
tanhas da Judéia foram divulgadas todas
estas coisas.
A projeção profética feita sobre os m eninos que
geram sinais é vista naturalmente. Por meio destes
m eninos, a esperança das pessoas sofridas aguarda
respostas e um futuro melhor. Meninos com destino
profético mudam o curso da fé de um povo. Este
menino seria o precursor do Messias! Quando Deus
quer mudar a História, ele faz nascer um menino
Lucas 1:66: Etodos os que as ouviam as guar­
davam em seus corações, dizendo: “Quem
será, pois, este menino?” E a mão do Senhor
estava com ele. (Lc2:19,Sl;Gn3<):2;At 11:21)
O primeiro a receber a revelação, oúltim oaser cheio do
Espírito Santo. Somente quando a sua língua soltou, pôde
1:67 Lucas
profetizar e louvar. O esposo foi cheio do Espírito Santo
depois de sua esposa
Lucas 1:67: E Zacarias, seu pai, foi cheio
do Espírito Santo, e profetizou, dizendo:
ÍLc 1:4 l;JI2:28j
Zacarias entendia a respeito da poderosa redenção
registrada em Levítico 25:45. Sabia que estava próxima a
redenção de Israel. Ele profetizou da encarnação de Cristo
Lucas 1:68: “Bendito o Senhor Jeová, Deus
de Israel, porque visitou o seu povo e operou
asua redenção, fS l7 2 :I8 ;lll:9 ;L c 7 :!ò )
Agora ele está profetizando como Elizabete, a respeito
do menino que estava no ventre de Maria. Quando houve
liberdade na sua língua, houve mudanças na sua vida e
na sua casa. O termo ponta equivale a chifre do altar de
sacrifício, que significa lugar de refúgio e de socorro,
de defesa (SI 43:6; 74:6; 131:17; 148:14), quetambém
significa glória, força e reino, e o mesmo Rei Jesus (SI
131:17), comotambémaraizdeJessé(Is 11:1)
Lucas 1:69: e nos levantou uma ponta de
salvação ( “chifre d e salvação”) na casa de
Davi, seuservo. ÍSU 8:2;8 9:17; 132:17;Hz29:2 1;
Ele sabia a importância de falar pela voz profética. Em
Gênesis: Ele é o Cordeiro Imolado desde a fundação
do mundo para expiar Adão e vesti-lo de justiça, afim
de enfrentar o mundo fora do Éden com aesperança de
regressar. É a semente da mulher que trava uma luta sem
trégua com Satanás. Em Êxodo: Ele é nosso libertador e
maior que o profeta Moisés. Éo Cordeiro que derrama
o Seu sangue para ser aplicado na porta dos corações
de cada um daqueles que crêem, que marca os umbrais
de suas portas para que o anjo da morte não destrua a
primogenitura de sua semente. Em Levítico: Ele é a oferta
completa de Abraão e o Bode Expiatório que morre e
o bode emissário que vive para levar nossos pecados e
iniqüidades para o deserto e, junto com Ele, nossas dores,
a fim de fazennos ver o fruto de nosso trabalho e ficar
satisfeito. N úmeros: Ele revela que é a Estrela dejacó e o
sumo sacerdote que morre para livrar os justos da Cidade
Refúgio do Hades, é o intransponível peitoral de Juízo de
Arão que o mantêm vivo, mesmo depois de sentenciado à
morte. Deuteronômio: Ele é a nossa vitrine exemplar, pela
qual nosinspira a entrarnaTerra. Éanova geração que,
como renovo, nasce no deserto para possuira herança,
em contradição à antiga geração. EmJosué: É o Cristo
teofãnico que aparece ajosué e diz “agora vim como
capitão dos exércitos do Senhor”. EmJuízes: Éo anjo de
Manoá que respeita a mulher como mensageira de Deus
e autentica diante de seu marido a sua esperança de ter
um filho na esterilidade, confirmando a sua missão. Em
Rute:ÉoDeusde Noemi que atrai os gentios e aquele que
é melhor do que sete. É o parente que vem para remir os
seus familiares, suprindo pelo caminho com as espigas
proféticas da nossa provisão. Em 1 Samuel: Éapedrada
funda de Davi, é o nosso rei perseguido porSaul e coroado
em Jerusalém. É amigo dos profetas e a razão da canção de
Davi. É a semente e a Arca aberta de Deus repousando no
182
1:69
Tabernáculo aberto de Jerusalém, recebendo louvores e
gritos de júbilo. Em 2Samuel:Eleéo Anjo de Araúna que
não aceita dividir a glória com homem orgulhoso algum.
ÉaArcadeDaviqueobtémrepouso.Em I e2Reis:Eleé
o Caminho de Davi e o Rei dos reis; é a Vida graciosa de
Ezequias, o Deus que Senaqueribe não pôde pôrna sua
prateleira, é a resposta ao Falso Profeta Rabsaqué, é a
Palavra quejosias descobre noTemplo. Em 1 e2Crônicas:
Ele é o nome que está no nome de Salomão, é a Sabedoria
que o influenciou, e que surpreendeu a rainha de Sabá. É
oTemplo de Salomão na sua glória. Em Esdras: É o grito
dos jovens humildes que o vêem como o templo pobre de
pedra, mas que o cercam de júbilo por causa da esperança
da nova casa, cujos fundamentos são lançados na graça.
É o motivo de vergonha dos anciãos que viram a primeira
casa, mas não creram na glória da segunda. Em Neemias:
É a resposta de nossas tristezas, é o Rei que nos observa
e nos pergunta se nos falta algo, que nos confia ouro e
prata para reerguermos nossos muros e nossos sonhos.
Éo que ouve nossa oração e cancela a maldição advinda
pelos pecados de nossos antepassados. Em Ester: É o
nosso Assuero que observa os movimentos corruptos de
Hamã no mundo, que sela o segundo decreto de defesa; é
o nosso novo decreto que nos autoriza a defender nossos
direitos na terra dos nossos inimigos. EmJó: É o Cristo de
Jó, é a santificação de seus filhos. Éo sacrifício perfeito
que o alcança e a seus amigos. É o doador de nossos bens
e a recompensa dobrada daquele que o adora na hora da
blasfêmia. Éaquele que por um tempo se revela de ouvido,
mas que algum dia se revela cara-a-cara, e nossos olhos
o contemplarão. Em Salmos: É o Senhor que reina entre
as nações, é o Servo do Ungido que é salvo pelo Senhor, é
aquele que se assenta à sua direita, é a destra do Altíssimo
que não deixa marcas; é a mão de Deus que transporta
o seu povo pelo deserto; é o Filho do homem, é aÁrvore
justa, cujas folhas não caem, é abatido, perseguido e
exaltado, que entra na cidade gloriosa como Rei da Glória.
Quem é este Rei da Glória? É o Senhor dos exércitos. É o
Senhor forte e poderoso na guerra, é a voz de Deus que
faz pariras prenhas. É o esconderijo do Altíssimo, é a sua
habitação. É o que dá ordem a teu respeito, é o alto refúgio
onde somos postos.Em Provérbios: É asabedoria que
se pode encarnar. Éasabedoria que clama nos altos dos
muros e que sai pelos valados, é a resposta correta para
o homem sem caráter. É a resposta ao tolo e a inspiração
da mulher virtuosa. Em Eclesiastes: É o Criador que
todo jovem deve honrar e lembrar, é o Pão que lançamos
sobre as águas, é o guardião de nossos pés, asemente que
produz, se semeada de manhã, ou se semeada à tarde. Sem
Ele a conclusão é obvia, tudo é vaidade. Em Cantares: Éo
Valente dos sessenta valentes, é o palanquim de ouro, é a
macieira que dá sombra e inspira confiança, é avinha que
produz mil talentos de prata. Éa nossa sala do banquete e
a nossa bandeira, é o lírio dos vales e a rosa de Saron. Em
Isaías: É o menino que nos nasceu, é o homem de cinco
nomes de glória, é o rejeitado, sem aparência, de quem
viramos o rosto, é o servo glorioso que toma o nosso lugar
nas dores, na vida e na morte; é o Cristo satisfeito pelo
seu trabalho; é o Cristo que não pode contar sua geração.
É o renovo de justiça que merece o nome Maravilhoso,
Conselheiro, Deus forte, Pai eterno e Príncipe da paz. Em
Jeremias: É o renovo que sai da terra seca, é a palavra que
1:70
passa pelo fogo e triunfa; é a profecia que é doce no paladar
e amarga no ventre. É afidelidade dos recabitas. Em
Lamentações: É o Messias, o varão de dores que lamenta
nos muros de nossas desobediências, mas que bebe o
cálice que passaporele. Em Ezequiel: Éa razão do mover
do trono, são os olhos que se espalham pelos querubins. É
o Rei que há de vir, é o renovo de Davi. É o Senhor que pisa
o monte das Olivei ras e abre o rio de águas vivas da cidade
santa.Em Daniel: É a pedra que fere os pés dos poderes dos
gentios. Éo Cristo glorioso vestido de bronze refulgente;
é o que toca Daniel e lhe transmite força para estar de pé.
Em Oséias: É esposo fiel que prepara e espera Sua esposa.
EmJoel: É o motivo de glória e Senhorde seu exército. Éo
batizador com Espírito Santo. Em Amós: É o Deus de Israel
que revela o seu segredo aos seus servos. Em Obadias: É
o Senhor em Seu reino eterno. Emjonas: Éa salvação de
Jonas, a vida de sua mensagem. Éo caminho de volta para a
sua missão. É o vento que sopra quando desobedecemos.
A sorte que nos denunciaafazersua obra, são as algas que
nos tornam indigestos para o inimigo. Em Miquéias: Éo
Deus pelo qual andaremos para sempre e o belemita que
anuncia Boas-Novas. Em Naum: É o portadorde Boas-
Novas. Em Habacuque: É o Senhor no seu santo Templo
e o vencedor do Assírio, o Anticristo. Em Sofonias: Éo
verdadeiro sacrifício que o Anticristo jamais cortará. É
o consolo dos ministros do altar. Éo remanescente que
é salvo no deserto. Em Ageu: É o templo humilhado de
Zorobabel e aquele que é maior do que a primeira casa, e é
a glória da segunda. Em Zacarias: É o profeta, o sacerdote
e o Rei coroado emjosué, o sumo sacerdote dos bens
futuros. Em Malaquias: O sol dajustiça que nasce nos dias
de luto. Éo Deus da fidelidade familiar
Lucas 1:70: Como falou pela boca dos seus
santos profetas, desde o princípio do mun­
do; Jr23:5; Dn 9:24; A t3:21; Rm 1:2; Mq 7:20; SI 105:8,9;
106:45; Ez 16:60)
Ele profetiza dalibertação do poder dos inimigos de
Israel: inimigos políticos e espirituais
Lucas 1:71: para nos salvar dos nossos ini­
migos, e da mão de todos os que nos aborre­
cem; (Gn3:15)
Ele profetiza da misericórdia prometida aos pais e das
promessas do seu Pacto. Os profetas escreveram que o
Messias teria duas naturezas: A natureza humana (Gn
3:15; Is 7:14; Gn22:18; SI 39:7; Dn 7:13); e a divina (S12;
SI 45; SI 109; ls 9:6;Jr 23:5; Mq 5:2; Ml 3:1); que Ele seria
o Profeta Maior (Dt 18:18); Rei (Gn 49:10; 2 Sm 7:13; 1Cr
17:12-13; S12:6; SI 131:11; Ez 37:24; Dn 7:13-14); e Sumo
Sacerdote (SI 109; Zcó: 11); Ungido porDeus (o Pai) para
esses deveres (SI 2; SI 44:8; Is 42; Is 61:1 -4; Dn 9:24-27);
e seria Pastor (Ez34:23-24; 37:24; Mq 5:3). Os profetas
predisseram a atuação do Messias: Derrotar a Satanás
e seus poderes (Gn 3:15); redimiras pessoas dos seus
pecados e curar suas enfermidades físicas e espirituais:
Promover a reconciliação dos homens com Deus; os
profetas predisseram que o Messias santificaria os fiéis;
que estabeleceria um Novo Testamento no lugar do Antigo
Testamento, e que este Testamento seria eterno (SI 40;
Is 35:5-7; 42:1-12; 50:4; 61:1 -3; Zc 3:8-9; Gn 49:10;Jr
Lucas 1:74
23:5-6; 31:34; Ez 36:24-27; Dn9:24-27; Zc 6:12; 13:1; Is
42:9; 55:3; 59:20-21; Dn 9:24-27;Jr31:31). Os profetas
predisseram que as nações se renderiam ao Reino do
Messias; eles falaram da propagação da fé, iniciando
em Jerusalém (Is 2:2); que suas benções espirituais se
estenderiam portoda a humanidade; e que seus fiéis
teriam satisfação espiritual (Is 12:3); que Ele descenderia
de Abraão (Gn22:8); da tribo dejudá (Gn49:9); da
linhagem do rei Davi (2 Sm 7:13; 1Cr 17:12-13); nasceria
de uma Virgem (Is 7:14); na cidade de Belém (Mq 5:2);
propagaria a Luz Espiritual (Is 9:1 -2); curaria os enfermos
(Is35:5-6); sofreria, seria traspassado, morreria, seria
sepultado em um sepulcro novo, depois ressuscitaria dos
mortos (Gn 49:9-11; SI 41:7-l 0; Is 50:5-7; 53; Zc 12:10; SI
16:9-11); levaria as almas dos justos do Hades (Zc9:11);
que nem todos o reconheceriam como o Messias (Is 6:9).
Outros detalhes proféticos quanto à vinda do Messias
especificamente: SI 71:12; Is 11:1-11; 43:16-28; 49:6;
65:1 -3; Gn22:18; SI 131:11 -12;42:1-12; 54:1 -5; Ez 34:23;
37:24; Am 9:11-12; Ag2:ó-7; Sf3:9; Zc9:9-11). Não o
reconheceriam (Is 6:9); entre outras profecias (Nm 24:17;
Dt 18:18;S12; 93:6-8; 109:1 -4; Is 50:8-9; 65:1 -3)
Lucas 1:72: para tornar efetiva a misericór­
dia prometida a nossos pais, ao lembrar-se de
seusanto Pacto, (suo5:8,9)
Ele profetiza sobre o juramento feito a Abraão (Gn 15).
O tempo da peregrinação no Egito será finalizado com
riquezas: Gênesis 15:13-15: E disse a Abrão: “Saiba
com certeza que a tua semente será peregrina em terra
alheia, e será martirizada na escravidão, e será afligida
por quatrocentos anos. Etambém eu julgarei a nação à
qual hão de servir; e depois sairão livres com grandes
riquezas. Tu, porém, irás em paz a teus pais; em boa
velhice serás sepultado”. A bênção da quarta geração:
Gênesis 15:16: “Na quarta geração, porém, voltarão para
cá; porque a medida da iniqüidade dos amorreus não está
completa”. A presença de Deus no Calvário no momento
da morte de Cristo. O sol se pôs. Gênesis 15:17: “E
quando o sol já estava posto, e era escuro, eis que um
fogo fumegante e uma tocha de fogo passaram por entre
aquelas metades de carne”. Gênesis 15:18: E, naquele
mesmo dia, fez o Senhor Jeová um Pacto com Abrão,
dizendo: “Àtua descendência tenho dado esta terra,
desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates”.
Lucas 1:73: e do juramento que jurou a
Abraão, nosso pai,
Ele está falando da libertação das mãos dos inimigos.
Agora os inimigos eram: o pecado, suas conseqüências
e Satanás. Esta parte refere-se ao Cativeiro do Egito, nos
seus quatrocentos (e trinta) anos, trazendo libertação,
em seguida, em meio a grande riqueza, bem como a
possessão da terra da Promessa
Lucas 1:74: que ele nos concederia liberta­
ção das mãos de nossos inimigos, e o servirí­
amos sem temor, (Hb9:14;ltm6:181
Ele profetizou a respeito do serviço sem temor, em
santidade e em justiça para sempre: Do serviço
sacerdotal da nação inteira
183
1:75
Lucas 1:75: em santidade e em justiça dian­
te dele, todos os dias da nossa vida. (E/4.-24)
A profecia a respeito do menino, na sua apresentação,
pelo seu próprio pai: (1) Como precursor de Cristo,
o Messias. Uma preparação para o grande Rei,
endireitando as veredas para a passagem do grande
Rei, como é comum no mundo. Desfazendo qualquer
obstáculo, qualquer lugar onde os seus olhos possam ter
uma máimpressão de seus trabalhadores e súditos. Esta
preparação não era física, mas espiritual- preparação do
coração para receber o Reino de Deus. Esta preparação
era impossível sem o arrependimento dos pecados. O
destino profético dejoão
Lucas 1:76: E tu, menino, serás chamado
profeta do Altíssimo, porque irás diante da
face do Senhor, para preparar os seus cami­
nhos, !ls40:3;M13:l;4:5;Mt 11:9,101
(2) Pelo batismo de arrependimento, ele começa onde
Moisés terminou ao introduzir Israel na terra de Canaã.
Um anúncio profético da chegada do Parente Remidor
vaticinado em Levítico 25:45-48
Lucas 1:77: para dar conhecimento da sal­
vação ao seu povo, pela remissão de seus
pecados; (Lc3:3; mc i.-4j
Ele fala do sol da justiça, da mesma forma como tem em
mente as palavras do mesmo profeta Malaquias: As taças
descritas no Apocalipse serão derramadas e desfarão
paulatinamente aquilo que foi produzido nos distintos
dias da criação de Deus em Gênesis. Lendo Gênesis 1, e
comparando-o às pragas advindas com o toque das sete
trombetas e do derramar das sete taças, vemos que Deus
estará tocando em cada uma de suas obras da Criação
para restaurá-las de terça em terça parte, não como um
todo, para não destruir a terra, mas para fazê-la nova (Ap
21:1). O fogo e o sangue são agentes dessa restauração
e purificação. Aquilo que o sangue não puder fazer, o
fogo o fará. Por isso, Joel descreveu este dia como dia de
fogo, fumo e terror. Este verso é um pequeno Apocalipse.
Malaquias 4:1: “Pois eis que vem o dia que arderá como
o forno; e todos os soberbos e todos os que cometem
iniquidade serão como a palha; e aquele dia vem e os
abrasará, diz o Senhorjeová dos exércitos, de modo
que não ficará nem raiz nem ramo”. O temor a Deus
(Dt 14:23) nos dará o privilégio de ver a vinda de Cristo
como o sol nascente que traz a salvação consigo. E como
novilhos gordos, livres e soltos no campo da terra, os
santos saltarão de alegria pela vinda do Reino de Deus
sobre a terra. Malaquias 4:2: “Mas para vós que temeis
o meu nome, se levantará o Sol da justiça, trazendo
salvação debaixo de suas asas, e vós saireis alegres,
saltando como os novilhos tenros do cevadouro”. Tanto
a nação de Israel, como a Igreja, e algu mas nações não se
submeterão ao poder do Anticristo e terão o privilégio de
lutar ao lado de Cristo na grande guerra do Armagedon;
Israel pisará os seus inimigos vencidos e a Igreja
esmagará o seu principal inimigo: Satanás (Rm 16:20).
Malaquias 4:3: “E pisareis os iníquos; porque serão como
cinzas debaixo de vossos pés, naquele dia que eu tenho
Lucas 2:2
preparado, diz o Senhor Jeová dos exércitos”. “Estrela
das alturas” é uma referência ao esplendor da luz do
Messias que foi vista pelas reis do Oriente (“anatolê”)
Lucas 1:78: por causa das entranhas da mi­
sericórdia de nosso Deus, com que a Estrela
das alturas nos Visitou; (Nm 24:17; Mt 3:20; Is 4:2;
I 2c3:8;Ó:12j
Ele profetiza a respeito daqueles que estavam na região
dos mortos, o Hades, lugar onde Cristo entraria vitorioso
para dali resgatar os justos, a fim de levá-los à Nova
Jerusalém. O caminho da paz é o vivo caminho que ele
inaugurou na sua m orte- o caminho do Lugar Santíssimo.
É também uma profecia que cumpriu-se historicamente
com avinda dos reis do Oriente que seguiram a Estrela
até chegarem em Nazaré. Quando ele profetizou estas
palavras, os reis do Oriente ainda não haviam chegado.
Nesse tempo, a Estrela estava se manifestando àqueles
reis, anunciando o nascimento do Rei dos reis
Lucas 1:79: para iluminar aqueles que es­
tão assentados em trevas e na sombra da
I morte; a fim de dirigir os nossos pés pelo
caminho da paz”. (/S9:1;M t9-.2;Mc4:16;At26:18)
O sucesso de um ministério é baseado nas suas
experiências anteriores e nos recursos que estão
disponíveis nas suas mãos, mas tudo é válido como
recurso. Seu crescimento e fortaleza no espírito era
notório. O deserto é um bom lugar de preparação de
grandes libertadores. Muitos crescem fisicamente, porém,
ele crescia em tudo. Ele cresceu no lugarem que exerceria
seu ministério, e não conheceu ajesus pessoalmente
Lucas 1:80: E o menino crescia, e se robus­
tecia no Espírito. E esteve nos desertos até o
dia de sua manifestação a Israel. (Lc2:4o,52)
Lucas, capítulo dois (2)
Deus prepara os meios para cumprir seus propósitos.
Ele move reis e remove governos para cumprira sua
Palavra profética. Se Deus tem uma promessa, Ele sabe
como e com quem trabalhar para cumpri-la. Para cumprir
as profecias messiânicas, Ele moveu os governos de
seus dias para promoverem um censo - somente para
conduzir o seu Filho para o lugar do propósito. Belém
era a cidade! Então era para lá que ele estava sendo
conduzido, e ali nasceria. O mesmo acontece com todos
os elementos de seu propósito
Lucas 2:1 : E aconteceu naqueles dias que
saiu um decreto da parte de César Augusto,
a fim de que toda a população da terra fosse
recenseada. (Lc3.-i) ■
Aquele que chamou os pais de Abraão de Padã Arã,
agora, está movendo a sua descendência para o seu lugar
de origem por intermédio de um de seus patrícios
Lucas 2:2: (Este recenseamento primeira-
184
2:3
mente foi feito sendo Quirino governador
da Síria).
Todos devem estar na sua própria cidade para dar-se
início ao processo seletivo de Deus, a fim de cumprir a
sua Palavra. José deveria estar em Belém, embora vivesse
em Nazaré. Em uma cidade dar-se-á início ao propósito
eterno. Se não quisermos regressar para a cidade do
propósito, Deus certamente moverá os reinos, mas nos
conduzirá até lá
Lucas 2:3: E todos iam para serem recense­
ados, cada um na sua própria cidade.
O governador da Síria foi usado para moveras pessoas
aos seus lugares de origem. José foi obediente e entendeu
o propósito. Quantos vivem disfarçando o seu chamado
em Nazaré, mas a sua mais importante geração será
vistaem Belém. Quanto tempo havemos de esperar
para mover-nos? Belém era a cidade de Davi, e o homem
eleito que substitui ria a nação eleita deveria nascer
em Belém. Para assumir o trono de Davi, seu pai, não
bastava ser descendente de Davi, era-lhe necessário
nascerem Belém. Não bastava ser da geração de Davi, era
necessário ser da casa de Davi
Lucas 2:4: Esubiu também José da Galiléia,
da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de
Davi, chamada Belém, porque era da casa e
família de Davi, fISm 16:4;Jo7:42;Lcl:27)
Ela estava grávida e continuava na condição de
desposada. José abdicou de vários de seus direitos. Ele
não teve direito de dar o nom easeu filho. Ele não teve
direito de desfrutar a virgindade de sua esposa. Ele não
teve direito de ser pai natural dejesus. Ele não teve
direito em receber em primeira mão a notícia da geração
de Cristo no ventre de sua esposa. Ele não teve o direito
de transmitir o seu sangue a seu filho. Muitos de seus
direitos foram abdicados. Mas quem teve o privilégio de
vero Filho do homem nascer nos seus braços? Quem teve
o privilégio de carregar nos seus braços, de educar, de
corrigir, de conduzir, de ensinar o Filho de Deus? Muitos
de nossos direitos podem sertirados para darlugarà
vontade soberana de Deus, mas o próprio Deus nos
recompensará com grandes bênçãos
Lucas 2:5: a fim de ser recenseado com
Maria, sua mulher, desposada com ele, que
estava grávida. (Mti.-isj
O salmista Davi nos conta que Maria, desolada, enquanto
José procurava um melhor lugar para eles, deu à luz a
Jesus. À beira de um aborto, ela já o havia encomendado
a Deus (Si 22:10), mas Deus teve misericórdia deles
naquele parto difícil e complicado, quando o próprio
Satanás procurou matar o bebê (Ap 12:3-6)
Lucas 2:6: E aconteceu que, estando eles
ali, se cumpriram os dias em que ela havia de
d a r à lUZ. (Gn49:10;2Sm 7:12-13;MqS:2)
O primogênito deMariaerao Unigénito do Pai
celestial (Jo 3:16). Maria teve outros filhos e continuou
Lucas 2:io
desfrutando de sua vida normal, masjosé somente a
conheceu depois quejesus nasceu. O fato dejesus ter JZj
sido envolvido em panos é a prova da troca que ele fez. F ■
Ele nos envolveu com a sua glória enquanto se envolveu
em panos que representam a perenidade da vida
humana. O Cordeiro de Deus não poderia ter nascido
em outro lugar. Onde nascem os cordeiros?Muitas vezes ;-
consideramos maus aqueles que nos empurram para
o pódio de nossa carreira. Se não há lugar para nós na
estalagem, é porque devemos nascer na manjedoura.
Naqueles dias, a manjedoura era como uma garagem
atual, perto ou dentro da casa principal
Lucas 2:7: E deu à luz a seu filho primogêni­
to, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa
manjedoura, porque não havia lugar para s?
eles na estalagem, m U25)
Os pastores foram, na verdade, as pessoas mais dignas
de sabero que Deus estava fazendo. Eles foram dignos
porque trabalhavam na hora em que poucos trabalham.
Eles mereceram ser avisados porque estavam no seu
campo de trabalho. Eles foram achados dignos de ser
avisados por anjos porque guardavam o seu rebanho
nas vigílias da noite. Quantos pastores estão fora do seu
campo e abandonaram as suas ovelhas no deserto?
Lucas 2:8: E havia pastores naquela mesma
região que estavam no campo, que velavam
e guardavam, durante os turnos da noite, o
(CAS Lucas Lucas Lucas Lucas
seu rebanho.
Aparentemente o anjo estava só, enquanto a glória do
Senhoros cercou. Um troca justa. Panos por glória!
Enquanto Cristo era envolvido com panos, eles foram
cercados com a glória! Alguém pode sentir a glória, mas
o melhor da glória é quando ela nos cerca de resplendor,
quando ela atua como uma proteção. Assim como o povo
saiu do Egito e a glória os cercava de resplendor, assim os
pastores foram envolvidos. O resultado deste cerco de
resplendor não foi o orgulho, mas o temor a Deus
Lucas 2:9: E eis que um anjo do Senhor
veio sobre eles, e a glória do Senhor os cer­
cou de resplendor, e tiveram grande temor.
(Lc 1:11,12;At 5:19)
Otemoréválido,masagoranãoeranecessário.As
Boas-Novas de grande gozo substituiriam o medo de
Deus. Estas Boas-Novas não eram somente deles, não
era uma virtude exclusiva de alguns. Alguns ministros
do Evangelho querem os mistérios do Reino de Deus
somente para si; vedam este privilégio aos membros de
sua congregação, como se fossem os donos das Boas-
Novas. Mas o anjo lhes avisa que as Boas-Novas eram
extensivas a todo o povo
Lucas 2:10: Mas o anjo lhes disse: “Não
temais, porque eis que vos trago Boas-Novas
de grande gozo, que será extensivo a todo o
povo: (Mt 14:27;28:5)
185
2:11
Jerusalém era a cidade do Reino e Belém, a cidade do
nascimento do Rei. O Salvador vem da casa do pão
para reinar na cidade da paz. (Os significados abaixo
traduzidos foram observados no texto Massorético, pois
o texto grego esconde esta revelação). Os nomes Oséias,
Josué e Jesus têm o mesmo significado: Salvador
Lucas 2:11: Que, na cidade de Davi, vos
nasceu hoje o Salvador ( “O séia s”), que é
Cristo ( “M essia s”), o Senhor ( “A d o n a i”).
(Nm l3.16; I 027.20; At 5:31; 13:23; M t 1:16; 16:16; At 10:36;
Fp2:ll ;Jo 4:42; Lc 1:43; A 12:36;
O grande sinal que os pastores testemunharam foi
encontrar o Salvador envolvido em panos. Ele estava
trocando a sua glória por nossos trapos. Este é o grande
sinal do Evangel ho.OCordeirode Deus deveria ser
anunciado a pastores, não a escribas; deveria estar na
manjedoura, não no palácio
Lucas 2:12: E isto vos será por sinal: Acha­
reis o menino envolto em panos, e deitado
numamanjedoura”. <jo i:29i
Um anjo anuncia o Evangelho, depois um coro canta.
A ordem do culto é diferente. A mensagem primeiro,
depois a canção profética. O que diziam?
Lucas 2:13: E, repentinamente, apareceu
com o anjo uma multidão dos exércitos
celestiais, que louvava a Deus, dizendo:
(Dn7:10;Ap5:l II
Quando damos glória a Deus nas alturas - no Trono, na
presença de Cristo-, podemos esperar paz na terra e
no coração dos homens, e boa vontade para realizara
vontade de Deus. Quando Deus recebe glórianas alturas,
ele devolve paz a terra e boa vontade aos homens. Não é a
boa vontade que necessitamos para os nossos negócios?
Então enviemos glória a Deus às alturas!
Lucas 2:14: “Glória a Deus nas alturas, e
paz na terra, e boa vontade para com os ho­
m ens”. (Lc 19:38; Ff2:17; ls 57:19; Lc 1:79; Rm 5: l ; E f l : 9;
Fp2:13.>
Os anjos não os acompanharam. Esta não era a função do
coro celestial. Cadaum daqueles anjos sabia qual era o
seu propósito. Os anjos não lhes indicaram o caminho,
mas esperaram a obediência deles: Ir até Belém seria o
sinal de credulidade, de obediência e de cumprimento.
A bênção foi revelada no deserto, mas estava em Belém:
deveriam iraté lá para receber
Lucas 2:15: E aconteceu que, quando os
anjos se ausentaram deles indo para o Céu,
os pastores disseram uns aos outros: “Vamos,
pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu
e que o Senhor nos tem mostrado”.
O testemunho ocular era um teste para o testemunho.
Lucas 2:21
Ninguém testifica sem testemunho
Lucas 2:16: E foram apressadamente, e
acharam a Maria, e a José, e o menino deita­
do na manjedoura.
O testemunho requer publicação do Evangelho. O que
os anjos lhes disseram deveria ser publicado por homens
santos de Deus a todo povo. Palavras que se dizem a
respeito de um menino são mais importantes do que
palavras que se dizem a respeito de um homem feito
Lucas 2:17: E, vendo-o, divulgaram a pala­
vra que lhes fora dita acerca do menino;
Pela primeira vez pastores se tomam
pregadores e convencem
Lucas 2:18: e todos os que a ouviram se
maravilharam daquilo que os pastores lhes
diziam.
Algumas coisas devem ser guardadas no coração. E todas
as mulheres que sabem guardar mistérios que serão
desvendados ao longo do tempo, serão honradas
Lucas 2:19: Maria, porém, guardava to­
das estas coisas, meditando em seu cora­
ção. iLc 1:66; 2:5 lj
Aglorificação dos anjos os contagiou. Agora, não eram
somente anjos que davam glórias! Pastores simples
também cantavam glórias. Glorificavam porque viram
e ouviram! Pregavam como lhes fora dito... Este é o
verdadeiro testemunho
Lucas 2:20: E voltaram os pastores, glorifi­
cando e louvando a Deus por todas as coisas
que tinham visto e ouvido, como lhes havia
SidO d itO . (Mt9:8!
Mais uma vez, assim como foi no caso de João, o dia
oitavo, depois de uma semana de vida na terra, simboliza
a nova vida que é dada através da ressurreição. O novo
nascimento para uma nova vida espiritual, o oitavo dia, o
primeiro dia da nova semana. O seu nome foi dado após
a circuncisão
Lucas 2:21 : E, quando os oito dias se cum ­
priram para circuncidar o menino, foi-lhe
dado o nome de Jesus, que lhe foi posto pelo
anjo antes de ser concebido no ventre.
1:59; !:31;Mt 1:21,25!
Eram quarenta dias, no total - trinta e três de purificação,
mais sete deseus dias pós-parto-por menino. A Lei
estabelecia que o casal trouxesse um cordeiro para
holocausto e um pombinho (ou rolinha) para expiação.
Mas, se fosse pobre, poderia trazer duas rolinhas ou
dois pombinhos. No caso dejesus, seus pais não tinham
recursos suficientes para um cordeiro, pois Deus assim
permitiu, visto quejesusera o verdadeiro cordeiro de
Deus; e este já estava em seus braços. A apresentação de
186
2:22
crianças diante do Senhoré necessária. Não é batismo; é
apresentação. Mas porque devemos apresentar um bebê
ao Senhor? Consagração dedica para sempre a criança
ao Senhor; deve ser entregue no Santuário - nenhum pai
faz isso! Como Ana fez com Samuel. Dificilmente um pai
entrega um filho ao Senhor dessa maneira. Então, qual é
o propósito da apresentação? Assim como a consagração
tem o propósito de um serviço ministerial, a apresentação
tem como propósito a bênção vocacional. Assim, com
a apresentação, a criança recebe as sete bênçãos que
serão vividas na sua vida profissional: (1) Um destino
profético - como o proferido por Simeão, que torna a
criança blindada durante a sua vida; (2) uma segunda mãe
profética - como Ana, a profetisa; (3) bênçãos que vêm
de longe-com o as trazidas pelos reis do Oriente: ouro-
presentes dedicados a um rei, e para seu sustento; incenso
- para seu culto e reconhecimento sacerdotal; mirra -
representava o anúncio de sua vitória sobre a morte; (4)
na sua adolescência não se rebelaria, não se perderia;
mas se encontraria na casa de Deus junto aos doutores;
(5) teria um precursorparaprepararo seu caminho real
e profissional, endireitando as suas veredas, preparando
o seu caminho; (6) teria uma experiência corporal com o
Espírito Santo no seu batismo, e um testemunho divino
e público de suapessoa; (7) venceria Satanás em todas as
suas tentativas: (a) sustento fácil; (b) adoração porpodere
glória; (c) desejo de suicídio depois da ascensão ministerial
- pois todo aquele que Satanás levanta é derrubado por
ele mesmo. Todas estas bênçãos vieram em seguida, em
ordem cronológica
Lucas 2:22: E, quando se cumpriram os
dias da purificação dela, segundo a Lei de
M oisés, levaram-no a Jerusalém, para o
apresentarem ao Senhor, ilv 12:2-6}
Somente no caso do primogênito o filho era considerado
consagrado ao Senhor automaticamente. Este texto
é confundido pela maioria dos lideres que não se
prepararam para celebrar os rituais das instituições
eclesiásticas, tais como o casamento e a apresentação
de crianças. Em quase todas as vezes percebemos a
confusão que os ministros fazem entre as palavras
apresentação e santificação; em outros casos,
consagração com apresentação. E todas estas palavras
têm o seu verdadeiro sentido e a falta de conhecimento a
respeito de cada uma gera confusão na mente e na vida da
pessoa que apresenta os seus filhos
Lucas 2:23: segundo 0 que está escrito na
Lei do Senhor: “Todo varão primogênito
que abrir a madre será consagrado ao Se­
nhor”, (Êx 13:2,12;Nm3:13)
Estes animais eram elementos da oferta pelo pecado,
segundo as leis registradas no livro de Levítico. Deus
estabeleceu esta lei para revelar que a mulher que fosse
mãe doMessias não seria imune aopecado; pelo contrário,
pois Maria ofereceu a sua oferta pelo pecado (Lv 12:8). A
oferta também era uma semeadura para a vida ministerial
do filho apresentado ao Senhor (Lv 12:6-8)
Lucas 2:24: e para darem a oferta segundo
Lucas 2:29
o que está dito na Lei do Senhor: “Um par de / ;
rolasou doispombinhos”. (Lv 12:6-8}
( 1 )0 destino profético do menino apresentado. Depois
de terem dado a oferta, imediatamente Deus liberou
a primeira bênção sobre o menino: As palavras que
incluíam a razão por que ele havia nascido - sua vida
vocacional e ministerial. O homem justo e temente
a Deus, coberto pelo Espírito Santo, estava pronto a
cas
profetizar sobreavida do Messias reconhecido. Um
tremendo milagre. No Templo havia um grupo de
pessoas consagradas que esperavam a chegada do
Messias. Ver a posição do Espírito Santo: Sobre ele, e
não nele. Esta era a diferença na atuação do Espírito
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
Santo sobre as pessoas do Antigo Testamento; e Jesus
Cristo veio para mudar esta condição. Simeão ainda
fazia parte daquela condição: O Espírito Santo estava
sobre ele (Nm 11:16,25)
Lucas2:25: Haviaemjerusalém um homem
cujo nome era Simeão; e este homem, justo
e temente a Deus, esperava a consolação de
Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.
Promessas como esta são envolventes.
A morte é impedida de agir sobre um homem quando
há uma promessa de Deus sobre ele. Simeão não
esperava a morte, mas a Vida
Lucas 2:26: E fora-lhe revelado, pelo Espíri­
to Santo, que não veria a morte antes de ver
o Cristo ( “M essia s”) do Senhor Jeová.
As operações de Deus são simultâneas! Ao mesmo tempo
que ele prepara o menino, prepara o seu profeta
Lucas 2:27: E veio, conduzido pelo Espíri­
to, ao Templo e, quando os pais trouxeram
o menino Jesus, para com ele procederem
conforme ao rito da Lei, (Lc 2:22)
Tendo passado pelos braços do sacerdote, agora o
menino estava nas mãos de um profeta
Lucas 2:28: ele, então, o tomou em seus
braços, e louvou a Deus, dizendo:
Simeão estava pronto para deixar esta vida e ser levado
ao Seio de Abraão. Ele havia testemunhado com seus
próprios olhos a Salvação do Senhor. Temos na Bíblia
vários cânticos de ação de graças, como o de Maria
(1:46), e o de Zacarias (1:68). Paz para os pensamentos
intrigantes de seus dias; paz para as suas perguntas
proféticas e paz para entrar na eternidade. Quem é
despedido por Deus em paz, em paz chega ao seu destino
Lucas 2:29: “Agora, Senhor ( “.A donai
despede em paz o teu servo, segundo a tua
palavra, (Lc2:26;At4:24;Ap6:10;2Tm2:4;lPe2:l8)
O seu testemunho ocular seria de grande valia para os
justos que encontraria no Hades, no Seio de Abraão.
Como os olhos vêem a salvação? Quando a salvação
está encarnada em Cristo
187
2:30 LUCAS
Lucas 2:30: porque os meus olhos já viram
a tua SalvaçãO, f/s52:10;Lc3:6,1
As outras ovelhas (Jo 10:16)
Lucas 2:31 : a qual tu tens preparado diante
da face de todos os povos;
Aluz que servirá para Israel e para todas as outras
nações - A salvação dos gentios anunciada.
Luz para os gentios, e glória para Israel
Lucas 2:32: luz para iluminar as nações e
para glória de teu povo Israel”, /is42:6;49:6;At
!3:47;26:23j
Este verso tem sido adulterado para apresentarjosé como
pai de Jesus, mas não há base para tal mudança. O Espírito
Santo gerou a Cristo; esta parte não lhe será tirada
Lucas 2:33: EJosé e Maria, sua mãe, se ma­
ravilharam das coisas que dele se diziam.
Para ruína dos soberbos e ressurreição dos humildes.
Um sinal ministerial contra aqueles que se
levantariam para contradizer, como os fariseus,
os príncipes do templo ou da sinagoga
Lucas 2:34: E Simeão os abençoou e dis­
se a Maria, sua mãe: “Eis que este é posto
para ruína e ressurreição de m uitos em
Israel, e com o um sinal de contradição.
IMt21:44; / Co 1:23,24;2 Co2:16; 1Pe 2:7,8/
Esta era a espada do Éden, a mesma que estava no lugar
Santíssimo do Tabernáculo celestial, guardando-o; a
mesma espada refulgente que se movia guardando o
caminho da Árvore da Vida. Ele temia esta espada - era
o seu maior desafio (SI 22:20). Não se estava falando de
uma espada física, mas de uma espada espiritual - pois
ele entraria no Santíssimo lugar. Fato que daria origem ao
rompimento do véu do Templo. A espada atravessando
a sua alma rasga o véu do Templo, e os pensamentos dos
corações seriam manifestados
Lucas 2:35: E uma espada traspassará
também a tua própria alma, para que se
manifestem os pensamentos de muitos co­
rações” . {SI22:20; Gn3:24;Isb3:13j
(2) A segunda mãe profética para o menino apresentado,
era da tribo de Aser. Quais eram as bênçãos de Aser
(Dt 33:24,25)? Era o padeiro livre de Israel. Lemos em
Gênesis 49:20 que “de Aser sairá o pão suculento; ele
produzirá delícias próprias de um rei”. Como ele era o
Pão de Belém (“casa de pão”), ninguém melhor do que
Aser, o padeiro, para o avaliar. (3) Ana foi uma mulher que
viveu mais tempo sozinha do que acompanhada - e era
feliz; ela cumpriu o seu ministério nas tendas de Deus.
Desde o nascimento de Jesus, o ministério da mulher
começou a ser restaurado
Lucas 2:36: E estava também ali a profe­
tisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser,
188
2:39
que era de avançada idade, e havia vivido
com o marido sete anos, desde a sua virgin­
dade; (At 21 :Q;Js 19:24; 1 Tm 5:9; Gn 4:20)
Ela encontrou uma grande ocupação: Estar na casa de
Deus servindo. Quem serve na terra será senhor nos
tempos vindouros. Seus atos não eram uma imposição,
mas um serviço voluntário
Lucas 2:37: e era viúva, e tinha quase oi­
tenta e quatro anos, e não se afastava do
Templo, servindo a Deus de noite e de dia
com jejuns e orações. /At 13.3; / Tm5:5j
Servos sempre chegam na hora certa-seu trabalho
era divulgação, propagação profética do Messias. O
Redentor já havia chegado (Lv25:47), os que esperavam
a redenção de Israel necessitavam de um arauto. Quem
fala de Cristo não deve nada e dá graças a Deus - por isso
setornaumgrandepregador
Lucas 2:38: E isto aconteceu na mesma
hora, ela confessava e dava graças ao Senhor
Jeová, e falava a respeito dele a todos os que
esperavam a redenção em Jerusalém. ilc2:25:
24:21!
Quarenta dias depois dejesus ter nascido, eles voltaram
para Nazaré e não para Belém, sua cidade natal. Para
que se cumprisse a profecia de Zacarias, os reis do
Oriente chegaram quase dois anos depois; e quando eles
chegaram, a família estava vivendo em Nazaré. Por isso,
Herodes inquiriu a respeito do tempo no qual a estrela
lhes tinha aparecido, para fazer o seu cálculo e mandar
matar as crianças de dois anos para baixo. Este regresso é
logo depois de à sua apresentação. Em Mateus lemos que
Jesus estava em casa quando os reis chegaram
Lucas 2:39: E, quando cumpriram todas as
coisas segundo a Lei do Senhor, voltaram à
Galiléia, para a sua cidade, Nazaré. n.c2:5i]
O crescimento físico, espiritual e moral. Mas nenhum
crescimento é frutífero sem a graça de Deus. Agraça
de Deus é o mel da sua bondade sobre nós - o qual
comove os corações dos homens em nosso favor. Este
fortalecimento será provado no Templo, pelos doutores:
Ele triunfará sobre eles. Ele havia crescido, como
homem, na sabedoria divina. Os sete Espíritos de Deus
são manifestados em Cristo (Is 11:2,3). ( 1 )0 Espírito
do Senhor (“Jeová”); (2) o Espírito de Sabedoria; (3) o
Espírito de Inteligência; (4) o Espírito de Conselho; (5) o
Espírito de Fortaleza; (ó) o Espírito de Conhecimento; (7)
o Espírito do Temor do Senhor. Pelo (a) Espírito de Jeová
ele foi concebido (Lc 1:35; 2:11); pelo (b) Espírito de
Fortaleza, ele cresceu e se fortaleceu (Lc2:40); (c) pelo
Espírito de Sabedoria, ele foi cheio desde os seus doze
anos (Lc 2:40b, 52); (d) pelo Espírito de Temor, ele ficou
no Templo (Lc2:43); (e) pelo Espírito de Conhecimento,
ele ouvia, interrogava e discutia com os doutores (Lc
2:47); (f) pelo Espírito de Inteligência, ele respondia (Lc
2:47); (g) pelo Espírito de Conselho, ele executou o seu
 2:40
ministério terreno a partir do seu batismo, quando este
desceu sobre ele em forma corpórea de uma pombinha
(Lc 3:22). Todos estão revelados no livro de Lucas
Lucas 2:40: E o menino crescia e se fortale­
cia em Espírito, e era cheio de sabedoria; e a
graça de Deus estava sobre ele. n.c2:52; i .s o j
(3) A terceira bênção advinda da apresentação.
Nenhuma bênção acontece sem perseverança
e sem continuidade
Lucas 2:41: E todos os anos os seus pais
iam a Jerusalém, à Festa da Páscoa. (êx23:is;
j Dt 16:1-6)
O menino fortalecido e cheio de sabedoria será provado
no Templo aos doze anos! Era uma ordenança legal que
os varões se apresentassem diante de Deus três vezes ao
ano (Êx23:15-17; 34:23; Dt 16:1-18)
Lucas 2:42: E, quando ele tinha já doze
anos, subiram a Jerusalém, segundo o cos­
tume da Festa.
Tal era a confiança de seus pais, tal era o seu
comportamento: Não lhes dava trabalho - era-lhes
sujeito. OJesus adolescente: No texto de Lucas
1:41 -52, temos características naturais próprias da
personalidade de um adolescente, vistas na pessoa
de Jesus quando adolescente. (1) Os pais não devem
deixar o seu filho adolescente em casa quando forem
à casa de Deus ou a uma festa especial (v. 41), pois o
adolescente se ofende facilmente. (2) Os pais devem
manter sempre uma postura elevada exemplar
diante de seus filhos adolescentes: “subiram a
Jerusalém”. (3) Regressar a casa é um desafio para
o adolescente (v. 43). (4) O adolescente quer ser
levado em conta, quer ser ouvido; pois eles ficarão
sempre onde se sentirem honrados (v. 43b). (5) O
adolescente, naturalmente, esquece de avisar os seus
pais daquilo que irá fazer. Isto prova a humanidade
de Jesus (v. 43c). (6) O adolescente, geralmente,
procura a companhia de parentes ou de conhecidos
que o consideram, mas evita a companhia dos pais,
por causa da constante disciplina, sem compaixão
(v. 44). (7) O adolescente sempre está dando susto
nos pais (v. 45). Devemos procurar o adolescente nos
locais onde ele é levado em conta (v. 45b). (8) Para
encontrar-se o “refúgio emocional” do adolescente, é
necessário dias (v. 46). Esses três dias eram umafigura
da paixão de Cristo, que seria encontrado ressurreto.
“Jerusalém” é o local do encontro entre os pais e o seu
adolescente. (9) Onde costumamos levar os nossos
filhos quando bebês, ali será assentado; a herança
cultural e espiritual que damos aos nossos filhos será
o motivo de nossa surpresa como pais (v. 46). (10) O
adolescente quer ouvir e quer interrogar (v.47). (11)
O adolescente gosta de responder, de ponderar, mas
Jesus nos dá exem plo de como responder bem e com
inteligência (v.47). (12) O adolescente sabe de quem
é filho, oficialmente (w. 4 8 ,4 9 ). Ele não aceita ser
filho de outra pessoa por imposição de sua mãe ou de
LUCAS 2:46
seu pai. Ele deixou claro que José não era o seu pai,
pois reconhecia o seu Pai celestial como Pai divino e
humano. (13) O adolescente é responsável e não deve
ser chamado de irresponsável (v.49). Ele tem os seus
pequenos negócios. Os pais devem compreendê-lo
(v.49). (14) O adolescente é incompreendido (v. 50).
(15) O adolescente sente-se superior ao ambiente de
sua casa (v. 51). “Ele desceu com e le s”. Estar na casa
de Deus é estar em um lugar elevado sobre qualquer
outra casa. (1 6 )0 adolescente deve sujeitar-se aos
pais (v. 51). (17) A mãe deve evitar discutir com o
adolescente, mas não deve deixar de procurá-lo, de
estar com ele, de admoestá-lo em amor, conferindo
todas as promessas de Deus em seu coração (v. 51c).
Maria (como toda mãe) não deveria ter deixado passar
tanto tempo sem saber notícias a respeito de Jesus.
(18) O adolescente pode crescer em sabedoria da
mesma forma como cresce em estatura; deve crescer
em estatura da mesma forma como cresce em graça;
o seu crescimento em graça deve ser diante de Deus
e diante dos homens, pois, geralmente o adolescente
não cresce em graça diante dos homens
Lucas 2:43: E, terminados aqueles dias,
tendo eles regressado, o menino Jesus ficou
em Jerusalém, sem que o soubessem, nem
José nem a sua mãe.
No caminho de um dia, não o encontramos! Devemos
caminhar por três dias: sobre a morte, depois do
sepultamento e no dia da ressurreição. É o mesmo
caminho que Moisés propôs para Faraó, longe do Egito.
Jesus não estava entre parentes e conhecidos. Jesus está
nasua Casa. Parentes, geralmente, não conhecem Jesus;
conhecidos não querem a companhia de Jesus
Lucas 2:44: E, pensando eles que estava
na companhia pelo caminho, andaram ca­
minho de um dia; e o procuravam entre os
parentes e conhecidos;
Não encontraremos Jesus nagrande companhia de
pessoas, mas em Jerusalém. Mas onde, em Jerusalém?
Lucas 2:45: mas, como o não encontraram,
voltaram ajerusalém procurando por ele.
Depois de três dias podemos encontrá-lo no meio dos
doutores, ouvindo-lhes e perguntando-lhes. Não o
encontraram no meio da parentela, porque ele não
é exclusivo de uma igreja, nem de conselhos, nem
de denominação ou de uma família especial. Não o
encontraram entre os conhecidos, pois sua vereda não
é relativa, camuflada, secreta ou conveniente somente
para si mesmo. Ele estava no Templo, ao alcance de
todos! Ele estava ali se fazendo de discípulo para revelar
que era um Mestre
Lucas 2:46: E aconteceu que, depois de
três dias, acharam-no no Templo, assen­
tado no meio dos doutores, ouvindo-os e
perguntando-lhes.
189
2:47
O menino cheio de sabedoria e de graça estava
ministrando pela primeira vez. Várias manifestações, das
sete manifestações do Espíritos de Deus, já podiam ser
vistas sobre ele (Is 11:2)
Lucas 2:47: E todos os que o ouviam esta­
vam fora de si, por causa de sua inteligência
e d e SUaS reSpO StaS. (Mt 7:28; Mc 1:22; Lc 4:22,32;
Jo 7:15,46!
Maria tenta colocarjosé como seu pai, mas ele responde
que está servindo aseu Pai celestial, seu verdadeiro
Pai. Eles procuravam o seu filho como os outros pais
procuram os seus filhos desobedientes e rebeldes
Lucas 2:48: E, quando o viram, surpreen-
deram-se; então, a sua mãe lhe disse: “Filho,
por que nos fizeste assim? Eis que teu pai e
eu te procurávamos, cheios de pesar”.
Ele diz qual é o seu trabalho, e quem é o seu Pai,
verdadeiramente. Ele não desconhece o seu pai terreno,
adotivo, mas encontra finalmente prazer em obedecerá
sua Missão na terra. Ele tinha consciência dos negócios
de seu Pai. Quais negócios? Os negócios dos talentos. Os
negócios da vinha arrendada. Os negócios relacionados
ao comportamento do servo fiel e do servo infiel. Fazia
tempo que eles matavam os seus auditores e cobradores.
Agora, o Filho veio pessoalmente
Lucas 2:49: E ele lhes disse: “Por que ra­
zão me buscáveis? Não sabeis que me con­
vém ocupar-me nos negócios de meu Pai?”
(Jo2:16)
Ele falava daqueles negócios. Mas eles não sabiam de
que negócios (Mt20:1-15; 24:44-51; 25:14-30). Falava
também sobre o grande negócio do Templo, que foi
transformado em mercado (Mt21:12-28)
Lucas 2:50: Mas eles não entenderam as
palavras que ele lhes dizia. (Lc9:45;i8:34;mc9:32)
A humanidade de Cristo é comprovada em várias
passagens; especialmente nesta, quando o seu ser
humano está aprendendo a obedecer, coisa que jamais
aprendera. O eu próprio de Cristo- Homem (Fp 2:5-7).
O seu “eu próprio ” não era outra coisa senão a sua
personalidade, isto é, os atributos de sua alma divina.
Ele estava a despojar-se de si mesmo. Aprendeu a
abdicar de seus atributos divinos. Não usou para seu
proveito próprio aquilo que era seu por direito, mas
o depositou no altar do Pai. O que significa não ter
por usurpação serigual a Deus? Foi humilde e não se
aproveitou disso, na condição de homem. Não usar sua
capacidade divina significava não usar nenhum atributo
para seu proveito próprio ou proveito de outro. Porque
era difícil para ele obedecer? Porque sempre foi Deus,
pois nunca jamais obedeceu a ninguém. Agora teria de
aprender a obedecer como homem, sendo Deus, afim
de identificar-se com a humanidade em tudo. Então, se
ele não estava dependente de seus atributos como Deus,
como atuou nos dias de seu ministério? (Jo 5:19). Ele
LUCAS 3:1
sempre atuou cheio do Espírito Santo. Isto era notório,
pois nenhum homem havia experimentado aquilo que
ele estava vivendo já desde criança. A sua mãe lembrava
de todas as palavras que o Anjo lhe dissera e as conferia
silenciosamente, como toda mulher de confiança
Lucas 2:51: E desceu com eles, e veio a
Nazaré, e lhes estava sujeito. E a sua mãe
guardava todas estas coisas no seu coração.
(Lc2:19,39)
O crescimento físico, espiritual e moral. Mas nenhum
crescimento é frutífero sem a graça de Deus. A graça
de Deus é o mel da sua bondade sobre nós - o quaí
comove os corações dos homens em nosso favor. Este
fortalecimento foi provado no Templo pelos doutores:
Ele triunfou sobre eles. Ele havia crescido, como homem,
na sabedoria divina: Lucas 2:40: “E o menino crescia, e se
fortalecia em Espírito, e era cheio de sabedoria; e a graça
de Deus estava sobre ele". O verso 20 nos diz que ele
crescia. Aqui nos diz qual era a sua vitamina: sabedoria,
da qual estava cheio, e que somente agora estava sendo
usada. Lá nos diz que a graça de Deus estava (1) sobre ele,
aqui nos diz que ele (2) crescia em graça diante de Deus e
diante dos homens
Lucas 2:52: E Jesus crescia em sabedoria,
em estatura, e em graça para com Deus e os
homens. íL c2:40; 1Sm2:26)
L u c a s, c a p ítu lo t r ê s (3 )
O relato histórico do ministério dejoão. Lucas fez
questão de listar as autoridades de então para valorizar
historicamente o ministério de João. Observe que há
vários nobres citados: Tibério, Pilatos, Herodes e vários
tetrarcas. (1) O tempo em quejoão pregou sob o poder
do Imperador Tibério Cesar; mas seu nascimento foi
marcado pelos dias de Herodes, pois ajudéia tinha o
seu próprio rei. Era importante que os acontecimentos
fossem registrados sob este reinado. Mas quandojoão
começou a pregar, Herodes havia perdido aquele título,
e nesse tempo era conveniente que os registros fossem
feitos sob o poder da Síria, que era uma província romana.
Assim, nesse tempo, o Imperador nomeou a Pilatos,
como governador, e aos tetrarcas, com quem dividiuo
antigo reino de Herodes
Lucas 3:1 : E no ano quinze do reinado de
Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governa­
dor da Judéia, e Herodes, tetrarca ( “que di­
vidia o p o d e r com outros três ”) da Galiléia,
e o seu irmão Filipe, tetrarca da Ituréia e da
região de Traconites, e Lisânias, tetrarca de
Albidínia, (Mt27:2; 14:1)
Caifás exerceu o seu sacerdócio de 18 d.C. a 36 d.C.
Assim como os anjos trouxeram Boas-Novas aos
pastores, Deus trouxe revelação ajoão no deserto.
Lembre-se que João abdica do sacerdócio levítico para
190
 3:2
servir de ponte e precursor ao ministério de Cristo. Jesus
não era da tribo de Levi, mas de Judá. Seu sacerdócio não
estava ligado ao sacerdócio levítico, mas ao sacerdócio da
ordem de Melquisedeque: assim,João, peio nazireado,
servirá de grande bênção para o ministério de Jesus
Lucas 3:2: durante o sumo sacerdócio de
Anás ( “Jeová é gracioso ”) e Caifás ( “depres­
são ”), veio no deserto a revelação da palavra
de Deus a João, filho de Zacarias. (Lc 1:13;Jo
11:49; 18:13;At4:ó;Mt26:3j
O batismo reapareceu com João Batista. Mas ele foi
considerado coletivo para todo Israel, na passagem do
mar Vermelho (1 Cr 10:1 -3) e na nuvem. O batismo na
nuvem é tipo do batismo com o Espírito Santo. Somente
com ele podemos suportar as agru ras do deserto. Onde
Moisés ejosué pararam, e onde Samuel desconfiou,
João deu prosseguimento. O batismo representava
arrependimento dos pecadosetinhaum efeito poderoso,
equivalente à morte e sacrifício pelo pecado ou pela
culpa no altar de sacrifícios: a remissão de pecados era
evitada depois do batismo! Isto causou um impacto na
vidadas pessoas daqueles dias e, principalmente, sobre
os homens do sacerdócio. Com a vinda de João, o Batista,
a ministração direta ao povo fica estabelecida, sem a
intervenção sacerdotal que estava corrompida. Entre o
sacerdócio e a escola profética dejoão, o povo começa
a escolher a escola de profetas dejoão. Entre seus
discípulos sairão os principais seguidores dejesus Cristo.
Dessa forma,João vem preparar para Cristo um povo bem
disposto, como os discípulos que o seguiram. Assim, o
Reino de Deus estava sendo instituído com três palavras:
Arrependimento, batismo e conversão
Lucas 3:3: E percorreu toda a terra ao redor
do Jordão, pregando o batismo de arrependi­
mento, para remissão de pecados: (LcU77)
A voz que clamava no deserto eraa voz dejoão. Ele foi
preparado para este tempo e para aquela hora. O caminho
do Senhor era composto de corações arrependidos e as
suas veredas direitas eram os lugares e os elementos que
ele precisava para executar a sua obra: o mar da Galiléia, a
família de Zebedeu, a casa de Lázaro, o dono do jumento, o
dono do Cenáculo, o dono do sepulcro
Lucas 3:4: Como está escrito no livro das
palavras do profeta Isaías, que diz: “Voz de
| um que clama no deserto: Preparai o cami­
nho do Senhor; e fazei direita as suas sendas!
(Is 40:3-5)
O vale que seria cheio eram povos não alcançados,
lugares desérticos e o povo enfermo e necessitado; o
monte e os outeiros eram as autoridades orgulhosas de
seus dias que, na sua incredulidade, seriam humilhadas
pelo poder do amor de Deus; o caminho que levava
às falsas doutrinas da fé e da tradição do homem seria
transformado em retidão, como as festas da Páscoa que
somente serviam para promover o mercado sacerdotal
do Templo; os caminhos pedregosos eram os corações
Lucas 3:8
dos homens que odiavam o sistema religioso daquela
época, como Mateus, Zaqueu e muitos outros
L. J
Lucas 3:5: Todo vale se encherá, e todo
monte e outeiro se abaterá; e o caminho
tortuoso se converterá em retidão, e os ca­
minhos pedregosos serão aplainados;
A chegada do Reino de Deus alcançaria a todos.
Eles não seriam condenados por não serem convertidos
ou por serem pecadores, mas seriam condenados porque
rejeitariam o Salvador dos pecados anunciado pelo
próprio Reino de Deus. A salvação do Senhor era uma
pessoa: era Cristo
Lucas 3:6: e toda carne verá a Salvação de
C
DeUS”. (Sl98:2;Is52:10; 1x2:30)
As víboras viviam nos caminhos tortuosos. %
Mas a ira vindoura os alcançaria. Apregação do
arrependimento identificava a condição do povo:
Eram como víboras nas rochas
Lucas 3:7: EJoão dizia à multidão que saía
para ser batizada por ele: “Linhagem de ví­ ç i
boras, quem vos ensinou a fugir da ira vin­
doura? (Mc 12:34;23:33!
A pregação do arrependimento requeria frutos. A
pregação que requero arrependimento não aceita
justificativa. Esta pregação mostrava que Deus poderia m
a
produzir outro povo a partir da natureza rochosa de seus O
corações; pois as pedras incluíam os gentios. No Salmo
102:12-28 temos várias profecias; neste vasto texto que
parece apenas como um simples salmo devocional, estão
presentes as três medidas de farinha de Mateus 13: (1)
Sião (w. 14-22),Jerusalém. (2) As nações gentias (v. 15). m
(3) A Igreja, que era um povo que havia de ser criado C
(v. 18). Este Salmo foi escrito nos dias da Antiga Aliança,
mas estepovojá foi edificado porCristo (Mt 16:18);
e também foi profetizado por Ezequiel (Ez 31:11). A
8
>
Igreja assumiu o lugar do grande Luzeiro no dia em que
ele foi expulso do Éden celestial; nesse mesmo dia uma
sentença foi lançada contra ele: “Um povo, dentre as mais r*
poderosas das nações, te dará o trato que tu mereces”.
Eis aí a origem e o motivo da criação e da eleição da Igreja.
c
Imediatamente após a suarebelião, Deus jáhavia provido p
um povo substituto para louvor de sua glória, a Igreja. E o
povo que foi incumbido de executar a sentença registrada fe
em Ezequiel 31:1. Por isso, a Igreja foi eleita antes da
fundação do mundo (Ef 1:6); das pedras ele suscitou uma
ç
descendência pela fé a Abraão
Lucas 3:8: Produzi, pois, frutos próprios de I
arrependimento, e não comeceis a dizer den­ >
tro de vós mesmos: A Abraão temos por pai;
porque eu vos digo que Deus pode levantar
destas pedras filhos a Abraão, /jo8.33,39,:
A pregação do arrependimento pode derrubar as árvores
£
que não produzem frutos, e as mesmas tomam-se em
combustível do Inferno (Ez 31)
&
191
3:9 Lucas
Lucas 3:9: E agora mesmo já está posto o
machado à raiz das árvores; e toda árvore,
pois, que não der bom fruto, será cortada e
lançada no fogo ”. m z-/ q;hò6:7,ss
A pregação do arrependimento leva os corações
rochosos a procurar uma solução: Que faremos? Pois se
a mensagem do arrependimento não levaro ouvinte a
perguntar: “Que faremos?”, faltou algo na mensagem
Lucas 3:10: E a multidão o interrogava,
dizendo: “Que faremos, pois?” (M2-.37)
Os frutos da mensagem de arrependimento: a
importância da preocupação com as necessidades do
próximo. O eixo central da mensagem de Cristo
Lucas 3 : 11: E ele, respondendo-lhes, disse:
“Quem tiver duas vestimentas, que reparta
com aquele que não tem, e quem tiver ali­
mentos, faça o mesmo, rrgzis, iói
A mensagem do arrependimento é para todos, inclusive
para quem mais precisava: os rejeitados publicanos
separados da fé da comunidade
Lucas 3:12: E chegaram também alguns
dos publicanos, para serem batizados, e lhe
disseram: “Mestre, que devem os fazer?”
;Lc7:29j
Os cobradores de impostos eram rejeitados entre
os filhos de Israel por causa da avareza deles. A
manifestação de sua conversão seria não exigir além
da lei, o que era comum entre eles. Este era o fruto: Ser
justo na injustiça
Lucas 3:13: Então, ele lhes disse: “Não
exijais mais do que aquilo que vos está or­
denado”. íLcl 9:8!
A mensagem do arrependimento é para todos, inclusive
para quem mais precisava: Os gentios romanos. O fruto
da salvação para todos era distinto. Cada profissão
mostraria no seu dia a dia o fruto de seu arrependimento.
Em cada uma havia uma forma de dar fruto de
arrependimento e uma forma de ser condenado
Lucas 3:14: E alguns dos soldados também
o interrogaram, dizendo: “E nós, que fare­
mos?” E ele lhes disse: “A ninguém trateis
com violência e nem defraudeis, e contentai-
vos com o vosso ordenado”. (Êx23:l;Lv 19:11/
Não se perturbe com o mensageiro, creia na
mensagem, o precursor de Cristo preparava caminho
para o Cristo. A tentação do precursor consiste em
considerar desnecessária a vinda do Cristo, aquele que
é maior do que o precursor. Não permitir que o povo
faça de João o Cristo
Lucas 3:15: E, estando o povo em expec­
192
3: is
tativa e discorrendo todos em seu coração,
a respeito de João, se ele seria porventura o
Cristo, (Jo 1:19,20;At 13:25}
A tentação do precursoré vencida quando este sabe
quem é e para que veio. O trabalho de preparação do
caminho pedregoso, isto é, o mesmo que levar a Cristo
um povo de coração arrependido, a fim de que ele possa
instituir o batismo com o Espírito Santo e o batismo
com fogo. O batismo nas águas é a segunda parte da
pregação. A pregação ainda não estará completa se não
houver o batismo da pessoa que creu. O discipulado
não é preparação de batismo, mas é a preparação para
entrar na vida cristã, entendendo-a e tomando-se um
novo ganhador de almas. O batismo é um só. Aordem de
batizaré imperativa, pois é em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo. A pessoa é batizada na ordem imperativa
da divindade. A igreja de Atos realizou o batismo “em
nome de Jesus ”, porque nós somos batizados no corpo
de Jesus no momento em que somos imersos nas águas.
Isto é, nós somos imersos no corpo dejesus, e não no
corpo do Pai, nem no corpo do Espírito Santo, porque
somente há um corpo na divindade, o corpo de Cristo
Jesus. Embora haja o (1) batismo com o Espírito Santo,
(2) o batismo do Espírito Santo, e (3) o batismo com fogo,
todos eles formam um só batismo. Vejamos por quê: (1)
No batismo com o Espírito Santo, o elemento onde se
batiza é o Espírito Santo e o recipiente é o crente, pois
ele é imerso no Espírito Santo. Nossa alma e nosso corpo
são cheios do Espírito Santo. E o batizadoré Cristo. Jesus
é quem nos batiza no Espírito Santo. (2) No batismo
do Espírito Santo, o elemento é o corpo de Cristo,
pois o recipiente, que é o crente, é imerso no corpo de
Cristo. O batismo nas águas é uma figura original desse
batismo, é uma manifestação daquilo que ocorre no
momento em que cremos, pela fé. O batismo nas águas
é o cumprimento público daquilo que acontece pela fé.
Pois todos somos batizados em um corpo pelo Espírito
Santo (1 Co 12:14). O batizador é o Espírito Santo, pois
ele nos batiza no corpo de Cristo, e o tipo que faz o papel
do Espírito Santo é o ministro que nos introduz nas águas
batismais. Se alguém morrer sem ter tido a oportunidade
de receber o batismo nas águas, de qualquer forma foi
batizado no batismo da morte de Cristo na cruz, como o
ladrão na cruz (Rm 6:1-5). Mas quem teve a oportunidade
e não desejou ser batizado, não completou a obra de
sua justiça. Jesus disse ajoão que também precisava
ser batizado, ao declarar: “É necessário cumprir toda
a justiça”. Quem participa da Ceia do Senhor sem ser
batizado nas águas invade o lugar Santo sem passar pela
Bacia de bronze. Segundo a Bíblia, se o sacerdote não se
lavasse naBacia de bronze, e entrasse impuro no lugar
Santo, morreria. Na caminhada de nossafé, cremos no
Altar de holocausto, nos batizamos na Bacia de bronze do
batismo, e podemos participar da mesa dos pães no lugar
Santo; a seguir somos dignos de receber de seus dons no
candeeiro. Com isso, ele nos libera para que o adoremos
no Altar de incenso, e assim chegamos ao ministério na
Arca no lugar Santíssimo. (3) No batismo com fogo, o
elemento é o Pai. O recipiente é o crente, e o batizador é
Cristo. Jesus nos batiza no Pai, que é fogo. Este batismo
não é imediato como os outros, mas é durante toda a
3:16
nossa vida, nos preparando para viverno céu. Ele ocorre
nas circunstâncias, e enquanto não aprendemos a lição,
não nos aprova e voltamos a repetir a classe de fogo.
Havia um tradição entre os hebreus com respeito ao nó
das alparcas. O Rev. Patrizi descobriu quejosué Bem Levi
(239 d.C.), disse: “Um discípulo deve executar parao seu
mestre qualquer serviço que um escravo faz para o seu
dono, exceto desamarrar suas sandálias”
Lucas 3:16: João respondeu a todos, di­
zendo: “Eu, na verdade, vos batizo com
água, mas eis que vem aquele que é mais
poderoso do que eu, de quem não sou dig­
no de desatar as correias de suas alparcas:
Ele vos batizará com o Espírito Santo e com
fOgO. (At 1:5; 11:16; 19:4,'
O trabalho fina! depois da oportunidade do
arrependimento. O arrependimento e a conversão são
pregados na linguagem do povo camponês, a fim de
que entendam como funciona o juízo de Deus que vêm
sobre a parte não aproveitada da colheita de trigo que é
condenada ao fogo. Esta é a característica do pregador:
saber contextualizar sua mensagem aos ouvidos de
quem o escuta
Lucas 3:17: Ele, cuja pá está na sua mão
para limpar perfeitam ente a sua eira, e
recolher o trigo no seu celeiro; mas ele
queimará a palha com fogo inextinguível”.
// s 30:24; Mq 4:12; Ml 13:30:
Este livro começa revelando a pregação do Evangelho
pormeio dos anjos e termina com a pregação dos homens
convertidos, frutos da mensagem de João
Lucas 3:18: E assim, admoestando-lhes
acerca de muitas outras coisas, também
anunciava o Evangelho ao povo.
A prisão do precursor. A mensagem de João deveria
ser pregada no deserto. Sua mensagem deveria ser
pregada ao povo, a fim de preparar para o Senhor um
povo bem disposto. No dia em que ele mudou o foco
de sua mensagem, foi preso. Ele era a voz que clamava
no deserto, não era o machado que cortava a raiz das
árvores. Herodes morreria sem auxílio de mãos, e não
necessitava de subterfúgios
Lucas 3:19: Mas o tetrarca Herodes, sendo
repreendido por ele por causa de Herodias,
mulher de seu irmão Filipe, e por todas as
maldades que havia feito, (Mt 14:3,4;m có : 17, 18)
O pregador que mudaofoco de sua mensagem e o pregador
que sai do lugar para onde foi chamado está correndo
perigo. O pregador é forte na sua base, no local onde foi
plantado. Nocaso dejoão erao deserto. Aliestariaseguro
Lucas 3:20: acrescentou sobre todas, ainda
LUCAS 3:22
Lucas L ucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
esta: Encerrou João em um cárcere, m 14.3 ;
Mc 6:17}
O batismo de Jesus determinaria o fim do ministério de
João. Mas João não o conhecia; então o Pai avisou ajoão
em revelação que o batizador com o Espírito Santo (o
mesmo Cordeiro de Deus) seria conhecido quando uma
pombinha descesse do Céu sobre ele na ocasião de seu
batismo. O Evangelho dejoão nos dá mais detalhes a
respeito desse momento. Entãojoão o reconheceu por
causa da visão (Jo 1:31,33)
Lucas 3:21 : E aconteceu que, como todo
0 povo foi batizado, e sendo Jesus também
batizado, orando ele, 0 Céu se abriu; ílcs -.iò;
6:12; 9:18,28; 11:1)
A multiforme faceta da pessoa do Espírito Santo se revela
aqui. Como sendo manifestado em sete Espíritos de
Deus, Ele se revela em cada ocasião especial da vida de
Cristo. Na concepção, o Espírito do Senhorjeová; no
crescimento, o Espírito de Sabedoria e de Inteligência;
aos doze anos, o Espírito de Conselho; no início do
ministério, o Espírito de Fortaleza o conduzia em tudo; no
batismo, o Espírito de temor do Senhor, e na plenitude de
seu ministério, o Espírito de Conhecimento. Novamente
se revela na ressurreição, com o Espírito de Fortaleza.
Todo testemunho divino é dado com manifestação do
Espírito Santo e revelação do coração do Pai
Lucas 3:22: e o Espírito Santo desceu so­
bre ele em forma corpórea, como pomba; e
ouviu-se uma voz do Céu, que dizia: “Tu és
o meu Filho amado; em ti a minha alma se
compraz”. (Sl2:7;ls42:l;Lc9:35;Al 10:38;2Pe 1:17}
Jesus já está com quase trinta anos; é o tempo da sua
maturidade. Lucas relata fatos concernentes aos
momentos antes do nascimento de Cristo, até a sua morte.
De Zorobabel a Cristo, passaram-se quatorze gerações,
o mesmo período das setenta semanas de Daniel,
menos sete anos (Dn 9:24; Mt 1:17). Esta genealogia é a
genealogia de Maria; a de Mateus é a genealogia dejosé.
Observar que Mateus querprovar a humanidade dejesus,
passando por Natã, um dos filhos de Beteseba. De Natã,
e não de Salomão. Maria descende de Natã, ejosé, de
Salomão. Aqui está o mistério. A frase “filho dejosé ” não
constanos originais, mas apenas “sendo de Heli”, dando a
entender de onde veio, de Maria, e não como filho de José.
Esta informação é muito importante. José era descendente
de Davi viaSalomão, eMaria, descendente de Davi via
Natã, ambos filhos de Davi. Os descendentes de Davi via
Salomão foram amaldiçoados (Jr22:28-30), ejoséera da
sua descendência-e foi privado de filhos, não prosperou
nos seus dias, e, sendo da descendência do último rei,
Jeconias, e, segundo a palavra profética, jamais poderia
serrei. Mateus mostra a sua descendência, mas Lucas
mostra a descendência de Maria. Observe que, no verso
31, Lucas não falará de Salomão (aleiturafica melhorse
lermos de trás para frente). Observar que em cada nome
está um código que, com seus significados conhecidos,
formam frases proféticas, mostrando que Deus estava no
3:23
controle da nomeação de cada membroda grande família
dos ancestrais de Cristojesus. Os nomes estão em ordem
inversa, pois começam em Maria e terminam em Adão.
Como Davi teve vários filhos em Jerusalém, o registro
oficial de 1 Crônicas (3:5) mostra que o escriba colocou
a ordem dos filhos de Davi de trás para a frente. Mas ali
constam quatro filhos de Davi: Salomão, Natã, Sobabe e
Siméia. Assim, podemos ler quejudá gerou a Perez, e este
a Esrom, e este a Arão, e este a Aminadabe, e este a Nasom,
e este a Salmon, e este a Boaz, e este a Obede, e este ajessé,
e este a Davi, e este gerou a Salomão e também a Natã. Aqui
está a encruzilhada: De Salomão sairáa descendência real
e de Natã, a descendência de Maria. Assim, Lucas trata da
geração de Maria, por Natã, por isso Salomão não é citado.
A razão está registrada em Jeremias 22:30. E Mateus
registra a geração de Salomão e termina em José (Jr22:24-
30). Assim, entendemos quejesus será o sucessor direto
de Davi, sem haver nenhum outro rei entre eles!
Lucas 3:23: E o mesmo Jesus tinha quase
trinta anos quando com eçou o seu ministé­
rio, sendo [segundo se cria, filho de José], de
Heli ( “oferta alçada ”), (Nm4:3;Jo6:42;Mc4:l7;At
1:1;Jo 8:57; Lc 1:27)
(J) De trás para a frente: Pela interpretação dos nomes,
temos a profecia a respeito da morte de Cristo na cruz,
fora da porta do Templo, no Calvário. Dejosé a Heli (de
trás para frente), temos o significado: “O dom do Senhor
acrescentou em resposta do Senhor rei, associado ao
dom da ressurreição - oferta alçada ’’
Lucas 3:24: e Heli, de Matã ( “d ádiva”),
e Matã, de Levi ( “a sso cia d o ”), e Levi, de
Melqui ( “Jeová é rei”), e Melqui, de Janai
( “que re sp o n d e ”), e Janai, de José ( “o S e­
nhor acrescen ta”),
(I) De trás para a frente: Por meio dos significados dos
nomes, observamos uma profecia a respeito da vinda de
João Batista. Dejosé ajosé, temos a interpretação dos
códigos pelos significados dos nomes: “O acréscimo do
Senhor, ao obediente, limpou o caminho com clareza,
próximo a mim, carregando os fardos pelo dom que o
Senhor acrescentou”
Lucas 3:25: e José, de Matatias ( “dom do
Senhor”), e Matatias, de Amós ( “carrega­
d or d e fa rd o s”), e Amós, de Naum ( “con ­
solação”), e Naum, de Esli ( “próxim o de
m im ”), e Esli, de Nagaí ( “clareza ”),
Lucas 3:26: e Nagaí, de Máate ( “lim pador
de caminho ”), e Máate, de Matatias ( “dom
d e Jeová”), e Matatias, de Semei ( “ouvinte
o b ed ien te”), e Semei, de José ( “o Senhor
acrescenta ”), e José, de Judá,
(H) De trás para a frente: Pela interpretação dos nomes,
Lucas 3:31
temos a profecia a respeito da volta dejudá do cativeiro
na Babilônia: De Zorobabel a Davi passaram-se quatorze
gerações. De Er ajudá, a interpretação é: “O Vigia, o
Deus da medida, foi testemunha em meio à adivinhação
dos caldeus; minha luz em meio às perguntas; mesmo
em Babilônia, foi minha direção, pelo Deus gracioso que
trouxe devolta ajudá”.
Lucas 3:27: eJudá ( “louvor”), deJoanã (“o
Senhor gracioso”), e Joanã, de Resá ( “dire­
ç ã o ”), e Resá, de Zorobabel ( “nascido na
Babilônia”), e Zorobabel, de Salatiel ( “per­
guntado ”), e Salatiel, de Neri ( “minha lu z”),
(Mt 1:12)
Lucas 3:28: e Neri, de Melqui ( “m eu rei”),
e Melqui, de Adi ( “minha testem unha ”), e
Adi, de Cosã ( “adivinhação”), e Cosã, de
Elmadã ( “D eus da m ed id a ”), e Elmadã, de
Er ( “vigia”),
(G) De trás para a frente: Pelos nomes, profecia a
respeito do nome dejesus como o socorro de Deus e
a multiplicação de seus filhos. De Eliaquim ajosué,
temos a interpretação do código: “Deus o estabeleceu
multiplicando o povo como pombas, acrescentando
segundo o louvor, associado ao seu dom, àquele que
exaltou ao Senhor, e Deus o ajudou:Jesus”
Lucas 3:29: e Er, de Josué ( “J esu s”), e Jo­
sué, de Eliezer ( “D eus auxiliador”), e Eli-
ézer, de Jorim ( “o que exalta ao Senhor”), e
Jorim, de Matã ( “seu dom ”), e Matã, de Levi
( “associado”),
Lucas 3:30: e Levi, de Simeão ( “fa m o so ”),
e Simeão, dejudá ( “louvor”), eJudá, dejosé
( “o Senhor acrescen ta ”), e José, de Jonã
( “multiplicado com o p o m b a ”), e Jonã, de
Eliaquim ( “D eu sesta b eleceu ”),
(F) De trás para a frente: Pela interpretação dosnomes,
temos a profecia da riqueza de Davi; o suprimento do
doadordas riquezas paraoTemplo: Davi. “Do Doador
veio o donativo preparado como suprimento para o que
Deus estabeleceu” - A semente da mulher recebeu a
encarnação da parte de Deus. Observe que Salomão não
é citado aqui, para revelar que a descendência que saiu de
Natã não se corrompeu com os reis de Israel nem dejudá.
Em Natã, silenciosamente, Deus esconde a semente
da mulher (Gn 3:15), enquanto todos pensavam que da
descendência de Salomão sairia o Rei dos reis. Veja que
Lucas não se refere a Salomão por esta razão (Jr 22:28-30)
Lucas 3:31: e Eliaquim, de Meleá ( “supri­
m ento ”), e Meleá, de Meiná ( “preparado ”),
e Meiná, de Matatá ( “donativo ”), e Mata tá,
194
3:32
de Natã ( “ele d e u ”), e Natã, de Davi, (2 Sm
5:14; I Cr3:5)
(E) De trás para a frente: Pelos nomes, profecia sobre
o chamado e o louvor de Davi . Davi é uma parte que
representa uma nova direção à genealogia, pois ele
recebe a graça do Reino sobre a sua cabeça, sendo ele o
primeiro rei em Jerusalém, pois Saul jamais governou
em Jerusalém. De Naasom a Eliaquim temos a seguinte
interpretação: “Aquele que predizia que a sombra
geraria a força e esta o adorador, e o adorador, a grande
dádiva que foi Davi, o Amado ”
Lucas 3:32: e Davi ( “am ado”), de Jessé
( “dádiva ”), e Jessé, de Obede ( “adorador”),
e Obede, de Boaz ( “fo rç a ”), e Boaz, de Sal-
mon ( “lugar de sombra ”), e Salmon, de Na-
asson ( “o que p red iz”), m i:s; R t4:i8; 1 cr& to )
(D) De trás para a frente: Pelos nomes, profecia da
divisão sacerdotal nos dias de Davi. Observe que não
se menciona Zerá, que também foi filho de Judá; pois
de Zerá sairá a descendência espiritual dejudá, por
causa daflta vermelha, indicando que todos aqueles
que descendem de Cristo, pela fé, através da adoção em
Cristo, estão ligados a Zerá. De Perez a Nasson temos
a seguinte interpretação: “No louvor houve turnos de
separação, o sacerdócio ficou sitiado em Gibeão; mas a
nação será um reino sacerdotal” (Êx 19:5,6)
Lucas 3:33: e Naasson, de Aminadabe
( “m eu povo é nobre”), e Aminadabe, de
Arão ( “serrano”), e Arão, de Esrom ( “sitia­
d o ”), e Esrom, de Perez ( “separação”), e
Perez, dejudá ( “louvor”), /Nm2:3;Gn29:35;38:29;
4ó:12j
(C) De trás para a frente: Pelos nomes, profecia da vinda
de Abraão da sua terra árida, sendo pai do riso. De Davi
a Abrão passaram quatorze gerações. Aqui temos os
filhos que serviram a seus pais algum tempo e outros
que serviram a seus pais bastante tempo, revelando
que todos aqueles que servem a seus pais têm direito
a um filho brilhante na sua geração. De Pelegue aJudá
temos a seguinte interpretação: “Da divisão, um ramo
amigo surgiu do lugar árido e se fortaleceu como pai de
multidões e do riso”
Lucas 3:34: e Judá, de Jacó, e Jacó, de Isa-
que, e Isaque ( “riso”), de Abraão ( “pai de
m ultidões”), e Abraão, de Terá ( “fortale­
za ”), e Terá, de Nacor ( “árido ”), /Gn 11:24,26)
Lucas 3:35: e Nacor, de Seruque ( “ramo”),
e Seruque, de Ragau ( “amigo ”), e Ragau, de
Pelegue (“divisão ”), e Pelegue, de Éber ( “re­
gião de lá ”), e Éber, de Salá ( “arremesso ”),
(B) De trás para afrente: Pelos nomes, profecia a respeito
da vinda do parente Remidor. Não se refere ao nome de
Lu c a s 4:1
Cam, nem de Jafé. De Lameque a Éber, Deus está falando:
“Do desespero virá o repouso (sobre a) na Rocha, de
onde brotará o herdeiro enviado de Deus”
Lucas 3:36: e Salá, de Cainã ( “possuidor”),
e Cainã, de Arfaxade ( “brotando”), e Ar-
faxade, de Sem ( “rocha”), e Sem, de Noé
( “repouso ”), e Noé, de Lameque ( “hom em
nativo ”), fGn 11:10,11,12; / 1:10:5:6:
(A) De trás para a frente temos a seguinte interpretação:
Pelos nomes, a profecia da encarnação de Cristo. De
Adão a Noé, os nomes juntos significam: “Ao homem
designado para ser mortal, será possuidor do Deus
bendito, descendente do dedicado por aquele cuja morte
trará ao homem nativo o repouso”
Lucas 3:37: e Lameque, de Matusalém
( “hom em cuja morte trará ”), e Matusalém,
de Enoque (“dedicado”), e Enoque, de Ja-
rete ( “descendente”), ejarede, deMaalalel
( “o bendito D eus”), e Maalalel, de Cainã
( “possuidor”),
Não há referência aos nomes de Caim e de Abel. A
genealogia termina em Adão porque o objetivo do
autor era provar a humanidade de Cristo e começa em
Heli para provar que Maria era mais importante nessa
genealogia, como tendo a semente da mulher (Gn 3:15)
na sua pessoa
Lucas 3:38: e Cainã, de Enos ( “mortal”),
e Enos, de Sete ( “designado”), e Sete, de
Adão ( “h om em verm elho”), e Adão, de
DeUS. (GnS:l,2j
Lucas, capítulo quatro (4)
Ao tentar quejesus usasse a sua divindade em lugar de
usar a sua humanidade, Satanás pensou em assumir
o poder sobre Cristo: É isso que ele tentou nos dias do
jejum dejesus no deserto. Aqui está um grande segredo
dahamartiologia (doutrinadopecado). No caso do
homem, Satanás o tenta de forma contrária. No caso de
Jesus, o diabo quis quejesus usasse a sua divindade, em
lugar de sua humanidade. No caso do homem, o diabo
quer que ele use a sua humanidade, no lugar de usar a
divindade do Espírito Santo. Se isso ocorrer, pecamos.
Alguns dizem quejesus era imune ao pecado. Isso quer
dizer que ele, assim, faria tudo automaticamente por ■
causa dessa imunidade, mas isto não é verdade. Ele
venceu o pecado, ele venceu a morte, ele venceu o diabo.
Estava ali como homem
Lucas 4:1 : EJesus, cheio do Espírito Santo,
voltou do Jordão e foi conduzido pelo Espí­
rito SantO aO deserto; (Mt4:l;Lc4:14;2:27)
Jesus mostra que durante aqueles quarenta dias foi
sustentado com um alimento espiritual, pois somente
195
4:2 Lucas
teve fome depois daqueles dias. Pessoas que jejuam
experimentam uma espécie de alimento espiritual que
mantém a sua vida física. Ele foi alimentado por uma
perseverança extraordinária naquele deserto, onde
anjos o vigiavam no meio das feras
Lucas 4:2: e foi por quarenta dias tentado
pelo diabo. E não comeu coisa alguma na­
queles dias; quando estes foram cumpridos,
teve fome. (Êx34:28;lRslQ:8)
Da mesma forma como Satanás se apresentou a Eva,
aquele que pode revelar-se até como um anjo de luz,
apresentou-se a Cristo, no meio das feras. Queria saber
se ele era o Filho de Deus. Queria saber se Deus tinha
um Filho, pois desde os tempos remotos, quando servia
ao Altíssimo, jamais o conheceu como tal 0o 1:18). Mas
sua curiosidade não seria satisfeita e perduraria portodo
o tempo do ministério de Cristo. Preferiu entender este
assunto como um tipo de filiação, tal como os anjos, os
homens, os adotados, os gerados, os formados, os criados.
(1) Seu primeiro ataque foi tentá-lo; foi provocá-lo a usar a
sua divindade, coisa que Jesus havia depositado no altar da
vontade de Deus. Jesus não dependia de sua onisciência,
nem de sua onipotência: ele disse, na sua humanidade: “O
Pai me ensina todas as coisas” 0o 5:20). No momento de
sua encarnação, ele estava limitado. Tinha de agirassim,
pois seu ministério terreno dependia de sua humilhação,
já que estava agindo como exemplo fundamental paraa
sua Igreja, que futuramente atuaria na terra. Poresta razão,
no momento datentação, Satanás disse-lhe: “Se és Filho
de Deus”, porque, atacando sua moralidade, esperava que
Jesus tentasse provar a sua identidade como Deus; mas
Jesus foi sábio e deu-lhe a entender: “Sou homem, vim
ao mundo como homem”, porque, naquele momento,
ele estava em humilhação (Fp 2:5-8), e não poderia
usar de sua divindade para o seu proveito, mas confiava
plenamente no Espírito Santo que estava nele para realizar
asobrasdeDeus(Isól;l;M t24:36;4.1).A tentação
consistia em obtero difícil de modo fácil- dinheiro rápido,
facilidades sem dificuldades: transformarpedras em pães,
sem sofrimento
Lucas 4:3: Então, o diabo lhe disse: “Se tu
és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se
transforme em pão”.
Jesus começa a trajetória de sua vitória com a declaração
da Palavra escrita: “Eu vivo da Palavra de Deus. Não vivo
somente de pão, assim como também ohomemnão
deve viver”. Ele queria dizer que a sua vida dependia da
Palavra de Deus
Lucas 4:4: EJesus, respondendo-lhe, disse:
“ Está escrito que nem só de pão viverá o ho­
mem, mas de toda Palavra de Deus”. (Dt8.-3j
(2) Segundo ataque: Glória e poder em troca de adoração
a Satanás. Todas as vezes que um homem tiver uma
grande promessa de Deus, Satanás apresentará outra
aparentemente melhor, queserá incomparavelmente
inferior. Os reinos do mundo virão sem que se renda a
Satanás (Ap 1 l:15).AquiloqueoAnjoGabriel prometeu
196
4:6
a Maria a respeito de Cristo, concernente a seu Reino
sem fim, era verdadeiro. Pilatos quis saber novamente,
mas ele disse: “Agora, meu Reino não é deste mundo ”. A
dependência de Cristo comohomem:(l)Não dependia de
sua imortalidade. Agora ele podia dizer que o Pai eramaior
que Ele 0o 14:6; Fp 2:6). Ele assim falou por causa de sua
humilhação. Nesta época, ele não abusou do fato de serigual
a Deus. Hoje, glorificado, já não poderia dizer o mesmo
Lucas 4:5: E o diabo, levando-o a um alto
m onte, m ostrou-lhe todos os reinos do
mundo em um m om ento de tempo.
A visão do estrangeiro que enriqueceu no país alheio:
Adão entregou o mundo, a sua alma e corpo nas
mãos de Satanás. Todo o seu domínio foi entregue a
Satanás a preço de nada. Agora ele o oferece a Cristo.
Mas Satanás também sabia que o homem tem direito
ao resgate, e o seu parente remidor é forte. Levítico
25:47-48: “Se o estrangeiro ou o peregrino, que vive
no meio de vós, enriquecer-se, e um de teus irmãos,
que está com ele, empobrecer, e se venderão dito
estrangeiro ou a alguém de sua família, terá direito
de resgate, depois de haver-se vendido; e qualquer
um de seus irmãos poderá resgatá-lo”. O seu irmão
veio para pagar o seu resgate: Cristo (Ef 1:4-7). O
homem tentou por si mesmo, mas não pôde. Não
pôde cumprir a Lei, e falhou. E sua salvação não veio
de si mesmo, pois tornou-se um poderoso dom de
Deus (Ef 2:8). Seu esforço próprio não pode resgatá-
lo. Nenhum sacrifício humano, por mais sangrento
que seja, poderá salvar e resgatar o homem do poder
do estrangeiro que enriqueceu às custas dos erros
humanos. Nenhuma obra poderá justificar o homem
de seuspecados. Nenhum valorterreno poderá
substituir sangue inocente de Jesus Cristo. São como
nada, se comparadas ao sangue de Cristo, todas
as obras do homem natural e carnal. Não pode ser
justificado a não ser mediante a fé, a graça de Deus e
o sangue de Cristo: Levítico 25:49: “Assim, o seu tio,
ou o filho de seu tio, ou um parente próximo, poderá
resgatá-lo, ou até ele mesmo se redimirá, se os seus
próprios meios econôm icos o permitirem”. O alcance
do sacrifício do parente remidor. Ele abrange desde o
início da civilização até a obra de Cristo no Calvário (Ef
2:14,15). Valorizando todos os tipos da jornada da fé
humana sob o altar, ao oferecer, pela fé, os sacrifícios
em memorial de sua obra redentora: “valorizando-se
as jornadas de trabalho como as de um jornaleiro”.
Isto quer dizer que todos os atos de fé efetuados nos
altares de holocausto serão contados como valores de
fé, nesta transação eficaz
Lucas 4:6: E disse-lhe o diabo: “A ti eu
darei todo este poder e a sua glória, porque
a mim me foi entregue, e eu a dou a quem
quero, uoi2.-3i;uso-, uos-.w)
O preço era a adoração a Satanás. Adoração em troca
de glória e poder. Mas tudo o que Satanás oferece a
uma pessoa, já foi oferecido a outros, antes. Assim, ele
prossegue com a sua mentira universal
4:7 LUCAS
Lucas 4:7: Portanto, se tu te prostrares
diante de mim, tudo será teu ”.
Tentar tomar esta posição diante de Cristo é
uma grande ousadia. Atrás de Cristo, ele veria
os fundamentos de sua trajetória na História.
Novamente, Jesus utiliza o poder da palavra escrita:
“Escrito está”, e mantém a sua posição e revela que
conhece o dever de quem adora: servir
Lucas 4:8: E Jesus, respondendo-lhe, dis­
se: “Passa para trás de mim, Satanás, porque
está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e
só a ele servirás”. (Dtó.-m
(3) Terceiro ataque: Elevação para depois incitar à
queda. Crescimento rápido, para depois incitá-lo ao
suicídio. Atodos aqueles que Satanás eleva, também
tenta derrubá-los. Ele foi elevado ao mais alto lugar do
Templo; dentro de sua missão, o Templo tinha um lugar
alto, assim como na sua missão, o lugar mais alto é o mais
tentador. No mundo vocacional de cada ser humano,
sempre há um pináculo. Dali, o inimigo quer derrubar
aquele que foi levantado por ele. Ele dá gloria e poder,
mas também o engana, dizendo: Salta daí; não morrerás.
Da mesma forma como falou com Eva
Lucas 4:9: Então o levou também a Jeru­
salém, e, colocando-o sobre o pináculo do
Templo, disse-lhe: “Se tu és o Filho de Deus,
lança-te daqui abaixo;
Quando Satanás entrou no campo do escrito,
usando a mesma arma que Jesus estava usando, algo
surpreendente aconteceu: Deus não tem o dever de
livrar da queda aquele que ele não levantou. Como
Jesus o venceu? Tentar a Deus é usar o seu nome e a
sua Palavra escrita para respaldar uma situação na qual
Deus foi sempre colocado de lado, sem jamais ter sido
consultado, e lançar a culpa em Deus
Lucas 4:10: porque está escrito: Ordenará
aos seus anjos, a respeito de ti, para que te
guardem fsi 9i .i i ,i 2)
Lucas 4:11 : e te sustentem nas suas mãos,
para que não tropeces com o teu pé em al­
guma pedra”.
Jesus entrou no campo profético do “dito”, dapalavra
falada! Agorajesus não disse: “Escrito está”, mas disse:
“dito está”. O nível do conhecimento humano e da
palavra escrita é surpreendido pelo poder da Palavra
revelada edita
Lucas 4:12: EJesus, respondendo-lhe, dis­
se: “Dito está: Não tentarás ao Senhor teu
Deus”. (Dt 6:16 )
Satanás fugiu quando a Palavra saiu do campo do escrito
para o campo da Palavra dita, proferida, profetizada,
revelada. A palavra dita expulsa a Satanás. Ele não
permanece onde a Palavra é dita
197
4:17
Lucas 4:13: E, acabando o diabo toda
a tentação, ausentou-se dele por algum
tempo. Ilo 14:30;Hb4:15)
Agora o Senhor Jesus entrará em Nazaré para
confirmar cada palavra dita a Satanás. O mesmo
Espírito que o levou ao deserto, agora o levará à sua
cidade para confirmar a sua vitória sobre a tentação.
Grandes homens tornam-se famosos porque venceram
uma grande tentação. Ceder à tentação traz vergonha,
triunfar sobre a tentação é um privilégio. Deus mesmo
exalta aquele que triunfa na tentação
Lucas 4:14: Então, Jesus voltou, pela vir­
tude do Espírito, para a Galiléia, e a sua
fama correu por toda aquela terra em der­
redor. (Mt 4:12;Jo 4:43; Mt 9:26)
A primeira parte da tentação foi questionada com a
convicção de que ele não vivia somente de pão: ele vivia
do ensino da palavra
Lucas 4:15: E ensinava nas sinagogas de­
les, sendo louvado por todos, m 4:23; 9:35;
11: 1)
Homens que triunfam sobre a tentação podem voltar
ao seu berço, honram os mandamentos de Deus, têm
o bom costume de ir à casa de Deus e adotam outro
costume importante: a leitura. Aqui ele confirma que
vive da Palavra de Deus. Ele lia a Palavra e conhecia o
verso mais importante dasuavida. Isaías, capítulo 61
Lucas 4:16: E, chegando a Nazaré, onde
fora criado, entrou em um dia de sábado,
como era o seu costum e, na sinagoga e
leV a n tO U -S e p a r a ler. (Is l 1:1; M t2:23;Lc2:39;At
13:14-16; Mt 13:54; Mc 6:1))
O homem que triunfa na tentação conhece
o seu livro, o texto de seu chamado; sabe onde
encontrá-lo rapidamente
Lucas 4:17: E foi-lhe dado o livro do pro­
feta Isaías; e, tendo aberto o livro, achou o
lugar onde estava escrito: íisói.-ij
O homem que triunfa na tentação está pronto para
executar o seu ministério, e sabe qual é o texto que
confirma o seu chamado. Jesus conhecia o dele, e vivia
dessa palavra de Deus. Ele vivia esta palavra que estava
proferida a respeito de seu ministério terreno, na sua
morte e após a sua ressurreição. (1) Ministério terreno:
“Ungiu-me para anunciar Boas-Novas aos pobres; e
restauração da vista aos cegos; para pôr em liberdade
(“por remissão”) os oprimidos. (2) Ministério na sua
morte: “Enviou-me para proclamar remissão aos
cativos”. (3) Ministério após asua ressurreição: “Para
proclamar o ano aceitável do Senhor”. O tempo da
graça de Deus na terra, através do evangelismo. Ele leu
uma versão de Isaías (Is 61.1)
4:18 LUCAS
Lucas 4:18: “O Espírito do Senhor Jeo­
vá é sobre mim, pois que me ungiu para
anunciar Boas-Novas aos pobres; enviou-
me para proclamar remissão aos cativos e
restauração da vista aos cegos; para pôr em
liberdade ( “p o r r e m is s ã o ”) o s oprimidos,
(At 10:38; Is 61:1,2; M t 12:18; Lv25:45-40)
Levítico 25:29: “Mas quando um homem vender a
sua casa de moradia em uma cidade com muralhas
defensivas, o seu direito de resgate durará até cumprir-
se um ano a partir da venda. Todo o ano durará o seu
direito de resgate”. A luta contra o tempo. O tempo vai
passando e com ele a vida. Somente em vida, no corpo
físico, poderemos dar destino à nossa alma. Enquanto
queremos nos justificar por meio de obras diante
de Deus, perdemos tempo e não somos justificados
verdadeiramente. O tempo da graça, para a alma,
é a vida na terra, quando ela tem a oportunidade de
conhecer a verdade e ser salva. A alma, no corpo, tem a
oportunidade de ser resgatada enquanto o corpo viver
nesta terra. Se morrer, sem resgate, a alma ficará como
propriedade daquele que a comprou, e seguirá ao juízo,
imediatamente. Este é o ano aceitável do Senhor (ls
61:1,2): Levítico 25:30: “Mas, se durante o espaço de
um ano inteiro, a propriedade não for resgatada, a casa
que estiver na cidade amuralhada será estabelecida
para sempre como propriedade daquele que a
comprou, por suas gerações, e não será liberada no ano
dojubileu”
Lucas 4:19: e para proclamar o ano aceitá­
vel dOSenhor. (Lv25:10;29,30)
(2) Segunda confirmação da sua postura na tentação:
Estava provado de que ele vivia da palavra que procedia
da boca de Deus. O homem que triunfa na tentação sabe
quando fechar o livro e quando devolvê-lo ao ministro.
Agora ele iria provar a sua postura quanto a tentação
de não prostrar-se diante de Satanás: Ele sentou-se na
cadeira reservada ao Messias! Ele assentou-se ali para
dizer que quem tem autoridade real, não se ajoelha
diante de súditos condenados! A glória e o poder
duradouro vem de Deus. Homens chamados por Deus e
que têm consciência de sua missão, mantêm-se sentados
depois da promessa, porque têm postura ministerial
correta; não andam de um lugar a outro procurando o
que há de mais conveniente. Homens chamados por
Deus sabem que estão rodeados de uma grande nuvem
de testemunhas
Lucas 4:20: E, enrolando o livro, entre­
gou-o ao ministro, e assentou-se; e os olhos
de todos na sinagoga estavam fixos nele.
(Lc4:17)
Homens chamados por Deus, homens com postura
correta, que confirmam suas convicções, vivem
o amanhã como se fosse hoje; chamam o futuro à
existência, hoje. Ele tinhao seu texto pessoal. Quem tem
marcado no coração o seu texto pessoal, sabe quando a
198
4:25
Escritura profética se cumpre diante de seus olhos
Lucas 4:21 : Então, com eçou a dizer-lhes:
“Hoje, se cumpriu esta Escritura em vossos
ouvidos”.
O homem de Deus, chamado, sabe que deve ter cuidado
com o alarde das multidões. Nada é tão superficial do que
o testemunho das multidões. A mesma multidão que o
aplaude, é a mesma que o crucifica. O homem de Deus
sabe que o profeta não tem honra na sua casa: Ali ele é
chamado de Zezinho; ali ele enfrenta a incredulidade em
pessoa. Mas não se importa com ela
Lucas 4:22: E todos lhe davam testemu­
nho, e estavam maravilhados das palavras
de graça que saíam da sua boca, e diziam:
“Não é este o filho de José?” (si45:2;Mt13.5 4 ,ss;
Mc 6:2,3;Jo 6:42; 7:15}
Cafamaum era uma grande cidade nos seus dias. Uma
zona comercial conhecida no mundo de então. Ali, ele
começou osseus milagres. Jesus já previa que a sua
própria família iria considerá-lo enfermo. Sabia que eles
pediam milagres. Mas ele sabia que os milagres, para
aquela geração, era uma qualificação para estabelecer-
se um novo líder que lutasse contra Roma - “faze aqui
na tua própria nação”. O que havia com Cafarnaum?
Os romanos tinham uma base ali, e aquela cidade era
rejeitada. Milagres feitos ali não eram válidos para eles
Lucas 4:23: Então ele lhes disse: “Sem
dúvida, me direis este provérbio: M édico,
cura-te a ti mesmo; a respeito de tudo quan­
to ouvimos que tens feito em Cafarnaum,
faze também aqui na tua própria nação”.
(Mc l:2Í;2:l;Lc4:16)
Como profeta, sabia que não tinha honra. Mas o
sacerdote não podia viver sem a honra. Mas eles não
sabiam que ele era um sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque
Lucas 4:24: Então disse-lhes: “Verdadeira­
mente vos digo que nenhum profeta é bem
recebido na sua própria nação. (jo'4:44;Mt 1357;
Mc 6:4)
Os milagres fora de sua pátria: (1) Elias foi enviado
auma gentia, de Sidon, por causa da incredulidade
de seu povo. Deus não cura, nem liberta, nem opera
maravilhas para obrigar as pessoas a crerem, mas
faz maravilhas porque há pessoas que crêem. A fé é
o ambiente de milagres. Milagres não são frutos de
caprichos, são resultado da fé coletiva
Lucas 4:25: Verdadeiramente vos digo que
muitas viúvas havia em Israel nos dias de
Elias, quando o céu foi fechado por três anos e
seis meses, de sorte que em toda a terra houve
4:26
grande fome; ( i r s i 7 :/,8 ió ; /&•/,• rgs.-i7, i8)
Milagres requerem obediência; com o céu fechado por
três anos e seis meses, qualquer um guardaria o que
tivesse para seu suprimento, mas a viúva obedeceu ao
profeta. Ela não entendia que, através da sua oferta,
osCéusseabririam - não para a sua nação - mas para
a sua família, pois não era israelita. Obediência e fé
andam juntas diante da necessidade, seja ela qual for.
Se houver obediência, haverá fé e, havendo fé, coisas
sobrenaturais acontecerão
Lucas 4:26: e a nenhuma delas foi enviado
Elias, senão a Sarepta de Sidon, a uma mu­
lher viúva.
(2) Os milagres dentro de sua pátria, mas beneficiando a
um gentio: Naamã, o sírio
Lucas 4:27: E muitos leprosos havia tam­
bém em Israel no tempo do profeta Eliseu,
e nenhum deles foi limpo, senão Naamã, o
SÍriO”.(2Rs5:l 14)
Jesus acabara de dizer que dentro ou fora da sua nação,
mesmo tendo grandes profetas, Deus não realizou
milagres por causa da incredulidade deles. Por isso, nos
últimos dias os operadores de milagres serão divididos
em dois grupos: Aqueles que fazem milagres entre os que
crêem e os que fazem milagres para levarem as pessoas
a “crerem” para sua conveniência pessoal, com fins que
lhes convêm! Aestesjesusdiránaquele dia: “Não vos
conheço”. As pessoas que não usam a sua inteligência,
nem o discernimento, nem a fé tomam-se em vítimas de
charlatões. Por isso eles se encheram de ira contraJesus
Lucas 4:28: E todos, na sinagoga, ao ouvi­
rem estas coisas, se encheram de ira.
(3) Terceira confirmação da sua resposta a Satanás, na
ocasião da tentação: Aquilo que Satanás não pôde fazer
do pináculo do tempo, agora queria fazer após o culto da
sinagoga, por meio dos seus assistentes. Esta é a terceira
confirmação da sua provação no deserto. No deserto
ele disse: “não tentarás ao Senhor, teu Deus”, agora ele
confirma a sua postura diante de Satanás que os incitava
a matá-lo, simplesmente saindo do meio deles; provando
que Deus o levantara, e poder nenhum o derrubaria
Lucas 4:29: E, levantando-se, o expulsa­
ram da cidade, e o levaram até ao cume do
monte sobre o qual a cidade deles estava
edificada, para dali o despencarem. /Nm is:3S;
Aí 7:58; Hb 13:12/
Enquanto o teu ministério não é concluído ninguém pode
te deter nem matar. Que liberdade! Que maravilhosa
lição. Estava ali como homem, mas ninguém poderia
derrubá-lo. Este poder não lhes havia sido dado pelo
Pai. Ninguém o prendia, ele se entregava. Nem mesmo
amorte o atou, nem o Hades. Quando ele queria se
entregava, quando desejava, se libertava, como Sansão
ainda sob o poder das suas sete tranças, que falam dos
LUCAS 4:35
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
sete Espíritos de Deus. Ele era o Cordeiro de Deus, a ser
oferecido, mas não caçado. Não foi preso à força, mas
espontaneamente. Assim, como quis, venceu a cruz e foi
sepultado; mas, quando quis, levantou-se e ressuscitou.
Enquanto não chegasse a sua hora, ele era invisível,
intocável, imune e imortal, como são todos aqueles que
fazem a vontade do Pai
Lucas 4:30: Ele, porém, atravessando no
meio deles, retirou-se. (jos.-sç; i0:39j
Se na primeira sinagoga não o receberam, vamos ver
se nesta hárecepção... As sinagogas eram antro de
demônios naqueles dias
Lucas 4:31: E desceu a Cafarnaum, cida­
de da Galiléia, e ensinava-os nos sábados.
(Mt4:13)
Ter uma doutrina não significa nada se ela não é ensinada
com aautoridade da vida pessoal
Lucas 4:32: E estavam atônitos da sua
doutrina, porque a sua palavra era dita com
a u t o r id a d e . (Mt7:28;Mc 11:18;Jo 7:46)
As sinagogas daquele tempo eram habitação de
demônios. Na primeira, em Nazaré, havia um grupo de
gente assassina. Nesta havia um endemoninhado. Em
ambas queriam atacar a pessoa de Cristo. Este demônio
operava a imundícia. O objetivo de gritar em alta voz era
prejudicar a obra de Cristo e o seu ministério
Lucas 4:33: E havia na sinagoga um ho­
mem que tinha espírito de um demônio
imundo, e gritou em alta voz,
Que tinham a ver com ele? Que pergunta! O jovem não
lhes pertencia, mas pertencia a Cristo. “Vocês têm o meu
servo! ”. Eles criam que podiam ameaçar a Cristo dizendo
aquelas palavras diante dos príncipes do povo, para
que eles o matassem. Mas Jesus estava atento. Aqueles
demônios estavam fazendo o mesmo que aquela jovem
fazia ao divulgar o trabalho de Paulo
Lucas 4:34: dizendo: “Ah! que temos nós
a ver contigo, Jesus de Nazaré? Vieste a des­
truir-nos? Eu te conheço, e sei quem és: O
SantO de DeUS! ” (Lc4:41;SUò:10;Dn 9:24)
Os demônios saíam mudos. Todos aqueles que estavam
jogando palavras a fim de obter informações que não lhes
pertencia, a fim de levá-las a Satanás, ficavam mudos.
Satanás não estava satisfeito com o que havia acontecido
no deserto. O demônio saiu frustrado sem ter feito
nenhum mal ao homem
Lucas 4:35: EJesus o repreendeu, dizendo:
“Emudece-te, e sai dele”. E o demônio, de­
pois de lançá-lo por terra no meio do povo,
saiu dele, sem fazer-lhe mal algum. (Lc4:39,4i;
Mt 8:2b; Mc 4:39; Lc 8:24)
4:36
A palavra, o poder e a autoridade. A palavra revelada, o
poder do seu nome e a autoridade da sua vida
Lucas 4:36: E sobreveio espanto sobre
todos eles, e falavam uns com os outros,
dizendo: “Que palavra é esta? Porque com
autoridade e poder ordena aos espíritos
imundos, e eles saem?”
Deus cooperava com o seu ministro enviando a sua fama
adiante dele, antes que ele chegasse. Esta expectativa
contribui para os milagres, pois a fé é gerada num só
corpo, e pelo poder do corpo os milagres acontecem
Lucas 4:37: E a sua fama divulgava-se por
todos os lugares daquela comarca. (Lc4:i4j
A sogra de Pedro estava com febre assim como muitos
ministros experientes que esperam estar ocupados na
obra. A febre é tipo da enfermidade daquele que quer
trabalhar, mas é posto de lado. Alguém deve rogar porela.
No texto de Mateus, Jesus tocou nas suas mãos
Lucas 4:38: E, levantando-se Jesus da si­
nagoga, entrou em casa de Simão; e a sogra
de Simão jazia enferma com muita febre; e
rogaram-lhe por ela.
Quandojesus se inclina até nós, a febre é repreendida.
Quando a febre, que tipifica o desejo de servir, sai, o
serviço aparece imediatamente
Lucas 4:39: E, inclinando-se até ela, re­
preendeu a febre, e a febre a deixou. E ela,
levantando-se imediatamente, os servia.
(Lc4:35,4!)
Com o pôr-do-sol ainda havia muito trabalho, mas, ao
nascerdo dia, novas cidades o esperavam. Ele sabia
deixar saudade. O poder da imposição de mãos e o novo
ensinamento introduzido por Cristo a respeito: Um
rudimento da doutrina do Evangelho (Hb 6:2). O pôr-do-
sol lembrava a morte de Cristo, mediante a qual ele levaria
todas as nossas enfermidades e dores (Gn 15:9-12,17)
Lucas 4:40: E, ao pôr-do-sol, todos os que
tinham enfermos de diversas doenças lhos
traziam; e, impondo as mãos sobre cada um
d e l e s , OS C U r a V a . (.Mc5:23;Mt4:23)
Sabiam que ele era o Cristo, mas desconfiavam que era
o Filho de Deus. Eles jogavam as palavras para saber
com certeza, pois nem Satanás teve esta certeza desde
a tentação no deserto. Ele lançavam palavras para
ter retorno, mas Jesus estava atento contra eles. Os
demônios queriam saber se o Cristo era real mente o
Filho de Deus. Mas este mistério somente seria revelado
e confirmado depois, aos principados e potestades,
através da Igreja (Ef 3:9,10)
Lucas 4:41: E os demônios saíam de mui­
tos, clamando e dizendo: “Tu és o Cristo, o
Lucas 5:2
Filho de Deus!” Mas ele os repreendia, e não
lhes permitia que falassem, pois sabiam que
ele era o Cristo. ímc i.-34;Mt4.-3;8:41
Um novo dia, um novo tempo, uma nova missão.
O profeta não pode deixar-se deter. O amor da
multidão é ingrato e mutável. A multidão
o ama enquanto pode explorá-lo
Lucas 4:42: E, quando já se fazia dia, saiu
e foi a um lugar deserto; e as m ultidões
o procuravam, e vieram até ele; e procu­
ravam detê-lo, para que não se apartasse
d e l e s . (Mc 1:35-38/
A necessária compreensão do povo diante
de seu mensageiro apostólico: outros
necessitam ouvir o Evangelho
Lucas 4:43: Ele, porém, lhes disse: “Tam­
bém é mister que eu anuncie a outras cida­
des o Evangelho do Reino de Deus, porque
para isto fui enviado”.
Toda vez que pregava em uma sinagoga,
algo sobrenatural acontecia
Lucas 4:44: E pregava nas sinagogas da
Galiléia. (Mc 1:39;Mt4:18-22;Mc1:16-20;Jo !:40-42)
L u c a s, c a p ítu lo c in c o (5 )
A mudança de produto. Ausência de peixes e presença de
almas. Quando o a ausência de peixes requer mudanças
em nossos planos empresariais. Almas procuravam as
redes de Cristo, o pescador de homens, enquanto peixes
fugiam das redes dos pescadores do mardaGaliléia
Lucas 5:1: E aconteceu que, quando a
multidão o apertava para ouvir a palavra de
Deus, ele estava em pé junto à praia do lago
de Genesaré;
Os dois barcos representam as duas empresas. Uma
delas será escolhida por Cristo. Que faziam aqueles
barcos na praia? Que faziam aqueles pescadores que
desciam? Que faziam aqueles frustrados pescadores
lavando as suas redes? Estes são os sinais de uma
empresa entrando na falência
Lucas 5:2: e viu dois barcos que estavam
junto à praia do lago; mas os pescadores,
havendo descido deles, estavam lavando
as redes.
Quando encontramos a solução: Deixar Jesus entrar no
barco. Afastar o barco um pouco da praia. Permitir que
Jesus utilize a ociosidade da empresa para executar a
sua obra-transformando a empresa em um púlpito para
sua mensagem. Sempre há competição, mesmo entre
os colegas ou irmãos. Mas a postura daquele barco que
200
5:3
não foi escolhido é um exemplo. Ele soube esperar que o
outro barco tivesse sucesso. A solução começou quando
o dono da primeira empresa afastou o seu barco da terra
-estava tão perto das coisas desta vida que seus negócios
não lhe davam mais tempo para servir a seu Senhor.
Quantas empresas estão tão perto da terra! Permitamos
que ele utilize a empresa para alcançar a sua clientela: a
multidão que o aperta. Assim, ele estava revelando-lhe o
seu novo e futuro produto-almas em lugar de peixes!
Lucas 5:3: E entrando em um dos bar­
cos, que era o de Simão, pediu-lhe que o
afastasse um pouco da terra; então ele,
assentando-se, ensinava do barco a m ulti­
dão. (M tl3 :l,2 ;M c 4 :lj
O pagamento pelos momentos de seu trabalho
vem com uma grande lição. Deus não fica devendo
a ninguém. Ao terminar o seu trabalho, vem o
pagamento de sua oferta - o uso do barco por algumas
horas! Levá-los ao mar profundo, deixando à beira-mar;
lá onde o anzol é invalidado, onde somente fortes redes
funcionam
Lucas 5:4: E, quando acabou de falar, disse
a Simão: “Faze-te ao alto mar, e lançai as
vossas redes para pescar”. (jo 2 i : 6j
ParaJesus, dia ou noite não fazia diferença. Se ele
estivesse ali de noite, seria o mesmo que de dia. Sem
Jesus, empresa nenhuma produz; sem Jesus, os clientes
não vêm. Mas sob apalavra dejesus, muitas coisas
mudam. Pedro, agora, iria viver da palavra de Cristo.
Jesus também estava sendo beneficiado ali; veja a
bênção que o Pai havia reservado para ele, depois de
quarenta dias no deserto! Ele estava confirmando: “Não
preciso transformar pedras em pães, minha palavra sabe
onde há muito peixe”. As redes estavam sendo lavadas,
mas, segundo a palavra de Cristo, elas devem ser postas
em serviço. Eles estavam descendo do barco; estavam
lavando as redes e o seu barco ancorado. Este é o grande
avivamento profetizado!
Lucas 5:5: E, respondendo-lhe Simão, dis­
se: “M estre, trabalhamos a noite inteira,
sem nada apanhar; mas, sob a tua palavra,
lançarei as redes”. /ic8:24,45; 9.33,49; i7.-i3/
Quando os discípulos foram chamados, haviam
trabalhado a noite inteira; no fim do ministério, eles
estavam lançando a rede do lado esquerdo. Nada
apanharam. Quando eles obedeceram a Cristo e
lançaram a rede do lado direito, quantos peixes
apanharam? Cento e cinquenta e três grandes peixes!
Em ordem: Nada, cento e cinqüenta... e, agora?
Quantos peixes? Não se podia contar. O marprofundo
é melhor do que o lado direito; o lado direito é melhor
do que o lado esquerdo. Estes são os níveis da fé de um
empresário quase à falência. Para quem estava lavando
as redes por falta de peixe, o rompimento das redes era
uma bênção! Mas eles vão receber novas redes que não
se romperão (Jo 21:11)
Lucas 5:9
Lucas 5:6: E, havendo feito assim, reco­
lheram uma grande quantidade de peixes,
de tal modo que as redes se rompiam.
O outro barco: Quando aprendemos a abençoar e
cobrir com bênçãos aqueles que labutam na mesma
batalha, sempre temos surpresas agradáveis a nosso |-H
favor. O pessoal do barco que ficou não reclamou
porque o outro foi escolhido. Por outro lado, o outro
barco quase naufragou. O sucesso leva ao naufrágio,
quando não é compartilhado. Outros barcos
s Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
esperam a bênção de nosso sucesso; aqueles que não
compartilham, naufragam. Este é o grande avivamento
dos últimos dias do qual Joel falou: Um grande
derramamento do Espírito Santo encherá os barcos,
as denominações sérias, os ministérios honestos!
Eles, então, farão sinal a seus companheiros para que
venham ajudá-los. Não darão conta de tantas almas!
Este tempo está chegando
Lucas 5:7: E fizeram sinal aos com pa­
nheiros que estavam no outro barco, para
que viessem ajudá-los. E chegaram e en­
cheram ambos os barcos, de tal modo que
quase naufragaram.
Pedro, adorando, pede quejesus se afaste de um
pecador. Você nunca verá Jesus apartar-se de um
pecador que aprende a reconhecer seu poder com
adoração. Determinadas pessoas precisam apenas
de uma letra para mudar a sua vida! Entre a letra e e a
letra c, faltava apenas um s. Para algumas pessoas falta
tão pouco para a sua salvação. Para Abrão, faltava uma
letra a, para Sarai, havia necessidade de lhe tirar um
i, a Saulo, uma troca simples entre o s e o p. A Pedro,
devia-se acrescentar apenas um s. Então ele já não seria
um pecador, mas um pescador de homens. Seu novo
produto eram almas, as mesmas que os apertavam no
início do texto
Lucas 5:8: E Simão Pedro, ao ver isto,
prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo:
“Senhor, aparta-te de mim, pois sou um
hom em pecador”.
O que se esperaria depois da atitude de obediência,
por permitir-se quejesus entrasse no barco, por terem
saído da margem, depois de emprestarem o barco,
antes de tudo, ao trabalho de Cristo? O que esperariam
receber em alto mar, com Jesus na capitania?
Lucas 5:9: Pois o espanto se apoderara
dele, e de todos os que estavam com ele,
por causa da grande colheita de peixes que
haviam feito.
Jesus nos abençoa com sucesso no ambiente de nossos
sonhos, para depois nos chamar para novos desafios.
Eles eram sócios. Entendiam de sociedade. Então seria
fácil entendera mensagem: Tinham um novo sócio
entre ambos. E o produto daquela sociedade acabara
201
5:10 Lucas
de mudar: Eram almas sedentas de Deus e de salvação.
Será que Deus não está querendo você de sócio?
Lucas 5:10: E, da mesma forma, de Tiago
e de João, filhos de Zebedeu, que eram só­
cios de Simão. Então Jesus disse a Simão:
“Não temas; de agora em diante serás pes­
cador de hom ens”. (Mt4:19;Mcl:17;Mtl4:27j
Jesus jamais chamará homens frustrados, doentios,
desesperados, sem antes ensiná-los a viver de sucesso
em sucesso. Jesus jamais os chamaria nas condições
em que estavam: na frustração e na necessidade.
Jesus os levantou moralmente; encheu os seus barcos,
e os conduziu ao local de seu trabalho em triunfo,
para depois os chamar. Os seus barcos chegaram ao
porto cheios de peixes, e, naquela condição, - sem
frustração, - eles mudaram de produto e de vocação
Lucas 5:11: E, trazendo os barcos à terra,
deixaram tudo e o seguiram. ímm:20;Lc5:28;
Mt 19:29; Hb 1:14,15)
Aquele homem jáhavia passado portodas as fases de
consulta sacerdotal, e havia sido declarado leproso.
A lepra não se estagnava e ele morria aos poucos,
deformado poraquela tão cruel enfermidade, que tirava
a sensibilidade e moralmente o afastava do convívio de
sua família e do interior de sua casa. O leproso era um
homem inteligente, pois tinha convicção que somente
um sacerdote poderia declará-lo limpo. Era uma frase
perigosa, diante de seus inimigos acusadores. Não houve
outra pessoa no ministério de Cristo que entendesse tão
bem sobre as prerrogativas sacerdotais quanto à limpeza
de um leproso como este homem: Pêlo branco no lugar
da ferida - declaração de morte prematu ra; a chaga ser
mais profunda do que a pele (está mais profundado que
a simples aparência) - é lepra. Tipo do pecado na vida
do homem. Basicamente, a lepra é uma enfermidade
cujo sintoma principal é a perda da sensibilidade dor;
isto significa que a pessoa que sofre de lepra não sente
nenhuma dor onde estiver localizada a enfermidade. O
pêlo branco era um sinal negativo e precoce de sua saúde
abalada. A chaga mais aprofundada do que a pele revela
o tipo do alcance do pecado que chegaa aprofundar-se
nointeriordo homem, físicae espiritualmente: Levítico
13:3: “Eo sacerdote examinará aafecção que houver na
pele de sua carne; e quando o pêlo se tornar branco no
lugar da feridae a chaga for mais profunda do que o resto
da sua pele, a enfermidade é lepra. Então o sacerdote, após
o exame, o declarará impuro”. A lepra indeterminada é a
forma inicial da doença, e consiste, na maioria dos casos,
em manchas de coloração mais clara que a pele ao redor,
podendo serdiscretamente avermelhada, com alteração
de sensibilidade àtemperatura, e, eventualmente,
diminuição do suor sobre a mancha. Temos um tipo
da prudência em tratarmos os assuntos relacionados
à acusação de umapessoa próxima e a rebelião que
geralmente é notada na pessoa acusada. A evolução de
todo o estado complexo de sua vida será vistaà medida que
o tempo passae não poderá ser escondido por mais tempo.
O pêlo branco era um sinal negativo e precoce de sua
202
5:14
saúde abalada. Achaga mais aprofundada do que a pele
revela o tipo do alcance do pecado que chegaa aprofundar-
se nointeriordo homem, físicae espiritualmente: Levítico
13:4: “Mas se a crosta lustrosa dapele de sua carne for
branca, mas parecer não estar muito mais profunda em
relação ao resto da pele, nem o pêlo da zona estiver ficado
branco, o sacerdote o terá em reclusão durante sete dias”.
É um tipo danova oportunidade que se dá ao acusado, do
ponto de vista moral, para que confesse e seja curado (Mt
18:16). Um tipo do seu arrependimento e sua declaração
de limpeza, pois o seu pecado não evoluiu. Alavagem
é feita pela Palavra deDeusepela comunhão com os
santos: Levítico 13:5-6: “Ao cabo dos sete dias, o sacerdote
o examinará e saberáse aafecção se deteve e não se
estendeu, o sacerdote o terá em reclusão outros sete dias;
ao cabo dos sete dias o sacerdote voltará a examiná-lo. Se a
erupção tornou-se mais opaca e não se estendeu na pele, o
sacerdote o declarará limpo: é um simples abscesso. Então
lavará as suas vestimentas e ficará limpo”.
Lucas 5:12: E aconteceu que, quando ele
estava em uma daquelas cidades, eis que um
hom em cheio de lepra, quando viu a Jesus,
prostrou-se sobre o seu rosto, e rogava-lhe,
dizendo: “Senhor, se quiseres, podes limpar-
m e”. (Lv 13:34)
Somente uma autoridade maior do que a enfermidade
tão cruel poderia tocar em um leproso. Todos afastam-se
do infectado, porémjesus toca-o e cura-o. No mínimo,
vinte e um dias eram necessários para declarar uma
pessoa que já tinha estagnada a sua lepra. Jesus curou
instantaneamente aquele homem. Ele teria que esperar
dias somente para ser examinado. Jesus o curou
instantaneamente
Lucas 5:13: E, estendendo a mão, tocou-lhe,
dizendo: “Quero, sê limpo”. E, instantanea­
mente, alepra desapareceu dele. (Lci7.-iii9)
No texto de Marcos vemos que ele entrou na cidade:
O seu sonho era voltará cidade. Mas ele voltou como
pregador. O seu trabalho foi tão espetacularque Jesus já
não podia entrar na cidade (Mc 1:45). Jesus tomou o lugar
do leproso. Jesus tomou o nosso lugar de condenação,
o nosso deserto de rejeição e nos devolveu à sociedade.
Este é o trabalho quejesus querfazer com todos os
homens que crêem que ele é o seu sumo sacerdote. Jesus
também o ensina para que pague a sua oferta de ação
de graças. Muitos gastam tanto dinheiro com médicos,
exames e remédios, e quando nada mais funciona,
procuram a Cristo. E, ao serem curados, apresentam as
suas misérias no altar do Senhor. Não me surpreende
se suas enfermidades aparecem novamente, por causa
da ingratidão deles! Nossa oferta serve de testemunho,
porque o ministério terá como atender muito mais
pessoas. Nossas ofertas de gratidão são testemunho de
cura e de libertação. O leproso não era rico, mas ninguém
tem tão pouco que não possa ofertar com gratidão
Lucas 5:14: E ordenou-lhe que não o dis­
sesse a ninguém. “Mas vai, disse, mostra-te
5:15
ao sacerdote, e oferece o que Moisés deter­
minou pela tua purificação, para que lhes
sirva de testem unho”.
Somente lendo Marcos 1, entenderemos que esta fama
aconteceu com o testemunho do ex-leproso. Quando
as multidões se ajuntavam, reuniam-se em uma só fé
coletiva: Tornavam-se um só corpo ao redor de Cristo
Lucas 5:15: Porém a sua fama se difundia
ainda mais, e ajuntavam-se grandes multi­
dões para o ouvirem e para serem curadas de
suas enfermidades por ele. (Mtç:26;Lc4:i4,17/
Jesus sabia que o combustível de seu ministério era a
comunhão com o seu Pai celestial. A oração era o seu
combustível e a forma de manter a sua comunhão com
Deus. No local onde havia vencido a Satanás, ele tinha
liberdade. Ali orava. Orava no deserto! Orava onde os
anjos o serviam. Orava onde obteve vitória sobre as
trevas. Ele aprendeu a orarno deserto
Lucas 5:16: Mas ele saía para os desertos, e
orava. (Mt 14:23;M c6:46;Lc3:21;6:12; 9:18,28; 11:1)
Há dias que a unção flui poderosamente, dependendo
do ambiente de fé no qual nos movemos. Naquele dia,
a unção para curar flui para que saibamos que nada
vem de nós mesmos, mas de Deus. Muitos fariseus e
doutores da lei vieram para ouvi-lo. Alguns criam nele e
não se envergonhavam das palavras e da zombaria que
os seus colegas haviam de falar. Ele estava em sua casa, e
os recebeu na sala de sua casa. Sua casa estava cheia de
pessoas que queriam ouvi-lo, mas ele queria curar, estava
pronto para curar (Is 61:1,2), conforme havia lido na
sinagoga, confirmando a sua Palavra
Lucas 5:17: E aconteceu que, em um da­
queles dias, estava ensinando, e ali estavam
assentados fariseus e doutores da Lei, que vie­
ram de todas as aldeias da Galiléia, da Judéia
e de Jerusalém. E com ele estava a unção do
Senhor para curar, m i 5:1;Mc5:30;Lcó:W)
Sabemos em outros textos que eram quatro homens (Mc
2:1 -12). Estes homens eram pessoas comuns, que faziam
favores para ele; pensemos nasua dificuldade todos os
dias em buscar quem o transportaria continuamente ao
local de sua mendicância. Asua cura seria um alívio para os
seus carregadores voluntários. Quatro pessoas divididas
entre eles arespeito daquele propósito, representando
os temperamentos humanos, tentando dar fim àquele
sofrimento. Sabiam que era necessário estar diante
de Cristo. Carregadores de paralíticos conhecem as
dificuldades de levar um enfermo aos pés de Jesus. O
trabalho daqueles carregadores era muito difícil, e eles
queriam estar livres daquela grande responsabilidade
Lucas 5:18: E eis que alguns homens tra­
ziam um homem sobre um leito, o qual era
paralítico; e procuravam como introduzi-lo,
Lucas 5:20
a fim de colocá-lo diante dele.
As portas estavam fechadas. Não havia como
introduzir o enfermo. As multidões não facilitam,
impedem. As portas terrenas estão sempre fechadas;
então devemos apelar para as portas superiores.
Elas estão sempre livres, pois são poucos que
aceitam o desafio de subir até lá. Nossas bênçãos
foram depositadas nas regiões celestiais, mas nós
sempre queremos entrar pelas portas mais fáceis.
Vindo de baixo, queremos estar diante de Jesus;
pelas portas superiores, podemos estar no meio e
diante dejesus. Nosso esforço de subir, triunfando
sobre os desafios, será recompensado. A casa de
Jesus era uma congregação. A casa dejesus sempre
será pequena para receber todas as pessoas. Marcos
2:3-4: “E vieram até ele, trazendo-lhe um paralítico,
carregado por quatro”. Eles receberam habilidade
para abrir portas na hora da dificuldade, encontrar o
lugar onde Jesus estava e abrir o teto depois de alguns
cálculos. Um poderoso exemplo de perseverança.
Mas eles baixaram apenas o leito com o paralítico.
Eles aprenderam a depositar o seu problema aos pés
d ejesus, lançando sobre ele as suas ansiedades. O
que significa abrir o telhado da casa dejesus? Significa
orar, interceder, subir, procurar os meios de acesso.
Eles sabiam que as portas estão sempre fechadas
para quem tem fé, mas sabem que podem abrir o céu
para salvar uma alma. Destelhar o céu é um trabalho
externo que requer perseverança, mas cavar um
buraco no forro interno da alma é mais complicado
Lucas 5:19: E, como não acharam por
onde introduzi-lo, por causa da multidão,
subiram à cobertura e, por entre as telhas,
o baixaram no seu leito, pondo-o no meio,
diante dejesus. (Mt24:i7)
Qual é a fé que se vê? Quando agimos, a nossa fé é vista:
quando triunfamos sobre os bloqueios, a nossa fé é
vista. Mas, quando estamos procurando a cura, ejesus
primeiro nos oferece perdão, seria natural o desespero?
Eles não se desesperaram. Eles não estavam dispostos
a voltar ali. O perdão de seus pecados resolvia a causa
de sua atual situação. Jesus abordou primeiro a causa,
e depois o efeito. Era grande a fé daqueles homens.
Enquanto o leito do paralítico era abaixado, ele fazia um
sinal aos seus amigos, como se estivesse lhes dizendo:
“Éaúltimavez. Estarei livre hoje!’’.Podemos imaginar
aquelas quatro faces olhando de cima para baixo e
esperando ver o que iria acontecer
Lucas 5:20: E ele, vendo a fé deles, disse:
“Homem, os teus pecados são perdoados”.
(Lc7:48,4Çj
Até hoje, os “escribas” do ministério crêem que nenhum
homem de Deus recebeu poder do Senhor para perdoar
pecados, muitos ainda dizem: “Quem o perdoa é Deus”,
quandojesus disse que cada irmão deve perdoar a seu
irmão.Deus deu aseusfilhosopoderparaperdoar.
Quem perdoa tem poder, quem perdoa tem autoridade.
Jesus sempre foi sensato naquilo que ensinava, mas eles
5:21 Lucas
achavam que ele era polêmico. Quando uma pessoa não
compreende algumas verdades, que vão de encontro à
sua ignorância, ela verbaliza: “ele é polêmico ”,
para não dizer, “ele blasfema”
Lucas 5:21: E os escribas e fariseus com e­
çaram a arrazoar, dizendo: “Quem é este
que fala blasfêmias? Quem pode perdoar
pecados, senão Deus?” (Mc2:7;is43:2S)
O discernimento de espíritos e o dom da palavra de
conhecimento atuantes emjesus, pois todas as obras
que Jesus fazia eram mediante o poder do Espírito Santo
nohomemjesus. APalavra viva, o Verbo, estava alipara
discernir pensamentos e intenções do coração (Hb 4:12)
Lucas 5:22: Jesus, porém, conhecendo os
seus pensamentos, respondeu e disse-lhes:
“Que discorreis em vosso coração?
O evangelho dos direitos restaurados: direito ao perdão.
No texto, Jesus cura o paralítico, dizendo: “Qual é mais
fácil?”.Jesus estava restaurando o direito que o homem
tem ao perdão de seus pecados; isto é, a liberdade e o
direito de todo cidadão: andar sobre seus próprios pés. Seu
leito não estaria mais exposto diante de todos. Agora, ele
poderia tersuaprivacidade restaurada, a capacidade de
dirigir-se aonde ele quisesse, sem depender de alguém. Os
dois são a mesma coisa: Levantar-se e andar - ele recebe
independência, e isto é asalvação. Acama, o leito ou as
circunstâncias são apenas tipos do poder que nos oprime.
O perdão nos levanta e a cura nos dá liberdade
Lucas 5:23: O que é mais fácil dizer? Os
teus pecados são perdoados, ou dizer? Le­
vanta-te, e anda!
A cura do paralítico comprovava quejesus tinha poder
para perdoar. Se eles queriam abafá-lo, agora ficou
mais evidente o seu poder. O sinal de quejesus tinha
autoridade para perdoar pecados foi a cura do paralítico.
Ele curou o paralítico para provar que tinha poder para
perdoar. Perdoar é libertar, é fazer o nosso dependente
andar com seus próprios pés. Perdoaré deixar ir, perdoar
é destruir a exposição da vergonha humana e conduzi-lo
à sua privacidade. Deus restaurou a sua dignidade na
sua casa, pois são muitos que vivem em pé fisicamente e
arrastam a sua própria alma como um paralítico
Lucas 5:24: Pois, para que saibais que o
Filho do hom em tem poder na terra para
perdoar pecados (disse ao paralítico): A ti eu
digo: Levanta-te, toma o teu leito e vai para
tua casa!”
Ele voltou carregando o seu próprio leito para mostrar
à sua vizinhança que jamais necessitaria de alguém
para levar asua cama. Seu leito exposto, que revelava
a sua intimidade, não seria mostrado. Ele jamais havia
experimentado aquela sensação de ir para sua casa sem
depender de alguém. Ele tomou-se um grande adorador,
como todos aqueles que reconheceram a grandeza das
204
5:30
obras de Deus em sua vida
Lucas 5:25: E, instantaneamente, levantan­
do-se diante deles, e tomando o leito no qual
jazia, foi para a sua casa, glorificando a Deus.
Eles viram maravilhas ejesus viu afé de cinco homens.
Ele entrou pelo teto porque as portas estavam fechadas
por dentro, mas a sua fé abriu as portas para ele pelo
lado de dentro. Quem impediu você de entrar pelo lado
de fora vai vê-lo sair pela mesma porta pela qual foste
impedido. Quem tem fé para entrar pelo telhado, mas
não entra pela janela, há de sair pelaporta principal
diante de todos os seus impedimentos. Eles nunca viram
algo assim: o primeiro elevador que somente desceu,
a primeira pessoa que saiu pela porta por onde jamais
entrou. Ele tomou-se um grande adoradore influenciou a
muitos, os quais também se tomaram adoradores
Lucas 5:26: E de todos apoderou-se grande
espanto, e glorificaram a Deus; e se enche­
ram de temor, dizendo: “Hoje vimos mara­
vilhas”. (Lc7:lój
Jesus já havia observado aquele homem em tudo. Mas
havia algo que lhe interessava: A grande influência
daquele homem! Todas as noites ele reunia os seus
amigos na sua casa para se divertir. Este evento
interessava a Cristo
Lucas 5:27: E, depois destas coisas, ele saiu
e viu um publicano, chamado Levi, sentado
no banco da coletoria dos tributos, e disse-
lhe: “Segue-me”. (Lc9:59}
O que ocasionou tamanho desprendimento?
Aquela atitude impactariaZaqueu,
pois Zaqueu era o seu chefe geral
Lucas 5:28: E ele deixando tudo, levantou-
se e o seguiu. (Lcs .-h j
O homem de maior influência do Novo Testamento
agora utilizará a sua persuasão para atrair à Cristo os seus
amigos, e transformará as suas festas de diversão em
grandes vigílias na presença de Deus
Lucas 5:29: E fez Levi um grande banquete
em sua casa; e havia numeroso grupo de pu-
blicanos e de outros que estavam assentados
à mesa com eles. íl c is -.d
As pessoas dignas não aceitaram vir ao seu banquete
e apresentaram suas desculpas. Jesus queria libertar
cativos, indo ao cativeiro; Jesus queria salvar pecadores,
indo aos seus antros. Eles não entendiam que aquela
noite era a primeira na qual eles estavam comungando
com Cristo e não festejando a carne. Era uma amostra
da alegria de quem perdeu uma ovelha e a encontrou, a
manifestação do gozo de quem perdeu uma moeda e a
encontrou; de quem perdeu um filho e agora o recuperou
Lucas 5:30: Mas os fariseus e os escribas
5:31 Lu c a s
murmuravam contra os seus discípulos,
dizendo: “Por que comeis e bebeis com pu-
blicanos e pecadores?” (At23:9)
As noventa e nove ovelhas ficam no aprisco,
enquanto o pastorbuscapela centésima
Lucas 5:31: E, respondendo Jesus, disse-
lhes: “Os sãos não necessitam de médico,
mas sim os enfermos.
O chamado de Levi era este: Atrair pessoas a Cristo.
Quanto maior o número, melhor; e Levi era o poderoso
imã de vidas para Cristo. Segundo os cálculos na parábola
dejesus, os pecadores deviam 500 denários, e os j ustos
50. Mas os pecadores endividados queriam pagaras suas
dívidas, enquanto os justos diziam que nada deviam
Lucas 5:32: Eu não vim chamar os justos,
senão os pecadores ao arrependimento”.
(1 Tm 1:15)
Jesus foi obrigado a ensinar que até para jejuar tem
hora. Quando se dedicavam a jejuar, orar e estudar, eles
buscavam uma vida de santidade que atrairia sobre eles
uma unção tão grande que os seus odres não estavam
preparados para suportar, que seus tecidos velhos não
estavam preparados para receber
Lucas 5:33: Então, eles lhe disseram: “Por
que os discípulos de João jejuam muitas ve­
zes, e fazem orações, assim com o os dos
fariseus, e os teus com em e bebem?” (Lc7.-is;
Jo3:25,26)
A presença do noivo entre os seus amigos é motivo de
festa, e não de tristeza. O ensinamento de João, antes
que Jesus chegasse, era o jejum. Mas os seus discípulos
continuaram o jejum mesmo com a chegada de Cristo.
Eles não fizeram festa na sua presença e continuaram
esperando o Messias em jejum: Como continuar com
o maná se o pão vivo está na mesa? Como continuarem
jejum diante do pão do Céu?
Lucas 5:34: EJesus lhes disse: “Podeis obri­
gar que os filhos das bodas ( “com panheiros
do n oivo”) jejuem, enquanto o esposo está
corneies?
A saída do Filho do homem da terra inspira orações,
jejuns e ensinamentos. Emboraagraçasejauma grande
dispensação, o Noivo está ausente em pessoa: É tempo
de jejum. São muitos os tipos de jejum, mas são somente
quatro os seus objetivos: (1) soltar as ligaduras -Jesus
estava ali para fazer isto; (2) desfazer as ataduras - como a
Lázaro, após a sua ressurreição; (3) libertar os oprimidos -
pois para isso ele foi ungido (is 61:1); (4) despedaçartodo o
jugo (Is 58:6) -para isso nos convidaamudar de jugo. Eles
jejuavam para que estes eventos acontecessem, e o grande
executor destas bênçãos estava ali, e eles o rejeitaram -
teriam que continuar jejuando
205
5:36
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
Lucas 5:35: Mas dias virão, quando o espo­
so lhes será tirado, e, então, jejuarão naque­
les dias”. (Lc 9:22; 17:22)
Os resultado do jejum era trazer vestido novo; mas eles
queriam remendar o vestido velho com o tecido do
vestido novo - destruindo o vestido novo e estragando
o velho. É como tomar as doutrinas da graça para viver
nas doutrinas da lei; é como adaptaras bênçãos de Cristo
e reformular as doutrinas de Moisés; é como deixar o
cumprimento e viver nas promessas; é como rejeitar
Isaque e reformular tudo em Ismael; é como crer nas
mensagens de Cristo, mas crucificar ajoão Batista. O
jejum é pano novo, é coisa muito nobre, delegado a
pessoas que nasceram de novo, capacitadas a recebê-
lo, bem como os seus privilégios; coisas preciosas que
não podemos oferecê-las a pessoas sem preparo e sem
mudanças radicais. Quantos líderes apoiam obreiros
“velhos”e imorais, sem vida com Deus e imundos, os
quais tiram de suas próprias roupas novas e limpas
destruindo assim o seu próprio vestido, a fim de cobrir os
erros de determinados obreiros? Dessa forma inutilizam
a si mesmos e confirmam a inutilidade de outros
Lucas 5:36: E disse-lhes também uma
parábola: “Ninguém rasga um pedaço do
vestido novo para daí remendar um vestido
velho; pois, dessa forma, destruirá o novo,
e tampouco o retalho tirado do novo ficará
bem no velho.
Entender que o remendo novo é igual ao vinho velho, e o
vinho novo é igual ao vestido velho. Aqui está o segredo
da parábola! Quando Jesus transformou a água em vinho,
já o transformou em vinho velho, pois assim o comprovou
o mestre-sala: “mas tu conservaste o bom vinho até
agora” (Jo 2:10). Odres velhos não suportam vinho
novo, e os odres ficam velhos porque não são postos
de molho no azeite. Vestidos velhos não se remendam
sem deixar vestígios (Mt 9:14-17; Lc 5:33-39). Aqui,
temos a restauração do direito à transformação pessoal.
O povo ainda não acreditava no novo nascimento, pois
essa doutrina ainda não era conhecida. Em Marcos
2:18-22, Jesus está falando a respeito do jejum para
eles. Eles tinham o direito de serem transformados, isto
é, o direito de terem uma roupa nova (o revestimento
do novo homem) e o direito de beberem o vinho novo
(tipo do Espírito Santo). O poder mencionado equivale
ao poderpara suportar o novo, o melhor. Um cargo de
autoridade (responsabilidade, credencial, missão)
dado a um obreiro que não está preparado moralmente,
espiritualmente e ministerialmente, derrubará a sua vida
e o seu ministério. O pano e o vinho novos são tipos de
uma nova responsabilidade com Deus. O vinho é a unção
do Espírito Santo e o pano é apenas um pedaço daquilo
que Deus tem para revestir o novo homem como um todo
e não para remendar a sua velha indumentária. A unção é
nobre e dada aos nobres. Pessoas de natureza velha não
podem recebê-la nem suportá-la. A unção não pode ser
negociada por cargos, e não serve para agradar homens
5:37
Lucas 5:37: E ninguém põe vinho novo em
odres velhos; de outra sorte, o vinho novo
romperá os odres, e o vinho se derramará, e
os odres se perderão.
Esse texto mostra a paciência, a habilidade e a
capacidade dejesus de conhecer a debilidade de seus
discípulos; ele sabia até onde eles eram capazes de
suportar uma carga. Jesus era um cavalheiro, e não daria
uma carga espiritual maior do que os seus discípulos
pudessem suportar. Quandojesus ressuscitou e
soprou sobre eles, dizendo: “Recebei o Espírito Santo”
(Jo 20:22), a partir desse momento eles estavam
preparados e o esposo poderia se retirar. Nesse tempo,
ele estaria mergulhando os novos odres no azeite do seu
Espírito, preparando-os para grandes obras
Lucas 5:38: Mas o vinho novo deve ser
posto em odres novos, e ambos juntamente
se conservarão.
Aqui ele não está falando de Lei e Graça, mas daquele
que conserva o vinho em si mesmo, àmedida de sua
experiência com Deus e com a sua Palavra. À medida
em que o tempo vai passando, ambos, o odre e o vinho,
vão se maturando, de tal maneira que quando a pessoa
expressa a sua mensagem, ela é aceita, porque tanto
o odre (o seu templo) como o vinho (a sua mensagem)
são conservados, um pelo outro; então as pessoas o
escolhem, rejeitando o vinho não-conservado
Lucas 5:39: E ninguém, havendo bebido
o vinho antigo, logo deseja o novo, porque
diz: Melhor é o vinho antigo”.
L u c a s, c a p ítu lo s e is (6 )
Jesus passava na seara e os discípulos colhiam as espigas
(Dt23:25); os fariseus contestaram os atos dos discípulos
baseados na lei da colheita. Lei contra o abuso do pobre
e contra a bondade do senhorio. Alguns não sabem o
limite da graça e do favor, não têm ética e consideração
por aquilo que recebem gratuitamente: Deuteronômio
23:24: “Quando entrares na vinha do teu próximo,
poderás comeruvas até ficares saciado, mas não as
levarás contigo na tua vasilha”. A colheita ilegal na
seara do próximo: colher com foice. Uma prefiguração
da permissão concedida pelos donos da casa, ou pelos
líderes, aos seus convidados, os quais abusam de sua
liberdade e assaltam economicamente a sua casa, o seu
povo ou asuainstituição: Deuteronômio23:25: “Quando
entrares na seara do teu próximo, poderás colher espigas
com a tua mão, mas não poderás colher com a foice na
seara do teu próximo”.
Lucas 6:1 : E aconteceu que, em um dia de
sábado, ia passando entre as searas, e os seus
discípulos arrancavam espigas e, ao esfregá-
las com as mãos, as comiam, iDt23:25j
O sábado forçava o senhor da vinha a descansar, para que
Lucas 6:6
o seu criado, o seu boi, o filho da sua criada e o forasteiro
comessem (sem levar nada para casa). Isso era a graça,
mas eles não sabiam o que significava. O sono de Israel
dá direito aos gentios receberem da colheita da graça
de Deus (Rm 9-11). Os doze pães multiplicados no
ministério de Cristo representam os doze pães damesa
da apresentação do Templo, que foram tirados para fora a
fim de alimentaro povo
Lucas 6:2: E alguns dos fariseus lhes disse­
ram: “Por que fazeis o que não é lícito fazer
no dia de SábadO?” (Êx20:10;23:12;Dt5:l4)
Jesus cita o exemplo de Davi (1 Sm 21:3) comendo
os pães sagrados recebidos das mãos de Aimeleque,
nos dias de Abiatar (Aimeleque era pai de Abiatar).
Mas somente no capítulo 23 de Êxodo, versos 10-13,
o entendimento correto desse texto vem à luz quando
compreendemos que o sábado era o descanso ordenado
aosenhor da vinha (o senhor dosábado),parapermitiro
descanso do seu servo, para promover o descanso de seu
boi, do filho da sua serva e dar descanso ao forasteiro
Lucas 6:3: E, respondendo-lhes Jesus, dis­
se: “Nunca lestes, nem sequer esta parte, a
respeito do que Davi fez quando teve fome,
ele e os que com ele estavam? n s m 2 i:6 )
Davi, sem saber que podia ser aceito por causa da
ordem sacerdotal de Melquisedeque, comeu dos pães
da proposição. Os discípulos, como sacerdotes reais,
estavam utilizando-se de um direito concedido por Deus
aos servos e aos peregrinos. Deus o aceitou porque ele
era da descendência real, e como tal tinha direito aos
privilégios da ordem sacerdotal de Melquisedeque
Lucas 6:4: Como entrou na Casa de Deus, e
comeu os pães da proposição, e deu também
aos que com ele estavam, pães que não lhes
era lícito comer, mas somente aos sacerdo­
tes?” (.I.v24:9)
Sendo o Senhor do sábado, lembrava o seu sepultamento,
e a subseqiiente ressurreição dentre os mortos
Lucas 6:5: E dizia-lhes: “O Filho do homem
é Senhor até do sábado”.
Restituindo a mão mirrada na sinagoga: O que fazia um
homem de mão mirrada na sinagoga? É um tipo das
pessoas que não podem ofertar ao Senhor e estão na casa
de Deus bloqueando a sua própria vida. Sua mão viveu
mirrada muitos sábados durante a sua vida. A sua mão
direita não podia estar condenada a um repouso forçado
Lucas 6:6: Aconteceu também, em outro
sábado, que ele entrou na sinagoga e ensina­
va; e havia ali um homem que tinha a mão
direita mirrada, /lc i3.-i4; m :3;joç.-iói
Jesus estava sendo observado nodiadesábado.A maioria
dos seus milagres foi realizada em dias de sábado, porque
era o dia de reunião, onde ele geralmente estava presente
6:7
Lucas 6:7: E os escribas e fariseus o obser­
vavamse o curaria neste outro sábado, afim
de achar como poderiamacusá-lo.
(1) Não dependia de sua Onisciência: “O Pai me
ensina todas as coisas” (Jo 5:20). No momento de sua
encarnação ele estava limitado. Tinha de agir assim, pois
o seu ministério terreno dependia de sua humilhação, já
que estava agindo como exemplo fundamental para sua
Igreja, que atuaria futuramente na terra. Ele conheceu a
Natanael pelo Espírito Santo, manifestado em Si. Utilizou
os dons do Espírito. Agiu usando o dom da palavra de
conhecimento. Da mesma forma como operou o Espírito
Santo em Eliseu, também em Cristo. Eliseu conhecia os
planos do rei na sua recâmara; no entanto, ele não era
Deus, mas estava usando o discernimento dado pelo
Espirito Santo. Jesus, em seu tempo, sendo o Verbo de
Deus, a Palavra viva, os discernia perfeitamente (Hb
4:12). O homem estava com a sua mão direita mirrada,
como muitos estão com o seu arrimo infrutífero e inútil.
O próprio Jesus era a mão direita do Pai, e ele sabia
que função exercia a mão direita. (2) Jesus restaura
os rejeitados. O ato de estar de pé era necessário para
que ele voltasse ao meio. Jesus o restaura e o devolve
ao convívio da sociedade; o entrega transformado para
transformar. Estarno meio é estar de pé para influir
com o seu testemunho. Ele vivia com o trabalho da sua
mão esquerda, mas faltava-lhe os frutos da obra da mão
direita. Quantos estão assistindo na congregação sem
jamais terem experimentado honrar a Deus com as suas
mãos em pleno funcionamento: a mão esquerda que
produz para si mesmo e a mão direita que produz para os
demais e para a obra de Deus (1 Rs 13:4,6)
Lucas 6:8: Mas ele conhecia os seus pensa­
mentos, e disse ao homem que tinha a mão
mirrada: “Levanta-te e põem-te no meio”. E
ele, levantando-se, ficou empé. (m s 13:4,6,
Na primeira situação (6:1 -5), no dia de sábado, ele
provou que era lícito salvar a própria vida. Agora ele
comprovará que é lícito fazer o bem no sábado, porque
aqueles fariseus o matarão na sexta-feira para não fazer o
mal no sábado. Salvar a vida - como ele fazia, ou destruí-la
- como eles iriam fazer com Jesus
Lucas 6:9: Então Jesus lhes disse: “Eu vos
perguntarei: Élícitonossábados fazer obem,
oufazer mal? Salvar avida, oudestruí-la?”
O processo da cura: Estende a tua mão. Isto é, “faz alguma
coisa, aja! ” A sua mão direita foi restaurada conforme a
mão esquerda. Todo o seu potencial foi restaurado, como
antes. Agora ele estava pronto para edificar, construir e
ofertar
Lucas 6:10: E, olhando paratodos aoredor,
disse aohomem: “Estende a tua mão”. Efez
assim, e a sua mão foi-lhe restaurada como
a outra, m w i
Na casa de Deus eles deveriam ficar cheios da Palavra de
LUCAS 6:15
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
Deus, cheios do Espírito Santo, mas estes ficavam cheios
de ódio, diante da sua presença
Lucas 6:11: Mas eles ficaram cheios de
ódio, e conferenciavam uns com os outros
sobre o que poderiamfazer aJesus.
A comunhão de Jesus com o Pai. Antes, estava orando no
deserto. Agora, estava no monte. Ele passou toda a noite
enchendo-se de combustível espiritual. Jesus orava no
deserto (5:16), Jesus oravano monte (6:11). Toda anoite
orando para tomar decisões ministeriais importantes:
Escolher os seus doze apóstolos
Lucas 6:12: Eaconteceuque, naqueles dias,
subiuaomonte paraorar, e passoutodaaque­
lanoite emoração a Deus. m i4-.23;Lcç,28j
Quando raiou um novo dia, novos ministros nasciam
para a obra do ministério. Por que deveriam ser doze?
Aparentemente imaginamos que ele escolheu os
doze por causa das doze tribos de Israel, mas os doze
apóstolos estavam sendo chamados para o ministério
eclesiástico e não para o governo de Israel. Ele os
escolheu por causa dos doze pilares que estavam
presentes na entrega do Antigo Pacto (Êx 24:4). EJesus
sabia que na entrega do Novo Pacto deveria estar diante
de doze colunas, segundo os doze fundamentos da Nova
Jerusalém - o inverso de Moisés
Lucas 6:13: E, quando raiouodia, chamou
os seus discípulos, e escolheu dentre eles
doze, a quemtambém deuo nome de após­
tolos: (Mcò:30)
Em Mateus 10:2-4, em Marcos 3:16-19, e em Lucas
6:14-16 tem os a lista de todos os doze apóstolos com
diferentes nom es, porque em uma lista são chamados
com o primeiro nome, e noutra com apelido e outros
com o nome de família, a saber: Simão (Cefas) Pedro
Barjona (Mc 10:2; Mc 3:16; Jo 1:42) é o primeiro
mencionado nas três listas; André Barjona (Mt 10:2;
Lc 6:14), Tiago Benzebedeu Boanerges (Mc 3:17),
João Benzebedeu Boanerges (Mc 3:17), Filipe de
Betsaida (Mt 10:3; Mc 3:18 (sempre é o quinto),
Natanael Bartolomeu, ToméDídimo (Jo 6:15; 11:16;
21:2), Mateus (Levi), Tiago Benalfeu (sempre o nono,
Mt 10:3; Mc 3:18; Lc 6:16; Jo 14:22), Lebeu Tadeu
Judas Benalfeu (“zelo te”, Mt 10:4; Mc 3:18; Lc6:15;
At l:13;Jo 14:22), Simão Zelote Cananeu (Mt 10:4; Lc
6:15) e Judas Iscariote Barsimão (L c6:16-sem p re o
último das listas)
Lucas 6:14: asaber, Simão, aoqual também
chamou Pedro, eAndré, seu irmão; Tiago e
João; Filipe e Bartolomeu;
ToméDídimo(Jo6:15; 11:16 ;2 1:2),
Mateus (Levi),Tiago Benalfeu (sempreonono,
Mt 10:3; Mc 3:18; Lc 6:16; Jo 14:22)
Lucas 6:15: Mateus e Tomé; Tiago, filhode
Alfeu, e Simão, chamado Zelote;
207
6:16
Lebeu Tadeujudas Benalfeu (“zelote”, Mt 10:4; Mc
3:18; Lc 6:15; At 1:13;Jo 14:22), Simão Zelote Cananeu
(Mt 10:4; Lc 6:15) ejudas Iscariote Barsimão (Lc6:16 -
sempre o último das listas)
Lucas 6:16: Judas, irmão de Tiago, ejudas
Iscariotes, aquele que o traiu, ijd //
A unção que ele recebeu (Is 61:1,2) estava sobre ele para
curar. Eles sabiam quejesus operava cura mediante o
poder da sua Palavra. Ele lhes oferecia a Palavra, antes
que qualquer outra coisa
Lucas 6:17: E, descendo com eles, parou
em um lugar plano, onde havia um nume­
roso grupo de seus discípulos, e também
uma grande multidão do povo procedente
de toda aJudeia, deJerusaléme dolitoral de
Tiro e de Sidon; m 4.24,25; Mc3:7,8j
Ele sabia que amaioria das enfermidades era causada por
espíritos de enfermidade; por isso devemos sempre orar
pelos enfermos em nossas reuniões
Lucas 6:18: os quais vieram para ouvi-lo e
para serem curados de suas enfermidades,
como tambémos atormentados de espíritos
imundos, que eramcurados.
O ensino de Jesus curava (6:17), as palavras dejesus
curavam e a unção dejesus curava a todos; embora
o toque fosse uma ilegalidade sem adoração e sem
compromisso com Cristo. Muitos queriam tocá-lo
por conveniência, sem retribuir a devida adoração.
Abordaremos mais claramente sobre isto na cura da
mulher do fluxo de sangue
Lucas 6:19: E toda a multidão procurava
tocar-lhe, porque dele saía unção que a todos
curava, (Mt 14:36;8:46;Mc5:30;Mt9:21;Mc3:10;Lc5:17j
Os homens que vivem esplendidamente na terra, sem
investirno Reino de Deus, serão como os pobres diante
dos ricos ali, os quais aqui foram simples pobres. Jesus
deu oportunidade ao jovem rico para mudar aquela
situação, mas ele não quis; o homem rico teve a sua grande
oportunidade, diante de Lázaro, para transformara
condição do seu futuro, mas ele a desprezou. QuandoJesus
ensinou agranjear amigos com as riquezas injustas deste
mundo, ganhando almas, era agrande oportunidade que
eie estava dando para mudarmos o nosso futuro (Lc 16:9).
Não basta ser pobre para herdar o Reino. Mefibosete era
dono de toda herança de Saul, mas ele resolveu entregá-la
a Ziba, o seu servo avarento, em troca do Reino. Esta é a
pobreza, a pobreza que abdica da riqueza, e não a pobreza
fruto da maldição, da mentira, do engano, da infidelidade
a Deus, da prostituição, da traição, da indigência eleita e da
preguiça; mas pobres que se fizeram pobres como Lázaro,
o qual jaziaàporta do rico com um propósito- dar-lhe
testemunho da vida eterna, a fi m de que pudesse mudar o
rumo de seu futuro; pobres que têm uma missão em meio a
sua condição de necessitados
Lucas 6:25
Lucas 6:20: Eele, levantando os olhos para
osseus discípulos, dizia: “Bem-aventurados
sois vós, os pobres, porque vosso é o Reino
de Deus.
Um tempo especial, mas que há de mudar. Comojesus
disse aPilatos: O meu Reino, agora, não é daqui. Os
famintos como as pessoas de Samaria nos dias de Eliseu:
Sereis fartos sobrenaturalmente, sob o poder de uma
palavra. Os que choram saberão rir. Darão valor ao riso, à
sã diversão. O próprio choro é uma promessa de riso
Lucas 6:21: Bem-aventurados sois vós,
que agora tendes fome, porque sereis far­
tos. Bem-aventurados sois vós, que agora
chorais, porque haveis de rir. iM 5:6;is6t:3)
Como Mardoqueu diante de Hamã, na presença
do rei Assuero. O mesmo destino que imaginaram
sernosso, será deles
Lucas 6:22: Bem-aventurados sereis quan­
do os homens vos aborrecerem, e quando
vos rejeitarem, e vos injuriarem, e delata­
rem o vosso nome como vil, por causa do
Filho do homem. (1 Pe4:14;J0 9:22; 16:21
Os nossos inimigos fabricam o nosso galardão aqui, e o
ornamentam com as suas perseguições. E quanto mais
histórias há de perseguição, mais ornamento haverá no
galardão. Os nossos pais foram o exemplo para que não
tomemos outro rumo
Lucas 6:23: Regozijai-vos naquele dia,
exultai; porque eis que é grande o vosso ga­
lardão nos Céus, porque do mesmo modo
faziamos seus pais aos profetas. (At5 : 4 c u =24;
MI4:2;At7:5IJ
Ser rico na terra não é pecado nem maldição, mas deixar
de investir o que esteve ao seu alcance para a glória do
Reino de Deus é certificado de grande economia na
terra e autenticidade de pobreza na presença de Deus,
no seu Reino
Lucas 6:24: Mas ai de vós, ricos! Porque já
t e n d e s O VOSSO COnSOlO. (Tg5:l;Lc 16:25)
Estar saciado não é pecado, mas estar saciado e em
ingratidão, e em rebelião, merece um “ai”. Rir não é
pecado, mas rir dos que sofrem, rir dos necessitados,
rir dos que fazem a vontade de Deus - isto é digno de
lamentação, pois será vingado por Deus
Lucas 6:25: Ai de vós, os que agora estais
saciados, porque tereis fome. Ai de vós, os
que agora rides, porque vos lamentareis e
C h o ra reiS . (Is 65:13;Pv 14:13)
Procurar que as pessoas falem bem de nós não é errado,
mas propalar uma falsa imagem por meio da corrupção,
208
 6:26
com engodo, mediante pagamento de propina e através
de alguma providência- inspira outro “ai ”. Os pais
daquele povo tratavam com esta mesma hipocrisia aos
falsos profetas que sempre profetizavam o bem deles
Lucas 6:26: Ai devós, quando todos os ho­
mens falarem bem de vós, porque do mes­
mo modo faziam os seus pais com os falsos
profetas, tio is .-iqj
A pregação do verdadeiro amor, do amor sacrificial.
Qual é o amor sacrificial? Este amor, do qualjesus está
falando: O amor que ama sem interesse de receber, mas
com o interesse de transformar; o amor que ama sem
desejar correspondência, mas ajuda a viver. O amor
com o qualjesus morreria na cruz. Como alcançar esta
graça? Entendendo que cada pessoa age mediante a
permissão de Deus, e que todas as coisas que fizerem
concorrerão para o nosso bem - qualquer injustiça será
transformada em j ustiça
Lucas 6:27: Mas avós, que agora ouvis, eu
digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos
que VOS odeiam; (Mt5:44;Lc6:35;Rm 12:201
Este é o amor sacrificial com o qualjesus entregaria a sua
vidaàmorte. O amor que não perde a chance de abençoar
para ter retorno em dobro: A bênção em troca de uma
maldição. O amor sacrificial que não espera retorno, nem
correspondência, ora pelos que nos envergonham. Ele
sabe investir em tempos de crise
Lucas 6:28: bendizei os que vos amaldiço­
am e orai pelos que vos injuriam. (iPe3.-9;Lc
j 23:34;At 7:60)
Uma profecia que se cumpriu na hora da morte de Cristo;
uma referência aos soldados romanos. O amor sacrificial
veste aquele que nos inveja; entrega o rosto para saciar a
ira daquele que nos fere. O amor sacrificial que não espera
retorno, nem correspondência, cumpre a sua caminhada:
A segunda milha, pois ele sabe que se não andar a segunda
milha nãoentraráno Reino deDeus (Mt5:20). Eles
rasgarão as vestes, mas não poderão dividira túnica
Lucas 6:29: Ao que te ferir em uma face,
oferece-lhe também a outra; e aquele que
tirar-teacapa, nãolhenegues atúnica; íMts.39)
O amor sacrificial não empresta, dá. O amor sacrificial
que não espera receber não se vinga, não toma de volta
aquilo que propositalmente não lhe foi devolvido. Foi
com este amor que Jesus morreu na cruz
Lucas 6:30: e dá a qualquer que te pedir; e
ao que tomar o que é teu, não voltes paralhe
pedir. (Dt 15:7,8,10;Pv21:26)
O amor sacrificial antecipa-se. O amor sacrificial semeia
antes de necessitar colher. O amor sacrificial que não
espera retorno nem correspondência sabe
o que colherá no futuro
Lucas 6:31: Assim como quereis que os
Lucas 6:36
homens vos façam, do mesmo modo fazei-
lhes tambémvós. mt7-A2)
Se estamos acostumados a fazer somente o nosso dever,
não passamos de servos inúteis; caminhamos apenas a
primeira milha, e jamais entraremos na segunda milha, nem
entraremos no Reino, o mesmo que fica no fim da segunda
milha. Aprimeira face é a lei, a outra é a graça. A capa é a
primeira milha, a túnica é a segunda milha. Amar aquele que
nos ama é uma capacidade daquele que conhece a primeira
milha da Lei e do dever, mas amar aquele que nos odeia, isto
é graça, é segunda milha, é preparação para entrar no Reino
Lucas 6:32: Poisse amardes somente aque­
les que vos amam, que graça tereis? Porque
tambémos pecadores amamaqueles que os
amam.
Que transformaçãojesus nos fez? Que obramajestosa
realizou? Se não damos fruto, se ainda agimos semelhante
aos ímpios e em nada diferimos deles?
Que graça háemnós?
Lucas 6:33: E, se fazeis bem somente aos
quevosfazembem, que graçatereis? Porque
tambémos pecadores fazemo mesmo.
Os dois tipos de empréstimos e os dois tipos de resultados.
O tratamento diferenciado daquele que tem a graça de
Deus. Um novo mandamento de Cristo que tem como
ilustração o acontecimento semelhante ao que houve
entre os filhos de Israel nos dias de Neemias. Somente os
pecadores emprestam a juros a seusirmãos
Lucas 6:34: E, se emprestardes somente
àqueles de quemesperaisreceber, que graça
tereis? Porquetambémospecadores empres­
tam aos pecadores, para voltarem a receber
outro tanto.
O amor sacrificial é financiado pelo Reino.
E o Reino paga bem, em grande galardão. A prova de que
somos filhos do Altíssimo é ser benigno com os malignos e
grato com os ingratos
Lucas 6:35: Pelo contrário, amai a vossos
inimigos, e fazei-lhes bem; emprestai, sem
nada esperardes, e será grande ovosso galar­
dão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele
é benigno até para com os ingratos e maus.
(Mt5:44,45;Lc6:27,301
A base do amor sacrificial é a misericórdia, e os resultados
do amorsacrificial é beneficência, e abeneficênciaproduz
glórias a Deus, isto é, o amorsacrificial torna-se motivo de
glorificação a Deus, e nisto somos recompensados - s e a
nossa atitude produziu glória a Deus (2 Co 9:13,14)
Lucas 6:36: Sede misericordiosos, assim
como tambémo vosso Pai é misericordioso.
(Êx34:6)
209
6:37
Jesus não está falando para ser conivente com a
injustiça, que não devemos fazer justiça contra os
impuros nem contra os injustos. Antes, ele está nos
ensinando a não fazermos justiça segundo os nossos
próprios meios, nem segundo a nossa maneira de
pensar ou julgar; mas devemos procurar os juízes
domésticos que há entre nós, porque procurar a justiça
não é crime, nem pecado. Ele não nos ensina que não
devemos encerrar no cárcere os ladrões e os bandidos,
mas sim que não devemos condenar sem a providência
dos elementos dajustiça-processo, provas, evidências,
testemunhas e magistrados. Ele não está nos ensinando
a libertar um roubador pego em flagrante, mas sim
ensinando o perdão, a graça que inspira o ato de
perdoar, isto é, uma semeadura, pois nada conhecemos
sobre o nosso amanhã nesta vida
Lucas 6:37: Não julgueis, e não sereis jul­
gados; não condeneis, e não sereis condena­
dos; libertai ( “c o m p e r d ã o ”), e soltar-vos-ão.
(.M t7:!;Rm 2:l)
O amor sacrificial investe sem interesse e recebe os frutos
sem interesse. Éimpossível semear amor sem colher
amor. Mas há leis para o dan Não com tristeza e nem por
necessidade (2 Co 9:7). O ato de dar deve ser acompanhado
do conhecimento do impacto que ele ocasiona: A
glorificação de Deus (2 Co 9:12-14). Este ato redu nda em
grande glorificação aDeus pelas pessoas que receberem
as nossas dádivas. Anecessidade não deve ser motivo para
dar. Mas a glorificação de Deus que este ato redundará
por aqueles que hão de receber os nossos dons segundo o
amor. Este ato ocasionará também àquele que doa bênçãos
advindas de doadores desconhecidos: “vos derramarão
em vosso regaço”. A medida do fruto que o amor sacrificial
receberá será de acordo com a medida investida
Lucas 6:38: Dai, e vos será dado; boa me­
dida, recalcada, sacudida e transbordando
vos derramarão em vosso regaço; porque
com a mesma medida com que medirdes
vos tornarão a medir”. /m c 4.-24; rg2.-i3j
(1) Lei básica do discipulado: Um cego não pode guiar
outro cego, sem prejuízo de ambos
Lucas 6:39: E disse-lhes uma parábola:
“Poderia, porventura, umcego guiar aoutro
cego? Não cairiamambos na cova? i m u s -m )
(2) Lei básica do discipulado: O discípulo não
é melhor do que o mestre. A perfeição do discípulo
é a semelhança do mestre
Lucas 6:40:0 discípulo não é melhor do
que o seu mestre, mas cada um, quando for
perfeito, será como o seu mestre, m io:24;jo
13:16; 15:20!
(3) Lei básica do julgamento: Não pode ser juiz aquele
que padece do mesmo mal que sofre o réu
Lucas 6:44
Lucas 6:41: E por que observas tu a pa­
lha que está no olho do teu irmão, e não
advertes a viga que está no teu próprio
OlhO? (Mt7:3)
Aviga nos olhos daquele que julga a palha que está nos
olhos do próximo amplia aquilo que ele vê. Aviga nos
olhos do hipócrita é tão grande que parece não estar
nos seus olhos. Devemos julgar o injusto com justiça,
se quisermos viver. Os acusados sempre estão mais
seguros do que os acusadores inquietos. Somente os
que trazem fachada de bons podem ser hipócritas,
porque os maus são, geralmente, sinceros. O juiz
hipócrita é tão hipócrita que se disfarça até para si
mesmo, de tal maneira que não vê a viga de seus olhos,
porque não vê pelos seus olhos, mas por meio das
opiniões do povo
Lucas 6:42: Ou como podes dizer a teu
irmão: Irmão, permita-me tirar a palha que
está no teu olho, quando tu mesmo não
vês aviga que está no teu olho? Hipócrita,
tira primeiro a viga do teu olho e, então,
verás claramente a fimde tirar a palha que
está no olho do teu irmão.
O resultado dos frutos mostra a natureza da árvore.
Na Parábola de Jotão, filho de Gideão, o espinheiro
ofereceu sombra. Esta árvore não pode oferecer
sombra, sem mentir
Lucas 6:43: Porque não há árvore boa
que dê mau fruto, nem árvore má que dê
b o m frUtO. (,M t 7:16,18,20i
Figos não saem de espinheiros, nem das sarças se
vindima uva. Estamos vivendo dias nos quais os
homens aceitam ser governados por espinheiros,
desde que façam parte da cúpula. Mas Jesus está
dizendo que dos espinheiros não se colherá figos, nem
uvas das sarças
Lucas 6:44: Porque cada árvore é conhe­
cida pelo seu próprio fruto; porque dos
espinheiros não se colhem figos, nem se
vindimam uvas das sarças, (m z .-ió,-12.33)
O coração é como uma árvore. Esta foi uma parábola
que revelou o caráter do Luzeiro, ao ser comparado a
uma árvore principal (Ez 31), entre os outros tipos de
árvores. A boca pode falar com hipocrisia, quando a
mente iníqua domina, mas quando o coração é ferido,
fala sem hipocrisia; quando o ego é ferido, o coração
reage com a verdade, mesmo que esta verdade seja
revelada pela boca de um ímpio. A mente recebe as
informações da visão, da audição, do tato, do olfato e
do paladar. Dali, o coração criva o que lhe interessa,
e o que lhe interessa é guardado; quando há crise, o
coração revela as informações que foram guardadas
no seu tesouro-sejam elas verdades enganosas ou
210
6:45
não. Essas verdades são reveladas em brincadeiras,
em conselhos, em comparações, em choro, na ira e na
vingança
Lucas 6:45:0 homem bom, do bom te­
souro do seu coração, tira o que é bom, e o
homem mau, do mau tesouro do seu cora­
ção, tira o mal; porque da abundância do
seu coração fala a boca. ,m 1 2 . 34, 35; Mc7.-20j
A luta entre a mente que pode ser hipócrita e o coração
enganoso ou entre o coração enganoso e a mente
insegura. Aqui Jesus vê a hipocrisia da mente e o
coração desobediente
Lucas 6:46: Epor que me dizeis: Senhor!
Senhor!, e não fazeis 0 que eu digo? m
7: 2 : :
Aimportância do discipulado. (1) Vem a Cristo;
(2) ouve a Palavra; (3) pratica as suas palavras e (4)
transforma-se em uma casa edificada na rocha. O seu
inimigo são as correntes de águas
Lucas 6:47: Todo aquele que vem a mim,
e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu
vos mostrarei a quem se assemelha: (Mt7-.24;
Tg 1:22-25}
Semelhança positiva: Observar a forma como Jesus pôs
a ordem da construção: Do fim para o começo. Porquê?
O homem de fé edifica a sua casa primeiramente na sua
mente. Depois ele cava bem fundo, mesmo estando
na rocha. Observar que o rio subiu ao nível da rocha.
Mas a diferença foi estabelecida pela profundidade dos
alicerces
Lucas 6:48: É semelhante a um homem
que, edificando uma casa, cavou, e abriu
bem fundo, e pôs os alicerces sobre a ro­
cha; e, vindo as torrentes de águas, o rio
bateu com ímpeto contra aquela casa, mas
não a pôde abalar, porque ela estava funda­
da sobre a rocha.
Semelhança negativa: A construção da casa não pode
estar na avenida imaginária dos antigos rios que
cobram seu terreno. A casa não pode estar construída
em terra e sem alicerce, pois já está em desvantagem ao
ser construída na terra, que não tem rocha. A avenida
de águas tornará em ruínas a casa
Lucas 6:49: Mas aquele que ouve e não
pratica assemelha-se ao homem que edifi­
cou uma casa, sem alicerces, sobre terra,
contra a qual com ímpeto a corrente bateu
e logo caiu; e foi grande a ruína daquela
casa”.
Lucas 7:6
L u c a s, c a p ítu lo s e t e (7 )
Jesus conclui uma pregação e mostra o poder de sua
palavra. Ele mostra que conclui a sua palavra, e que não
fica a dever suas conclusões
Lucas 7:1: E depois que concluiu todos
estes ditos aos ouvidos do povo, entrou em
Cafarnaum. iMt7:28i
O líder romano tinha um servo a quem estimava.
O texto revela o coração do homem romano;
mostra queuma enfermidade revela o amor deum
homem firme no seu exército
Lucas 7:2: E o servo de certo centurião, a
quemeste estimava muito, estava enfermo
e aponto de morrer.
Este homem romano tinha influência entre os anciãos
judeus. Os judeus são tipos neotestamentários do
Espírito Santo, que intercede pornós (Rm 8:26), pois
nessahora não sabemos pedir como convém
Lucas 7:3: E, quando ouviu falar deJesus,
enviou-lhe os anciãos dos judeus, rogando-
lhe que viesse e curasse oseu servo.
O tipo do trabalho do Espírito Santo:
“É digno que faças isto por ele” (Rm 8:26)
Lucas 7:4: E eles, vindo até Jesus, roga-
ram-lhe, dizendo: “É digno de que faças
isto por ele;
O que o tornava digno? Ele era como Rute - ele amava
o seu povo; ele era como Hirão - ele edificou a sua
sinagoga. Homens que amam, edificam. Homens que
edificam, amam
Lucas 7:5: porque ama anossa nação, e ele
próprio nos edificou asinagoga”.
Jesus aceitou a intercessão dos judeus, e dirigiu-se à casa
de um soldado romano. Mas se queremos que Jesus nos
faça algum benefício, devemos ser dignos para receber
o seu benefício, e devemos ser dignos de que ele entre
na nossa casa. O que nos torna dignos? O amor e a nossa
obra de fé, pois os judeus diziam que ele era digno, e
ele dizia que não. Um tipo de como devemos estarem
completa comunhão com o Espírito Santo, para não nos
contradizermos diante do Pai
Lucas 7:6: EfoiJesus comeles. Mas, quan­
do já não estava longe da casa, o centurião
enviou-lhe uns amigos, dizendo-lhe: “Se­
nhor, não te incomodes, porque não soudig­
no de que entres debaixo do meu telhado;
Se a Palavra dejesus Cristo pode ir,Jesus também
pode ir. O centurião não se julgou digno de ter ido, mas
enviou intercessores. Jesus veio, mas ele não quis que
Jesus entrasse na sua casa por causa de sua reverência.
Quandojesus aceita realizaro que o Espírito Santo pede, a
211
 7:7
dignidade é dele, o intercessor, não nossa. Mas ele cria que
uma palavra era suficiente. Ele entendia o poder da palavra
Lucas 7:7: por isso, não me julguei por dig­
no de ir ter contigo; dize, porém, a palavra,
e o meu criado ficará são.
Ele conhecia o poder da sua autoridade. Mas havia um
pequeno problema: Ele estava mandando, mas o seu
servo não lhe atendia mais, como antes! Ele dizia vem e
ele não vinha. Ele dizia vai e ele não ia. Ele estava debaixo
de outro senhorio: O senhorio da enfermidade. Então, o
centurião entendeu que somentejesustinhapodersobre
aquele senhorio: A enfermidade
Lucas 7:8: Porque também eu, sendo ho­
mem debaixo de autoridade, tenho solda­
dos sujeitos ao meu poder, e digo a este: Vai,
e ele vai; e a outro: Vem, e elevem ; e a meu
servo: Faze isto, e ele o faz ”.
Em várias pessoas gentias ele encontrou uma grande
fé. Na mulher cananéia, ele achou uma grande fé. Mas
em Israel jamais achou uma fé assim. De que Jesus se
maravilhou? (1) Do respeito do centurião: quando ouviu
falar dejesus, enviou-lhe os anciãos dos judeus, rogando-
lhe que viesse e curasse o seu servo. Ele experimentou
a intermediação dos judeus diante de Cristo; um tipo
da obra do Espírito Santo (Rm 8:26). (2) Da capacidade
dos anciãos dos judeus intercederem com fé em favor
do centurião romano, sob a fé do soldado, em favor do
seu servo. (3) Do amor de todos em favor do servo: (a)
Do amor centurião; (b) do amor dos anciãos judeus; (c)
do amor dejesus. (4) Do seu conhecimento do poderda
Palavra enviada com autoridade
Lucas 7:9: E quando Jesus ouviu isto, ma­
ravilhou-se dele e, voltando-se aos gentios
que o seguiam, disse: “Digo-vos que nem
ainda em Israel tenho achado tamanha fé”.
j (Lc7:50)
A obra de Cristo é instantânea, mediante aintercessão
do senhor do servo, dos anciãos de Israel (tipo do Espírito
Santo) e sob a ordem de Cristo
Lucas 7:10: E, tendo retornado para casa,
os que haviam sido enviados, acharam o
servo que havia estado enfermo são.
Jesus não fez acepção de pessoas, ele curou o servo de
centurião, e ressuscitou o filho de uma viúva. Jesus é
bom para todas as classes de pessoas: servo, centurião,
anciãos e viúva. A maioria das pessoas que Jesus abençoou
não tinha nome, como a mulher adúltera e o paralítico
do tanque de Betesda. Jesus acabara de curaro servo
do centurião. Teria acabado a sua unção? Pouco tempo
depois Jesus reaparece, como um vaso transbordante,
dando continuidade ao seu ministério. Dali, foi àcidade
chamada Naim, e com ele iam muitos discípulos e uma
grande multidão. Os discípulos representam as peças de
reposição do seu próximo alvo.Jesus nunca andava só.
Lucas 7 :ii
Amultidão queria o seu pão, mas os discípulos podiam
jejuar com ele. Amultidão nunca nos segue para sempre,
mas os discípulos sempre estarão ali, porque o discípulo
ama, a multidão admira.Jesus não fazia admiradores, mas
discípulos. As grandes obras de um homem deverão ser
testemunhadas porseus discípulos. Os discípulos tem o
D.N.A. - o D.N.A. é o padrão da doutrina-e eles entram no
meio da multidão e fazem discípulos
Lucas 7:11: E aconteceu que, no dia se­
guinte, foi à cidade chamada Naim; e os seus
discípulos o acompanhavam, e uma grande
multidãO. (1 Rs 17:17-24;2 Rs4:32-37;Mc 5:2! 24,35-43;
i ]o 11:1-44)
Em contrapartida, a viúva só tinha a multidão. Um
pregador que tem multidão de admiradores, e não
tem discípulos, tem tudo para ser um charlatão, e é
como aquela viúva: leva o filho morto no esquife, com
uma multidão que apenas sabe chorar. Amorte não
tem discípulos, porque com os discípulos há a vida
reprodutora, mas poucos se preocupam em fazer
discípulos. Jesus vêm caminhando pela estrada que vai
desde Cafarnaum a Naim. Para chegar àquela cidade,
Jesus passa em frente ao cemitério. Jesus deve ter
olhado para o cemitério e visto alguns homens cavando
uma cova. Eram os coveiros. Os coveiros ganhavam
por enterro. Eles estavam esperando o defunto chegar
para enterrá-lo. Os coveiros se alimentam da morte
dos outros (EclO:8).Jesus deve tê-los observado, mas
prosseguiu, pois ele deveria chegar à porta da cidade
antes que a viúva atravessasse o portão principal.
Enquanto isso, os pensamentos de morte iam minando
aquela mente, fazendo-lhe pensar cegamente que
uma vez mais ela teria de passar pela mesma dor, a dor
de enterrar, como havia enterrado o seu marido. As
duas grandes multidões comparadas (ls 61:3): Uma
tinha ornamento, a outra tinha cinzas. Uma tinha óleo
de alegria, e a outra tinha tristeza. Uma tinha vestes
de louvor, e a outra tinha espírito angustiado. A porta
era o lugar de juízo. Os juízes julgavam na porta da
cidade. EJesus veio como juiz, para julgar a morte e o
ciclo de maldição daquela família, e triunfar sobre os
espíritos familiares (Jo 12:31). Aquela porta era o lugar
turístico da cidade, por onde todos passaram. Aquele
era o “lugar” da vergonha para aquela viúva, por onde,
recentemente, havia passado com outro caixão. Jesus
conhecia a dor da viúva, ao perder o seu unigénito,
pois ele conhece a dor do seu Pai (Jo 3:16). Qual a
diferença entre Lázaro e o defunto? Lázaro tinha duas
intercessoras, e as duas conheciam ajesus. A mulher
viúva não conhecia ajesus, nem tinha esperança. Mas
Jesus desceu ao nível da viúva, que enfrentava a morte
sozinha. Jesus não permitiria que ela passasse pela
porta do desespero. Jesus também era o filho único
de seu Pai, e ninguém melhor do que o próprio Jesus
para compreender aquele coração de mãe. Ela estava
passando pelo mesmo caminho pela segunda vez. O
pai daquele jovem morto representava a metade da
esperança daquela família morta. Naturalmente, ela
vinha pensando que os seus dias estavam no fim, ao
dizer em seu coração: logo eu passarei pelo mesmo
212
7:12
caminho, pela terceira vez, da mesma forma. Mas
Jesus veio mudar o curso da sua vida. Jesus passou pelo
seu caminho, e atrasou o dia de sua morte, dando-lhe
mais um tempo de vida, como aconteceu com o rei
Ezequias. Ela experimentou o que o rei Ezequias viveu.
Ganhou mais anos de vida. Ela pensava que voltaria
sem o seu filho. Agora ela experimentaria o que Abrão
experimentou, pois ele levou o seu filho para o altar,
mas cria que Isaque ainda voltaria com ele à sua casa
Lucas 7:12: E, quando chegou perto da
porta da cidade, eis que levavam um defun­
to, filho único de sua mãe, e ela era viúva;
e uma grande multidão da cidade estava
corneia.
Amorte jáhaviafechado as portas do esquife
(“caixão”); mas, de repente, antes da porta, as duas
multidões se encontram, e a morte não prevalecerá
(Mt 1ó: 18). O cemitério fica fora da cidade, e o poder
da morte queria que aquela mulher deixasse Naim.
Não saia de Naim (“beleza”). Então Jesus olhou para
a viúva, e o seu olhar deve ter traduzido a seguinte
mensagem: “Você não vai sair de Naim. Os coveiros
não vão enterrar o seu filho, o seu marido, o seu
ministério. A grande verdade é que quando tiramos o
morto que está dentro de casa, escondido, e o levamos
em direção ajesus, Ele o encontra e o levanta. Jesus a
viu como os outros não a viam. Ele moveu-se em seu
favor. É menos consolador não chorar diante de um
funeral da pessoa amada da qual se dependia; mas
parar de chorar antes do milagre, requer fé! EJesus a
aconselhou a não chorar mais, porque tinha em mente
um consolo definitivo. Jesus chorou quando Maria
chorava; não disse para que parasse de chorar. Lázaro
estava enterrado. Mas não chorou com a viúva, afinal o
seu filho ainda não fora enterrado
Lucas 7:13: E, vendo-a o Senhor, teve
grande compaixão dela, e disse-lhe: “Não
chores”. (Lc7:19; 10:1; 11:1,39; 12:42; 13:15; 17:5,ô;
18:6; 19:8;22:61;24:34)
Porquejesus tocou no esquife e não no jovemfjesus se
aproximou. Ele não teve medo de enfrentar a morte, o seu
último inimigo, e se antecipou. Certamente, ele pensou:
“Se eu tocar no esquife, eu alcanço o rapaz, alcanço a
família, alcanço a sua casa, alcanço tudo o que está na
sua “caixa”. O mesmo ele fala ao homem moderno:
“Se eu tocar na sua casa alcanço a empresa, o patrão,
os funcionários, e todos recebem a bênção. Apenas
um toque basta (Mc 1:41;Mc7:33;Mc8:22;Lc22:5).
Portanto, ele não necessitava tocar no morto, mas sim na
“caixa”. Quandojesus toca na casa, tudo o que estiver
dentro da casa recebe vida. Levantar não é fácil para quem
estava morto: é um processo que requer que se assente,
primeiramente. Depois fica de pé. Sem assentar-se para
aprender, jamais se levantará para estar de pé e falar
Lucas 7:14: E, aproximando-se, tocou o
esquife, e os que o levavam pararam, e disse:
LUCAS 7:19
“Jovem (“m ancebo ”), a ti te digo: Levanta-
te”. (Lc8:54;At6:40;Jo 11:43)
E o entregou à sua mãe. Jesus o arranca das mãos
da morte e o entrega às mãos de sua mãe. Jesus não
entregará o que há de precioso nas mãos das pessoas
erradas. Ele sabe a quem entregar o ressuscitado: Nas
mãos daquela que mais sabe amar- a sua mãe. A pessoa
que sabe amar terá o ressuscitado em suas mãos
Lucas 7:15: E o defunto assentou-se e co­
m eçou a falar. Então, o entregou à sua mãe.
A morte era um poder que reinava sobre todos; o medo da
morte saiu quando o temor a Deus entrou. O temor tomou
conta deles, e, sob temor, começaram a glorificar. Sob o iW M j
medo o homem blasfema, mas sob o temor, glorifica. A
vida visitou o seu povo; e quando a vida chega, a morte tem t
que sair. Às vezes vemos Jesus como Evangelista e Mestre 3>
(Lc20:1 -Evangelista; Lc6:7; 19:47-Mestre), e outras
vezes também ovemos como Profeta (7:16). EmJoão 10,
Sã
o vemos como Pastor. Assim, seu ministério apostólico
utiliza os quatro ministérios (Ef4:10-11)
Lucas 7:16: E o temor apoderou-se de
todos, e glorificavam a D eus, dizendo:
o
X»
I “Um grande profeta se levantou entre
nÓS; DeUS ViSitOU OSeU pOVO”. /Jo4:19;6:/4;
^ ,
• Lc 1:65; Lc 1:68! jeaaç
A fama da vida expulsava o medo da morte.
As pessoas tinham a esperança renovada o
Lucas 7:17: E a fama a respeito dele cor­
reu por toda a Judéia e por toda a região ao
redor.
João estava preso e esperava que Jesus o libertasse
da prisão. Mas o seu tempo estava cumprido. Apesar
daquelas preciosas notícias, João mostrou que a
incredulidade o oprimia na prisão
Lucas 7:18: E os discípulos de João lhe trou­
xeram notícias de todas essas coisas.
Aquele que havia de vir, agora, seria o Anticristo, porque
o verdadeiro Cristo erajesus. João estava sofrendo da
P
mesma síndrome que Israel sofre hoje, esperando o
outro- o Anticristo, não crendo no Cristo que já veio e
foi entregue, segundo o conselho do Pai, em favor do
mundo. Da mesma forma muitos obreiros anunciam
grandes coisas a respeito de seus amigos por meio de
suas profecias, mas em seguida procuram crucificá-los.
João fora informado por Deus através de sinais que Jesus A
%J
era o Filho de Deus (Jo 1:33); deu testemunho público a 33*
respeito de Cristo (Jo 1:34), mas agora, estava em dúvida
Lucas 7:19: Então João, chamando a si
dois de seus discípulos, enviou-os a Jesus, omm|
dizendo: “És tu aquele que havia de vir, ou
O
devemos esperar outro?”
O outro, agora, é o Anticristo, porque Cristo já veio
213
7:20 Lucas
Lucas 7:20: E, quando aqueles hom ens
vieram até ele, disseram: “João, o Batista,
nos enviou a ti, dizendo: És tu aquele que
havia de vir, ou devem os esperar a outro? ”
As curas eram para comprovar aos seus discípulos que
Jesus era o Messias segundo o texto de Isaías 61
Lucas 7:21: E, na mesma hora, curou a
muitos de enfermidades, e de pragas, e de
espíritos malignos; e a muitos que eram ce­
gos deU a ViSta. (Mt4:23;Mc3:10•)
Jesus ordena que os próprios discípulos de João
anunciem ajoão que o que estava escrito em Isaías
estava se cumprindo diante de seus olhos
Lucas 7:22: Então Jesus, respondendo-
lhes, disse: “Ide, e declarai a João as coisas
que tendes visto e ouvido: Que os cegos
vêem, os coxos andam, os leprosos são lim­
pos, os surdos ouvem, os mortos são ressus­
citados e aos pobres é anunciado o Evange­
lho. (Is29:19;35:5,6;Lc4:18)
João não pode achar nele mentira ou tropeço,
mas o acharão no Anticristo
Lucas 7:23: E bem-aventurado aquele que
em mim não achar tropeço.
Jesus jamais duvidou da obra dejoão e de sua missão.
A multidão não o seguia para ver uma simples cana
meneada pelo vento, o que era muito comum no deserto:
Mas vinha para ouvir e ver o profeta de Deus. O que
saístes a ver? O comum, o simplório? Ele era incomum,
diferente, como o profeta jamais visto antes. Ele não se
curva ao vento, ele não meneia a cabeça às circunstâncias
Lucas 7:24: E, quando os mensageiros de
João se retiraram, com eçou a dizer às mul­
tidões acerca dejoão: “Que saístes a ver no
deserto? Uma cana meneada pelo vento?
“Se viestes ver um homem vestido de roupas delicadas e
os que andam vestidos com roupas preciosas, cometestes
um erro. O lugar apropriado para ver estas coisas não
é aqui no deserto. Nos seus dias encontraríeis um
homem vestido de pêlos de camelo e não com roupas
sacerdotais”. João era um nazireu, e veio para moralizar
o sacerdócio corrompido, a fim de conectar o Messias
ao sacerdócio deMelquisedeque (Hb 7), segundo a
revelação do salmista. Como porta de emergência, os
nazireus funcionaram perfeitamente (Nm 6)
Lucas 7:25: Mas que saístes a ver? Um ho­
mem vestido de roupas delicadas? Eis que os
que andam vestidos com roupas preciosas e
vivem em delícias estão nas cortes reais.
214
7:30
Ele era um nazireu, mais que um profeta (Nm 6). Era um
mensageiro (“anjo”), mais que profeta
Lucas 7:26: Mas que saístes a ver? Um profe­
ta? Sim, eu vos digo, e mais que profeta.
Lucas 7:27: Este é aquele de quem está
escrito: Eis que envio o meu anjo diante da
tua face, o qual preparará o teu caminho
diante de ti. (m i 3 : i ; m c i .-2j
Desde Adão até Zacarias não houve um homem maior do
que o profetajoão: (1) Ele anunciou o Messias. (2) Ele foi
o nazireu que preparou o caminho do Messias. (3) Ele foi
maior do que Elias. (4) Ele foi cheio do Espírito Santo desde
o ventre de sua mãe. (5) Sua mãe profetizou quando ele
ainda estava no seu ventre. Ele recebeu a unção profética
já no ventre de sua mãe. Ele rejeitou o sacerdócio de Levi
para ser um nazireu. (ó) Ele estabeleceu o batismo nas
águas como sinal de novo nascimento. (7) Mas ele é menor
do que o menor do Reino de Deus, estabelecido por Cristo,
por meio do novo nascimento
Lucas 7:28: E eu vos digo que entre os nas­
cidos de mulher, não há nenhum maior do
que o profetajoão, o Batista; porém, o m e­
nor no Reino de Deus é maior d o que ele”.
Quando os homens são batizados depois do arrependimento
para remissão de pecados, Deus é justificado mediantea
conversão deles. Quando Deus é justificado de culpa, pois
ele nãoé culpado pelos pecados dos homens, o homem é
reintegradoao seu Reino, mediante ajustificação: O povo e os
publicanos eram batizados e, pelo batismo, se tornavam um
só corpo e jánão havia mais separação entre eles, pelo poder
do Evangelho do Reino
Lucas 7:29: E todo o povo e os publica­
nos, ao ouvirem isto, justificaram a Deus,
tendo sido batizados com o batismo de
JoãO. (Lc3:l2;Mt21:32J
João introduziu um novo modelo de expiação:
Pelo simbolismo do batismo, acompanhado de fé e
arrependimento dos pecados, indicava a nova confissão,
pois esta, antes, era feita sobre a cabeça de um novilho,
de um bode ou de um cordeiro. O batismo dejoão
revoluciona a confissão de fé e a forma como a pessoa era
perdoada, sem oferecer nenhum animai no Templo. Era
algo revolucionário para os seus dias, nos quais ninguém
se sentia perdoado sem derramamento de sangue. Os
doutores da Lei não aceitavam aquelanova doutrina,
apesar de não ser uma heresia, pois era conselho de Deus
- rejeitando o batismo dejoão
Lucas 7:30: Mas os fariseus e os doutores
da Lei rejeitaram contra si mesmos o conse­
lho de Deus, não tendo sido batizados por
ele. (Mt22:35;At20:27)
A quem ele compararia aquela geração?
A meninos sem infância e sem energia: a homens
7:31
sem o poder do Espírito Santo
Lucas 7:31: Então disse o Senhor: “A
quem , pois, hei de comparar os homens
desta geração, e a quem são semelhantes?
A geração sem reação, sem louvor, sem adoração, sem
brados de júbilo diante da música e da flauta: Semelhante
a obreiros - fariseus - de hoje, que diante do som do
Pentecostes e das lamentações proféticas não reagem,
não bradam, não louvam, por causa do sentimento de
ciúme em relação a quem Deus usa
Lucas 7:32: São semelhantes aos m eni­
nos sentados na praça, que clamam uns aos
outros, e dizem: Tocamos flauta, e vós não
dançastes; cantamos lamentações, e vós não
pranteastes.
João Batista sabia de que dispensação era! Ele não
estava obrigado a beber vinho nem comer pão. Este
era um privilégio de Cristo e de sua Igreja, porcausa da
instituição da Ceia do Senhor
Lucas 7:33: Porque João, o Batista, veio, o
qual não come pão nem bebe vinho, e dizeis:
Tem demônio! [ici.-isj
Em Levítico está claro por que Jesus comia pão e bebia
vinho com os seus discípulos: As suas reuniões não
eram bacanais publicanos, mas eram cultos, ceias de
louvor a Deus, e aquela geração não compreendia. Na
casa do fariseu ele mostra como era uma noite com
Jesus: A oferta vegetal ou de manjar com pão e vinho
é o tipo perfeito da Ceia do Senhor, pois ela sempre é
apresentada com o sacrifício animal, sendo ela uma
oferta vegetal (de trigo); e, através dela, podemos
observar por que Jesus introduziu o pão e o vinho na
sua Ceia, na ocasião em que promulgou o Novo Pacto
de seu sangue. Jesus tinha entendimento perfeito a
respeito desta oferta. Esta oferta é um memorial da
Ceia realizada por Cristo (Mt 26:25-26), a outra oferta
de manjar (ou vegetal) já será tipo da Ceia do Senhor
realizada pelos apóstolos: Levítico 23:13: “Esua
oferta vegetal (“de manjares”) será de dois décimos
de uma efa (“quatro litros e quatro decilitros”) de
farinha de trigo amassada com azeite. Será oferta
queimada de cheiro agradável ao Senhor Jeová, e a
sua libação será de um quarto de him (“três litros e
sete decilitros”) de vinho”. Primícias são primícias.
Não podemos nos antecipar no desfrutar de nossos
benefícios sem termos cumprido com o nosso dever
diante de Deus. Somente nos pães das primícias era
permitido o uso do fermento. Levítico 2:12: “Somente
podereis oferecer com tais elem entos, se for oferta
(“oblação”) deprim idas (“os primeiros frutos”),
mas jamais subirão ao altar como oferta queimada
de cheiro agradável ao Senhorjeová”: Levítico
23:14: “E não comereis pão sem fermento, nem grão
tostado, nem espigas frescas, até este dia quando
houverdes ofertado a oblação (“oferta de manjar”)
diante de vosso Deus. Será estatuto perpétuo para
Lucas 7:33
vossa posteridade em todas vossas moradas”, (a)
A festa de Pentecostes - no fim da festa das semanas.
Um tipo poderoso da vinda do Espírito Santo e da
grande colheita de almas através do ministério de
Pedro (At 2:1 -4; Lc 18:12; Mt 28:1): Levítico 23:15: “E
contareis sete semanas completas, desde o primeiro
dia depois do sábado da Páscoa, ou seja, desde o dia
que trouxestes o ômer (“duzentos e vinte e dois ”) da
oferta de movimento (“as primícias do sacerdote”)”:
Desde o dia da celebração da ressurreição de Cristo
(Lc 23:11), até a chegada do Espírito Santo sobre
a Igreja, isto é, até o domingo do Pentecostes: Dia
de oferta vegetal (ou de manjares), o maior tipo da
Ceia do Senhor-celebrada no domingo; justamente
celebrada pela Igreja Primitiva, porque a oferta de
manjares nunca era apresentada independente do
sacrifício animal - por isso na mesa do Senhor temos
pão (da oferta de manjar) e vinho (como memorial do
sangue do Cordeiro)-) 1 Co 16:8): Levítico 23:16: “até
o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta
dias; então oferecereis uma nova oferta vegetal (“de
manjares”) ao Senhorjeová”. O pão das primícias é o
tipo do corpo de Cristo que recebeu o Espírito Santo
(Mt 13:33). A efa era a medida da quantidade do trigo
dedicado às ofertas de ações de graça. Mas sempre tem
um poder espiritual contrário às nossas ofertas de ação
de graças que querem o domínio de nossas medidas
(Zc 5:6,7), o qual deve ser dominado e lançado fora de
nossos domínios (Zc 5:10,11). As duas mulheres vistas
em Zacarias são tipos da Igreja e da nação de Israel,
que levarão aquela mulher ímpia para a destruição,
a Falsa Igreja (Ap 18). Os dois pães: Geralmente
dedicamos a Deus dez por cento de nossos dízimos,
e o mínimo de dez por cento de ofertas voluntárias.
Estas ofertas são a nossa manifestação de ações de
graças por tudo o que Deus faz por nós e por nossas
famílias: Levítico 23:17: “Então, de vossa morada
trareis dois pães para oferta alçada em movimento;
pães cozidos com dois décimos de uma efa (“dois
litros e dois decilitros”) de fiorde farinha de trigo,
com levedura, como primícias para o Senhorjeová.
Sacrifícios e oferta de manjar completa (tipo da Ceia do
Senhor) e o holocausto, tipo da morte substitutiva de
Cristo (Dt 21). Lá, em Levítico, capítulo nove, temos
pela primeira vez todos os fundamentos das ofertas
de uma só vez: (1) Sacrifício expiatório pelo pecado;
(2) holocausto; (3) sacrifício pacífico: Levítico 9:2: (1)
“oferta de sacrifício expiatório pelo pecado e (2) um
carneiro sem defeito para holocausto”. Levítico 9:3:
“Um (1) bode como oferta de sacrifício expiatório pelo
pecado; um (2) bezerro, um cordeiro, sem defeitos,
paraholocausto”.Levítico 9:4: “Um (3) novilhoe
um carneiro como ofertas pacíficas ao Senhorjeová,
e uma oferta vegetal (“de manjar”) misturada com
azeite, porque hoje o Senhor vos aparecerá”. Agora,
no capítulo 23 temos uma repetição dos mesmos
sacrifícios, com pouca diferença. Cada um deles tem
um significado, um detalhe importante que termina
em Cristo. ( 1 )0 sacrifício pelo pecado era oferecido
no altar de sacrifícios, no átrio do Tabernáculo - Então
ele é tipo da morte de Cristo por sua nação. (2) Os
holocaustos eram oferecidos (imolados) diante do
7:34
altar, sua gordura (queimada) e o seu sangue (posto
nos chifres e derramado ao redor do altar) eram
apresentados no mesmo altar, mas eram (cabeça,
carne, couro, excrementos) queimados fora da porta,
em outro altar - Então ele é tipo da morte de Cristo por
todo o mundo, pois foi oferecido fora da porta. (3) As
ofertas pacíficas eram compostas de animais limpos
com os bolos ou pães. Sem os bolos e pães não eram
considerados como oferta pacíficas, pois esta oferta
era composta de animal e vegetal - sangue e trigo. Em
outras palavras, as ofertas de manjares se juntavam
às ofertas de sacrifício e formavam uma só: A oferta
pacífica- Então ela é tipo da Ceia do Senhor, pois o
Cordeiro de Deus foi imolado, e nós continuamos,
como memorial, oferecendo os pães ao lado do vinho
(1 Co 11:25): Levítico23:l 8: “Ejuntam entecomo
pão oferecereis sete cordeiros sem mancha, de um
ano, um novilho e dois carneiros para holocausto ao
Senhor Jeová, acompanhados de uma oferta vegetal
(“de manjar”) e uma libação (“vinho”). Serão ofertas
queimadas de cheiro agradável ao Senhor Jeová”. Eis a
razão por que ele deveria ser diferente de João Batista
Lucas 7:34:0 Filho do homem veio, o qual
come e bebe, e dizeis: Eis um homem comi­
lão e bebedor de vinho, amigo dos publica-
nos e pecadores! tu 5:29; is:i,2)
A Lei justificava a sabedoria de Cristo ao introduzir no
seio da Igreja a oferta de manjar como a reunião de maior
intimidade entre Cristo e a Igreja
Lucas 7:35: Mas a sabedoria é justificada
por todos os seus filhos”.
A prova de que as festas das quais Jesus participava
tinham como objetivo alcançar os pecadores, fato que
justifica a atitude de Cristo. Não houve cerimonial de
lava-pés, e Jesus recostou-se à mesa
Lucas 7:36: Então, um dos fariseus rogou-
lhe que comesse com ele; e, entrando na
casa do fariseu, recostou-se à mesa. m 2ó:6-!3;
Mc ! 4:3-9;Jo 12:1-8'}
Aquela mulher era conhecida do fariseu, que não ousou
retirá-la de sua casa. Mas ela não veio estar comjesus
de mãos vazias. Ela mostra que conhecia bem aquele
homem avarento. O alabastro é uma rocha não muito
dura, transparente, branca, e ao quebrar-se torna-se
granulada e fina. O ungiiento não era um perfume,
embora alguns fossem perfumados. Mas geralmente o
ungiiento era preparado com substâncias medicinais e
oleosas para fricção ou unção
Lucas 7:37: E eis que um a m ulher que
havia na cidade, a qual era uma pecadora,
sabendo que ele estava à mesa em casa do
fariseu, trouxe um frasco de alabastro com
ungiiento;
Observe a humilde atitude da mulher: (1) Pondo-se por
Lucas 7:43
trás - por causa da posição de Jesus sentado à mesa, com os
pés para trás. (2)Juntoaseus pés-não junto àsua cabeça.
(3) Chorando - mostrando como estava arrependida. (4)
Regando os seus pés com as suas lágrimas -ela investia.
Quem rega investe, investe para colher. Ela não estava
banhando os seus pés; estava regando-lhes. (5) Ela não
desperdiçava as suas lágrimas - ela os enxugava com os
seus cabelos. (6) Elaosbeijava-mostrandooseu cuidado.
(7) Ela os ungiu com ungüento-mostrando o seu culto
Lucas 7:38: e, pondo-se por detrás, junto a
seus pés, chorando, começou a regá-los com
lágrimas, e os enxugava com os cabelos de
sua cabeça; e beijava os seus pés, e os ungia
com o ungüento.
O fariseu precipitou-se e, por isso, cometeu vários erros:
(1) Julgou a mulher temerariamente; (2) deduziu que
Cristo não era profeta por não conhecer aquela mulher.
Jesus mostrou que conhecia os seus pensamentos, e
por que não conheceria aquela mulher? O Senhor dos
profetas estava ali; (3) ele estranhou que o Salvador dos
pecados recebesse pecadores
Lucas 7:39: Mas o fariseu que o tinha con­
vidado, ao ver aquilo, falava consigo mes­
mo, dizendo: “Se este fora profeta, conhe­
ceria quem e qual é a mulher que lhe tocou,
pois é uma pecadora”. íLc7:io;24:19;joó.-m)
Uma coisa a dizer sobre o poder do perdão. Mas o fariseu,
como todos os fariseus, dissimulou com elogios
Lucas 7:40: E, respondendo-lhe Jesus, dis­
se: “Simão, uma coisa tenho a dizer-te”. E
ele disse: “Dize-a, M estre”.
O credor é Cristo, os devedores são o fariseu e a mulher. A
mulher devia quinhentos denários e o fariseu cinqüenta.
Não importa quão limpo um justo se sente, ele ainda
estará em débito de gratidão diante de Deus
Lucas 7:41: “Certo credor tinha dois deve­
dores; um lhe devia quinhentos denários, e
outro cinqüenta. /mu 8.2 8 )
A incapacidade deohom em pagar a sua dívida diante
de Deus é notória, nopoucoenom uito.O credor os
perdoou. Mas somente o perdão da dívida do maior foi
anunciado. O amor de Deus é demonstrado a ambos, mas
aquele a quem ele mais amou, mais perdoou
Lucas 7:42: E, não tendo eles como pagar,
a ambos lhes perdoou. Qual deles, pois,o
amará mais?”
A primeira resposta a respeito do perdão
de Deus: Deus perdoa a todos, mas ama mais
aquele a quem mais perdoa
Lucas 7:43: E Simão, respondendo, disse:
“Penso que é aquele a quem mais perdoou”.
7:44
E ele lhe disse: “Julgaste retam ente”.
Na posição em que Jesus se coloca vemos a sua capacidade
advocatícia: ele olha para a mulher mas fala com o fariseu,
começando a fazervárias comparações: (1) Ele é homem,
elaé mulher. Ele “santo”, ela pecadora; (2) disse-lhe ter
entrado em sua casa sem que ele lhe oferecesse água para
os seus pés, mas ela ofereceu as suas lágrimas para lavar os
seuspés (Gn 18:4; 19:2;Jz 19:21; 1 Tm 5:10); (3) ele não
lhe ofereceu toalha, ela os seus cabelos
Lucas 7:44: E, voltando-se à mulher, disse
a Simão: “Vês tu esta mulher? Entrei em tua
casa, e não me deste água para os pés; mas
esta regou os meus pés com lágrimas e os
enxugou com os seus cabelos. (Gn i8:4;jzi9 :2 i;
Gn 19:2;43:24;Jz 19:21; 1 TmS:10)
Ele faz uma comparação entre aquilo que o devedor menor
-cinqüentadenários-não fez, e aquilo que o devedor
maior-quinhentosdenários-fazia: (4) Elenãolhedeu
beijo no rosto, ela não se cansava de beijar os seus pés, pois
quanto mais devia, mais humilhado agia (Gn27:27)
Lucas 7:45: Não me deste ósculo ( “no ros­
to ”); mas esta, desde quando entrei, não
cessou de me beijar os pés.
(5) Jesus faz diferença entre o óleo simples que o devedor
menor poderia oferecer e o ungüento especial que a
devedora maior usou no seu culto. Ele não lhe deu um
simples óleo, mas ela o ungiu com ungüento - algo muito
mais precioso. Ele não lhe ofereceu um simples óleo
Lucas 7:46: Não ungiste a minha cabeça
com óleo, mas esta ungiu-me os pés com
ungüento. (sm.-sj
Ele anuncia agora o perdão dos seus pecados e da anulação
da sua tão grande dívida. Mas, quanto valia aquele ungüento?
Trezentos dinheiros. Seelafossepagarasuadívidade
quinhentos dinheiros, agora, já só deveria duzentos. Quanto
valia um litro de lágrimas com arrependimento? Quanto valia
uma coleção de beijos nos pés com louvor e adoração? Elasaiu
dali perdoada e com créditoaseu favor, e o fariseu ficou em
débito. O que move o coração de Deus aamar uma pessoa?
Quando ela está livre deseuorgulhoreligiosoe dapublicação
dassuasobrasdejustiçaprópria; quando esta reconheceo
seu erro e, com louvor, arrepende-se de seus pecados sob um
coração quebrantado
Lucas 7:47: Por essa razão, te digo: Os seus
muitos pecados lhe são perdoados, porque
amou muito; mas aquele a quem pouco se
perdoa, o mesmo pouco am a”.
A sua dívida foi perdoada publicamente, da mesma
forma como foi criticada: publicamente. Ela soube que
os seus pecados foram perdoados depois que o fariseu foi
informado porjesus. Aqueles que nos criticam serão os
primeiros a ouvir falar de nosso triunfo (v. 47)
Lucas 7:48: E a ela disse: “Os teus pecados
LUCAS 8:1
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
te são perdoados”. (Mt9:2;Mc2:5;Lc5:201
Observe que são muitos que estão à mesa com Jesus; e
bem próximos: Mas não conheciam nada a respeito de
Cristo e nem a respeito do seu poder para perdoar pecados
Lucas 7:49: E os que estavam à mesa com
ele começaram a dizer entre si: “Quem é
este que até perdoa pecados?”
(1) A fé que salva é acompanhada com obras de
adoração e louvor. (2) A fé que salva é acompanhada
com louvor. (3) A fé que salva observa anecessidade e
opera conforme a grandeza do amor que a acompanha.
(4) A fé que salva não é insensível e vazia como a fé
do fariseu que nada ofereceu, além de um jantar sem
nenhuma qualidade de culto; (5) a fé que salva liberta e
garante a paz do pecador perdoado
Lucas 7:50: Mas ele disse à mulher: “A tua
fé te salvou; vai-te em paz”. (Lci7:i9;Mt9:22;Mc
5:34;Lc8:48)
Lucas, capítulo oito (8)
Mais um exemplo do ministério apostólico de
Jesus Cristo: Pregando e proclamando; semeando
e estabelecendo o Evangelho do Reino de Deus. O
método de estabelecero Reino de Deus nas cidades era
singular. Ele ia com os doze: Toda a engrenagem de seu
ministério estava presente. Ele não poupava esforços
nem suprimentos
Lucas 8:1: E aconteceu, um pouco de­
pois, que percorria todas as cidades, de al­
deia em aldeia, pregando e proclamando
o Evangelho do Reino de Deus; e com ele
iam os doze,/M 4:23/
A presença de u ma equipe que supria todas as
necessidades diárias dejesus Cristo. O ministério das
mulheres no Evangelho é digno de estudos profundos.
Razões que fazem as mulheres cooperarem com suas
vocações no ministério de Cristo: (1) A libertação
de Cristo. (2) As curas recebidas de Cristo. Maria de
Magdala estava muito agradecida pela grande libertação:
De sete demônios. Por que ela tinha sete demônios?
Jesus revela coisas terríveis a respeito do reino de
Satanás: Revela que os demônios encontram repouso
no homem. Revela como eles se referem às pessoas
onde habitam: “Sua casa” - sentem-se donos da a) ma da
pessoa e a tem como residência. Revela que os demônios
evitam a água (vidas sem o Espírito Santo, Jo 7:37,38):
Lucas 11:24: “Quando o espírito imundo sai da pessoa,
anda porlugares sem água, buscando repouso; e não o
encontrando, diz: Voltarei a minha casa, de onde saí ”.
Revela também que quando Deus se retira de uma vida,
ele deixa a casa limpa, varrida e adornada; pois esta
é a característica de Deus: Uma casa limpa, varrida e
adornada. Assim que o diabo encontra a vida de uma
pessoa que abandona a Deus, ele regressa para sujar
aquela casa outra vez: Lucas 11:25: “E, regressando, a
217
8:2
encontra varrida e adornada”. Revela que quando ele
volta não retorna sozinho: Mas vem com outros sete
espíritos mais sujos, mais violentos, mais iníquos do
que ele. Revela que ali habitam como residentes. Revela
que o estado daquele homem é pior do que o primeiro
estado, quando havia somente um demônio morando
nele. Por que aqueles espíritos estavam vindo para
habitarnaquela casa? Porque o Reino de Deus não havia
sido estabelecido no seu interior. Para nada servirá a
casa limpa de demônios, se a mesma não receber no seu
interior o Reino de Deus: Lucas 11:26: “Então vem e toma
outros sete espíritos piores do que ele; e, entrando, se
estabelecem ali; e o último estado daquele homem toma-
se pior do que o primeiro”
Lucas 8:2: e certas mulheres que haviam
sido curadas por ele de espíritos malignos
e de enfermidades: Maria, que se cham a­
va Madalena, de quem saíram sete dem ô­
nios; (Mt27:55,56j
O mordomo de Herodes cooperava indiretamente com
a sua esposa. Por meio de sua influência, o Evangelho
chegou até a casa de Herodes. Somente as mulheres
têm este poder de influência. Até a mulher de Pilatos
foi influenciada pelo Evangelho do Reino de Deus por
intermédio daquelas mulheres. Assim cooperavam
algumas mulheres de bem com o ministério de Cristo.
Observe, pelos nomes, que as pessoas, geralmente, são o
que apregoam os seus nomes
Lucas 8:3: e Joana, mulher de Cuza ( “p ro ­
f e t a ”), mordomo de Herodes, e Suzana
( “g o z o ”), e muitas outras que o serviam
com os seus bens.
Falando em parábolas à uma geração má e perversa
Lucas 8:4: E, quando já se reunia uma
grande multidão de pessoas que, de todas
as cidades, vinham ter com ele, falou por
parábola:
Lucas 8:11: “Pois esta é a parábola: A semente é a palavra
de Deus. Lucas 8:12: E os que estão na extensão do
caminho, estes representam os que, depois de ouvirem,
vem o diabo e tira de seus corações a palavra, para que
não creiam e sejam salvos”. Uma semeadura caiu em
quatro lugares diferentes, os quais representam quatro
tipos de coração. O primeiro coração que ouve a Palavra
pregada do Reino está batido e pisado, acostumado e
decepcionado. Toda semente que não entrano coração, os
demônios a roubam e a levam. (1 )0 coração pisado recebe
aPalavracomo “quase”, “acerca disso veremos depois”.
Isto também quer dizer que a Palavra é alimento de aves;
mesmo a Palavrarecusadaserviráde alimento aalguém
Lucas 8:5: “Um semeador saiu a semear a
sua semente; e, quando estava semeando,
parte caiu na extensão do caminho e foi pi­
sada, e as aves do céu a comeram;
Lucas 8:10
Lucas 8:13: A parte que caiu sobre a “rocha são os que
ouvem e recebem a palavra com alegria; e como eles
não têm raiz, por algum tempo crêem, mas no tempo
de tentação se distanciam”. (2) A segunda semente foi
recebida (a) com alegria, e com (b) uma fé temporária.
Ela ainda conseguiu nascer, diferentemente da primeira.
Mas a rocha era muito quente e não tinha umidade. A
solidão é a sequidão, a comunhão e o acompanhamento
no discipulado é a umidade.
Lucas 8:6: e outra parte caiu sobre a rocha,
e, quando nasceu, secou-se, pois não tinha
umidade.
Lucas 8:14: “e a que caiu entre espinhos representa
aqueles que, tendo ouvido, seguem o seu caminho, mas são
sufocados com os cuidados, as riquezas e os prazeres desta
vida, e não dão fruto com paciência”. (3) A terceira parte das
sementes cresce; mas os espinheiros também crescem e
chegam a uma estatura maioreapequenaárvoreé sufocada
no nascedouro. Quem são os espinheiros: A ansiedade, a
avareza e os prazeres desta vida
Lucas 8:7: E outra parte caiu entre espi­
nhos; e os espinhos nasceram juntamente
com ela, e a sufocaram.
Lucas 8:15: “mas a que caiu em boa terra, representa os
que, com um coração leal e bom, tendo ouvido a palavra,
a conservam, e dão fruto com perseverança”. (4) O
coração (a) leal, (b) bom, que (c) ouve a Palavra, que (d)
a conserva e que (e) dá fruto continuamente. Esta foi o
mesmo tipo de semente que Isaque semeou em Gerar
(Gn 26:6,11), por causa de sua perseverança
Lucas 8:8: E outra parte caiu em boa terra
e, crescendo, deu fruto, a cento por um ”. Ao
dizer estas coisas, clamou: “Aquele que tem
ouvidos para ouvir, ouça”. m / i.-isj
O sentido da parábola foi explicado. Os discípulos sabiam
que, hermeneuticamente, a parábola tinha sentido. Os
textos não estão escritos sem sentido. Bem-aventurado
aqueles que querem conhecer o sentido do texto
Lucas 8:9: E os seus discípulos lhe pergun­
taram, dizendo: “Qual é o sentido desta pa­
rábola?”
Porque eles tinham blasfemado contra o Espírito de
Deus, atribuindo a Satanás as obras do Espírito Santo
na vida de Cristo. Jesus não podia lhes falar, com
autorização do Pai, claramente, para que não ouvissem,
compreendessem e cressem (ls 6:9); pois já estavam em
condenação, porque pecaram conta o Espírito Santo, o
mesmo que convence do pecado, da justiça e do juízo
Lucas 8:10: E ele disse: “A vós vos é dado
conhecer os mistérios do Reino de Deus,
mas aos outros lhes falo por parábolas, para
que, vendo, não vejam, e ouvindo, não en­
tendam. (Is 6:9- ÍO;Jr5:2I;Ez 12:2}
8:11
Observe a natureza da Palavra d eD eu s-elaé uma
semente; e, em uma semente, reside toda a natureza da
erva, da hortaliça ou da árvore. Asemente traz o DNA da
vida que se reproduz
Lucas 8:11: Pois esta é a parábola: a sem en­
te é a palavra de Deus. a ts2-a; i Pe 1.-23)
A extensão do caminho é o curso da vida, e as aves
representam os demônios de Satanás, que roubam a
semente da fé e da Palavra de Deus, para que não se
salvem. Para alcançar o seu objetivo, ele usa de muitos
meios, principalmente se o coração está batido, duro
pela incredulidade e pelas decepções. Mas não há nada
que possa impedir a obra de Deus, se o coração crer na
Palavra de Deus. O maiorimpedimento para a salvação
do homem é Satanás. Esta é a geração de Adão
Lucas 8:12: E os que estão na extensão
do caminho, estes representam os que a
ouvem; depois, vem o diabo e tira do cora­
ção deles a palavra, para que não creiam e
sejam salvos.
Receber a Palavra de Deus com alegria e crer por algum
tempo não assegura o crescimento da fé. E o segundo
maior impedimento da salvação é a tentação do mundo,
que distancia a pessoa da Palavra de Deus. Trinta por
cento das pessoas sofrem com esta frustração: Falta de
raiz, fé temporária e queda na tentação, sem terforças
para se levantarem. Esta é a geração de Noé e seus filhos
Lucas 8:13: E os que estão sobre a rocha
são os que ouvem e recebem a palavra com
alegria; e, como eles não têm raiz, por algum
tempo crêem, mas no tempo da tentação se
distanciam;
O terceiro inimigo da salvação do homemé um grupo
forte de impedimentos que trabalham em conjunto: A
ansiedade pelas coisas desta vida, a avareza e os deleites
deste mundo vil. A alma inquieta, o coração avarento e
as ofertas de prazer pela sedução do mundo. Setenta por
cento das pessoas morrem enganadas por este grupo
forte. Esta é a geração de Sem até Tera
Lucas 8:14: e a que caiu entre espinhos
representa aqueles que ouvem, e seguem
o seu caminho, mas são sufocados com os
cuidados, as riquezas e os prazeres desta
vida, e não dão fruto com paciência;
A conservação da semente na “terra” do coração
prospera. A lealdade e a bondade do discípulo são a
unidade que a semente precisa para nascer e dar fruto
continuamente. Esta é a geração de Abraão e alguns de
seus filhos: Por issojesus disse que também Zaqueu era
filho de Abraão
Lucas 8:15: mas a que caiu em boa terra,
representa aqueles que, com um coração
Lucas 8:19
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
leal e bom, ouvem a palavra e a conservam,
e dão fruto com perseverança.
Muitos querem cobriras candeias acesas ou colocá-la
debaixo de uma cama. O lugar de luz é no candeeiro,
para que a sua luz seja útil. Muitos mestres e ministros,
depois de terem feito seus discípulos, tentam apagá-
los. O mesmo acontece profissionalmente. Mas isto
será revelado publicamente, com honra em favor do
injustiçado. Jesus quer dizer que o lugar daquele que está
aceso dando luz é no candeeiro
Lucas 8:16: Ninguém, depois de acender
uma candeia, cobre-a com um vaso ou a põe
debaixo da cama; mas a coloca no candeei­
ro, para que aqueles que entram vejam a luz.
(MtS: 15;Mc 4:21; Lc 11:33)
Observe a diferença: Coisas cobertas pelas próprias
pessoas que cometem a falta. Coisas encobertas pelas
pessoas (os líderes) que deveriam resolvê-las com
justiça, mas que põem panos quentes sobre elas. Jesus
está dizendo que elas serão reveladas. Jesus está dizendo
que os pavios fumegando podemsercobertos,masa
razão será revelada. As coisas cobertas se manifestam
como um bebê ao nascer. As coisas encobertas serão
reveladas porque alguém as investigará. Muitas vezes
umaúnica coisa coberta releva outras encobertas que,
aparentemente, nunca serão reveladas. Mas este texto se
refere originalmente à manifestação daquilo que o homem
tenta cobrir com o fim de apagar o brilho de um ministério
-coisa coberta; agora, as coisas encobertas são relativas ao
pecado escondido pelos homens sob cumplicidade
Lucas 8:17: Porque não há coisa coberta
que não venha ser manifestada, nem coisa
encoberta que não haja de saber-se e vir à
luz. m 10:26;M c4:22;Lc 12:2)
Jesus lembra o fariseu que o recebeu em casa; parecia
que tinha, mas não tinha. Ele lembra o rico que se vestia
esplendidamente diante de Lázaro, bem como aquele
que não tinha onde pôra sua colheita; lembra o mordomo
na sua posição administrativa
Lucas 8:18: Vede, pois, como ouvis; por­
que àquele que tem lhe será dado; e àquele
que não tem, até aquilo que parece ter lhe
será tirado”. lMtl3:12;25:29;Lc 19:26)
Observe o preconceito dos parentes de Jesus contra
os gentios; preste atenção onde Jesus estava:
No meio dos gentios que eram rejeitados por
seus parentes, incluindo a sua mãe
Lucas 8:19: Então vieram estar com ele a
sua mãe e os seus irmãos, mas não podiam
aproximar-se dele, por causa dos gentios.
A família de Jesus tem acesso a ele, sem preconceito
contra aqueles que estão ao seu lado. O equívoco da
família dejesus e como ele responde à calúnia dos
219
8:20
escribas (Mt 12:22-45; Lc 11:14-23). Quantas vezes
os ministros de Deus estão tão ocupados na obra de
Deus, e ainda são mal-interpretados pela própria
família? A família de Jesus creu nas conversas do
povo, que afirmava que ele e seus discípulos estavam
endemoninhados. Mas eles estavam em jejum e
grandemente envolvidos na obra de Deus: Marcos
3:20-21: “Depois entrou numa casa. E outra vez afluiu a
multidão, de tal maneira que ele e seus discípulos nem
sequer podiam comer o pão. E quando os seus parentes
ouviram isso, saíram para amarrá-lo; porque diziam:
Ele está fora de si”. Blasfêmia contra o Espírito Santo é
atribuir a Satanás as obras do Espírito Santo. Os sintomas
de uma pessoa que está vivendo nessa condição é um
falso arrependimento, sem sentimento da necessidade
de conversão e convicção de pecado. Eles viviam
blasfemando contra o Espírito Santo e, por isso, Jesus
lhes falava por parábolas: Marcos 3:22: “E os escribas
e aqueles que tinham descido dejerusalém diziam:
Ele está possesso de Belzebu (“o senhor das moscas”),
e pelo príncipe dos demônios expulsa os demônios”.
Quanto ao Espírito Santo: Afrontar o Espírito Santo traz
eternas e grandes conseqüências. Essas obras podem
estar sendo realizadas porhomens de Deus. Como saber
se temos blasfemado contra o Espírito Santo? Somente a
mera preocupação a respeito disso já é uma prova de que
não temos cometido tal pecado, pois o mesmo Espírito
Santo é quem nos convence do pecado, da justiça e do
juízo: Marcos 3:28-30: “Verdadeiramente vos digo:
Todos os gêneros de pecados dos filhos dos homens
serão perdoados, bem como todas as blasfêmias que
proferirem; mas, aquele que blasfemar contra o Espírito
Santo jamais alcançará perdão, mas será réu de eterno
juízo. Porquanto eles diziam: Tem espírito imundo”. A
verdadeira família de Cristo não se confunde com ele,
não o detém (Mt 12:46-50; Lc8:19-21) e não o quer
prender em cordas de falsa liberdade: Marcos 3:31:
“Então chegaram a sua mãe e os seus irmãos e, ficando
de fora, mandaram-no chamar”
Lucas 8:20: E foi-lhe dito: “Tua mãe e teus
irmãos estão lá fora, e querem ver-te ”.
Jesus criticou a falta de prática da palavra de Deus em
relação ao próximo por parte de sua família
Lucas 8:21: Mas ele, respondendo, disse-
lhes: “Minha mãe e meus irmãos são aque­
les que ouvem a palavra de Deus e a prati­
cam”. (Lc 11:28;Jo 15:14)
O tempo de mudança de curso para salvar e libertar
uma vida das mãos de uma casta de demônios que se
disfarçava em apenas um espírito imundo. Aoutra
banda do lago tem grandes desafios. Os urros do
endemoninhado eram ouvidos dali. É um desafio
deixar a nossa quieta margem para enfrentar o
desconhecido dos homens
Lucas 8:22: E aconteceu que, em um da­
queles dias, entrou num barco com os seus
discípulos e disse-lhes: “Passemos à outra
Lucas 8:27
margem do lago”. E partiram. (M c 6:47-52;jo
6: 1621/
A tranqüilidade dejesus, mesmo sabendo que haveria
uma grande luta. Ao passar pelos limites daquele mundo
horrível de Gadara, o mundo espiritual contrário deu o
seu primeiro sinal: uma tormenta mortal levantou-se
Lucas 8:23: E, ao navegarem, adormeceu.
E veio sobre eles uma grande tormenta de
vento no lago, de maneira que o barco ia
afundando, e estava em perigo.
O sono dejesus mostrava a sua tranqüilidade diante
das ameaças do inimigo. O vento que ali soprava tinha
uma origem. Ele se dirigia à cidade de Gadara. Quando
rumamos para Gadara, as boas-vindas são ventos
contrários que precisam ser repreendidos. Portrás
daqueles ventos há poderosas forças do mal. A calma era
necessária. Ele não poderia estar enfraquecido naquela
próxima grande luta
Lucas 8:24: E, chegando-se a ele, desper­
taram-no, dizendo: “Mestre, Mestre, pere­
cem os”. E ele despertou-se, e repreendeu
o vento e a fúria das águas; e cessaram, e
seguiu-se a calma. (Lc5:5;4:3Q)
Um homem que conhece as fronteiras inimigas, sabe
para onde vai e conhece o que lhe espera adiante
Lucas8:25: Então, lhes disse: “Ondeestáa
vossa fé? ” Mas eles, cheios de pavor, maravi-
lharam-se, dizendo uns aos outros: “Quem,
pois, é este, que manda até sobre os ventos e
as águas, e lhe obedecem?”
Os nossos grandes desafios estão adiante de nós.
A Galiléia é a base do ministério, mas adiante da Galiléia
estava o grande desafio de Gadara
Lucas 8:26: E navegaram para o país dos
gadarenos, que está defronte da Galiléia.
O grande desafio de Gadara veio ao seu encontro.
Ele precisava: (1) Ser liberto. (2) Vestir-se. (3) Voltar
para casa e ler livre dos seus sepulcros -bares, boates,
noitadas, orgias
Lucas 8:27: E, quando desceu a terra, veio
ao seu encontro certo homem daquela cidade
que, desde muito tempo, estava possuído por
demônios, e não vestia roupa alguma, nem
habitava em casa, mas sim nos sepulcros.
Opoderdas trevas trabalhava no corpo de um homem.
Ambos se gladiavam entre si: A mente do homem e a
mente dos demônios. O jovem caiu, mas ainda conseguiu
gritar pedindo socorro. Os demônios o controlavam, e
fizeram uma pergunta: “Que temos contigo?” E lançaram
o ataque: “... Filho do Altíssimo”. Era o que Satanás
220
8:28
queria ter certeza: Se ele era mesmo o Filho de Deus,
desde o capítulo quatro que ele vem tentando ter certeza.
Jesus discerniu bem o propósito deles. Mas eles mostram
a sua fraqueza: A presença de Jesus na cidade causava-
lhes um grande tormento. Mas qual era o tormento?
Lucas 8:28: E, quando viu a Jesus, gritou e
caiu diante dele, exclamando em alta voz:
“Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus
Altíssimo? Peço-te que não me atormen­
tes!” ^ / . ^ ;
O tormento era que Jesus estava mandando que ele
saísse. Mas aparentemente não saía. Ele falava no
singular, mas estavam no plural. Então Jesus discerniu
o que havia, porque mandava ao espírito imundo que
saísse do homem. Mas, aparentemente eles estavam
ali. O que estava acontecendo? Os demônios podem
apoderar-se de uma pessoa por muito tempo. As pessoas
procuravam meios humanos para prendê-lo, mas ele era
como os nephilins (Gn 6:3-5): homens possuídos de uma
força sobrenatural. Grilhões e cadeias não resolviam.
Os demônios arrebatam as suas vítimas para os lugares
áridos, a fim de matá-las, caso elas não se sujeitem. Ele se
tornou um Sansão de Satanás
Lucas 8:29: Porque ordenara ao espírito
imundo que saísse do homem; pois já ha­
via muito tempo que se apoderava dele. E
procuravam sujeitá-lo, amarrando-o com
grilhões e cadeias; mas ele destruía as pri­
sões, e era arrebatado pelo demônio para
os desertos.
Como Jesus discerniu? Se o havia mandado sair no
singular, e aparentemente não saiu, é porque seriam
muito mais que um. Então ele fez a pergunta-chave:
“Qual é o teu nome?” Não podiam mentir “no singular”
diante do Verbo; tinham que falar a verdade. Então eles
disseram: “Legião”. Então seriam tratados como legião
Lucas 8:30: E perguntou-lhe Jesus, di­
zendo: “Qual é o teu nome?” E ele disse:
“Legião”. Porque muitos demônios tinham
entrado nele. (2Pe2:4;jd6)
Este verso é sumamente importante, pois ele revela
que Jesus conhecia o segredo que eles mais temiam: O
abismo final. Ali os demônios apenas esperam o juízo,
pois todos os demônios que deixam o seu domicílio e
entram no mundo, e do mundo são enviados ao Abismo,
de lá jamais poderão sair, a não serpara cumprira
sentença de seu juízo final e de lá serem enviados ao Lago
de Fogo (2 Pe 2:4; Jd 6). Quando os demônios sabem
que um servo de Deus conhece esta lei espiritual, eles o
temem e evitam manifestar-se
Lucas 8:31: E rogavam-lhe que os não man­
dasse ir para o Abismo. (RmW:7;Ap20:i,3j
Por que eles preferiram enfrentar os porcos do que
LUCAS 8:37
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
Apolion (Ap 9:11 )?Nos porcos eles tinham oportunidade
de regressar para o seu domicílio e permanecer naquela
cidade. Do Abismo, eles jamais poderiam sair. Mas por
que Jesus não definiu a sorte deles para sempre e os
enviou ao Abismo? A cidade não merecia este bem
Lucas 8:32: E havia ali uma vara de muitos
porcos pastando na montanha; e rogaram-
lhe que lhes permitisse entrar neles; e Jesus
o permitiu.
Os demônios rogaram e foram atendidos. Por que um
filho de Deus teme orar a seu Deus e pedir-lhe com fé?
Nos porcos eles fizeram o que há muito queriam fazer
com aquele jovem: Matá-lo. Mas não era tão fácil assim.
Dentro de cada homem está um espírito humano
Lucas 8:33: Então os demônios, tendo saí­
do do homem, entraram nos porcos; e a vara
precipitou-se furiosamente, por um despe­
nhadeiro, no lago, e se afogou. ílc 8:22,23)
Os pastores de porcos fogem quando suas “ovelhas”
sofrem. Os pastores de porcos são covardes. Os pastores
de porcos anunciam um evangelho que reúne pessoas
para expulsar a Cristo de sua cidade. Eles preferem a
ilegalidade do que Cristo
Lucas 8:34: E aqueles que os apascenta­
vam, vendo o que acontecera, fugiram, e o
anunciaram na cidade e pelos campos.
Jesus alcançou o seu objetivo: Libertou o homem, vestiu
o homem e devolveu o juízo ao homem. Quem pastoreia
porcos teme ao verum homem no seu verdadeiro
juízo; teme ao ver um homem nu vestido, treme ao ver
um homem louco em seu pleno juízo; chora ao verum
homem acostumado aos sepulcros em casa
Lucas 8:35: E saíram a ver o que tinha
acontecido, e vieram a Jesus; então acha­
ram o homem, de quem haviam saído os
demônios, vestido e em seu pleno juízo; e
tiveram medo. ílcio.sq)
Os que fogem quando Jesus age somente ouvem as
notícias, não participam
Lucas 8:36: E também aqueles que o ti­
nham visto contaram-lhes como aquele en­
demoninhado fora salvo. (Mt4:24j
O gadareno foi livre dos demônios e a cidade foi possuída
por outros espíritos de medo. Por issoelenão mandou os
demônios ao abismo. Os mesmos demônios mudaram
de tática. Agora estavam em muitos, em forma de medo.
O medo troca a salvação pela perdição; o medo troca a
organização pela bagunça; o medo rejeita o Bom Pastor,
mas recebe e defende os porcos. Então a salvação voltou
dali, mas não vazia
Lucas 8:37: E toda a multidão daquela re-
221
8:38
gião ao redor dos gadarenos rogou-lhe que
se retirasse deles, porque estavam possuídos
de grande temor; então, subindo ao barco,
voltou. (Atl6:39j
Mas ele não voltou sem deixaro testemunho. O jovem
seria um grande evangelista naquele lugar: Esta era a sua
missão em Gadara. Os missionários nativos fazem muito
mais. EJesus já sabia disso
Lucas 8:38: Mas aquele homem, de quem
tinham saído os demônios, rogava-lhe que
o deixasse estar com ele; mas o despediu,
dizendo:
Estar em casa é o seu prêmio. Quem estava acostumado
aos sepulcros, deveria voltar para casa
Lucas 8:39: “Volta para tua casa e conta
quão grandes coisas Deus te fez”. E ele foi
divulgando por toda a cidade quão grandes
coisas Jesus lhe havia feito.
De volta à outra margem, encontrou uma multidão que o
amava liberta do medo. Quando alguns nos rejeitam, sem
saber nos empurram para os braços de outros que nos
amam: Todos o esperavam do seu grande desafio
Lucas 8:40: E quando Jesus voltou, a mul­
tidão o recebeu com regozijo, porque todos
o estavam esperando.
Dois príncipes da sinagoga tiveram uma experiência
dura com ele: O primeiro foi aquele diante do qual ele
leu Isaías 61.1,2. Naquele dia, Jesus disse que ele era
o enviado de Deus para curar e libertar os cativos. O
segundo deles foi aquele que o censurou porque havia
curado no dia de Sábado, e o mesmo pediu para que o
povo voltasse nos outros dias, menos no dia de sábado,
mas não havia culto nos outros dias, ejesus o chamou
de hipócrita. Seria um deles o tal príncipe? Quem
sabe... Com a filha doente, este homem sentiu na pele o
problema das pessoas. O certo é que tal príncipe rogava
que Jesus entrasse, não na sua sinagoga, mas na sua casa.
Ele veio e adorou. Quem adora paga com antecipação a
sua bênção. No enredo desta história, a adoração de Jairo
será fundamental para contrastar com a não adoração
antecipada da mulher que sofria de uma hemorragia.
Quando o adorador adora, Jesus deseja ir à sua casa
Lucas 8:41 : E eis que chegou um homem
chamado Jairo, que era o principal da sinago­
ga; ele veio e, prostrando-se aos pés de Jesus,
rogava-lhe que entrasse em sua casa;
A filha única: Quem tem uma filha única luta pela
continuidade de sua vida. São muitas as filhas únicas
de nossa vida: Nosso casamento, nossa vocação, nosso
amorfamiliar, nossa herança moral, nosso ministério, a
fidelidade de nosso serviço, a confiança. Não podemos
perdê-la. Ele soube lutar por esta filha única. Quantos
pais estão perdendo o seu único filho, o qual jamais
Lucas 8:43
voltará a existir?Jairo tornou-se um homem admirável,
não obstante seu passado. Ainda hoje, para ondejesus
vai, uma multidão vai com ele
Lucas 8:42: porque tinha uma filha única,
já quase de doze anos, que estava à morte.
E, indo ele, a multidão o apertava.
Observar que a mulher sofria há doze anos, isto é, todo o
tempo devida da menina. Algo sincronizado no mundo
espiritual.Jesus estava decidido a atraíras duas coisas
para resolvê-las de uma só vez. Problemas sincronizados
são comuns. Muitas vezes a filha sofre, mas a origem
está no seu pai, na sua mãe, ou em algum familiar. A
enfermidade a deixou sem saúdeeos falsos médicos a
deixaram pobre. Ninguém a pôde curar
Lucas 8:43: E uma mulher, que havia doze
anos padecia de um fluxo de sangue, que
gastara com os médicos todo o seu sustento,
e não pudera ser curada por ninguém,
A sua mente criou para si mesma um método para
ser curada: “Se eu tocar nas suas vestes”. Ela pensou
que seria assim, creu e o tocou. Jairo havia escolhido
outra maneira para receber a sua bênção: Mostrou-se,
declarou-se, adorou, de frente. Não se escondeu, nem
criou modos próprios e ilegais. Ela estava enferma e sabia
que não podia tocar nem ser tocada, por causa de sua
impureza cerimonial. Este era o dever daquela mulher
que foi curada porjesus (Mc 5:21 -34). O testemunho
daquela mulher não poderia ser deixado de lado, por isso
Jesus insistiu: Quem me tocou? Então ela contou toda a
verdade. Que verdade? A verdade das suas impurezas,
as quais estavam escondidas: Levítico 15:29: “E no
oitavo dia tomará para si duas rolinhas ou dois filhotes de
pombo e os trará ao sacerdote, àporta do Tabernáculo
do Testemunho”. As duas pombinhas deveriam morrer.
O holocausto deveria ser queimado completamente,
com exceção do seu papo; mas o sacrifício, somente uma
parte. Se for ave: O modelo éom odelode Abraão em
Gênesis 15:9-18. Todo o livro de Levítico será baseado
na oferta-modelo de Abraão (Gn 15:9). Os cuidados
com as aves é imprescindível, pois neste ato, é tipo da
presença do Espírito Santo. A fonte desta oferta está em
Levítico 1:14-17: “E se o sacrifício (“a oblação”) for de
aves, apresentará rolas oufilhotes de pombas”. Levítico
15:30: “E o sacerdote oferecerá as aves diante do Senhor
Jeová, uma como oferta expiatória pelo pecado e a outra
como holocausto; e assim o sacerdote fará expiação pela
mulher que se purifica do fluxo de seu sangue”. Ver que
todos aqueles cuidados foram tomados por causa de
uma possível profanação da casa do Senhor. Observar
que todos os cuidados de limpeza e purificação estavam
relacionados à entrada no Tabernáculo do Testemunho:
Levítico 15:31: “Desta maneira apartareis aos filhos
de Israel de suas imundícias, para que não morram por
causa delas, quando profanarem a minha morada que
está no meio deles”. Observar que o fluxo de sangue
estancou. Por que foi estancado? Porque faltavam
algumas coisas. Ela tocou no Templo em impureza; ela
não adorou; não se revelou, e não queria se comprometer
com averdade. As nossas bênçãos vêm pela metade
222
8:44
quando não cumprimos a nossa parte com Deus. Observe
que ela veio por detrás. O que há atrás de Deus? A
bondade. E o que há adiante dele? Glória (Êx 33:19-23).
Jairo experimentou a glória de Deus pela ressurreição
de sua filha, e a mulher, inicialmente, o estancamento de
sua enfermidade, por causa da bondade de Deus. Deus é
bom, mas Deus é glorioso
Lucas 8:44: chegando por detrás dele, to­
cou na orla de sua veste, e instantaneamente
o fluxo de seu sangue se estancou.
Por causa dos detalhes da Lei, Jesus era obrigado a
perguntar “quem me tocou”?Aqui vemos também
as formas como as pessoas buscam a Cristo: (1)
Apertando-o; (2) oprimindo-o; (3) tocando-lhe. Mas Jairo
descobriu a melhor forma: Adorando-o
Lucas 8:45: E disse Jesus: “Quem é que me
tocou?” E, negando-o todos, disse Pedro e os
que com ele estavam: “Mestre, a multidão
te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que
me tocou?”
A virtude pode curar, mas avisa quando flui; às vezes
flui por causa da bondade de Deus, não pela fidelidade
do beneficiado; porém, muitas vezes os benefícios são
temporários por falta da verdade, do culto e da ilegalidade
Lucas 8:46: Mas Jesus disse: “Alguém me
tocou, porque eu senti que de mim saiu vir­
tude”. (Lc5:/7;6:IQJ
Então, torna-se necessário a correção dos erros. O seu
medo originava-se na sua ilegalidade, segundo a lei
dada por Deus aMoisés. Então não havia outra saída
senão contar a verdade e adorar. Na sua mente ela estava
curada, mas diante de Deus a enfermidade apenas havia
sido estancada. Lembrar que Lucas era médico
Lucas 8:47: E vendo a mulher que não po­
dia esconder-se, aproximou-se tremendo e,
prostrando-se diante dele, declarou na pre­
sença de todo o povo a razão de o ter tocado,
e como instantaneamente fora sarada.
Após a sua adoração, Jesus fez uma grande declaração:
“Filha” - por que ela sairia dali sem rumo e sem saber
que tinha um Pai como ele? “Tem bom ânimo” -p o r
que ela voltaria tão infeliz? “A tua fé te salvou” - por
que ela sairia dali sem saber que ainda tinha algo,
depois de ter gasto todo o seu sustento? A sua fé,
pois a fé jamais se acaba. “Vai em paz” -p o r que ela
sairia dali sem paz, por não ter adorado aquele que a
curou, e sem ter gasto nenhum centavo? Então Jesus
acrescentou: “Sê curada deste teu mal” (Mc 5:34)
Lucas 8:48: E ele lhe disse: “Filha, tem bom
ânimo, a tua fé te salvou; vai em paz”. (Mcs-M;
Lc7:50; 17:19; 18:42)
Quem paga com adoração não se incomoda em ver outras
LUCAS 8:55
Lucas Lucas Lucas L ucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
pessoas atravessando no seu caminho, enquanto Jesus
está indo em direção à sua casa, mesmo diante de más
notícias: apenas confia; a cura de outras pessoas diante
de seus olhos é combustível para a sua fé. Em quem ele
creria? Nos seus funcionários com as más notícias ou no
Cristo que acabara de fazer um milagre diante de seus
olhos? A morte não é a última palavra para quem crê
Lucas 8:49: Estando ele ainda falando,
chegou um da casa do principal da sinago­
ga, dizendo: “A tua filha já está morta, não
incomodes o Mestre”. (Lc s -av ,
Jesus jamais se contradisse. Ele poderia dizer: “será
ressuscitada”, mas disse, “será curada”. Porque, ao
chegar na sua casa, ele disse: “ela não está morta”
Lucas 8:50: Mas Jesus, tendo escutado,
respondeu, dizendo: “Não temas; crê so­
mente, e será curada”.
Quem esteve na transfiguração tem direito a ver como
se ressuscita um morto. Quem confia diante das más
notícias pode ver o que Deus faz diante da morte
Lucas 8:51 : Ao chegar à casa, não permitiu
que ninguém entrasse, senão a Pedro, a João
e a Tiago, e ao pai, e a mãe da menina.
A linguagem do homem de fé é baseada no
dicionário de Deus. No dicionário de Deus, morte
é mudança de endereço, o castigo que traz a paz,
é sono. Por isso, não se chora
Lucas 8:52: E todos choravam e a prantea­
vam; e ele disse: “Não choreis; porque não
está morta, mas dorme”. ílc23:27:jo / /.•/ /, i3i
Como podiam chorar pela morte da menina e rir da
ressurreição? Como o homem incrédulo pode
separar tão bem a vida da morte?
Lucas 8:53: E eles riam dele, sabendo que
estava morta.
Quem ri e chora na mesma situação não é honesto. Tem
que sair. Podia tocar-lhe na cabeça, mas tocou-lhe nas
mãos, como quem a traz de volta do outro lado da ponte.
Ele a levantou do Hades à terra
Lucas 8:54: Mas ele, pondo-os todos fora,
tocando-lhe na mão, clamou, dizendo: “ Le-
vanta-te, menina”. tLc7:i4;joii:43i
Somente com a ressurreição o espírito humano
volta ao seu corpo, e a alma se restabelece.
O corpo pode voltar à sua rotina
Lucas 8:55: E o seu espírito voltou, e ela
instantaneamente se levantou. E ele orde­
nou que dessem de comer à menina.
Somente depois da sua ressurreição toda a verdade
deveria ser dita, e a candeia seria posta no candeeiro
223
8:56
Lucas 8:56: E seus pais ficaram maravilha­
dos, mas ele lhes ordenou que a ninguém
dissessem o que havia acontecido. ilcS:14;mc
3:12; 7:36; Lc 9:21)
Lucas, capítulo nove (9)
O poder é uma virtude que Deus nos concede baseada no
Nome que nos envia; mas a autoridade é uma virtude que
somente funciona quando se mescla com a obediência
e com a fidelidade daquele que recebe o poder. O poder
donom edejesusea autoridade da vida de quem o usa
resulta na libertação de demônios e de enfermidades.
Quase cem por cento das enfermidades são casulos de
demônios. Se aprendermos a expulsar os espíritos de
enfermidades, milhares de pessoas serão curadas
Lucas 9:1 : E, convocando os doze discí­
pulos, deu-lhes poder e autoridade sobre
todos os dem ônios e para curarem enfer­
midades. (Mc3:13,14j
A pregação do Evangelho é a meta, o alvo. As maravilhas
são o resultado. Não podemos inverter estas duas coisas.
Paulo escreveu que Deus não o enviou a batizar, mas a
pregar o Evangelho. Isto quer dizer que o batismo é o
resultado e não a meta principal. O Evangelho é o Rei
de Deus, as Boas-Novas que o Reino de Deus envia.
O Evangelho é a mensagem do Rei aos súditos. Os
discípulos eram os enviados do Rei. Eles não tinham que
se preocupar com a provisão. Este era o trabalho do Reino
emfavordeles
Lucas 9:2: E os enviou a pregar o Reino de
Deus e a curar os enfermos. (Mtio:7,8;LciO:i,Q) \
Esta foi a primeira comissão dos evangelistas: Nenhuma
provisão-deveriam experimentar a provisão de Deus.
Eles eram como os estrangeiros, os pobres que iriam
espigar pela fé na seara que estava pronta para a ceifa.
Eles não deveriam se preocupar com a segurança, pois o
Reino fazia isto por eles. Eles não deveriam se preocupar
com a contribuição do povo para o alforje - a bolsa do
sacerdote. Eles não deveriam se preocupar com o pão,
pois o Reino deveria enviar provisão sem falta para eles.
Eles não deveriam preocupar-se com dinheiro, porque o
Reino deveria provera sua economia. Eles não deveriam
se preocupar com a sua indumentária, porque o Reino
conhecia todas as suas necessidades
Lucas 9:3: E disse-lhes: “Nada tomeis con­
vosco para o caminho, nem bordões, nem
alforje, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais
duas túnicas. (Mt 10:10;Lc 10:4;22:35;
A ética ministerial do apóstolo, evangelista ou profeta: A
casa que os hospedasse receberia ordem de Deus para
abençoá-los. Mas eles não sairiam dali sem abençoare
sem serem abençoados. Eles não deveriam mudarde
casa em casa de acordo com a sua conveniência pessoal.
Nem aceitar convites para hospedar-se em outra casa
Lucas 9:9
enquanto auspiciado por outra
Lucas 9:4: Em qualquer casa em que en­
trardes, permanecei ali e dali partireis.
O pó das cidades incrédulas que ficava sob os pés
evangelizadores dos ministros dejesus Cristo não
poderia seguirem seus sapatos, pois o peso de cada
partícula do pó representava o peso do juízo amplificado
que voltaria sobre aqueles que os rejeitavam
Lucas 9:5: E, em qualquer lugar onde
não vos receberem, ao sairdes dali, sacudi
o pó de vossos pés em testem unho contra
e les”. (Mt 10:14;A t 13:51)
Sempre haverá uma primeira comissão. Ela evangeliza
aldeias e não somente as grandes cidades. Ela prega
menos e realizam mais
Lucas 9:6: E, partindo eles, percorreram
todas as aldeias, pregando o Evangelho e
operando curas por toda parte.
O grão de trigo havia caído em terra e dado muito fruto,
e agora já não era mais um sójoão, mas muitos deles. A
ressurreição dejoão seriao terror de Herodes. Os discípulos
dejoão de fato haviam encontrado a ressurreição e avida,
que era Cristo, e com ele estariam impactando toda a terra.
Havia três notícias: (1) João ressuscitou
Lucas 9:7: Mas Herodes, o tetrarca, ouviu
a respeito de todas as coisas que estavam
acontecendo e estava sumamente perplexo,
porque alguns diziam que João ressuscitara
dentre os mortos; ílcq.-iqj
(2) Elias apareceu - não poderia ter ressuscitado - mas
de fato apareceria na transfiguração. Os jovens profetas
da escola do Jordão não creram que Elias fora arrebatado
totalmente e, até aqueles dias, alguns o esperavam (2
Rs 2:16). (3) Um dos antigos profetas ressuscitou - de
fato alguns deles ressuscitariam na ocasião da morte de
Cristo. O povo estava profetizando enãosabiadisso
Lucas 9:8: e outros diziam que Elias tinha
aparecido; e outros que um dos antigos pro­
fetas havia ressuscitado. mi6:i4s
Ele teve a sua segunda oportunidade, mas jamais a
aproveitou. Alguns tem apenas uma, outros tem duas. Ele
teria a sua oportunidade devê-lo cara a cara - mas não lhe
daria crédito
Lucas9:9: E disse Herodes: “AJoão mandei
degolar; quem é, pois, este de quem ouço di­
zer tais coisas?” E desejava vê-lo. (Lc23:W
Os discípulos estavam trabalhando na área onde Herodes
governava: Por isso as obras dos discípulos chegaram ao
conhecimento dele. Quando os rumores se levantavam,
Jesus não aparecia: Se retirava, pois assim administrava
a sua obra até chegaro tempo de ir ajerusalém para
224
9:10
triunfar sobre a morte. Toda a casa de frutas tem o seu
deserto. Por que ele ministrou no deserto e não entrou
na cidade? Lucas 10:13: “Ai de ti, Corazim! Ai de ti,
Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidon fossem feitas as
maravilhas que entre vós foram vistas, há muito já teriam
se arrependido, assentados em saco e cinza”
Lucas 9:10: E, regressando os apósto­
los, contaram -lhe quantas coisas haviam
feito. E ele, tomando-os consigo, retirou-
se para um lugar deserto que pertencia a
uma cidade cham ada Betsaida ( “casa de
fr u ta s ”); ílcQ:i7!
As multidões poderiam ir para a cidade comer frutas,
mas foram ao deserto desfrutar da presença de Cristo.
Naquele tempo, as multidões já sabiam o que preferir.
Jesus sabia que a mensagem do Reino deveria ser pregada
antes de qualquer coisa. Se queremos os benefícios
de Deus, devemos experimentar primeiramente asua
receita. Este texto revela, indiretamente, que são muitos
os que não têm necessidade de ser curados, ejesus os
conhecia a todos: “e sarava os que tinham necessidade
de cura”. Betsaida não era uma cidade confiável como
provedora de alimento sadio para a multidão, sendo uma
grande casa de frutas (Lc 10:13), especialmente por fazer
parte do trio das cidades incrédulas; por esta razão Jesus
disse ao ex-cego: “Não entres na cidade”
Lucas 9:11 : e quando as multidões se intei­
raram disso, seguiram-no; e ele os recebeu,
e falava-lhes do Reino de Deus, e sarava os
que tinham necessidade de cura.
Os discípulos queriam que eles entrassem na cidade
de Betsaida para buscar oquecomereprocurar abrigo,
mas isto dispersaria a multidão. Jesus queria terminar a
sua obra. Eles haviam feito a sua escolha entre a cidade
e o deserto. Mas os discípulos queriam enviar-lhes aos
lugares de onde eles vieram. Nos campos e nas aldeias
não havia o que eles queriam
Lucas 9:12: Mas o dia começou a declinar;
e, chegando-se a ele os doze, disseram-lhe:
“Despede a multidão, para que possam ir
às aldeias e aos campos em redor, e se alber­
guem e achem o que comer; porque aqui
estamos em lugar deserto ”.
Os cinco pães e os dois peixes depois se somariam
aos sete pães; então, nas duas multiplicações de pães,
ter-se-ia um total de doze pães, indicando que cada um
dos discípulos deveria ser uma fonte de beneficência
ao povo a quem ministrasse. Mas Jesus iria começar o
ensinamento, mesmo não tendo os outros sete pães
consigo. Pelo que lemos, eles tinham dinheiro, mas não
tinham o produto. Jesus queria que eles aprendessem a
valorizar a capacidade de abastecimento que eles tinham
em mãos e não naquilo que eles poderiam adquirir:
Façam com o que tendes a matéria-prima daquilo que
L ucas 9:18
ainda não tendes
Lucas 9:13: Mas ele lhes disse: “Dai-lhes
vós de comer”. E eles disseram: “Não temos
mais do que cinco pães e dois peixes, a não
ser se nós mesmos formos comprar comida
para todo esta gente”. (.2 4:42-44}
Trabalhar com números na hora da necessidade é
imperativo para Cristo. Ele sabe como estacionar cada
grupo segundo a ordem e segundo um número que era
muito comum às coberturas do Tabernáculo
Lucas 9:14: Porquanto eram quase cinco
mil homens. Então ele disse a seus discípu­
los: “Fazei-os sentar em grupos de cinqüen-
taem cinqüenta”.
Assim eles tinham cem grupos de cinquenta. Dos cinco
pães, eles teriam de atender a cem grupos de cinqüenta.
É mais fácil pensar em cem do que em cinco mil. A
organização e o descanso de todos gerou o milagre
Lucas 9:15: E 0 fizeram assim, fazendo-os
recostar a todos.
A multiplicação inicial deveria ser primeiramente de
cinco pães entre doze homens. Depois, deveria ser
feita entre cem grupos, das mãos de doze homens.
Depois, de um pedaço das mãos de um entre os
cinqüenta, para todo o grupo
Lucas 9:16: E, tomando os cinco pães e os
dois peixes, olhou para 0 céu, e os abençoou
e os partiu, e os deu a seus discípulos para
que os pusessem diante da multidão. (Lc22 :w;
24:30,31; At2:42; 20: 11;27:35}
Depois, de cada grupo para doze cestos- que
prefiguravam os primeiros distribuidores: Doze cestos
eram representativos dos doze discípulos. O povo
experimentou a multiplicação e devolveu o restante
em oferta aos cestos. Os discípulos deram os cinco pães
que lhes faltariam, pois deveriam ser doze, e receberam
doze cestos que não lhes faltariam, levando-nos a uma
conclusão: O segredo de multiplicar é a distribuição na
hora da necessidade, e não na hora da abundância
Lucas 9:17: E todos comeram e se sacia­
ram; e recolheram os pedaços que lhes so­
bejaram, doze cestos cheios.
A oração dejesus o levou a uma meditação: Querer saber
o que os seus discípulos pensavam a respeito de sua
pessoa, a começar pela multidão
Lucas 9:18: E aconteceu que, estando ele
orando à parte, os discípulos estavam com
ele; e perguntou-lhes, dizendo: “Quem di­
zem as multidões que eu sou?” (jo i .-49;6:66-69;
11:27)
225
 9:19
A multidão sempre quer outro parecido com aquele que
já conhece. A multidão nunca quer arriscar um novo
estilo de liderança. A multidão não quer ser dirigida
por um novo discípulo, ela quer um outro profeta já
conhecido ressuscitado. Ela não querum homem natural
na sua liderança. Mas Deus é um gerador de novas
lideranças, de novos estilos, de novo avivamento
Lucas 9:19: E eles, respondendo, disse­
ram: “João, o Batista; outros, Elias; e ou­
tros, que algum dos profetas ressuscitou”.
(Lc 9:7,8: M c 9:11 13]
Os discípulos haviam aprendido as lições. Eles não
queriam homens conhecidos ressuscitados e imortais
para a sua liderança, eles queriam um homem natural
que desse a sua vida, na sua liderança, por amor do povo
perdido: Eles somente queriam o Cristo de Deus
Lucas 9:20: Então disse-lhes: “Mas vós,
quem dizeis que eu sou?” E Pedro, respon­
dendo, disse: “O Cristo de Deus”, uoó-.òq)
Lucas 9:21: Mas ele, admoestando-os ri­
gorosamente, ordenou-lhes que a ninguém
falassem a respeito disso, (M ti 6:20j
O homem ressuscitado que eles estavam esperando não
erajoão, nem era Elias o homem transformado que eles
esperavam. O profeta ressuscitado que eles esperavam,
antes, faria asuaobrana cruz- mas não tardaria tanto
tempo para ressuscitar, como os profetas antigos, mas
regressaria ao terceiro dia
Lucas 9:22: dizendo: “É necessário que
o Filho do homem padeça muitas coisas, e
seja rejeitado pelos anciãos e pelos escribas,
e seja morto, mas que ressuscite ao terceiro
dia”. (Lc9:43,45; 18:31-34]
Se houver alguma Rute, moabita, que quiser seguir a
I Noemi, um tipo feminino de Cristo, negue a sua cidade,
o seu povo, o seu deus, e tome os desafios diários de sua
cruze siga a Cristo
Lucas 9:23: E dizia a todos: “Se alguém
quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e
tome a sua cruz cada dia, e siga-me. m 10.38;
i Lc 14:27:
Pois Elimeleque quis salvar a sua vida, e a perdeu. Mas
Rute, ao perdê-la, a teve para sempre. Ele referia a si
mesmo como o grão de trigo que deveria cair na terra e
morrer, para dar muito fruto
Lucas 9:24: Porque aquele que quiser sal­
var a sua vida há de perdê-la; mas aquele
que, por amor de mim, perder a sua vida, há
de salvá-la. m 10.391
Homens como Ló,Nadabe,Abiú,Hamã,Acã,Saul, Acabe, i
LUCAS 9:28
Absalão, Ziba, o jovem rico, Herodes, o homem rico,
| Ananias, Safira e Demas souberam como esta lei funciona,
tal como o seu pai humano, Jacó. Quando os filhos de
Israel estavam vivendo grande prosperidade no Egito, ele
decidiu que deveria ser enterrado em Canaã. Quando a
grande comitiva do Egito passouaeirade Atade, onde o
trigo era tratado, José chorou por sete dias. Seu pai era o
grão de trigo de sua família que estava sendo sepultado
para dar muito fruto (Gn 50:10-13) -um tipo de Cristo. Em
Canaã, Jacó era a grande atração de seu povo, fazendo-o
sentir a necessidade de voltar à sua terra. Eles poderiam
ganharo Egito inteiro e perderem suas almas
Lucas 9:25: Porque que aproveita ao ho­
mem ganhar o mundo todo, mas perdendo-
se todo e destruindo a si mesmo? (jo 12=251
Avinda dejesus será em três glórias: Na glória do
Pai, na glória do Filho e na glória dos anjos: Quem se
envergonhar dele e da sua Palavra será envergonhado
diante de todas estas glórias. São dois versos: O verso
26 e o verso 2 7 .0 primeiro fala da sua segunda vinda
e 0 segundo da manifestação da sua glória através de
sua transfiguração. O texto mostra que a glória do Pai é
interdependente da glória do Filho
Lucas 9:26: Porque aquele que se enver­
gonhar de mim e de minhas palavras, dele 0
Filho do homem se envergonhará, quando
vier na sua própria glória e na do seu Pai e
dOS SantOS anjOS. ÍMc8=38;Mt 10=33;L c 12=Q; 2 Tm
2:12; ljo 2:28!
Avisão do Reino de Deus em Cristo foi uma promessa
cumprida imediatamente, dias depois: A sua
transfiguração serviu para mostrar alguns deles a glória
do seu Reino, àqueles que estavam atentos, pois a
oportunidade foi dada a todos
Lucas 9:27: Verdadeiramente vos digo que
há alguns, dentre os que aqui estão, que não
provarão a morte até que vejam 0 Reino de
Deus”. (Lc22:18;Jo21:22]
Mateus cita seis dias porque trata desde o momento
em que chegaram no monte. Lucas fala desde quando
Jesus fez a promessa, pois era comum esperar seis dias
no monte até a manifestação de Deus, como acontecia
com Moisés; o próprio Moisés estaria presente ali,
juntamente com Elias
Lucas 9:28: E aconteceu que, já quase oito
dias depois destas palavras, tomou consigo a
Pedro, a João e a Tiago e subiu ao monte para
orar. (Mt 14:23;Lc3:21;5:16;6:l2)
Muitas coisas maravilhosas aconteciam quando
Jesus orava. Os mesmos discípulos que estavam na
transfiguração estavam na hora da agonia de Cristo
j no Getsêmani, mas como ali não havia glória, eles
dormiram. Em ambos os locais eles estavam cheios de
226
9:29
sono. O trabalho de Cristo para homens sem o poder
do Espírito Santo sempre ultrapassa os seus limites. O
objetivo dejesus eramostrar a sua glória e a glória do
seu Reino aos seus discípulos, a fim de que não tivessem
dúvida de seu ministério. Ao estabelecer aquele
referencial, esperava outra reação de seus discípulos no
momento da cruz, no Calvário. Mas eles se esqueceram
daquela referência tão importante. Ao revelar o seu rosto
e a sua roupa que se assemelhava ao seu caráter e à sua
natureza, preparava os seus discípulos para a nudez do
Calvário e para contemplarem o seu rosto sofrido. Mas os
homens logo esquecem as grandes referências da fé
Lucas 9:29: E, enquanto ele orava, a apa­
rência de seu rosto se transfigurou, e a sua
roupa ficou branca e mui resplandecente.
Os dois varões vieram trazer as últimas informações
diretas do Pai a respeito da sua morte, isto é, os detalhes
que aconteceriam nos momentos finais de sua paixão,
morte e ressurreição. Eram enviados de Deus para
mostrar o cumprimento da Lei e da Palavra profética.
Ambos representavam dois grandes grupos de fé. Moisés
em glória, mostrando o que Deus havia feito, de fato, com
o seu corpo e com a sua alma: Transportado à glória (Rm
5:14). Elias não ficou perdido nas montanhas, mas foi
transladado de fato. Eles voltaram para fazer uma grande
obra na terra. Ao mesmo tempo, Deus cumpria o desejo
de Moisés: Ver a sua glória e viver. A glória de Deus estava
no seu Filho, pois o Cordeiro era a sua lâmpada. Eles
têm corpos físicos glorificados e imortais para mostrar
como Deus galardoa os seus servos profetas e como
eles continuarão sendo os seus fiéis servos na presença
de Deus. Eles não foram para o Hades como todos os
outros santos. Moisés, como cumpridor da lei, não pôde
permanecer na morte, pois este erao prêmio para aquele
que a cumprisse (Lv 18:5). Esta mesma opção foi dada ao
jovem rico: “Faze e ressuscitarás”, mas ele não creu
Lucas 9:30: E eis que dois varões estavam
falando com ele, que eram Moisés e Elias,
O objetivo do aparecimento literal em glória de Moisés
e Elias, à mesma semelhança de Cristo, foi o de avisara
Jesus sobre os acontecimentos. Por exemplo, sobre os
sinais do homem do cântaro, do local da Ceia da Páscoa,
entre outros, porquejesus estava na terra agindo como
homem, e os seus atributos divinos estavam depositados
no altar de Deus. Os casos de Enoque, Moisés e Elias:
O caso de Enoque e Elias é igual ao translado de todos
os santos na ocasião da vinda dejesus para a Igreja, no
arrebatamento. Eles são apenas tipos dos que vão passar
portão maravilhoso privilégio. O caso de Moisés: Moisés
e Elias aparecem literalmente no monte na transfiguração
de Cristo, pois logo foram reconhecidos. Isto aconteceu
antes da ressurreição de Cristo. Alguns podem perguntar:
“Como Moisés ressuscitou, sejesus foi feito as primícias
dos que dormem? (1) Jesus foi feito as primícias dos que
dormem, porque foi o único que morreu sem pecados,
cumpriu a lei e ressuscitou pelo seu próprio poder, para
salvar o homem do poder da morte. Nenhum outro servo
de Deus ressuscitou nessas condições. (2) Porque ele
cumpriu a Lei, tinha o direito de levantar-se da morte pelo
seu próprio poder. (3) Ele venceu a morte e na morte;
LUCAS 9:32
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
assim, garantiu amesma vitória para os que nele criam. Ele
não foi tipo, foi a realidade. Moisés veioàsemelhança de
Cristo. Cristo era a realidade. Todos os profetas viveram
uma parte da vida de Cristo ou de seu ministério, sempre
apontando para Cristo. Moisés viveu sua ressurreição,
Daniel o seu sepultamento; Moisés o viu no Calvário,
através da serpente na haste; Arão o viu através do
depósito da vara ressurreta na Arca; cadaprofeta viveu
uma faceta da vida de Cristo. Assim, todos viveram uma
partefl Pel :10-11). Mas o importante, neste caso, é que
Moisés apareceu no monte. Ninguém podia sair do Hades,
anão ser pela ressurreição, e para que isto acontecesse, tal
pessoa deveria ter cumprido a Lei(Lv 18:5). Por outro lado,
Moisés, durante a vida, já gozava de um poder ressurreto:
Observamos algumas características especiais durante
sua vida física: A sua vista não se obscureceu. O seu
vigor não acabou (Dt 34:7). O escriba de Moisés relata
que Deus o sepultou na terra de Moabe, mas nunca
se soube onde ele foi sepultado. Mais tarde, o diabo
discutirá com Miguel a respeito do corpo de Moisés. Por
isso, o corpo de Moisés não permaneceu no Hades. As
portas do Hades não prevaleceram contra ele. Satanás
saiu para procurá-lo porque Moisés não apareceu no
Hades. O que aconteceu? O diabo queria saber onde
o haviam sepultado. Mas o arcanjo censurou-o por
causa de suas blasfêmias; o diabo estava ali legalmente,
pois tinha poder para detertodos os pecadores. Deus
o havia tomado para si. O fato narrado apenas em
Judas, aconteceu antes das narrativas do livro dejosué;
somente nos dias de Cristo o diabo teve a resposta a
respeito do corpo de Moisés.
Lucas 9:31 : os quais apareceram em gló­
ria e falavam da sua morte, a qual havia de
cumprir-se em Jerusalém, ape i.-isj
Os mesmos que estavam com sono no monte, local
da transfiguração de Cristo, também estavam no
Getsêmani, na ocasião em que seu suor era como gotas
de sangue. O sono derrubou Êutico do nível mais alto:
O terceiro. Eles conheceram a Moisés e a Elias sem que
ninguém lhes informasse qualquer coisa, se por causa
da unção de Cristo que estava sobre eles. Ao fazer-se
semelhante a eles, e eles semelhantes a Cristo, indicava
que a natureza humana santificada pode suportar a
glorificação e que os glorificados podem ser vistos
no mundo físico. O Cristo vivo poderia revelar-se na
condição espiritual, e os profetas, estando na condição
espiritual permanente, poderiam se revelar aos homens
mortais, unicamente segundo a permissão de Deus, para
provar como acontecerá nos dias do arrebatamento,
quando os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Eles
dormiram e não ouviram a conversa entre eles
Lucas 9:32: E Pedro e os seus com pa­
nheiros estavam carregados de sono;
mas, quando despertaram, viram a sua
glória e aos dois varões que estavam com
ele. !iW26:43;Mc 14:40;
Estas tendas não eram comuns, para abrigo ou para passar
um tempo. Era uma linguagem profética que demonstrava
227
9:33 LUCAS
o desejo deles de assisti-los, como o povo de Israel fazia
quando Moisés entrava na tenda da revelação (Êx33:7:10).
Estas tendas eram tendas da congregação, onde a nuvem de
Deus descia e Deus falava com os patriarcas e profetas cara
a cara. Estas tendas eram do mesmo nível da tenda de Davi,
quecontinhaaArca, e que será restaurada (At 15:15,16).
Mostra também que, ao pedirem três tendas, estavam
profetizando que o Senhor poderia, agora, revelar-se amais
deduas pessoas de umasó vez. Eraum novo tempo
Lucas 9:33: E aconteceu que, depois que
eles se apartaram dele, Pedro disse a Jesus:
“Mestre, bom é que nós estejamos aqui!
Façamos três tendas: uma para ti, outra para
Moisés, e outra para Elias”, sem saber o que
d iz ia . (Lc5:8;8:24,45; 17:13j
Esta nuvem é a mesma nuvem de Êxodo 33:10
Lucas 9:34: Enquanto ele dizia isso, veio
uma nuvem e fez-se uma sombra sobre eles;
e eles temeram ao entrarem na nuvem.
Deus faiava do meio da nuvem, da mesma forma
como falou com Moisés. Assim, o Pai estava presente
naquela gloriosa reunião
Lucas 9:3 5 : E ouviu-se uma voz na nuvem ,
que dizia: “Este é meu Filho amado; a ele
0UVÍ” . (Mc 1:1 l;2Pe 1:17,18;Mt3:17!
Os céus deram o seu recado, que consistiano fato de que o
Pai e os anjos estavam presentes naquele grande ministério.
Ao deixá-iosó, o Pai esperava, como Abraão, que o seu
Isaque levasse a lenha até o altar-só. Somente depois
damorte e da ressurreição de Cristo é que o oculto será
revelado, pois nada pode ficarem oculto. Mas este texto se
refere originalmente à manifestação daquilo que o homem
tenta cobrircom o fim deapagaro brilho deum ministério
-coisa coberta; agora, as coisas encobertas, são relativas ao
pecado escondido pelos homens sob cumplicidade: Lucas
8:17: “Porque não há coisa coberta que não tenha de ser
manifestada, nem coisa encoberta que não haja de saber-se
e vir à luz”. Este mistério escondido seria revelado através
da Igreja para os principados e potestades da luz e das trevas
Lucas 9:36: E quando a voz passou, Jesus
foi achado só. E eles calaram-se a respeito
do que tinham visto, e por aqueles dias não
disseram nada a ninguém, m i7:<;;
Descendo do monte ele se encontrava sem véu, mas
cheio de glória. Esta é a diferença entre o novo e o antigo
pactos. Jesus não precisava usar o véu. O seu rosto estava
resplandecente. Uma nova versão do Sinai estava sendo
manifestada. Compare com Êxodo 24:5-10
Lucas 9:37: E aconteceu que, no dia se­
guinte, descendo eles do monte, saiu-lhes
ao encontro uma grande multidão.
Estar no monte em glória é bom, mas o dever espera no
228
9:43
vale. Sendo Filho único do Pai, ele atenderá o pedido
daquele pai imediatamente
Lucas 9:38: E eis que um homem dentre a
multidão clamou, dizendo: “Mestre, rogo-
te que atendas ao meu filho, porque é o úni­
co que eu tenho. (Lc7:i2)
Mais uma prova de que a maioria das enfermidades é
casulo de demônios, que ao serem expulsos pelo nome
dejesus, haverá cura imediata. Sintomas de uma pessoa
possessa de demônios: (1) tomado por espíritos malignos;
(2) grito repentino sem sentido; (3) cairporterra contra
a própriavontade; (4) convulsões tidas como normais;
(5) soltar espumas pela boca; (6) o demônio o larga, mas
não o deixa antes de o deixarquebrantado e prostrado. O
objetivo é fazer do corpo humano um vaso descartável
Lucas 9:39: Eis que um espírito o toma, e
ele de repente grita, e o lança, sob convul­
sões, até soltar espumas; e a duras penas o
larga, depois de o ter quebrantado.
Rogaram às pessoas erradas. Somente a Deus se roga.
Os discípulos estavam magoados e porisso não estavam
atentos e ficaram ao pé do monte distraídos, enquanto
Pedro, Tiago e João subiram. Sob o efeito de mágoas não
podemos realizar nada para a glória de Deus
Lucas 9:40: E roguei a teus discípulos que
o lançassem fora, e não puderam”.
Jesus mostrou a sua tristeza com os nove e com aquela
multidão: A incredulidade é um mal. Jesus quer estar
conosco e regozijar-se conosco, mas os homens
somente têm queixas
Lucas 9:41: E Jesus, respondendo, disse:
“Ó geração incrédula e perversa! Até quan­
do estarei convosco e vos sofrerei? Traze-me
aqui o teu filho”.
A presença dejesus Cristo derrubou os demônios.
O fato de o menino cair foi apenas um efeito. As
convulsões mostravam a obra de Satanás: Ele não sabe
louvar, ele somente solta espumas. Jesus fez três coisas
importantes: (1) Eliminou o casulo dos demônios, a
enfermidade. (2) Repreendeu o espírito imundo. (3) O
entregou a seu responsável
Lucas 9:42: Mas, quando estava aproxi­
mando-se do menino, o demônio o derru­
bou e o lançou em convulsões. Porém, Jesus
repreendeu o espírito imundo, curou o m e­
nino, e o entregou a seu pai.
A fama pode causar atrasos na missão. Jesus se desviava
dela, ao lembrar a sua tnissão principal. Quando
esquecemos a nossa missão principal, caímos no poder
dafama. O senhor da fama é o orgulho. Ao lembrar-se da
sua missão, ria da fama humana
Lucas 9:43: E todos estavam atônitos pela
9:44
grandeza de Deus. Mas, enquanto todos se
maravilhavam de todas as coisas que Jesus
fazia, disse a seus discípulos: (2Pei .-ió,í
Se as palavras de Cristo não penetrarem em nossos
ouvidos, não teremos a geração de fé em nós mesmos
Lucas 9:44: “Penetrem estas palavras em
vossos ouvidos: o Filho do hom em vai ser
entregue nas mãos dos hom ens”. ílc9-22j
Esta multidão é amesma geração incrédula que havia
blasfemado a respeito de suas obras. Como haviam
blasfemado contra o Espírito Santo, o Pai o autorizou a
faiar em parábolas, para que, ao ouvirem a sua palavra,
não cressem, pois já estavam condenados em vida, tal era
o poder da sua palavra. Por isso, a Palavra de Deus será
re ti rada da terra por algum tempo, na Grande Tribulação
Lucas 9:45: Mas eles não entendiam essa
palavra, que lhes estava encoberta, para que
não a compreendessem; e temiam interro­
gá-lo acerca dessa palavra, ii.c2.-so; is.-34j
Outra discussão sobre quem seria o maior entre eles:
Esta é a grande lição do Novo Testamento
Lucas 9:46: E suscitou-se entre eles uma
disputa sobre qual deles seria o maior.
Em outra ocasião, ele fala do serviço, e mostra que quem
serve na terra será senhor no Céu. Por isso ninguém
serviu mais do que Cristo: então será senhor de todos.
Mas aqui Jesus se refere à hospitalidade
Lucas 9:47: Mas Jesus, vendo o pensamen­
to de seus corações, tomou um menino e
pondo-o de pé junto a si,
Jesus pode estar revelado em um menino. Ele pode
enviar a si mesmo por meio de uma pessoa humilde e
simples. Por isso, ele ensina que aquele que deseja ser o
maior, deve ser o menor
Lucas 9:48: disse-lhes: “Quem receber este
menino em meu nome, a mim me recebe; e
aquele que m e receber, recebe aquele que
me enviou. Porque aquele que entre todos
vós for o menor, esse é que é grande”. (muo-ao;
Jo 12:44; l3:20;M t23:li, 12j
Jesus mostra que nem sempre um obreiro deve
estar arrolado no m esm o ministério em que outros
também se consideram os principais. A obra
genérica daquele discípulo não podia ser proibida,
sem elhantem ente ao fato ocorrido entre as
tribos de Israel, nos dias de Josué, concernente
ao único altar (Jo 22:10)
Lucas 9:49: E João, respondendo, disse:
“Mestre, vimos um que em teu nome lança­
va fora demônios, mas o proibimos, porque
Lucas 9:54
não continua conosco”. ímc9:38j
Aperseguição ignorante e radical, da parte daqueles
que servem no altar principal contra aquele que já não
continua com eles, é proibidapor Jesus. Jesus queria que
os seus discípulos amadurecessem
Lucas 9:50: EJesuslhes disse: “Não o proi­
bais, pois não é contra vós; porque aquele
que não é contra vós, é por vós”. m i2 .-3 0 j
O seu rosto, ao descero monte onde se
transfigurou, revelava a todos - sem véu - o seu
desejo de completar a sua missão. O texto
não fala do seu sofrimento, mas do fim dele:
A ascensão (Hb 12:1 -5). Ele não se limitava à cruz,
mas avançava para o alvo que havia proposto em si
mesmo: O trono. Esta era a sua mentalidade
Lucas 9:51: E aconteceu que, quando já
estavam se cumprindo os dias para a sua
assunção, manifestou em seu rosto a firme
resolução de ir a Jerusalém. íM c i6:W ;At i a .-u
13:22; 17:11; 18:31:19:11,28i
Os samaritanos eram adoradores, gratos,
hospitaleiros. Mas o que aconteceu com eles?
Pois não quiseram receber a Cristo
Lucas 9:52: E enviou mensageiros adian-
i te de sua face; os quais entraram em uma
aldeia dos samaritanos, com o fim de lhe
prepararem pousada, imuo-.s -joaa)
Jesus vinha do monte da transfiguração, com a missão
clara de seu ministério. Restava agora chegar ao
local de suamissão. Seu rosto estava determinado.
Quando as pessoas vêem em nosso semblante a nossa
determinação, elas sabem que não podem nos estorvar
em nossa caminhada. Os samaritanos não podiam
i cooperar, com o seu atraso. Deus estava naquele assunto.
Não devemos ficar tristes com os samaritanos porque
eles entendem a necessidade da realização de nossa
missão. Os discípulos queriam repreender o pregador
genérico (Lc 9:49), queriam destruir Samaria como se
fosse Sodoma e Gomorra, porque eles viram na face
do Mestre, o aspecto de seu rosto. Mas os samaritanos
entenderam melhor o rosto de Cristo
Lucas 9:53: Mas não o receberam, porque
o aspecto de seu rosto erá como de quem se
dirigia a Jerusalém.
Eles tinham acabado de descer do monte onde viram
o Cristo transfigurado, e estavam cheios de ódio. Não
compreendiam os propósitos de Deus e nem entendiam
o significado do aspecto do rosto de Cristo, mesmo sendo
seus discípulos. Tinham permanecido algumas horas na
S presença de Elias e já queriam fazer descer fogo do Céu
Lucas 9:54: E os seus discípulos Tiago e
João, vendo isso, disseram: “Senhor, que-
229
9:55
res que ordenemos que desça fogo do céu
e os consuma, assim com o Elias também
fez?” (Mc3:17;2Rs 1:10,12; 1Rs 1:10,12/
Jesus deixou marcado este evento para nos ensinar
que as pessoas saberão pelo nosso semblante que não
podemos perder tempo, quando Deus nos envia. Estar
uma noite em Sa ma ria era um grande atraso. O homem
do cântaro iria passar. O jumento dormiria uma noite na
cerca do lado de fora. A sua entrada triunfal poderia ser
prejudicada. Era melhor para ele continuar, e não parar
em Samaria. Às vezes os ímpios nos ajudam a prosseguir,
e não podemos criticá-los, pois tudo acontece para o bem
daqueles que são chamados por Deus. De que espírito
eles eram? Da destruição ou da construção; da paz ou da
guerra? Obreiros há que ainda não sabem de que Reino
são, nem de que espírito (“pneumatos”). Eles agora
pertenciam ao Reino de Deus e a seu Espírito. Quem
pertence ao Espírito de Deus não age conforme o espírito
do mundo, nem segundo a carne. Eles não tinham idéia
porque Elias foi arrebatado: por causa do abuso de poder,
isto é, por não saber utilizar os instrumentos de seu
ministério segundo a maturidade do Espírito
Lucas 9:55: Mas, voltando-se ele, os re­
preendeu, e disse: “Vós não sabeis de que
espírito sois.
A missão de Cristo determinava de que Espírito ele
era: Do Espírito da Promessa de Deus que trabalhava a
convicção dos homens: do pecado, da justiça e do juízo. A
outra aldeia era caminho dejerusalém
Lucas 9:56: Porque o Filho do hom em
não veio para fazer perecer as almas dos
homens, mas para salvá-las”. E foram para
outra aldeia, iMtis-.n/
Ele jáouvira algo semelhante daquele pregador genérico
{v. 49). Por que Jesus o recriminou?
Lucas 9:57: E aconteceu que, avançando
eles pelo cam inho, certo hom em lhe dis­
se: “Senhor, eu te seguirei por onde quer
que fores”.
Jesus o recriminou porque ele tinha muitos covis.
Homens que têm mais de uma casa, mais de uma mulher,
têm muitos covis. Homens que têm muitos covis não
podem seguir a Cristo. Homens que têm muitos covis
não podem desprender-se para servir a um só senhor. Ele
era uma raposa de muitos covis. Da mesma forma as aves \
dos céus: Têm ninho do verão, tem ninho do inverno.
Homens que têm dois ninhos, dois altares, não servem
berne não podem seguir a Cristo
Lucas 9:58: E disse-lhe Jesus: “As raposas
têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o
Filho do hom em não tem onde reclinar a
cabeça”.
Seu pai não estava morto. Seu pai era um covil - um lugar
Lucas 10:1
onde ele deveria dispensar seu tempo e cuidados. Não
poderia seguir a Cristo naquela condição de escravo da
vida ou da morte de seu pai. Ele estava esperando que seu
pai morresse primeiro para que pudesse seguir a Cristo.
Por issojesus disse: Marta, Marta, uma só coisa basta
Lucas 9:59: Então disse a outro: “Segue-
m e”. Mas ele respondeu: “Senhor, permita-
me que eu vá primeiramente enterrar a meu
pai”. (Lc5:27;M t8:21,22)
Ele deveria deixar os seus variados ninhos e seguir a Cristo
Lucas 9:60: Mas Jesus lhe disse: “Deixa
que os mortos enterrem os seus mortos;
porém tu vai e anuncia ao redor o Reino
de D eus”.
Outros ninhos, outros covis
Lucas 9:61: E outro também disse: “Se­
nhor, eu te-seguirei; mas permita-me pri­
meiramente despedir-me dos que estão em
minha casa”.
A mulher de Ló não serviria para seguir a Cristo. Quem
ara deve manter o seu olhar adiante. Quem ara não pode
elogiar a sua obra. Quem ara tem uma missão diante de
si, não pode ter ninhos e covis e deve livrar-se dos seus
compromissos que o escravizam
Lucas 9:62: E Jesus lhe disse: “Ninguém
que puser a mão no arado e olhar para trás é
apto para o Reino de Deus”.
|
Lucas, capítulo dez (10)
Esta é a famosa primeira comissão. São duas. Esta, que é a
primeira, revela ensinamentos profundos para os obreiros
que estão começando no ministério. Dividiremos em duas
comissões: a primeira sairá da palavra “quando”, que
está no capítulo 10. Lucas 10:1: “Depois disso designou o
Senhoroutros setenta, e os enviou adiante de si, de dois em
dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir”. Um
detalhe importante é quejesus nunca vai a um lugar sem
mandar na frente os seus representantes. Portanto, antes
de fazer um grande evento, devemos enviar adiante os
obreiros que possam preparar, o caminho
Lucas 10:1: E, depois destas coisas, o Se- j
nhor designou outros setenta e os enviou
de dois em dois adiante da sua face, a toda
cidade e lugar aonde ele mesmo havia de ir.
(M tl 0: l;M c 6:7; Lc 9:1,2,51,52/
Sempre há de faltar obreiro para a seara de Jesus neste
mundo. A seara de Jesus é a única que sempre precisa de
obreiros; ela sempre necessitará de obreiros. Então Jesus
envia ovelhas ao meio de lobos, justamente porque os
obreiros não se apresentam
230
 10:2
Lucas 10:2: E dizia-lhes: “A seara verdadei-
: ramente é grande, mas os obreiros são pou­
cos: rogai, pois, ao Senhor da seara que envie
obreiros para a sua seara. (Mt9:37,38;jo4:35i
Naprimeira comissão ele manda ovelhas para o meio
de lobos. Jesus esteve ali durante três anos aolado de
seus discípulos crendo que dariam frutos dignos. Porque
essas ovelhas eram fracas diante dos lobos, poderiam ser
devoradas, porém isto somente aconteceria se elas não
estivessem revestidas com
o poder de Deuse com a sua armadura
Lucas 10:3: Ide; eis que vos envio como cor­
deiros ao meio de lobos. (Mt io.-ió)
A bolsa faia dos próprios negócios e o alforje da autoridade
de lidar com aeconomia do Reino, isto é, as ofertas
levantadas. Sem bolsa: Sem preocupação com a sua bolsa
pessoal. Sem alforje: Sem preocupação com o sustento
da obra. O obreiro em primeira comissão não tem esse
di reito. Ele está sob provação completa. Falada debilidade
e dalimitação das ovelhas, porque essas ovelhas não sairão
para saudar pessoas, mas elas terão umamissão: pregar o
Evangelho. Elas são discípulos treinados para falar só o que
Jesus mandasse. Portanto, temos que preparar os nossos
discípulos para falar só o que lhes ensinarmos. Quem
ainda está na primeira comissão não é convidado a opinar,
mas a obedecer. O obreiro cai quando ele começa a opinar,
a saudar pelo caminho, e esta não é a sua missão, estando
na primeira comissão. O obreiro fiel é aquele que fala
somente o que lhe foi autorizado
Lucas 10:4: Não leveis bolsa, nem alforje,
nem sandálias; e nem saudeis a ninguém pelo
caminho. (Lc9:3;2Rs4:32;Mt 10:9,10;Mc6:8)
Ele está ensinando ética e santidade a seus discípulos.
Não deviam falar fora da casa. Não saia da casa! Depois
que entra na casa, adapte-se. Quem não se adapta é falso
obreiro. Depois que o obreiro da primeira comissão entra
na casa, não deve sair dali até a sua missão terminar na
cidade. Asua mensagem falada é limitada, e a sua operação
em fé é ilimitada. A sua mensagem é levar a paze a sua
missão é curar e libertar enfermos
Lucas 10:5: E, ao entrardes em qualquer
casa, dizei primeiramente: Paz seja nesta
Casa. (Mc 10:12}
A mensagem simples do obreiro da primeira comissão: A
paz somente repousa sobre os filhos dapaz.Apazé viva,
ela volta à sua origem. Não deixe de sonhar porque duas
ou três pessoas não gostam de você, pois deve haver duas
mil que o amam. Não perdemos nada se ninguém não nos
escutar, porque a paz volta para a sua fonte. A paz é um
fruto de Deus e fruto de Deus não se perde
Lucas 10:6: E, se ali houver algum filho de
paz, sobre ele a vossa paz descansará; mas,
se não, ela voltará para vós. (Mt io.-io; / Co 9.-14,-
1 Tm5:18)
Lucas 10:9
Apermanênciano ministério pelaeducaçãoe disciplina:
Não devemos passar a vida inteira trocando de liderança e
de ministério ou de igreja. Isto é um prejuízo para o obreiro
na sua primeira comissão. Sempre haverá pessoas ruins
onde quer que estivermos. Devemos saber lidar com todos
os tipos de pessoas, temperamentos e caráter. Aprovação
da primeira comissão vem no momento da provisão da
alimentação e para provar o poder de sua tolerância. O
salário do obreiro da primeira comissão é o seu alimento.
Toda cortina é maior do que o espaço que ela ocupa. Deus
sempre nos colocará em espaços em que nossa capacidade
sobra, para provaranossahumildade. Osanjos que
podiam voar ou se locomover, subiam e desciam na escada
dejacó. Há momentos nos quais nos desesperamos,
mas nossa ética e nossa santidade está sendo provada.
A comida e a bebida que o obreiro da primeira comissão
recebe, Jesus considera como salário. O Senhor está
dizendo que o obreiro da primeira comissão é digno de
seu salário. O seu salário é a sua comida. Pois, na primeira
comissão, ele está sendo instruído e provado
Lucas 10:7: E permanecei na mesma casa,
comendo e bebendo o que vos derem; por­
que digno é o obreiro de seu salário. Não
andeis de casa em casa. mio.-ioj
Sabendo que, como israelitas, eles não comiam qualquer
coisa, pois havia cidades que não respeitavam a Lei. Mas
o respaldo de Jesus rompia todas as limitações de suas
tradições, preparando-os para a pregação do Evangelho
aos gentios. Jesus estava dando-lhes cobertura e respaldo
para esta nova cultura
Lucas 10:8: E, em qualquer cidade em que
entrardes e vos receberem, comei do que
vos oferecerem,
A cura de enfermos é uma das grandes atrações para
a pregação do Evangelho do Reino de Deus. Jesus não
limitou o ministério do obreiro da primeira comissão. Ele
não ordenou que curassem somente determinado tipo
de pessoas, mas a todos os enfermos que ali houvesse.
Na primeira comissão, a credencial é salvação e milagres.
Ele não mandou ensinar, pois ele somente autorizará o
ensino no final da segunda comissão, quando ele dirá:
“Ide e fazei discípulos”. Na primeira comissão, ele nos
prova, pois somos ovelhas no meio de lobos; as que
voltarem vivas serão honradas; não se discute Bíblia, não
se tem mensagens longas, não há exposição ministerial:
Mas deve haver salvação e milagres. Jesus lhes ensinou a
ire pregar, salvar e curar enfermos
Lucas 10:9: e curai os enfermos que nela
houver, e dizei-lhes: É chegado a vós o reino
deDeUS. (Mt3:2; 10:7)
A mensagem da primeira comissão é pregar o Evangelho
do Reino de Deus. O Evangelho do Reino de Deus é cura, é
milagre. Naprimeira comissão, o ministério éprovado em
lugares longínquos. A primeira comissão não é enviada à
cidade, mas aos campos. Mas as cidades que não receberam
o obreiro da primeira comissão ficariam sob o julgamento de
Deus, após terem recebido asua oportunidade
231
1 0 :1 0
Lucas 10:10: Mas, em qualquer cidade em
que entrardes e não vos receberem, saí às
suas ruas, e dizei:
Não devem trazer nada da cidade incrédula, nem o pó em
seus sapatos. O pó lançado contra a cidade seria um peso
profético lançado contra a mesma
Lucas 10:11: Até o pó de vossa cidade que
se nos pegou aos pés sacudimos contra vós;
mas, isto sabei: que o reino de Deus é chega­
do a vós. (Mt 10:14;Mc 6:1l;Lc 9:5}
Na escala de julgamento das cidades, Jesus mostra que
o juízo será diferente entre todas. Mas aqueles que não
receberam o Evangelho da graça serão mais dignos de
juízo do que aqueles que não o receberam nos dias onde
não se conhecia a Lei escrita
Lucas 10:12: Eu vos digo que mais tolerân­
cia haverá para Sodoma, naquele dia, do que
para essa cidade. (Mt io.-is ; / i.-24j
As cidades que receberam a primeira comissão são
Corazim e Betsaida. Tiro e Sidon foram condenadas
por falta de milagres de Deus; e se estes tivessem
sido operados em Tiro e em Sidon, aquelas cidades
se converteriam como Nínive! A pessoa arrependida
chegava a ponto de sentar-se vestidas em sacos e
sobre cinza por causa do poder da mensagem. O
mesmo deve ser compreendido entre os pregadores
de hoje: Se a nossa mensagem não levaras pessoas
ao arrependimento em saco e sobre cinzas, faltaram
milagres na ministração da mensagem. É o poder
manifestador do Evangelho, quando as pessoas se
arrependem em sacos e sobre cinzas. Ele está falando
de Nínive, pois quandojonas foi vomitado pelo peixe,
pregou uma palavra de quase quarenta letras que não
teve apelo, não teve dons manifestados: “Nínive será
submergida dentro de quarenta dias”. A mensagem de
um dia ganhou cento e vinte mil almas, e até os animais
fizeramjejum
Lucas 10:13: Ai de ti, Corazim! Ai de ti,
Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidon
fossem feitas as maravilhas que entre vós
foram vistas, há muito já teriam se arrepen­
dido, assentadas em saco e cinza, m i i : 2i;Lc
6:24-26(
Mais uma vez o Senhorjesus mostra que haverá
diferentes escalas de juízo sobre as cidades condenadas,
e que haverá juízos maiores e outros menores
Lucas 10:14: Portanto, haverá menos rigor
para Tiro e Sidon no juízo do que para vós.
O orgulho da cidade de Cafamaum não se acha nem
representado nos vestígios de hoje. O Senhorjesus
mostra qual era o destino dos ímpios nos seus dias
Lucas 10:15: E tu, Cafarnaum, que até ao
Lu c a s io :1 9
Céu és elevada. Até ao Hades serás abatida.
(Mt 11:23)
O poder representativo da primeira comissão. Cada
obreiro da primeira comissão está coberto pela Embaixada
celestial. É um ministro de Deus e representa a Cristo
Lucas 10:16: Aquele que vos ouve, a mim
me ouve; e aquele que vos rejeita, a mim
me rejeita; e aquele que a mim rejeita, re­
jeita aquele que me enviou”. ,m io.-4o;mc9 37 .-
Lc 9:48;lo 13:20)
Com é possível que as ovelhas voltassem, depois
de evangelizar lobos? Elas tinham a autoridade e o
poder do nome de Jesus. Mas os obreiros da primeira
comissão ainda não haviam experimentado o poder do
nome dejesus, diante do qual todo joelho se dobrará e
toda língua confessará
Lucas 10:17: E voltaram os setenta cheios
de gozo, dizendo: “Senhor, até os demônios
se nos sujeitam pelo teu nom e”, (lcio-m
Mas as ovelhas que obedeceram foram e voltaram. Na
segunda comissão estas ovelhas serão transformadas.
A primeira comissão é voluntária, porque para executá-
la ele chamou ovelhas. Os obreiros que começam o
ministério devem entender que, a princípio, quando
estão sendo provados, ainda são ovelhas e, como ovelhas,
Jesus não pode dar-lhes bolsa, alforje e sapatos; pois
estas três coisas identificam o pastor, e não a ovelha.
Embora esta visão seja escatológica e se cumprirá
literalmente segundo o texto de Apocalipse 12, quando
definitivamente Satanás deixará as regiões celestiais,
Jesus foi testemunha daquele dia em que Satanás foi
expulso da presença do Pai e novamente, a cada pregação
acompanhada com aceitação do Evangelho dejesus
Cristo, milhares de demônios deixam os quadrantes
das regiões celestiais, quando as almas são libertadas
do poder de Satanás. Cada vez que pregamos e a nossa
mensagem é aceita, antecipamos a visão apocalíptica da
queda de Satanás das regiões celestiais (Ap 12:7-12)
Lucas 10:18: E ele lhes disse: “Eu via que j
Satanás caía do céu como um raio. ijo 12.31;
Ap 9:1; 12:8,9)
Essas ovelhas estão completamente imunes. São ovelhas
poderosas. Elas têm poder e autoridade dados por
Jesus Cristo. Quando a Igreja foi estabelecida, antes da
fundação do mundo, logo depois da queda de Satanás
(Ez 31:11), recebeu o poder instintivo de triunfar sobre
a sua presa: Satanás. Ela pode fazer o que quiser com ele,
segundo a autoridade que lhe foi dada e confirmada por
Cristo através de seu nome. As serpentes são demônios
possuídos de um corpo; escorpiões são demônios
venenosos e nativos da terra; o poder do inimigo é o
poder político de castas regionais que atuam em famílias
poderosas da cidade. Antes, éramos comida da serpente,
hoje, ela é o nosso tapete
Lucas 10:19: Eis que vos dou poder para !
232
10:20
pisar serpentes e escorpiões, e sobre toda
a força do inimigo, e nada vos fará dano al­
gum. (Mc 16:18;At28:5}
A nossa posição é melhor do que a nossa missão. Ou
seja: Não vos regozijeis pelo resultado do trabalho
de seus ministérios, ou porque o diabo sai quando o
ministro de Deus chega; alegrai-vos porque estais na
lista de ministros salvos e que expulsam o inimigo, por
causa do poder do novo nascimento (SI 87:1 -3). Quando
Hamã foi enforcado, Ester não se deu por satisfeita até
que um novo decreto fosse promulgado. Um decreto de
defesa contra o decreto de ataque. O decreto de ataque
é a sentença de Gênesis, no qual consta que o homem é
comida da serpente, e o segundo decreto consta que o
homem pode pisar na serpente (Rm 16:20). Cada espaço
das regiões celestes já está demarcado para ser entregue
entre todos os que crêem, pois este é o resultado daquilo
que Cristo realizou na cruz. Ele nos assentou nas regiões
celestes, dando-nos herança. Basã é tipo das regiões
celestiais, onde hoje Satanás habita temporariamente
(Ap 12:7-12), de onde está sendo derribado à medida
que ganhamos almas para Cristo. Este deve ser o motivo
de nossa alegria: cada alma que se converte. Cada alma
que ganhamos para Cristo amplia o nosso território nos
quadrantes das regiões celestiais
Lucas 10:20: No entanto, não vos regozijeis
disto: que os espíritos vos estejam sujeitos;
antes, alegrai-vos porque os vossos nomes
estão escritos nos céus”. (Êx32:32;Sl69:28;Dn 12:1;
Fp4:3;Hb 12:23;Ap 13:8;21:27}
Esta é a primeira vez que vemos esta característica de
homem cheio do Espírito Santo em Cristo, divulgada
na Bíblia. E, neste verso, Jesus também agradece ao Pai
por ter ocultado do poder e autoridade dos sábios e ter
revelado às ovelhas. Os sábios e entendidos recebem
conhecimento limitado porque lêem, ouvem ou porque
se informam. Os pequeninos da fé recebem revelação
direta do Espírito Santo, segundo o agrado de Deus,
para apanhar os sábios na sua própria astúcia. Os
pequeninos recebem revelação e os grandes procuram
o conhecimento humano. A característica dos sábios
é o orgulho de seu próprio conhecimento, e a glória
dos pequeninos é a revelação do Espírito. A revelação
não procedia do conhecimento, mas da salvação
acompanhada de milagres. Os grandes sábios somente
explicam ou descreem, enquanto que os pequeninos
executam e crêem
Lucas 10:21: E, naquela mesma hora, Je­
sus regozijou-se no Espírito Santo, e disse:
“Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da
terra, que escondeste estas coisas aos sábios
e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, porque assim foi bom diante de
teus olhos. (Mt 11:25-27; 1 Co 1:26 29)
A revelação do Pai foi feita através do Filho: Na primeira
LUCAS 10:21
Dispensação do Mistério, Paulo inclui o mistério do Filho
de Deus, conhecido hoje como Filho, antes Verbo de Deus.
(1) Estava no seio do Pai (Jo 1:8), mas atuou na ocasião
da eleição dos anjos, por ocasião da rebelião do grande
Luzeiro. (2) Foi revelado entre os homens, quando atuou
na redenção deles, quando foi introduzidaa Dispensação
da Graça. A Bíblia fala dos aspectos da revelação do Filho,
pois o Filho se revelou na Dispensação do Mistério como
Anjo do Senhor, como o anjo que lutou com Jacó, como
o anjo do Senhor que falou com Hagar, como o anjo do
Senhor que falou a Moisés, como o Anjo de Araúna que
advertiu Davi. Ainda se revelou como rocha, comopenha,
através da qual Deus revelou sua bondade a Moisés, como
a rocha que verteu água e foi ferida três vezes, uma vez
na primeira, e duas vezes nasegunda. A rocha era Cristo.
Ele se revelou como nuvem, como fogo, como luz, como
juízo. Mas depois da sua encarnação se revelou através
de seu próprio corpo. A Bíblia fala a seu respeito como
mistério escondido. Este mistério escondido no seio do
Pai era Cristo (Jo 1:18). Este mistério somente deu-se
a conhecer pela Igreja (Ef 1:2 e 3). Nem os principados
e potestades o conheciam, e ele foi um mistério bem
guardado. Paulo teve uma compreensão profunda deste
mistério. O Verbo de Deus era Cristo, estava no seio do
Pai, a palavra que ainda procede da boca de Deus. Este
mistério nasceu entre os homens nos dias da Festa dos
Tabernáculos. Ele tabemaculou-se entre nós (Jo 1:14).
Este mistério escondido se revelou e assumiu um corpo.
Porém, no futuro, as coisas vão mudar, porque o Pai estará
no seio do Filho no fim de tudo (1 Co 15:26-28; Jo 14:20).
A Bíblia fala da Dispensação do Mistério. Esta dispensação
abrange os tempos da eternidade passada e os dias da
revelação do Cristo encarnado noventre de Maria. Esta
dispensação tem duas fases: Nafase A -vem desde os
tempos antes da criação dos anjos até o início de Gênesis
; 1:1. Na fase B - começa desde a criação dos Céus e da Terra
(Gn 1:1) até a encarnação dejesus. A coexistência da
imagem. A imagem não é a semelhança. A semelhança é
espiritual, a imagem é física (Gn 1:2ó). Aimagem éocorpo
do Filho que foi preparada antes da fundação do mundo,
e foi criada. Por isso, Paulo diz que Ele, na imagem, no seu
corpo, é o primogênito da criação. Aimagem de Seu corpo
foi o princípio da criação, a primeira coisa a ser criada. Por
isso, Adão não foi criado, foi formado, pois a imagem de
seu corpo já havia sido criada. Ocorpo de Adão foi formado
a partir da imagem que já existia. A manifestação do Anjo
de Jeová. A criação e inauguração do Hades. Devemos
usar divindade no lugar de trindade. A palavra “trindade”
dá a entender “três deuses”. Evite falar “trindade de
Deus”, embora possamos dizer “trindade de almas”,
“trindade de pessoas da divindade”. O apóstolo Paulo
usa "divindade”. Divindade é uma palavra bíblica que
inspira o conhecimento de um só Deus. Os nomes “Pai”
e “Filho” são nomes usados após a encarnação e nunca
antes dela. Qual é o conhecimento que Paulo revela sobre
este mistério? Ele coexiste nos tempos eternos. Não havia
três corpos para impedir esta unidade, nem Deus tinha
disponível um corpo qualquer, senão o corpo imaculado
projetado com antecipação para a encarnação de Cristo,
jamais usado antes. Três almas (pessoas), um só Espírito
para um só corpo. Seu corpo - é o triunfo de sua revelação.
O diabo sempre o negará, porque Deus preferiu enviar o
233
10:22 Lucas
seu Filho em forma de carne humana para vencé-lo. Isto
foi uma grande humilhação para Satanás. Quando Deus
criou o homem, ele o criou espírito, alma e corpo. Isto
incomodou muito a Satanás, pois o homem passou a ter
algo mais, que nem mesmo os anjos tinham: corpo físico,
para atuar no mundo dos homens. As partes imateriais
(espirituais) têm capacidade de compartilharo mesmo
espaço, ao mesmo tempo, sem perder asuaidentidade. É
por isso que os demônios lutam parapossuiruma pessoa.
O homem tinha algo mais, o corpo físico, que o próprio
Deus não tinha. Antes da encarnação de Cristo, Deus era
dicótomo (duas partes). Cremos que o Mistério esteve
oculto em Deus, sem deixar de ser Deus, porisso era Deus.
O Verbo não é obra de Deus e nem estava ao alcance das
suas mãos para um fim proveitoso; era Deus e convivia com
ele deliberadamente, mas não era uma obra criada por ele.
O Verbo era Deus. Nem os anjos conheciam este mistério.
Ele estava oculto e em silêncio, desde os tempos antigos
(Rm 16:25). As nações precisavam conhecereste mistério.
As potestades e os principados precisavam conhecer
este mistério. Não havia trindade de deuses, mas havia
Divindade. Nela havia unidade. Não havia o nome Pai,
nem tampouco o nome Filho. A compreensão de Paulo,
depois do conhecimento pessoal do mistério, foi assim
(Ef4:6). Nos tempos eternos o Verbo estava com Deus,
em Deus, junto de Deus, era Deus, “um como”, nele.
Nos tempos eternos eles não tinham corpos visíveis nem
materiais que impedissem a unidade. Uma realidade de
símbolos, mente e coração. Duas almas em um só corpo,
três almas, um só Espírito para um só corpo. O corpo de
Cristo ajuda a ilustração: três almas (pessoas) em um só
corpo (Ef4:4), em um só Espírito. Abraão entendiamuito
bem a respeito do senhorio de Deus. Ele viu três varõese
os identificou como o Senhor, enquanto Ló os viu e disse
“senhores” (Gn 18:2,3; 19:1,2).Astrêspessoasusavam
um só senhorio. As três pessoas utilizavam um só nome,
como lemos em Zacarias: Cristo utilizando o nome Jeová
(Zc 14:9). O nome de herança de Cristo é Jeová, o mesmo
que Senhor. Por que Cristo pode utilizar o nome? Porque
somos filhos, logo, herdeiros de Deus e co-herdeiros com
Cristo. Quais foram as duas naturezas pelas quais Cristo
teve esses três nomes? Por ser homem (Adonai é o homem
parajesus-homem). PorserDeus (Jeová, Eterno). O nome j
mais excelente somente ele conhece. O nome dejesus
fala de seu ministério terreno. O nome Jeová revela sua
origem divina.Jeová é o nome usual para as três pessoas.
O Pai o usa, o Filho o usa e o Espírito Santo o usa. O corpo
do Filho, hoje, é um corpo para as três pessoas, depois da
encarnação e ressurreição. Na segunda dispensação (da
Graça), Paulo revela o trabalho do Redentor alcançando
a todos os homens e revelando o desejo de Deus, que
todos os homens sejam salvos. Na terceira dispensação
(da Plenitude dos tempos), Paulo revela o que sucederia
na ocasião e depois da vinda de Cristo. Aidentifi cação
e comunicação entre eles: Deus fala no singular (Gn
18:21,22). Deus se manifesta no plural (Gn 18:2,3). Há
um só Deus e são três pessoas (Gn 18:3) que têm um só
senhorio (Ef4:3-5). Um Deus em três pessoas que falam
entre si:"... é como um de nós” (Gn 3:22). Isto é possível
porque o Espírito Santo é o vínculo da unidade entre eles e,
sozinhos, jamais se manifestam
Lucas 10:22: Todas as coisas me foram en­
234
10:27
tregues por meu Pai; e ninguém conhece
quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o
Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o ;
quiser revelar”. (Mt28:i8;jo3:35; naj
Os obreiros da primeira comissão são testemunhas
oculares dos grandes feitos de sua instituição. São
pioneiros, e a graça de Deus está com eles. Eles vêem o
que foi profetizado muitos anos atrás
Lucas 10:23: E, voltando-se para os discí­
pulos, disse-lhes, particularmente: “Bem-
aventurados os olhos que vêem as coisas
que vós vedes; m i3:iój
Aqui Ele começa a explicar essa sua primeira missão.
Os profetas falaram das coisas que eles mesm os
jamais viram se cumprir. O Espírito de Cristo estava
neles e lhes anunciava as coisas que haviam de vir.
O Espírito de Cristo é uma peculiaridade de Cristo.
Isto é, ele atuava nos profetas levando-os a agir como
o Cristo agiria, nos seus dias, tal como Arão, M oisés,
Davi e outros que foram movidos pelo Espírito de
Cristo que havia devir
Lucas 10:24: pois eu vos digo que muitos
profetas e reis desejaram ver as coisas que
vós vedes, e não as viram; e ouvir o que vós
ouvis, e não as ouviram”. (M ti3-.i7;iPe u w j
Jesus e o doutor da Lei que sabia a resposta para a sua
pergunta. Ele estava perguntando: Como faço para ter
o poder de viver etemamente. Esta capacidade estava
reservada para aquele que cumprisse a Lei (Lv 18:5; Rm
10:5,6), onde se registra que todo aquele que cumprisse
a Lei tinha direito ávida eterna, e logo triunfaria sobre a
sepultura, sobre a morte e sobre o Hades
Lucas 10:25: E eis que um certo doutor
da Lei pôs-se em pé e, para pô-lo à prova
disse: “Mestre, que deveria fazer para pos­
suir com o herança a vida eterna?” (Mt 19:16; j
Mc 10:17;Lc 18:18)
Jesus pergunta sobre a Lei, porque quem cumprisse o
que estava escrito na Lei ganhava imunidade contra a
morte, a sepultura e sobre o Hades, isto é, venceria o
poder do pecado. Jesus queria saber como ele entendia
sobre isto ao ler
Lucas 10:26: E ele lhe disse: “Que está
escrito na Lei? Como lês? ”
Ele resume bem a Lei. Entãojesus lhe responde algo
que somente Cristo cumpriu e recebeu. Ele respondeu
mostrando que podemos amara Deus no espírito, na
alma e no corpo, mas acresceu: com a mentalidade da
alm a- e o próximo, como a si mesmo
Lucas 10:27: E ele, respondendo, disse:
“Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu
 10:28
coração, e com toda a tua alma, e com todas
as tuas forças, e com toda a tua mente, e ao
teupróxim ocom oatim esm o”. ílx6:s;lvW:18;
\ Rrn 13:9; G15:14; Tg2:8j
Quando a Lei foi conhecida, o homem passou a viver
a sua sentença duas vezes: por Adão e por ele mesmo,
pois infringiu a Lei e, por isso, estava mais uma vez
condenado. Não som ente uma única vez, mas todas
as vezes que a infringia. A Lei fez o pecado com
condenação para que cada indivíduo fosse revivido.
Antes, o adúltero pecava e esperava a morte como
sentença, que chegaria no dia de sua morte. Com a
Lei, o adúltero morria imediatamente, e com isso era
condenado duas vezes. A justiça de Deus foi satisfeita
em Cristo, quando Ele morreu na cruz em favor de
toda a descendência previamente condenada de
Adão. Deus proveu o batismo como um ato público
de confissão na sua morte expiatória, para também
nos livrar da condenação da Lei. Poisjesus Cristo não
som ente morreu em lugar de todos os filhos de Adão,
como também cumpriu a Lei e ganhou o poder de
descerão Hades e não permanecer nele (Rm 10:5,6).
Jesus estava mostrando que todos os homens tinham
a oportunidade de cumprir a Lei para receber esta
imunidade sobre a sepultura, a morte e o Hades, mas
somente Ele triunfou sobre isto
Lucas 10:28: Então lhe disse: “Respondes-
| te bem; faze isso e viverás”. (Lvi8:5;M ti9:i7)
Quem é o nosso próximo? Uma pergunta simples, mas
que revela a nossa completa ignorância sobre este
assunto tão importante
Lucas 10:29: Mas ele, querendo justificar-
se a si mesmo, disse a Jesus: “E quem é o
m eu próximo?” n,c i6 :isj
O nosso próximo é aquele que desce, que cai, que foi
despojado de suas vestes, que está coberto de feridas,
que está abandonado, que está meio morto, mas não está
morto: Este é o nosso próximo. Os homens consideram
como seu próximo o homem bom, ilibado, rico, famoso, e
conveniente. MasJesus nos ensina quem é o nosso próximo
Lucas 10:30: E Jesus, respondendo, dis­
se: “Certo hom em descia de Jerusalém
para Jerico, e caiu nas mãos dos salteado­
res, os quais o despojaram de suas vestes e,
causando-lhe muitas feridas, retiraram-se,
deixando-o meio morto.
O falso sacerdote também pode descer pelo mesmo
caminho da vítima. Mas, por que ele passou de largo?
Porque não tinha atadura, não tinha em mãos vinho
nem azeite. O tipo da pessoa que tinha em mãos
carregamentos de vinho e azeite, mas somente no
Tabernáculo. Ele não os levava consigo. O tipo do
ministro que apenas ministra na sua congregação, não
nas ruas. Mas como ele levaria vinho e azeite no caminho
de sua queda - de Jerusalém ajericó? Quantos ministros
Lu c a s 10:35
estão fazendo esta mesma rota: a rota da hipocrisia?
Lucas 10:31: E, por casualidade, um sa­
cerdote vinha descendo pelo mesmo ca­
minho; e, quando o viu, passou de largo
adiante dele.
O discípulo nunca é maior do que o mestre
Lucas 10:32: E, da mesma maneira, tam­
bém descia um levita; e, quando chegou
àquele lugar, viu-o, mas também passou de
largo adiante dele.
Os samaritanos são adoradores, são gratos, são
respeitosos quanto à missão de uma pessoa e são
hospitaleiros - literalmente. Ele não estava fazendo o
percurso dejerusalém parajericó, mas o contrário. Pois
Samaria estava localizada abaixo, e o assaltante caiu perto
dejerusalém. Ele subia parajerusalém. O sacerdote e
o levita chegaram a ver o ferido caído, mas não deram o
segundo passo: mover-se de grande compaixão
Lucas 10:33: Mas um samaritano, que ia de
viagem, chegou até onde ele estava e, vendo-o,
moveu-se de grande compaixão; (Lc9:52;jo4:9j
O verbo correto: aproximou-se (do próximo). Atitudes
corretas: Atou-lhe as feridas, colocando-o, o levou,
cuidou dele. Primeiros socorros corretos: Atadura,
azeite e vinho. Tipos da proteção beneficente - obras
de beneficência, do poder do Espírito Santo e do
sangue de Cristo. Sinal de emergência: Apropria
cavalgadura. Ele usou o seu transporte: sinal de
riqueza posta ao cuidado do ferido. Decidiu atrasar
os seus negócios em função do necessitado. Ele
não era sacerdote, mas tinha azeite e vinho! Deus
coloca elem entos sacerdotais nas mãos de quem
sabe usá-los. Muitos têm-nos em seu poder e não os
usam. Ele soube interná-lo e ainda cuidou d ele-co m o
enfermeiro. Quem poderia ter sido aquele ferido? Não
sabemos responder, surpresos, por que os cirineus nos
ajudaram a carregar a cruz, porque nos esquecemos
de quantas vezes cuidamos dos feridos nas estradas da
vida; então é melhor investirmos em pessoas
Lucas 10:34: e, aproximando-se, atou-lhe
as feridas, derramando sobre elas azeite e
vinho; e, montando-o sobre a sua própria
cavalgadura, levou-o para uma estalagem
e cuidou dele.
Um tipo de Cristo: sua primeira vinda - dois denários
para a Igreja - o hospedeiro cuidar do ferido. Uma missão
para o hospedeiro: A Igreja- cuidar do ferido. Uma
promessa: Se gastares a mais - na sua segunda vinda, ele
pagará o que for gasto. Nada se perderá
Lucas 10:35: E, no outro dia, quando ia
partir, tirou dois denários e os deu ao hos­
pedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o
235
 10:36
que gastares a mais, quando regressar eu
to pagarei.
A dura pergunta
Lucas 10:36: Quem destes três te pare-
I ce ter sido o próximo daquele que caiu nas
mãos dos salteadores?”
Usar de misericórdia: Não basta cumprir os estatutos da
Lei, deve-se usar de misericórdia. Não basta conhecer a
letra da Lei - deve-se usar de misericórdia. Se fizermos o
mesmo, certamente oSenhornos recompensaránasua
segunda vinda
Lucas 10:37: E eledisse: “Aquele que usou
de misericórdia para com ele”. Então Jesus
lhe disse: “Vai e faze tu o m esm o”.
A aldeia do antagonismo: Betânia. Por que Marta o
recebeu emcasa?Jesus conheciaa intenção de Marta.
Ela queria mostrar a sua culinária. As pessoas que
necessitam de auto-afirmação gostam de mostrar serviço
- chamam a atenção para si mesmas
Lucas 10:38: E, enquanto eles iam de ca­
minho , Jesus entrou em uma aldeia; e certa
mulher, chamada Marta, o recebeu em sua
casa. fjo11:1;12:2,3)
Maria conhecia bem a suairmã. Mas terJesus em casa
era uma grande oportunidade para adorá-lo. Quando
quiseram ter a “Arca de Deus” na sua sala para adorar
a Deus? Como ela iria mostrar o sabor dasua culinária
para o Pão da Vida, paraaÁgua da Vida, para aquele que
sustentou a Israel no deserto com maná por quarenta
anos? Ela não queria ousar competir com ele
Lucas 10:39: E esta tinha uma irmã chama­
da Maria, a qual, assentada aos pés de Jesus,
escutava a sua palavra, nc8:35;At22:3/
Marta estava fazendo muitos e diversos pratos para
mostrar ao Pão da Vida como se fazia uma comida.
Mas em determinado momento, ficou estressada. Não
deu conta dos vários serviços. Então ela veio chamar a
atenção dejesus acusando-o de insensível. Muitas vezes,
nós arranjamos os nossos próprios problemas e ainda
acusamos aJesus de insensível. Por quejesus não pode
aj udá-la de acordo com a sua petição?
Lucas 10:40: Marta, porém, estava distra­
ída com muitos serviços; e, aproximando-
se, repentinam ente, disse: “Senhor, não
te importas que a minha irmã m e tenha
deixado só para servir? Dize-lhe, pois, que
me ajude”.
Duas vezes Jesus disse: “Marta, Marta! ” UmaMarta
ansiosa, e uma Marta estressada. Muitas vezes estamos
tratando com duas pessoas em uma só. Não sabemos
quem é a Marta verdadeira. Entãojesus tenta confortá-la:
Lucas 11:2
Um tipo de comidaé necessário - para que haja tempo
para a adoração. Envolver-se com tantos problemas gera
desequilíbrio, estresse. Um só trabalho é necessário,
quando temos a bênção de Deus, enquanto muitos buscam
tantos afazeres e não lhes resta tempo para adorar a Deus.
Quantas vezes uma pessoa fiel, com um único emprego,
socorre aquela que parece ganhar o mundo inteiro?
Lucas 10:41: Mas Jesus, respondendo,
disse-lhe: “Marta, Marta, estás ansiosa e te
atribulas com muitas coisas,
Qual é a melhor parte? Aquela que promove a adoração,
aquela que agradece, aquela que não ousa competir
com Deus, aquela que se conquista com oração e
adoração a Deus. Amelhor parte escolhida com
primícias de adoração não pode ser tirada de Maria.
Todas as coisas que são conquistadas por aquele que ora
e adora, jamais lhe serão tiradas. Os bens de Jó puderam
ser tiradas, mas a vida dele, não
Lucas 10:42: mas uma só coisa é necessá­
ria; e Maria escolheu a melhor parte, e esta
não lhe será tirada”. tsi?.7:4)
Lucas, capítulo onze (11)
Temos duas grandes orações dejesus registradas: A oração
conhecida como o “Pai nosso" e a oração intercessora de
Jesus (Jo 17). São duas orações maravilhosas. Esta oração
reflete vários aspectos da redenção. EJesus ensinou esta
oração aos seus discípulos, que parece ser simples, mas é
completa e eficaz
Lucas 11:1: E aconteceu que, quando
acabou de orar em certo lugar, um dos seus
discípulos lhe disse: “Senhor, ensina-nos a
orar, como também João ensinou aos seus
discípulos”. (Mc 1:35;Lc3:21j
Cada vez que Deus faz justiça, santifica o seu nome; na
vinda de seu Reino, espiritual e literalmente, o objetivo
é santificar o seu nome no meio dos homens por meio de
seu domínio; pois o seu domínio estará completo quando
a sua vontade for feita por completo na terra e no Céu,
simultaneamente. Quando avontade de Deus é feita
em nossa vida na terra, assim como é estabelecida nos
Céus, o Reino de Deus chegou em nós. A vontade de Deus
chegou na vida dejesus, ao dizer: Não seja feita a minha
vontade, mas a tua. A vontade de Deus no Céu foi feita
em Cristo na terra: O Reino chegou na vida dele. Então,
santificar o nome de Deus é obedecê-lo, como os anjos o
obedecem no Céu
Lucas 11:2: E ele lhes disse: “Quando orar­
des, dizei: Pai nosso que estás nos Céus, san­
tificado seja o teu nome; venha o teu Reino;
seja feita a tua vontade, assim na terra, como
no céu.
Sabemos que esta é uma dependência do sétimo ano,
11:3
isto é, do ano sabático (Lv25:8-20). O ano sabático vem
em tempo de maturidade. Quanto mais velho, melhor
para compreender o seu jubileu. O ano sabático é tempo
de confiar na provisão de Deus e na sua espontânea
recompensa. É o tempo de reconhecer que todo o
nosso trabalho é confiar. Vindimar a vinha desatendida
é destruir a fonte do pão de cada dia. O ano sabático
é crer que o suprimento vem de onde não se espera:
Levítico 25:11: “Jubileu vos será o ano qüinquagésimo:
Não semeareis, nem segareis o que na terra crescer
espontaneamente, nem vindimareis atua avinha
desatendida”.Um tem pode santidade nascerá depois
do dia da expiação. O jubileu é tempo de experimentar
a vida normal, em Cristo. A vida normal em Cristo é
santidade. Ele quer nos dar alimento novo no jubileu.
Ele deixa de lado a vida de dependência do nosso suor e
do nosso labor (a nossa vinha) e nos leva a comer frutos
do campo. Dali, de onde nós jamais esperávamos. Este
campo é aberto, livre, e vai além de nossas terras. É aquilo
que os discípulos de Cristo experimentaram quando
comiam as espigas no campo aberto, em dia de sábado.
Era tempo de comer espigas; no ano sabático. A novidade
do campo étipo de Cristo, a novidade, as primícias da
terra (Hb 1:4,5): Levítico 25:12: “Porque é jubileu; esse
ano vos será santo. Da novidade do campo comereis”.
Lucas 11:3: Dá-nos cada dia o nosso pão
cotidiano;
(1) Jesus estava colocando em prática o tempo da graça,
o tempo do perdão: No ano sabático, bem como no
Jubileu, as pessoas endividadas eram perdoadas. Assim,
pela graça de Deus, a nossa herança vem de Deus, e,
como filhos pródigos, voltamos à nossa verdadeira
possessão - eterna possessão. Porque no jubileu todos
os posseiros eram obrigados a devolver as terras nas
quais habitaram durante os últimos anos, no espaço dos
últimos quarenta e nove anos. Aquilo que foi tomado por
causa da pobreza era devolvido: Levítico 25:13: “Neste
ano de jubileu, cada qual voltaráàsuapossessão”. Todas
as vendas eram conscientes, antes do jubileu. Não havia
desculpas, nem se permitia cobranças. Era jubileu, legal.
Ninguém tinha o direito de cobrar alguma coisa nesse
dia; por isso, a oração de Cristo é a oração do jubileu:
“Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos
aqueles que nos devem”. Era tempo de perdoar e de ser
perdoado: Levítico 25:14: “Portanto, se venderes algo
a teu próximo, ou se comprares algo das mãos de teu
próximo, atentai, que ninguém oprima aseuirmão”.
Isto quer dizer que, à medida que se aproximava o
Jubileu, mais barato ficava o resgate dos bens perdidos,
pois, de qualquer maneira, os bensseriam devolvidos,
sem pagamento, no jubileu. Cada vez mais que nos
aproximamos do jubileu, mas desvalorizados ficam
determinados bens, pelos quais daríamos altas somas.
Mas, à medida que a vida vai passando, passamos a
compreender melhor o valor de muitas coisas vãs pelas
quais perdemos grande parte de nossa vida. O jubileu,
em Cristo, vai nos ensinando a valorizar as verdadeiras
necessidades de nossa vida: Levítico 25:15: “Conforme
ao número dos anos, depois do jubileu, comprarás de teu
próximo; a um preço proporcional à quantidade dos anos
de colheita, ele te venderá um campo”.Jesus nos ensina
Lucas 11:5
a estabelecer o jubileu ao perdoarmos os nossos irmãos.
(2) A liberdade do mal e a vitória sobre a tentação não
somente são bênçãos atuais e devocionais, mas também
falam da grande vitória sobre Satanás, na grande batalha
de Gogue e Magoque (Ap 20:7-9)
Lucas 11:4: e perdoa-nos os nossos pecados,
pois também nós perdoamos a cada um que
nos deve. E não nos deixes cair em tentação,
mas livra-nos do mal”. (m i 8:3s ;mc i i-.25)
O amigo inoportuno é um tipo escatológico equivalente
àqueles que procurarão a salvação nos dias da Grande
Tribulação, os quais se levantarão no meio das nações,
onde a pregação do Evangelho foi proibida. Hoje, quarenta
por cento da população mundial jamais ouviu falar no
nome dejesus. Nos dias da Grande Tribulação haverá uma
grande investida de Deus para asalvação dessas nações (Ap
14.6,7). Então, elas hão de procurar por intermédio dos
mensageiros daqueles dias-os anjos e as duas testemunhas
- três pães. Naquele tempo, o Espírito Santo e a Igreja terão
se ausentado da terra (2 Ts 2:1; Is 26:19-21). Algrejajá
estará em seu aposento nas Bodas do Cordeiro. Meia-noite
é a hora em que anunciam a chegada do Noivo. A Igreja
entrará para as Bodas e o mundo começará vivendo o seu
verdadeiro caos, com a chegada dainiqüidade. Hoje, a
Igreja detém o aparecimento da iniqiiidade, e o Espírito
Santo, o poder do Anticristo. Mas eles serão tirados do
meio da terra. Meia-noite é a mesma hora em que as cinco
virgens loucas procuraram comprar azeite - tipo dos falsos
ministros que procuram combustível para as suas vidas em
hora inoportuna, Mas o caso deste amigo mostra o benefício
da perseverança e a graça da misericórdia, pois meia-noite
é hora da angústia e da falta de opção. Ele quer três pães à
meia-noite: O Pai, o Filho e o Espírito Santo: OManá, Cristo
e o pão da Ceia. Ele está buscando os três pães com aquele
que tem os três pães: o pão do Pai, o pão do Filho e o dom
do Espírito Santo. Esta procura do Pai a fim de receber três
pães: a Palavra de Deus, o Espírito e o amor do Pai, mostra
que naqueles dias a Palavra doSenhorseráescassaem
toda a terra; homens procurarão o alimento espiritual em
todas as partes e não o encontrarão. As pessoas crerão em
Cristo e morrerão. Mas elas vão querer conhecer as grandes
verdades do Evangelho de Deus e não as encontrarão com as
mesmas facilidades que as encontramos hoje. Livros, DVDs,
CDs, fitas, filmes, revistas terão sido exterminados da face
da terra por causa do governo do Anticristo. Almas estarão
famintas dos três pães: o pão do Pai, o pão do Filho e o pão do
Espírito Santo. Não haverá cultos, reuniões, conferencias
de fé, congressos, convenções, reunião de obreiros,
evangelismo aberto. Não haverá pão de Deus na Terra
Lucas 11:5: Disse-lhes também: “Quem
de vós terá um amigo e se for procurá-lo à
meia-noite, dizendo-lhe: Amigo, empresta-
me três pães,
Israel procurando o Pai para dar algo de comer àqueles
que crerem em Cristo durante a Grande Tribulação. Eles
buscarão por alimento espiritual. Mas a Palavra de Deus
será escassa naqueles dias: Os novos crentes da Grande
Tribulação terão fome do conhecimento de Deus, mas
237
11:6
os seus mensageiros não conhecerão o suficiente para
saciá-los. A terra passará por uma crise profunda: Crise
de conhecimento da Palavra de Deus. Procurarão por
um CD, um DVD, uma Bíblia, um opúsculo, e tudo estará
codificado, sem lógica, sem entendimento. Procurarão
pelos mais simples pregadores, os “menores do Reino”,
mas eles terão ido aos seus aposentos na Nova Jerusalém
Lucas 11:6: porque um amigo meu chegou
a minha casa, vindo de viagem, e não tenho
o que oferecer diante dele.
Em Apocalipse 3 temos a história de duas igrejas. A
igreja de Filadélfia e a igreja de Laodicéia. Hoje, estamos
vivendo o tempo de transição entre as duas igrejas. A
igreja de Filadélfia e a igreja de Laodicéia. A igreja de
Filadélfia viverá o tempo em que uma grande porta será
aberta. E esta é a grande diferença: Aigreja de Filadélfia,
que é a Igreja do Arrebatamento, e a igreja de Laodicéia,
a igreja que enfrentará a Grande Tribulação. Uma tem a
chave e a porta aberta, e a outra está com a porta fechada;
e Jesus está do lado de fora querendo entrar, pois a porta
de Laodicéia está fechada. Cristo se revela para ela como
aquele que tem as chaves de Davi, que fecha e ninguém
abre, e que abre e ninguém fecha. Esta chave ele deu à
Igreja de Filadélfia, e ainda pôs uma porta aberta diante
dela. Agora, no arrebatamento, a porta será revelada e a
Igreja, como corpo universal de Cristo, entrará por ela e o
seu esposo a fechará por dentro. Assim, a porta da graça,
estará fechada para o mundo. Então, começará um tempo
de tribulação. Mas a Igreja será arrebatada (Is 26:20-
21): Os filhos estarão em descanso na cama (leitos).
Ele está se referindo aos dias da Grande Tribulação,
quando a Igreja estará nos seus quartos. Ela e seu esposo
estarão vivendo os dias das Bodas. Mas a maiorverdade
desta parábola é a perseverança daquele que pedirá
pães, sabendo que é meia-noite e que as portas estarão
fechadas. Ele sabe que esta porta não deverá ser aberta.
Mas ele persevera, eoEsposo acaba abrindo a porta por
causa da sua perseverança. Assim, concluímos que se a
perseverança abre até as portas fechadas da graça, por
que Satanás se interpõe contra os servos de Deus dizendo
que não há portas abertas para eles? O que não abrirá
a perseverança, mediante a fé? Mateus 25:6-10 conta
a mesma história, e aquela história se compara a esta.
O homem que busca os pães chega à porta antes que as
cinco virgens loucas voltem com o seu azeite inútil
Lucas 11:7: E se ele, respondendo de den­
tro, disser: Não me importunes; a porta já
está fechada, e os meus filhos, juntamente
comigo, estão na cama; não posso levantar-
me para dá-los a ti.
Isto é o que quer dizer “alguns conquistam o Reino pela
força; pela força se apoderam dele”: Com perseverança
- em dias que a porta da graça estará fechada. A
perseverança não somente lhes conseguirá o pão na
meia-noite, bem como lhes providenciará tudo o mais
que faltar: Peixe, ovo e pães. O peixe é o Evangelho, o ovo
é o novo nascimento, e os pães são a revelação da Palavra
da verdade (Ap 6:9-11; 14:6,12,13)
Lucas 11:13
Lucas 11:8: Digo-vos que, ainda que não
se levante para dá-los a ti, por ser seu amigo,
há de levantar-se, no entanto, por causa da
sua importunação, e lhe dará tudo o que for
| necessário.//.c/ ã-z-ó;
Os três verbos do tempo da impossibilidade: Pedir, buscar
e chamar. Resultado: dado, achado e aberto.Jesus mostrou
que a perseverança mediante a fé pode abrir qualquer
porta. Isto quer dizer que, alguns farão o Pai de família
levantar-se para abrir a porta e dar os pães e tudo o que
for necessário, dizendo: “O Senhor não tem um peixe?
Desculpe-me, mas não tem também um ovo?”. Então,
se a perseverança abrirá uma porta fechada por Deus,
mediante a sua grande misericórdia, por que a nossa fé não
pode abriras portas fechadas que Satanás trancou?
Lucas 11:9: E eu, porém, vos digo: Pedi, e
vos será dado; buscai, e achareis; chamai,
e VOS S erá a b ertO . (Mt 7:7-11; 18:19;21:22;Mc 11:24;
i Tg 1:5-8; Uo 5:14,15)
Conclusão: Receber, achar e entrar. Esta é a grande
verdade da Parábola: Ensinar como abrir uma porta que
já foi fechada, mediante a perseverança e a fé
Lucas 11:10: Porque todo aquele que pede
que chama lhe será aberto.
Os privilégios dos pedidos dos filhos: O poder da
perseverança está acima das circunstâncias. Étempo de
pedra (Dn 2:34), mas ele conseguirá pão. Será tempo de
serpente (Is 27:1), mas ele lhe dará peixe (Jo 21:10-13)
Lucas 11:11: E qual dentre vós que, sendo
pai, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma
pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará
uma serpente em lugar do peixe? (M tz-ç-ii)
Será tempo de escorpiões (Ap 9:3), mas ele lhes dará ovo
(Ap 14:6,7),pois noverso 13 ele explica que o Espírito
Santo nos é dado pelo Pai, e, no novo nascimento, o
recebemos inicialmente (Jo 3:5) para que tais pessoas
possam ver o Reino de Deus
Lucas 11:12: Ou, se lhe pedir um ovo, lhe
dará um escorpião?
O ovo é tipo do novo nascimento que
os introduz no Reino de Deus 0o 3:6)
Lucas 11:13: Pois se vós, sendo maus, sa­
beis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto
mais dará o vosso Pai celestial o Espírito San­
to àqueles que lho pedirem?”
A restauração da língua. Espíritos de enfermidades
operam a partir das enfermidades, fazendo daquele
órgão o seu casulo. Espíritos que se alojam nos órgãos da
fala, fazendo-os semelhantes à sua mesma natureza, pois
também são mudos. Algumas versões tentaram tirar o
238
11:14
brilho desta verdade, mas fogem do sentido original: Um
demônio mudo operava a enfermidade no homem, que
não era mudo por natureza
Lucas 11:14: E estava ele expulsando um
dem ônio, o qual era mudo. E aconteceu
que, ao sair o demônio, o mudo falou; e a
multidão se maravilhava. (Mt9:32-34)
Estes mesmos tipos ainda vivem hoje: Descrendo das
obras maravilhosas de Deus. A geração da incredulidade
foi manifestada aqui, ao declarar que Jesus expulsava
demônios com o auxilio do príncipe das moscas, Satanás.
Aqui surgirá a resposta à pergunta: “Por que Jesus não
realizaria nenhum milagre diante daquela geração?”
Por causa do seu pecado de blasfêmia. Dal em diante ele
falará somente em parábolas, para que, ao escutarem
a Palavra assim, não se convertam, porque aqueles
que blasfemam contra o Espírito Santo jamais serão
perdoados, nem nesta vida nem no tempo do juízo que
antecede o mundo vindouro de Deus
Lucas 11:15: Mas alguns dentre eles disse­
ram: “Ele expulsa os demônios por Belzebu,
príncipe dos dem ônios”.
Por causa da sua apostasia e da sua condenação automática
ainda em vida, não lhes seria dado nenhum sinal. Aqui,
eles literalmente tentavam aCristo (1 Co 10:9). Quem
tentaaCristo pereceráno meio das serpentes
Lucas 11:16: E outros, tentando-o, pe­
diam-lhe de sua parte um sinal do Céu.
(M tló :l;M c8 :llj
Jesus mostra aqui o nosso grande erro no tempo da Graça:
A divisão. Com isso, ele estava ensinando que até Satanás
entende que não pode se dividir, se quiser alcançar os
seus propósitos
Lucas 11:17: Mas ele, conhecendo os seus
pensamentos, disse-lhes: “Todo reino divi­
dido contra si m esmo será destruído; e casa
contra casa cairá. jo2-.2S)
Jesus dá a entender que se ele expulsava demônios pelo
poder de Belzebu, como o seureino permaneceria, se isto
mostrava que ambos estavam agindo um contra o outro?
Lucas 11:18: E se Satanás também está
dividido contra si mesmo, como o seu reino
permanecerá? Porque dizeis que eu expulso
os demônios por Belzebu.
Jesus mostra que a atuação dos demônios perduraria de
geração em geração. Mas mostra também que os seus
filhos seriam esclarecidos e ainda julgariam os seus pais
no mundo vindouro, no julgamento dos ímpios. Os filhos
daquela geração conheceriam a Cristo e expulsariam
demônios pelo nome dejesus: E ainda julgariam aquela
geração no dia do Juízo, diante doTrono Branco
Lucas 11:19: Mas, se eu lanço fora os de­
Lucas 11:22
mônios por Belzebu, por quem os lançam
fora vossos filhos? Eles, portanto, serão os
! vossos juízes.
João havia preparado o caminho, e Jesus era o Reino de
Deus manifestado na terra, pois o Reino de Deus chegou
com manifestação de poder e manifestação do Espírito
Santo. O Reino de Deus chegou trazendo libertação do
poder dos demônios. Se expulsarmos os demônios de
uma pessoa, somos obrigados a estabelecer nela o Reino
de Deus. Ela não pode permanecer varrida e adornada!
Muitos buscam o adorno do Reino de Deus, mas não
2
implantam em suas vidas o próprio Reino de Deus. Ao
: recebermos em nós mesmos o Espírito Santo, recebemos
o Reino de Deus
Lucas 11:20: Mas, se eu com o dedo de
Deus expulso os demônios, evidentemente
sobre vós é chegado o Reino de Deus. (êxs.-w)
Houve um tempo em que o homem forte-Satanás,
guardou o seu palácio, e todos os seus bens - frutos de
roubos, furtos, vidas, almas, heranças, bens duráveis,
esperança, casamentos, sonhos, escolaridade,
realizações, ouro e prata-, estavam seguros. Isto quer
dizer que o ladrão também tem segurança. Desde Adão até
Cristo, ele pôde guardá-los com segurança; masjesus veio
para desfazer as obras de Satanás e tomar os bens que ele
roubou e entregá-los devolta aos seus respectivos donos
Lucas 11:21: Quando um homem forte,
bem armado, guarda o seu próprio palácio,
todos os seus bens estão seguros.
Masjesus chegou - sobrevindo - como o Reino de Deus
sobre ele. O seu ataque veio por cima e tomou o inimigo
de surpresa. Enquanto ele o esperava pela dianteira
de seu palácio, ele veio pelo ar. Eera mais forte do que
ele, e o venceu; tirou-lhe a armadura - o desmascarou,
e?
tirou-lhe suas defesas, destruiu o objeto de sua confiança, o
que são alei, o pecado, a sepultura e a morte - , e tomou os
seus bens roubados (1x4:6) e repartiu os seus despojos.
Mas, qual é a armadura de Satanás? Deus tem a sua
armadura (Ef 6:10-18). Então a armadura completa de
Satanás é constituída assim: (1) Cintos da mentira; (2)
couraça da injustiça; (3) a preparação dos seus pés com
a falsa doutrina e más notícias de divisão; (4) o escudo da V1
desconfiança; (5) o capacete da perdição; (6) a espada
dos espíritos das trevas que são as vãs filosofias; (7) e as £
orações contrárias de maldições. Jesus veio para tirar sua
armadura e triunfar sobre ele na cruz (Cl 2:15)
Lucas 11:22: Mas, quando vier outro mais
forte do que ele e o vencer, tirar-lhe-á a sua
armadura completa em que confiava e re­
partirá os seus despojos.
Jesus veio para atrair soldados para o seu exército. Jesus
veio para levantar obreiros para a sua seara. Jesus está
explicando claramente que o seu dom não é espalhar,
mas ajuntar (Ef 1:10). Está ensinando que a característica
fundamental de seu ministério é ajuntar, e aquele que
espalha está do outro lado, pois os demônios saem para
239
 11:23
espalhar, a fim de tirar a força do homem. Muitos são
aqueles que, ao invés de recolherem os despojos para
reparti-los, recolhem-nos para os espalhar: Esta obra
é um dever dos seus discípulos-devolver a quem de
direito os bens roubados por Satanás
Lucas 11:23: Aquele que não é comigo é
contra mim; e aquele que comigo não reco­
lhe espalha. (Lc9:50)
Jesus revela coisas terríveis a respeito do reino de
Satanás: Revela que os demônios encontram repouso
no homem. Revela como eles se referem às pessoas
onde habitam: “Sua casa" -sentem -se donos da alma da
pessoa e a tem como residência. Revela que os demônios
evitam a água (vidas cheias do Espírito Santo, Jo 7:37,38)
Lucas 11:24: Quando o espírito imundo
sai da pessoa, anda por lugares sem água,
buscando repouso; e, não o encontrando,
diz: “Voltarei para minha casa, de onde saí”.
(Mt 12:43-45)
Revela também que, quando Deus se retira de uma
vida, ele deixa a casa limpa, varrida e adornada; pois
esta é a característica de Deus: Uma casa limpa, varrida
e adornada. Assim que o inimigo encontra a vida de
uma pessoa que abandona a Deus, ele vem para sujar
aquela casa outra vez
Lucas 11:25: E, regressando, a encontra
varrida e adornada.
Revela que, quando ele volta, não retorna sozinho: Mas
vem com outros sete espíritos mais sujos, mais violentos,
mais iníquos do que ele. Revela que ali habitam como
residentes. Revela que o estado daquele homem é
pior do que o primeiro estado, quando havia somente
um demônio morando nele. Por que aqueles espíritos
estavam vindo para habitar naquela casa? Porque o Reino
de Deus não foi estabelecido no seu interior. Para nada
servirá a casa que for limpa dos demônios, se a mesma
não receber no seu interior o Reino de Deus
Lucas 11:26: Então, vai e leva outros sete
espíritos piores do que ele; e, entrando, se
estabelecem ali; e o último estado daquele
homem se torna pior do que o primeiro, m
10:26;2 Pe2:20!
Uma das mulheres exclamou esta linda frase de bem-
aventurança, referindo-se à sua preciosa mãe
Lucas 11:27: E aconteceu que, enquanto
ele dizia essas coisas, uma mulher do meio
da multidão, levantando a voz, lhe disse:
“Bem-aventuradas as entranhas que te trou­
xeram e os seios em que mamaste”. (Lc23:29)
Jesus respondeu: Sejam como a minha mãe! Ouçam a
Palavra de Deus e aguardem no coração (Ix 1:45; 2:19)
jj
LUCAS 11:32
Lucas 11:28: Mas ele disse: “Antes bem-
aventurados os que ouvem a palavra de
Deus e a guardam ”. (Lcõ:2i;jo is.-m)
Volta a falar daquela geração que atribuiu à Satanás as
suas obras, blasfemando contra o Espírito Santo. Ele
a chama de geração maligna, apóstata. Geração que
merecia apenas um sinal: O sinal dejonas
Lucas 11:29: E, quando as multidões se
ajuntaram ao redor dele, com eçou a dizer-
lhes: “Maligna é esta geração; procura em-
penhadamente por um sinal; e nenhum
sinal lhe será dado, senão o sinal dejonas, o
profeta. (Mtl6:4;Mc8:12;Lcll:16)
Mas, qual é o sinal dejonas? Em toda a história da Assíria,
somente a geração dos ninivitas e seu rei, que ouviram
a mensagem dejonas, se salvaram: 120 mil p essoas-
apesar de ter pregado uma mensagem de condenação.
Mas Jesus deixa claro que eles ainda creram mais do que
a geração que ouviu a sua mensagem, sendo ele o próprio
Messias, pois quase cento e vinte estavam reunidos no
Cenáculo, no dia de Pentecostes
Lucas 11:30: Porquanto, da mesm a for­
ma com o Jonas foi sinal para os ninivitas,
assim também o Filho do hom em o será
para esta geração.
Deus, no dia dojuízo do Trono Branco, levantará a rainha
deSabá,quese salvou para julgar aquela geração que
ouviu as palavras de Cristo pessoalmente. Ela veio ouvir
as palavras de Salomão e creu, mas aquela geração não
creu no Verbo de Deus
Lucas 11:31: A rainha do Sul se levantará
no juízo contra os homens desta geração, e
os condenará; porque ela veio dos confins
da terra para ouvir a sabedoria de Salomão;
e eis aqui neste lugar quem é maior do que
Salomão, f!RsW:l;2Cr9:lJ
Aqui está a prova de que aqueles 120 mil seres hu manos
que creram e foram salvos dentre os gentios julgarão a
geração do povo eleito, porque rejeitaram a mensagem
do Homem eleito, mesmo ele sendo maior do que Jonas,
maior do que Salomão
Lucas 11:32: Os homens de Nínive se le­
vantarão em juízo com esta geração, e a con­
denarão; porque eles se arrependeram com
a pregação de Jonas; e eis aqui neste lugar
quem é maior do que Jonas. jn3:5)
A candeia no candeeiro são os olhos no corpo; e o
candeeiro deve estar cheio de luz. Jesus se referiu ao
primeiro Adão ao serformado (Rm 3:23) e aquilo que ele
perdeu por causa do pecado. Ele não deve ser escondido
240
11:33
nem estar em lugares ocultos
Lucas 11:33: E ninguém, ao acender uma
candeia, a coloca em um sótão, nem debaixo
do alqueire, mas no candeeiro, para que os
que entram vejam a luz. m5:i5;Mc4:2i;Lc8:i6)
Isto quer dizer que o homem tem duas candeias naturais,
que revelarão a fonte de luz que está no homem. A
simplicidade dos olhos enche de luz o candeeiro, que é o
corpo. Mas o orgulho enche de trevas o corpo
Lucas 11:34: A candeia do corpo é o olho.
Portanto, enquanto o teu olho for simples,
todo o teu corpo será cheio de luz; mas, en­
quanto for mau, o teu corpo também será
tenebroso. (Mt6:22,23)
A importância do corpo para os outros: Ver se nossos
olhos estão cheios de simplicidade ou de luxúria;
cheio de humildade ou de vaidade. O combustível da
simplicidade é o Espírito de Cristo no homem
Lucas 11:35: Vê, pois, que a luz que há em
ti não sejam trevas.
A importância do corpo para si mesmo. A grande fonte
de simplicidade é a presença do Espírito Santo no
homem. Jesus estava dizendo: “Não necessitais fazer
descer fogo do Céu, se sois um candeeiro cheio de luz
no seu esplendor”. É assim que somos vistos no mundo
espiritual pelos anjos e pelos demônios, porque Deus faz
de seus servos “labaredas de fogo”
Lucas 11:36: Portanto, se todo o teu corpo
está cheio de luz, não havendo trevas em
nenhum a parte, todo ele estará cheio de
luz, como quando uma lâmpada, com o seu
resplendor, te ilumina”.
A festa do fariseu. Este fariseu tinha água
e toalha para recebê-lo
Lucas 11:37: Enquanto ele ainda estava
falando, um fariseu lhe rogou que fosse
comer com ele; e, ao entrar, recostou-se à
m e s a . (Lc7:3ó; 14:1)
Os fariseus estavam exigindo que a Arca se lavasse
Lucas 11:38: Mas o fariseu admirou-se,
quando viu que ele não cumprira o rito de
lavar-se antes de comer. (Mt7:3,4)
Jesus estava mostrando que cada um daqueles fariseus
era como um copo e um prato: Alguns rasos, outros mais
profundos-mas ambos sujos no seu interior. Inúteis e
cheios de maldade: Deveriam servir água e alimento, mas
tinham rapina e maldade no seu interior
Lucas 11:39: Eo Senhor lhe disse: “Assim
vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e
Lucas 11:44
do prato, mas o vosso interior está cheio de
rapina e de maldade, m 2335 , 20)
Ele lembra-os que aquele que os criou também
os conhecia por dentro e por fora
Lucas 11:40: Insensatos! Aquele que fez 0
exterior não fez também 0 interior?
Eles eram tão avarentos que o fato depedir-lhes que
dessem uma simples esmola era como se rogassem
por toda a sua fazenda, pois o avarento cuida das suas
próprias riquezas como se fossem dos outros; a esmola
era algo além do dizimo: Alguns pensam que, ao
oferecerem o dízimo, já estão oferecendo tudo o que é
necessário. Eles davam o dízimo e não davam mais, nem
sequer uma esmola. Eles faziam bem muitas coisas, mas
estavam sendo vencidos pela avareza; e Jesus queria que
eles triunfassem sobre a avareza
Lucas 11:41: Antes, dai esmola do que ti­
verdes, e eis que todas as coisas vos serão
limpas. (Lc 12:33;Mc7:19; Tt 1:15)
Os fariseus eram detalhistas em quase tudo: Eles
dizimavam até as coisas mais simples, mas não cumpriam
coisa alguma que concernia àjustiça e ao amor. Nos seus
negócios, e quanto ao oferecimento de perdão, eles
falhavam profundamente - tudo o que se relacionava ao
seu convívio com as pessoas
Lucas 11:42: M as ai de vós, fariseus!
Porque dizimais a hortelã, e a arruda, e
toda sorte de hortaliças, e passais de largo
da justiça e do amor de Deus. Deveis fazer
estas coisas, sem deixar de atender às ou­
tras. (Lc 18:12; M t23:23)
Eles falhavam na hora que deveriam se humilhar;
falhavam na presença do público. Ali eles caíam,
pois queriam aparecer sempre. Eram provados
publicamente. Eles falhavam no relacionamento com as
pessoas; falhavam ao serem injustos nos seus negócios
Lucas 11:43: Ai de vós, fariseus! Porque
amais os primeiros assentos nas sinagogas,
e as saudações nas praças. /Mt23:6,7;Mc 12.38,39;
Lc20:46j
São covas sem avisos, sepulturas sem indicação, pois
falhavam ao disfarçaro seu verdadeiro comportamento.
São terrenos de cemitério e milhares de pessoas
caminham nos seus domínios de morte
Lucas 11:44: Ai de vós, que sois como se­
pulturas sem lápides, sobre as quais os ho­
mens andam sem dar-se conta”, m 23.2 7 )
Os doutores estavam dizendo que eles eram
diferentes e não deveriam ser citados no mesmo
discurso, como se eles fossem semelhantes aos fariseus.
Mas Jesus confirmou o farisaísmo deles
241
11:45
Lucas 11:45: E, respondendo-lhe um dos
doutores da Lei, disse: “Mestre, quando di­
zes estas coisas, tu também nos insultas”.
As doutrinas que os doutores estabeleciam eram
verdadeiras cargas; onde eles falhavam? Falhavam na
falta de instrução e de ensinamento de seus discípulos,
porque eles mesmos não cumpriam as suas doutrinas
Lucas 11:46: Mas ele disse: “Ai de vós tam­
bém, doutores da Lei, porque carregais os
homens com cargas difíceis de transportar,
mas vós mesmos não levantais um só dedo
para ajudá-los com essas cargas. m23:4/
Jesus estava mostrando que os doutores, tão
esclarecidos, estavam procurando mostrar o seu
arrependimento pelas obras de seus pais, completando
aquilo que os seus pais não fizeram: Dar sepultura às suas
vítimas, os profetas
Lucas 11:47: Ai de vós que edificais os se­
pulcros dos profetas, a quem os vossos pais
m s ú a ra m . (Mt23£9-32;Àt7:51-53)
A estes doutores, Jesus chamou de sepulcros caiados,
cuja pintura era feita por eles mesmos: Os edificadores
das mesmas sepulturas. As testemunhas tão visíveis:
Sepulcros caiados - referindo-se às suas vestimentas
brancas e à sua hipocrisia, quando suas próprias vestes os
denunciavam como cúmplices de assassinatos
Lucas 11:48: Verdadeiramente vós sois tes­
temunhas de que aprovais as obras de vossos
pais; porque eles, em verdade, os mataram,
e vós edificais os seus sepulcros.
Jesus ensina que a sabedoria de Deus é profeta. Quem é
ela? Cristo (Mt23:34; Pv 1-8). Alguns dizem quejesus se
referia a si mesmo, visto que não há nenhum texto no Antigo
Testamento semelhante a esta profecia. Esta profecia se
cumpriu antes do seu vaticínio? Como? Masjesusse referia
à Sabedoria, isto é, ao livro de Provérbios 1:1OT 5;2:20-29.
Ali está fundamentada esta profecia de Cristo, pois ali
Salomão trata dele mesmo - a Sabedoria, Cristo
Lucas 11:49: Por isso, também a Sabedoria
de Deus disse: Profetas e apóstolos lhes en­
viarei; e a muitos deles matarão e persegui­
rão a outros; (Mt23:34-36; 1 Co 1:24; C12:3)
Ao sepultarem, aquela geração finalizava a sua
condenação, que dizia respeito à morte dos profetas
que foram mortos
Lucas 11:50: portanto, desta geração será
requerido o sangue de todos os profetas
que foi derramado desde a fundação do
mundo;
Por que Deus deixou para cobrar de uma geração o
Lucas 12:1
sangue derramado em outras gerações? Porque foi
aquela geração que rejeitou e matou a Cristo, o vingador
de todos aqueles profetas. Se eles tivessem recebido
a Cristo, teriam sido perdoados naquela geração os
pecados de todas as outras gerações, especialmente
porque Cristo morreria fora da porta como holocausto
Lucas 11:51: desde o sangue de Abel até
ao sangue de Zacarias, que foi morto entre
o altar e o Santuário; verdadeiramente vos
asseguro que a esta geração se pedirá contas
de tudo isto. (Gn4:8;2Cr24:20,21J
Jesus continua os “ais” contra os doutores, iniciado nos
versos anteriores: Os doutores detinham a chave da
ciência e, por causa de seu orgulho, não permitiam que
outros entrassem, nem queriam entrar
Lucas 11:52: Ai de vós, intérpretes da
Lei, que vos apoderastes da chave da co ­
nhecimento; mas vós mesmos não entras­
tes e aqueles que entravam vós os im pe­
distes”. (Mt23:13j
A grande provocação dos doutores dalei contra a
Sabedoria de Deus. Ele podia falar sobre qualquer
assunto sem cair em contradição
Lucas 11:53: E, enquanto lhes dizia estas
coisas, os escribas e os fariseus começaram
a apertá-lo com veemência, provocando-lhe
para que falasse a respeito de muitas coisas,
Não puderam apanharaSabedoriaem nenhumafalha
Lucas 11:54: armando-lhe ciladas, e pro­
curando apanhar alguma coisa que saísse
da sua boca para que o acusassem. (Mt22:is;
j Mc 12:13)
Lucas, capítulo doze (12)
Continuação da pregação depois que o público cresceu:
(1) Admoestação contra o fermento dos fariseus - a
hipocrisia. Como o fermento da hipocrisia trabalha na
vida humana?
Lucas 12:1: Entretanto, ajuntou-se inu­
merável multidão de pessoas, de maneira
que uns aos outros se atropelavam, ele co­
m eçou a dizer a seus discípulos: “Guardai-
vos do fermento dos fariseus, que é a hipo­
crisia. (Mt 16:6;Mc 8:15;Mt 16:12)
Duas situações diferentes: ( 1 )0 encoberto - são pecados,
realizações impuras, crimes com cumplicidade; (2) o
coberto-sonhos profissionais, ministeriais, vocações
que foram frustradas, lideranças que foram abortadas por
homens movidos por inveja. Ambas as situações serão
242
12:2 Lucas
reveladas. É importante observar que tudo aquilo que já
foi confessado e perdoado não pode servir de acusação
futura contra uma pessoa perdoada e restaurada
Lucas 12:2: Nada há encoberto que não haja
de ser revelado; nem oculto, que não haja de
ser conhecido, (Mt 10:26,27;Mc4:22;Lc8:17;E/5:13)
A falta de perdão dos pecados encobertos suscita ajustiça
de Deus sobre os pecadores. Os terraços e a luz serão os
algozes daquilo que foi encoberto pelos homens: O lugar
alto e o lugar claro visto por todos, como a TV e outdoors. A
luzpodeserconsideradacomoumaprojeçãodenotícias
televisivas; os terraços falam de torres: rádios, internet,
etc. Jesus lembra que, ao construírem as sepulturas,
confessavam a execução dos profetas pelos seus pais
Lucas 12:3: Porquanto tudo o que em tre­
vas dissestes, à luz será ouvido; e o que sus­
surrastes ao pé do ouvido, a portas fechadas,
será proclamado sobre os terraços.
Não temer aquele que pode tocar apenas no corpo
Lucas 12:4: Mas, eu vos digo, amigos
meus: não temais os que matam o corpo e
depois não têm mais o que fazer, (jo i5:i4,is;
Mt 10:28-33)
Mas temeraquele que pode dar destino eterno à alma do
assassino no Inferno, o Lago de Fogo. Ele não está falando
do Hades, que naqueles dias ainda estava dividido
em três partes (Seio de Abraão, Lugar de Tormentos e
Abismo), para onde iam os justos, os ímpios e os espíritos
malignos presos, respectivamente. Ele estava falando
do Inferno, o Lago de Fogo, ainda não inaugurado, pois
somente quando o Anticristo e o Falso Profetaforem ali
lançados é que aquele lugarterrível será inaugurado. A
seguir, ele ensinará porque devemos temer a Deus:
Lucas 12:5: Eu vos mostrarei a quem de­
veis temer: tem ei Aquele que, depois de
matar, tem poder para lançar no Inferno
( “Geena 7/verdadeiramente vos digo, a ele
temei. (Hbio.eij
(1) Devemos temer a Deus porque ele sabe por quanto
se vendem cinco passarinhos no mercado: valor
equivalente à oferta de uma viúva, e jamais esquecerá de
um só passarinho - significando que ele não esquecerá de
nenhum de seus filhos
Lucas 12:6: Não se vendem cinco passari­
nhos por duas moedinhas? E nenhum deles
está esquecido diante de Deus.
(2) Devemos temer a Deus porque ele não somente sabe
os preços mais insignificantes do mercado, como ele sabe
quantos cabelos há na cabeça de cada homem na terra,
como se parecesse sem importância ao homem o número
de cabelos de sua cabeça. Significa que ele sabe o que vai
nos fazer falta a médio e a longo prazo
243
12:13
Lucas 12:7: E até os cabelos da vossa cabe­
ça estão todos contados. Não temais, pois Cj
valeis muito mais do que muitos passari­ D>
nhos. (Mt 12:12; Lc2 1:18; At27:34)
(3) Devemos temer a Deus demonstrando pela nossa
confissão diante dos homens, pois, em grande escala e
em grande celebração celestial seremos lembrados
Lucas 12:8: E eu vos digo que todo aquele
que me confessar diante dos homens, o Fi­
í/5
lho do homem também o confessará diante
dos anjos de Deus. (Mt 10:32; M c 8:38; 2 Tm 2: 12;
1Jo2:23)
(4) Devemos temer a Deus porque todas as coisas Q
negativas que realizamos contra Deus, Ele nos devolverá >
na dimensão da eternidade C/5
Lucas 12:9: Mas aquele que me negar dian­
te dos homens será negado diante dos anjos
de Deus.
(4) Devemos temer a Deus porque, embora o pecado
contra o Filho seja perdoado, a blasfêmia contra o
Espírito Santo não será perdoada. Blasfemar contra o
Espírito Santo é atribuir a Satanás a obra exclusiva do
Espírito Santo
Lucas 12:10: E a todo aquele que disser
uma palavra contra 0 Filho do homem, ser- >
lhe-á perdoada, mas aquele que blasfemar GO
contra 0 Espírito Santo não ser-lhe-á perdo­
ado. (Mt 12:31,32; Mc 3:28,2QJ
(5) Devemos temera Deus porque ele nos respaldará ç
com palavras de sabedoria e conhecimento o
inesperadas, quando as autoridades terrenas nos
questionarem; e o Espírito Santo estará em nossos GO
lábios nos momentos de provação
Lucas 12:11: E, quando vos conduzirem
perante as sinagogas, aos magistrados e po­
testades, não estejais cuidadosos de como O
>
ou o que haveis de responder, ou o que ha­
veis de dizer, m io - .w ; M c i3.-i i ; lc 21:14j
Mas esta bênção não está disponível para todos, somente
para aqueles que temem a Deus e o confessam diante dos
homens. Ler o comentário dos textos anteriores
O
Lucas 12:12: Porque o Espírito Santo vos >
ensinará naquela mesma hora o que vos C/5
convém dizer”. (Mti0:iQ-20)
Um aviso de juízo de morte a u m irmão avarento que
não sabia repartir, mas somente ajuntar: Morreria e não c
deixariaherdeiro constituído n
Lucas 12:13: E alguém do meio da multi- >
C/3
12:14
dão disse-lhe: “Mestre, dize a meu irmão
que reparta comigo aherança”.
Jesus não é o juiz nem o repartidor, ele é o altar de Deus,
é as primícias de Deus - mas o homem rico era avarento
demais para pensar no altar de Deus
Lucas 12:14: Mas ele lhe disse: “Homem,
quem me pôs a mim sobre vós por juiz ou
repartidor?” (Mq6:3;Rm2:l,3)
Aquele irmão cobiçava os bens do seu irmão, mas ele não
sabia que sobre os seus bens não repousava a bênção de
Deus, pois era infiel a Deus. A vida do homem consiste no
Deus que ele crê e a quem serve nesta vida
Lucas 12:15: Edisse-lhes: “Vede e guardai-
vos de toda sorte de cobiça; porque a vida
do homem não consiste na abundância dos
bens que ele possui”.
Uma colheita sem depósito no altar de Deus.
O efeito de uma colheita sem primícias
Lucas 12:16: E também propôs-lhes uma
parábola, dizendo: “O campo de um certo
homem rico havia produzido abundante­
mente.
Quando o empresário não tem onde recolher os seus
produtos e não tem um altar para oferecer o que não lhe
pertence, está prestes a morrer. O devorador ronda a
sua empresa, e, em uma noite dormirá e não acordará
na terra dos viventes. Esta deveria ser a sua grande
preocupação: Levítico 23:9,10: “E falou o Senhorjeová
a Moisés, dizendo: Dize aos filhos de Israel: Quando
tiverdes chegado à terra que eu vos prometi dar, ao
recolherdes a vossa colheita, trareis um ômer (“duzentos
e vinte e dois litros”) de espigas, os primeiros frutos (“as
primícias”) de vossa colheita, ao sacerdote”. Este texto
é um dos mais preciosos dentre aqueles que revelam
os princípios da ressurreição de Cristo! Observar que
o movimento da oferta (dando vida) é feito na manhã
seguinte ao sábado. Isto é, o movimento é feito no
domingo pela manhã, algo que revela claramente
os movimentos da ressurreição de Cristo, fato que
explica a razão pela qual era necessário queapedrado
sepulcro se movesse, mesmo que seu corpo pudesse
traspassá-la. Era necessário o movimento, e a pedra foi
um símbolo deste mover. Porque ele era as primícias
dos que dormem (1 Co 15:20), e como tal não poderia
sertocado por ninguém antes de sua apresentação
diante do Pai: Levítico 23:11: “Eele levantará as espigas
(“ômer”), balançando-as como oferta diante o Senhor
Jeová, para que vos seja propício (“aceito”). O sacerdote
a moverá na manhã seguinte do dia de descanso”. Assim,
como as ofertas de manjar (ou vegetal) acompanham
o sacrifício de um animal, as primícias também. Nada
poderia substituir o sangue derramado para expiação.
Levítico 23:12: “E no dia em que oferecerdes as espigas,
oferecereis em holocausto um cordeiro sem mancha, de
um ano, ao Senhorjeová”. A oferta vegetal, ou de manjar
com pão e vinho, é o tipo perfeito da Ceia do Senhor,
Lucas 12:20
pois eia sempre é apresentada com o sacrifício animal,
sendo ela uma oferta vegetal (de trigo); e, através dela,
podemos observar por que Jesus introduziu o pão e o
vinho na sua Ceia, na ocasião em que promulgou o Novo
Pacto de seu sangue. Jesus tinha entendimento perfeito
a respeito desta oferta. Esta oferta é um memorial da
Ceia realizada porCristo (Mt26:25-26), a outra oferta
de manjar (ou vegetal) já será tipo da Ceia do Senhor
realizada pelos apóstolos: Levítico 23:13: “E sua oferta
vegetal (“de manjares”) será de dois décimos de uma efa
(“quatro litros e quatro decilitros”) de farinha de trigo
amassada com azeite. Será oferta queimada de cheiro
agradável ao Senhorjeová, e a sua libação será de um
quarto de him (“três litros e sete decilitros”) de vinho”.
Primícias são primícias. Não podemos nos anteciparno
desfrutar de nossos benefícios sem termos cumprido
com o nosso dever diante de Deus. Somente nos pães das
primícias era permitido o uso do fermento. Levítico 2:12:
“Somente podereis oferecer com tais elementos, se for
oferta (“oblação") de primícias (“os primeiros frutos”),
mas jamais subirão ao altar como oferta queimada de
cheiro agradável ao Senhorjeová”: Levítico 23:14: “E
não comereis pão sem fermento, nem grão tostado, nem
espigas frescas, até este mesmo dia quando ofertardes
a oblação (“oferta de manjar”) diante de vosso Deus.
Será estatuto perpétuo para vossa posteridade em todas
vossas moradas”. O primeiro lugaronde ele deveria
recolher a sua produção era no altar de Deus. Homem
nenhum é rico para si mesmo, mas para glorificar a Deus
através da beneficência (2 Co 9:12,13)
Lucas 12:17: Eele discorria consigo mes­
mo, dizendo: Que farei? Porque eu não
tenho local onde recolher os meus frutos.
Todos os seus produtos e bens em um só lugar: total
controle de tudo. Ele teve o cuidado para construir
celeiros para os seus bens pensando no futuro, e
esqueceu do futuro de sua alma; deixou de oferecer-lhe
um lugar nas mansões celestiais
Lucas 12:18: Então ele disse: Farei isto:
Derrubarei os meus celeiros, e os reedifi­
carei mais amplos, e ali recolherei todos os
meus produtos e os meus bens;
Sua alma não tinha nada. Sua alma somente teria alguma
coisa se ele houvesse armazenado tesouro nos céus (Lc
16:9). O homem rico havia investido tudo: Deu à alma
o poder de desfrutar das coisas desta vida, e creu que os
bens armazenados eram eternos
Lucas 12:19: e eu direi à minha alma:
Alma, tens muitos bens armazenados para
muitos anos; repousa, come, bebe e rego-
zija-te! (1 Co 15:32;Ec 11:9; Tg5:51
O homem somente é dono do que tem enquanto
respirar
Lucas 12:20: Mas Deus lhe disse: Louco!
esta noite te requererão a tua alma ( “p s i ­
244
12:21 Lucas
q u e ”J ;e o que tens armazenado, de quem
S erá ? (Jr 17:1 l;Jó27:8;SI39:6j
Porque quando o homem entesoura para si mesmo não
é considerado rico diante de Deus? Porque nenhum
homem enriquece para si mesmo, mas para beneficência
aos outros (2C ol2:13-15). Quando o homem entesoura
para si mesmo vive como se fosse empregado de outros,
pois o espírito de avareza toma conta de tudo quanto tem
e o desvia do verdadeiro foco pelo qual Deus lhe deu as
riquezas. Rico para com Deus é todo aquele que faz de
suas riquezas motivo para glorificar a Deus
Lucas 12:21: Assim é aquele que para si
mesmo entesoura e não é rico para com
Deus”. (M tó :19-21;Lc 12:33)
Não estejais ansiosos: (1) pela vossa vida, (2) sobre o que
haveis de comer, (3) nem por causa de vosso corpo, (4)
sobre o que haveis de vestir. Uma pessoa pode ter todas
estas coisas sem estar satisfeita: Primeira consideração
a respeito da economia do povo de Deus, enquanto
a casa de Deus não é levantada. Depois, observem a
segunda consideração no final do livro (Ag2:15). Ageu
1:5: “Por isso, diz o Senhor dos exércitos, considerai
cuidadosamente os vossos caminhos”. Quando a casa
de Deus é deixada em segundo plano, e o reino de Deus
não é buscado em primeiro lugar, esses são os resultados:
semeia-se muito, colhe-se pouco. Come-se muito,
mas não há satisfação. Há bebida, mas não há quem se
sacie. Há muita vestimenta, mas não há conforto. Há
salário, mas não há realização. O problemanão é afalta,
mas a insatisfação. Não há miséria, há insatisfação,
há descontentamento. Ageu 1:6: “Semeais muito e
recolheis pouco; comeis, mas não vos satisfazeis; bebeis,
mas não vos saciais; vesti-vos, mas não vos aqueceis; e o
que recebe salário, recebe-o em uma bolsa furada”
Lucas 12:22: Depois disse a seus discípu­
los: “Portanto, vos digo: não estejais ansio­
sos pela vossa vida, sobre o que haveis de
comer, nem pelo corpo, sobre o que haveis
de vestir.
Não estejais ansiosos: (1) pela vossa vida, pois ela é
mais do que a (2) comida; (3) nem por causa de vosso
corpo, pois ele é mais do que o (4) os vestidos. Ele mostra
a importância da vida e do corpo sobre a comida e o
vestido. A comida e o vestido não podem ser o senhor da
vida e do corpo
Lucas 12:23: Porque avida é mais do que a
comida, e o corpo, mais do que as vestes.
A lição dos corvos: Eles não semeiam - então não
tem como oferecer primícias; eles não têm celeiro
como aquele rico que planejou construir celeiros e
morreu na mesma noite, nem despensa como Marta,
que andava distraída na sua cozinha. Mas, por que
Deus os alimenta? Porque todas as aves amanhecem
louvando a Deus. O louvor a Deus é o agradecimento
antecipado pelo seu sustento. Deus está obrigado a
alimentá-las por causa de seu culto diário de ação de
245
12:27
graças diário, quando amanhece o dia (Lc 12:20) .Jesus
Cristo usou os corvos como exem plo de medicina
contra a ansiedade. Justamente as mesmas aves que
sustentaram Elias. Em outras palavras, olhai para
os corvos que sustentaram Elias. Eles trouxeram
alimento fresco para Elias. Eles trouxeram as primícias
do seu alimento, antes que apodrecessem (1 Rs 17:6)1
Deus usou os corvos para mostrar que Deus conhece
os períodos de nossas necessidades e revelar que nós
valemos muito mais do que eles
Lucas 12:24: Considerai os corvos, que
nem semeiam, nem segam, os quais não
têm nem celeiro nem despensa, e Deus os
alimenta; quanto mais valeis vós do que as
a v e s ? 11038:411
A ansiedade não nos traz nenhum crescimento. A
ansiedade não pode nos ajudar com dois palmos no curso
de nossa vida
Lucas 12:25: Equal devós, por mais ansio­
so que esteja, pode acrescentar um côvado
( “q u a r e n ta e q u a tr o c e n tí m e tr o s e q u a tro
m ilí m e t r o s ”) ao curso de sua vida? / s m -s j
Deus sabe por quanto estásendo vendido cinco
passarinhos no mercado, sabe quantos fios de cabelos
temos, sabe quais são as necessidades dos corvos, que são
as coisas mínimas desta vida, as quais não conhecemos
e sobre as quais não temos nenhum interesse - como
podemos estar ansiosos nas coisas maiores?
Lucas 12:26: Pois se nem sequer as coisas
tão mínimas podeis fazer, por que estais an­
siosos pelas outras?
Não estejais ansiosos: (4) sobre o que haveis de vestir.
Como se vestem os lírios do campo. Eles não têm alfaiate,
mas tem grife. Quem os veste? Eles não trabalham nem
fiam, e Salomão não se vestiu como eles! A ansiedade não
tem poder para acrescentar nada em nós. Acrescente fé
em lugar da medida de um côvado ao curso de sua vida.
Mateus 6:27: “E a qual de vós, por mais ansioso que
esteja, poderá acrescentar um cúbico àmedida de vossa
vida?” Comovenceraansiedade quanto ao vestuário?
Crescer com uma missão: embelezar, ornamentar,
perfumar. Os lírios conhecem o seu Criador e a sua
missão na Terra. Os lírios sabem que sua passagem nesta
vida é por pouco tempo: Mateus 6:28,29: “E por que
andais ansiosos pela vossa vestimenta? Aprendei com
os lírios do campo, como eles crescem; e não trabalham
nem fiam; mas eu vos digo que nem Salomão, com toda a
sua glória, se vestiu assim como um deles” (1 Rs 10:4-7)
Lucas 12:27: Considerai os lírios, como
eles crescem; não trabalham, nem fiam;
mas eu vos digo que nem ainda Salomão,
em toda a sua glória, se vestiu como umde­
les. (1 Rs 10:4-7)
12:28
Deus veste aquele que sabe o valor de sua missão. As
ervas têm valor secas e não vivas. Elas salvam vidas na sua
morte. Os lírios sabem que nasceram para embelezar,
perfumar e ornamentar. E cumprem a sua missão quando
chegam à altura de quarenta e quatro centímetros e
quatro milímetros - Deus nos veste para cumprirmos a
nossa missão na terra e não para nossa vaidade
Lucas 12:28: E, se Deus assim veste a erva
que hoje está no campo, e amanhã é lançada
no forno, quanto mais a vós, ó homens de
pequena fé?
Busquemos cumprir a nossa missão e não o prêmio
antecipado de nossa missão ainda não realizada. Isto
é, não devemos beber nem comerse não cumprimos a
nossa missão
Lucas 12:29: Então, não andeis procuran­
do o que haveis de comer ou o que haveis de
beber, e não sejais de ânimo duvidoso.
O nosso Pai celestial sabe que precisamos de todas estas
coisas, mas ele espera que cumpramos a nossa missão:
Se somos como lírios, cresçamos um côvado pelo menos,
e que comecemos a embelezar o ambiente de nosso
mundo: que o façamos cheirar, que o ornamentemos;
com esta comprovação, seremos vestidos com
esplêndidas roupagens
Lucas 12:30: Porque os gentios ( “n a ç õ e s ”)
deste mundo procuram por todas essas coi­
sas; mas o vosso Pai sabe que tendes neces­
sidade delas. (Mt6:8)
Assim, observando todo o contexto, ele nos ensina que as
aves do céu e os lírios do campo buscam primeiramente o
Reino de Deus, todas as manhãs, e todas estas coisas: (1)
a vida, (2) a necessidade de alimento, (3) as necessidades
do crescimento do corpo, (4) anecessidade de se vestir-
todas estas coisas serão acrescentadas
Lucas 12:31: Antes, buscai primeiramente
o Reino de Deus, e todas essas coisas vos
serão acrescentadas.
Jesus ensina que não quersuprirapenas as necessidades
básicas do homem, mas quer dar-nos o seu Reino, se ele
perceber que o buscamos antes de qualquer coisa
Lucas 12:32: Não temais, pequeno reba­
nho, porque foi do agrado do Pai dar-vos o
R ein O . ILc22:29;Jo21:15■17!
Como buscar primeiramente o Reino de Deus? A igreja
primitiva viveu isto, dias antes da chegada do general
Tito. Nós estamos vivendo os dias que precedem a
chegada do arrebatamento da Igreja e da implantação do
reino do Anticristo. O mesmo que ele pediu para o jovem
rico está pedindo para no seu povo: Negociai vossas
riquezas e fazei amigos -isto é, ganhai almas para o
Reino (Lc 16:9): “Transformai vosso tesouro terreno em
tesouro celestial e duradouro. Fazei bolsas duradouras:
Lucas 12:36
Bolsas que poderão conter bens eternos ”. Como fazer
bolsas que possam conter bens eternos? Ao entregar as i
vasilhas para armazenar azeite, aquela vizinha estava
fazendo bolsas que conteriam bens duradouros. Ao
entregar os seus sete pães e dois peixinhos, aquele
menino estava fazendo bolsas que conteriam bens
eternos e que jamais se desgastariam. A beneficência é
uma doutrina desconhecida do povo de Deus, mas ela
é o caixa de câmbio de tesouro terreno em celestial (2
Co 12:13 -14). Ela produz glórias a Deus por aquele que
recebe seus benefícios; e este tesouro jamais se esgota e
jamais se rouba
Lucas 12:33: Vendei vossos bens, e fazei
beneficência. Fazei para vós bolsas que não
se desgastem, e um tesouro inesgotável nos
céus, onde o ladrão não alcança e nem a
traça destrói, (m i q:2i ;mc 6:20/
Porisso ele nos pede o tesouro, porque quando ele
é dado, com ele vai o coração, e é o coração que ele
realmente quer. Isto quer dizer que, ao pedir o nosso
tesouro, desejam esm oéo nosso coração
Lucas 12:34: Porque onde estiver o vosso
tesouro, ali estará também o vosso coração.
(Mtó:21)
Avinda do Reino: (1) Com os vossos lombos vestidos-Isto
é, prontos para a guerra (Ef 6:10-17), e (2) com as vossas
lâmpadas acesas-com o os cinco ministérios (as cinco
virgens): esperando a chegada do noivo (Mt 25:1 -16)
Lucas 12:35: Estejam sempre prontos,
com os vossos lombos cingidos, e com as
vossas lâmpadas acesas, fEfó.-i4;M t25:i i3; j
: Mc !3:33-37)
As cinco virgens estavam esperando o esposo; os servos
esperavam o seu senhor; os jovens com seus talentos
esperavam o seu investidor. As virgens estavam à porta
esperando o noivo tocar a porta; os servos esperarão o
seu senhor tocar a porta. São duas situações diferentes:
Uma referência ao arrebatamento da Igreja e à Segunda
Vinda literal, isto é, a dois acontecimentos diferentes (2
Ts 2:1). Quanto às virgens, devemos ler Mateus 25; mas
concernente aos servos, devemos comportar-nos como
quem aguarda o Senhorvoltar das bodas. Ora, de quem
ele está falando? Da nação de Israel. Pois ele voltará da
festa das bodas com a sua esposa, a Igreja. Os homens
que esperarão ele voltar das bodas são um tipo de Israel.
Se estes servos esperarão ele voltar das bodas, está claro
que ele voltará depois dos sete anos, nos quais a Igreja
passará com ele na Nova Jerusalém. Assim, ao voltar das
bodas, estará empreendendo a sua Segunda Vindaliteral,
quando tocará à porta, ocasião em que os seus servos a
abrirão, isto é, a nação de Israel
Lucas 12:36: Portai-vos semelhantes aos
homens que aguardam o seu senhor voltar
das bodas; para que, quando ele vier e tocar
246
 12:37
à porta, logo possam abrir-lhe.
Aqui ele quebraráo protocolo, pois ele mesmo disse:
“E, quem de vós que tenha um servo arando ou
apascentando gado, o qual, ao regressar do campo, lhe
diria, imediatamente: Chega-te e assenta-te para comer?
Mas não lhe diria, antes: Prepara a ceia para mim; cinge-te
e serve-me, até que tenha comido e bebido, e depois tu
comerás e beberás?” (Lc 17:7,8). Aqui, vemos que quando
ele voltare encontrar os seus servos comportando-se bem,
ele mesmo se cingirá e servirá à mesa!
Lucas 12:37: Benditos aqueles servos, aos
quais seu Senhor, quando vier, encontrá-los
vigiando. Verdadeiramente vos digo que
ele mesmo se cingirá, e os fará assentar à
mesa, e, chegando-se, os servirá. (Mt24:42,46;
| Lc 17:8;}o 13:4}
Estes servos terão uma grande surpresa. Estas serão
algumas das contradições maravilhosas do Reino. Na
primeira vigília, as virgens o esperavam (Mt25:1-6), mas
ele tardou para provar se elas tinham depósito de azeite.
Ele veio nasegunda vigília. Asegunda milha prova o
nosso carregamento de azeite
Lucas 12:38: E, se vier na segunda vigília
( “e n t r e 2 1 h o r a s e 2 4 h o r a s ”), ou na terceira
vigília ( “e n t r e O h o r a e 3 h o r a s d a m a d r u g a ­
d a ”) , e os achar assim, benditos serão aque­
les servos. flTs5:2-5j
Mais uma parábola que se refere à casa de Israel, pois
a segunda vinda de Cristo será como a chegada de um
ladrão -n ã o para a Igreja, mas para Israel (1 Ts 5:2-5)
Lucas 12:39: Mas sabei isto: se o pai de
família soubesse a que hora havia de vir o la­
drão, vigiaria e não deixaria forçar a entrada
de sua casa. (Mt24:43; 1 Ts5:2;2Pe3:10;Ap3:3; 16:15}
Agora, repentinamente, Jesus olha para os discípulos e
lhes fala como à Igreja: “Da mesma forma deveis”. Por
isto Paulo escreveu baseado nestas palavras (1 Ts 5:1-2,4)
Lucas 12:40: Da mesma forma deveis tam­
bém estar apercebidos; porque o Filho do
homem virá em uma hora que não pensais”.
(Mt24:44;25:13; Mc 13:33; Lc21:36j
Foi tão forte a mudança que somente Pedro percebeu,
pois ele estava mais acostumado às revelações do Pai.
EntãoJesus Cristo mudará o curso de sua palavra e
deixará de falar do pai de família e tratará do mordomo
fiel e prudente:
Lucas 12:41: E disse-lhe Pedro: “Senhor,
dizes esta parábola para nós ou também para
todos?”
O mordomo representa o corpo ministerial: Ele deve ser
LUCAS 12:47
fiel e prudente sobre os seus servos, tendo uma missão
poderosa: Dar pão a seu tempo aos seus servos
Lucas 12:42: Então o Senhor lhe disse:
j “Quem será, pois, o mordomo fiel e pru­
dente, a quem o seu senhor colocará sobre
os seus servos, para dar-lhes a seu tempo a
medida de trigo?/zcz-/q/
A condição da bênção é especial: Ele deve achar o seu
servo dando alimento (pão) a seu tempo. Sua ministração
da comunhão deve ser contínua e a seu tempo
Lucas 12:43: Bem-aventurado aquele ser­
vo a quem o seu senhor, quando vier, o achar
fazendo assim.
Aquele servo que dá alimento atempo será colocado
sobre todos os seus bens
Lucas 12:44: Verdadeiramente vos digo
que sobre todos os seus bens o colocará.
O falso corpo ministerial: Descrê da vinda iminente de
Cristo e espanca os seus criados (obreiros) e criadas
(igrejas), ao invés de lhes dar alimento a tempo. E começa
a comer o pão que deveria dar aos seus servos. E começa
a embriagar-se (fazer farra) com o vinho que pertencia
à mesa do Senhor: Uma fotografia exata de boa parte
dos obreiros de hoje, que depois de suas convenções,
confraternizações e realizações, deixam os seus servos
comendo uma comida que eles mesmos não querem
comer e saem para esbanjar os valores do Reino de Deus
nos restaurantes refinados
Lucas 12:45: Mas, se aquele servo disser
em seu coração: O meu senhor tarda em vir,
e começar a espancar os criados e criadas, e
a comer, e a beber, e a embriagar-se,
O arrebatamento para os seus ministros trará
recompensa, antes de tudo, para os fieis e para os infiéis.
Quem quiser ser servido quando ele voltar, deverá
ser achado fiel e servindo a tempo o alimento a seus
servos, e não nos bares, nem nos restaurantes refinados,
comemorando a desgraça de um colega de ministério.
Mas aquele mordomo que foi colocado para servirterá a
recompensa dos infiéis
Lucas 12:46: virá o senhor daquele ser­
vo no dia em que ele não o espera, e numa
hora que ele não sabe, e o açoitará com toda
severidade, e lhe dará a condenação que
recebem os infiéis.
O servo que conhece bem o gosto de seu Senhor, e
não se preparou para cumprir a sua vontade, receberá
açoites, e os açoites serão com agulhas, raio laser,
medicinas pesadas, UTI, e muitas outras chibatas,
para tentar salvá-lo em vida - porque muito lhe foi
confiado (alimento: pão e vinho)
Lucas 12:47: Eo servo que conhece a von-
247
 12:48
tade do seu senhor e não se preparou para
cumpri-la, nem fez conforme a sua vontade,
será castigado com muitos açoites. (Nm isso ;
; Dt25:2)
O servo que não faz a vontade de Deus, e não a conheceu,
não será imune aos açoites, porque não procurou
conhecera vontade de seu Senhor. Embora os açoites
sejam poucos, em comparação ao primeiro servo (v. 47)
Lucas 12:48: Todavia, aquele que não a co­
nheceu, e fez algo que mereça açoites, será
castigado com poucos açoites. Porque ao
que muito lhe for dado, muito se lhe exigirá,
e ao que muito se lhe confiou, muito mais se
lhe será pedirá. (Lv5:I7j
Que fogo é esse? O batismo com fogo. Ele mesmo
responde: O batismo do Pai. Este batismo imerge o
caráter do homem no Pai, e arde, e vai contra toda
mentira e impiedade que houver dentro da casa; toma o
seu batizando um profeta na sua casa- e por isso este será
odiado pelo mundo por causa da verdade
Lucas 12:49: Eu vim trazer fogo à terra, e
como eu queria que já estivesse ardendo!
O batismo com fogo: Algo que envolvia o caráter da
natureza do homem, o qual foi identificado em Cristo.
Cristo Jesus assumiu a natureza humana para batizá-la no
batismo do Pai. Ele nos batizou, nele mesmo, no fogo do
Pai. Ele se angustiava para que logo se cumprisse
Lucas 12:50: Eu ten ho, porém , um ba­
tismo com o qual serei batizado; e com o
me angustio até que se cumpra! (M t20:2;
Mc 10:38;Jo 12:27)
O batismo com fogo não gera paz, mas guerra e divisão,
pois quem é por ele batizado recebe o caráter de João
Batista e de Elias. Tolerância zero contra o pecado. Em
outras palavras, ele está dizendo: “Não me confundam
com o Anticristo”. O Anücristo iniciará o seu governo
dando paz à terra, mas sobre ele virá a destruição final
Lucas 12:51: Pensais que eu vim dar paz
à terra? Eu vos digo que não, mas, antes,
divisão. (Mt10:34-36;Lc 12:491
Quem são os cinco? (1) Guerra entre os ministérios, que
são cinco (Ef 4:11). Guerras entre os líderes religiosos.
Isto já é um sinal previsto e testemunhado em nossos
dias, entre lideranças que não se importam e causar
escândalo divulgando os seus maus testemunhos. (2)
Guerras políticas: Minorias contra a maioria e a maioria
contra s minorias. Fato comum em nossos dias
Lucas 12:52: Porque, daqui em diante,
estarão cinco divididos numa família: três
contra dois, e dois contra três.
(3) Guerras familiares: (a)Opaieamãe são um; (b) o filho;
LUCAS 12:59
(c) anora; (d) afilha; (d) ogenro. Eles representam uma
família. Mas esta família estáempédeguerrapor causa do
batismo com fogo. Entre o pai eo filho, um é batizado. Entre
a filha e a mãe, uma é batizada. Entre a nora e a sogra, uma é
batizada com fogo. Três contra dois e dois contra três!
Lucas 12:53:0 pai contra o filho, e o filho
I contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha
contra a mãe; a sogra contra a sua nora, e a
nora contra a sua sogra”. (M q7:6;M ti0:2ij
Lucas 12:54: E dizia também às multidões:
“Quando vedes que a nuvem se levanta do
Ocidente, logo dizeis: Vai chover; e assim
acontece. (Mti6.-2)
Lucas 12:5 5: E, quando sopra o vento do sul,
: dizeis: Fará calor; e assim acontece. m 20:i 2 )
Os sinais dos tempos devem serinterpretados mediante
os acontecimentos prévios, como as nuvens, como as
aparências diversas não comuns. Antes que todos os
acontecimentos escatológicos literais e originais se tomem
realidade em nossos dias, Deus enviará uma manifestação
prévia à semelhança daquele sinal, por causa de sua
misericórdia. Mas os homens não estão atentos a isso
Lucas 12:56: Hipócritas! Sabeis discernir a
aparência da terra e do céu; como não sabeis
discernir este tempo? (Mtió:3)
Todos os homens trazem dentro de si mesmos o bom
juízo; mas, por conveniência ou porvergonha, não
podem utilizá-lo de forma justa
Lucas 12:5 7: E também por que não julgais
por vós mesmos o que é justo?
Como resolver uma questão em litígio: negociando
Lucas 12:58: Quando fores com um adver­
sário ao magistrado, esforça-te para recon-
ciliar-te com ele no caminho; para que não
aconteça que te conduza ao juiz, e o juiz te
S
entregue ao policial, e o policial te ponha na
priSãO . (Mt5:25,26)
Convencido do erro, poderás ser livre do teu adversário
jáno caminho do tribunal, negociando; ou esperara
sentença de prisão, onde, ali, dependendo de outros,
será pago o possível e o impossível
Lucas 12:59: Eu te digo que não sairás dali
i enquanto não pagares o último centavo”.
(Mc 12:42)
Lucas, capítulo treze (13)
O sangue dos galileus derramado no altar juntamente com
os seus sacrifícios não foi suficiente para expiar os pecados
dos outros galileus, como o sangue do grande galileu de
248
13:1
Nazaré, Jesus Cristo, que morreu por toda a sua nação
Lucas 13:1: E estavam presentes naqueles
dias alguns que lhe contaram a respeito dos
galileus, cujo sangue Pilatos havia mistura­
do com seus sacrifícios. (M t27:2)
Aqueles galileus sofreram porque eram considerados
mais pecadores do que os seus irmãos. Jesus morrerá
inocente por todos os pecadores
Lucas 13:2: E ele, respondendo, disse-lhes:
“Porventura, pensais que esses galileus fo­
ram mais pecadores do que todos os galileus,
por terem sofrido todas estas coisas? /jo 9:2,3)
(1) Não haverá mártir que expie os pecados dos homens.
Deve ser um sacrifício expiatório, e não um martírio,
que transforma o mártir em herói, mas um sacrifício
que transforma o pecador em justo. A morte eterna dos
homens será inevitável, sem arrependimento dos pecados
Lucas 13:3: Eu vos digo que não; da m es­
ma maneira, todos vós perecereis, se não
vos arrependerdes.
Os acidentes não justificam o homem. Os acidentes
transformam homens em heróis, mas não transformam
o caráter do homem nem mudam o seu futuro. Dezoito
homens que morreram inocentemente não puderam
salvar os habitantes de Jerusalém da morte
Lucas 13:4: E aqueles dezoito sobre os
quais caiu a torre de Siloé e os matou, pen­
sais que eles foram mais culpados do que
todos os hom ens que habitam em Jerusa­
lém? (Lc 11:4)
(2) Observar que nenhum homem será imune ao juízo
de Deus, mesmo que tenha sido morto por acidente.
Acidente não retira a culpa do homem, a não ser o
arrependimento em vida na terra dos viventes
Lucas 13:5: Eu vos digo que não; antes, se
vós não vos arrependerdes, todos da mesma
formaperecereis”.
A figueira plantadana vinha: O que aquela figueira estava
fazendo no meio da vinha. Por que não estava plantada
em um figueiral? Esta parábola ilustra um tipo de pessoas
que crêem em Cristo, e, mesmo na fraqueza, vivem onde
a maioria das pessoas é contrária à sua fé. Esta situação
fala do descuido em produzir frutos sob esta justificativa:
“Eles são a minoria... ”. Esta parábola também mostra
que, a partir do momento em que recebemos a natureza
de Deus, devemos produzir frutos como filhos de
Deus, sem justificativa. Mas também Jesus mostra que
conhecia a lei do fruto incircunciso, segundo o que lemos
em Levítico 19:23. Aárvore deveria produzir o seu fruto
amargoso por três anos, e depois passaria a dar frutos
comestíveis, sem impurezas. O dono da vinha jáhavia
esperado o fruto daquela figueira por três anos, segundo a
Lucas 13:10
Lei, e não o havia encontrado
Lucas 13:6: Então pronunciou esta parábo­
la: “Certo homem tinha uma figueira plan­
tada na sua vinha; e veio procurar fruto nela
e não o achou. m2í:i9)
O dono da vinha autoriza o corte da figueira, pois ela
não deu frutos por três anos seguidos, mesmo sendo
amargosos (Lv 19:23). O dono da vinha autorizou o corte
dafigueira porque estava roubando a força da terra
que era tão útil para as vides. Observe que uma árvore
que não produz frutos pode tomar a terra infrutífera, pois
até mesmo um fruto amargo pode servir de adubo
Lucas 13:7: E disse ao vinhateiro: Eis que
já faz três anos que venho procurando fruto
nesta figueira, e não o encontro. Corta-a;
por que tornará a terra infrutífera? m 3:io;
7:!9;Lc3:9j
O vinhateiro é tipo do Espírito Santo. Ele intercedeu junto
ao dono da vinha. O Espírito Santo assume o nosso cuidado,
mediante o juízo de Deus nesta vida. Ele intercede por nós
diante de Deus. Ele também oferece uma explicação para a
esterilidade da figueira: Falta de adubo
Lucas 13:8: E o vinhateiro, respondeu-lhe,
disse: Senhor, deixa-a só também este ano,
até que eu cave ao redor dela e a esterque;
O Espírito Santo pediu um ano de oportunidade,
enquanto ela continuou ali só. O quarto ano é o ano da
oportunidade. Os primeiros anos são anos de frutos
amargos, que purificam a árvore (a empresa, a família,
os negócios, a terra, a árvore). O quarto ano é o ano da
oportunidade, de louvor e de santidade; o quinto é o
ano de desfrutar daquilo que se plantou. O sexto ano
é tempo de bênçãos tríplices; o sétimo ano é o ano da
consagração; o oitavo é o primeiro ano do novo ciclo; o
novo ano é o primeiro ano de prosperidade no novo ciclo
de sete anos, quando a colheita velha recebe a nova (Lv
19:23-25; 25:4,5; 20-23). Afigueira não deixará de dar
fruto se o grande vinhateiro cuidar dela. Agora surge
uma pergunta: Por que a outra figueirajesus amaldiçoou,
porém, com esta figueira ele foi compreensivo? Porque
a outra estava fora da cidade de Betânia, isto é, fora do
corpo; e esta, embora infrutífera, estava dentro da vinha,
dentro do corpo. Por isso ela foi poupada, pois sempre
haverá intercessorpara aquele que está no “hospital de
Deus”. Muitos são os doentes que caminham nas ruas
e não sabem que estão doentes; outros são os enfermos
que estão dentro do hospital
j Lucas 13:9: e, se der fruto, bem; mas, se
não, então mandarás cortá-la”.
Outro sinal no dia de sábado: Também na sinagoga.
Muitas vezes os templos são grandes esconderijos de
espíritos de enfermidades
Lucas 13:10: E estava ensinando em uma
das sinagogas em um dia de sábado.
249
i3:ii
Mais uma vezjesus faz questão de ensinar que a
maioria das pessoas sofre com algum tipo de espírito de
enfermidade. Esta mulher sofria continuamente com
um espírito de enfermidade por dezoito anos. Assim
como aquela mulher que sofreu uma hemorragia por
doze anos, esta sofria há dezoito anos. Aquele espírito
a mantinha encurvada, como todo poder das trevas
deseja mantero homem na posição de humilhação. São
muitas as pessoas que vivem encurvadas moralmente,
educacionalmente, espiritualmente e ministerialmente
- e de maneira nenhuma podem endireitar-se. Aquele
espírito a mantinha assim, da mesma forma como são
muitas as pessoas que estão encurvadas em alguma
área de sua vida. Todavia, o mesmo Jesus que curou esta
mulher pode curá-lo também
Lucas 13:11: E eis que estava ali uma m u­
lher que tinha um espírito de enfermidade
havia dezoito anos, e andava encurvada, e
não podia, de nenhum a maneira, endirei-
tar-se. (Lc13.-i6)
Na maioria das curas de Jesus, as pessoas tiveram de
oferecer adoração, culto, algum dom, algum presente,
alguma palavra, algum pedido. Aquela mulher não fez
nenhum pedido, não lhe disse que queria ser curada.
Ela não fez nada. A sua posição era sempre de cabeça
baixa, não tinha chance de nada. Estar na sinagoga já
era uma grande bênção para ela. Mas ela merecia mais.
Por que Jesus acurou? Porque ela era uma adoradora
em potencial, mas estava impedida de glorificar a Deus.
Então, o que ela fez para ser curada: Apenas foi atéjesus -
obedeceu ao seu chamado
Lucas 13:12: E, ao vê-la, Jesus chamou-a
a si, e disse-lhe: “Mulher, estás livre da tua
enfermidade”.
A imposição de mãos de Jesus sobre ela a livrou daquele
espírito de enfermidade. Ele foi vencido e ela voltou a ser
como era antes. Mais de noventa por cento das pessoas
sofrem enfermidades falsas, causados por espíritos de
enfermidade que fazem do corpo da pessoa um casulo,
uma residência. Mas Jesus a livrou daquela enfermidade,
como está disposto a livrar aquele que ouvir o seu
chamado e dirigir-se a ele para receber o seu toque. Todas
as pessoas que se endireitam e voltam ao seu estado
natural glorificam a Deus. Somente glorifica a Deus
quem está curado e na posição de domínio. Quando não
glorificamos no início, o glorificamos
Lucas 13:13: E impôs as mãos sobre ela e,
instantaneamente, se endireitou e glorifica­
va a Deus. !Mt5:23;6:5; 16:18)
Imaginemos a indignação do dirigente da sinagoga:
Ele deveria estarfeliz porque Jesus veio pregar nasua
congregação, por que Deus havia se manifestado no seu
culto. Ele estava indignado por quejesus participou no seu
culto. Por outro lado, aquele homem estava contradizendo
o que alei dizia sobre os necessitados: Que o sábado não
era para os necessitados; quando, na verdade, o Sábado
erapara todos aqueles que não tinham direito aqualquer
Lucas i 3:1 ó
bem durante a semana (Êx 23:12). Erajustamente no dia
de sábado que os estrangeiros, camponeses e peregrinos
tinham direito ao alimento e ao descanso. Quando eles
poderiam vir, segundo o dirigente da congregação? Eles
poderiam vir no sábado, e não durante a semana, pois
trabalhavam. O dia de culto era sábado
Lucas 13:14: Mas, o chefe da sinagoga,
tomando a palavra, indignado porque Jesus
curava no sábado, disse à multidão: “Seis
dias há em que se deve trabalhar; nestes,
podeis vir para serdes curados e não no dia
desábado”. (Êx20:Q;Mt 12:10;Lcó:7; 14:3)
O dirigente da congregação foi chamado de hipócrita por
Jesus. Jesus comparou aquela mulher, já livre, ao jumento
que, na comparação, deveria sair da manjedoura para
beberágua do rio. Como tendo nascido namanjedoura,
ele sabia o valor da liberdade, desde aquele dia em
que saiu da manjedoura para Nazaré, levado por sua
mãe e seu pai adotivo. Quantos jamais saíram da sua
manjedoura e nunca experimentaram a liberdade do
campo, mesmo tendo crescido? Aquele jumento que
estava acostumado a beber no balde, agora será levado ao
rio, desfrutando a liberdade das muitas águas. Ele deixou
de beber no caneco, para beber na fonte!
Lucas 13:15: Então, o Senhor lhe respon­
deu, dizendo: “Hipócrita! Não desprende
da manjedoura cada um de vós o seu boi
ou seu jumento no sábado e não o leva a
j beber? (Lc7:13; 14:S;Mt 12:11,12)
Como os espíritos de enfermidade mantém as pessoas
presas? Com ligadura - a ligadura das leis da religiosidade
humana; ligaduras que perduram por muitos anos.
Jesus veio e rompeu aquelas ligaduras, dentro de sua
congregação. E ela tornou-se um problema nos cultos
daquele dirigente hipócrita, pois agora ela não estaria
olhando para o chão, mas para o púlpito. O dirigente
da congregação sentia-se o dono da vinha, ejesus o
vinhateiro. O dia de sábado também é dia de libertação; é
dia de acabar com o descanso de Satanás, o qual domina
vidas preciosas dentro das congregações
Lucas 13:16: Porventura, esta mulher, sen­
do filha de Abraão, não deveria ser solta desta
prisão, no dia de sábado, a quem, há dezoito
anos, Satanás mantinha presa?” ílciq.-o/
Quais eram os adversários da cura? Quais foram
os adversários daquela mulher que foram
envergonhados? ( 1 ) 0 primeiro adversário daquela
mulher era o seu próprio ministro, ministro hipócrita
que, pelo seu legalismo, impedia a bênção daqueles
que criam. Mas todos os demais foram envergonhados.
(2) A insensibilidade das pessoas de sua congregação,
as quais se acostumaram com a sua enfermidade. (3)
Satanás e o espírito de enfermidade que se alojou
nas suas costas. (4) Os seus muitos adversários. A
realização de um milagre levou muitas pessoas a
250
13:17
glorificarem a Deus
Lucas 13:17: E, dizendo ele isso, todos os
seus adversários ficaram envergonhados, e
todo o povo se regozijava por todas as coisas
gloriosas que eram feitas por ele.
(1) As comparações ao Reino de Deus: Jesus amava as
comparações - aos bens duráveis
Lucas 13:18: E lhes dizia: “A que é sem e­
lhante o Reino de Deus, e com que o com­
pararei?
No lugar de plantas rasteiras e temporais ele resolveu
plantar uma árvore duradoura e útil. A horta era
lugar de alface e outros legumes rasteiros e
temporários. Mas chegou o tempo em que ele
resolveu plantar soluções duráveis
Lucas 13:19: É semelhante ao grão de mos­
tarda que um hom em tomou e o lançou em
sua horta; e cresceu, e tornou-se em uma
grande árvore; e as aves do céu se aninha­
vam em seus ramos”.
(2) As comparações ao Reino de Deus:Jesus amava as
comparações - atitudes que fermentam para o futuro
Lucas 13:20: E lhes disse outra vez: “Aque
compararei o Reino de Deus?
Os três elementos do Reino de Deus são as nações, Israel
e a Igreja- retirada dos dois elementos. Cada um desses
elementos terá o seu tempo para levedar a massa. As
nações começaram primeiro, mas rejeitaram o Espírito
Santo (Gn 6:3). Terão nova oportunidade no Reino
milenar de Cristo. Israel também teve asua oportunidade,
mas rejeitou o Santo Espírito. No entanto, terá a sua
oportunidade na última semana de Daniel. Agora, na
Dispensação da Graça de Deus, a Igreja está vivendo a
fermentação do Espírito Santo, e a seguir será tirada
Lucas 13:21: É semelhante ao fermento
que uma mulher tomou e o encobriu em
três medidas de farinha, até que tudo ficou
levedado”.
O exemplo do ministério evangelizador de Cristo
Lucas 13:22: E passava por cidades e al­
deias, ensinando e caminhando para Jeru­
salém. (Lc 9:51,53; 17:11; 19:28}
O buraco da agulha não aceita quem traz as fazendas
e as riquezas sem santificá-las no Reino de Deus.
Assim como a mulher de Ló, muitos não alcançam
o Reino de Deus por causa de sua avareza
Lucas 13:23: E alguém lhe disse: “Senhor,
são poucos os que se salvam?” Então, ele
lhes respondeu:
A porta estreita equivale ao mesmo buraco da agulha
Lucas 13:27
por onde muitos não podem passar. São muitos os que
procuram passar porela, mas não conseguem, porque
devem soltaro fardo que trazem
Lucas 13:24: “Esforçai-vos por entrar
pela porta estreita, porque eu vos digo
que m uitos procurarão entrar e não po­
derão. /Mt7:13J
Estes são os servos que espancaram os servos e as servas,
e foram embebedar-se nos prazeres deste mundo. O
pai de família veio à sua fazenda e eles ficaram de fora:
O falso corpo ministerial: Descrê da vinda iminente de
Cristo e espanca os seus criados (obreiros) e criadas
(igrejas), ao invés de lhes dar alimento a tempo. E começa
acom eropãoque deveria dar a seus servos. E começa
a embriagar-se (fazer farra) com o vinho que pertencia
à mesa do Senhor! Uma fotografia exata de boa parte
dos obreiros de hoje, que depois de suas convenções,
confraternizações, e realizações, deixam os seus servos
comendo uma comida que eles mesmos não querem
com eresaem a esbanjar os valores do Reino de Deus
nos restaurantes refinados: Lucas 12:45: “Mas se aquele
servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em
vir; e começar a espancar os criados e criadas, e a comer,
e a beber, e a embriagar-se”. O arrebatamento para
os seus ministros trará recompensa, antes de tudo,
para os fiéis e para os infiéis. Quem quiserser servido
quando ele voltar, deverá ser achado fieleservindoa
tempo o alimento a seus servos, e não nos bares, nem
nos restaurantes refinados, comemorando a desgraça
de um colega de ministério. Mas aquele mordomo que
foi colocado para servir terá a recompensa dos infiéis:
Lucas 12:46: “Virá o senhor daquele servo no dia em
que ele não o espera, e a uma hora que ele não sabe; e o
açoitará com toda severidade, e lhe dará a condenação
que recebem os infiéis”. Este texto é apropriado para a
admoestação dos obreiros da iniqüidade
Lucas 13:25: Uma vez que o pai de família
já tiver se levantado, e fechado a porta e
vós, estando de fora, começardes a bater
à porta, dizendo: Senhor, abre-nos, ele vos
responderá: Não vos conheço nem sei de
Onde S0ÍS. (Mt25:10-12; 7:23}
Os obreiros da iniquidade reivindicam que estiveram
também na Ceia do Senhor e as praças simbolizam os
seus falsos e enfraquecidos ministérios
Lucas 13:26: Então, começareis a dizer:
Em tua presença temos comido e bebido, e
tu tens ensinado nas nossas praças.
Os obreiros da iniqüidade não serão reconhecidos por
Cristo
Lucas 13:27: Então, ele vos dirá: Digo-
vos que não sei de onde sois; apartai-vos
de mim, todos vós, obreiros da iniqüida­
de. (M l 7:23;25:41}
251
13:28
Ele falava dos tempos em que o Seio de Abraão erano
Hades, e os ímpios, do lugar de tormentos, podiam
avistar os justos em delícia, enquanto eles sofriam o
resultado de suas condenações. Depois que os justos
foram transportadosparaaNovaJerusalém, osímpios
ainda continuaram a ser lançados no lugar de tormentos,
no Hades, de onde serão tirados para ser ressuscitados e
julgados diantedoTrono Branco, e depois serão lançados
no verdadeiro inferno, o Lago de Fogo
Lucas 13:28: Ali haverá choro e ranger
de dentes, quando virdes Abraão, e Isa-
que, e Jacó, e todos os profetas, no Reino
de Deus, enquanto vós mesm os, lançados
f o r a . (Mt 8:11,12)
No Reino milenar de Cristo, ainda na terra, no transcurso
dos mil anos sabáticos da terra, as nações salvas da terra
experimentarão o governo de Deus e o seu Reino, o qual
será estabelecido na terra; mas a Igreja estará na Nova
Jerusalém, de onde ministrará as ordens de Cristo (SI 46;
Hb 12:22-14)
Lucas 13:29: E virão do Oriente, e do Oci­
dente, e do Norte, e do Sul e se assentarão à
mesa no Reino de Deus. (Mt 19:30)
Assim, as nações, que experimentarão o Reino de Deus,
por último, saberão o significado deste provérbio
Lucas 13:30: E eis que há derradeiros que
serão primeiros; e há primeiros que serão
derradeiros”. m 1 9.30,-Mc 10131)
Jesus sabia que os dias de sua morte estavam se
aproximando, e muitas eram as suas provações, para que
ele não bebesse o seu cálice e não fosse batizado com
aquele batismo. Jerusalém era o lugar do Cordeiro
Lucas 13:31: E, naquele mesmo dia, chega­
ram certos fariseus e lhe diziam: “Sai e retira-
te daqui, porque Herodes quer matar-te”.
Jesus mostra que as suas curas não estavam limitadas a seu
tempo: Hoje e amanhã. Fala da sua obra em seus dias e do
poder da sua morte e ressurreição. Ele sabia que o dia da
sua consumação o fazia perfeito, pois o seu corpo chegaria
a seu estado de perfeição. Ele também mostra que quem
realiza curae libertação de demônios ainda não é perfeito,
mas está a caminho da perfeição, a qual consuma toda
fraqueza humana, tal como a perenidade davida.Por
causa destas palavras Herodes lhe pedirá que realize
algum sinal, istoé, quandojesusestiversendo julgado por
ele. Masjesus estava dando testemunho de seu sacerdócio
perfeito, no terceiro dia, isto é, no diada sua ressurreição
Lucas 13:32: Então, ele lhes respondeu:
“Ide e dizei a esta raposa: Eis que eu e x ­
pulso d em ôn ios e realizo curas, hoje e
amanhã, e, no terceiro dia, serei aperfei­
çoado. (Hb2:10;7:28)
Seu aspecto era de quem ia paraJerusalém. Várias
LUCAS 14:1
barreiras se apresentaram no caminho. Mas ele
precisava caminhar até ao terceiro dia sem se distrair.
Jerusalém era a sua meta. Todos os verdadeiros profetas
morriam em Jerusalém. Ele sabia que o altar estava ali.
Ele estava falando em três dias: Da sexta-feira de sua
morte, do sábado de seu sepultamento e da ascensão,
depois do domingo de ressurreição
Lucas 13:33: É necessário que, hoje, ama­
nhã e depois de amanhã, devo seguir o meu
caminho; porque não convém que um pro­
feta pereça fora de Jerusalém.
Jerusalém era a grande vinha cercada com a sua sebe,
com o seu lagar e a sua torre. Avinha arrendada que
matava os seus cobradores estava ali. Agora os posseiros
da vinham matariam o herdeiro da vinha que lhes havia
sido arrendada. Jerusalém, onde os seus pintinhos eram
rebeldes, não queria a cobertura de seu progenitor. Eles
rejeitaram o esconderijo do Altíssimo (SI 91)
Lucas 13:34: Jerusalém, Jerusalém, que
matas os profetas e apedrejas os que a ti são
enviados! Quantas vezes eu quis reunir os
teus filhos, como a galinha reúne os seus
pintinhos debaixo de suas asas? Mas não
quiseste! m 23.37-39; lc io -ai )
Esta profecia teve sentido duplo. Um sentido histórico,
dando cumprimento ao Salmo 118:26-27, que fala
da exaltação dos povos e a sua entrega no altar para
morrer; e outro que fala da sua entrada triunfal e
profética, na sua segunda vinda, quando entrar em
Jerusalém terrena para reinar
Lucas 13:35: Eis que a vossa casa vos será
deixada deserta. Verdadeiramente vos digo
que não me vereis mais até ao tempo em que
direis: Bendito aquele que vem em nome d o
Senhor”. (SI 118:2ó;Mt21:9;Lc 19:38/
Lucas, capítulo quatorze (14)
Estar na casa de um fariseu era sempre um grande desafio
parajesus. Em outro encontro, o fariseu não o beijou,
não lhe ofereceu toalha, não o ungiu; agora, este fariseu
o convida em um dia de sábado, mas o tal preparava-lhe
uma armadilha. Masjesus Cristo conhecia as intenções
de homens como este
Lucas 14:1: E aconteceu que, ao entrar na
casa de um dos principais dos fariseus, em
um sábado, para comer pão, eles o observa­
vam dissimuladamente.
O homem hidrópico erá um tipo de cada um deles.
Todos estavam inchados. A retenção hídrica era um
tipo de egoísmo. Enquanto o Senhor Jesus queria que
os seus discípulos experimentassem o fluir de águas
vivas de seu interior, eles queriam evitar este fluir. As
252
14:2
pessoas que sofrem de retenção hídrica procuram
sempre açúcares e sais. Estas pessoas buscam
sempre o doce e o salgado. Mas a cura requer que se
evite o uso de alimentos açucarados ou salgados ou
condimentados. As pessoas inchadas, orgulhosas,
gostam de temperos, de honrarias, de saudações, de
reconhecimento público! A retenção hídrica, que
conduz ao inchaço (tipo da presunção, do orgulho),
pode ser um sintoma de algum problema cardíaco,
ou renal e, até mesmo, hepático. Pessoas orgulhosas
têm problemas em órgãos vitais e não sentem dores. O
orgulho mata sem aviso prévio
Lucas 14:2: E eis que ali estava um certo
homem hidrópico ( “com acumulação anor­
m al d e líquido no corpo ”) diante dele.
Reter não é a missão do homem. Amissãodohomem
é fluir (Jo 7:37-39). Se o homem retém alguma das
suas virtudes é porque algum de seus órgãos vitais não
funciona bem. O sábado é o dia mais propício da cura,
pois toda cura demanda descanso e quietude. Eles
sabiam disso
Lucas 14:3: E Jesus, ao tomar a palavra,
falou aos doutores da Lei e aos fariseus, di­
zendo: “É lícito curar no sábado ou não?”
IMt 12:] 0; Mc 3:4; Lc 0:9}
O silêncio de hospital inspirou o Médico dos médicos
Lucas 14:4: Eles se calaram. Então o to­
mou, curou-o e o despediu.
Jesus o curou e o despediu, e depois explicou por
que o curou: ele comparou o homem enfermo a um
jumento - importante meio de transporte, e a um
boi - importante meio de suprimento. Ele ensina que
o Sábado não pode ser uma ameaça para o futuro do
homem. Se o meu temor do dia de sábado impedir o
meu amanhã, é uma prova cabal de que não sei por que
celebro o sábado! Segundo a Lei, o sábado é descanso,
inclusive para o animal (Êx 23:12). Assim, Jesus estava
ensinando que o sábado foi criado para dar descanso
aquele que não tinha direito ao mesmo durante uma
semana; logo, o sábado é um tipo da Graça de Deus que
alcança aqueles que não têm privilégio nenhum
Lucas 14:5: E disse-lhes: “Qual de vós que
tendo um jumento ou um boi que, ao cair
em um poço num dia de sábado, não o tira­
ria imediatamente?” íêx23:5;lci3.-is)
Como contestar a Verdade?
Lucas 14:6: E não podiam responder a es­
sas coisas.
Todas estas palavras resultaram do comportamento das
pessoas que estavam reunidas na casa do fariseu: Como
elas escolhiam os primeiros assentos. Aquele homem
hidrópico foi uma dessas
Lucas 14:7: Então pronunciou uma pa­
LUCAS 14:12
rábola aos convidados, observando como
escolhiam os primeiros assentos, dizendo-
lhes: (Mt23:6)
A distinção entre Israel e a Igreja- o convidado mais
digno do que o outro (w. 8,9). Como os últimos serão os
primeiros e os primeiros serão os últimos
Lucas 14:8: “Quando fores convidado por
alguém às bodas, não te assentes no lugar de
honra; não aconteça que outro com maior
distinção do que tu tenha sido convidado
porei e; (Pv25:ó,7j
A entrada da Igreja no cenário universal,
como esposa de Cristo (Ap 21)
Lucas 14:9: e, vindo aquele que te con­
vidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este;
e então, com vergonha, terás de ocupar o
1 último lugar.
O chamado da Igreja à Novajerusalém, e sua posição ao
lado do Cordeiro de Deus (Ap 3:2 i ), o lugar mais alto.
Aquela que não era contada, a rejeitada, a última
Lucas 14:10: Antes, quando fores convida­
do, vai e assenta-te no último lugar, para que,
quando vier aquele que te convidou, te diga:
Amigo, sobe aqui para um lugar melhor. En­
tão terás honra na presença dos convidados
que estiverem contigo à mesa. ípv25:ó,7/
Observe que o homem hidrópico não ficou na ceia. Foi
curado e despedido. Ele perdeu o seu lugar à mesa
Lucas 14:11: Porquanto todo aquele que
a si m esm o se exaltar, será humilhado, e
aquele que a si mesm o se humilhar, será
exaltado”. (Mt23:12;Lc 18:14;Tg4:ó; 1PeS:5,6j
O sentido era mostrar que qualquer celebração que
tivesse como objetivo mostrar o poder econômico nas
colunas sociais eliminava o galardão a ser dado por
Deus: Era edificar com madeira, feno e palha, cujo
material o fogo destruiria facilmente. A recompensa
dada como retorno roubava o galardão daquele que
se sacrificava em oferecer a ceia àqueles quatro tipos
de pessoas. Toda recompensa humana nos rouba a
recompensa divina
Lucas 14:12: Então disse também àque­
le o havia convidado: “Quando ofereceres
! um jantar ou uma ceia, não chames os teus
amigos, nem os teus irmãos, nem os teus pa­
rentes, nem os teus vizinhos ricos; para que
j não aconteça que eles também tornem a te
convidar, e este ato te seja recompensado.
 14:13
Este foi o grande exemplo que o Senhor Deus nos deu
ao rejeitar os convidados dignos que não eram dignos e
a ordenar que trouxessem à sua grande ceia os pobres,
os mancos, os coxos e os cegos em lugar dos amigos,
vizinhos, irmãos e parentes
Lucas 14:13: Mas, quando fizeres um
banquete, chama os pobres, os mancos, os
coxos e os cegos, a.c i4.-2n
Galardões que serão dados depois da ressurreição
dos j ustos: Recompensa por ter feito o bem aos
necessitados. Uma antevisão do Tribunal de Cristo, logo
a seguirão arrebatamento da Igreja. Eles não poderão
roubar-nos a recompensa celestial. A ressurreição
dos justos mostrará as grandes fortunas que estão
acumuladas para aqueies que foram privados de
recompensas terrenas (1 Co 15:37-44)
Lucas 14:14: e serás bem-aventurado; por­
que eles não têm com que recompensar-te;
mas este ato te será recompensado na res­
surreição dos justos”.
Na mesa do Reino de Deus não
haverá fariseus assentados
Lucas 14:15: E um d aqueles que estavam
com ele à mesa, ouvindo isto, disse-lhe:
“Bem-aventurado o que comer pão no Rei­
no de Deus”./ a»/v-v
Os irmãos, parentes, amigos e vizinhos
Lucas 14:16: Mas ele respondeu: “Certo
homem fez uma grande ceia, e convidou a
muitOS. (Mt22:2;
Convidados aos quais se insiste para
que venham, não são dignos
Lucas 14:17: E, na hora da ceia, mandou o
seu servo dizer aos convidados: Vinde, pois
tudo já está preparado, (m .-zsj
A primeira desculpa: Quem compra um
campo sem vê-lo primeiro?
Lucas 14:18: E todos à uma começaram a
desculpar-se. E o primeiro lhe disse: Com­
prei um campo, e tenho necessidade de ir
vê-lo; rogo-te que m e desculpes.
A segunda desculpa: Quem compra juntas de
bois sem antes examiná-las?
Lucas 14:19: E outro disse: Comprei cinco
juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-
I te que me desculpes.
A terceira desculpa: Quem acaba de se casar
e não querirà festa?
Lucas 14:20: E outro disse: Acabo de casar-
LUCAS 14:25
me e, portanto, não posso ir. m 24:5; i co7.-33j
Aquilo que estava preparado para Israel, agora está
sendo dado aos “jum entos” e aos “bois” que caíram
no poço. Aquilo que estava preparado para aquele que
não transgrediu, está sendo oferecido ao ex-pródigo.
Aquilo que estava preparado para os ricos, está sendo
dado aos pobres. Aquilo que estava preparado para
os vizinhos, está sendo oferecido aos cegos. Aquilo
que estava preparado para os parentes, está sendo
oferecido para os mancos; aquilo que estava preparado
para os irmãos, está sendo oferecido para os coxos.
Esta é a grande missão do Evangelho da Graça de
Deus - assim como fizeram os ginetes dos dias de
Mardoqueu e Ester, para dar a conhecer o novo decreto
do Rei - o decreto de autodefesa contra o inimigo
Lucas 14:21: E aquele servo, ao voltar,
fez saber estas coisas ao seu senhor. Então
irou-se o pai de família, e disse ao seu servo:
Sai apressadamente pelas ruas e praças da
cidade, e traze aqui os pobres, os mancos,
os cegos e os coxos, (u i4.-i3j
Observe como os irmãos, os parentes, os vizinhos
e os amigos ocupam todos os lugares! Observe
que mesmo que todos os pobres, cegos, coxos e
mancos viessem , ainda haveria lugar! Observe
como são hospitaleiros os necessitados e como são
exclusivistas os demais
Lucas 14:22: Então o servo disse: Senhor,
feito está como mandaste, e ainda há lugar.
Enquanto houver lugar, o pai de família não
começará a ceia! Esta ceia é tipo das bodas do
Cordeiro. A Novajerusalém receberá a todos os
convidados da Graça. Alguns virão sob o poder
de muito esforço, pois há m uitos necessitados
orgulhosos e inchados
Lucas 14:23: E disse o senhor ao servo: Sai
pelos caminhos e pelos valados, e força-os a
entrar, para que a minha casa se encha.
A ceia do Senhor será vedada para os sãos, para
os que “jamais transgrediram”, para os inchados.
O irmão do ex-pródigo não quis entrar na festa da
ressurreição de seu irmão
Lucas 14:24: Porque eu vos digo que ne­
nhum daqueles homens que foram convida­
dos provará da minha ceia”. /Mt2i.-43;At i 3.-4óí
Qual era o preço que ele exigia para quem quisesse
entrar na sua casa e cear com ele?
Lucas 14:25: E uma grande multidão ia
com ele, acompanhando-o; e ele, virando-
se, disse-lhe: (Mti0:37,38j
(A) Primeira condição para ser discípulo de Cristo:
A má interpretação deste texto justificava a atitude
grosseira de determinadas pessoas que chegaram
254
14:26
a odiar as pessoas de sua família em nome do
Evangelho. Mas o sentido é o mesmo de Mateus
10:37, isto é, amar mais o pai, a mãe, a mulher, os
filhos do que ele. Mas se a pessoa deixar no altar
qualquer tipo de amor que queira sobrepujar o amor a
Deus, poderá serseu discípulo
Lucas 14:26: “Se alguém vier a mim e
não desapegar-se de seu pai, de sua mãe,
e de sua mulher, e de seus filhos, e de seus
irmãos, e de suas irmãs, e ainda também de
sua própria vida, não pode ser meu discípu­
lo. (Lc9:57;Jo 12:25]
(B) Segunda condição para ser discípulo de Cristo: Levar
a sua cruze seguir após Cristo. Mas se a pessoa decidir
seguir a Cristo sem a sua cruz, não será considerada um
discípulo: “...e vier após mim”
Lucas 14:27: E aquele que não levar a sua
cruz e vier após mim, não pode ser meu dis­
cípulo. (Mt 10:38; 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23]
(1) Não basta levar a cruz, é preciso levá-la até o fim. Não
basta levar a cruz, é preciso levá-la calcular os gastos
da caminhada. Levar a cruz até o fim é equivalente a
construir uma torre; abandoná-la é como não terminá-
la. Levar a cruz é construir um marco de testemunho
para muitas gerações. (2) Não basta seguir a Cristo, é
necessário levar consigo a cruz
Lucas 14:28: Pois qual de vós, querendo
edificar uma torre, não se senta primeiro a
calcular os gastos, para ver se tem com que
terminá-la?
Abandonar a cruz é motivo de zombaria
Lucas 14:29: Não aconteça que, havendo
lançado os alicerces e não podendo terminá-
la, todos os que a vejam com ecem a escar­
necer dele,
Levar a cruz até o fim é terminar de
construir uma torre, um marco
Lucas 14:30: dizendo: Este hom em não
pôde terminar o que com eçou a edificar.
(3) Levar a cruz equivale a um enfrentamento numa
guerra onde os preparativos devem ser bem supridos,
mesmo quando se sabe que a provisão é menor do
que a necessidade. (4) Levar a cruz é enfrentar uma
batalha onde o exército oponente é maior do que o do
com petente, isto é, quando o oponente tem o dobro
das forças. Mas também é dizer “não” na batalha
contra o orgulho, e dizer sim à renúncia
Lucas 14:31: Ou qual é o rei que, estando
a ponto de sair à guerra para batalhar contra
outro rei, não se senta primeiro para tomar
conselho e examinar se é possível enfrentar
Lucas 15:2
com dez mil aquele que vem ao seu encon­
tro com vinte mil?
(5) As condições de paz exigem rendição,
renúncia, perda e negociação. Há perda.
Isto é seguir a Cristo e levar a cruz
Lucas 14:32: Ou se não, enquanto o outro
ainda está longe, envia embaixadores e pede
condições de paz.
(C) Terceira condição para ser discípulo de Cristo:
Renúncia a tudo quanto possui. Nos casos citados
por Jesus, na construção da torre e da preparação
para a batalha, exige-se renúncia de muitas coisas
supérfluas
Lucas 14:33: Assim, pois, qualquer um de
vós que não renuncia a tudo quanto possui
não pode ser meu discípulo. ílc i 8:29,30;fP3:7:
Hb 11:26]
(3) Levar a cruz é manter o mesmo sabor de quando se
começou, sem ficar insípido; é manter o testemunho, a
mesma alegria da salvação, o mesmo gozo do Espírito
Santo. Se o sal perder oseusabor, quem o temperará?
Quem quiser restaurá-lo inutilmente, dirá: “Vamos
temperar o sal...”. Há pessoas que são fundamentais no
estabelecimento do fundamento da fé de outras pessoas:
Não podem jamais perder o sabor isto é, a graça, a fé, a
esperança e a perseverança
Lucas 14:34: Bom é o sal; mas, se o sal per­
der o seu sabor, com que ele mesmo será
temperado? (m s :13;mc q.so]
Aquele que não mantém o seu sabor para nada servirá;
nem para adubo, nem para a produção de gases
Lucas 14:3 5 : Nem para a terra, nem para
o muiadar ( “lix o ”) servirá; mas o lança­
rão fora. Quem tem ouvidos para ouvir,
OUÇa” . !Mt 11:15)
Lucas, capítulo quinze (15)
A reunião na casa de Mateus Levi causou tamanha
inveja no meio dos fariseus, que o Senhor Jesus foi
obrigado a proferirtrês grandes ensinamentos, e o Novo
Testamento ganhou três grandes parábolas. Este foi o
grande resultado da salvação de Mateus Levi. Ao ganhar
Levi para o seu ministério, Jesus também passou a ter
influência sobre os amigos dele
Lucas 15:1: E todos os publicanos e peca­
dores se aproximavam para ouvi-lo. (lc5:29)
A outra classe de pessoas: Os sãos - as noventa e nove
ovelhas que ele deixa no aprisco no deserto
Lucas 15:2: E os fariseus e os escribas mur­
muravam, dizendo: “Este recebe pecadores
e come com eles”. m tii:i9 ;9 :ii y
255
15:3 Lucas
Esta parábola foi proferida em conjunto com outras duas
ilustrações: a parábola das cem ovelhas e aparábola
das dez dracmas. O tema central é mostrar o alcance do
amor de Deus, que é comprido, largo, profundo e alto.
(1) Comprido, porque ele alcança a ovelha que estava
longe do aprisco, perto de casa, e a põe nos ombros;
(2) largo, porque encontra a moeda perdida e a põe em
circulação; (3) profundo, porque estende a mão para o
filho profundamente perdido, devolvendo-lhe seus dons
e benefícios; (4) alto, porque nos eleva a Deus, como
Lázaro, ao seio de Abraão. Mas a ênfase em todas as
três parábolas é a bem-aventurança que está disponível
àquele que sabe se alegrar com aqueles que já sofreram,
mas que agora comemoram uma grande vitória, assim
como o pastor, a mulher e o pai do filho pródigo; mas o
objetivo de Cristo era mostrar que o pai do filho pródigo
não tinha um amigo para alegrar-se com ele, somente
os vizinhos servos, pois, naquele dia, o seu filho amigo
não estava de acordo com os motivos para a celebração
daquela festa. Vemos também que estas mensagens
estão ligadas umas às outras. O amor de Deus sempre
está interessado no assunto, quando este envolve a
perda de um por cento, de dez por cento e de cinqiienta
porcento; pois quando não damos valor às pequenas
perdas, prosseguimos perdendo, porque, geralmente,
oshom ensnãose importam com as pequenas perdas até
que, enfim, cheguem à completa falência. A centésima
ovelha é a perda de um por cento. A moeda é a perda de
dez porcento, e o filho pródigo é a perda de cinqüenta
porcento. Deus se interessa em ajudar-nos em nossas
perdas, porque ele não se agrada com nenhum tipo de
prejuízo. Daformacomo reagimos à primeira perda, isto
é, nos prejuízos de um porcento, Deus evitaráou não a
segunda perda. Enquanto não aprendermos a lição, ele
vai permitindo outras perdas
Lucas 15:3: E ele lhes disse esta parábola:
Os apriscos sempre ficavam no deserto, e os currais
nas fazendas. Os apriscos eram temporários, e
eram formados pelos próprios pastores quando se
encontravam no deserto. Eles escolhiam um porteiro
para velar à noite, enquanto todas as ovelhas ficavam
juntas no aprisco. Pela manhã os pastores vinham buscar
as suas ovelhas que, ao sair do meio de todas as outras,
os seguiam, sem ficar nenhuma para trás. Isto quer dizer
que as ovelhas não se perdem nos apriscos, quando elas
conhecem o seu pastor. (1) A perda de um por cento. No
verso dois, Jesus dá a entender quem são os fariseus e os
escribas, e onde eles ficam. Mas onde o pastor encontrará j
a ovelha perdida? Observe que ela estará mais próxima
de casa do que do aprisco no deserto. Isto quer dizer que
as ovelhas se perdem sempre perto de casa
Lucas 15:4: “Quem há dentre vós que,
tendo cem ovelhas e perdendo uma delas,
não deixa as noventa e nove no deserto e
não sai à procura da perdida, até encontrá-
la? (Mt 18:12)
O que perguntariam as outras ovelhas? Como era o
despenhadeiro onde a ovelha estava? Ou como uma
ovelha se sente nos ombros do pastor? O que se toma
15:7
mais importante, na ocasião de uma restauração?
Lucas 15:5: E, encontrado-a, põe-na sobre
os seus ombros, regozijando-se;
O que ele fez com as noventa e nove ovelhas que
deixou no deserto? Observe o grande motivo dejesus
ter contado as três parábolas: Ensinar que devemos
nos alegrar com aqueles que se alegram, quando estes
reencontram o que haviam perdido. Nenhuma pessoa
terá sucesso na vida senão aprender a regozijar-se
com aqueles que se regozijam poralgo importante que
lhes aconteceu, seja um motivo simples ou incomum.
Observe que o mesmo dirá à senhora que perdeu a sua
moeda, ao encontrá-la; fato semelhante acontecerá na
casa do pai que restaura o seu filho ao seu convívio, cujo
irmão não se regozija. Esta é aintenção de Jesus: Mostrar
o caráter insensível dos fariseus e dos escribas, em
relação à restauração das ovelhas perdidas, das moedas
fora de circulação e dos filhos que estão longe do Pai
Lucas 15:6: e, quando chega à sua casa,
convoca osseus amigos e vizinhos, dizendo-
lhes: Regozijai-vos comigo, porque eu achei
a minha ovelha que estava perdida.
O motivo de alegria dos anjos não é porque os homens
se arrependem, mas porque os homens dão valor ao
Salvador que morreu por eles; a alegria os domina
porque eles testemunham que houve quem desse
valor ao sacrifício de Cristo na cruz, e ao poder da sua
ressurreição; e o motivo de sua tristeza é o orgulho de
determinadas pessoas que não reconhecem a justiça
de Cristo, e ainda querem competi r com Cristo, em
relação ao seu sacrifício, tal comojudas que, ao se matar,
queria mostrar que também sofreu por seu erro; mas
o seu sacrifício não teve nenhum valor, porque todos
os homens pecaram, e somentejesus Cristo jamais
cometeu pecado. Aqueles que não sentem necessidade
de arrependimento, por causa de seu orgulho religioso,
são justos aos seus próprios olhos
Lucas 15:7: Digo-vos que assim haverá
regozijo no Céu por um pecador que se ar-
; repende, muito mais do que por noventa e
nove justos que não sentem necessidade de
: arrependimento. (Lci5:io; i9:W;Tg5:?.o)
(2) A segunda perda: Dez por cento de seu poder
econômico está fora de circulação. Onde ela perdeu a sua
moeda? A centésima ovelha se perdeu perto de casa; a
dracma foi perdida no interior da casa. (1) A maioria de
j nossas perdas acontece dentro de casa. (2) Ela precisou
acender a candeia. A candeia fala de revelação, de
iluminação. Fala também da Palavra de Deus revelada.
Se a lâmpada estiver apagada, não encontraremos a
j moeda que está fora de circulação. Para encontrarmos
a moeda necessitamos perseverar até o fim. Mas se não
tirarmos o lixo decasa,amoedanão aparecerá. (3) O lixo
entre os móveis da casa é um grande impedimento para
encontrarmos a moeda perdida: Devemos varrera casa.
Quanto tempo faz que não varremos a nossa casa?
15:8
Lucas 15:8: Ou qual a mulher que, tendo
dez dracmas, se perder uma drácma, não
acende uma lâmpada, e varre a casa, e busca
com diligência até achá-la?
Esta é agrande mensagem das três parábolas. Ensinar
que os vizinhos e os amigos devem fazer parte da
celebração. (1) Homens e anjos. (2) Amigos e vizinhos.
Muitos amigos são vizinhos, mas nem todos os vizinhos
são amigos. Jesus desafiao nosso testemunho: Se somos
capazes de convidar vizinhos para a nossa celebração, é
porque temos dado bom testemunho
Lucas 15:9: E, quando a encontra, reúne as
suas amigas e vizinhas, dizendo-lhes: Rego­
zijai-vos comigo; porque já achei a dracma
perdida.
Homens e anjos-vinhos e amigos. A segunda parábola
está ligada a primeira porque uma dracma grega, de
prata, valia o preço de uma ovelha naqueles dias. O seu
investimento por uma alma estava fora de circulação
Lucas 15:10: Assim vos digo que há regozi­
jo na presença dos anjos de Deus por um só
pecador que se arrepende”. (Lc is .zj
(3) A perda de cinqüenta por cento
Lucas 15:1 l:E disse ainda: “Certo homem
tinha dois filhos: (Mt2i:28>
A. Ele não estava errado em pedir a herança estando o
pai dele vivo. O pai dele é o tipo de nosso Pai. Ele nunca
morrerá. Você está esperando o Pai morrer? Ele não
morrerá. Peça logo a sua herança, pois o seu Pai
celestial jamais morrerá
Lucas 15:12: E o mais jovem deles disse
ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me
pertence. E ele repartiu entre eles a proprie­
dade. (Dt21:I7)
Os filhos mais jovens podem viver mais tempo; eles
podem observar e aproveitar as experiências dos
irmãos mais velhos; mas a precipitação destrói a saúde
e a vida deles, juntamente com as suas riquezas. (1 )0
jovem pródigo pensou que havia ajuntado tudo: Mas
faltou-lhe o anel, os sapatos e o vestido. (2) Partiu para
uma terra longínqua; e aquele que parte para uma terra
longínqua começa a experimentargrandes provações
na ausência do Pai. Ele partiu para um pais distante. (3)
Aqui ele começa a errar, quando parte para longe do Pai.
Quando partimos com todo o suprimento possível, mas
sem o Pai, corremos perigo de voltar pobres. A presença
do Pai nos disciplina; porém, muitos são os filhos que
não querem estar na presença do Pai, especialmente
quando recebem algum bem precioso: nesse caso,
preferem ficar longe do Pai. O que acontece quando
estamos longe da vigilância e da experiência de nosso
Pai? (1) Desperdiçamos a herança que levou anos para
conquistar. (2) Começamos a viver dissolutamente,
Lucas 15:14
desenfreadamente, sem disciplina, libertinamente, sem
prestação de contas. A ausência da disciplina é marcada
pela presença da desorganização e da miséria. Vida
dissoluta é vida sem cálculo, é vida sem prestação de
contas. É quando deixamos de saber quanto gastamos
e quanto ainda nos resta. Quando o filho pródigo estava
longe do amor do Pai, ele não sabia quanto gastava, pois
perdeu a visão do futuro. O verbo grego “reunir” tem o
mesmo sentido de transformar tudo em dinheiro. Mas o
comprador deveria esperar a morte de seu pai para tomar
posse daquela herdade. Mas, nesse caso, o nosso Pai
jamais morrerá. Que prejuízo para Satanás!
Lucas 15:13: E, não muitos dias depois, o fi­
lho mais jovem, transformando tudo, partiu
para uma região longínqua e ali desperdiçou
a sua herança, vivendo desenfreadamente.
Quando estamos longe do Pai, devemos sempre saber
que haverá fome. O Pai sabe escolher o lugar certo para
viver, (a) O começo das suas necessidades era o fim de sua
glória de filho rico, de filho mais moço, de filho predileto.
Sempre haverá fome na terra, logo que provisão se acabar,
(b) Agora, ele veria quão inútil seria o dinheiro quando
houvesse fome, pois não haveria com que negociar, (c)
Enquanto temos como superar nossas dificuldades,
geralmente a fome não chega. A fome é covarde. As outras
necessidades quando estamos longe do Pai: (3) Gastamos
tudo, quando se estamos longe do Pai. (4) Há fome, porque
as lutas vêm todas de uma vez, quando estamos sem a
cobertura do Pai. (5)Começamosapadecernecessidades
quando estamos longe do Pai. Quando o jovem estava
com o pai, o seu pai jamais permitiu que ele conhecesse
qualquer tipo de necessidade, porque vivia sob a glória de
seu pai. Agora, ele está começando a padecer aquilo que
seu pai sempre havia superado
Lucas 15:14: E, havendo ele gastado tudo,
houve naquele país uma grande fome ( “e s­
c a s s e z ”), então ele com eçou a padecer ne­
cessidades.
Os cidadãos do mundo não terão apreço por um filho da
luz. Eles darão o pior posto de sua empresa aos filhos da
luz com o objetivo de blasfemar contra nosso Pai. Cuidar
de porcos para um judeu era o pior trabalho da terra.
(1) O diabo quer ver o pastor de ovelhas apascentando
porcos; (2) ele quer humilhá-lo, elequerqueelesejao
motivo da festa dos filisteus; (3) ele quer que dê voltas,
arando a sua terra como um cavalo; (4) ele não oferecerá
um posto executivo, pois não lhe facilitará os seus
segredos a ninguém. Ele quer distância do filho amado do
Pai. Ele conhece o seu Pai. Aquele cidadão tem ódio do
seu Pai, pois ele cria porcos, o Pai cria cabritos e novilhos;
por isso, ele não terá piedade daquele jovem perdido que
peregrina em suas terras, longe do Pai. Não pergunte por
que o mundo trata mal a um filho desviado daherdadede
seu Pai. Não queira saber por que as pessoas o odeiam.
Elas estão vivendo na fazenda do cidadão que odeia o seu
Pai. E como aquele cidadão nada pode fazer contra o Pai,
certamente há de maltratar os seus filhos - porque são
filhos amados do Pai
257
15:15 L ucas
Lucas 15:15: E foi e arrimou-se a um dos
cidadãos daquele país, o qual o enviou aos
seus campos para apascentar porcos.
Deus está tratando com a sua mentalidade: O que era
pior? O porco ou a comida do porco? Quando uma
pessoa está distante do Pai, tudo acaba, a fome vem, e os
contratos de trabalho são os piores possíveis. (6) A outra
característica que prova que estamos longe do Pai é:
Ninguém nos dá nada - ninguém sente piedade de nós.
Ninguém nos dá nada. Ninguém nos dará nada enquanto
estivermos fora de nosso domicílio. Ninguém nos dará
nada enquanto estivermos longe do Pai, pois estaremos
longe da casa da misericórdia
Lucas 15: 16: E desejava fartar-se com as va­
gens da alfarrobeira que os porcos comiam,
e ninguém lhe dava nada.
O Caminho de volta-Nahistória do Filho Pródigo não
temos a tipologia clara de Cristo, pois esta história fala do
amor do Pai; do amor do Pai revelado a nós. Onde vemos
Cristo nesta história? No caminho. Ele é o Caminho, a
Verdade e aVida do Filho Pródigo. Quando decidimos voltar
é porque já estamos no quilômetro zero, pois já estamos
no início do Caminho. (1) Primeiro passo: Caia em si.
Quando ohomem cai em si, ele sobe. Quando o homem
cai em si, se levanta, e volta ausar a sua mentalidade. (2)
Segundo passo: Compare-se. Quando ele comparou-se aos
trabalhadores de seu pai, começou o seu arrependimento.
Não tenha vergonha de se comparar. Observe a situação
em que se encontrae compare-a com acondição de um
filho de Deus obediente. Veja a diferença! (a) “Quantos
empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui
pereço de fome!” (b) Porque ele nãosecomparouaseu
irmão que ficou em casa? Os empregados do Pai têm em
abundância. Quanto mais os filhos, (c) Ele não se comparou
ao irmão, elese comparou aos empregados. Você jáviu
algum anjo de Deus reclamar? Eles são empregados do
Pai e cuidam de sua herança, quando você vai voltar? (3)
Terceiro passo: Confesse que está passando fome. Quando
nos comparamos, reconhecemos que estamos no caminho
errado. Logo reconheceremos que estamos passando
necessidade. Éuma grande vitória contra o nosso orgulho
pessoal de “filhinho de papai”
Lucas 15:17: E, caindo em si, disse: Quan­
tos jornaleiros de meu pai têm abundância
de pão, e eu aqui pereço de fome.
(4) Quarto passo: Levante-se e venha ter com o Pai. (5)
Quinto passo: Quem se levanta, começa ensaiando
uma oração. Ensaie uma oração para recitar quando se
encontrar com o Pai. Ensaie afrase de sua restauração,
a frase da sua vitória, do recebimento de sua bênção.
Quem se levanta, sabe que pecou contra o Céu e contra
o Senhor, seu Pai. Nossos pecados nos distanciam do
Céu e de nosso Pai, pois é possível falhar no quarto
mandamento (Êx 20:12). (6) Sexto passo: Humilhemo-
nos: Quem gasta aherança dissolutamente sabe que não
tem mais direito anada. Quando nos humilhamos, Deus
pensa faz justiça com misericórdia. A humilhação move a
graça de Deus. A humildade move a bondade de Deus
15:19
Lucas 15:18: Levantar-me-ei, e irei estar
com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei con­
tra o Céu e diante de ti; íêx20:12)
Observe que esta parte da oração o Pai não aceitará.
Lendo o verso 21, vemos que ele não chega a terminar a
frase que havia ensaiado. O Pai está tentando lhe dizer
que ele ainda continuava sendo seu filho, isto é, que a
sua natureza ainda estava nele. O Pai não aceitou esta
proposta: “... não sou mais teu filho”; “já não sou digno
de ser chamado filho”. Não deixamos de ser filho porque
pecamos. Se voltarmos, pelo caminho da conversão,
Deus nos exaltará outra vez ànossa condição natural.
(3) Lembremo-nos do ensaio na oração! O jovem disse:
“Contrata-me como um dos teus trabalhadores?” O Pai
pôs a mão na boca dele e não permitiu que ele dissesse
isso. Há coisas que o Pai não aceitará que digamos
em oração. Quem tem a natureza do Pai não pode ser
jornaleiro, mas herdeiro
Lucas 15:19: já não sou digno de ser cha­
mado teu filho; contrata-me como um de
teus jornaleiros.
Quando decidimos voltar à casa do Pai, ganhamos
meio caminho devolta. O Pai corre ao nosso encontro.
Nossas expectativas não esperam até chegar em casa, e,
no meio do caminho, o Pai vem nos encontrar. Quando
decidimos voltarpara a casa do Pai, ele nos vê de longe,
porque quando o deixamos, ele mandou trazer o novilho
que estivesse bem magro; ao engordá-lo, o Pai sabia
que estava no tempo de seu filho voltar, e correu para a
janela da casa; o Caminho era reto (é Cristo) e poucos
vêm por ele. Mas o Filho Pródigo não era mais a mesma
pessoa. Ele estava barbudo, feio, moribundo. Ninguém
o reconhecia no meio do seu mau cheiro. Mas o Pai sabia
como ele era. Nas montanhas de nossos delitos, mesmo
no meio de nosso lixo e de nossas pobrezas, Deus ainda
sabe quem somos. Ele sabe como andamos, ele sabe
nossos cacoetes, nossos jeitos, a forma de caminhar. Olha
para sua esperança cevada e grita: “é ele, é ele, e vem ”.
A natureza de Deus ainda está em nós, somos como o
Pai, ainda temos algo dasua imagem e semelhança. Ele
nos conhece muito bem. Quando decidimos voltar para
a casa do Pai, ele nos vê. O Pai não nos pode contemplar
se não temos disposição de voltar para casa, embora ele
saiba onde estamos. Ele sabe quando estamos no meio
dos porcos, desejando comer a comida suína. Ele sabe,
mas não nos pode ver, se não damos as costas para aquela
vida e viramos nosso rosto em sua direção. Quando
decidimos voltar para casa, o Pai se enche de compaixão.
O Pai não ficou mais pobre porque deu a herança para
seu Filho. Ele tinha riquezas que o Filho não conhecia: A
compaixão era uma delas. Compadecer-se é colocar-se no
lugar do acusado, do condenado, do réu. Ele é uma fonte
de compaixão. Quando decidimos voltar para casa, o Pai
tem disposição de demonstrar publicamente o seu amor.
O pai o beijou na condição em que se encontrava. Ele não
o banhou primeiro para depois beijá-lo. Ele lançou-se
ao seu pescoço e o beijou. O verbo grego significa que
“caiu ao seu pescoço”. Mas, por que o Pai estava à porta
quando o seu filho voltou? Porque o novilho gordo era o
15:20
seu relógio! Enquanto estava magro, o filho estavalonge.
Quando já estava gordo, então o filho estava por chegar.
O novilho que se engorda é a nossa esperança. Engorde
asua esperança com palavras proféticas! (1) Aprimeira
coisa que o Pai faz conosco é beijar-nos fervorosamente.
(2) A segunda coisa é não aceitar a nossa proposta de ser
apenas um jornaleiro, quando somos filhos. (3) A terceira
coisa que o Pai faz, quando voltamos, é vestir-nos; isto é,
trata-nos como hóspedes de honra. (4) A quarta coisa que
o Pai faz é selar a nossa decisão com um anel; pois, em vez
de nos presentear com parte de sua herança, nos dá uma
procuração em forma de anel. (5) Aquinta coisa que o Pai
faz é colocar um sapato em nossos pés; isto é, o Pai devolve-
nos o seu senhorio diante dos servos. (6) A sexta coisa que
o Pai faz é matar o novilho cevado da esperança, pois a sua
gordura anunciava que algum dia voltaríamos. Afé do Pai
equivale ao tempo de engordar o novilho. “Pai, para que é
esse novilho cevado?” “Para ser morto quando o meu filho
voltar”. O Pai crê mais no regresso de seus filhos do que
os filhos crêem que serão aceitos devolta em sua casa. O
novilho cevado é Cristo, ele garante o anel da procuração, o
vestido darestauração da honra e o sapado da restauração
da autoridade. O novilho cevado tem de ser morto. O Pai
disse: “matai-o". Quando o filho pródigo volta, tem de ter
alegria e muita comida, e não tem graça que o novilho fique
vivo se o filho, que estava morto, ressuscitou. O novilho
estará vivo até que o filho morto reviva
Lucas 15:20: E, levantando-se, foi estar
com o seu pai; e, quando ainda estava no
intermédio do seu caminho, o seu pai o viu,
e se compadeceu dele e, correndo até ele,
lançou-se sobre o seu pescoço, e, com ter­
nura, Obeijou. (Gn45:14;46:29;At20:37)
O Pai aceitou que ele dissesse: “Pequei contra o Céu
e diante de ti”, mas não aceitou seu pedido para que
o tratasse como a um de seus trabalhadores. Ele não
perdeu a condição de filho porque pecou. Ele não perdeu
o direito de ser chamado filho, pois foi restaurado pelo
arrependimento e pela conversão (João 1:14). A questão
da filiação é um direito
Lucas 15:21: Eo filho lhe disse: Pai, pequei
contra o Céu e diante de ti; já não sou digno
de ser chamado teu filho. m i : 4 )
O novo tempo na casa do Pai. A estola não era uma
vestimenta qualquer, era uma roupa de gala, que restituía
sua autoridade; o anel representa a autoridade do Pai
nos seusd ed oseo Reino ao qual pertence. Os sapatos
representam asua autoridade de herdeiro restituída
sobre os seus funcionários
Lucas 15:22: Mas o pai disse aos seus ser­
vos: Trazei imediatamente a estola principal
e vesti-lho, e ponde na sua mão um anel, e
sandálias nos seus pés; (Zc3:4; Gn4i:42)
O novilho cevado foi o relógio pelo qual o pai calculou o
regresso do seu filho. Magro, mostrava que o filho estava
longe, que comia com os porcos, que estava distante.
Lucas 15:27
Gordo, mostrava que ele estava perto, que se arrependeu,
que jáestava de volta, que erahoradesuarestauração.Mas
0 novilho morreria. O novilho vivo falava do filho morto, o
novilho morto, falava do filho vivo e ressurreto
Lucas 15:23: e trazei o novilho cevado, e
matai-o; então comamos e regozijemo-nos,
Observar que na restauração da ovelha e no encontro
ucas
da moeda a frase de celebração foi semelhante: Estava
perdida e foi achada, mas quando o filho regressou,
ele disse: “Estava perdido e foi achado, estava morto e
reviveu". A vida de um homem vale mais do que tudo o
que ele pode possuir: dinheiro e bens!
Lucas Lucas Lucas Lu o
Lucas 15:24: porque este meu filho já es­
tava morto e reviveu; estava perdido, e foi
achado. Ecomeçaram a regozijar-se. f u 15.32;
1 Tm5:6; E{2:1;5:14)
O filho mais velho que não sabe alegrar-se com os que
se alegram. Aqueles que não sabem regozijar-se com os
que se regozijam nunca estão em casa no dia da festa.
Eles nunca estão em casa no dia da festa. As pessoas que
não se importam com aalegria dos outros não sabem o
que acontece na sua própria casa. Gostam de mostrar
serviço como Marta. Somente vivem de notícia. “Ah é,
foi assim é?” Mas elas nunca participam. Os empregados
sabem mais das coisas que o Pai faz do que elas. Elas
estão sempre ocupadas no campo, engordando o novilho
para o outro comer. As pessoas que não se alegram com a
alegria dos outros, não cantam nem compõem a música!
Elas somente ouvem de longe. Gostariam de estar ali,
mas o orgulho não lhes permite. Elas não gostam dafesta,
quando a festa não é em sua homenagem. Enquanto elas
são o motivo da festa está bem, mas quando elas não são o
centro da festa, então não entram
Lucas 15:25: Eo seu filho mais velho esta­
va no campo; e, quando veio e aproximou-se
de casa, ouviu a música e as danças.
“E chegando um dos servos”. As pessoas que não se
alegram com a alegria dos outros não sabem o que
acontece na sua casa. Os servos sabiam, mas ele não.
Muitos servos desfrutam dos bens em casa, mais do que
o dono. Muitas servas aproveitam dos bens desta vida
muito mais do que asua senhora. Quantos servos comem
de tudo, mas o seu patrão nãopodecomero novilho
cevado. O jovem mais velho perguntouao servo de sua
casao que era aquilo, e o servo lhe disse. Muitos servos
podem não saber ler ou escrever, mas certamente sabem
o que Deus está fazendo na sua casa
Lucas 15:26: E, chamando a si um dos
servos, perguntou-lhe o que poderia ser
aquilo.
A mentalidade do filho não transgressornecessitavade uma
transformação mental: Ele era herdeiro e exigia o próprio
cabrito-valia dez por cento do valor de um novilho
Lucas 15:27: E ele lhe disse: O teu irmão O
voltou; e o teu pai mandou matar o novilho
259
15:28
cevado, porque o recebeu são e salvo.
As pessoas que não se alegram com a alegria dos outros
não entram na festa que eles mesmos não promoveram.
Aqui a Bíblia revela o nome do irmão pródigo do
Filho Pródigo: ÉJonas. Quando Deus salvou a cidade
de Nínive, Jonas ficou zangado porque Deus teve
misericórdia de Nínive e a salvou. Ficou de fora. Não
quis entrar. Ficou emburrado do lado de fora porque
Deus foi misericordioso. O Filho Pródigo de casa gosta
de ser adulado. O irmão do Filho pródigo é a moeda
que se perde em casa. Temos de desarrumar tudo para
encontrá-la. Dá mais trabalho do que o Filho pródigo e
que a ovelha perdida, porque gosta de ser adulado... “O
pai instava com ele”. Ele fez o Pai vir ao campo e deixar a
festa, mostrando o que Cristo fez ao deixar o Céu, através
da encarnação, somente para introduzir os homens na
festa. Os fariseus estavam agindo como Jonas no dia em
que Nínive regressou a Deus! Ele ficou de fora da grande
festa de arrependimento da cidade sanguinária (Jn 3,4)
Lucas 15:28: Mas ele se irou, e não queria
entrar. O seu pai saiu e rogava-lhe.
Podemos ter o cabrito com o fim de regozijar-nos, mas se
não o engordarmos, e se o que havíamos perdido não for
achado, não será uma festa, será um funeral - o funeral
do cabrito. Herdeiro não serve, herdeiro governa. Onde
ele estava? No campo. Onde os servos estavam? Na
casa. Algo estava errado ali. As pessoas que não sabem
alegrar-se com a alegria dos outros sempre estão mal
posicionadas; sempre estão em oposição a seu próprio
status. Ele vivia como servo, era patrão e não sabia que
era dono. Quando ele disse que o servia, o Pai se assustou
com a sua mentalidade. As pessoas que não se alegram
com a alegria dos outros pensam que o tempo de casa
lhes dá o direito de exigirbenefícios. Mas o Reino de
Deus não considera tempo de serviço prestado como
prova de fidelidade. Quem proclama orgulhosamente
que nunca transgrediu um só mandamento do Pai, não
conhece a misericórdia do Pai. Ele mostrou seu orgulho
sobre o seu irmão, exaltando a si mesmo, como o fariseu
contra o publicano. Muitos não aceitam o seu irmão por
causa de seu passado, e não conhecem bem o amor do
Pai que está em nele. Ele perdoou o filho pródigo porque
o amor do Pai estava nele. Entre os dois, um tinha o amor
do Pai. Quando temos o amor do Pai, o novilho cevado é
nosso. Se o irmão mais velho estava com ciúmes porque
o pai havia imolado o novilho cevado para festejar a
volta de seu filho, imagine quando soubesse que o pai
lhe havia posto o seu próprio anel, o melhorvestido e
novos sapatos, objetos pessoais que, segundo ele, jamais
seriam resgatados. A mentalidade do pródigo de casa era
tão cruel que ele nem se atreveu a pedir um novilho. Ele
reivindicou um “cabrito”, de muito menos valor que um
novilho. Não seja como o coxo do Templo, que pedia uma
esmolinha quando precisava de um par de pernas
Lucas 15:29: Mas ele, respondendo, disse
a seu pai: Eis que há tantos anos eu te sir­
vo, sem nunca transgredir nenhum de teus
mandamentos, e jamais me deste um cabri­
Lucas 15:32
to para regozijar-me com os meus amigos;
O Filho pródigo de casa gosta de acusar, “vindo, porém,
este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as
meretrizes, mataste-lhe o novilho cevado”. Ele não
desperdiçou os bens do pai, ele desperdiçou o que era
dele, e não deveria ser do interesse dele o que o seu irmão
fezcom o que jamais seria seu, pois não o considerava
como seu irmão. Ele disse “este teu filho”. Era filho do
pai, mas não era seu irmão. Lançar em rosto o passado é
desacreditar no futuro. Deus não nos perdoa por causa
de nosso passado. Os homens nos dão crédito pela vida
boazinha que levamos no passado. Mas Deus nos dá
crédito pelo nosso futuro e pela capacidade que temos
para realizá-lo
Lucas 15:30: mas logo que regressou este
teu filho, havendo devorado a tua fazenda
com as prostitutas, mataste-lhe o novilho
cevado, (icis-.n)
O Pai não priva nossa liberdade somente porque está
presente. O Pai nos ensina a administrar desfrutando.
É isso o que muitas pessoas ainda não conhecem do Pai.
O fato de o Pai estar presente e vivo não quer dizer que
aquilo que temos não é nosso. “Estás comigo, e tudo o
que é meu é teu”. O Pai não quer que morramos para ficar
com tudo o que temos, o Pai quer que vivamos para dar
continuidade àquilo que ele, com dificuldades, edificou.
É muito importante a vida do Filho. Devemos valorizar a
vida do Pai, e não desejar a sua morte para possuirmos a
herança. O Pai quer estar vivo para ver como realizamos
a sua obra
Lucas 15:31: Ele, então, lhe disse: Filho,
tu sempre estás comigo, e todas as minhas
coisas são tuas.
O Pai sabe que é justo nos alegrarmos. A tristeza por
causa daquilo que estava perdido é substituída pela
alegria que explode em celebração do morto que
reviveu. Por que é justo? Éjusto porque a fé do Pai se
realiza. Éjusto porque a roupa, o anel e o sapato são
usados por gente nobre, não é para quem vive no campo
do pecado. Devemos mudar nossa condição de servo,
quando somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com
Cristo. Isso foi justo. O Pai tinha a herança. O filho
pródigo (Adão) perdeu a sua. Restava ao filho pródigo
de casa tomar posse da sua. Como ele somente queria
um cabrito, o novilho sobrava para o ex-filho pródigo.
Aquele pai estava triste e diz: “era conveniente”. “O
pastorse alegrou porsua ovelha, juntamente com os seus
amigos e vizinhos; a senhora se alegrou porsua moeda,
igualmente; convinha que nos alegrássemos pelo teu
irmão que foi achado, que ressuscitou”. A volta de um
homem aos caminhos do Senhor é uma ressurreição. O
pai lhe devolve “este teu irmão” (v. 30)
Lucas 15:32: Mas era conveniente que nos
regozijássemos e festejássemos, porque este
teu irmão já estava morto e reviveu; e estava
perdido, e foi achado”.
260
16:1
Lucas, capítulo dezesseis (16)
O livro de Lucas revela vários comportamentos de homens
ricos. Neste texto, estudaremos o comportamento de
um mordomo. Observar que o mordomo foi acusado de
dissipador dos bens de seu senhor
Lucas 16:1: E disse tam bém aos seus
discípulos: “Havia um certo hom em rico
que tinha um mordomo; este foi acusa­
do diante dele com o dissipador dos seus
bens. (Lc i5:i3)
O aviso prévio domordom oeasua oportunidade de
prestar contas de seu trabalho
Lucas 16:2: E, chamando-o, disse-lhe: Que
é isso que ouço de ti? Presta contas da tua
mordomia, porque já não poderás ser mais
mordomo.
Trabalhar ou pedir: (1) Trabalhar em trabalhos pesados
não podia, por algum impedimento de saúde. (2) De
mendigar, isto é, pedir, tinha vergonha, porcausa de seu
último serviço. Ele meditou no que deveria fazer
Lucas 16:3: E o mordomo disse consigo
mesmo: Que farei, pois o meu senhor me
tira a mordomia? Cavar não posso; de m en­
digar tenho vergonha.
Ser recebido nas casas de seus clientes: Cobrar parte das
dívidas e levar os clientesaficarem devedores por causa
de seus favores. Porque favores jamais podem ser pagos
Lucas 16:4: Já sei o que hei de fazer, para
que, quando eu for destituído da mordomia,
me recebam em suas casas.
Ele procurou dívidas antigas, que eram consideradas
“causas perdidas”, ou dívidas que jamais seriam pagas
Lucas 16:5: E, depois de chamar a si cada
um dos devedores do seu senhor, disse ao
primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
Desconto de cinqüenta medidas de azeite. Quando
perdemos o azeite, restauraremos apenas a metade.
Aquele devedor deveria favores eternos, que jamais
seriam pagos. Aquele mordomo estava semeando
favores, e favores jamais são pagos
Lucas 16:6: E ele respondeu: Cem medidas
de azeite ( “três m il e setecen to s litros ”). E
disse-lhe: Toma a tua fatura, assenta-te im e­
diatamente e escreve cinqüenta.
Desconto de vinte por cento do trigo devido. Vinte por
cento que se transformaria em favores que jamais seriam
pagos. Concernente ao trigo, ainda podemos recuperar
oitenta por cento
Lucas 16:7: E depois disse a outro: E tu,
Lucas i6:io
quanto deves? E ele disse: Cem alqueires
( “trinta e se te m il litros”) de trigo. E disse-
lhe: Toma a tua fatura, e escreve oitenta.
Os filhos deste mundo, os filhos de Caim, são mais
prudentes em negodardo que os justos. Os justos confiam
demasiadamente e não se cercam de aval, e passam
necessidades. O mordomo dainjustiçafoiprudente ao
preparar, ainda como administrador, o seu futuro
Lucas 16:8: Aquele senhor louvou o mor­
domo da injustiça por haver procedido com
prudência, porque os filhos deste mundo
são mais prudentes nos seus negócios com
a sua geração do que os filhos da luz. oo 12.36;
Ef5:8; 1 Ts5:5)
Esta é a mensagem de todo este capítulo: Fazer amigos,
ganhar almas nesta vida, para termos quem nos receba
nos tabernáculos eternos. Todo dinheiro ou bens que
recebamos nesta vida é injusto. Mas podemos mudá-los
ao sermos fieis no Reino de Deus. Jesus nos dá o exemplo
negativo do rico que desprezou a sua grande oportunidade
de fazer amigos, como o próprio Lázaro, que jazia na porta
da sua casa. Lázaro não era um mendigo, mas era a grande
oportunidade do rico de ser recebido nos tabernáculos
eternos. Dependia da maneira como ele o receberia.
Lázaro não era um mendigo, Lázaro era a sua grande
oportunidade de mudar o seu futuro; dependeria de como
ele cuidaria dele. Todos nós teremos essa oportunidade
nesta vida. O texto seria contextualizado assim: “Ganhe
almas com todo o dinheiro que cair nas suas mãos, para
que, quando este dinheiro te faltar, porque estás morto,
seus discípulos te recebam nos tabernáculos eternos”
Lucas 16:9: Assim eu vos digo: Fazei ami­
gos com as riquezas da injustiça, para que
quando estas vos faltarem, eles vos rece­
bam nos eternos tabernáculos. (Mtô:iQ,24;
19:21; Lc 11:41; 12:33}
(1) Como receber o abundante? No contrato de
fidelidade a Deus, esta é a primeira cláusula: A
fidelidade no pouco. Esta fidelidade gera o muito.
Esta é a base, não há outra
Lucas 16:10: Aquele que é fiel no pouco,
também é fiel no muito; e aquele que é infiel
no pouco, também é infiel no muito. <lciq:i7;
Mt25:21)
(2) Como receber o verdadeiro em lugar do falso? No
contrato de fidelidade a Deus, fidelidade nas riquezas
injustas geram bens próprios verdadeiros, e não falsos.
Quantos querem o bem verdadeiro, o original? As
riquezas injustas são aquelas que são alcançadas sob
muita dificuldade, sob muitas lutas, sob forte batalha, às
quais geram um sentimento de tristeza que nos conduz
a um sentimento de injustiça tão grande que já não
queremos agradecer a Deus. Mesmo sendo injustiçados,
261
16:11
porém, devemos oferecer a Deus o que lhe pertence,
mesmo sob esse sentimento de que fomos injustiçados.
A base para receber as riquezas verdadeiras é a fidelidade
nas riquezas que consideramos injustas (salários
atrasados, pagamentos inj ustos), isto é, devemos ser fiéis
até mesmo naquele montante que esperávamos receber,
mas que chegou diminuído
Lucas 16:11: Portanto, se quanto às rique­
zas injustas não haveis sido fiéis, quem vos
confiará as verdadeiras? ílció.-çj
(3) Como ter o que é próprio? No contrato de
fidelidade a Deus, somente conseguiremos o que
é nosso se formos fiéis no alheio, naquilo que não
nos pertence. Se cuidarmos bem de algo alugado,
arrendado, alienado, algo que ainda não é nosso, nós
teremos o que é nosso
Lucas 16:12: E, se no alheio não fostes
fiéis, quem vos dará o que é propriamente
vosso?
O deus do rico (Lc 16:22)
Lucas 16:13: Nenhum servo pode servir
a dois senhores; porque aborrecerá a um e
amará a outro ou se apegará a um e despre­
zará ao outro. Não podeis servir a Deus e a
Mamon ( “deus das riquezas ”) tmi 6:24}
Jesus estava ensinando aos fariseus que, embora
avarentos, não tinham muito, não tinham o verdadeiro e
nem tinham o que era deles
Lucas 16:14: E os fariseus, que eram aman­
tes do dinheiro, ouviam todas essas coisas e
zombavam dele. i2Tm3:2;Lc23:35)
A postura do rico: Justificar-se a si mesmo
Lucas 16:15: E disse-lhes: “Vós pretendeis
justificar a vós mesmos diante dos homens,
mas Deus conhece o vosso coração; porque
o que entre os homens é estimável, é abomi­
nação diante dos olhos de Deus. i u io : 2 9 ; t s m
16:7; /V2 1:2;At 1:24)
Esta era a mensagem que os cinco
irmãos do rico deveriam ouvir
Lucas 16:16: A Lei e os Profetas chegaram
até João; desde então é anunciado o Reino
de Deus, e emprega-se força para que todo
homem entre nele. m / ím, j3;4:23}
Todas as palavras da Lei indicavam um Salvador; todos os
textos messiânicos indicavam que Cristo havia de vir, e
que ele morreria e ressuscitaria dentre os mortos porque
cumpriu a Lei (Lv 18:5; Rm 10:5,6)
Lucas 16:17: E é mais fácil que o céu e a
Lucas 16:18
terra passem, do que deixe de se cumprir
um SÓ til da Lei. (ls40:8;Mt5:17,18;Lc2!:33l
Carta de divórcio e repúdio são palavras completamente
diferentes, e sempre na Bíblia estão separadas uma da
outra. O problema é que, em algumas traduções, feitas
incorretamente, deram-lhe o mesmo sentido: divórcio.
Assim, lemos o texto com esta intenção, por exemplo: “O
que se casa com divorciado comete adultério”. Mas não é
assim. As duas palavras são completamente diferentes. A
palavra grega para repúdio é “apoluse”, do radical apoluo
e a palavra grega para divórcio é “apostasion”, que quer
dizer “carta (conta paga) de divórcio”, que dava liberdade
para a mulher voltar à casa de seus pais. “Apoluo” significa
deixar de lado, abandonar, tomar outra atitude, deixando
de lado aprimeira sem negociação, repudiar. O repúdio
é também o tempo e estado entre aseparação e o ato de
receber a carta de divórcio. Isto era o que o homem fazia
geralmente ao aborrecer sua mulher, como foi o caso do
esposo da mulher samaritana, que ainda estava presa
legalmente a seu marido, conforme a revelação de Cristo
com respeito a seu estado civil. Era comum o homem
desprezar sua esposa e casar-se com outra, ficando aquela
presaàsualei, não podendo casar-se. Muitos tomavam
esta atitude, especialmente, por razões financeiras. A
lei judaica que ordenava o divórcio não era cumprida
(Dt 24:1,2), porque custava para o marido alto preço. O
repúdio era uma aparente saída, mas escravizava a mulher.
Jesus veio defender e cumprir a Lei, e aquilo que não era
cumprido ele ensinava afimdelibertaramulherouo
homem do jugo de escravidão do repúdio (Lc 16:17,18),
declarando que aquele que se casasse com a mulher ou
o homem repudiado, ou em repúdio, cometia pecado de
adultério. A mulher escrava, repudiada, sem direitos, sem
nenhum tipo de recurso para sobreviver, deveria ter a carta
de divórcio e liberdade para casar-se com outro homem
(Dt24:1,2;Mt5:31). O repúdio jamais lhe daria essa carta.
Em Mateus 5:32, Jesus utilizou as duas palavras, várias
vezes, e proibiu o repúdio definitivamente, dizendo que
aquele que casasse com a repudiada cometia adultério,
forçando os seus inquisidores a levarem em conta a
liberdade e a monogamia
Lucas 16:18: Todo aquele que repudia a
sua mulher e se casa com outra comete adul­
tério; e aquele que se casa com a repudiada
por seu marido também comete adultério.
}Mt 5:31,32; 19:19;Mc 10:11; 1 Co 7:10,11j
Ahistória real do rico e de Lázaro. Alguns consideram
esta história uma parábola, mas foi umahistória verídica,
que volta a acontecer todos os dias; mas asua base está
no verso nove (Lc 16:9). Jesus vai contar, naprática, o que
aconteceu comohomem que teve a oportunidade de fazer
amigos com as suas riquezas e não conseguiu. Este era
o amigo que ele deveria fazer antes que as suas riquezas
lhe fossem tiradas, como foi dito porJesus: “quando estas
vos faltarem”, e ele fosse recebido pelo seu amigo nos
eternos tabernáculos. Jesus também prova que o rico, “no
muito”, isto é, na abundância, não foi fiel. Dificuldades
que os evangelistas enfrentam diante das pessoas ricas
e avarentas: (1) A vanglória da vida, o orgulho e a 1uxúria
262
16:19
insensível. (2) Os gastos desnecessários, frente as
necessidades da beneficência (Lc 16:13)
Lucas 16:19: Havia certo hom em rico
que se vestia de púrpura e de linho fino,
e satisfazia-se em oferecer todos os dias
esplêndidos banquetes.
Dificuldades que os evangelistas enfrentam diante
das pessoas ricas e avarentas: (3) Os Lázaros não são
Lázaros, mas as pessoas vaidosas não são capazes de
contemplar neles a grande oportunidade de mudar
o seu futuro, quando jazem à porta deles. As grandes
oportunidades chegam à nossa porta de formas
inesperadas
Lucas 16:20: Havia também um certo
m endigo, chamado Lázaro, que jazia co ­
berto de chagas à porta d aq u ele;!At 3:2)
Dificuldades que os evangelistas enfrentam diante
das pessoas ricas e avarentas: (4) Com migalhas os
evangelistas fazem muitas coisas. (5) Os melhores
amigos dos evangelistas são considerados como cães
da sociedade
Lucas 16:21 : e desejava saciar-se com as
migalhas que caíam da mesa do rico; e até
os cães vinham lamber-lhe as chagas.
A hora da verdade chega um dia: O rico saberá que o
pobre Lázaro não era de fato o que aparentava, mas
sim um missionário vestido de mendigo à sua porta,
sendo uma oportunidade de Deus para mudar o seu
futuro tão pobre e miserável, sem cães, sem migalhas e
sem misericórdia
Lucas 16:22: E aconteceu que morreu o
m endigo e foi levado pelos anjos ao seio
de Abraão; o rico também morreu e foi
sepultado, (jo 13:23;
Coisas que as pessoas passam a considerar estando
perdidas no Hades: (1) Levantam os olhos para
contemplaras coisas que prevalecem, pois, durante a
sua vida na terra, não estiveram interessadas naqueles
bens espirituais. (2) Descobrem que as pessoas que
estiveram na porta da sua vida não eram o que elas
pensavam. Lázaro não era um simples mendigo, mas
um instrumento de Deus pelo qual o rico poderia
alcançara sua salvação, mas que este o desprezou.
Todos os homens têm um “Lázaro” na sua porta.
Quem é o seu? (3) Consideram que muitas pessoas
que são “lambidas pelos cães” aqui no mundo, podem
estar destinadas ao Seio do Pai. (4) Consideram que
o lugar de tormento não é um passatempo, nem um
lugar de purgação, mas é o prêmio de sua conduta na
terra e o fim de sua rejeição aos benefícios oferecidos
por Deus. O rico se vestia de sacerdote e tinha uma
vida de boémia. A mensagem de Cristo foi uma palavra
direta aos príncipes dos sacerdotes, ondejoão era o
mendigo, e Anás o rico
Lucas 16:27
Lucas 16:23: E, no Hades ( “lugar d os
m o r to s ”), estando em tormentos, ergueu
os olhos e viu ao longe a Abraão, e a Láza­
ro em seu seio. (Mt 11:23)
Coisas que as pessoas passam a considerar estando
perdidas no Hades: (5) Passam a considerar a
paternidade, (ó) Passam a considerar a misericórdia
de Deus. (7) Consideram que Lázaro agora tem poder
e está sob a autoridade de Abraão; consideram ainda
que aquele que não dava migalhas de comida em vida
na terra, não merecia nem mesmo uma gota de água na
eternidade. (8) Que aqueles que se satisfazem vendo
os cães lambendo as chagas de um mendigo, sem nada
oferecer-lhe, serão lambidos por chamas de fogo
Lucas 16:24: E, clam ando, disse: Pai
Abraão, tem misericórdia de mim, e envia
a Lázaro para que m olhe na água a ponta
do seu dedo e refresque a minha língua,
porque estou atormentado nesta chama.
(Lcl 6:30;Mt 25:4 lj
Amaioria dos mendigos que conhecemos é oportunidade
de Deus para mudarmos o curso de nossa vida na i
eternidade. Homens não serão consolados porque foram
pobres nesta vida; homens serão consolados porque
completaram asua missão como pobres nesta vida,
podendo ter sido instrumentos de Deus de outra forma, e
foram missionários na mendicância
p
Lucas 16:25: Disse, porém, Abraão: Filho,
lembra-te que em tua vida recebeste os teus
tfi
bens, e Lázaro, os seus males; e, agora, este
é consolado, e tu, atormentado. ílcôoà)
Coisas que as pessoas passam a considerar estando
perdidas no Hades: ( 9 )0 abismo de separação que há
entre os justos e os ímpios, e que realmente não há como
ir de um lugar a outro
Lucas 16:26: E, além de tudo isso, entre
nós e vós está posto um grande abismo, de
modo que os que quisessem passar daqui
para vós, não poderiam, nem tampouco os
de lá passar para cá.
Coisas que as pessoas passam a considerar estando
perdidas no Hades: (1 0 )0 poder do envio missionário.
Passam a dar maior valor ao envio missionário, masé
tarde demais. Quando elas tinham recursos para enviar
missionários, nada faziam; mortos, nada poderão fazer.
O amor por missões, o amor missionário, é motivado
pela realidade que enfrentam aqueles que já estão em
tormentos. Nesta vida, o fogo que nos move a fazer
missões é promovido pelo EspíritoSanto
Lucas 16:27: E ele respondeu: Então rogo-
te, ó pai, que o envies à casa de meu pai,
Os cinco irmãos poderiam ser cinco ministérios se ele
263
16:28
tivesse observado que, na sua porta, a salvação esteve
vestida inversa mente. A sua salvação em vida seria um
exemplo para os seus irmãos (Lc 16:16)
Lucas 16:28: p o r q u e te n h o c in c o irm ã o s;
p a ra q u e s o le n e m e n te lh e s te s tifiq u e , d e
m o d o q u e eles n ã o v e n h a m ta m b é m p a ra
e ste lu g a r d e to r m e n to .
A Lei e as profecias falam do Messias que havia de
morrer e ressuscitar. Crer no Cristo ressurreto
seria a única chance de serem salvos
Lucas 16:29: M a s A b ra ã o lh e d isse: E les
tê m M o is é s e os P ro feta s; q u e o s e s c u te m !
(Lc 4: 17;]o5:45-47;At 15:21)
Jesus falava de sua própria ressurreição
ao contar esta história
Lucas 16:30: E n tã o , e le d is s e : N ã o , p a i
A b ra ã o ; m a s , se a lg u é m d e n t r e o s m o r to s
lh e s fo sse e n v ia d o , e le s se a r r e p e n d e r ia m .
(Lc3:8; 19:9)
Uma mensagem subliminar de Cristo a respeito da sua
ressu rreição e da incredulidade dos homens quanto
a sua mensagem pós-ressurreição. De fato, foi o que
aconteceu depois de sua ressurreição. Este texto mostra
que ninguém tem poder para tirar uma pessoa do lugar
do tormento, no Hades. Mostra também que somente
pormeioda ressurreição a pessoa poderia sair de lá e
entrar no mundo físico novamente. Mostra também que
aquela pitonisa consultada por Saul não tinha poder para
trazer ninguém do Hades. Samuel não estava embaixo,
mas no alto. Sua posição era igual à de Lázaro, já que o
rico, “erguendo os olhos ao alto, viu no Seio de Abraão..”.
(Lc 16). Nem durante a vida, Saul teve algum poder
controlador sobre Samuel. Ele tremia quando Samuel
chegava: 1 Samuel 28:11: Replicou, então, a mulher: “A
quem invoco?” E ele disse: “Traga-me a Samuel”
Lucas 16:31: A b ra ã o , p o r é m , lh e d isse:
S e n ã o o u v e m a M o is é s n e m ao s P ro fe ta s,
ta m p o u c o cre rã o , ain d a q u a n d o a lg u é m d o s
m o rto s re s s u s c ite ” .
Lucas, capítulo dezessete (17)
Todos os ais de Deus vem antecedidos de avisos prévios,
pelaPalavra de Deus, pelas experiências dos outros. Os
escândalos são o juízo contra a hipocrisia: Por isso são
necessários, para desmascararahipocrisia. Homens de
Deus foram chamados para ser instrumentos do bem,
e mensageiros de Boas-Novas, enão instrumentos de
escândalos. Os meios pelos quais os escândalos vêm: (1)
Pelo pecador que encobre o seu pecado e divulga uma
vida de santidade, sem arrependimento e sem confissão
individual ou coletiva - ai dele. Mas é muito importante
notar que, segundo o Evangelho de Cristo, pecados
confessados não podem ser divulgados, mas perdoados.
Lucas 17:5
O pecado semente deve ser conhecido publicamente
quando o ato tornou-se conhecido publicamente, e já
não necessita ser confessado, pois todos já o conhecem,-
mas deve ser reconhecido e perdoado, se a pessoa
arrependida pede o seu perdão. O pecado não conhecido
publicamente, mas confessado, deve ser perdoado e não
deve ser divulgado. Nisso, os fariseus eram especialistas.
Hoje, determinados profissionais, não nascidos de
novo, infiltram-se no meio do povo de Deus para usar
dos mesmos métodos que a imprensa sensacionalista
e oportunista usa para fazer “fofoca gospel” para servir
aos falsos irmãos, também oportunistas, que também
convivem conosco, os quais jamais nasceram de novo. Mas
eles estão sob a palavra de Cristo também: Ai deles. (2) Os
escândalos vêm pelas pessoas que procuram divulgar os
escândalos para proveito pessoal, como vingança ou como
objeto de escárnio do nome de Cristo - ai deles
Lucas 17:1: E d isse ta m b é m a o s se u s d is ­
c íp u lo s: “ É im p o ssív e l q u e n ã o v e n h a m e s ­
c â n d a lo s, m a s ai d a q u e le p o r in te r m é d io d e
q u e m v ie r e m ! (m is .-ó, 7,-m c Q:42; i c o i i .-i ç>•
O ai (juízo com dor e desterro) é mais pesado do que uma
pedra de moinho-angustiante;o ai é mais embaraçoso do
que uma pedra de moinho atada no pescoço, dentro da água-
sufocante; o escândalo afeta as crianças na fé e na confiança
Lucas 17:2: M e l h o r lh e s e r ia q u e u m a
p e d r a d e m o in h o d e a s n o lh e fo s s e a t a d a
a o p e s c o ç o , e fo s s e l a n ç a d o a o m a r, d o
q u e e s c a n d a liz a r a u m d e s te s p e q u e n i­
n o s . ( I Co 8:12]
Pecado individual-repreensão individual; perdão
individual - sem escândalo (w. 1,2). Mas a maioria das
pessoas ofendidas acaba divulgando o seu “perdão”
na mesa: “Ele veio me pedir perdão..”. E as pessoas
perguntam por quê. E daí começa a divulgação do
escândalo; a pessoa ofendida perde a condição de
ofendida e torna-se ofensora e digna do “ai” do verso 1
Lucas 17:3: C u id a i p o r v ó s m e s m o s . Se o
te u irm ã o p e c a r c o n tra ti, re p r e e n d e - o , e se
ele se a rre p e n d e r, p e rd o a -lh e . m is.-is 1
Pecado individual repetido e reconhecido: Perdão
concedido - no dia: Sem escândalo
Lucas 17:4: E, a in d a se p e c a r c o n tr a ti s e te
v e z e s n o d ia e s e te v e z e s n o d ia r e g r e s s a r a
ti, d iz e n d o : A rr e p e n d o - m e , p e r d o a - lh e ” .
(Ml 18:2!,22l
O que necessitamos para ministrar perdão diário? Fé
Lucas 17:5: E n tã o o s a p ó s to lo s d o S e ­
n h o r lh e d iss e ra m : “A c re s c e n ta -n o s a fé ” .
(Mc 6:30)
A que Jesus compara a pessoa que vive pecando contra
o seu irmão durante todo o dia? A um sicômoro (uma
17:6
figueira que produz fruto de baixa qualidade), e não a
uma figueira. Como devemos fazer com estes sicômoros?
Leia a resposta de Jesus: “Desarraiga-te daqui e planta-te
no mar”. Ele não disse: “Desarraiga-te daqui e morre no
mar”. Devemos tirar os Jonas de nosso barco e teremos
menos problemas
Lucas 17:6: E o Senhor disse-lhes: “Se ti­
vésseis fé como um grão de mostarda, di­
rieis a este sicômoro: Desarraiga-te daqui
e planta-te no mar, e ela vos obedeceria.
(Mt 17:20;21:21; Mc 0:23; Lc 7:131
O que é um servo útil? Neste texto, Jesus mostra os
deveres de serviço de um servo e a sua prioridade: Servir
ao seu senhor; ele não tem outra prioridade, a não ser
servirão seu senhor
Lucas 17:7: E qual de vós que tenha um ser­
vo arando ou apascentando gado, a quem,
ao regressar do campo, lhe diria, imediata­
mente: Chega-te e assenta-te para comer?
O seu serviço não é um favor, mas um dever.
E tudo o que é feito por dever, não deve ser agradecido
- pois é parte da obrigação do servo; nem o servo
deve esperar agradecimento de seu senhor
quando fizer som ente o seu dever
Lucas 17:8: E não lhe diria antes: Prepara a
ceia para mim, cinge-te e serve-me, até que
tenha comido e bebido, e depois tu comerás
e beberás? íu 12:37}
Esta é a Lei: o dever de todos, quando a cumprirem.
Não pode ser motivo de tocar-se trombeta. Mas os
fariseus entendiam que os seus deveres deveriam ser
recompensados com elogios
Lucas 17:9: Deverá gratidão ao servo porque
fez 0 que lhe foi mandado? Creio que não.
Muitas pessoas, por causa da falsa modéstia, aclamam-
se a si mesmas servos inúteis, com o objetivo de dizer
que são servos exemplares e que não desejam receber
louvores dos homens; mas isto é apenas um pecado
de falsa modéstia. Todos aqueles que somente fazem
o que lhe foi ordenado são servos inúteis, mas todos
aqueles que vão além da Lei e do dever são servos
úteis. Servo inútil é aquele que som ente faz o que lhe
foi mandado. O servo útil caminha a segunda milha,
entrega a capa e a túnica, oferece o outro lado da face.
Ele excede o que é natural (Mt 5.20)
Lucas 17:10: Assim também vós, quando
cumprirdes tudo o que vos for ordenado,
dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos
somente o que era nosso dever”.
Os limites entre Samaria e Galiléia têm grandes surpresas
Lucas 17:11 : E aconteceu que, como ele
Lucas 17:14
ia de caminho a Jerusalém, passou entre os
limites de Samaria e da Galiléia; /Lc Q:Si ,52;
Jo4:3,4j
As doutrinas que envolvem os leprosos, desde os
registros das leis de pureza, com suas declarações de
purificação e de impurezas, registradas em Levítico e
em Deuteronômio, suas diversas histórias, incluindo a
história de Naamã, de Geasi, do homem leproso curado
no início do ministério de Cristo, desembocam agora,
juntamente com estes dez leprosos, diante da grande
autoridade sacerdotal de Cristo
Lucas 17:12: e, ao entrar em certa aldeia,
saíram a encontrá-lo dez homens leprosos,
os quais se detiveram de longe; (Lv13:46,:>
Eles não disseram: Jesus, profeta! Oujesus, evangelista!
MasJesus, mestre! Mestre também pode ordenar cura.
Mas nenhuma cura é sem misericórdia, ou somente para
glorificar o ministro e torná-lo famoso
Lucas 17:13: e levantaram a voz, dizendo:
“Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós”.
A cura de cada um deles aconteceu na obediência.
Quando eles foram ainda estavam impuros. Ao
darem a volta para ir e obedecer, se tornaram limpos!
A declaração de limpeza de uma pessoa que sofreu
lepra era complicada. Levítico nos revela vários tipos,
entre eles o que poderia ser o caso daqueles homens:
Outros sete dias. Ao permanecer em reclusão, temos
a tipologia da convivência, assistida de perto pelo
sacerdote. Somente a convivência revela a verdade.
Palavras, aparência ou formas de vestir podem enganar,
mas a convivência é a melhor reclusão, pois revela a
verdade sem engano: Levítico 13:32: “E, no sétimo
dia, o sacerdote voltará a examinar a chaga; e, se a
chaga não se estendeu, e não há pêlos amarelados ali, e
nem aprofundamento da chaga em relação à pele, mais
sete dias”: total de vinte e um dias. Ao permanecer em
reclusão, temos a tipologia da convivência, assistida de
perto pelo sacerdote. Somente a convivência revela a
verdade. Palavras, aparência ou formas de vestir podem
enganar, mas a convivência é a melhor reclusão, pois
revela a verdade sem engano: Levítico 13:33: “Então o
enfermo raspará os seus pêlos, mas não raspará a parte
afetada, e o sacerdote o deterá em reclusão por outros
sete dias”. Levítico 13:34: “E, no sétimo dia, o sacerdote
voltará a examinar a chaga. E, se observar que a chaga não
se estendeu sobre a pele e não houver se aprofundado
em relação a ela, o sacerdote o declarará limpo. Então o
enfermo lavará as suas vestes e ficará limpo
Lucas 17:14: E ele, quando os viu, disse-
lhes: “Ide e mostrai-vos aos sacerdotes”. E
aconteceu que, enquanto eles iam, ficaram
limpOS. (Lc5:14;Mt8:4;Lv 13:2; 14:2;
Todos aqueles que ouviram você pedir misericórdia terão
que ouvir você glorificar em alta voz. Como samaritano,
ele percebeu que a sua ida ao sacerdote seriava, em
função da tradição dos homens: Não seria aceito. Era
265
17:15
mais vantajoso voltar atrás e agradecer. Voltar atrás e
glorificar: Era uma atitude de valor. A sua alegria era tão
grande que entrou em êxtase: Caiu a seus pés dando-lhe
graças. Sua glorificação não estava submetida à ética
dos templos tradicionais, onde se assentam apenas os
magnatas ou aparentemente ricos e cheios de dívidas!
Lucas 17:15: E um deles, vendo que estava
curado, voltou atrás, glorificando a Deus em
alta voz;/m Ç.-5;
Observe os três estágios da adoração. A grande
adoradora era samaritana, o homem da assistência social
era samaritano, o grande adorador era samaritano!
Lucas 17:16: e caiu com o rosto em terra
aos pés de Jesus, dando-lhe graças. E este era
samaritano. mio.-si
Lucas 17:17: EJesus, respondendo, disse:
“Não foram limpos os dez? Mas onde estão
os nove?
Dar glória a Deus é uma atitude de agradecimento;
para tal, requer-se a humildade de voltar atrás. Pessoas
orgulhosas não voltam atrás; pessoas que crêem
que seus sacrifícios são a razão de suas bênçãos. Em
Levítico 13, temos os mandamentos que um ex-
leproso deveria cumprir para ser declarado limpo.
Depois de todas as coisas qualquer pessoa carnal
poderia pensar que foram os seus esforços que a
curaram, e não sua obediência à Palavra de Cristo.
Estrangeiros são aceitos diante de Deus, na casa dos
nativos, quando glorificam a Deus!
Lucas 17:18: Não houve ninguém que
voltasse para dar glória a Deus, senão este
estrangeiro?”
A lepra tinha estágios (Lv 13:34,35), entre todos eles
havia a estagnação. Somente aquele que voltou foi
completamente salvo
Lucas 17:19: Então lhe disse: “Levanta-te
e vai; a tua fé te curou”. (Lc7:50;Mt<>:22;McS:34;
Lc8:48; 18:42/
O Reino já estava entre eles desde João, e eles não
reconheceram. O Reino vem com o rei montado em
jumento, e com um profeta preparando o seu caminho
real, cujo solo é o coração do seu povo, cujo tapete, as
vestimentas de santidade de seu povo. Ele se manifestará
primeiramente sobre um jumentinho, depois no cavalo
branco (Ap 19:11)
Lucas 17:20: E, interrogado pelos fariseus
sobre quando havia de vir o Reino de Deus,
respondendo-lhes, disse: “O Reino de Deus
não vem com ostentação. ílc i ç.-n; m i=6)
Ele não é um Reino segundo o modelo externo e ilustre
dos homens que amam seguir após os famosos. Este
Reino manifestou-se primeiramente no coração dos que
Lucas 17:25
nele creram, mediante o batismo de arrependimento
Lucas 17:21: Nem dirão: Ei-lo aqui, ou ei-
lo ali! Porque eis que o Reino de Deus está
dentro de vós”. (u 17:23/
Quais seriam os dias do Filho do homem? O Filho do
homem terá vários de seus célebres dias: As suas bodas,
o Armagedon-nasua segunda vinda, a entrega de seu
Reino ao Pai - mas estes não verão nenhum deles
Lucas 17:22: E disse a seus discípulos:
“Dias virão em que desejareis ver um dos
dias do Filho do hom em e não o vereis.
(Mt 9:15; M c 2:20; Lc 5:35)
A chegada dos anticristos - os sinais eclesiológicos de
sua segunda vinda. O reino do Anticristo virá com os seus
admiradores e seus moldes humanos, e milhares irão
após os falsos cristos
Lucas 17:23: E vos dirão: Ei-lo aqui, ou
ei-lo ali! Não ireis, nem os seguireis! . c?.t:8:
M t24:23; Mc 13:21}
Não confundir este dia - da sua segunda vinda - com o
arrebatamento da Igreja, que é a nossa reunião com ele
(1 Ts 2:1). Nesse dia, como um relâmpago que fulgura
de um extremo a outro, estaremos regressando com
ele; nesse dia, ele pisará com os seus pés no monte das
Oliveiras, e dali partirá para o vale do Megido
Lucas 17:24: Porque, como o relâmpago
quando relampeja e fulgura desde um extre­
mo a outro debaixo do céu, assim também
será o Filho do homem no seu dia. (Mt24:27/
(1) Aprimeira vinda, como Cordeiro (Is 53)
Lucas 17:25: Mas é necessário que ele pa­
deça, primeiramente, muitas coisas e seja
reprovado por esta geração. (Mt i 6:2i ; í c 9:22í
(2) Asegunda vinda, como Leão datribo dejudá. Os
apóstolos não ficaram no púlpito todo o tempo. Ainda que
eles quisessem ficar, estariam com desejo de continuar
na capital dajudéia:jerusalém. Mas a tribulação e a nova
dispersão (“Diáspora”) chegaram com amorte de Estêvão.
A perseguição acabaria com o individualismo e o orgulho
dos homens do ministério, e com algumas congregações
em Jerusalém. Na verdade, Paulo, Apoio, Timóteo, Silas,
Estêvão, deveriam ter um lugar especial no ministério.
Assim, imediatamente, o Evangelho chegou ao mundo
conhecido de então, e o poder de Deus foi conhecido em
todas as nações e o Espírito Santo deu forma ao Corpo de
Cristo, pelos resultados da pregação do Evangelho, dos
ensinamentos e do batismo. Mas Jesus não veio. Qual foi
o erro? Mateus 24.14 nos diz que este Evangelho do Reino
seria pregado em todo o mundo, para testemunho a todas
as nações; então viria o fim. Mas o que este verso quer
dizer? Alguns estudiosos de nosso tempo não esperam
a vinda de Jesus tão cedo, pois crêem que somente uma
pequena parte das pessoas no mundo escutaram a
266
17:26
mensagem do Evangelho, e ensinam que a vinda de Jesus
está ligada ao cumprimento deste verso. Mas o que diz a
Bíblia acerca disto? Os textos de Apocalipse 3:11; 22:12;
14:6 concordam: “eis aqui venho logo, e meu galardão
está comigo...”; “vi voar pelo meio do céu aoutro anjo, que
tinha o Evangelho Eterno para proclamá-lo aos moradores
da terra, atoda nação, tribo, línguae povo”. Éverdade
que Jesus virá quando o Evangelho for pregado em todo o
mundo, mas esta pregação será feita inclusive durante a
Grande Tribulação (Lc 11:5-13;Ap 14:6,7). Pães, peixes
e ovos serão dados às pessoas que jamais ouviram falar do
Evangelho. A ênfase dos missiólogos: Muitos missionários
dão mais ênfase às missões, em vez de usarem a Palavra
de Deus integral, sempre dizem que Mateus 24:14 se
refere à vinda deJesus. Mas o texto diz que, depois que
o Evangelho for pregado em todo o mundo, inclusive
na Grande Tribulação, virá o fim. Mas o fim não é o
arrebatamento, o fim é a implantação do Reino de Deus
literalmente, na terra; o fim termina com o Armagedon e o
Reino literal de Cristo implantado sobre toda a terra. O fim
não é o arrebatamento da Igreja
Lucas 17:26: E, como aconteceu nos dias
de Noé, assim também será nos dias do Filho
do homem . (Mt24:37-39; Gn 7)
Os dias do Filho do homem são dias de tribulação para
Israel, engano para as nações e revelação do Reino
de Cristo para todos. Nesses dias, Israel e as nações
estarão experimentando as delícias da alimentação,
as delícias do prazer carnal e do jogo mundano que
tratará o matrimônio entre um homem e uma mulher.
A entrada de Noé na arca serve de tipologia tanto para a
Igreja, que será arrebatada paraaNovaJerusalém (2Ts
2:7), bem como para o remanescente de Israel, que será
arrebatado para o deserto, onde permanecerá três anos e
meio (Ap 12:14). O dilúvio é o tipo da Grande Tribulação
pacífica de três anos e meio “para Noé e sua família”:
o remanescente de Israel e algreja (tal tribulação será
muito maior para os mártires da fé, nessé tempo); o
mesmo dilúvio é, também, tipo da grande tribulação de
três anos e meio sobre os gentios
Lucas 17:27: Comiam, bebiam, casavam-
se e davam-se em casamento, até o dia em
que Noé entrou na arca; então veio o dilú­
vio, e os destruiu a todos.
As ocupações do homem natural
Lucas 17:28: Da mesma forma como tam­
bém aconteceu nos dias de Ló: Comiam,
bebiam, compravam, vendiam, plantavam
e edificavam; (Cn / 8:20-33; 19:24,25;
Um tipo da Igreja que impede a destruição deste mundo,
segundo a visão de Paulo: “Até que do meio seja tirado”
(2 Ts2:3-7). Este povo que “do meio será tirado” inclui
desde a Igreja que será arrebatada (no início), os mártires
da Grande Tribulação (no meio) e as duas testemunhas
(no fim) que atuarão na segunda metade da Grande
Tribulação (Ap 11). Então virá a destruição na revelação
Lucas 17:33
da segunda vinda de Cristo
Lucas 17:29: mas, no dia em que Ló saiu de
Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, e a
tOdOS deStruiU . íGn 19:24}
A segunda vinda de Jesus não pode ser confundido com
o arrebatamento da Igreja, fato que se dará no início da
Grande Tribulação. Logo após, se dará o aparecimento
do Anticristo montado em uma besta, que é tipo do
poder religioso ecumênico que trabalhará para ele até
a metade da Grande Tribulação. Depois disso, será
substituída pelo Falso Profeta, o qual atuará na segunda
metade da mesma semana de Grande Tribulação. Não
confundir este dia com o arrebatamento
Lucas 17:30: Da mesma maneira acon­
tecerá no dia em que o Filho do homem se
revelar.;. 7, v
Duas atitudes de fé daqueles que estiverem vivendo
aqueles dias: Não descer nem voltar atrás. Observe onde
já chegou e onde está trabalhando: No teto e no campo.
Observar isto do ponto de vista espiritual
Lucas 17:31: Naquele dia, aquele que es­
tiver sobre o telhado, tendo os seus objetos
de afeição em casa, não desça para levá-los;
e, igualmente, aquele que estiver no campo,
não volte para trás. M 2 4 :i7 , i s ; m c i z i s , iój
Por que a mulher de Ló olhou para trás? (1) A cidade
de seus sonhos estava ali; (2) seus filhos homens
permaneceram ali, não quiseram vir com seus pais; (3)
seu coração estava na cidade. Ela demonstrou que foi
a pessoa de maior influência sobre a vida de Ló, pois,
mesmo depois de sua triste experiência, ao ser levado
cativo pelos reis que invadiram Sodoma, regressou para
lá. Ela olhou para trás porque os seus olhos estavam
postos sobre as campinas do Jordão. (4) Ela olhou para
trás porque a sua natureza era semelhante à terra onde
vivia: era sal. Era uma mulher de uma única virtude - sal
(v.31). Os objetos de sua afeição estavam ali; ela já estava
salva (no teto) edesceu.(5)Elaprocurou salvar a sua vida.
Isto quer dizer que algumas pessoas têmasuavida fora
de seu corpo- nos bens deste mundo (v. 33). (6) Ela vivia
como sendo esposa de Ló, dormia na mesma cama, mas
não tinha a mesma fé de seu esposo (v. 34)
Lucas 17:32: Lembrai-vos da mulher de
LÓ. i'Gn 19:26!
A comparação entre Orfa e Rute; entre Noemi e Orfa;
entre o jovem rico e os tesouros do Céu; entre o irmão do
pródigo e o pródigo; entre Ananias e Safira
Lucas 17:33: Todo aquele que procurar sal­
var a sua vida, há de perdê-la; e todo aquele
que perder a sua vida, há de salvá-la. (Mt 10.39;
Mc 8:35; Lc 9:24!
Um infiel entre dois casados. Se não se aplica a Israel,
mas, sim, ao remanescente, para onde irá o arrebatado?
17:34
Para o deserto (Ap 12:14,15)
Lucas 17:34: Eu vos digo que, naquela
noite, o casal estará em uma cama; um será
tomado, e outro será deixado. (Mt24:40,4ij
Uma infiel entre duas colegas trabalhadoras domésticas.
Se não se aplica à Igreja, e sim a Israel, para onde irá o
arrebatado? Para o deserto (Ap 12:14,15)
Lucas 17:35: Estarão duas juntas, moendo;
uma será tomada, e a outra será deixada.
Um infiel entre dois trabalhadores no campo
Lucas 17:36: Estarão dois no campo; um
será tomado, e o outro será deixado”.
A mensagem de Cristo termina dizendo que onde
houver ímpios marcados para o juízo, ali o juízo de Deus
o alcançará. Será tão grande a extensão do seu juízo que
até as águias o executarão; mas o sentido próprio do
provérbio é que onde houver motivo, haverá juízo natural.
(1) Sentido político: Onde houver riquezas, haverá
interessados em roubá-las; (2) sentido econômico: onde
houver rumores de guerra, haverá máfias de armamentos
bélicos e exércitos; (3) sentido popular: onde houver
clientes, haverásupridores; (3) sentido natural esensual:
onde houver corpos mortos, haverá abutres; (4) sentido
ilegal: onde houver viciados, haverá narcotraficantes
Lucas 17:37: E eles, respondendo, disse-
ram-lhe: “Onde, Senhor?” E ele lhes disse:
“Onde estiver o corpo, ali também se ajun­
tarão aS ágUias”. (M 24:28)
Lucas, capítulo dezoito (18)
A perseverança da viúva e o exemplo de fé. Jesus compara
a perseverança na oração como uma luta judicial; uma luta
de uma viúva contra um poderoso juiz. Jesus mostra que,
embora ela fosse viúva e o juiz fosse iníquo, ela não teve
medo de continuara sua luta diante do tribunal:
Lucas 18:1: E propôs-lhes também uma
parábola sobre a necessidade de orar sem ­
pre e nãO desfalecer, (Lcl 1:5-8; Rm 12:l2;Efò:18;
Cl 4:2; I Ts5:17)
A viúva sabia que o juiz era iníquo, não respeitava
a homem algum, mas sabia que havia sobre ele um
ministério público que o fazia tremer. Para ela não
importavao seu caráter, mas asuamissão dejuiz
Lucas 18:2: dizendo: “Havia em certa ci­
dade um juiz, que não temia a Deus, nem
respeitava hom em algum.
Jesus mostra uma contraposição entre a fraqueza e a
fortaleza; dependendo da situação, o juiz pode temer a
uma viúva. O que faz o juiz temer a viúva? A perseverança
contínua. Jesus mostra que os adversários não temem
viúvas, mas mostra também que a viúva não pode ficar
LUCAS 18:9
esperando as bênçãos na sua porta, e que deve trabalhar
pela sua vitória
Lucas 18:3: Havia também naquela cidade
uma viúva, que vinha ter com ele, continua­
mente, dizendo: Faze-me justiça diante do
meu adversário.
A viúva não se importou se o juiz não queria atendê-la. Ela
tinha um protocolo nas mãos. O juiz tinha de atendê-la.
Protocolo nas mãos é um poder. Quem não tem protocolo
não tem como esperar resposta ao seu processo
Lucas 18:4: E ele, por algum tempo, não
quis atendê-la; mas, depois, disse consigo:
Ainda que não temo a Deus, e não respeito
aos homens,
A viúva descobriu que o juiz não combate com quem
persevera e certamente a atenderia, porque ela tornou-
se uma carga para ele. Não devemos nos preocupar se
o juiz tarda, se temos o protocolo; não devemos nos
importar se nossa perseverança nos causa trabalho, mas
sim com o efeito de nosso trabalho de perseverança.
Não devemos nos importar se o juiz não teme a homem
algum e nem a Deus, mas sim com o fato de que o juiz
está ali para julgar causas e o juiz tem uma fraqueza: ele
teme a uma viúva perseverante
Lucas 18:5: no entanto, como esta viúva
tornou-se uma carga para mim, hei de fazer-
lhe justiça, para que não volte continuamen­
te e me perturbe”, tu / /.•<?/
O juiz injusto mostrou a quem teme
Lucas 18:6: Então disse o Senhor: “Atentai
para aquilo que o injusto juiz disse!
O tempo da espera de um homem diante de Deus é
a preparação e lapidação daquilo que é perfeito e o
bloqueio daquilo que é apenas bom, apenas agradável
Lucas 18:7: Porventura, Deus não fará jus­
tiça aos seus eleitos, que clamam a ele de
dia e de noite, ainda que, tardando, os faça
esperar largo tempo? (Ap6:io; Rm 8:33; cu.-u:
2 Tm2:10j
A contínua perseverança apressa o atendimento do juiz
contra nossos adversários. Para que esta perseverança
seja efetiva é necessário fé. Ele pergunta: Se ele chegar
para trazer a resposta de nossas súplicas achará fé? Ou
todos desistirão diante do juiz que tarda em responder?
Lucas 18:8: Eu vos digo que, depressa, lhes
fará justiça. No entanto, quando o Filho do
hom em vier, achará fé na terra?”
A confiança em si mesmo, e a justificação do pecador que
declara asua confiança somente em Deus
Lucas 18:9: E disse também esta parábola
268
18:10
a alguns que muito confiavam em si mes­
mos, tendo-se por justos, e desprezavam os
demais: (Lció .-is )
As duas orações e os dois tipos de caráter
Lucas 18:10: “Dois homens subiram ao
Templo para orar; um era fariseu, e o outro
erapublicano.
A oração do fariseu. Quando ohomem sobe exaltado
e desce humilhado? Quando se compara a outros em
oração. Quando coloca o seu irmão excluído da sua
congregação no mesmo nível dos ladrões, dos injustos e
dos adúlteros. Homens que devem quinhentos denários
podem sair justificados e homens que devem cinqiienta
podem saircondenados
Lucas 1 8 :1 1 : 0 fariseu, pondo-se em pé,
orava consigo m esm o desta maneira: Ó
Deus, graças te dou porque não sou com o
os dem ais h om en s, ladrões, injustos e
adúlteros, e nem sequer com o este publi-
cano. (Mt6:5;Mc 11:25)
Suas ofertas e sacrifícios vão para o altar do memorial, e
não são queimados diante do altar; jejum e oração não
justificam o homem, se o seu próximo está excluído de
seu relacionamento, como ele mesmo confessa acima
Lucas 18:12: Jejuo duas vezes na semana;
dou a décima parte de todas as minhas en­
tradas. (Lc5:33-35;Mt 9:14; l,c / l:42j
A oração do publicano. A humilhação é feita com temor
- mostra a indignidade do homem; a humilhação leva
o homem a acusar a si mesmo por seus pecados e não
procura culpados; a humilhação clama pela misericórdia
de Deus. O homem não será condenado porque é
pecador, mas sim por rejeitar a justificação oferecida pelo
Salvador dos pecados
Lucas 1 8 :1 3 : 0 publicano, porém, estan­
do em pé, postou-se de longe, e não queria
sequer levantar os olhos ao céu, mas dava
golpes no próprio peito, dizendo: Ó Deus,
tem misericórdia de mim, pecador. (Lc23:48j
Osegredo para alcançara justificação: Humilhar-se.
Ajustificação exalta o homem. Quando o
homem desce exaltado? Quando humilha-se
diante de Deus em oração
Lucas 18:14: Eu vos digo que este desceu
justificado para sua casa, e aquele não; por­
que todo aquele que se exalta, será humi­
lhado; e todo aquele que se humilha, será
exaltado ”. (Mt23:12;Lc 14:11; I Pe5:6j
A apresentação de bebês a Cristo para receberem
Lucas 18:15
as suas bênçãos (Lc 2:1 -14), como o próprio Cristo foi
apresentado ao Senhor
Lucas 18:15: E traziam-lhe também bebês
recém-nascidos, para que ele os tocasse; 0
mas os seus discípulos, vendo isso, os repre­
endiam.
Há um tempo em que o homem vive sem lei: é um tempo 2
biologicamente testemunhado- antes de cairoseu
primeiro dente de leite. Biologicamente, Deus pôs este
sinal no homem (Gn 49:12). O tempo da inocência não '
traz condenação. O Reino de Deus é das crianças. Até
ocorrer o que disse Paulo em Romanos 7:9, uma criança é
inocente. Se morre antes do tempo referido em Romanos
7:9, sua alma não sofre a condenação, nem passa pelo
Hades. A morte dos cananeus nas conquistas de Israel,
por Josué, ao fio da espada, ou das crianças de Sodoma e
Gomorra, de certa maneira, foi um ato de misericórdia
de Deus, porque aquelas vidas não chegariam à
estatura pecaminosa de seus pais, levando sobre si a
sua culpabilidade pessoal e da cultura negativa de seus
ancestrais (Lv 18). A morte delas guardava suas almas; e,
naquele dia, não faltará representante de nenhuma tribo,
povo, língua ou nação no Reino de Deus. Hoje, todas as
crianças que morrem antes da sentença de Romanos 7:9,
vão para ajerusalém Celestial, e aos seus milhares de
anjos, e a Deus, juiz de todos; para lá vão em alma, pois
Lucas L ucas Lucas L ucas Lucas
os seus corpos físicos ficam na sepultura esperando a sua
ressurreição. Além de tudo isto, o Inferno propriamente
dito, jamais foi inaugurado. Hoje, o que está funcionando
somente para os demônios e homens ímpios, é o Hades
(Sheol). Os ímpios vão ao Lugar de Tormentos e os
demônios ao abismo. Existem crianças que chegam à
idade chamada “idade da consciência” em diferentes
faixas etárias (dependendo de seu conhecimento), mas
sempre ocorre o mesmo que disse Paulo em Romanos
7:9. Alguns, com boa intenção e levando sobre si uma
carga pela salvação das crianças, chegam a assegurar
a sua salvação desde o ventre da sua mãe; creio que
a intenção é boa, mas pode cairno mesmo extremo
negativo do batismo infantil. Para isso, se estabelece
uma teologia que gera medo e não paz. O texto de Salmo
51:7 não se aplica a todos os homens, mas ávida pessoal
de Davi, como consta em sua história, pois foi fruto de
relação extraconjugal. O texto de Apocalipse 20, onde
lemos as palavras “grandes e pequenos”, não se refere a
crianças e a adultos, porque alma não tem estatu ra, mas
refere-se a pessoas ilustres e não ilustres. Por outro lado,
Jesus também veio ao Pai quando era criança e recebeu
todas as sete bênçãos que recebem as crianças que são
apresentadas ao Senhor: (1) Destino profético, como o
dado por Simeão; (2) uma segunda mãe profética, como
Ana,aviúvaquepropagavaatodosaseurespeito; (3)
bênçãos que vêm de longe: ouro, incenso e mirra; (4) a
adolescência na presença de Deus, no Templo de Deus,
com a sabedoria de Deus; (5) direito a um precursor
que abre portas profissionais para ela, como João o fez
por Cristo; (6) uma experiência corporal com o Espírito
Santo, no batismo; (7) triunfo sobre Satanás nos seus três
principais ataques - dinheiro fácil, glória efêmera por
adoração, e vitória sobre o suicídio. Todos os pais devem
269
18:16
apresentar os seus filhos ao Senhor com uma oferta, por
menor que ela seja (Lv 12; Lc 3:21 • 14)
Lucas 18:16: Mas Jesus, chamando-os a
si, disse: “Deixai vir a mim os pequeninos e
não os impeçais, porque dos tais é o Reino
de Deus.
Como age uma criança em relação ao Reino de Deus?
Uma criança é a figura do amor. Em relação ao Reino de
Deus, uma criança é paciente, é benigna; não é invejosa;
não se vanglória por causa das coisas de Cristo e não
se ensoberbece. Uma criança, em relação ao Reino de
Deus, não se comporta indecentemente, nem procura
o seu próprio interesse; não se irrita com a justiça e nem
suspeita mal de seu colega. Uma criança, em relação
ao Reino, não se regozija com a injustiça, mas com a
verdade. Mas o retrato espantoso do caráter de uma
criança em relação ao Reino é que ela tudo sofre, tudo
crê e tudo espera; tudo suporta (1 Co 13:4-7). Assim uma
criança recebe o Reino de Deus
Lucas 18:17: Verdadeiramente vos digo:
Aquele que não receber o Reino de Deus como
uma criança, não entrará nele”. (M tw .sj
Ele se referia à ressurreição dos mortos: “Como fazer
para ressuscitar e viver eternamente?” (Lv 18:5; Rm 10:5-
8). Ele já sabia a resposta, pois era ensinado em todas
as sinagogas que quem cumprisse a Lei ressuscitaria,
segundo a promessa a esse respeito
Lucas 18:18: Então, um certo príncipe
perguntou-lhe, dizendo: “Bom Mestre, que
devo fazer para herdar a vida eterna? ”
Jesus queria desmascarar asuahipocrisia. Alguns dizem
que se ele fosse Deus aceitaria que lhe chamassem de
Bom, sendo que ele também era Deus. Mas ele estava
vivendo no mundo como homem, segundo a sua
humilhação (Fp 2:5-8), e se ele aceitasse aquela palavra,
estaria contradizendo asua humilhação (Jo 5:19).
Como o seu discernimento era apurado, ele rejeitou
imediatamente aquela palavra designada somente a Deus
Lucas 18:19: Jesus lhe disse: “Por que
me dizes bom? N inguém é bom , senão
um só, Deus.
Jesus mostra que eleja conhecia a resposta
de sua pergunta (Lv 18:5)
Lucas 18:20: Já conheces os mandamentos:
Não cometas adultério, não mates, não fur­
tes, não digas falso testemunho, honra a teu
pai e a tua mãe”. (Êx20:12-16;Dt5:ló20;Rm 13:9)
Então ele estava a caminho da vida eterna, se não
fosse uma coisa: A avareza que o dominava
Lucas 18:21: E disse ele: “Todas essas
coisas tenho praticado desde a minha ju­
ventude”.
Lucas 18:26
Ele não tinha chance de herdaravida eterna segundo as
suas próprias obras, pois somente desde a sua juventude
ele estava praticando os mandamentos divinos. Jesus
estava dizendo: “Eu vou cumprir a Lei, e, através de mim,
poderás herdar a vida eterna. Com a minha vitória nesta
grande carreira eu hei de triunfar, e, se me seguires,
terás um tesouro no Céu: Somente terá tesouro no Céu
quem herdar a vida eterna”. Mas ele não entendeu que
somente através de Cristo, e seguindo-o, ele alcançaria o
que desejava: A vida eterna
Lucas 18:22: E, quando Jesus ouviu isto,
disse-lhe: “Uma coisa ainda te falta: Vende
tudo quanto tens, reparte-o com os pobres
e terás um tesouro no Céu; depois, vem e
S e g U e - m e ” . (Lcl2:33;Mt 19:21)
Jesus lhe deu a oportunidade para entrar no Reino
e ainda de transformar asua riqueza terrena em
riquezas celestiais: Coisa que quase todos os ricos
não sabem fazer-trabalhar com o câmbio do Reino
de Deus. Era fico, mas não sabia negociar com Deus.
Empresário que não souber negociar com Deus ainda
não terminou o seu curso
Lucas 18:23: Mas ele, ao ouvir isso, ficou
muito aflito, porque era muito rico.
Para entrar no Reino de Deus os ricos não devem
vender tudo o que têm, basta segui-lo. Mas Jesus sabia
que, naquele caso, aquele rico jamais o seguiria, pois
estava bloqueado com as suas próprias riquezas e
jamais poderia seguir a Cristo, que era o principal; e
Jesus realmente queria facilitar para que aquele jovem
o seguisse, pois se quisermos entrar no Reino de Deus
devemos seguir a Cristo sem embaraços
Lucas 18:24: E, vendo Jesus como ele fi­
cou muito aflito, disse: “Quão dificilmente
entrarão no Reino de Deus aqueles que têm
riquezas! {Pviiasi
Se Jesus compara a entrada no Reino de Deus à medida
estreita de uma agulha, e o camelo poderia entrar pelo
olho de uma agulha, o rico também. Pois, se o camelo,
que é bem maiorque o homem, passa, o rico também
passaria. Então, por que não pode entrar? Porque ele
quer levar as suas riquezas com ele, e estas não passam
no olho da agulha, de Deus - que é semelhante à entrada
do Reino - e o camelo não tem riquezas
Lucas 18:25: Na verdade, é mais fácil en ­
trar um camelo pelo olho de uma agulha do
que um rico entrar no Reino de D eus”.
Todos aqueles que souberem trocar as suas riquezas no
banco de Deus, antes de passarem desta vida para a outra,
e desejarem ardentemente seguira Cristo
Lucas 18:26: E aqueles que o ouviram,
disseram: “Logo, quem então poderá
salvar-se?”
270
18:27 Lucas
Seguir ajesus Cristo: todas as coisas são possíveis para
aqueles que seguem a Cristo
Lucas 18:27: Mas ele lhes disse: “As coisas
que são impossíveis para os hom ens, são
possíveis para D eus”. (Cn I8:14;jó42:2;jr32:17;
Lc 1:37j
Esta é a prova que o rico pode passar, mas sem bagagem.
Os discípulos entenderam isso bem claramente
Lucas 18:28: Então disse Pedro: “Eis que
nós deixamos tudo e te seguim os”, ílcs.-h )
Devemos ler este texto no contexto geral que envolve
o assunto, e não isoladamente, pois ele fala da carga, da
fazenda, dos empecilhos que interpõem-se entre nós e o
nosso maior alvo: entrar no Reino de Deus. A vontade de
Deus é que toda a nossa casa seja salva. Mas, se houver
alguém que não queira usufruir da salvação, devemos
avançar, segundo a ordem de Deus, mesmo que ela queira
ficar. Por isso, Jesus disse: “Lembrai-vos damulherdeLó”.A
mulher de uma virtude: sal. Ela tinha somente uma virtude,
nada mais: sal. Ela se converteu, de modo semelhante,
ao seu ambientee ao mundo, o qual amava: em salitre do
marMorto: Gênesis 19:26: “Ea mulher de Ló, quando
fugia, olhou para trás e ficou convertida numa estátua de
sal”. Ló estava aponto de morrer, mas Abraão resolveu
voltarao local da intercessão: Gênesis 19:27-28: “EAbraão
levantou-se de madrugada, e foi ao lugar onde estivera
intercedendo de pé diante do Senhorjeová; e quando
esteve contemplando a face de Sodoma e Gomorrae toda a
terra da planície, viu que a fumaça subia da terra como ade
umafomalha”. Deus respeita o intercessor: Gênesis 19:29:
“Aconteceu que, ao destruir Deus as cidades da planície,
lembrou-se do que havia conversado com Abraão, e tirou Ló
do meio da destruição, ao subverter aquelas cidades em que
Ló habitava”. Os discípulos deixaram casa, Ló deixou sua
mulher; Abraão deixou os pais, Davi deixou os irmãos; Arão
deixou osfilhosporcausadoReino de Deus.
Observe o caráter desses familiares em Lucas 21:16 e
entenda melhor o queJesus dizia
Lucas 18:29: E Jesus lhes disse: “Na ver­
dade vos digo: Não há ninguém que tenha
deixado casa, ou mulher, ou pais, ou irmãos,
ou filhos, pelo Reino de Deus,
Ló, sem sua mulher, foi pai de grandes nações - foi pai
de Rute, de onde veio Davi, cujo reino é eterno; Abraão
tomou-se pai de multidão de nações e da fé; Davi tornou-
se rei de Israel e pai de Cristo, o rei eterno das nações;
Arão cumpriu o seu sacerdócio e foi tipo do sacerdócio
eterno de Cristo; os benefícios para aquele que avança
em direção ao "olho da agulha” do Reino de Deus,
deixando para trás tudo aquilo que porali não passa,
são grandes; especialmente para aquele que aprende
que, por meio da beneficência, os ricos podem trocar as
suas riquezas terrenas em celestiais. Os benefícios são
terrenos e eternos
Lucas 18:30: que não haja de receber mui­
tas vezes mais neste tempo e, no século vin­
271
18:37
douro, avida eterna”. (Mt 12:32)
A confirmação messiânica pessoal de que ele era o
principal alvo profético do Antigo Testamento e de que
todas as profecias ditas nos salmos e em alguns profetas
seriam cumpridos
Lucas 18:31: E, tomando à parte os doze,
disse-lhes: “Eis que subimos a Jerusalém, e
serão cumpridas todas as coisas escritas pe­
los profetas a respeito do Filho do homem.
(Mt I ó:21;Lc 9:51;S!22j
Os gentios, sem saber, fizeram o papel rejeitado pelos
príncipes do sacerdócio daquela época. Mas, no meio
daquela injúria, ele seria declarado rei sob os auspícios
do Império Romano, algo que ele há de cobrarna sua
segunda vinda
Lucas 18:32: Porque será entregue aos
gentios, e será escarnecido, injuriado e cus­
pido; (Mt 16:21; 27:2; Lc23:lj
Ele profetiza a respeito dos seis julgamentos,
os três religiosos e os três civis (Dt 21), segundo a
descrição profética da Lei
Lucas 18:33: e o açoitarão, e lhe tirarão a
vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitará”.
Somente depois da sua ressurreição, ele se revelou
a seus discípulos e depois lhes abriu os olhos para
compreenderem as Escrituras: Dois acontecimentos
especiais que provam que ninguém poderá entender as
coisas relacionadas a Deus se Cristo não lhe for revelado,
nem os olhos de seu entendimento forem abertos por ele
Lucas 18:34: E eles não entendiam nada
dessas coisas; e esta declaração lhes estava
encoberta, e não compreendiam o que se
lhes dizia. íLc2:50;9:45;Mc 9:32;Jo W:6;Mc9:32)
O cego dejericó. Este homem já havia visto
anteriormente. Ele mesmo disse: “Que torne a ver”. Era
uma pessoa ilustre e sábia; tinha conhecimento profundo
da História. Conhecia avida de Davi. Conhecia os relatos
históricos. Este cego estava na entrada da cidade
Lucas 18:35: E aconteceu que, quando
ele se aproximava dejericó, um cego estava
assentado junto do caminho, mendigando.
A sensibilidade de seus ouvidos era uma
compensação à falta de visão
Lucas 18:36: E, quando ouviu o tropel da
multidão que passava, perguntou que era
aquilo.
Para todos, era Jesus de Nazaré que ia passando, mas para
o cego, era o filho de Davi; e ele conhecia algo sobre ele
Lucas 18:37: E lhe disseram que erajesus
de Nazaré que ia passando.
r
18:38 LUCAS
Quer ser curado? Clame o seu nome como Filho de Davi!
Autentique a obra do Espírito Santo em Maria. Diga-lhe
que ele veio por obra e graça do Espírito Santo, e por
Maria, de Natã, ele é filho de Davi. O cego dejericó sabia
este grande segredo. Este segredo revelado fez com que
Jesus parasse para recebê-lo. Este grande segredo foi
revelado diante de uma multidão
Lucas 18:38: Então, ele clamava, dizendo:
“Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de
mim”. (MtQ:27:
Por muitos anos o cego quis revelar este segredo. Ele era
cego, mas não era inculto. Ele já havia lido algum diana
vida. Sua visão foi recuperada. Nós sabemos que Davi
não teve misericórdia dos cegos nem dos coxos, pois
ele os aborrecia. (1) Aqui está a razão por que os cegos
clamavam: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de
mim ”, porque Davi tinha aversão por eles. Mas quando
Davi invadiu a cidade de Jerusalém, os cegos por isso
clamavam da mesma forma: “Davi, tem misericórdia
de mim ”, pois nesse tempo os coxos e os cegos eram
deixados em Jerusalém por seus parentes e aquela
cidade era uma cidade de terror e de grande miséria.
Uma das principais razões por que Davi entrou e invadiu
a cidade foi por causa da zombaria do rei dos jebuseus,
que considerou Davi um homem bom demais para
tirar os cegos e os coxos dali, considerando-se a sua
grande misericórdia como homem. E o rei dos jebuseus,
covardemente, os colocou como ante muro nos dias de
batalha contra Davi, a fim de impedir a sua entrada na
cidade. O rei, covardemente, colocou os cegos como
barreira, para mostrar que Davi não tinha qualquer
misericórdia: 2 Samuel 5:6: E o rei e os seus homens
foram ajerusalém contra os jebuseus, habitantes da
terra, os quais falaram a Davi, dizendo: “Não entrarás
aqui, a menos que, antes, lances fora os cegos e os
coxos”, querendo dizer: “Davi não pode entrar aqui”.
2 Samuel 5:7: Mas, ainda assim, Davi tomou a fortaleza
de Sião (“lugar escalvado”), a Cidade de Davi. Nenhuma
estratégia poderia impedir que Davi conquistasse a
cidade. Os cegos gritavam: “Davi, não nos mate! Tem
misericórdia!” Porisso, nos dias de Cristo, os cegos
gritavam: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” E
realmentejesus teve misericórdia deles. Davijamais
imaginou que um dia Mefibosete iria comer na sua mesa.
2 Samuel 5:8: Então Davi disse naquele dia: “Quem ferir
os jebuseus, e passar pelo aqueduto subterrâneo, e ferir
os coxos e os cegos, a quem a alma de Davi aborrece, será
recompensado”. Porisso diziam: “Nem cego e nem coxo
podem entrar na casa”
Lucas 18:39: E os que iam adiante o repre­
endiam para que se calasse; mas ele clamava
ainda mais alto: “Ó Filho de Davi, tem mise­
ricórdia de mim! ” (Lc is.38)
A aproxi mação de Cristo é necessária, mas o trabalho
do evangelista de trazê-lo a Cristo também é louvado.
Quando se aproximares de Cristo, deixa que ele faça as
perguntas
Lucas 18:40: Jesus, então, se deteve, e or­
272
19:1
denou que a ele o trouxessem; e, quando ele
se aproximou, perguntou-lhe,
Mesmo que Deus saiba o que precisamos, ele pergunta o
que queremos que ele nos faça. Ele queria resgatar aquilo
que era dele e que ele havia perdido. Asua visão estava
no palácio do homem valente (Lc 11:21). E o homem
mais forte do que ele entrou em sua fortaleza e trouxe de
volta a sua vista
Lucas 18:41: dizendo: “Que queres que
eu te faça?” E ele disse: “Senhor, que eu re­
cobre avista”.
Qual é a fé que cura? É a mesma que salva. É a mesma
que conhece os seus direitos. Ele quis dizer: “Quero ter
domínio sobre os meus olhos novamente”. Ele passou
a ver, e a primeira pessoa que ele viu foi o Filho de Deus
diante dele. Ele viu o seu curador e o seu Salvador
Lucas 18:42: EJesus lhe disse: “Vê”; a tua
fé te curou. /.'MtQ:22;Mc5:34;Lcl7:lÇjI
Quem é cego pergunta quem é quando o Senhor passa,
mas quem recobra a visão o segue, e quem o segue,
glorifica-o. E quem o vê e o ouve, glorifica também
Lucas 18:43: E instantaneamente recupe­
rou a vista, e o seguia glorificando a Deus. E
todo o povo, vendo isso, glorificava a Deus.
(M 9:8; Lc 13:17)
Lucas, capítulo dezenove (19)
Jesus havia se identificado com o caminho dos pecadores.
Dejerusalém ajericó, muitos eram assaltados. Jesus
havia entrado na cidade do grande ministro da economia,
nomeado por Roma: Zaqueu, o grande cobrador de
impostos. Morava esplendidamente e em sossego.
Dentre aqueles discípulos, haviaum que muito o
influenciou: Levi, seu ex-funcionário. Ele estava curioso
para saber por que Levi havia deixado tudo para seguir
aquele tão afamado homem de Nazaré
Lucas 19:1: E, tendo Jesus entrado, ia pas­
sando por Jericó. nc w:35j
Aquele não era um simples líder e mestre em economia.
Era um grande homem, embora fosse de baixa estatura.
Considerado como publicano, pois trabalhava para
Roma, sendo do povo de Israel, Zaqueu havia sofrido
muito para chegaràquela concorrida posição de
fidelidade. Sendo de baixa estatura, sua história,
desde a sua infância, é memorável e exemplar. Ele
não foi um menino comum, e como todos que sofrem
de algum problema físico, e triunfam, ele tinha uma
linda história para ser contada e escrita, revelando-nos
todas as dificuldades que ele havia enfrentado nasua
longa trajetória profissional: Entre os escárnios e a
zombaria, o triunfo, a sabedoria, a grandeza de caráter,
a perseverança e a poderosa capacidade de administrar
grandes economias. Ao ser nomeado príncipe do
cobradores de impostos por altas patentes de grande
19:2
confiança do Imperador, tornou-se um dos homens
mais importantes de sua geração, de quem a sua Cidade
tinha muito orgulho. Mas a sua grande vitória foi ter
sido nomeado como príncipe rico em uma cidade onde
a maldição imperava desde os dias do grande capitão
Josué: Ser alguém na terra da maldição é uma grande
façanha humana
Lucas 19:2: E eis que ali havia um homem
chamado Zaqueu ( “puro ”), que era príncipe
dos publicanose rico.
Apesar de todos os seus triunfos, aigo lhe inquietava:
A decisão de Levi. Por que Levi o seguiu? Ele queria
ver quem era Jesus. Mas como ver quem erajesus sem
andar com ele, sem comungar com ele? Ele pensou ser
possível ver e conhecê-lo. Jesus tinha outra opinião
sobre isso. Ele era um príncipe, rico: Mas faltava-lhe
uma coisa - conhecer aJesus Cristo. Mas havia alguns
impedimentos: (1) A multidão - a multidão de muitas
dificuldades; mas também é composta de muitas
pessoas que sempre procuram nos impedir de estar
diante dele; (2) a sua estatura-sua capacidade natural
era nanica diante da posição exigida para ver o que ele
queria. Outros estavam diante dele
Lucas 19:3: E procurava ver quem eraje­
sus, mas não podia, por causa da multidão,
pois era de pequena estatura.
Mas ele não se incomodou com as dificuldades. Ele
estava acostumado atriunfar sobre as dificuldades.
Então, como ele as venceu? (1) Ele correu adiante. Ele
foi à frente damultidão. Seus passos não ajudavam,
então ele correu adiante. (2) Depois ele subiu em um
sicômoro. Uma árvore que foi plantada para servir de
apoio para os enxertos das verdadeiras figueiras; uma
árvore desprezível diante das figueiras. Elas eram como
os publicanos diante dos fariseus. Ele subiu ali, como
devem subir sobre todas suas dificuldades aqueles
que verdadeiramente querem conhecer ajesus ou
querem alcançar a realização de seus sonhos. Em vez
de considerar a árvore mais um impedimento, ele a
considerou como uma arquibancada. Escondido entre as
grandes folhas, os olhos de Jesus o divisaram. Jesus havia
de passarperto daquela desprezível árvore, atraído pela
curiosidade de um publicano. Ponha-se no caminho de
Jesus e certamente será visto por ele
Lucas 19:4: E, correndo adiante, subiu em
um sicômoro para vê-lo, porque havia de
passar por ali. ÍIRs 10:27; 1Cr27:28;ls9:W)
Jesus chegou no lugar que a sua fé havia calculado:
Ali, Jesus o fez sentir-se grande, gigante. Jesus olhou
para cima. Foi a primeira vez na vida que alguém
olhou para ele de baixo para cima! Como ele se sentiu
naquele momento? O Criador dos céus e da terra olhou
para ele de baixo para cima? As candeias do corpo de
Jesus o faziam brilhar entre a multidão, e elas foram
direcionadas àquele pequeno grande homem. Ele sabia
o seu nome pelo dom do conhecimento, e determinou
como indispensável estar na sua casa; hospedar-se em
LUCAS 19:8
sua casa seria o selo de autenticidade sobre a sua vida
triunfante; pois muitas autoridades romanas já haviam
estado ali, mas nenhuma comojesus de Nazaré. Sua
pressa equivalia ao caminhar normal de Jesus, devido à
sua pequenez. Mas, por que era indispensável que Jesus
se hospedasse na sua residência?
Lucas 19:5: E, quando Jesus chegou ao
lugar, olhou para cima e o viu, e disse-lhe:
“Zaqueu, apressa-te e desce, porque hoje é in­
dispensável que me hospede em tua casa”.
Gozo é uma coisa, mas regozijar-se é o dobro do gozo. Ele
viu Jesus de cima, mas o recebeu em baixo. Jesus estava
no mesmo nível em que ele estava. Ele desceu do seu
principado, da sua posição de glória humana, do nível da
avareza, e o recebeu no nível em que todos os homens
devem receber a Cristo: em baixo
Lucas 19:6: E ele desceu apressadamente,
e o recebeu com regozijo.
Emjericó havia fariseus. O que eles estavam fazendo
ali? Será que os sacerdotes e os levitas continuavam
visitando aquela cidade? Os homens santos não lhe
davam hospedagem. Os pecadores sim. Somente os
pecadores o hospedam
Lucas 19:7: E, ao verem isto, todos mur­
muravam, dizendo: “Entrou para hospedar-
se com um homem pecador”. (Mt9:ii;LcS:30)
Quantos anos deveria ter Zaqueu? Ele decidiu dara
metade de seus bens aos pobres. Ele sabia que, ao
conceder bens, Deus é glorificado (2 Co 12:13-15). E este
é o verdadeiro motivo da beneficência. Aquele dinheiro
não seria espalhado segundo a vontade dele, mas seria
dedicado às mãos de Jesus Cristo. Eles sabiam o quejesus
fazia na administração da sua beneficência. Mas, por
que a metade? Ele calculou: “Tenho tantos anos, e neste
tempo não tenho ofertado, não tenho entregado meus
dízimos, não tenho cooperado em nada com as coisas
de Deus. Não tenho granjeado amigos com as riquezas
da injustiça. Então, metade do que eu tenho, eu devo.
E quero pagar. E pagarei já”. A maioria dos pregadores
neófitos diz que Zaqueu era ladrão; mas ele era honesto.
Ou não pode ser honesto um homem que trabalha como
funcionário público? Porventura todos são ladrões, como
alguns de seus líderes? Sua certeza era tamanha que
ele condicionou a sua promessa: “Se..”. Somente um
homem honesto fala assim
Lucas 19:8: E Zaqueu, pondo-se de pé,
disse ao Senhor: “Eis que eu dou a meta­
de dos meus bens aos pobres; e, se tenho
defraudado alguém em algo, o restituirei
quadruplicadamente”. (Êx22:i;2Sm i2:ó;Lc7.-i3;
3:14; Lv6:5; Nm 5:7}
Asua salvação foi reconhecida quandoJesus percebeu
que, na área de sua atuação profissional, ele se deixou
quebrantar e aceitou fazer o que estava ao seu alcance.
273
r 19:9
Eracomo seum médico dissesse: “Hoje eu não cobro
nenhuma consulta, ouapartirde hoje, durante vinte anos,
eu cobrarei a metade do valor em minhas consultas e a outra
metade eu a entregarei noaltardeDeus para ser usado
em beneficência”. Eie triunfou sobre a área de atuação
profissional onde ele era escravo, e libertou-se. Como
filho de Abraão, ele mereciaserreconhecidocomopovo
de Israel, e não como publicano. O fato de ele ser filho de
Abraão não lhe dava o direito de ser automaticamente
salvo. Ele precisava ser salvo; ele precisava ter a sua própria
experiência de salvação. Quandojesus disse que naquele
dia havia entrado salvação naquela casa, referia-se asi
mesmo, e também nos faz lembrar que muito tempo trás,
naquela cidade, uma mulher ganhou salvação, porque
permaneceunasuacasa.JesuspoderiatersalvoZaqueuno
caminho, mas preferiu dar-lhe o privilégio de sersaivo da
mesma forma como Raabe foisalva -na sua casa Os 2:17,18)
Lucas 19:9: EJesuslhedisse: “Hoje,asalva-
ção veio a esta casa, porquanto este também
é filho de Abraão. (Lc3:8; 13:16;Rm4:16;Gl3:7)
Buscar e salvar o perdido implicou descer ao nível de
Zaqueu, entrar na sua cidade amaldiçoada, invadir a
cidade que atraía os sacerdotes e levitas ao pecado;
ganhar um homem contra o poder de sua avareza, na
terra onde Acã foi condenado com a sua família
Lucas 19:10: Porque o Filho do homem
veio buscar e salvar o que se havia perdido”.
(Mt 18:11)
Dois reinos que serão um só: O Reino terreno e o espiritual.
A partir do testemunho de Zaqueu, Jesus tomou a iniciativa
de contar-lhes esta parábola maravilhosa
Lucas 19:11: E, enquanto escutavam essas
coisas, ele prosseguiu e propôs-lhes uma pa­
rábola, porque estava perto de Jerusalém, e
pensavam que o reino de Deus havia de se
manifestar imediatamente. (At i .-õj
Uma tipologia a respeito da primeira e da segunda
vinda de Cristo, simultaneamente
Lucas 19:12: Disse, pois: “Certo homem
de ilustre nascimento partiu para um país
longínquo, a fim de receber para si um reino
( “d i g n i d a d e r e a l ”) e depois voltar. (Mt25:i4-
30;Mc 13:34)
Umamesma visão das dez virgens, em outras palavras.
Os cinco ministérios falsos e os cinco ministérios
verdadeiros
Lucas 19:13: E, chamando dez dentre os
seus servos, deu-lhes dez minas ( “q u i n h e n ­
t o s s i d o s d e p r a t a ”) e disse-lhes: Negociai
até que eu venha.
Os embaixadores foram enviados a uma autoridade
superior ao nobre homem, mas os embaixadores não
LUCAS 19:19
tiveram êxito e ele acabou reinando sobre eles
Lucas 19:14: Mas os concidadãos daquele
nobre o odiavam e mandaram atrás dele
embaixadores, dizendo: Não queremos que
este reine sobre nós.
Deste verso em diante (15-27), Jesus começaa contar
a sua história em relação aos judeus e à Igreja. Duas
coisas importantes ao mesmo tempo. Os servos e os
concidadãos do homem nobre: a Igreja e Israel. No
verso acima, sabemos que Israel não quis o governo
espiritual de Cristo e o rejeitou. Mas não teve sucesso. A
embaixada foi composta pelos príncipes e sacerdotes. A
segunda vinda de Cristo é a tomada do reino no qual os
súditos não queriam que ele reinasse; ao mesmo tempo,
a sua segunda vinda é o tempo em que Cristo prestará
contas com os ministros que produziram e com os que
não produziram novas minas. O tempo da Dispensação
da Graça é o período em que os ministros do Reino têm
tempo para negociaras minas. O arrebatamento da Igreja
é, antes de tudo, uma prestação de contas dos ministérios
falsos e verdadeiros diante de Cristo
Lucas 19:15: E aconteceu que, quando
ele regressou, depois de ter tomado o reino,
mandou chamar a si aqueles servos, a quem
dera o dinheiro, a fim de saber o que cada
um havia negociado.
Uma mina era o mesmo valor da santificação de um homem
no antigo pacto (Lv27:l-5).Umtipoda santificação de u m
homem, que foi multiplicada pordez. O mínimo de almas
que devemos ganharnagraçasãodezpessoas
Lucas 19:1 ó: E veio o primeiro, dizendo:
Senhor, a tua mina produziu dez minas
( “q u i n h e n t o s s i d o s d e p r a t a ”) .
Dez cidades de seu novo Reino foram dadas ao primeiro.
Aquele que multiplica tem direito ao governo no Reino
de Deus, literalmente. Observar que, dos dez, somente
um multiplicou dez vezes mais!
Lucas 19:17: E ele lhe disse: M uito bem,
bom servo, porquanto foste fiel com tão
pouco, recebe autoridade sobre dez cida­
des. (Lc 16:10)
O segundo servo multiplicou cinco vezes mais
Lucas 19:18: E veio o segundo, dizendo:
Senhor, a tua mina produziu cinco minas.
Segundo a proporção, aquele que multiplica tem direito
ao governo no Reino de Deus
Lucas 19:19: Da mesma forma disse tam­
bém a este: Sê tu também sobre cinco ci­
dades.
Uma mina equivalia a cinqüenta sidos de prata, e ele a
guardou em um lenço. Lenço representa choro, lamento,
274
19:20
tristeza, sentimento de incapacidade, insegurança, inveja,
ciúme. Quem guarda os seus talentos em um lenço vive
lamentando e se justificando nos erros dos outros, e
jamais poderá produzir. Guardar no lenço significa tirar de
ci rculação valores rentáveis. Éle guardou no lenço aquilo
que poderia lhe conceder autoridade sobre cidades!
Quantos estão guardando talentos no lenço?
Lucas 19:20: E veio outro, dizendo: Se­
nhor, eis aqui a tua mina, que eu guardei em
um lenço.
Quem guarda uma mina em um lenço confessa que tem
medo, e o medo é o inimigo da produção. Quem guarda
talentos em lenço faz uma idéia errada de seu senhor.
Quem guarda umaminaemum lenço tem pensamentos
injustos de seu senhor. Ele não veio tomar do que não
depositou, pois as minas eram suas; ele não veio segar
onde não semeou, pois deu oportunidade a seus servos
de se tornarem governadores de cidades
Lucas 19:21: Pois tive medo de ti, porque
és um hom em rigoroso, que tomas o que
não depositaste, e segas o que não semeaste.
(Mt25:24)
Quem guarda mina em lenço será julgado pelo seu
próprio juízo injusto; será considerado servo m au-nem
de “inútil”, será chamado! Quem guarda mina em lenço
não tem criatividade; não sabe investir as economias que
passam pela sua administração
Lucas 19:22: Porém, a este disse: Pela tua
própria boca te julgarei, servo mau. Sabias
que sou um hom em rigoroso, que tomo o
que não depositei, e sego o que não semeei.
(Mt 12:37;2Sm l:I6;Jó 15:6;Mt25:26)
O depósito da mina nas mãos dos banqueiros: Tudo
aquilo que os egípcios e nações ao redor fizeram ao
trazer (1) dinheiro em troca de pão, (2) gado em troca
de pão e, (3) escrituras em troca de semente (Gn 47),
era um depósito nas mãos do banqueiro José. Isto
significa que quando não podemos negociar a nossa
mina (talento) e transformá-la em dinheiro, devemos
entregar esse privilégio àquele que pode. Muitas
vezes não sabemos pregar o Evangelho, mas podemos
investir em um jovem que saiba como pregar, mas que
precisa de preparo para fazê-lo com competência; não
sabemos como fazer missões e evangelizar os povos,
mas podemos contribuir com quem pode fazer; isto é,
depositar nas mãos dos banqueiros. Banqueiros são
aqueles que podem produzir por nós e por eles - são os
ministros de Deus que podem fazer mais do que nós,
no nome deles e no nosso
Lucas 19:23: Por que, então, não d e­
positaste o m eu dinheiro no banco, para
que, quando eu voltasse, o exigisse com
os lucros?
O lenço não é segurança para as minas que Deus tem nos
LUCAS 19:30
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
dado! O lenço não é terra fértil
Lucas 19:24: E disse aos que estavam pre­
sentes com ele: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao
que tem dez minas:
Aqui reside a bênção de Abraão: “Abençoarei os que
te abençoarem”. Quem tem pode abençoar, e, ao
abençoarmos o abençoado, seremos abençoados.
Quem tem é terra fértil para receber semente, e quem
não tem é terra improdutivae não merece receber
semente, pois não sabe a diferença entre um lenço e um
pedaço de terra produtiva
Lucas 19:25: Mas eles disseram: Senhor,
ele tem dez minas. (Mti3:i2j
Terra improdutiva não atrai investimentos
Lucas 19:26: Porque eu vos digo que a todo
aquele que tiver lhe será dado; mas aquele
que não tiver, até o que tem lhe será tirado.
(Mt 13:12;Lc8:18)
A segunda vinda de Cristo também será o tempo da
vingança do Leão da tribo dejudá
Lucas 19:27: Quanto, porém, àqueles
meus inimigos que não quiseram que eu
reinasse sobre eles, trazei-os aqui, e degolai-
os diante de m im”.
A preparação para a grande festa da Páscoa, a
inauguração daCeia do Senhore dafesta de ação de
graças, segundo a Lei. Jerusalém era o palco profético do
grande holocausto
Lucas 19:28: E, tendo dito isso, seguia
adiante, subindo para Jerusalém. (Mc 10.3 2 ,■
Mt21:17;Lc21:37)
Três locais importantes para os grandes eventos
da sua paixão, morte, ressurreição e ascensão.
Quem foram esses abençoados discípulos?
Lucas 19:29: E aconteceu que, ao chegar
perto de Betfagé e de Betânia, junto ao mon­
te que se chama das Oliveiras, enviou dois
de seus discípulos,
Desde Gênesis, capítulo 49, havia uma profecia a
respeito daqueles jumentos (Gn49:11). Desde Balaão
a Cristo, os jumentos foram instrumentos importantes
na vida dos profetas. Sua primeira entrada triunfal
estabelecerá um reino que veio primeiramente de forma
espiritual. Brevemente ele entrará pelo mesmo lugar em
um cavalo branco (Ap 19:11-15). Ojumentinho mostra-
se como um tipo daquele que quer servir a Deus: virgem
para servir, cuja cavalgadura não serve a Satanás; deve
ser solto, deve ser liberto para servir a Cristo; deve ser
trazido, pois nenhu m homem sabe vir a ele por si mesmo
Lucas 19:30: dizendo: “Ide à aldeia que
275
19:31
está defronte e, ao entrardes nela, achareis
um jumentinho preso sobre o qual nenhum
homem montou; soltai-o e trazei-o.
Quando o homem decide servira Cristo, sempre há
quem se intrometa. Mas a resposta é simples:
O Senhor o necessita
Lucas 19:31: E, se alguém vos perguntar:
Por que o soltais? Assim lhe respondereis:
Porque o Senhor necessita dele”.
Os evangelistas são levados por Deus; são dirigidos
por Deus para evangelizar. Quando os evangelistas são
guiados por Deus, o resultado é certeiro
Lucas 19:32: E os enviados foram e o acha­
ram assim como Jesus lhes dissera, iic22.-i3)
Muitos não se importam com as pessoas aprisionadas;
mas se importam com a sua própria libertação.
São reações distintas da razão humana
Lucas 19:33: E, quando soltaram o jumen­
tinho, seus donos lhes disseram: “Por que
soltais o jumentinho?”
A resposta continua sendo a mesma
recebida na instrução
Lucas 19:34: E eles responderam: “O Se­
nhor necessita dele”.
O jumento livre paraservirdeve ser selado. Jesus não
vai sentar-se sobre o jumento sem a devida preparação.
Nossas vestimentas devem servir a Cristo, para que seu
trabalho seja suavizado. Este é o nosso louvor e esta é a
nossa adoração: Preparar lugar para ele reinar
Lucas 19:35: E o trouxeram a Jesus; e, lan­
çando as suas vestes sobre o jumentinho,
em cima delas puseram a Jesus.
Preparamos Iugarpara ele cavalgar e para ele caminhar.
Nossas vestes representam nossa humilhação e também
a nossa disposição para servi-lo
Lucas 19:36: E, caminhando ele, esten­
diam as suas vestes pelo caminho. ;2RsQ:I3)
Este momento foi profetizado por Davi, em seu Salmo
messiânico. Cada detalhe de sua entrada triunfal foi
vaticinado pelo profeta, até sua morte no altar: Ovéu do
Tabernáculo celestial - quando de sua entrada após a
sua morte: Salmos 118:19: “Abri-me as portas da justiça,
que eu entrarei por elas para louvar ao SenhorJeová”. A
entrada triunfal de Cristo emjerusalém terrena, na ocasião
de sua paixão (também fala dasua segunda entrada, pela
porta de Ouro, na cidade de Jerusalém, como oMessias):
Salmos 118:20-21: “Esta é a porta do Senhorjeová: os
justos entrarão por eia. Eu te louvarei, porque tu me
respondeste, e foste o meu Salvador”. Texto messiânico
(w.22-29): Cristo, apedra angular, o quem vem em nome
do Senhor, o cordeiro do sacrifício levado atado até o altar.
Apedra usada para medir, demarcar os ângulos, não era
LUCAS 19:40
pegada com as outras. Era livre. Isto foi obra do Senhor e
este é um dia de vitória, pois revela a pedra angular: Salmos
118:22: “A pedra que os construtores rejeitaram veio a ser
a pedra angular”. O dia em que os construtores rejeitaram
um pedaço da rocha, a pedra que foi feita aprincipal da
construção de Deus: Salmos 118:23: “Isto foi obra do
SenhorJeová, e é um prodígio diante de nossos olhos”. O
dia da revelação da pedra angular. Dia de salvação e dia de
prosperidade: Salmos 118:24: “Este é o dia que tem feito o
SenhorJeová; nos regozijaremos e nos alegraremos nele!”
O pedido de salvação, logo respondido com o sacrifício
de Cristo: Salmos 118:25: “Rogamos-te, óSenhorJeová,
salva-nos agora. Rogamos-te, ó Senhor, prospera-nos
agora”. Texto messiânico histórico e profético. Montado
em um jumento entrando emjerusalém. Aqui se refere à
sua entrada triunfal, montado em um jumentinho, quando
o povo lançava à sua dianteira as palmas e os galhos de
árvores para que ele passasse
Lucas 19:37: E, como já estava se aproxi­
mando a descida do monte das Oliveiras,
toda a multidão dos discípulos com eçou a
regozijar-se e a oferecer louvores a Deus em
grande voz, por todas as maravilhas que ti­
nham visto,
O povo não sabia que aquele era o sinal da entrada do
Cordeiro de Deus que seria sacrificado. Ele entrou
montado em um jumento, como Cordeiro, mas breve,
pela mesma porta, entrará como Leão, montado em
um cavalo branco: Salmos 118:26: “Bendito o que
vem em nome do Senhorjeová! Da casa do Senhorvos
abençoamos”. Texto messiânico: Cristo, desde a sua
entrada triunfal emjerusalém até a sua morte na cruz do
Calvário (Mc21:1 -17): Salmos 118:27: “O Senhorjeová
é Deus, e nos deu a luz. Atai ramas festivas, trazendo o
cordeiro do sacrifício até aos chifres do altar”. Ali, no
monte das Oliveiras, ele iria passar pela grande agonia da
sua maior escolha: Fazer a vontade de seu Pai
Lucas 19:38: dizendo: “Bendito o Rei que
vem em nome do Senhor! Paz no céu e gló­
ria nas alturas”. (Lc2:14;SU18:26;Lcl3:35;2:14)
Como iria repreender os seus discípulos, se aquele era o
verdadeiro cumprimento do salmo 118:27?
Lucas 19:39: E alguns dos fariseus disse-
ram-lhe do meio da multidão: “Mestre, re­
preende OS teUS diSCÍpulOS!” (Mt21:15, 16}
As pedras da lei clamariam, pois nelas estavam escritas as
palavras proféticas de seu primeiro advento; as pedras da
natureza clamariam em favor desuapessoa
Lucas 19:40: Mas ele, respondendo, disse-
lhes: “Eu vos digo que, se estes se calassem,
as pedras clamariam”. (Hc2-.i ij
O choro e a lamentação profética de Cristo. Quando Jesus
chorou perto da sepultura de Lázaro a sua dor foi menor
do que quando chorou sobrejerusalém. No primeiro
276
19:41
caso, Maria sabia onde havia sepultado o seu morto de
quatro dias, e ele chorou porque ela sabia onde estava
o seu problema; mas quando chorou sobrejerusalém,
chorou porque eles não sabiam onde estava o produtor
e príncipe de sua paz! Que cidade era esta que não
conhecia o príncipe da sua paz? Então ele chorou, porque
a cidade não conhecia o dia da sua visitação
Lucas 19:41: E, quando chegou perto e viu
a cidade, chorou sobre ela, (jo i í :3 s ; lc i3:34,3Sj
Jerusalém, a cidade da paz, agora não conhecia o
produtor da sua paz, que ali estava diante dela,
chorando as lágrimas mais amargas de sua vida
humana. Quantas pessoas têm apaz dentro de
suas fronteiras e não a conhecem!
Lucas 19:42: dizendo: Ah! Se tu conhe­
ceras, pelo menos neste teu dia, as coisas
pertencentes à tua paz! Mas, agora, isso está
encoberto diante de teus olhos.
Jesus estava citando partes daprofecia de Daniel, cujos
primórdios seriam vividos nos dias dainvasão do general
Tito, alguns anos depois de sua ascensão
Lucas 19:43: Porque virão dias sobre ti, em
que os teus inimigos abrirão trincheiras ao
derredor de ti, e te sitiarão, e te estreitarão
por todos as partes; /Lc21:20;Is29:3;]r6:6;Ez4:2/
Não conhecer o tempo da visitação de Deus é
desconhecer o tempo da grande oportunidade de Deus.
Estavam terminando naqueles dias os quatrocentos e
oitenta e três anos das setenta semanas de Daniel. O
Messias seria tirado e grande parte da profecia de Daniel
já estaria cumprida. O terceiro grupo das gerações
estaria terminando a sua participação antes da última
semana, que completaria os quatrocentos e noventa
anos. Mas eles não conheceram aqueles dias (Dn 9:24-
25). Historicamente, o general Tito estava por chegar e
daria cumprimento às palavras de Cristo. Observe que
prejuízo há para aqueles que não conhecem os dias da
sua visitação celestial!
Lucas 19:44: e te derrubarão ao solo, e a
teus filhos que dentro de ti estiverem; e não
deixarão em ti pedra sobre pedra, porque
não conheceste o tempo da tua visitação”.
(Mt24:2;Mc 13:2;L c2 1:6; 1Pe2:12)
Jesus teve uma grande decepção na sua entrada em
Jerusalém, pois viu os cam bistas e os vendedores do Templo
arrumando as suas mesas para agrande festa. Depois da sua
entrada triunfal, ele voltou aBetânia, onde passou anoite e,
pela manhã, amaldiçoou a figueira e voltou para entrar no
Templo, onde realizou a sua segunda purificação. Esta será
a maior causa por que os príncipes e sacerdotes o matarão
naquela mesma semana. Agora podemos entender por
queJesus, ao começar seu ministério, entrou e purificou
oTemplo dos cambistas e seus negócios. Entendemos
melhor por que no final de seu ministério ele fez o mesmo.
Lu c a s 19:45
A purificação do templo acabou sendo a razão principal da
sua morte, pois mexeu com o supermercado que Anás e
Caifás haviam instalado no Templo, pois os judeus de todas
as nações vinham para oferecerseus sacrifícios da Páscoa
emjerusalém. Milhares de animais chegavam cansados
das longas viagens. Os sacerdotes, propositalmente, não
os aceitavam, dizendo que eles estavam inaptos para o
sacrifício. Teriam de comprar novos animais. Vendiam
aqueles animais “viajados ” por menor valor, segundo o siclo
do Templo. Teriam de trocar mais dinheiro para completar a
aquisição deumnovo animal, que já havia sido considerado
como viajado poroutro. Assim, Anás iaficandoricoa cada
Páscoa. Quandojesus começou seu ministério denunciou
este roubo no Santuário. Ele estava fazendo um trabalho
de purificação do Tabernáculo, das iniqüidades do povo.
Nós, os ministros do Santuário, devemos orar e santificar
o Santuário das imundícias do povo (Nm 18:1,26,32). Este
éum grande mistério, poisjesus se fez (morreu) o dízimo
dos dízimos para exterminar as iniqüidades do povo (Nm
18:26,32; Rm 1 l:16).OSantuárioélugarSantíssimodo
complexo do Templo. Nele ocorrem coisas que não vemos,
nele falam-se coisas que não ouvi mos. Demônios também
andam por ali. No ministério de Jesus, em quase todas
as vezes que ele ministrou, havia demônio na sinagoga.
Devemos nos preocupar com a purificação da Casa de
Deus de todas as iniqüidades do povo; este éum trabalho
pastoral: Levítico 16:16: “Assim fará expiação pela tenda do
Testemunho, por causa das impurezas dos filhos de Israel,
e de seus pecados. Assim também fará com o Tabernáculo
do Testemunho, que reside com eles, no meio das suas
impurezas”. Deus não permitia que nenhum homem
estivesse na tenda do Testemunho quando Arão entrasse
no Tabernáculo para ministrar. O trabalhode Cristo não tem
concorrente. Não há outro mediador, nem outro sacerdote
que ofereçao mesmo que Cristo ofereceu e ministrou
portodos os homens: Levítico 16:17: “Ehomem algum
deverá estar no Tabernáculo do Testemunho quando ele
entrar para fazer expiação dentro da tenda do Testem unho
(“Santuário”), até quesaia; assim fará expiação porsi
mesmo, por sua família e por toda a Congregação de Israel”
Lucas 19:45: E, entrando no Templo, co­
meçou a lançar fora todos os que vendiam e
compravam ali,
Ler comentário de João a respeito das duas purificações
que levaram os sacerdotes à ira. Todos os mandamentos
em relação ao Templo e ao temor a Deus demonstrados
pela santidade sacerdotal estavam sendo lançados
por terra naqueles dias, quando oTemplo era um local
de encontros obscuros, como nos dias de Neemias. O
mesmo espírito de Tobias e Sambalate perdurava até
aquele tempo (Ne 13:4-9). Jesus não estava fazendo nada
que Neemias não fizera na reinauguração de Jerusalém.
Anás e Caifás lideravam uma corja de ladrões, que
viviam das festas anuais relacionadas à Páscoa, onde
os cambistas e os vendedores de animais negociavam
com os fiéis que vinham de regiões, províncias e países
distantes, conduzindo os seus animais para o sacrifício,
os quais eram inspecionados e rejeitados, forçando a sua
venda por baixo preço aos mesmos que lhes vendiam
novos animais descansados, os quais eram os mesmos
rejeitados de outros. Mas, para realizarem qualquer
277
pr
19:46 LUCAS
transação, deveriam primeiramente trocar o seu
dinheiro, pelo qual pagavam altas taxas de câmbio. Tudo
isto era autorizado e supervisionado peios sacerdotes do
Templo, sob a liderança de Anás. As duas purificações
do Templo foram as motivações para os príncipes e
sacerdotes iniciarem um complõ para matar a Cristo.
Mas nós sabemos que era execução de uma ordem
divina dada por Moisés, em Levítico 1ó: 16: “Assim
fará expiação pela tenda do Testemunho, por causa das
impurezas dos filhos de Israel, e de seus pecados. Assim
também fará com o Tabernáculo do Testemunho, que
reside com eles, no meio das suas impurezas”
Lucas 19:46: dizendo-lhes: “Está escrito:
Minha casa será casa de oração; mas vós a
transformastes em covil de ladrões”, ussó.v ;
Ele era a Arca fora do santíssimo e descoberta, mas eles
não a viam, nem a reconheciam. Às vezes vemos Jesus
como Evangelista e Mestre (Lc 20:1 - Evangelista; Lc 6:7;
19:47-M estre), também o vemos como Profeta (7:16).
EmJoão 10, o vemos como Pastor. Assim, seu ministério
apostólico utiliza os quatro ministérios (Ef4:10-11)
Lucas 19:47: E todos os dias ensinava no
Templo; mas os principais dos sacerdotes, e
os escribas, e os principais do povo procura­
vam d es truí-lo; (Lc20: l;Mt26:55;Mc 11:18;Jo 7:19/
Entre o povo existe o líder e o amado. É bom que o líder
seja o amado, mas quando houver um líder e úm amado,
um deles morrerá, e é mais provável que seja o inocente
Lucas 19:48: mas não podiam achar um
meio de fazê-lo, porque todo o povo o escu­
tava com grande interesse.
Lucas, capítulo vinte (20)
O Mestre e o Evangelistajesus Cristo: Ensinava e pregava
o Evangelho do Reino quando foi questionado pelos
dirigentes do Templo e seus auxiliares
Lucas 20:1 : E aconteceu que, em um da­
queles dias, enquanto ensinava o povo no
Templo e pregava o Evangelho, vieram ines­
peradamente os príncipes dos sacerdotes e
os escribas com os anciãos, m 2ó:55;Lc8:1)
Os sacerdotes estavam questionando o Sumo Sacerdote
dos bens futuros e a própria Arca do Templo Celestial. Ele
era a autoridade. Eles sabiam que havia o “Aquele” que
lhe dava tal autoridade
Lucas 20:2: e falaram, dizendo-lhe: “Dize-
nos: com que autoridade fazes essas coisas?
Ou quem é Aquele que te deu esta autorida­
de?” (Jo2:12;At 4:7; 7:27}
Abadado templo naqueles dias estava sendo
representada pelo batismo de João. Jesus estava dizendo:
278
20:10
Eles não conheciam o significado da bacia do átrio, como
iriam entender a respeito do verdadeiro Sumo Sacerdote?
Lucas 20:3: Mas ele, respondendo-lhes,
disse: “Também eu vos perguntarei uma
coisa; respondei-me, pois:
Ele estava averiguando se eles conheciam o significado
do lavatório que estava no átrio do Templo
Lucas 20:4: 0 batismo de João era do Céu
ou dos homens?”
Eles não creram no seu colega levita. Ele apenas estava
dando o verdadeiro significado da Bacia de bronze
que estava no átrio do Templo, mas eles não perceberam
o seu verdadeiro significado
Lucas 20:5: E eles discorriam entre si, di­
zendo: “Se dissermos: do Céu, ele nos dirá:
Por que não crestes nele?
Eles vieram questionar o Evangelista e Mestre e não
creram no profeta. Eles estavam fazendo o papel de
pastores e apóstolos de seu povo, mas não souberam qual
era a sua verdadeira função. O povo estava convencido
de que João era profeta, mas os líderes do povo estavam
se corroendo de ciúmes. Isto ainda é muito comum nos
dias de hoje
Lucas 20:6: E se dissermos: dos homens,
todo o povo nos apedrejará; porque estão
convencidos de que João era profeta”.
(MU4:5; Lc 7:29)
Como bons fariseus, eles responderam
como os próprios fariseus
Lucas 20:7: Então, responderam que não
sabiam de onde seria.
Suas respostas eram como pérolas; ele não
queria lançá-las aos porcos
Lucas 20:8: E disse-lhes Jesus: “N em eu,
tampouco, vos digo com que autoridade
faço estas coisas”.
A vinhafoi construída, estabelecida e arrendada por
Deus com valado, lagar e torre. A vinha é a empresa de
Deus arrendada a Israel desde os dias de Samuel, o juiz -
quando marca a ausência da glória de Deus
Lucas 20:9: Então com eçou a dizer ao
povo esta parábola: “Um determinado ho­
mem plantou uma vinha, e a arrendou a uns
lavradores, e foi para uma terra estrangeira
P 0 r m U itO te m p O . (ls5:l-7;Mt25:14,!
O grupo de profetas do reino do Norte de Israel. O valor
do arrendamento nunca foi pago. Aparte de Deus na sua
empresa jamais foi paga. Os cobradores eram os profetas
que cobraram o louvor e a gratidão a Deus
Lucas 20:10: E, no tempo próprio, enviou
20:11
um servo àqueles lavradores, para que lhe
dessem a sua parte dos frutos da vinha; mas
os lavradores, espancando-o, mandaram-no
de mãos vazias.
O grupo de profetas pós-exílicos que profetizaram
à tribo de Judá, entre eles Zacarias
Lucas 20:11 : E tornou a enviar outro ser­
vo; mas eles também o afrontaram, espanca­
ram-no e mandaram-no de mãos vazias.
João, o batista
Lucas 20:12: E tornou a enviar o terceiro;
mas eles o feriram também e o expulsaram.
O Filho amado do dono da vinha é Cristo. A ele, os
lavradores inquilinos procuravam matar
Lucas 20:13: Então o senhor da vinha disse:
Que farei? Enviarei o meu filho amado; quem
sabe se, ao vê-lo, terão respeito por ele.
A figura dos príncipes dos sacerdotes é pintada
por Cristo nesta parte da parábola
Lucas 20:14: Mas, quando os lavradores
vieram, discorriam entre si, dizendo: Este
é o herdeiro; vinde e o matemos, para que a
herança seja nossa.
A morte de Cristo fora da porta do Templo, como deveriam
ser mortos os animais do holocausto. (1 )0 sacrifício pelo
pecado era oferecido no altar de sacrifícios, no átrio do
Tabernáculo- Então ele é tipo da morte de Cristo por sua
nação. (2) Os holocaustos eram oferecidos (imolados)
diante do altar, sua gordura (queimada) e o seu sangue
(posto nos chifres e derramado ao redor do altar) eram
apresentados no mesmo altar, mas eram (cabeça, carne,
couro, excrementos) queimados fora da porta, em outro
altar- Então ele é tipo da morte de Cristo por todo o
mundo, pois foi oferecido fora da porta. Êxodo 29:10:
Então apresentará o novilho diante do Tabernáculo do
Testemunho, e Arão e seus filhos porão as suas mãos
sobre a cabeça do novilho. Observarque somente as
gorduras foram queimadas no altar de holocausto, o
restante foi queimado num altar fora do acampamento.
Cristo foi imolado na porta do Tabernáculo, mas como um
holocausto foi queimado fora da porta - no lugar chamado
Caveira (Hb 13:10-14). Levítico 8:17: “E tomou também o
novilho com o seu couro, a sua carne e o seu excremento,
e queimou-o em fogo fora do acampamento, tal como o
SenhorJeová havia ordenado a Moisés”
Lucas 20:15: E, lançando-o fora da vinha,
mataram-no. O que o Senhor da vinha fará
corneies?
Os lavradores eram os inquilinos, e o Reino de Deus é a
vinha. Os lavradores serão destruídos quando não derem
o seu devido fruto, pois avinha não lhes pertence. A
vinha foi arrendada a outro inquilino, a Igreja, no tempo
Lucas 20:2i
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas L ucas Lucas L ucas
da graça. Algumas pessoas estão usando da vinhae não
se deram conta de que a vinha pertence a Deus e que lhe
devem os frutos de seu arrendamento
Lucas 20:16: Virá e destruirá aqueles lavra­
dores e arrendará a vinha a outros”. E eles,
ouvindo isso, disseram: “Jamais aconteça tal
coisa! ” (Lcí9:27;Rm3:4,6,31)
Com esta pedra que os edificadores rejeitaram Deus
m ede a construção do seu Reino. Esta é a pedra
angular: Isto é, a pedra que tem ângulos perfeitos
e é apta para toda a boa obra. Ela foi rejeitada pelos
construtores porque não sabiam que era uma
pedra angular, cheia de ângulos. A pedra angular
não se cola com argamassa, pois é instrumento
de fiscalização e de provação; não pertence à
construção, mas ao Arquiteto
Lucas 20:17: Mas ele, fixando os olhos
neles, disse-lhes: “Não é isto, pois, que está
escrito? A pedra que os edificadores repro­
varam, essa mesma converteu-se em pedra
angular ( “p r i n c i p a l d e e s q u i n a ”). /M2i:42;
SI 118:22,23; I Pe 2:6)
Esta pedra era um esquad ro que media a
perfeição dos ângulos da construção do grande
edifício do Reino de Deus
Lucas 20:18: Todo aquele que cair sobre
essa pedra será despedaçado; mas sobre
quem ela cair, tornar-se-á como o pó”, mt
2/:44;/s8:l4, !5j
Os inquilinos estavam querendo matar o
dono e herdeiro da vinha
Lucas 20:19: E os escribas e os príncipes
dos sacerdotes procuravam prendê-lo na­
quela mesma hora, mas temeram o povo;
porque perceberam que contra eles havia
dito esta parábola. <ic W:47)
Como os inquilinos da vinha queriam matá-lo?
Lucas 20:20: E, armando ciladas, envia­
ram espias que se fingiam de justos, a fim de
o apanharem em alguma de suas palavras,
e o entregarem à jurisdição e poder do go­
vernador.
As ciladas dos inquilinos da vinha
Lucas 20:21 : E estes lhe perguntaram, di­
zendo: “Mestre, nós sabemos que falas e en­
sinas com reüdão e que não te impressionas
com a aparência de pessoa alguma; antes,
279
20:22
segundo a verdade ensinas o caminho de
DeUS. !Jo3:2j
Eles não pagavam o arrendamento da vinha, como se
atreviam a perguntar aquilo?
Lucas 20:22: É lícito a nós pagar tributo a
César ou não?”
Por que tentavam ao herdeiro da vinha?
Lucas 20:23: M as Jesus, enten d en d o
a astúcia deles, disse-lhes: “Por que me
tentais?
Como cobrador e herdeiro da vinha,
ele prepara a grande resposta
Lucas 20:24: Mostrai-me um denário. De
quem é a cara e a inscrição que contém? ” E
eles, respondendo, disseram: “De César”.
O que era de César era o seu imposto, e a Deus?
Aquilo que eles deviam ao dono da vinha: O seu
arrendamento, que jamais pagaram
Lucas 20:25: Então disse-lhes: “Devolvam
a César o que é de César, e a Deus o que é de
Deus”. (Rml3:7;Lc23:2)
O contexto dessa história começa na
Parábola da vinha e seus inquilinos
Lucas 20:26: E não puderam apanhá-lo
em nenhum tropeço na palavra diante do
povo; e, maravilhados da sua resposta,
calaram-se.
A ironia dos saduceus
Lucas 20:27: E, aproximando alguns dos
saduceus, os quais negam haver ressurrei­
ção, perguntaram-lhe, (M23:6,8)
Isto aconteceu porque todos eram, potencialmente, pais
da semente messiânica; e este era o grande cuidado de
Deus. Não acontecia por motivos de prostituição (Gn 38)
Lucas 20:28: dizendo: “Mestre, Moisés
nos escreveu: Se o irmão de alguém morrer,
tendo mulher, mas sem ter gerado filhos, o
seu irmão tomará a mulher e suscitará des­
cendência a seu irmão. (Dt25:S)
Aformaçãodos argumentos para a
pergunta irônica dos saduceus
Lucas 20:29: Eram, pois, sete irmãos; e o
primeiro, depois de tomar mulher, morreu
sem filhos.
Eles não sabiam que estavam profetizando a respeito da
descendência real de Judá, da linhagem de Salomão
Lucas 20:30: Também o segundo a tomou
Lucas 20:37
por esposa e morreu sem deixar filhos,
Lucas 20:31: e o terceiro também a tomou,
e, de igual modo, todos os sete; e, sem deixar
filhos, morreram.
Lucas 20:32: E, finalmente, morreu tam­
bém a mulher.
Os saduceus sabiam que a morte quebrava o vinculo do
matrimônio na terra, mas não sabiam que na vida eterna
não haverá matrimônio
Lucas 20:33: Portanto, na ressurreição,
de qual deles será a mulher, pois os sete a
tiveram por mulher?”
Jesus tratava o mundo como século, porque de
século em século mudam-se os dominadores espirituais
(Ef 6:12), deixando bem claro como o mundo
espiritual muda de guarda
Lucas 20:34: E Jesus, respondendo-lhes,
disse: “Os filhos deste século se casam e se
dão em casamento;
Aquele século - aquela eternidade, e aquela forma de
composição entre o terreno e o celestial - a ressurreição
dos mortos, se alcançam com dignidade! E esta dignidade
não se perdurará peio casamento, do qualjesus jamais
desfrutou, pois não era filho deste século, mas daquele
Lucas 20:35: mas aqueles que forem dig­
nos de alcançar aquele século e a ressurrei­
ção dos mortos não hão de casar, nem se
darão em casamento;
Jesus aproveita paraensinararespeito da vida eterna:
Que os salvos serão semelhantes aos anjos, pois eles são
assexuados, e jamais morrerão, e serão filhos de Deus
imortais, por meio da ressurreição dos mortos
Lucas 20:36: porque já não poderão mor­
rer jamais, pois serão iguais aos anjos, sen­
do filhos de Deus e filhos da ressurreição.
(Rm 8:16,17; I jo 3:1,2!
A sarça era o próprio M oisés, que não se consumia. A
sarça falava de seu corpo físico que estava recebendo
a vida de Deus, e que ele haveria de experim entar a
vida do Deus vivente a partir dali; em segundo lugar, o
próprio Senhor Jesus revela que ele teve a revelação
do seu nome eterno, que som ente os que vencem a
morte conhecem
Lucas 20:37: E que os mortos hão de res­
suscitar também o revelou M oisés junto
da sarça, quando chama ao Senhor Jeová:
Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de
JaCÓ. (Êx3:ój
Deus continua sendo Deus dos vivos, que jamais
280
20:38
morrem, quando estes estão nele. As almas dos justos
estavam no Seio de Abraão até a ressurreição de
Cristo, e Deus continuava sendo Deus de cada uma
daquelas vidas que já não morreriam para sempre.
Desde os dias dos nossos patriarcas, Enoque, Moisés
e Elias experimentaram esta glória divina de ser
Deus de vivos, mesmo depois que eles deixaram esta
vida terrena. Mesmo na morte humana, ele continua
sendo Deus das almas que ainda vivem. Na ocasião de
sua morte na cruz, os mortos (em relação a esta vida
natural) se levantaram da morte e permaneceram em
suas sepulturas até a ressurreição de Cristo - porque
ele é Deus dos vivos. O corpo é apenas um passaporte
para que o homem viva na terra, mas é a sua alma quem
vive, e nela está a responsabilidade moral e espiritual
de aceitar ou rejeitar o Salvador dos pecados
Lucas 20:38: Ele não é Deus de mortos,
mas de vivos; porque para com ele todos
Vivem”. (Rmó:10,lIj
Os escribas conheciam bem a letra da Lei. Os escribas
conhecem a Lei, mas têm uma vida sem testemunho digno
Lucas 20:39: Então, alguns dos escri­
bas, respondendo, disseram: “Mestre,
disseste bem”.
A todas as suas perguntas, a sabedoria de Deus,
que estava nele, revelava a verdade (Pv8). Salomão
recebeu a revelação de que ele era a Sabedoria de
Deus. Como ousavam enfrentá-la? Ele conhecia a
sabedoria; ele conhecia a instrução; ele entendia as
palavras de prudência (Pv 1:2); ele tinha a instrução
do entendimento, da justiça, do juízo e da equidade
(Pv 1:3); ele era simples e tinha a fonte da prudência,
e distribuía bom siso (Pv 1:4); ele sabia que o sábio
crescia em sabedoria quando ouvia, e que o entendido
pode receber sábios conselhos (Pv 1:5); ele entendia
provérbios e sabia a sua interpretação; conhecia as
palavras dos sábios e qualquer adivinhação do homem
(Pv 1:6). Como se atreveriam perguntar-lhe?
Lucas 20:40: Ejá não ousavam perguntar-
lhe n a d a m a iS . (Mt22:46;Mc 12:34)
Ele era filho de Davi segundo a linhagem de Natã, filho
de Davi, por Maria, pois não nasceu dejosé. Não estava
se referindo a ele mesmo, mas ao que ensinavam na
sinagoga. Então fez-lhes esta pergunta, que certamente
era a discussão daqueles dias na sinagoga
Lucas 20:41: E ele lhes disse: “Como di­
zem que o Cristo é filho de Davi?
Ele está dizendo que Davi não estava falando
dele mesmo, mas do Messias; mas, como homem,
ele seria chamado filho de Davi
Lucas 20:42: Porque o mesmo Davi diz
no livro dos Salmos: Disse o Senhor ao
meu Senhor: Assenta-te à minha mão di­
reita, (Sl 110:1;At 2:34)
Falava a respeito de seu trabalho no trono até que todos
LUCAS 20:47
os seus inimigos estivessem sob o seu poderio; então, ele
voltaria para reinar.Jesus está assentado à destra do Pai
até o grande dia do “tudo em todos”, quando o próprio
Filho se sujeitará ao Pai, oferecendo o seu corpo para
que haja uma habitação eterna ali (Cl 1:19; 2:9). Então
veremos, no corpo do Filho, cumprido o desejo do Pai -
que nele habitasse toda a plenitude da divindade (1 Co
15:24-28). Isto quer dizer que o Filho está assentado à
direita do Pai temporariamente (Ap 3:21). Nós vamos ver
a grande apoteose registrada nos Salmos e confirmada
pelos apóstolos
Lucas 20:43: até que eu ponha os teus ini­
migos por estrado de teus pés.
Jesus falava da sua coexistência, da sua vida anterior à sua
encarnação. De seu senhorio como Deus coexistente,
antes do nascimento de Davi (Jo 1:18)
Lucas 20:44: Davi lhe chama Senhor!
Como, pois, ele é seu filho?”
Ele não deixa passar a hipocrisia dos escribas
que o haviam elogiado
Lucas 20:45: Enquanto todo o povo o ou­
via, disse a seus discípulos:
Ele mostra do que gostam os fariseus: Gostam de ser
considerados santos pela manifestação exterior, e não
pelo seu interior; gostam de ser considerados grandes
oradores; gostam de assentar-se nos lugares de honra nos
templos; gostam de assentar-se nos primeiros assentos
dos ricos banquetes
Lucas 20:46: “Guardai-vos dos escribas,
que gostam de andar ao derredor com vestes
compridas e amam as saudações nas praças,
e os lugares de honra nas sinagogas, e os pri­
meiros assentos nos banquetes; (Lc i i.-43i
Jesus não queria receber aprovação desse tipo de
“santos”, ladrões de viúvas e dissimuladores, por
meio de certos vícios da espiritualidade. Para eles está
reservado o juízo severo, guardado para todos os que
conhecem as Escrituras e não a praticam
Lucas 20:47: os quais devoram as casas
das viúvas e, disfarçando-se, fazem longas
orações. Estes receberão juízo muito mais
severo”.
L u c a s , c a p ítu lo v in te e u m ( 2 1 )
O ensinamento da oferta proporcional. Este texto nos
mostra que Jesus Cristo está atento à arca das ofertas.
Esta arca não era um protótipo da Arca da aliança. Nesta
arca, não erapermitido colocarnenhuma oferta, pois era
equivalente ao trono de Deus, com o seu propiciatório.
Nem mesmo o Altar de incenso podia ser usado como
depositório de ofertas de qualquer espécie. Êxodo 30:9:
“Não queimarás incenso estranho, nem holocaustos,
nem outras ofertas, nem derramareis nenhuma libação
281
21:1
nesse altar”. O altar das ofertas era exclusivo para as
ofertas. Dali, daquele altar, os príncipes dos sacerdotes
tirariam as trinta peças de prata para o pagamento do
serviço dejudas. Mas Jesus estava ali para ver como os
ricos lançavam as suas ofertas
Lucas 21:1: E, levantando os olhos, viu
os ricos lançarem os seus dons na arca das
Ofertas. (Mc 12:41-44)
Como viúva e necessitada da beneficência daqueles ricos,
ela deu o exemplo de como ofertar. As duas moedas eram
equivalentes a dez por cento das duas moedas que o Bom
Samaritano entregou ao dono da estalagem para cuidardo
homem moribundo que ali hospedava porsua conta. Eram
ofertas beneficentes (Lc 10:35), mas proporcionalmente
eram de igual vaior diante dos olhos dejesus. No entanto,
em relação aos ricos, era muito mais do que as ofertas de
todos aqueles poderosos homens
Lucas 21:2: Viu também uma viúva po­
bre que lançava ali duas pequenas moe­
das; (Mc 12:42;
Ela entregou proporcionalmente, muito mais do que
todos aqueles ricos. Na matemática de Cristo, tudo
é contado proporcionalmente, desde a condição do
ofertante, o louvor, a intenção, o valor e o que se passa no
coração do ofertante
Lucas 21:3: e disse: “Verdadeiramente vos
digo que esta viúva pobre lançou mais do
que todos;
As sobras não são primícias. O que sobra não convém
àquele que sabe negociar e está acostumado à
prosperidade. Asobra no altar é um sacrilégio. Asobra
dedicada para Deus é uma afronta ajeová-jiré. Os discípulos
lhe deram a sobra (Lc24:42), e o que lhes sobreveio
comorecompensafoio “nada” (Jo21:5).Sobraealtarnão
combinam. As primícias são um testemunho para Deus.
Depositar todo o sustento é atrair toda a provisão de Deus.
Quando Abraão depositou todo o seu Isaque, aprovisão
foximediata: Nasceu Rebeca (Gn 22:23). Algum dia, pelo
menos uma vez na vida, como fez Abraão, como fez Isaque,
como fezjacó, como fez Cristo, todos os servos de Deus
experimentarão oferecer o seu tudo no altar de Deus. Ela
tirou o seu tudo da sua indigência, e eles tiraram a sobra do
seu tudo. Jesus sabe calcularas ofertas proporcionalmente
Lucas 21:4: porque todos estes deposita­
ram para as ofertas de Deus daquilo que lhes
sobrava; mas ela, da sua indigência, deposi­
tou todo o sustento que tinha”.
Aquele templo fora construído porZorobabel, sob as
orientações de Esdras. E havia uma palavra de maldição
sobre qualquer que se levantasse contra ele. Esdras
6:11: “Também, por mim, se promulgou um edito que
se alguém alterar esse mandato, arranque-se uma viga
de sua casa e este seja levantado e pendurado nela, e a
sua casa seja convertida em monturo”. A cruz de Cristo
prefigurada e a morte do Messias como seu motivo (Jo
Lu c a s 21:8
12:30-33; Mt 27:39,40; Dn 2:5; 3:29;Jo 19:26-27).
Esdras 6:12: “Eo Deus que fez habitar ali o seu Nome,
ali derrube a todos os reis e povos que levantarem a mão
para modificar o decreto ou destruir esta Casa de Deus, à
qual estáemjerusalém. Eu, Dario, promulgo o edito. Que
seja cumprido com toda diligência” (1 Rs 9:3)
Lucas 21:5: E, dizendo alguns a respeito
do Templo, que estava adornado de for­
mosas pedras e dádivas ( “o f e r t a s ”) , disse:
(Mc 13:1)
Em função do texto de Esdras 6:11,12, Jesus sofreria
duro revés por ter dito isto: Daqui entendemos de onde,
provavelmente, os soldados romanos arrancaram
o madeiro para a cruz. Eis a razão por que Jesus
preocupou-se com a sua mãe, ao entregá-la aos
cuidados de João. Usando as mesmas palavras,
os príncipes dos sacerdotes o acusaram
Lucas 21:6: “Sobre estas coisas que ve­
des, dias virão em que não ficará aqui pe­
dra sobre pedra, que não seja derrubada”.
(Lc 19:44)
Os acontecimentos da Grande Tribulação, após o
aparecimento do Anticristo. Apoiados em Mateus 1:17,
sabemos que há três grupos de gerações: (1) De Abraão
a Davi; (2) de Davi a à deportação para a Babilônia; (3)
da deportação para a Babilônia a Cristo. Jesus está se
referindo a este terceiro grupo e ao tempo deste terceiro
grupo, menos sete anos. Este terceiro grupo, neste
tempo, é o mesmo descrito por Daniel (Dn 7:24-27),
e conhecido como o tempo das setenta semanas de
Daniel. Assim, torna-se mais fácil o entendimento
dessas setenta semanas, que equivalem a três períodos
unidos entre si, mas separados por seus acontecimentos,
que devem ser vistos na seguinte ordem: Sete semanas
+ setenta e duas semanas + O TEMPO DA GRAÇA - DO
MESSIAS: Desde a suaMORTE à sua ascensão (incluindo
o arrebatamento de seu corpo) + sete semanas (Dn
9:27). Jesus está falando a respeito dessa última semana
(Dn 7:27). Agora, os discípulos, preocupados com esta
palavra, perguntam a respeito dos sinais dessa última
semana
Lucas 21:7: E eles perguntaram-lhe, di­
zendo: “Mestre, quando serão, pois, estas
coisas? Equal será o sinal quando estas coi­
sas estiverem para acontecer? ”
Jesus responde a seus discípulos a respeito dos sinais,
dizendo: Haverá sinais religiosos. Aparecimento
de falsos Messias, de falsos Cristos, os quais, na sua
apostasia, se manifestarão como o próprio Cristo (Ez
28:9). Hoje temos vários homens quese denominam
o Messias encarnado. Este será o primeiro sinal, junto
com a advertência: Não sigais após eles
Lucas 21:8: E ele disse: “Vede que não
sejais enganados, porque virão muitos em
282
21:9
meu nome, dizendo: Eu sou! E o tempo se
aproxima. Não sigais após eles” ./M ci3:2i;
Lc 17:23!
Jesus revelou a seus discípulos que haverá sinais
políticos: Nação contra nação; reino contra reino. Haverá
sinais sísmicos e geológicos. Todos os estágios da terra
foram cumpridos, desde a Criação, a separação das
águas, e o grande estágio abortivo desde o dilúvio até
a divisão dos continentes, quando a terra conheceu os
seus novos climas e a falta de seu grande vapor original,
que mantinha a vida e as grandes espécies que foram
extintas posteriormente. Agora, enfim, chegou o tempo.
Os grandes acontecimentos climáticos, geofísicos,
geográficos, químicos, minerais, botânicos e biológicos
são apenas os sinais deste grande parto: pois a criatura
terá um “bebê”: os novos céus e anova terra. Porisso,
ele nos admoestou que não nos abalemos quando estes
sinais acontecerem
Lucas 21:9: E, quando ouvirdes de guerras
e abalos físicos, não vos alarmeis. Porque é
necessário que estas coisas aconteçam pri­
meiro, mas o fim não será imediato”.
Haverá sinais bélicos. As vendas de armas são
manipuladas por conveniências entre os governos,
vendedores e as fábricas. Nunca se vendeu tantas armas
como em nosso tempo. As grandes máfias que detém as
intermediações nas vendas de armas de todos os tipos
estão interligadas internacional mente, esperando a
explosão do grande Armagedon
Lucas 21:10: Então lhes disse: “Levantar-
se-á nação contra nação, e reino contra rei­
no; (2Cr 15:6; ís 19:21
Haverá outros sinais sísmicos; haverá outros sinais
sociais, haverá outros sinais econômicos; haverá
grandes e assustadores sinais nos céus, que levarão a
humanidade às mais diversas conclusões, mas serão
apenas especulação de uma verdade: O arrebatamento
da Igreja, e a segunda vinda de Cristo, com a posse
definitiva da terra pelo nosso parente remidor, e a
expulsão de Satanás de seus domínios (Ap 12:7-12), o
qual será vencido
Lucas 21:11: e haverá grandes terremotos,
fomes e epidemias em vários lugares; haverá
coisas espantosas, e grandes sinais do céu.
Haverá sinais sociais: Hitlerperseguiu os judeus e parte
dos cristãos, mas o Anticristo perseguirá todos aqueles
que crerem em Cristo. (A) Tempos dalgreja de Éfeso até
a (B) Igreja de Esmima- Do tempo apostólico à Igreja
perseguida (Ap 2:1 -11), que voltará nos dias finais da
Igrejade Filadélfiae nos tempos da Igreja de Laodicéia
(Ap 3:10,19), porque os tempos proféticos dalgrejade
Filadélfia findarão com aintrodução da apostasia, na
qual aparecerá o Anticristo, que espera o rapto da Igreja
de Filadélfia (Ap 3:10). Mas esta profecia se cumprirá
cabalmente nos últimos três anos e meio que completarão
a última semana da profecia de Daniel, que equivale ao
Lucas 21:16
terceiro grupo de gerações descrito por Mateus 1:17-isto
significa que essas profecias se cumprirão nos dias da
Grande Tribulação contra Israel e contra os santos que
crerem na mensagem dos anjos e das duas Testemunhas,
pois a Igreja já terá experimentado isso nos seus
primórdios e será livre da sua plenitude. Os mártires vistos
em Apocalipse serão frutos, em parte, dessa-tribulação
-m as, nesse tempo, a Igreja, de modo geral, os estará
esperando (Cl 1:24; Is 26:19-21; 1Ts 5:4-8; Hb 12:22-24)
Lucas 21:12: Mas, antes de todas estas coi­
sas, lançarão mão de vós e vos perseguirão,
entregando-vos às sinagogas e às prisões, e
sereis conduzidos à presença de reis e gover­
nadores, por causa do meu nome. im 4:3;5:18;■ s?
12:4; 16:24;lo 10:21
Os últimos acontecimentos darão mais frutos para a
salvação do que todo o tempo da existência da Igreja.
A Igreja fará um trabalho semelhante a Sansão, com
todas as suas falhas - pois vemos na história de Sansão
todas as fases da história da Igreja - , pois realizou muito
mais na sua morte do que durante em toda a sua vida,
completando a sua missão
Lucas 21:13: E isto vos acontecerá para
ocasião de testemunho. ífp uizi
Palavras não poderão servir de defesa, mas de
testemunho para a vida eterna, pois a morte nesse tempo
será a maior bem-aventurança, pois nem mesmo os
ímpios morrerão facilmente. As pessoas ímpias terão
inveja daqueles que morrerem - pois, nesse tempo, a
morte fugirá deles
Lucas 21:14: Estabelecei, pois, em vosso
coração não premeditar o que haveis de res­
ponder: (Lc 12: 11,121
O poder da oratória de Cristo na boca de suas testemunhas
como jamais visto, nem nos dias de Pentecostes. Aqui,
Jesus mostra que toda oratória é como nada, se não foi
adicionada à sabedoria. Que o bom orador é um grande
defensor. Estes serão os grandes pregadores de todos os
tempos, pois o grande orador recebe a boca e a sabedoria
de Deus. Como Deus dá uma bocafComoa Isaías: Tocado
pela tenaz com brasas do altar! Como Deus dá sabedoria?
Como a Estevão, no seu testemunho
Lucas 21:15: Porque eu vos darei boca e
uma sabedoria a que vossos adversários não
poderão resistir nem contradizer, (Lc 12: 12/
Do tipo de irmãos, de pais, de parentes, de amigos
quejesus falou em Lucas 18:29: “Então ele lhes disse:
Na verdade vos digo: Não há ninguém que tenha
deixado casa, ou mulher, ou pais, ou irmãos, ou filhos,
pelo Reino de Deus”
Lucas 21:16: E sereis entregues até por
pais e irmãos, e por parentes e por amigos; e
a alguns de vós matarão. ílc /2:52,53/
283
21:17
Estes farão parte dos grupos de mártires
descritos em Apocalipse
Lucas 21:17: Esereis aborrecidos de todos
T que amamentarem naqueles dias! Porque
por causa do meu nome. w 10=22)
Por causa da ressurreição imediata, a qual
não tardará, como aconteceu aos santos que morreram
desde o princípio dos tempos
Lucas 21:18: Mas nem um cabelo de vossa
cabeça perecerá. {Mti0:30;ic 12:7;
O que produz a paciência? A tribulação.
Nela, os mártires ganharão a sua alm a-será diferente
o tratamento no caráter daqueles santos.
Não haverá tempo para cultos, cerimoniais.
Será tempo de martírio, de sacrifício vivo (Cl 1:24)
Lucas 21:19: Na vossa paciência ganhareis
as vossas almas, tAp?.:7-
Jesus mostra o tempo correto e original daquela
tribulação: A última semana de Daniel (Dn 9:24-27). O
tempo em que os reis do mundo inteiro virão aJerusalém
para uma grande batalha, conhecida hoje como o
Armagedon
Lucas 21:20: Mas, quando virdes Jerusa­
lém cercada de acampamentos, então sabei
que a sua destruição está próxima. <lc i q m j
Os lugares menos seguros naquele tempo serão as
cidades e os mais seguros serão as montanhas e os
campos. Mas há uma verdade espiritual: Não devemos
voltar à cidade se já estamos no campo
Lucas 21:21: Então, os que estiverem na
Judéia, fujam para as montanhas; e os que
estiverem no centro da cidade, retirou-se;
e, os que nos campos, não entrem nela.
(Lc 17:31)
Estes dias serão chamados dias da vingança, porque a
redenção se consumará neles. O parente remidor veio
e pagou o preço do resgate, isto é, o seu próprio sangue
(Lv25:47-S9), mas o estrangeiro possuidor não quis
deixar a herdade. Então o parente remidor mudará de
atitude e voltará como parente vingador e destruirá toda
a propriedade, o possuidor e suafamília, e tomará posse
daherdade,soba força do juízo descrito no contrato
de resgate. Este será o tempo no qual o vingadorvirá
para executar, conforme está descrito na lei de resgate,
rompendo os selos da Escritura da Terra e declarando a
destruição do possuidor (Ap 5;6)
Lucas 21:22: Porque estes são dias de vin­
gança, para que se cumpram todas as coisas
que estão escritas. (Is63:4;Dn 9:24-27;Zc 11:1!
Os cuidados médicos, beneficentes e
sociais desaparecerão naqueles dias.
O amor será uma utopia naqueles dias
Lucas 21:23: Mas ai das grávidas, e das
Lucas 21:27
haverá grande aperto sobre a terra e ira so­
bre este povo.
Os santos morrerão, o que para eles será uma bem-
aventurança. O Anticristo e o Falso Profeta entrarão
naquela terra e mudarão o nome da cidade para Sodoma
e Egito, pois será dividida em duas. As duas Testemunhas
farão o seu trabalho e morrerão. O tempo dos gentios
terminará, enfim, com a batalha do Armagedon (Zc 14:1)
Lucas 21:24: E cairão ao fio da espada, e
serão levados cativos para todas as nações.
Jerusalém será pisada pelos gentios, até que
os tempos dos gentios se cumpram. (is63:t8;
Dn8:13;9:27;12:7;Rm11:25;Ap11:2)
Haverá sinais astrológicos: A queda do Luzeiro e seus
anjos das regiões celestiais (Ap 12:7-12). O mar terá o seu
bramido, porque na metade daqueles sete anos haverá
um evento no céu (Ap 12:7-12): Satanás será expulso das
regiões celestiais e, enfim, será lançado sobre a Terra.
Como o Anticristo será o seu representante na Terra,
ele assumirá o seu lugar nos mares. Dali, ele fará a sua
chantagem (Jó 41), dando ao Anticristo asua força, sendo
que o Anticristo aparecerá como o único que terá como
apaziguá-lo, e a terra se maravilhará após o Anticristo,
a primeira Besta, pois as nações da Terra se levantarão
contra o dragão que estará sobre o mar, mas não o
vencerão. Deus aproveitará para sepultar no dragão todo
o lixo bélico que ele inspirou entre as nações e a terra será
privada de grandes armas. Estes bramidos serão frutos
deste dia (Ap 12:7-10)
Lucas 21:25: Ehaverá sinais no sol, na lua
e nas estrelas; e sobre a terra angústia das
nações, em perplexidade causada pelo bra­
mido do mar e das ondas; !2 P e3 :io ,i2 )
O dragão no mar é uma encarnação de Satanás (ls 27:1).
O Anticristo se aproveitará de sua amizade com o dragão
para tomar o poder no mundo, mediante o medo. Por
isso que o poder do Anticristo vem do mar (Ap 13:1).
Os poderes do Céu serão abalados, porque Satanás será
lançado de lá por Miguel e seus anjos (Ap 12:7)
Lucas 21:26: desfalecendo os homens de
medo, na expectativa das coisas que hão
de vir sobre o mundo habitado; porque as
poderes dos céus serão abalados.
Três anos e meio depois, dar-se-á a vinda de Cristo
literalmente, conforme a descrição profética em todos os
evangelhos e epístolas
Lucas 21:27: E então verão vir o Filho do
homem em uma nuvem, com poder e gran­
de glória. (Ap1:87;14:14)
Desde o início destas coisas, ainda haverá três anos e
meio, até o desenlace de tudo; então, a redenção estará
completa, desde o pagamento do preço pelo Parente
284
 21:28
Remidor (Lv25:47-49), até a sua plenitude que será
estabelecida pelo Parente Vingador
Lucas 21:28: Quando estas coisas come­
çarem a acontecer, levantai-vos e erguei as
vossas cabeças, porque a vossa redenção se
aproxima”. (Lcisr/s
Haverá o sinal principal:(11) O sinal botânico: O
aparecimento dos frutos na figueira e para todas as
árvores. A figueira é Israel e as outras nações, incluindo
as árabes, serão as outras árvores. O sinal inclui as
outras nações e seu poderoso crescimento, inclusive o
crescimento potencial das nações árabes, mas é a figueira
o relógio desta estação profética
Lucas 21:29: Então disse-lhes uma pará­
bola: “Olhai para a figueira, e para todas as
árvores;
Não somente a figueira brotará, mas as outras árvores
brotarão. A economia do mundo será organizada
mediante os seus produtos nativos, e muitas nações
assumirão um poder que jamais tiveram antes. O verão é
uma estação de negociação, e muitos pactos terminarão
nu ma grande guerra pela tomada do poder mundial.
Muitas nações que brotarão não vão querer se submeter
ao domínio único do Anticristo e se rebelarão. Israel,
a princípio, se submeterá, mas depois tentará sair, sob
grande tribulação, motivada pelas duas Testemunhas
Lucas 21:30: olhando-as, quando já bro­
tam, sabeis por vós mesmos que perto está
já o verão.
Então será hora que o Reino de Deus virá com todo o seu
poder- não sem glória visível, mas em todo o seu fulgor;
não sob o jumentinho, mas sob o comando daquele que
estará assentado sobre o seu cavalo branco
Lucas 21:31: Assim também vós, quando
virdes que estas coisas estão acontecendo,
sabei que o Reino de Deus está próximo.
! (Mt3:2)
Desde o estabelecimento do Estado de Israel, em 1948,
considerando que uma geração pode chegar a 80 anos,
em 2028, a maioria absoluta da geração que nasceu no
tempo do renascimento do Estado de Israel (a figueira),
com o apoio de algumas árvores (“nações”), terá
passado. Mas não passará sem que todas estas palavras
proféticas aconteçam; lembrando que estes fatos - por
causa dos escolhidos - poderão ser abreviados. (Não
estamos estabelecendo datas para a segunda vinda de
Jesus, como os falsos profetas fazem, mas estamos dando
uma margem de tempo profético para sabermos em que
tempo estamos). Alguns estudiosos, preferem contar a
partir de 1966 com o fim de ganhar mais 18 anos
Lucas 21:32: Verdadeiramente vos digo
que não passará esta geração até que todas
as coisas se cumpram.
Lucas 21:34
Ao criar os céus e a terra (Gn 1:2), o Senhor Deus,
inicialmente, criou a terra no meio das suas águas
(Ap 22:1); e depois permitiu que o Espírito Santo
a incubasse, ainda no meio das águas (Gn 1:2),
para que, ainda na eternidade, decidisse dar
continuidade à sua obra criadora (Gn 1:3). Então,
no meio das águas, abriu um firmamento - tal como
uma grande placenta, onde a criatura começou a
sua grande gestação (Rm 8:18-25; Gn 1:ó-7). Desde
aquele tempo até hoje, a criatura está gestante,
mas, atualmente, está sentindo as dores de parto -
esperando a manifestação dos filhos de Deus. N estes
últimos dias, estamos vendo a criatura com os sinais
do seu grande parto, enquanto nós esperamos o
nascimento de novos céus e nova terra (2 Pe 3:12,13).
Todos os estágios da terra foram cumpridos, desde
a Criação, a separação das águas, e o grande estágio
abortivo desde o dilúvio até a divisão dos continentes,
quando a terra conheceu os seus novos climas e a
falta de seu grande vapor original, que mantinha
a vida e as grandes espécies, que foram extintas
posteriormente. Agora, enfim, chegou o tempo.
Os grandes acontecimentos climáticos, geofísicos,
geográficos, químicos, minerais, botânicos e
biológicos são apenas os sinais deste grande parto,
pois a criatura terá um “beb é”: os novos céus e a
nova terra. Estes céus e esta terra que conhecem os
são apenas parte desses estágios da grande gestação
criadora; mas a Palavra de Deus não passa, não sofre
estágios de sobrevivência. No entanto, a criatura está
obedecendo à sua Palavra dita
Lucas 2 1 :3 3 : 0 céu e a terra passarão, mas
as minhas palavras não passarão. (i.ció:i7/
Se nosso coração estiver restrito apenas aos prazeres
deste mundo passageiro, nesta grande placenta, seremos
tratados como tal. Mas, se o nosso coração estiver
esperando o raiar da luz de um novo tempo, estaremos
prontos para viverna eternidade gloriosa com Deus.
Todas as obras da carne, influenciadas pelos seis instintos
do homem, são coisas passageiras, que tentam nos
atrair ao esgoto da eternidade - o Lago de Fogo. Senão
considerarmos o processo da sua obra criadora, seremos
pegos de improviso
Lucas 2 1 :34: E velai por vós mesmos, e não
aconteça que o vosso coração seja entorpe­
cido com a glutonaria, com a embriaguez e
com os cuidados da vida, e, assim, aquele
dia vos sobrevenha de improviso, /Rm i3.-i3;
Mc 4:19;Lc 12:45; 1 Ts5:ò,7i
Nenhum dos acontecimentos escatológicos passará
sem um aviso prévio: Pequenos acontecimentos
semelhantes para que o homem não seja pego de
surpresa. Mas o acontecimento principal ocorrerá,
certamente, mas não sem os sinais prévios, pois
nenhum fato original dar-se-á sem um pequeno
acontecimento de menor porte, antecipadamente. Ou
seja, o grande maremoto que afetará a humanidade
inteira já teve seu sinal prévio em nossos dias
285
21:35
Lucas 2 1 :3 5 : como um laço; pois assim
virá sobre todos os que habitam na face de
toda a terra.
Os seus discípulos mais chegados, Pedro, Tiago ejoão,
não tiveram força e não puderam estar depédiantedo
Filho do homem. O que é estar de pé diante do Filho do
homem em dias de tribulação? Agora ele não nos convida
a orar com ele no Getsêmani, mas a estar alertas aos
grandes acontecimentos escatológicos, pois a turba não
virá sendojudas o traidor, mas com o Anticristo
Lucas 2 1 :36: Vigiai, pois, em todo o tem ­
po, e orai, a fim de que sejais dignos de
evitar todas estas coisas que vão acontecer
e de estar em pé diante do Filho do homem.
(Mt24:42; Lc 18:!j
No mesmo lugaronde ele escolheu paraestar, antes da
chegada da turba, cujo batedor erajudas, ele costumava
orar. Sobre isto ele falava: Oremos, pois o grande
acontecimento escatológico se dará, e a turba será
multiplicada. No mesmo lugar dos grandes eventos da
paixão de Cristo, os acontecimentos finais dar-se-ão,
infalivelmente: No monte das Oliveiras
Lucas 2 1 :37: E de dia ensinava no Templo;
mas, pela noite, saía, e pousava no monte
que se chama das Oliveiras. (Zc i 4.-4; lc iq â Z;
Mc 11:19)
A influência do homem que orava. Nenhuma
pousada, nenhuma casa lhe oferecia pousada.
Custava caro receber treze hom ens e mais seus
acompanhantes. Então ali, naquele santo lugar, ele
recebia os seus e os acolhia. Ali comiam, dormiam e
oravam. Ali riam, choravam. Ali foi entregue para ser
morto. Ali entregou a sua vontade pessoal. Bendito
Getsêmani. É ali que ele pisará a planta de seus
pés, quando voltar para sair com os seus exércitos
ao Armagedon. Ali será revelado a seu povo, como
o Messias ressurreto, onde revelará as marcas de
suas mãos e de seus pés à grande nação de Israel, o
Tomé daqueles dias. Ali, ele atraía as multidões para
grandes vigílias de oração, que terminavam com
grandes lições matutinas no Templo
Lucas 2 1 :3 8 : E todo o povo madrugava
junto com ele, no Templo, para o ouvir.
Lucas, capítulo vinte e dois (22)
Os preparativos da Páscoa apontavam para o grande
sacrifício de Cristo. Basicamente, havia três festas anuais,
mas entre elas havia outras convocações. Antes, quando
o povo ainda estavano deserto, Deus deu apenas estas
três festas para serem celebradas, mas com o tempo,
outras festas foram acrescentadas por Israel, depois que
jáestava de posse da terra: O ano novo (Lv23:24);o dia
da expiação (Lv 16:23-32); a festa do Purim (Et 9:24); e a
festa da dedicação do Templo por Esdras. Êxodo 23:14:
Lucas 22:3
“Três vezes ao ano celebrar-me-ás festas solenes, em
meu louvor”. Levítico 23:4: “Estas são as festas solenes
dejeová, as santas convocações que haveis de proclamar
nos seus tempos assinalados”. (1) Sexta-Feira - A
Páscoa: Quatorze dias depois do início do ano religioso, o
verdadeiro início-o tipo do novo nascimento em Cristo;
tipo dalibertação do poderdo mundo sobre a nossa vida,
pois neste dia Israel saiu dos domínios do Egito. Nesse
dia, um cordeiro era morto em favor da nação (1 Co 5:7;
1 Pe 1:18-19). Nesse dia, o sangue foi posto nos dois
umbrais da porta, dando início a um novo tempo para os
resgatados. Este mês é também chamado de Nisan (Ne
2:1; Et 3:7): Levítico23:5: “No mês primeiro (“Abibe”),
no dia quatorze, ao cair do sol, é Páscoa (“passar sobre”)
do SenhorJeová”, (a) Sábado: Começa a Festa dos Pães
Sem Fermento - Conhecida como festa dos pães ázimos,
que era realizada na primavera. Refere-se à morte de
Cristo e seu sacrifício por nós. Êxodo 23:15: “Guardarás
a Festa dos Pães Sem Fermento, os quais comerás
durante sete dias, como te mandei, no tempo marcado no
mês da primavera, pois nele saíste do Egito, e ninguém
apresentar-se-á diante mim com as mãos vazias”. Levítico
23:6: “E no dia quinze do mesmo mês, será a festa dos Pães
Sem Levedura (“ázimos”) para o Senhor Jeová. Durante
sete dias comereis pão sem levedura”. O primeiro dia-
Sábado. O segundo dia é um domingo: Jesus ressuscitou
e apresentou-se a seus discípulos e ficou oito dias sem
vê-los. Ele deixou passar todos os dias dos pães ázimos,
semfermento: Levítico 23:7: “Oprimeiro dia será de
santa convocação e não fareis nenhum trabalho servil”.
O sétimo dia: Sábado. Sete dias de ofertas queimadas.
Somente depois deste último dia da Festa dos pães
ázimos, ele se revelou para os seus discípulos de forma
categórica, desafiando a Tomé (Jo 20:19-26), mostrando
parte de seu corpo como prova de sua ressurreição. Então,
assim compreendemos que a Festa dos pães ázimos, sem
fermento, significa a ausência de Cristo, a fim de revelar a
nossa pobreza, incerteza e desamparo, que termina com a
sua revelação ressurreta e definitiva (At 1:3): Levítico 23:8:
“E oferecereis ofertas queimadas ao SenhorJeová nesses
sete dias. O sétimo dia será de santa convocação e nele não
fareis trabalho servil”
Lucas 22:1: E se aproximava a festa dos pães
ázimos, que se chama Páscoa, i/o / 1:47 «/
A grande oportunidade de os sacerdotes entregarem o
Cordeiro, mas eles não sabiam o que fazer
Lucas 22:2: E os príncipes dos sacerdotes
e os escribas procuravam como poderiam
matá-lo; porque temiam o povo. Mi2:i4y
Satanás estava pessoalmente na terra naqueles dias;
não se conformou e se apoderou dejudas
Lucas 22:3: Mas Satanás entrou em Judas,
chamado Iscariotes, o qual era do número
dosdoz eujo i3:2i
O grande negócio do supermercado de Anás e Caifás.
Eles juntaram muito dinheiro para aquela ocasião.
Mas se alegraram porque Judas não foi tão careiro e
guardaram o restante do dinheiro para outro evento:
286
22:4
A ressurreição, pois terão de patrocinar a divulgação
da não-ressurreição. Isto sim, seria caro, pois a Igreja
Primitiva descobriria e ofertaria para que a mensagem
pró-ressurreição fosse divulgada também
Lucas 22:4: E ele foi, e concordou com os
príncipes dos sacerdotes e com os capitães
da guarda, de como ele o entregaria;
Mais um cumprimento de profecia (SI 41:9; 55:12-14;
Zc 1 l:12-13;M t26:14-16,21-25)
Lucas 22:5: e eles se alegraram, e convie­
ram em lhe dar dinheiro. (Zc 11:12)
A avaliação deles a respeito de Cristo era dez por cento do
valor do vaso de alabastro: trinta moedas ou trinta peças
Lucas 22:6: E ele concordou; e procurava
uma ocasião para entregá-lo sem alvoroço.
Deus deixa bem claro quem são os que a apresentarão
diante dele. Tipo do pão da Ceia do Senhor, que é Cristo
e o seu corpo (1 Co 11:24). Como foi instituída no dia
da Páscoa, o pão é sem levedura e deve ser comido no
interior do átrio. Levítico 6:14: “E esta é a lei da oferta
vegetal (“de manj ares ”). Os filhos de Arão a oferecerão
perante o SenhorJeová, diante do altar". O punhado é
a parte da oferta que é oferecida para ser queimada, e o
restante é oferecido ao sacerdócio. Um tipo do trabalho
de Cristo em favor do corpo (Ef 5:25). Porque uma parte
do pão é queimada, e a outra, servida. Um perfeito tipo
do pão oferecido na Ceia do Senhor. Logo, o punhado
é um memorial -p o r isso o fazemos em memória de
C risto-e o memorial é Cristo (1 Co 11:24). Levítico
6:15: “E o sacerdote dela tomará um punhado da flor
de farinha daoblação vegetal (“de manjares”), e do
azeite, com todo o incenso que estará sobre a oferta
vegetal; e fará com que tudo isto seja consumido sobre
o altar, por ser oferta memorial de cheiro agradável ao
Senhor”. Com base neste texto, a Ceia do Senhorfoi
inaugurada, tendo alguns tipos extraídos da Páscoa, mas
fundamentada na oferta de manjar que o pão da Ceia
substituía (Mt26:2ó), pois uma parte dele foi sacrificada,
e a outra foi servida à mesa. Levítico 6:16: “O restante
dela, Arão e os seus filhos a comerão; a comerão como
pão sem levedura (“ázimo”), no lugarSanto, no átrio do
Tabernáculo do Testemunho”. As ofertas de manjares
podem ser oferecidas pelo pecado ou pela culpa. Pelo
pecado, quando a pessoa vem conscientemente pedir
perdão pelo pecado cometido; pela culpa, quando ficou
conhecendo a sua transgressão, depois (Lv 5:17-19).
Levítico 6:17: “Não será cozido com levedura. É a
sua porção, parte que eu lhes designei das minhas
ofertas queimadas. É coisa santíssima, assim como a
oferta expiatória pelo pecado, e a oferta expiatória da
culpa”. O poder da Ceia do Senhor, e a importância
do entendimento da obra da Santificação efetuada
por Cristo em nosso favor, através do depósito de seu
sangue no Tabernáculo Celestial, não feito por mãos. A
santificação efetuada por Cristo é o ato de valor eterno
que consiste no depósito de seu sangue diante do trono
de Deus, em lugar de todos aqueles que crêem no Filho
de Deus e na sua obra expiatória. O sangue depositado
Lucas 22:10
diante do trono é santificação, e esta é a santificação
oficial e definitiva (Hb 10:12,14). Não pode serimitada,
substituída, nem cancelada. Por causa desse ato, os
irmãos de Cristo na terra (Jo 20:17) tiveram a permissão
do Pai para viver neste mundo livres do poder do mal (Jo
17:12-19). Aquele que tocar o Sacrifício, que é Cristo,
será santificado, e isto é possível hoje mediante a fé.
(Lermais sobre isso no cap.27). Era uma obrigação a
ser cumprida e requerida de todo aquele que tocasse
na oferta: Santificar-se. Deveria cumprirtodo o ritual de
santificação daqueles dias, que era depositar um valor
equivalente àsua pessoa, dependendo de sua idade, no
Tabernáculo (Lv27:1-12), valores variados em siclos de
prata, segundo o siclo do Santuário. Levítico 6:18: “Todos
in r
os varões dos filhos de Arão a comerão, e será como
porção legal perpetuamente, durante as vossas gerações,
das ofertas queimadas do Senhorjeová. Todo aquele que
a tocar se santificará”
Lucas 22:7: Chegou, porém, o dia dos
Ázimos, em que era necessário sacrificar a
páscoa. ÍÊX12:1820;Dt 16:5-8)
A oferta vegetal, ou de manjar, com pão e vinho é o tipo
: perfeito da Ceia do Senhor, pois ela sempre é apresentada
com o sacrifício animal, sendo ela uma oferta vegetal
(de trigo); e, por meio dela, podemos observar por que
Jesus introduziu o pão e o vinho na sua Ceia, na ocasião
em que promulgou o Novo Pacto em seu sangue. Jesus
tinha entendimento perfeito a respeito desta oferta.
Esta oferta é um memorial da Ceia realizada por Cristo
(Mt26:25-26), a outra oferta de manjar (ou vegetal) já
será tipo da Ceia do Senhor realizada pelos apóstolos:
Levítico 23:13: “E sua oferta vegetal (“de manjares”)
será de dois décimos de uma efa (“quatrolitrosequatro
decilitros”) de farinha de trigo amassada com azeite. Será
oferta queimada de cheiro agradável ao Senhorjeová, e
a sua libação será de um quarto de him (“três litros e sete
decilitros”) de vinho” - um tipo da Ceia que seria servida
no meio do cerimonial
Lucas 22:8: E enviou a Pedro e a João, di­
zendo: “Ide, preparai-nos a páscoa, para que
a COmamOS” . (Lc 19:29;At3:I)
A Páscoa deve ser preparada segundo a vontade do
Messias, no lugar que ele quiser. Mas a direção é
do Espírito Santo - o homem do cântaro
Lucas 22:9: E eles lhe perguntaram: “Onde
queres que a preparemos? ”
Somente o Espírito Santo sabe qual é o melhor lugar onde V (
podemos mantera comunhão com Cristo. O Espírito
Santo nos indica o caminho da comunhão
Lucas 22:10: E ele lhes disse: “Eis que,
assim que entrardes na cidade, um homem,
levando um cântaro de água, vos encontra- ;-
rá; segui-o até à casa em que há de entrar.
O dono da casa é um pai de família. Somente um
pai de família sabe o que o Espírito Santo exige
para agradar a Cristo e a seus ministros
287
22:11
Lucas 22:11 : E direis ao dono da casa: O
Mestre te pergunta: Onde está o aposento
em que hei de comer a páscoa com os meus
discípulos?
O cenáculo é mobiliado. A nossa comunhão é preparada
pelos pais de família para que Cristo comungue com a sua
igreja. Antes do derramamento do Espírito Santo, isto
é, antes que o homem do cântaro ofereça a água, Jesus
Cristo deve oferecer o vinho e o pão. Ninguém pode ser
cheio do Espírito Santo sem antes ser cheio de Cristo.
O Espírito Santo indica famílias que sabem tratar bem o
Espírito Santo - que entregam o cenáculo mobiliado. O
que é ter um cenáculo mobiliado?
Lucas 22:12: Então ele vos mostrará um
grande cenáculo, mobiliado; ali preparai-a!
O que Cristo diz, o Espírito Santo faz
Lucas 22:13: Eles foram e acharam assim
como ele lhes havia dito; e prepararam a
páscoa.
A hora da comunhão é início de um tempo de alegria e
gratidão. Éhora de ação de graças. Havia uma razão para
serem doze: (5) A lei dos sacrifícios de paz ou sacrifício
pacífico: Levítico 7:11: “Esta é a lei do sacrifício pacífico
que será apresentado ao Senhor”. Observar que a oferta
de ação de graças era oferecida como sacrifício pacífico.
O sacrifício pacífico, ausente de toda culpabilidade, tinha
algumas diversidades: (1) Com louvor (ação degratidão);
(2) pães sem fermento - lembrando a saída do Egito e
libertação total da escravidão de Faraó, e sem fermento,
porque o poder da escravidão não se expandiu, nem o
poder do pecado os alcançará novamente; (3) tortas ou
pães untados ou misturados com azeite-algumas vezes
na vida sentimos que não crescemos (sem fermento), mas
estamos vivendo sob a unção do Espírito Santo; (4) bolos
fritos com muito azeite-vejacomo começamos (sem
fermentos), e comparemos em que ponto chegamos:
Temos pães fritos com muito azeite. Essas fases de nossa
vidaedenosso ministério se aprimoram à medida de nossa
obediência. Então, enfim, chegamos ao crescimento: Pães
fermentados (Mt 13:33). Esta oferta do sacrifício pela paz,
ou sacrifício pacífico, nos traz ensinamentos poderosos que
explicam o nosso crescimento na fé ena maturidade. Por
outro lado, a oferta de sacrifício pacífico poderia tervárias
motivações. Uma das motivações do sacrifício pacífico era
aação de graças, isto é, aofertadesacrifíciopacífico era
oferecida em gratidão a Deus por umabênção recebida.
Não era um ato de palavras, de cartas escritas, era uma
oferta qu e custava algo ao agradecido. Em alguns lugares do
mundo tomou-se um costume oferecer “cultos em ação de
graças”vazios, sem oferta, semnenhum tipo de gratidão;
mas isto não é uma oferta deação de graças, pois não tem
ação nenhuma. Mas alguns questionam: “Mas Cristojá
cumpriu todo o sacrifício”. Éverdade, ele ofereceu um
sacrifício único, mas a oferta de manjar ou a oferta pacífica
poderia ser oferecida sem o animal a ser sacrificado. Isto
quer dizer que a oferta pacífica era a companhia do novilho
ou outro animal limpo como o carneiro. O animal que era
acompanhado com a oferta de manjar morria, enquanto
Lucas 22:14
que a oferta de manjar era oferecida em parte, isto é, um
punhado delaapenas-umpoucodamassa(Rm 11:16).
O resto era comido pelo sacerdote. Por isso, na mesa do
Senhor, temos o pão (símbolo da oferta de manjar, ou oferta
vegetal, e como é umaoferta de ação de graças, poderia
ser com ou sem fermento) e o vinho (que fala do sacrifício
do sangue derramado, que equivale ao sacrifícioefetuado
por Cristo). Isto significa que a Ceia do Senhortem no pão
aofertade manjare no vinho o memorial dosangue do
Cordeiro de Deus. Logo, a Ceia do Senhor é uma oferta de
Ação de Graças e um sacrifício de oferta pacífica diante
de Deus, em memória de Cristo. A escala de valores para
uma oferta incluía (1) o cordeiro, (2) aspombinhasou (3)
umamassadetrigoparao mais pobre dos pobres, pois
nenhuma alma poderia aparecerdiante de Deus de mãos
vazias (Lv5:1T 13). O punhado da massa que, ao ser tirado
pelo sacerdote e lançado no fogo do altar, é tipo de Cristo,
que representa as nossas primícias queimadas para que o
resto da massa, que somos nós, os membros de seu corpo,
fôssemos santificados: Levítico 7:12: “Se apresentar-se em
ação de graças, apresentem-se junto com o sacrifício de ação
de graças tortas sem fermento misturadas com azeite, bolos
sem fermento (“ázimos”) untados com azeite e tortas de
farinha de trigo fritas em muito azeite”
Lucas 2 2 :1 4 : E, quando chegou a hora,
reclinou-se à mesa, e os doze apóstolos
com ele.
Ele era a Páscoa. Ele desejou ardentemente porque
ela celebrava o fim da carreira da Lei e o início da
Graça: No átrio do tabernáculo natural: A leitura do
livro escrito; o culto matutino, a edificação do altar (de
holocausto) e a edificação das doze pedras (que depois
serão simbolizadas por doze pães). Êxodo 24:4: “E
Moisés escreveu todas as palavras do Senhor Jeová
em um livro e, madrugando, construiu um altar ao pé
do monte, e edificou doze pilares, correspondentes
às doze tribos de Israel”. Holocaustos e sacrifícios de
paz oferecidos pelos jovens de Israel”. A nova geração
está presente: Êxodo 24:5: “E ordenou que os jovens
primogênitos ofertassem novilhos, ao Senhor Jeová, ,
como holocaustos e sacrifícios pacíficos”. O sangue
do Antigo Pacto entregue porMoisés diante de doze
colunas, tipificando o sangue do Novo Testamento
sendo entregue na presença dos doze discípulos, com
uma diferença fundamental: A origem do sangue.
( 1 )0 sangue na bacia significa o tempo de espera,
do cumprimento do sacrifício do Cordeiro do Novo
Testamento: o sangue dos cálices do Novo Testamento
que não foi aspergido no altar, mas derramado no
coração dos fiéis. (2) A outra metade, derramada no
altar, isto é, sobre a cruz - tipo da morte de Cristo,
considerando-se que Moisés estava no pé do monte,
e não no cume dele: Êxodo 24:6: “E Moisés tomou a
metade do sangue e o derramou nas bacias, e a outra
metade do sangue aspergiu sobre o altar”. Este é o
Antigo Testamento, a velha aliança que foi aspergida
com sangue. Tendo em mente este texto, o Senhor
Jesus inaugurou o Novo Testamento, com o seu próprio
sangue, naquela noite quando estava reunido com
os doze no Cenáculo - comparando com aquilo que
Moisés fez, Jesus também disse: “Este cálice (no lugar
288
22:15
da bacia) é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto
todas as vezes que o beberdes em memória de mim” (1
Co 11:25). Êxodo 24:7: “EtomouoLivrodaAliançae
o leu aos ouvidos do povo. E eles disseram: Tudo o que
ordenou o Senhorjeová, faremos e obedeceremos”
Lucas 22:15: E disse-lhes: “Desejei arden­
temente comer esta páscoa convosco, antes
que padeça;
A Ceia do Senhoré um tipo das bodas
que se cumprirão na Novajerusalém
Lucas 22:16: porque eu vos digo que não
mais a comerei até que ela se cumpra no
Reino de Deus. (ic i4:i5;Api9-.9)
(3) Sangue sobre o povo. O sangue foi aspergido sobre o povo.
O que eraparaele beber, foi lançado sobre eles (Mt27:25):
Êxodo 24:8: “EtomouMoisés o sangue e oaspergjusobre o
povo dizendo: Eis que o sangue do Pacto que oSenhorJeová
estabeleceu convosco, em relação atodos estes preceitos”.
Como no tempo da graça: O propósito de Cristoem levar
seus discípulos ao monte daTransfiguração foi semelhante
ao propósito do Pai. Dar aos anciãos do povo um referencial
para que, quando enfrentassem as adversidades (comoo
bezerro de ouro), pudessemlembrardaformadeDeus. Os
anciãos fizeram o mesmo que os discípulos-esqueceram do
referencial (Mt 17) quando viram o seu Cristo na cruz: Êxodo
24:9-10: “Esubiram Moisés, Arão, Nadabe e Abiú e setenta
anciãos de Israel, e eles viram ao Deus de Israel. De baixo
deseuspés haviacomoumaobra de pavimentode pedras
de safira, brilhante como os céus em sua claridade ”. Uma
tipologiadoverdadeirosacerdócio de Israel, um protótipo
daquilo que Deus ainda fará com a nação de Israel no futuro
bem próximo. Eles não poderiam se justificar afirmando que
não tinham idéia de comoera a formade seu Deus. Na Ceia
do Novo Testamento eles viram a Cristo. No Antigo Pacto eles
viram a forma de Deus
Lucas 22:17: E, tomando o cálice, e haven­
do dado graças, disse: Tomai isto, e reparti-o
entre vós;
Daquele momento em diante ele estava em jejum em
relação ao fruto da vide. Por isso será tentado, ainda na
cruz, a beber o vinagre que lhe deram. Mas não o bebeu.
Ele não queria anestesiar a si mesmo
Lucas 22:18: porque eu vos digo que já
não beberei do fruto da vide, até que venha
o Reino de Deus”.
Eles cearam diante de Deus (Mt 17). Eles não viram
a glória de Deus para reter para si mesmos, mas para
ensinar a seu povo a forma de Deus: Êxodo 24:11:
"Mas ele não estendeu a sua mão sobre os nobres
escolhidos dos filhos de Israel, e contemplaram a glória
de Deus, e comeram e beberam”. A comunhão deve ser
compartilhada - não é privilégio de uma elite. O sangue
foi aspergido sobre o povo. O que era para ele beber, foi
lançado sobre eles (Mt27:25): Êxodo 24:8: “E tomou
Moisés o sangue e o aspergiu sobre o povo dizendo: Eis
que o sangue do Pacto que o Senhorjeová estabeleceu
Lucas 22:25
T convosco, em relação a todos estes preceitos”
Lucas 22:19: E, tomando o pão, depois
de ter dado graças, o partiu, e depois lhes
repartiu, dizendo: “Isto é meu corpo, que
por vós é dado; fazei isto em memória de
mim a co ii: 24 i
Êxodo 24:7: “E tomou o Livro da Aliança e o leu aos
ouvidos do povo. E eles disseram: Tudo o que ordenou
o Senhorjeová, faremos e obedeceremos”. Êxodo
24:8: “ Etomou Moisés o sangue e o aspergiu sobre o ç /v
povo dizendo: Eis que o sangue do Pacto que o Senhor
Jeová estabeleceu convosco, em relação a todos estes
preceitos”.Jesus fez uma contraposição em relação
àquilo que Moisés fez no monte Sinai, quando entregou o
Antigo Testamento, ao aspergir o sangue n
Lucas 22:20: Da mesma forma tomou o cá­
lice, depois de terem ceado, dizendo: “Este
cálice é o Novo Testamento no meu sangue,
que é derramado por vós.
O Cordeiro deveria ser entregue. Os traidores
são como os sequestradores: Eles estão sempre
presentes à mesa, como Ziba
Lucas 22:21 : Mas eis que a mão daquele
que me entrega, está comigo à mesa. /m 2ó:2 i -
24; Mc 14:18-21;Jo 13:21-30i
As profecias (Jr 18:1 -4; 19:1 -4; Zc 11:12-13; Mt 27:9-10)
Lucas 22:22: Porque, na verdade, o Filho
do homem vai segundo o que está determi­
nado; mas ai daquele homem por quem é
e n t r e g u e ! ” /At2:23;4:28/
Quem entregaria o Cordeiro?
Lucas 22:23: E começaram a questionar cn
entre si qual deles seria o que havia de fazer
tal coisa.
Quem seria o maior depois da morte do Cordeiro?
Lucas 22:24: E houve também entre eles
contenda sobre qual deles deveria estimar- C/3
se COmO0 maior. (Mc9:34;Lc9:46/
Jesus ensina a grande lição doserviçoesua recompensa
celestial, até hoje não compreendida na terra: todo
aquele que exerce autoridade na terra, será servo no céu,
e todo o servo na terra, exercerá autoridade no céu
Lucas 22:25: Mas Jesus lhes disse: “Os reis
das nações exercem senhorio sobre elas, e
os que têm autoridade sobre elas são chama­
dos benfeitores. /Mc 10:42-45;20:25-28)
Se todo aquele que exerce autoridade na terra será servo P
3>
no céu, e se todo aquele que serve na terra exercerá
<ZJ
289
22:26
autoridade no céu, então aquele discípulo que desejasse
ser o maior, deveria ser o servo de todos
Lucas 22:26: Mas não deve ser assim en­
tre vós; pelo contrário, o maior entre vós
torne-se com o o menor; e o principal seja
com o aquele que serve. (Lc9:4s; i Pe5.-5j
Jesus, entendendo bem esta lei que definia
claramente o servidor e o maioral na casa de seu
Pai, dava-lhes exemplo de como servir; assim,
comprovava que ele seria o maior entre todos eles
Lucas 22:27: Pois qual é o maior: aquele
que se reclina à m esa, ou aquele que ser­
ve? Porventura, não é aquele que se re­
clina à mesa? Mas eu sou entre vós com o
o que serve, (ic 12.37)
Bem-aventurado aqueles que aprendem que as
tentações se vencem mais facilmente quando oramos
e quando estamos acompanhados pelos amigos
irmãos
Lucas 22:28: E sois vós os que tendes
perm anecido com igo em minhas tenta­
ções. (Hb2:18;4:15)
O Reino dedicado ao Filho seria compartido entre
aqueles que permaneceram com ele durante as suas
provações. Este é o sentim ento de Cristo, que jamais
mostrou avareza para com os seus discípulos fiéis
Lucas 22:29: E eu vos destino um Reino,
assim com o o m eu Pai o destinou a mim,
flc 12:32; M t25:34; 2 Tm 2:12)
Assim como M efibosete, que foi chamado à mesa
de Davi, também o Senhorjesus chamou os seus
discípulos e compartilhou também com eles o
seu Reino. O Reino do Filho foi destinado àqueles
que nele crêem: O Reino consiste em poder e em
autoridade judicial sobre as nações
Lucas 22:30: para que com ais e bebais
à m inha m esa no m eu R eino, e vos
assenteis sobre tronos, julgando as doze
tribos de Israel”. (Mt 19.-28;u i4.-i5;Ap iç.-ç,-
Ap3:21)
Assim como Jó, os discípulos seriam provados em
tudo (Jó 1:1-10). Havia outros cereais como a cevada,
além do trigo. Mas, por que Jesus foi enfático em
dizer: “como o trigo”? Logo depois da Páscoa dava-se
início à colheita, mas Satanás queria cirandá-los
como o trigo ijnaturo, porque é covarde - antes do
seu amadurecimento ministerial! Por que não veio
cirandá-los depois do Pentecostes?
Lucas 22:31: Disse ainda o Senhor: “Si-
mão ( “aqu ele qu e ouve ”), Simão, eis que
LUCAS 22:34
Satanás vos pediu para vos peneirar com o
trigo; (Jó 1:6-12;Am 9:9)
Mas o Senhor orou por ele. A oração dejesus cobre
aquele que anda em sinceridade e não entrega a
sua alma ao dolo. Ao falar de conversão, falava de
amadurecimento, do sopro do Espírito Santo que
residiria, agora, no seu espírito humano, pelo novo
nascimento; após ter nascido de novo, ele estaria
preparado e maduro para fortalecer os seus outros
colegas de ministério eosdem ais irmãos. A conversão
a Cristo e à sua obra são fundamentos requisitados
àquele que deseja o episcopado. De que conversão Jesus
estaria falando? Da conversão do estado e da condição
da sua traição (v. 34). Falava também daquele encontro,
cheio de arrependimento, que teve com Cristo, após a
sua ressurreição: então, a conversão requereria uma
declaração tríplice de amor, que sobrepujava a tríplice
negação. O fortalecimento deveria ser de cordeiros e de
ovelhas: dois terços de membros e um terço de ministros
Lucas 22:32: mas eu roguei por ti, para que
a tua fé nãô falte; e tu, quando te converteres
a mim, fortalece os teus irmãos”, /jo i7:9,is;
21:15-17)
Ele não entrou sequer na sala do julgamento, onde estava
João e Cristo. Enquantojesus foi à cruz ele quis voltará
pescaria. Esta era a atitude do trigo que ainda não estava
maduro. Ele tinha o referencial, mas de nada valeu
Lucas 22:33: Então, ele lhe disse: “Senhor,
estou disposto a ir contigo à prisão e até à
morte”.
O galo cantaria pontualmente, mas antes, ocorreriam
as negações de Pedro. Judas o apontou com um beijo, e
Pedro negou conhecê-lo com seus próprios lábios. Uma
negação por cada ano de ministério: Uma negação como
servo, como amigo e como discípulo. Uma negação no
átrio, no lugar Santo e outra no santíssimo lugar. Uma
negação no lugar dos três amigos mais íntimos. O canto
do galo seguirá sendo pontual: Sempre depois do pecado,
a consciência ainda viva apontará, marcará, pesará,
lembrará, trabalhará; pois esta é a hora em que o canto do
galo é instigante e intrigante. Ele cantará até o amanhecer
do arrependimento, da conversão
Lucas 22:34: Mas ele replicou: “Pedro, eu
te digo que o galo não cantará hoje sem que
antes negues três vezes que me conheces”.
A lembrança da primeira comissão e as promessas da
segunda comissão. É grande a diferença entre a primeira
comissão e a segunda, em todos os aspectos. Na primeira
comissão, os discípulos estavam em grande prova, mas
na segunda, o Senhorjesus estabelece os seus direitos
como ministros. Mesmo tendo sido enviados nas
condições registradas na primeira comissão, nada lhes
faltou; isto é, ainda que o salário deles fosse apenas a
comida que comiam, nada lhes faltou. Por que faltaria
agora? Dividiremos em duas comissões: a primeira
partirá da palavra “quando”, que está no capítulo 10.
290
22:34 Lucas
Lucas 10:1: “Depois disso designou o Senhor outros
setenta, e os enviou adiante de si, de dois em dois, a todas
as cidades e lugares onde ele havia de ir”. Um detalhe
importante é que Jesus nunca vai a um lugar sem mandar
na frente os seus representantes. Portanto, antes de fazer
um grande evento, devemos enviar adiante os obreiros
que possam prepararo caminho. Lucas 10:2: Sempre há
de faltar obreiro para a seara de Jesus, neste mundo. A
seara de Jesus é a única que sempre precisa de obreiros;
ela sempre necessitará de obreiros. EntãoJesus envia
ovelhas ao meio de lobos, justamente porque os obreiros
não se apresentam. Lucas 10:3: Naprimeira comissão ele
manda ovelhas para o meio de lobos. Jesus esteve ali
durante três anos ao lado de seus discípulos, crendo que
dariam frutos dignos. Porque essas ovelhas eram fracas
diante dos lobos, poderiam ser devoradas, porém isto
somente aconteceria se elas não estivessem revestidas
com opoderdeD euse com a sua armadura. Lucas 10:17:
Como é possível que as ovelhas voltassem, depois de
evangelizar lobos? Elas tinham a autoridade eopoderdo
nome dejesus. Mas os obreiros da primeira comissão
ainda não haviam experimentado o poder do nome de
Jesus, diante do qual todo joelho se dobrará e toda língua
confessará. Lucas 10:18: Mas as ovelhas que
obedeceram foram e voltaram. Na segunda comissão
estas ovelhas serão transformadas. A primeira comissão
é voluntária, porque para executá-la ele chamou ovelhas.
Os obreiros que começam o ministério devem entender
que, no princípio, quando estão sendo provados, ainda
são ovelhas e, como ovelhas, Jesus não pode dar-lhes
bolsa, alforje e sapatos; pois estas três coisas identificam
o pastor, e não aovelha. Embora esta visão seja
escatológica, há de se cumprir, literalmente, segundo o
texto de Apocalipse 12, quando, definitivamente,
Satanás for expulso das regiões celestiais;Jesus foi
testemunha daquele dia que Satanás foi expulso da
presença do Pai. Novamente, a cada pregação,
acompanhada com aceitação do Evangelho dejesus
Cristo, milhares de demônios deixam os quadrantes das
regiões celestiais, quando almas são libertas por Cristo
do poder de Satanás. Cada vez que pregamos e a nossa
mensagem é aceita, antecipamos a visão apocalíptica da
queda de Satanás das regiões celestiais (Ap 12:7-12).
Lucas 10:19: Estas ovelhas estão completamente
imunes. São ovelhas poderosas. Elas têm poder e
autoridade constituídos porjesus Cristo. Quando a Igreja
foi estabelecida, antes da fundação do mundo, logo
depois da queda do Luzeiro (Ez 31:11), recebeu o poder
instintivo para triunfar sobre a sua presa: Satanás. Ela
pode fazer o que quiser com ele, segundo a autoridade
que lhe foi dada e confirmada porCristo através de seu
nome. A bolsa fala dos próprios negócios e o alforje, da
autoridade de lidar com a economia do Reino, isto é, das
ofertas levantadas. Sem bolsa: Sem preocupação com a
sua bolsa pessoal. Sem alforje: Sem preocupação com o
sustento daobra. O obreiro em primeira comissão não
tem esse direito. Ele está sob provação completa. Fala da
debilidade e da limitação das ovelhas, porque essas
ovelhas não sairão para saudar pessoas, mas elas terão
uma missão: a de ir pregar o Evangelho. Elas são
discípulos treinados para falar só o que Jesus mandasse.
Portanto temos que preparar os nossos discípulos para
291
22:34
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
falar só o que lhes ensinarmos. Quem ainda está na
primeira comissão não é convidado a opinar, mas a
obedecer. O obreiro cai quando ele começa a opinar, a
saudar pelo caminho, e esta não é a sua missão, estando
na primeira comissão. O obreiro fiel é aquele que fala
somente o que lhe foi autorizado. Lucas 10:5: Ele está
ensinando a ética e santidade a seus discípulos. Não
deviam falar fora da casa. Não saia da casa! Depois que
entrar na casa, adapte-se. Quem não se adapta é falso
obreiro. Depois que o obreiro da primeira comissão entra
na casa, não deve sair dali até a sua missão terminar na
cidade. A sua mensagem falada é li mitada, e a sua
operação em fé é ilimitada. A sua mensagem é levar a paz
e a sua missão é curar e libertar enfermos. Lucas 10:6: A
mensagem do obreiro da primeira comissão: A paz
somente repousa sobre os filhos da paz. A paz é viva, ela
volta à sua origem. Não deixe de dormirporque duas ou
três pessoas não gostam de você, pois deve haverduas
mil que o amam. Não perdemos nada se ninguém nos
escutar, porque a paz volta para a sua fonte. A paz é um
fruto de Deus e fruto de Deus não se perde. Lucas 10:7:
Não devemos passar a vida inteira trocando de liderança
e de ministério ou de igreja. Isto é um prejuízo para o
obreiro na sua primeira comissão. Sempre haverá
pessoas ruins onde quer que estivermos. Devemos saber
lidar com todos os tipos de pessoas, temperamentos e
tipos de caráter. A provação da primeira comissão ocorre
por ocasião da provisão da alimentação e para provar o
poder de sua tolerância. O salário do obreiro da primeira
comissão é o seu alimento. Toda cortina é maior do que o
espaço que ela ocupa. Deus sempre nos colocará em
espaços em que nossa capacidade sobra para provar a
nossa humildade. Os anjos que podiam voar ou se
locomover subiam e desciam na escada de Jacó. Há
momentos nos quais nos desesperamos, mas a nossa
ética e a nossa santidade está sendo provada. Aqui Jesus
chama de salário a comida e a bebida que o obreiro da
primeira comissão recebe. O Senhor está dizendo que o
obreiro da primeira comissão é digno de seu salário. O
seu salário é a sua comida. Pois, na primeira comissão,
ele está sendo provado. Lucas 10:8: Sabendo que, como
israelitas, eles não comiam qualquer coisa, pois havia
cidades que não respeitavam a Lei. Mas o respaldo de
Jesus rompia todas as limitações de suas tradições,
preparando-lhes para a pregação do Evangelho aos
gentios. Jesus estava dando-lhes cobertura e respaldo
paraestanovacultura. Lucas 10:9: Acura de enfermos é
uma das grandes atrações para a pregação do Evangelho
do Reino de Deus. Jesus não limitou o ministério do
obreiro da primeira comissão. Ele não ordenou que
curassem somente determinado tipo de pessoas, mas a
todos os enfermos que ali houvesse. Naprimeira
comissão, a credencial é salvação e milagres. Ele não
mandou ensinar, pois ele somente autorizará o ensino no
final da segunda comissão, quando ele dirá: “Ide e fazei
discípulos”. Naprimeira comissão, ele nos prova, pois
somos ovelhas no meio de lobos; as que voltarem vivas
serão honradas; não se discute Bíblia, não se tem
mensagens longas, não há exposição ministerial: Mas
deve haver salvação e milagres. Jesus lhes ensinou a ir e
pregar,salvarecurarenfermos. Lucas 10:10-11:A
mensagem da primeira comissão é pregar o Evangelho do
22:35
Reino de Deus. O Evangelho do Reino de Deus é cura, é
milagre. Na primeira comissão o ministério é provado em
lugares longínquos. A primeira comissão não é enviada à
cidade, mas aos campos. Mas as cidades que não
receberem o obreiro da primeira comissão estariam sob
o julgamento de Deus, após terem recebido a sua
oportunidade. Não devem trazer nada da cidade
incrédula, nem o pó de seus sapatos. O pó lançado contra
a cidade seria um peso profético lançado contra a mesma.
Lucas 10:12: Na escala de julgamento das cidades, Jesus
mostra que o juízo será diferente entre todas. Mas
aqueles que não receberam o Evangelho da graça serão
mais dignos de juízo do que aqueles que receberam nos
dias onde não se conhecia a Lei escrita. Lucas 10:13:As
cidades que receberam a primeira comissão são
Corazim, Betsaida. Tiro e Sidon foram condenadas por
falta de milagres de Deus; e se eles tivessem sido
operados em Tiro e em Sidon, aquelas cidades se
converteriam como Nínive! A pessoa arrependida
chegava a ponto de sentar-se vestidas em sacos e sobre
cinzas, porcausa do poder da mensagem. O mesmo deve
ser compreendido entre os pregadores de hoje: E se a
nossa mensagem não levar as pessoas ao
arrependimento, faltaram milagres na ministração da
mensagem. É poder manifestador do Evangelho, quando
pessoas se arrependem vestidas em sacos (humilhação)e
cinzas (lembrando da sua condição de pó). Ele está
falando de Nínive, pois quando Jonas foi vomitado pelo
peixe, pregou uma mensagem de quase quarenta letras
que não teve apelo, não teve emoção, não teve
manifestação de dons. Foram quase quarenta letras
dizendo: “Nínive será submergida dentro de quarenta
dias". A mensagem de um dia ganhou cento e vinte mil
almas, e até os animais fizeram jejum. Lucas 10:14: Mais
uma vez o Senhor Jesus mostra que haverá diferentes
escalas de juízo sobre as cidades condenadas, e que
haverá juízos maiores e outros menores
Lucas 22:35: Depois disso, Jesus pergun­
tou-lhes: “Quando vos enviei sem bolsa,
sem alforje e sem sandálias, porventura vos
faltou alguma coisa?” Eles responderam:
“ Nada”. (Lc q:3; w a -m io .-qj
As bênçãos da segunda comissão: Na primeira comissão,
os obreiros estavam em provação. Agora foi-lhes dada a
liberdade para levar a bolsa- significando os seus direitos
como trabalhador, e o alforje - o poder de levantar
as ofertas e dízimos para a obra do Senhor. A espada
significa a Palavra de Deus. Vender a sua capa significa
negociar até aquilo que não é supérfluo, para adquirir o
conhecimento apurado da Palavra de Deus
Lucas 22:36: Então, ele disse-lhes: “Mas
agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, bem
como o alforje; e aquele que não tiver espa­
da, venda a sua capa e compre espada.
Todas as profecias relacionadas a Cristo e a sua paixão e
morte deveriam se cumprirnele
Lucas 22:37: Porque eu vos digo que isto
LUCAS 22:42
que está escrito deve cumprir-se em mim: E
com os malfeitores foi contado. Porque as
coisas escritas a meu respeito terão cumpri­
mento em m im”, (Is53:12;Mc 15:28)
As nossas duas espadas são o Antigo Testamento e o
Novo Testamento, os quais devemos saber como usá-los,
e isto nos basta. Alguns querem introduzir outros livros
para fundamentar a sua mensagem. Pedro não saberá
usar, imediatamente, usar estas espadas, e uma daquelas
espadas há de cortar a orelha de um dos servos do
sacerdote. As nossas espadas não servirão para eliminar
a capacidade de nossos ouvintes de ouvir o Evangelho
Lucas 22:38: E eles disseram: “Senhor, eis
aqui duas espadas!” Ele respondeu: “Basta”.
O monte das Oliveiras será usado como palco de grandes
acontecimentos relacionados a Cristo. Agora, na grande
provação do Filho, ele saberá por que é melhor obedecer
no Getsêmani do que sacrificar no Calvário
Lucas 22:39: E saiu para o monte das Oli­
veiras, como era o seu costume; e os seus
discípulos também o seguiram. (lc21:37)
O melhor e mais santo lugar pode ser como um deserto,
onde a tentação se manifesta. Podemos entrar em
tentação até mesmo no lugar de oração, conforme as
palavras de Cristo. A oração tem poder para evitar muitas
coisas, inclusive de entrarmos em tentação. Mas eles não
eram capazes de orar
Lucas 22:40: E, quando ele chegou ao lu­
gar, disse-lhes: “Orai, para que não entreis
em tentação”. mó:i3j
Enquanto houver uma distância entre o discípulo e
o mestre, mesmo em um lugar tão sagrado como o
Getsêmani, é porque a oração é o grande motivo dessa
separação, por ser um peso para o discípulo
Lucas 22:41 : E ele apartou-se deles a uma
distância equivalente a um tiro de pedra; e,
pondo-se de joelhos, orava,
Ali estava deixando morta a sua vontade, antes de deixar
morto o seu corpo no Calvário. A sua vontade estava
sendo vista como um cálice que deveria deixar passar.
O mesmo cálice visto porJeremias, em Lamentações.
Beber o cálice significava obedecer o mandamento
do Pai; rejeitar o cálice da sua vontade pessoal e beber
do cálice oferecido pelo Pai era um ato de obediência.
Passar diretamente para o Calvário, sem declarar a
sua obediência incondicional no Gestsêmani, era um
holocausto inútil
Lucas 22:42: dizendo: “Pai, se queres,
aparta de mim este cálice; todavia, não seja
feita a minha vontade, mas a tua”. ímc io.-38;
Jo 5:30; 18:11)
Da mesma forma que sofreu na tentação do deserto,
292
22:43
também aqui um anjo celestial o confortava com
fortalecimento
Lucas 22:43: E apareceu-lhe um anjo do
Céu, que o fortalecia. (Ati2:7)
Qualquer homem em agonia oraria menos, ou
deixaria de orar: ele orava com mais intensidade.
Quando oramos com mais intensidade, grandes e
maravilhosas coisas acontecem. Suar sangue equivale
a uma hematidrose, é um fenômeno provocado por
uma fraqueza física, ou por um abatimento emocional
violento, causado por uma profunda comoção, e grande
pavor ou medo. Não temos idéia de como se sente
um homem sob um grande terror, susto e uma grande
angústia por estar expiando em si mesmo todos os
pecados dos homens; isto foi o que o Cordeiro passou
na hora de sua morte, quando estava sendo oferecido no
altar. Levítico 3:10-11: “E tirarão os dois rins, a gordura
que os cobre, e a gordura que está sobre os lombos,
junto com o redenho que está sobre o fígado, será tirada
juntamente com os rins; e o sacerdote queimará tudo
isso sobre o altar. É oferta queimada ao Senhor Jeová”.
A gordura da vohtade própria estava sendo tirada do
Cordeiro. Os rins estavam sendo afetados
Lucas 22:44: E, estando em agonia, orava
com mais intensidade. E o seu suor veio a
tornar-se com o grandes gotas de sangue,
que corriam até ao chão.
Segundo os outros evangelhos, esta não foi a primeira
vez que ele se levantou para adverti-los. Mas esta foi
a última vez, pois a turba já estava à porta. Não houve
concordância entre os discípulos e Cristo, e isso,
para nós, os homens, foi bom, pois os discípulos não
aceitariam que a vontade deles passasse em favor da
vontade de Deus; e se todos concordassem, o Pai teria
diante de si um impasse: realizara vontade do Filho.
Mas chegou o momento de levantar-se dali. Nesse
ponto, a fé já havia cristalizado a sua realização, ejesus
já estava cheio de confiança e sem medo. Nada mais o
entristeceria, nem mesmo o abandono de
seus discípulos: Ele estava disposto a enfrentar o
Calvário - depois da oração
Lucas 22:45: E, levantando-se da sua ora­
ção, veio até os seus discípulos, e os achou
dormindo de tristeza.
Ele não entendia por que eles dormiam. O Pai sim. O Pai
estava no controle de tudo. Nem mesmo os discípulos
que apresentaram espadas e estavam confiantes na
luta, entendiam por que dormiam. Ele nos ensina um
grande segredo: Se nos sentarmos, quando é hora de
ajoelhar-se, e se dormirmos, quando deveríamos orar,
entraremos em tentação
Lucas 22:46: E disse-lhes: “Por que dor­
mis? Levantai-vos, e orai, para que não en­
treis em tentação”. ílc22:4o>
Enquanto dormirmos, a turba estará acordada. Enquanto
estamos pensando em obedecer as palavras de Cristo, a
LUCAS 22:48
turba chega. Na oração temos fortalecimento e revelação.
Os traidores não têm confiança em si mesmos: necessitam
de respaldo, necessitam da turba.Judas sempre era citado
como o último discípulo, agora ele deve estar sentindo-
se bem-vindo, adiante daquele batalhão. Traidores não
temem, não sentem vergonha no auge de sua realização;
ele não é um traidor relutante, é declarado
Lucas 22:47: Quando ele ainda falava, eis
que surgiu uma turba de gente; e o que se
chamava Judas, um dos doze, ia adiante de­
les, e aproximou-se de Jesus para beijá-lo.
PorqueJesus aceitouo beijo de Judas? Porque Jesus
chamoujudas de amigo? Eis as razões: (1) Porque Judas
o entregava ao altar: “Judas, faz-me um grande favor, e
com o beijo me entregas ao altar do sacrifício, como se
entrega um cordeiro sem mancha”. (2) Porquejudas o
assinalou como tal: “Judas, eu aceito o teu beijo, porque
me apontas outravezcomo o Cordeiro de Deus;João, a
princípio, apenas disse quem eu era, mas tu, finalmente,
me assinalas com um beijo, porque eles são incapazes
de reconhecer-me; sei que, por fazê-los tão semelhantes
a mim, de tal maneira que é difícil para eles saber
quem de nós é o Cristo, com exceção de ti”. (3) Porque
Judas, finalmente, o tiraria desta vida: “Judas, obrigado
porque me tiras desta vida humana, e me impulsionas
ao trono”. (4) PorqueJesus não o queria expor: “Judas,
amigo, eu aceito o teu beijo, pois estamos em público:
eles não precisam saber a respeito de nossos problemas
pessoais; eu sei que tu me trais desde o princípio. Eu sei
que me roubas, mas ainda te chamo amigo, para não te
expor". (5) Porquejesusmostrouopodereoalcance
da sua misericórdia: “Amigo, pelo fato de te chamar
publicamente de amigo, todos vão saber que eu ainda
tenho misericórdia do mais vil pecador”. (6) Porquejesus
é santo e ético: “Amigo, só tu e eu sabemos, e ninguém
mais. O mundo das trevas gostaria que Pedro fosse o
traidor, mas eu orei por ele e ele se fortaleceu; qualquer
um dos doze poderiasero traidor, mas tu tens dado base
legal para o inimigo. Não mudo a minha Palavra: “Já não
vos chamo de servos, mas de amigos”; eu confirmo a
minha Palavra e ela não passará. Nestes três anos, mesmo
que tenhas sido mau, eu te coloquei no mesmo nível de
Pedro, dejoão, mas sabia que tu, entre os doze, agias como
meu inimigo, mas mesmo assim eute valorizei como um
amigo”. (7j Jesus mostrou, comisso, que o seu coração
humano eraperdoadore não vingativo. (8) Jesus mostrou
queo seu amorpodiasuportaro beijo do ódio. (9) Jesus
mostrou que podia enfrentar a injustiça sem violência e
vencê-la pelo poder do seu amorsacrificial
Lucas 22:48: Mas Jesus lhe disse: “Ju­
das, com um beijo entregas o Filho do
hom em ?”
As espadas eram um símbolo de um novo tempo, onde
a primeira e a segunda se uniam para a revelação do
Evangelho pleno. As espadas não estavam em seu poder
para destruição, mas para a edificação dos homens. Elas
triunfariam: O Antigo e Novo Testamento unidos em
só propósito: A salvação das nações. Mas Pedro não era
capaz de compreender isto
293
22:49
Lucas 22:49: E os que estavam ao seu re­
dor, vendo o que ia suceder, disseram-lhe:
“Senhor, feriremos à espada?” íl c22:38)
Avocação dos homens os ensina a sonhar. O servo do sumo
sacerdoteera um levita e sonhava com o sacerdócio. Tendo
falta de algum membro em seu corpo, jamais poderia ser
um sacerdote, segundoaLei. Estes tipos deministros não
poderãoapresentaras ofertas diante de Deus e oferecero
pão a seu Deus: O ministro cego que não pode guiar nem
dirigiro seu povo; o ministro coxo que não pode caminhar
com o seu povo sem tropeçar e escandalizar, e que recebe
ajuda constantemente; o ministro de nariz esmagado, que
não tem discernimento espiritual e o ministro monstruoso,
que não pode exortar, consolar nem edificar, porque sempre
causa medo e espanto na sua liderança. O ministro que tem
ospéseasmãos quebrados e que é semelhante ao deus
Dagon, e que sempre é um peso para asua congregação, e
que é motivo de escândalo e blasfémia constante na casa
de Deus; o ministro de mãos e pés quebrados que não pode
avançar, que não pode construir, que está moralmente sem
autoridade e economicamente indisponível. O ministro
corcunda que não tem visão espiritual; o ministro surdo
que nãoouve aninguém, a não ser aquilo que lhe interessa;
o ministro vesgo, que não pode fixar-se em único alvo, e
que sempre está envolvido em obras sem capacidade de
finalizar nenhuma delas; o ministro sarnento, que sempre
contamina, causa náuseas em seus modos, palavras
e ensinamentos; tem cacoetes, maus hábitos e maus
costumes; o ministro leproso, que é irreconciliável e sem
arrependimento, insensível e contaminador; o ministro
de testículo quebrado, que não dá ffuto e esmaga asua
própria semente, relaxado e não dá valor a seus próprios
discípulos Levítico21:21: “Portanto, ninguém, da estirpe
de Arão, o sacerdote, que tiver deformidade física há de
aproximar-se para apresentar as ofertas queimadas ao
SenhorJeová. Por ser defeituoso, não poderá aproximar-
se para oferecer o pão de seu Deus”. As espadas que eles
tinham conseguido representavam o Antigo e o Novo
Testamento, que deviam usarcomamoresabedoria, como
bons soldados. As espadas em suas mãos representavam a
Palavra daVerdadecomdois gumes, que é completa com
os testamentos. A Lei e aGraça. Pedro havia entendido
que as espadas eram instrumentos de guerra, de porfia, de
defesa. Eles não compreendiam o significado daquilo que
lhes foi autorizado utilizar na segunda comissão. Haviam
sido experimentados, mas Pedro mostrou que aindanão
estava preparado, como muitos hoje em dia que têm porte
de armas. Uma demonstração do abuso de seu poder
eclesiástico, confundindo-o como podermilitar. Assim
atuam hoje muitos ministros: João 18:10: “Então Simão
Pedro, o qual tinha uma espada, desembainhou-a e feriu
a um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a sua orelha
direita. Eo servo se chamava Malco”. Alguns dos privilégios
que temos têm mais significado do que utilidadede proveito
visível e próprio. Alguns dos nossos privilégios pertencentes
a nosso Senhor, que nos envia, têm significados eternos e
espirituais. Aquela espada era a velha espada da Lei, que
Pedro ainda gostaria de usar. Eia deveria ficar na bainha,
para queanova espada fosse inaugurada. Ela viriaseo Filho
bebesse o cálice de seu Pai. O cálice já havia sido autorizado
minutos antes no Getsêmani
LUCAS 22:53
Lucas 22:50: E um deles feriu o servo do
sum o sacerdote, e decepou-lhe a orelha
direita.
Jesus lhe devolveu o direito de servir como levita. Seus
sonhos foram restaurados. Mesmo que alguns dos seus
servos façam algumabobagem, Jesus está disposto a
consertar os seus defeitos, para a sua glória. Eles estavam
tão cegos que não puderam ver a restau ração daquele
futuro ministro: Ali estava a liderança geral do povo,
testemunhando uma das suas mais preciosas obras: a
restauração de um levita. Permitamos quejesus cure as
decepções e as frustrações causadas pelos seus próprios
apóstolos. Este foi o seu último milagre físico antes de
sua morte; assim ele completa o ciclo de cura de todo o
corpo humano. Lendo os Evangelhos observamos como
Jesus vem restaurando o homem porinteiro: Espírito,
alma e corpo. Ao curar a orelha direita do levita, ferida à
espada, mostrava que a velha tribo de Levi necessitava
de renovação (Gn 49:5-7). Somente agora, Deus revela
o caráter da tribo de Levi, sob a direção de Anás e Caifás,
profetizado porJacó na hora da sua morte: (1) Suas
espadas, instrumentos de violência; (2) Deus não entraria
no seu secreto conselho-o Sinédrio; (3) na congregação
de sua turba, aglória de Deus não se ajuntaria; (4) pois
com furor matavam homens; (5) eram teimosos e ladrões
debois; estas foram as características da tribo sacerdotal
durante amaior parte da sua existência, culminando-se
nos dias de Cristo. E qual foi o seu juízo? Foram espalhados
em Israel e divididos em Jacó
Lucas 22:51: Mas Jesus, respondendo,
disse: “Deixai-os; basta”. E, tocando-lhe a
orelha, o curou.
O Cordeiro mudo e obediente não devia ser comparado
a Barrabás. Estavam diante daquele que havia de levar
todas as nossas iniqüidades sobre si. Aquele foi o
momento da entrega do Cordeiro de Deus para o altar
Lucas 22:52: Então Jesus disse aos prihci-
pes dos sacerdotes e capitães da guarda do
Templo, e aos anciãos, que tinham vindo
contra ele: “Como contra algum ladrão saís­
tes, com espadas e com paus? ílc22:4,37)
Ninguém pode fazer coisa alguma contra o Filho se o
Pai não permitir, nem os elementos das trevas. O poder
dos homens e das potestades do ar reinam no tempo
humano, em horas -p or isso é tão passageiro. Mostra
também a permissão do trono de Deus para que as
potestades do ar reinassem por horas
Lucas 22:53: Enquanto todos os dias eu es­
tava convosco no Templo, e não estendestes
as mãos contra mim; mas esta é a vossa hora
e a hora da potestade das trevas”, jo i2:27j
Salmo 1: “Bem-aventurado o varão que não anda no
caminho dos ímpios”. Pedro estava experimentando
todas as fases da escalada da impiedade registrada no
Salmo 1. Aqui começam as ilegalidades do julgamento
294
22:54
de Cristo. João 18:12: “Então a companhia dos soldados
e o comandante, e os ministros dos judeus, prenderam
ajesus, e o maniataram”. O começo do movimento
oficial para matar a Cristo. Devemos ler Mateus 26:1 -5.
Era uma quinta-feira. Este foi um encontro ilegal entre
os principais sacerdotes no Sinédrio (Mc 14:1 -2; Lc
22:1 -2). Eles deveriam reunir-se no Templo, mas
reuniram-se no pátio da casa de Caifás. O primeiro
julgamento foi realizado diante de Anás (Jo 18:12-20).
O Sinédrio não queria julgar ajesus (Jo 18:20). Não
era lícito forçar um réu a condenar a si mesmo. Lendo
Deuteronômio 25:1, observamos como deveriam julgar
um justo. Este julgamento foi feito à meia-noite, e foi
ilegal. Lá estavam grupos de soldados com seu capitão
e os oficiais dos judeus. Levaram-no a Anás. Isto foi
necessário. Tudo tinha saborde ilegalidade. Eram os
principais do sacerdócio, escribas e fariseus. Eles faziam
o grupo conhecido como Sinédrio, o Centro religioso do
judaísmo promovendo um assassinato. Tudo que cheira
■a religiosidade é complicado. Veja na História que as
piores manobras foram feitas por líderes religiosos. Não
me parece estranho que os maiores erros da História
hajam sido cometidos em nome da religião e por pessoas
religiosas. A crucificação, a inquisição, a divisão com
rebelião, e hoje, por meio da língua falada e escrita,
é comum ver uns e outros amaldiçoarem os próprios
irmãos. Sendo Anás o homem mais rico da cidade e o
capitão político-religioso, dirigiu o show do julgamento.
O que ele dizia era lei. Tudo deveria ser esclarecido com
Anás antes de ser enviado ao tribunal. Anás e Caifás eram
parentes e estavam de acordo em tudo. (2) O pátio do
sumo sacerdote tornou-se um tribunal
Lucas 22:54: Então, prendendo-o, leva-
ram-no, e o trouxeram para o interior da
casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o
de longe. (Mt26:57,58;M e l4:54)
Salmo 1: “Bem-aventurado o varão que não se detém
no caminho dos pecadores e nem se detém na roda dos
escarnecedores”. Quem entra no pátio do julgamento de
Cristo, também entrará na sua sepultura vazia. Somente
João entrou, mas Pedro ficou de fora. Nunca sabemos
quando vamos necessitar de certa influência. João,
com sua diplomacia, sabia fazer amigos em todos os
lugares. Pedro estava à mercê de seu conhecimento. Há
pessoas que chegam mais longe com sua educação e sua
modéstia:João 18:15: “E Simão Pedro e o outro discípulo
seguiam ajesus. E aquele discípulo era conhecido do
sumo sacerdote, e entrou com Jesus no átrio do sumo
sacerdote”. O fogo da impiedade não se parece com
o fogo do altar sacerdotal, e o altar com que a família
sacerdotal deveria estar acostumada a manter aceso não
deveria estar localizado na porta da casa do sacerdote.
Pedro estava entre o braseiro de fora e o de dentro. No
de dentro,Jesus estava começando seu holocausto. No
de fora, Pedro se aquecia. O fogo era emprestado, não
foi ele que trabalhou para acendê-lo. O homem do fogo
do Pentecostes, algum dia, já viveu de aquecimento dos
outros. Pedro estava no meio dos servos e dos guardas.
Em Mateus (26:69-75), em comparação com os outros
evangelhos, vemos a inquietação de Pedro, que em uma
LUCAS 22:56
hora estava em pé e em outra hora estava sentado; uma
hora no pátio e outra à porta, mas não entravaà sala. Nos
quatro evangelhos observamos a atitude de quem está
entre a porta da sala e o pátio. (1) Discute com criados
(Mt26:69); (2) Nega o seu senhor diante de todos (Mt
26:70). (3) nega o seu próprio conhecimento: “não sei de
que falas” (Mt26:70b). (4) Ele não passapela primeira
porta, e volta a passar pela mesma provação (Mt26:71):
“outra”. (5) Aquele que está comjesus, o Nazareno,
se denuncia porsi mesmo (Mt26:73c): “tua maneira
de falar”. (6) Aquele que reluta à porta, tanto pode
jurar como pode lançar maldições (Mt26:72,74). (7)
Aquele que está entre aporta e a sala vive rapidamente,
na mesma hora e no mesmo dia, os estágios do caráter
do ímpio: (a) andar; (b) deter-se; (c) assentar-se (SI 1).
Pedro estava no terceiro estágio. O terceiro estágio,
“assentar-se ”, é acompanhado com a o olhar de Cristo
e com o testemunho do canto do galo, que representa a
consciência humana diante da Palavra de Deus. Somente
no livro de Lucas vemos este detalhe: (1) Pedro seguia
(andava) de longe (Lc22:54). Mesmo indo à casa do
sumo sacerdote, ele anda no caminho dos ímpios. Ele não
estava cem por cento em defesa de Cristo. (2) Em João,
vemos que ele está detido no pátio, à porta. (3) Agora, ele
assenta-se (Lc 22:55). O fogo e o aquecimento dos ímpios
o atraíram. Era umanecessidade para quem não entrou
nasala. Podemosjustificar-nos dizendo “que a natureza
não suporta”, e é atraída ao fogo, mas se entrarmos
na sala vemos quejoão não estava sentado perto do
braseiro. Eles o conheceram por causa de Jesus, porque
era galileue porque falava como Jesus (Mc 14:70)
Lucas 22:55: E, tendo-se acendido fogo
no meio do pátio, estando todos sentados
juntos, Pedro assentou-se no meio deles.
Esta é a posição daquele que não faz amigos nem usa
a sua diplomacia, pois acredita que a política deve ser
feita apenas por pessoas corruptas, por isso ficará na
porta em determinados momentos importantes de sua
vida. O futuro é exigente quanto aos detalhes realizados
no passado, e a entrada nos lugares restritos exige
conhecimento e influência. Pedro ficaria devendo aJoão
mais essa. Observe a importância da porteira e compare
a glória de um servo na casa de seu senhor. Enquanto
grandes nomes esperam na porta para entrar, ela entra
e sai sem nenhum problema. A porteira representa um
serviço bem prestado, e seu conhecimento é grandioso:
João 18:16: “mas Pedro ficou na parte de fora, aporta. E
novamente saiu aquele discípulo que era conhecido do
sumo sacerdote, e falou à porteira do turno, e introduziu
ali a Pedro”. Os criados sabem muito; eles dão valor aos
detalhes da vida. Em Lucas é registrado uma parte da
história, em João a outra parte
Lucas 22:56: E certa criada, vendo-o as­
sentado ao fogo, pondo os olhos nele, disse:
“Este também estava com ele”.
Ele precisava converter-se. Com razão Jesus lhe
disse “Pedro, quando tu te converteres, apascenta
os teus irmãos”. Quem está entre a entrada e a saída
responde assim: Não sou discípulo deste homem.
295
22:57 LUCAS
Os traidores relutantes sentem muito, mas acabam
realizando seus intentos. Esta é a posição da dúvida,
esta é a posição da indecisão. João estava mais perto,
do lado de dentro. Vemos aqui as posições de nossos
discípulos:João 18:17: “Então a porteira perguntou
a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste
homem? Respondeu ele: Não sou”
Lucas 22:57: Ele o negou, dizendo: “M u­
lher, não o con h eço”.
Ele foi marcado pelos servos dos sacerdotes por
causa da sua atitude. Pedro deveria estar na prisão, mas
Jesus transformou a situação, ao curar a orelha do servo
do sacerdote. Ele havia esquecido daquele benefício e o
negou outra vez
Lucas 22:58: E, um pouco depois, ven ­
do-o outro, disse: “Tu és também um de­
le s”. Mas Pedro disse: “H om em , não o
sou”.
Quando Jesus disse a seus discípulos: “oreis para
que não entreis em tentação”, estava se referindo a
momentos como este. Aqui, a resistência que se alcança
somente pela oração, fez-lhe muita falta. Ele caiu em
tentação porque não orou
Lucas 22:59: E, passada cerca de uma
hora, outro afirmou confiantem ente, di­
zendo: “Verdadeiramente este estava com
ele, porque ele também é galileu”.
São muitos os acusadores daquele que já se acostumou
no caminho da verdade. Após o erro, a pontualidade
da consciência é automática; sem falta, o galo se
manifestará. Pedro estava entre os acusadores, e, entre
aqueles acusadores, a sua própria consciência. Não
haverá ocasião de pecado na qual o galo da consciência
deixará de cantar pontualmente
Lucas 22:60: E Pedro disse: “Hom em ,
não sei o que dizes”. E, naquele momento,
enquanto ele ainda falava, o galo cantou.
As sentenças que se manifestam após a traição são
duras: (1) O galo. (2) O olhar de Jesus (1x22:61) e (3)
o choro amargoso (Lc 22:62). Aquele galo cantou duas
vezes (Mc 14:72). Cada canto do galo representa um
estágio de seu ministério. Marcos nos dá mais detalhes
e nos diz: “antes que o galo cante duas vezes, me
negarás três vezes”. A nossa consciência é latente. Isto
significava que o assunto não estaria terminado ali. Para
a sua restauração, seria requerida uma confissão de
amor por cada negação, e o galo cantaria silencioso no
coração. O galo canta na hora e diariamente, sem falhar.
Uma contraposição: “Confio que o galo cantará, e tu
me negarás”. Em outras palavras: O galo cumpre a sua
missão e o homem se esquiva dela
Lucas 22:61 : E, virando-se o Senhor, fixou
o olhar em Pedro. Pedro então lembrou-se
da palavra do Senhor, com o lhe dissera:
296
22:65
“Antes que o galo cante hoje, me negarás
três vezes”, tu 22-341
Ele não podia chorar no mesmo lugar onde o negou.
Ele deveria sair dali para chorar, pois até o
seu choro o denunciaria
Lucas 22:62: E, vindo para fora, chorou
amargamente.
Enquanto isso, dentro da sala da casa do sumo
sacerdote, vemos o começo dos julgamentos de Cristo.
A cronologia entre Lucas, Mateus, Marcos ejoão. Textos
preliminares como Lucas 22-24 e Mateus 16:21-28. Estes
são fundamentais: João 17-21. Os julgamentos foram
divididos em religiosos e civis: (1). Os religiosos diante
de Anás e Caifás. As ilegalidades se avolumavam - o
réu deveria ser protegido pela corte. Ali os sacerdotes
perguntaram a respeito de sua doutrina, ejesus lhes
pediu que perguntassem àqueles que o ouviram e
que estavam ali.João 18:19: “Então o sumo sacerdote
perguntou ajesus a respeito de seus discípulos e a
respeito da sua doutrina”. Aquele que fala abertamente
fala nas sinagogas bem como fala no templo. Os judeus
que se congregam sabem o que falamos. Os que não
se congregam inventam. Mas ele nadalhes falou em
oculto. As sinagogas são fechadas, o templo é aberto. Ele
comunicava suas mensagens no átrio do Templo, diante
de todos. Era a revelação do Verbo, a revelação da Arca
do Concerto. Tudo o que estava em oculto no Antigo
Pacto, agora está revelado no Novo Pacto:João 18:20:
“Ejesus lhe respondeu: Eu tenho falado livremente
ao mundo; sempre ensinei nas sinagogas e no Templo,
onde todos os judeus se congregam, e nada tenho falado
em oculto”. Ele deveria tê-lo ungido para exercer o seu
ministério, legal mente. Mas isto jamais aconteceria. Ele
havia dito que sabia tudo, e a multidão nada sabia... Jesus
o massacrou com estas palavras, dando a entender que
a multidão também sabia, sim: João 18:21: “Por que me
perguntas a mim? Pergunta àqueles que me ouviram o
que lhes tenho ensinado; eis que eles sabem o que eu
lhes tenho falado”
Lucas 22:63: E os homens que detinham
Jesus, zombavam dele e o feriam com gol­
pes. ÍMt27:29;26:67,68;Mc 14:ò5;Jo 18:22,23}
Eles queriam que ele profetizasse, mas ele era o
cumprimento daprofecia; ele não era uma doutrina,
ele era a Palavra da promessa em pessoa. Seus olhos
não necessitavam de um véu para deixar de ver. Ele
conhecia o coração deles e o que se passava em cada
mente naquele lugar
Lucas 22:64: E, vendando os seus olhos,
davam-lhe bofetadas, e lhe perguntavam,
dizendo: “Profetiza, quem é que te feriu?”
Ele foi atormentado toda a noite, sem ter nenhum
momento de descanso - outra ilegalidade
Lucas 22:65: E muitas outras coisas di­
ziam, blasfemando contra ele.
O segundo julgamento e as novas ilegalidades:
22:66 Lucas
Golpeavam a Arca em pessoa. As ilegalidades reveladas:
(1) Desde o primeiro julgamento feito à noite. (2) Não
houve advogado de defesa, o que era ilegal. (3) Otribunal
trouxe testemunhas falsas, o que era ilegal. (4) Havia
juízo pré-estabelecido contra Cristo. (5) Houve violência
no tribunal. Não devemos esquecerque os julgamentos
de Cristo, segundo a cronologia dos evangelhos entre
Lucas, Mateus, Marcos ejoão, foram divididos em
religiosos e civis: {1) Os religiosos, diante de Anás
e Caifás. (2) Os civis, diante de Herodes e Pilatos. O
segundo julgamento diante de Caifás (Mt26:57). Sendo
Anásohomemmais rico da cidade e capitão político-
religioso, dirigiu o espetáculo. O que dizia era lei. Tudo
deveria ser esclarecido com Anás antes de ir ao tribunal.
Anás e Caifás eram parentes e estavam de acordo
com isso. Que belo grupo de religiosos, os sacerdotes,
escribas e os anciãos. Que traidores piores do quejudas,
pois traíam a própria Lei. Em Mateus 26:59, vemos que
“buscavam alguma testemunha falsa contrajesus, a fim
de condená-lo à morte”.Judas não era algo garantido,
pois uma testemunha não era considerado legal para
provar qualquer pecado (Dt 19:15). MasaLei estabelecia
que eram necessárias duas ou mais testemunhas para
que uma acusação fosse aceita. Em Mateus 26:60, vemos
que várias falsas testemunhas apareceram, mas não
chegavam a um acordo para servir de testemunhas,
e foram rejeitadas. Quando as duas testemunhas
apareceram, mentiram (M t26:60,61,65); elas
declaravam que Jesus lhes havia dito: “Posso destruir o
Santuário de Deus e reedificá-lo em três dias”. Mas nós
sabemos que ele se referia claramente ao seu corpo que
eles derribariam. Esses homens religiosos eram espertos
para desviar a verdade. Observe os versos (Mt 26:62,63):
“Jesus guardou silêncio”(Is 53:7): “...como ovelha
muda”. O grupo se reúne novamente, em plena luz do
dia, para dar legalidade ao julgamento. Mas a Lei mosaica
estabelecia que não se devia fazer julgamento nos dias
de festa; o que tornava tudo aquilo muito mais ilegal. O
propósito era não deixar para depois da Páscoa
Lucas 22:66: E imediatamente, ao raiar o
dia, reuniu-se a assembléia dos anciãos do
povo, e da mesma forma os principais dos
sacerdotes e os escribas, e o levaram perante
o Sinédrio, dizendo:
Seus ouvidos não estavam preparados para ouvira
verdade pela boca da Verdade. Aquela geração que havia
blasfemado contra o Espírito Santo já estava condenada,
e ele estava privado de falar-lhes claramente, e eles
estavam privados dafé
Lucas 22:67: “Se tu és o Cristo, dize-nos”.
Mas ele, respondendo-lhes, disse: “Ainda
que vos dissesse, não creríeis! (M t26:63-66;
Mc 14:0!-63;Jo 18:19 21i
N ão estavam preparados para ouvir o Juiz dos juízes,
que agora era um réu de morte
Lucas 22:68: E ainda que eu vos per­
gu n tasse, não m e resp on d eríeis, nem
297
23:1
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
m e soltaríeis.
Sua mente estava ligada à Promessa do Pai e à sua própria
proposição pessoal: As oito atitudes que devemos tomar
até a posição final no trono, combatendo contra o pecado.
Hebreus 12:1-4: “Portanto, nós também, cercados como
estamos de uma tão grande nuvem de testemunhas, (1)
despojemo-nos de toda carga e todo poder cativador do
pecado, e (2) corramos com perseverança a carreira que
nos foi proposta, (3) fixando os olhos em Jesus, o Autor e
Consumador da fé, o qual, (4) esperando o gozo que lhe
havia sido proposto, (5) suportou a cruz, (6) desprezando
a afronta, e (7) assentou-se à mão direita do Trono de
Deus. (8) Considerai, pois, aquele que suportou tal
hostilidade por parte dos pecadores contra si mesmo,
para que não enfraqueçais, relaxando em vossa mente.
Ainda não haveis resistido até ao sangue, combatendo
contra o pecado”. Atéjesus chegar ao trono, Observe o
que ele propôs suportar:
Lucas 22:69: Mas, de agora em diante, o
Filho do homem estará assentado à destra
do poder de D eus”.
No tribunal (Mt26:64). Háuma frase no verso 70: “Vós o
dizeis”. No grego quer dizer enfaticamente “sim”. Mas
no tribunal judeu ninguém podia ser condenado por suas
próprias palavras ou declarações. Recorde-se que se
tratava de um tribunal
Lucas 22:70: Então, todos eles disseram:
“Logo, tu és o Filho de Deus?” E lhes respon­
deu: “Vós dizeis que eu sou”. /Mt27.1i;u 23.3)
Cumpre-se o verso 67. Mateus 27:1-2 marca o fim dos
julgamentos religiosos e nos mostra o começo dos
julgamentos civis. Temos as circunstâncias referentes
àrelação do julgamento romano com o julgamento
religioso ou judeu. Romanão autorizava que judeus
executassem qualquer criminoso (Jo 18:31). Os
estudiosos desse julgamento concluíram que os judeus
podiam julgar um homem nos seus tribunais, mas os
romanos também deveriam julgá-los e dar o veredicto
final, isto é, quando os judeus queriam condenará morte
alguma pessoa. Muitas vezes, o julgamento civil era
apenas revisar ou aprovar a acusação judia
Lucas 22:71: Então disseram: “Que ne­
cessidade temos de testemunho, pois nós
mesmos o ouvimos da sua própria boca?”
Lucas, capítulo vinte e três (23)
O quarto julgamento, o civil, diante de Pilatos. A primeira
apresentação diante de Pilatos (Jo 18:28-29) foi às 6
horas da manhã. Observar que o encontro ocorreu,
aproximadamente, às 6 da manhã e não tardou mais do
que 15 minutos. Eles estavam fazendo tudo com muita
pressa (Lc 22:66-71)
Lucas 23:1 : E, levantando-se toda a multi­
dão deles, levaram Jesus diante de Pilatos.
(Mt 27:2; Mc I5:l;Jo 18:28!
23:2
João 18:29: “Então Pilatos saiu dali parairter com eles,
e perguntou-lhes: Que acusação trazeis contra este
homem?” Pilatos estavaesperando. Poucos minutos antes
das seis, Pilatos saiu para falar com eles. E perguntou:
“Queacusação trazeis contra este homem?” (Jo 18:29-
30). A conclusão do outro julgamento. Foi acusado de
blasfêmia. Eles não o mencionaram por medo. Estavam
com problemas junto a Pilatos. Por isso, queriam
enganá-lo, e disseram: “Se este não fosse malfeitor, não to
entregaríamos” (Jo 18:30). Eles tentaram fazer que Pilatos
desse uma sentença sem investigar os fatos. Sabiam que
a acusação de blasfêmia não seria aceita. Trataram de agir
com toda pressa. Observe que se Pilatos não tivesse sido
investigado pelo Senado Romano, seguramente teria
atendido imediatamente aos judeus, como usualmente
fazia. Pilatos não tinha porque agir injustamente, por isso
disse: “Julgai-o segundo a vossa lei ”, não segundo a Lei de
Deus. Em outras palavras: “Se não hánenhuma acusação
contra este homem, promovam um processo e consigam
uma”. Isto queria dizer que, por algum meio, tinham
que esclarecer o que estavam fazendo. Em Lucas 23:2,
vemos que eles trazem uma nova acusação. Acusam-
no de traição. João 18:30: “Então responderam-lhe,
dizendo: Se este não fosse malfeitor, não o entregaríamos
a ti”. O governo não estava interessado nas cerimônias
ou preceitos judeus. As autoridades romanas não
examinaram Jesus à luz da Lei judaica. A acusação dos
judeus era de quejesus era culpado de blasfêmia. Segundo
eles, Jesus se declarava Filho de Deus (Mt26:63-65)
Lucas 23:2: E c o m e ç a ra m a ac u sá -lo , d i­
z e n d o : “ E n c o n tr a m o s e s te h o m e m p e r ­
v e r te n d o a n o s s a n a ç ã o , p ro ib in d o p a g a r o
trib u to a C ésar, e d iz e n d o q u e e le m e s m o é
C risto , o r e i ” . (Lc20:22-,joiq .-12)
Mas a lei romana não condenaria a um homem por
blasfêmia. Os romanos não se importariam com o fato
de Cristo querer ser o Messias ou não. O paganismo
romano não tinha nada que ver com os jogos de palavras
dos judeus religiosos. Jesus tinha consciência de que
havia nascido para reinar. Homens assim jamais serão
vencidos. Quem sabe o que veio fazer neste mundo
completa asua missão. As pessoas que nos vêem e nos
ouvem sabem onde vamos chegar. Que é um rei para
Cristo? Um rei para Cristo é aquele que vem aos seus
súditos dar testemunho da verdade, e todos os seus
súditos ouvem a verdade e gostam de ouvir asua voz
Lucas 23:3: E n tã o P ila to s lh e p e r g u n ­
to u , d iz e n d o : “ T u é s 0 R ei d o s j u d e u s ? ”
E e le , r e s p o n d e n d o , d is s e - lh e : “ T u 0 d i ­
z e s ” . (Lc22:70; 1 Tm 6:13}
A acusação de blasfêmia foi posta de lado no tribunal. Os
judaizantes já não tinham muito tempo, porque Cristo
deveria ser crucificado às nove horas da manhã. Outra
declaração pública de inocência
Lucas 23:4: E disse P ilato s ao s p rin c ip a is
d o s sa c e rd o te s , e às m u ltid õ e s : “ N e n h u m a
Lucas 23:9
c u lp a a c h o n e s te h o m e m ” , aPe2:22)
Nova acusação de rebelião. Agora precisavam de provas
Lucas 23:5: M a s e le s in s is tia m m a is e
m a is, d iz e n d o : “ I n c ita o p o v o , e n s in a n d o
p o r to d a a J u d é ia , c o m e ç a n d o d e s d e a G a-
lilé ia a té a q u i” .
A mudança de rumo. Agora entendemos por que Lucas
dá, no inicio do livro, algumas informações a respeito das
autoridades daqueles dias: O relato histórico do ministério
de João. Lucas fez questão de listar as autoridades de
então para valorizar historicamente o ministério dejoão.
Observe que há vários nobres citados: Tibério, Pilatos,
Herodes e vários tetrarcas. (1 )0 tempo em que João
pregou sob o poder do Imperador Tibério Cesar; mas
seu nascimento foi marcado pelos dias de Herodes, pois
ajudéia tinha o seu próprio rei. Era importante que os
acontecimentos fossem registrados sob este reinado
Lucas 23:6: E P ila to s, o u v in d o isto , p e r­
g u n to u se o h o m e m e ra g alile u .
O quinto julgamento-o segundo civil-diante de Herodes
Lucas 23:7: E, logo q u e s o u b e q u e e ra d a ju ­
risdição d e H ero d es, en v io u -o a H e ro d e s, q u e
e stav a e m J e ru sa lé m n a q u e le s d ias. /Lc3:ij
Mas quandojoão começou a pregar, Herodes havia
perdido seu título, e, nesse tempo, era conveniente que
os registros fossem feitos sob o poder da Síria, que era
uma província romana. Assim, nesse tempo, o Imperador
nomeou a Pilatos como governador e aos tetrarcas,
com quem dividiu o antigo reino de Herodes. Lucas 3:1:
“E, no ano quinze do reinado de Tibério César, sendo
Pôncio Pilatos governador dajudéia, e Herodes, tetrarca
da Galiléia, e o seu irmão Filipe, tetrarca da Ituréia e da
região de Traconites, e Lisânias, tetrarca de Albidínia”.
Um milagre não seria mostrado àquela geração incrédula
e blasfema. A família de Herodes teve três grandes
oportunidades: João Batista, Jesus e Paulo. Por outro
lado, aquela não era hora de outro milagre maior do que a
ressurreição de Cristo, que estava em processo
Lucas 23:8: E H e ro d e s , q u a n d o v iu a J e ­
su s, a le g ro u -se g ra n d e m e n te ; p o r q u e h a v ia
m u ito te m p o d e se ja v a vê-lo, p o r te r o u v id o a
re s p e ito d e le ; e e s p e ra v a v e r a lg u m m ila g re
feito p o r e le . (Lc9:9;M 14:1;M c 6:14I
As perguntas não eram maiores do que aresposta viva
que estava diante dele: Cristo. Eles queriam respostas,
e a única resposta estava diante deles
Lucas 23:9: E fe z -lh e m u ita s p e r g u n ta s ,
m a s e le n a d a lh e re s p o n d ia .
Há momentos em que Satanás não precisa agir. Basta
usar os próprios líderes religiosos sem visão e sem amor
a Deus; eles sozinhos fazem o papel de Satanás e dos
demônios: As decisões dos líderes unidos em Cristo,
deixando de lado todas as suas doutrinas e pensamentos
298
23:10 Lucas
pessoais, podem trazer um grande avivamento em uma
nação; mas quando eles não conhecem o propósito de
Deus, Cristo está sempre sendo crucificado
Lucas 23:10: Entretanto, os principais dos
sacerdotes e os escribas o acusavam vee-
mentemente.
Herodes o envia para o sexto julgamento, o terceiro civil:
diante de Pilatos (Jo 18:32). A primeira apresentação
diante de Pilatos (Jo 18:28-29) foi às seis horas da manhã.
Observar que o encontro não tardou mais do que 15
minutos. Eles estavam fazendo tudo com muita pressa
(Lc22:66-71).SeguindoaleituraemJoão 18e 19,vemos
que assim aconteceu; mas, como formularam a acusação?
Quejesus proibia dar o tributo a César. Seria verdade?
(Lc 20:19-25). Tentaram apresentar a Cristo como
alguém buscando derrubar o poder de Roma e constituir-
se rei. Mas a acusação não passava de uma grande
. mentira. Pilatos tinha agora uma acusação, e conversou
particularmente comjesus, fazendo-lhe perguntas sobre
isto (Jo 18:36). Jesus respondeu: “Sim, sou um Rei; mas,
agora, não sou um rei terreno” (Jo 18:36). Poristo,chegaa
esta conclusão: “Não acho nele crimealgum” (v.38).Sua
primeira declaração de inocência. EmJoão 18e 19, Pilatos
o escuta. Tendo conhecimento da acusação e comparando
ao que escutou dejesus, ele chega a uma conclusão:
Deveriasoltá-lo. Mas o puseram em problemas com esta
afirmação: “Se soltas este, não és amigo de César; todos
que se fazem rei,aCésarseopõem” (Jo 19:12). Qualquer
pessoa que ler a narrativa de João 18 e 19 pensará que
tudo acabou aí, mas lendo Lucas 23:5-10, vemos que ele
ainda comparece diante de Herodes: João 18:33: “Então
Pilatos voltou a entrar no pretório e, chamando aJesus,
perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus?”
Lucas 23:11: E Herodes, com os seus sol­
dados, tratou-o com desprezo; e, zom ban­
do dele, vestiu-o de uma roupa esplendo­
rosa e tornou a enviá-lo a Pilatos. ím c is :17-iq;
Jo 19:2,3j
Os inimigos, quanto têm inimigos em comum,
tornam-se amigos. Isto ainda é muito comum hoje
em dia no meio dos falsos líderes
Lucas 23:12: E Herodes e Pilatos se fi­
zeram amigos naquele m esm o dia, pois
antes viviam em inim izade um com o ou ­
tro. !At4:27j
A declaração final da inocência de Cristo é oficialmente
transmitida por intermédio de Pilatos
Lucas 23:13: Então Pilatos, convocando
os príncipes dos sacerdotes, os magistrados
eop ovo,
Lucas 23:14: disse-lhes: “Vós trouxestes
este hom em como pervertedor do povo; e
eis que, examinando-o diante de vós, não
299
23:16
achei neste homem nenhuma culpa, daque­
las de que o acusais. (U23:2,4j
Pilatos ouve quejesus é um galileu, e vê uma
oportunidade para livrar-se da armação dos judeus.
Herodes tinha jurisdição sobre aquela cidade e,
por casualidade, também se encontrava na cidade
dejerusalém. Herodes tinha poder legal naquela
jurisprudência. Herodes tinha sorte por estar vivo,
porque seu pai havia assassinado todos os seus irmãos
e a sua mãe. Julgar o homem Jesus massageava o ego de
Herodes. Havia constante discórdia entre Herodes e
Pilatos. A rixa entre ele e Pilatos consistia no limite de
autoridade entre ambos; era como um prefeito de uma
pequena cidade comparado a um de uma grande cidade.
Herodes estava fora da sua terra, Pilatos estava em seu
quartel-general. Herodes o tortura um pouco, mas depois
o declara inocente (Lc 23:15). Somente assim Herodes
e Pilatos se tomam amigos (Lc23:13-15). Pilatos tenta
convencer o povo a soltá-lo
L ucas 2 3 :1 5 : Nem Herodes tampouco;
porque ele o enviou novamente a nós; e
eis que não com eteu nenhuma coisa digna
de morte.
A flagelação começa e a execução contava com diversas
tiras de couro, nas quais estavam fixados pedaços
de chumbo e ossos. Os carrascos o golpearam com
chibatadas sobre a sua pele, já ferida por invisíveis
hemorragias iniciadas quando começou a suarcom gotas
de sangue. Por causa das chibatadas a pele se rompe;
o sangue espirra nas paredes do átrio. Jesus reage com
terríveis impulsos, sobressaltado pelas dores. As forças
do Nazareno se acabam, associadas ao suor frio que
indica a sua pressão sanguínea e a vertigem de náuseas
que é sentida quando ele olha entre as fitas das chibatas
e os raios do sol; sente os calafrios que saem das pernas
e sobem às costas. Uma poça de sangue se forma sob os
seus pés em volta do calcanhar de seu corpo moribundo,
que se estica desde o pulso preso no alto da parede
Lucas 2 3 :1 6 : Portanto, castigá-lo-ei, e o
soltarei”. (Mt27:26;Mcl5:15;Jol9:l)
Diante do povo foi colocado o inocente Cordeiro de
Deus e o cordeiro impuro e coxo: Barrabás. (1) Como o
sacerdote expiará o seu próprio pecado por ignorância:
Um tipo de pecado por ignorância de sacerdote é
opecadode alguns dos sacerdotes dos tempos de
Cristo e dos tempos apostólicos, que perseguiram os
servos do SenhorJesus Cristo: Deveriam oferecer um
novilho, sem defeito. Isto é, aquele mesmo novilho sem
pecado a quem mataram; este deveria ser o seu novilho
expiatório. Levítico 4:3: “Se for o sacerdote ungido
quem pecar, fazendo o povo culpável, com isso, então
ofereceráum novilho ao Senhorjeová por seu pecado:
sem defeito, como sacrifício expiatório". A libertação
de Barrabás para o mundo foi um tipo da libertação
que Cristo estava realizando no mundo espiritual: “...
liberdade aos cativos”; mas esta libertação dada por
Cristo ia além da vida natural: era a grande liberdade
espiritual. Ao ser julgado, Jesus liberta; ao morrer, ele
23:17
liberta os cativos do Hades
Lucas 23:17: E era necessário soltar-lhes
algum preso pela festa.
De modo inconsciente, eles estavam pedindo o Cordeiro
puro de Deus: Levítico 22:18: “Dize a Arão e aseus filhos,
e a todos os filhos de Israel: Qualquer homem da casa de
Israel, e dos peregrinos em Israel, que apresentar a sua
oferta, quer seja em cumprimento de um voto ou como
oferta voluntária, e se tal oferta se tratar de um holocausto
ao Senhorjeová”. Dos três tipos de ofertas estabelecidas
como exemplo por Abraão, cujo ato tornou-se em
preceito do Senhor, os animais deveriam ser machos e
sem defeito: Levítico 22:19: “para que seja aceitável, há
de ser macho sem defeito, dentre os bois, das ovelhas e
das cabras”. Um tipo como “Barrabás” não serviria para
morrerem favor de seu povo: Levítico 22:20: “mas não
oferecereis nenhum animal com defeito, porque não
será aceitável”. As ofertas de manjares poderiam ser
ofertas pacíficas, ação de graças por cumprimento de um
voto, mas todas elas deveriam ser acompanhadas por
sacrifícios perfeitos: Levítico 22:21: “E quem oferecer
ofertas pacíficas ao Senhorjeová em cumprimento de um
voto ou como oferta voluntária, quer seja de bovino ou de
ovino, para ser aceitável deverá ser puro. Não deverá ter
nenhum defeito”
Lucas 23:18: Mas toda a multidão clamou
de uma vez, dizendo: “Fora! Que morra este
homem, e solta-nos a Barrabás”. (Mt27:20-23;
Mc 15:11 14;Jo 18:38-40; 19:14,15;At 3:13,14)
O poder libertador de Cristo é manifestado em tipo e em
realidade. Daquilo que fez e daquilo que ainda pode fazer.
A libertação de Barrabás é um tipo daquilo que Cristo se
propôs a fazer
Lucas 23:19:0 qual fora lançado na prisão
por causa de um motim feito na cidade, e
por um homicídio.
A liberdade de Cristo significava a prisão de Barrabás e de
todos oshomens presos pelopoderdeSatanás.Aliberdade
de Cristo parecia um bem, mas era uma armadilha, cujo
prejuízo alcançaria para sempre a humanidade
Lucas 23:20: E Pilatos voltou a falar-lhes,
interessado em soltar a Jesus.
A crucificação significava a morte do Cordeiro fora da
porta. Os sacerdotes entregaram Cristo à morte, bem
como o povo, sob grande influência de seus líderes. Mas
Jesus não deveria morrer? Ele mesmo não havia dito
que ele entregaria a sua vida e a tomaria novamente?
Alguém não deveria entregá-lo? Qual foi o erro de
todos? O erro foi previsto na Lei (Dt21). Eles deveriam
oferecer o Cordeiro, mas declarar que toda a sua culpa
e todo o seu pecado eram impostos sobre ele. Mas
eles clamaram dizendo que o seu sangue caísse sobre
eles. Este foi o grande erro: A culpa deveria ser lançada
sobre o sacrifício e não sobre aqueles que o ofereciam.
A transferência de culpa, a substituição e a imputação
(Dt21:1 -9): A doutrina daimposição de mãos no ato
LUCAS 23:20
do sacrifício ou do holocausto, é fundamental. Otexto
de Levítico é muito repetitivo quanto a determinados
atos fundamentais da propiciação, por isso repetiremos
o significado deste ato: A imposição de mãos sobre o
animal a ser sacrificado funcionava se houvesse: (1)
Arrependimento; (2) fé; (3) convicção de que havia
separação entre o pecador e Deus, e o desejo de ser
reconciliado. Então, a imposição de mãos providenciava
(1) a substituição do Cordeiro, novilho ou cabra, os quais
são tipos de Cristo (1 Pe 3:18;Jo 10:11), que foi à cruz
em nosso lugar; (2) providenciava a propiciação (Rm
3:25;Ef2:13;Cl 1:20; 1Jo2:2)-q u eéoatod o preço
oferecido por Cristo para satisfazer todas as exigências
legais que retirariam todos os escritos de dívidas contra
os homens que nele cressem; (3) providenciava a nossa
reconciliação com Deus (2 Co 5:18-20) - que é o ato
de trazer à paz duas partes em oposição, mediante a
obra mediadora de uma terceira parte, que é Cristo; (4)
providenciava a remissão (Lv 16:21 -22; Hb 9:26; Rm
3:25; Cl 2:13) - que é o ato de declarar pagas todas as
dívidas e dar ao redimido o poder de voltar àquilo que
era seu por direito de herança (Lcl:68;G13:13;Hb
9:12); (5) providenciava a imputação (Is 53:5,11; Rm
4:3-8; Fp 3:7-8) - que é o ato de adicionar as promessas
de Cristo ao crente perdoado e regenerado Levítico 1:4:
“E imporá a sua mão sobre a cabeça da vítima, aceita em
seu lugar, a fim de fazer expiação por ele”. Quem tem
autoridade para degolar? Onde derramar o sangue? Por
que derramar o sangue ao redor do altar? Assim como
Arão e seus filhos eram ungidos, o altar de sacrifícios
deveria ser ungido com sangue. Na cabeça de Arão,
óleo da unção e no altar, unção com sangue do próprio
sacrifício. O sangue não era queimado, mas derramado
ao pé do altar- um tipo da entrega do preço incomparável
quejesus pagou, santificando todos aqueles que
crêem nele, com o seu próprio sangue (Jo 17:12-19; Hb
10:12,14). O sangue, antes de ser derramado ao pé do
altar, ungia os quatro chifres - lembrando o alcance do
sacrifício de Cristo sobre toda a terra. Quando o sangue
inocente fosse derramado sobre a terra, começaria o seu
clamor, e o seu fala melhor do que o de Abel. O sangue
de Abel clamava por justiça e por perdão dos homens
(Hb 11:4; 12:24; Gn 4:10). Ao pé do altar, o sangue
clama! O que diz o sangue de Cristo que fala melhor do
que o sangue de Abel? Para surpresa nossa, o sangue
de Abel não clamava vingança, nem pela morte de seu
irmão; o sangue de Abel clamava pela redenção da térra
e da humanidade, clamava reconhecendo que embora
tenha sido morto inj ustamente, em inocência, não podia
redimir o homem nem a terra. Por isso, ele clamava por
um sangue superior, melhor do que aquele, de quem
jamais houvesse cometido pecado. Por um sangue assim,
ele clamava. Muito mais pode fazer o clamor do sangue
de Cristo, pois ele pode clamar dizendo que é suficiente,
que pode redimir a terra, e a alma dos homens, que é
inquestionável, e ao ser derramado, sem transgressão,
sob o patíbulo da cruz, tem poder para redimir a
humanidade e a terra do poder de Satanás. Com respeito
ao sangue derramado dos profetas, esse sim, clamava
por vingança, e o seu clamor foi satisfeito: Êxodo 29:12:
“Etomarás o sangue do novilho e com o teu dedo untarás
os chifres do altar. Então derramarás todo o sangue no
300
23:21 Lucas
pé do altar: Levítico 1:5: “E degolará o bezerro perante o
Senhorjeová, e os sacerdotes, filhos de Arão, oferecerão
o sangue, que aspergirão ao redor do altar que está junto
àentrada do Tabernáculo do Testemunho”. O objetivo
desse ato é deixar o animal completamente limpo, pois
é um tipo do Cordeiro de Deus que foi imolado, sem
nenhum pecado, em seu interior, pois não cometeu
nenhum pecado (1:9). Levítico 1:6: “E logo esfolarão o
holocausto, que será despedaçado apropriadamente”.
O mesmo ato de Abraão ao oferecer Isaque, no altar, e o
mesmo cuidado na preparação da lenha, pois ela é o tipo
perfeito da cruz de Cristo (Gn22:4,6,9). Levítico 1:7:
“Então os filhos de Arão acenderão fogo sobre o altar, e
disporão a lenha sobre o fogo ”. Pôr a lenha em ordem
também significa colocar a doutrina da nossa salvação
em ordem; ensinar o que isto significa: Levítico 1:8: “e
porão em ordem sobre ela os pedaços com a cabeça e a
gordura, sobre a lenha que estará acesa sobre o altar”
(Ver 1:6). Uma prefiguração da lavagem dos pés dos
discípulos, poisjesus era a cabeça, e, ao mesmo tempo,
o sacerdote. As patas do animal eram tipo do restante
do corpo quejesus estava lavando com água (Jo 13:4-8),
mas Pedro não podia entender: Levítico 1:9: “Mas lavará
com água as entranhas e as pernas, e o sacerdote fará
queimar tudo o que está sobre o altar. É oferta queimada
de cheiro agradável ao Senhorjeová ”. (2) Se for gado
ovino: O modelo é o modelo de Abraão em Gênesis
15:9-18. Todo o livro de Levítico está baseado na oferta-
modelo de Abraão (Gn 15:9): Levítico 1:10: “E se sua
oferta (“oblação”) for do rebanho, quer seja das ovelhas
ou das cabras, apresentará, com efeito, um macho sem
mancha”. Deixe o sangue falar; ele fala melhor do que
o de Abel, ao cair na terra. Quando o sangue inocente
fosse derramado sobre a terra, começaria o seu clamor, e
o sangue de Cristo fala melhor do que o de Abel. Levítico
1:11: “E o degolará do lado Norte do altar, diante do
Senhorjeová, e os sacerdotes, filhos de Arão, aspergirão
o seu sangue ao redor do altar”. Primeira parte que vai ao
fogo: Cabeça e gordura- O Getsêmani: Levítico 1:12: “E
o cortará em suas peças, desmembrando-o; e o sacerdote
porá a sua cabeça e a sua gordura sobre a madeira em fogo
que está sobre o altar”(segunda parte que vai ao fogo-As
entranhas, no Calvário). O ato de lavar as entranhas na
hora do sacrifício significa a retirada de todos os pecados
que estavam sobre ele (Is 53): Levítico 1:13: “mas lavará
as entranhas e as patas com água, e o sacerdote fará
queimar tudo sobre o altar. É oferta queimada, de cheiro
agradável ao Senhorjeová”
Lucas 2 3 :2 1 : Mas eles clamavam em alta
voz, dizendo: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Nova declaração de inocência do Cordeiro. O duro
escárnio da coroação abria um leque na profecia que
determinava ao perdedor a entrega da sua coroa ao
vencedor; e esta coroa era de espinhos e trazia a natureza
de Satanás, ao entrar em cena no mundo, quando os
espinhos e abrolhos apareceram (Gn 3:18; 20:2). Com
longos e duros espinhos, os algozes entrelaçaram uma
coroa e puseram sobre a sua cabeça. Aqueles fortes
espinhos penetraram no couro cabeludo, que sangrava,
causando dores terríveis
Lucas 23 :2 2 : Então ele disse-lhes pela ter­
301
23:22
ceira vez: “Mas, que mal fez este? Nenhuma
c
coisa digna de morte achei nele; vou castigá- n
lo, pois, e o soltarei!” tlc23.-iói
A confissão sacerdotal com as mãos postas sobre a cabeça in
do bode emissário transferia para ele as iniqüidades
do povo, ali confessadas, no dia da expiação. O animal, y3t.VS«!$
depois disso, era levado porum homem ao deserto. O
homem voltava para o acampamento, mas não entrava
em comunhão enquanto não se purificava, por causa do
3>
ofício que lhe cabia cumprir: Levítico 16:5: “E tomará da
cn
congregação dos filhos de Israel dois bodes como oferta
expiatória pelo pecado, e um carneiro por holocausto”.
Sem a experiência do governo doméstico, nenhum
ministro terá autoridade e liberdade diante de Deus para
abençoar o seu povo; pois aquele que primeiramente
não governa bem a sua casa, como terá cuidado do povo
de Deus? Muitos são verdadeiros “caras de pau ”, e 6
ainda que sua vida doméstica seja conhecida portodos,
insistem em sacrificar no altar em favor do povo, mesmo
diante dos olhos humilhados de seus familiares. Ele
nos abrange e também a nossa casa. É uma oferta como
aquela que Jó apresentava (Jó 1). Uma oferta pelos
pecados de sua família. Cada ministro vem à casa de Deus
para fazer o seu trabalho sacerdotal, diante do povo, já
tendo efetuado a apresentação de seu novilho. Ele já deve
>
ter orado, deve ter cumprido a sua tarefa devocional. Isto
inclui a oração pela sua família, a ministração com a sua
família, a leitura da Palavra de Deus com a sua família,
todos os trabalhos relacionados ao seu sacerdócio ri
particular, na sua casa. Se a apresentação do novilho
faltar, seu sacerdócio é falso e sua ministração não será
aceita diante de Deus: Levítico 16:6: “E Arão apresentará
C/5
o novilho da oferta expiatória pelo pecado, que é para
ele, e fará expiação por si mesmo e pela sua família”.
hH
Não poderá apresentar os dois bodes, sem o novilho. São
MMÉ,
muitos os que apresentam os dois bodes, o expiatório
e o emissário, sem o novilho particular. Alguns querem
verno pano de fundo, atrás dos bodes, a figura sacrificial O
do novilho particular do ministro: Levítico 16:7: “Logo >
tomará os dois bodes e os apresentará diante do Senhor
Jeová, na entrada do Tabernáculo do Testemunho”. O
bode expiatório teve a sorte de ficar vivo, pois os dois
C
eram iguais, até a sorte ser lançada. A sorte da vida caía
sobre um bode e o transformava de digno de morte em C
digno da vida: é isso que o ministro do Santuário é, digno O
da vida. O outro bodeeraumbode igual ao que se tornou >
bode expiatório, mas a sorte da morte caiu sobre ele,
o castigo caiu sobre ele e sobre ele caíram as dores, as
enfermidades e o castigo: Levítico 16:8: “Elançarásortes
sobre os dois bodes; pois uma sorte será para o Senhor rfán«*4
Jeová, e o outro para Azazel. ” Este bode é Cristo, o qual
tomou o nosso lugar e nos deu dignidade para viver e O
continuar o seu trabalho. Cada ministro do Santuário >
deve agradecer o fato da sorte (que hoje é a bênção) da
vida ter caído sobre si, para ser um instrumento de vida
e libertação do povo a quem ministra. Por isso, ele não
pode ministrar atado, mas liberado, pois é instrumento
de liberdade: Levítico 16:9: “Então Arão oferecerá o bode
sobre o qual caiu a sorte ao Senhorjeová, e o trará como
oferta expiatória pelo pecado”. O bode emissário tipifica
O
três coisas: (1 )0 Ministro do Santuário que vive para
23:23
terminar a Obra de Cristo (CU :24). Servir no Santuário e
estar vivo é uma questão de sorte. A sorte caiu sobre nós,
não para nos acusar como ajonas, mas para vivêssemos
e compartilhássemos o sacerdócio de Deus! (2) O Cristo-
Sacerdote ressurreto, que se levanta da morte, para
entrar na presença do Pai, levando o sangue da aspersão.
Isto é, os dois bodes são um. O que morre e o que se
levanta e vai a Azazel, para mostrar ao mundo espiritual
que o preço está pago. E isto foi cumprido na sua entrada
no Hades, quando se manifestou vivo e vitorioso, tendo
triunfado sobre Satanás na cruz. O bode que morria não
podia ressuscitar, mas Deus, pela sua infinita sabedoria,
estabeleceu dois bodes para a expiação e para a emissão.
O bode que vive e sai ao deserto é o Cristo que faz seu
trabalho sacerdotal e, por sua vez, também se levanta e
ressuscita. Sendo ele as primícias dos que vivem, levanta-
se e se apresenta ao Pai como sumo sacerdote, levando
sobre a sua vida física e sobre a sua vida espiritual nossas
iniquidades, para serem expiadas diante do trono do Pai,
o verdadeiro propiciatório. A doutrina da expiação mata
e derrama o sangue, a doutrina da emissão é tão poderosa
como a doutrina da expiação, pois ela anuncia a vida e a
ressurreição de Cristo, que não somente morreu, mas foi
ao Hades, e dali subiu levando cativo o Cativeiro, o qual
prendia os justos que criam que um dia o sumo sacerdote
apareceria ali (Nm 35:28). (3) O dízimo dos dízimos que
tira a iniqüidade do povo das costas do sacerdote. Nesta
parte, embora os dois pontos acima sejam riquíssimos,
inaugura-sea doutrina da emissão, ao lado da doutrina
da expiação, pois aquela ensina a razão pela quai o
sacerdote deveria entrar com o sangue diante da Arca, no
lugar Santíssimo, e esta ensina por que e como o sangue
deveria ser derramado. O dízimo dos dízimos é uma
doutrina que libertará o pai de família, que é também
um ministro e lidera uma congregação, e tem passado
por muitas lutas espirituais dentro de sua família, juntos
com seus filhos e filhas, sem saber o porquê: Levítico
16:10: “Mas o bode sobre o qual caiu asorte para Azazel,
será apresentado vivo diante do Senhorjeová, para fazer
expiação por meio dele, e enviá-lo a Azazel, no deserto”.
Aoferta do Sacerdote era um novilho particular por
sua casa. Na leitura geral do texto vemos que há três
elementos vivos apresentados para o sacrifício: o novilho
e os dois bodes. Daí surge a pergunta: “Por que Deus
não considerava suficiente o sacrifício dos dois bodes,
o bode expiatório, cuja sorte saiu para que morresse
pelos pecados do povo e das iniquidades que pairavam
no Santuário; e o bode emissário, que era levado vivo
para o deserto. Por que Arão deveria apresentar um
novilho particular, antes de todos os sacrifícios no dia
da expiação? Porque o tratamento que Deus dá ao
sacerdote é muito especial, mas o julgamento de Deus
começa pela sua casa, isto é, começa pelos que vivem do
Santuário. O novilho é começo do tratamento de Deus
com o sumo sacerdote. Antes de beneficiaro povo, a
quem o sacerdote ministra, Deus beneficia primeiro
os seus ministros. Por isto, a responsabilidade que lhe
será dada será de acordo com os privilégios que recebe.
O sacerdote tem de apresentar o seu novilho particular,
antes de ministrar. Apresentaro novilho particular
(que não é oferta pelo povo), significa que a oferta tinha
valor para ele e para a sua casa. O novilho particular
LUCAS 23:26
representa a abrangência do sacrifício de Cristo que, em
primeiro lugar, alcança a família sacerdotal. Mas o sumo
sacerdote deve apresentar, primeiro, o seu novilho. Cada
ministro deve ter a sua vida de intimidade com Cristo,
antes de ministrarão povo e pelo povo. Este novilho não
é um dízimo, não é primícias, mas é uma “oferta”. Ele é
apresentado como oferta pelo pecado. É Cristo, nossa
oferta. Temos de apresentá-la. Isto quer dizer que temos
de confessar e apresentar, diante do Pai, a nossa confissão
no Cristo que foi morto pornós, ministros, antes de tudo:
Levítico 16:11: “Então Arão apresentará o seu novilho
como oferta expiatória pelo pecado, que é para ele, e fará
expiação por ele e por sua família, e o imolará”
Lucas 23:23: Mas eles insistiam em altas
vozes, pedindo que fosse crucificado; e as
vozes deles e dos príncipes dos sacerdotes
prevaleciam.
EmJoão 19:1, Pilatos mandou açoitar a Cristo com 39
açoites. Foi jogado sal sobre as paredes por causa das
marcas de carne que ali ficaram. Um castigo de 39 açoites
são treze açoites com três cordas. Pela Lei, Cristo deveria
ser solto naquele momento. Pilatos declarou que o
máximo que ele podia fazer era açoitá-lo, mas não quis
condená-lo à morte. Quarta declaração de inocência
(Dt 25:2). Segundo as leis romanas e judias, o réu,
depois de ser açoitado, deveria receber sua liberdade
(outra ilegalidade)
Lucas 23:24: Então Pilatos sentenciou que
fosse feito o que eles pediam.
A prisão de Cristo foi a liberdade de Barrabás; a morte de
Cristo foi a ressurreição de muitos, quanto mais o seráa
sua ressurreição e glorificação. O poder da sua paixão e
ressurreição pode libertaro mais vil pecador
Lucas 23:25: E soltou-lhes aquele que fora
lançado na prisão por motim e homicídio, a
quem eles pediam; mas a Jesus, entregou-o
à vontade deles.
Jesus, durante o seu ministério, havia dito: “Aquele
que quer vir após mim, tome a sua cruz e siga-me”.
Este cireneu não tomou a sua cruz, mas tomou a cruz
de Cristo. Que merecidahonraseria digno! (At 13:1)
Mas a cruz não era uma cruz, e ele tinha consciência
disso. Era uma grande espada (SI 68:21; Gn 3:15). Ela
seria enterrada no grande crânio cabeludo, segundo a
profecia. Jesus caminhou com os pés descalços peias
ruas pedregosas e irregulares de Jerusalém até o Gólgota.
Os seus joelhos e os seus ombros estavam cobertos
de feridas profundas que se coagulavam e se abriam à
medida em que recebia os empurrões dos soldados
Lucas 23:26: E quando o conduziam, lan­
çaram mão de um certo Simão, cireneu, que
vinha do campo, e puseram sobre ele a cruz,
para que a carregara detrás de Jesus. uoi9:i7j
O grande arrependimento da multidão que havia
se vendido a troco de algumas moedas dadas pelos
23:27
príncipes dos sacerdotes. O bater do seu peito era uma
manifestação de culpabilidade pelo que havia ocorrido
Lucas 23:27: E uma grande multidão do
povo o seguia, e de m ulheres que batiam
no peito e o lamentavam. (ic8:S2)
Esta era a grande convicção de Cristo. Ele sabia o
significado da cruz. Uma grande arma de Deus para
cumprir a profecia de G ênesis 3:15 e ferir a cabeça de
Satanás, sem esmagá-la (Rm 16:20). Quem deveria
chorar ali eram os seus inimigos, pois estavam sendo
conduzidos ao grande juízo do Calvário. Ali, naquela
cruz, a portas fechadas, o mundo das trevas seria
julgado e condenado (Cl 2:15); nossas dívidas seriam
cravadas na cruz e Satanás levaria a maior de suas
surras(SI 18)
Lucas 23:28: M as Jesus, voltando-se
para elas, disse: “Filhas de Jerusalém ,
não choreis por mim; antes chorai por
vós mesm as e por vossos filhos. (Lc i m i m ;
21:23,24)
A nova geração que habitará a terra mostrará o seu
grande desprezo pelas coisas de Deus, e todos os
filhos nascidos naqueles dias abandonarão a ética
cristã e natural para seguir a perversidade demoníaca
daqueles dias. As mães não terão controle de seus
próprios filhos, que serão levados de suas casas como
verdadeiros escravos de Satanás, entregando os seus
próprios pais à morte, de tal maneira que serão bem-
aventuradas aquelas mulheres que jamais deram à
luz filhos
Lucas 23:29: Porque eis que dias virão
em que se dirá: Bem-aventuradas as esté­
reis, e os ventres que nunca conceberam ,
e os seios que não amamentaram!
Uma predição completa do Apocalipse e da Grande
Tribulação que os homens passarão na terra nos dias
próximos ao advento de sua vinda, quando aTerra
finalizará as suas dores de parto e dará à luz u m novo
Céu e uma nova Terra
Lucas 23:30: Então começarão a dizer às
montanhas: Caí sobre nós, e aos outeiros:
S 0 t e r r a Í - n 0 S . (Is2:19;OslO:8;Ap6:16)
Se tais coisas fazem ao homem sem pecado, imaginem
o que não farão ao pecador. O madeiro verde e
inocente estava ali sobre o Gólgota. Ele faz referência
à lenha que Abraão cortou, na porta da sua tenda,
para colocá-la nos ombros de Isaque, tipo de Cristo. A
lenha era verde, e foi tirada dos carvalhais de Manre
(Gn 18:1), tipo da cruz de Cristo. Um carvalho pode
atravessar centenas de anos, e fala das gerações da
fé de Abraão que participaram indiretamente do
cumprimento da profecia messiânica, ali no Gólgota.
Abraão ofereceu madeiro verde, de maior valor e de
grandes significados tipológicos (Gn 22:3,7,9)
Lucas 23:35
Lucas L ucas L ucas L ucas Lucas Lucas Lucas L ucas Lucas
Lucas 23:31: Porque, se tais coisas fize­
ram ao madeiro verde, quais não se farão
ao seco?” (Ez20=47)
Depois de estar entre Moisés e Elias, agora estava entre
dois ladrões. Após ter sido vestido de roupas de gala
dignas de um rei eterno, agora, despido diante de todos;
depois de ter manifestado o seu rosto glorioso como o sol,
agora todos escondiam dele o seu rosto e o desprezavam.
Aqueles três discípulos que o viram em glória o
deixaram. Ele estava só, contado com os malfeitores
Lucas 23:32: E havia também outros dois,
que eram malfeitores, levados juntamente
com ele para serem executados, fis 53=121
Enviam-no ao Calvário. Havia outros lugares, mas nada
seria melhor que o Gólgota. Ali sobre a caveira, eles cavam
três buracos profundos. Os preparativos eram feitos
rapidamente. A cruz fora feita de madeira crua para um
grande carpinteiro, experimentado nos trabalhos. Suas
hastes e estrepes sozinhos poderiam sustentar um corpo.
Os soldados que a prepararam sangraram os seus dedos
e entre olhavam-se, sob o grande mistério que ali pairava.
Um ser humano normal já estaria morto naquela altura.
Mas tudo aquilo era apenas um mistério escondido. A
cruz era uma espada de ponta cabeça. Estava virada ao
contrário. Ele sabia de tudo isso (Is 53:12)
Lucas 23:33: E, quando chegaram ao lugar
chamado Caveira, ali o crucificaram, e aos
malfeitores, um à sua direita e outro à sua
esquerda.
Quem conhece a plenitude do propósito e o fim de sua
proposição perdoa; quem conhece o propósito pelo qual
nasceu, e tem em mente o trono, perdoa os integrantes
do grande elenco que escolhe o seu papel real nesta
vida. Quem perdoa tem poder. Eles não sabiam o que
faziam (1) ao preparar-lhe a coroa de espinhos, que
para ele era a coroa do perdedor; (2) não sabiam o que
faziam, ao assentá-lo no trono - declarando-o como rei;
eles brincavam, mas tudo estava sendo contado como
realidade; (3) eles não sabiam o que faziam ao conclamá-
lo como rei, sob os auspícios do Império Romano, e com
o selo de Pilatos. (4) Eles não sabiam que ele havia de
ressuscitar nem que voltaria para cobrar o seu encargo
Lucas 23:34: E Jesus dizia: “Pai, perdoa-
lhes, porque não sabem o que fazem”. E, re­
partindo entre si os seus vestidos, lançaram
SOrteS. (SI22:18;Jo 19:23-24;At7:60)
Eles o desafiavam para sossegar a consciência deles
que os acusava
Lucas 23:35: E o povo estava de pé olhan­
do. E também, juntamente com eles, os
magistrados zombavam dele, dizendo: “A
outros salvou; salve-se a si mesmo, se este é
o Cristo de Deus, o seu escolhido”. (Si22:i7)
23:36
Aquela tortura dura três horas e inclui dores, sede,
cãibras, asfixia, latejar dos nervos e, em agonia,
ele clama: “Meu Deus, meu Deus, porque me
abandonastes?” Ele fizera um voto que não beberia de
novo do fruto da vide até aquele dia, no qual beberia
de novo no Reino de seu Pai. Todos aqueles que fazem
um voto são atacados pelo seu voto. Ele fizera um voto
de nazireu até as bodas do Cordeiro. Portanto, ele não
bebeu o vinagre (SI 69:21)
Lucas 23:36: E os soldados também o es­
carneciam e, chegando-se, ofereciam-lhe
V i n a g r e , (SI22:7-8; 69:21;M t27:48)
Ele não necessitava provar a ninguém que era rei. Ele não
somente era o rei dos judeus, mas o Rei dos reis
Lucas 23:37: dizendo: “Se tu és 0 Rei dos
Judeus, salva-te a ti m esm o”.
As palavras gregas, romanas e hebraicas não aparecem
nos textos mais aceitos, mas indicam o alcance profético
de seu Reino. Ele, pela genealogia de Maria, é o próximo
rei, depois de Davi, pois é descendente de Natã, de quem
ninguém assentou no trono de Davi. Por isso, por meio de
Natã, Jesus é o próximo rei, e esta é a grande importância
da genealogia de Maria em Lucas
Lucas 23:38: E havia também uma inscri­
ção acima dele, em grego, em latim e em
hebreu: E s t e é o R e i d o s J u d e u s .
Depois de Barrabás, esta é a segunda manifestação
impactante do sacrifício de Cristo: A salvação e a
condenação são decisões pessoais. A salvação vem não
pelo fato de livrar-se da cruz, mas pelo ato de passar
pela cruz. Por outro lado, a salvação jamais é um ato
proveniente de nosso próprio esforço. Quem salva a si
mesmo não pode salvar a outros
Lucas 23:39: E um dos malfeitores que es­
tavam crucificados blasfemava dele, dizen­
do: “Não és tu 0 Cristo? Salva-te a ti mesmo,
eanós” . (Lc23ú5,37)
Ele não considerou que Deus fosse criminoso, por estar
visivelmente experimentando a mesma condenação.
Esta foi uma prova de grande temor daquele que queria
mudar a trajetória de seu futuro. Ele percebeu que Jesus
estava na mesma condenação, sem, porém, merecer
aquela condenação; o maífeitorentendeu que não
poderia rejeitar aquela salvação
Lucas 23:40: Mas 0 outro, respondendo,
repreendia-o, dizendo: “Tu nem sequer
tem es a Deus, ainda estando na mesm a
condenação?
Considerar a Cristo inocente, justifica a Deus. Quando
declaramos Deus justo e o homem culpado, temos o
sinal favorável da sua misericórdia. Nossas justificativas
declaram a Deus injusto e não justificam o homem; mas,
quando consideramos a nossa condição de merecedores
da condenação e da morte movemos a misericórdia de
Lucas 23:42
Deus em nosso favor. A ordem das aparições de Jesus
no domingo para as mulheres: Maria Madalena, e
Maria, mãe de Tiago, e Salomé foram ao sepulcro para
embalsamá-lo (Mc 16:1 - 2; Lc 24:1-2). Esta foi a primeira
visita delas, mas não devemos desconsiderar a liderança
de Maria Madalena (Jo 20:1). A princípio, elas entraram
no sepulcro, pois o sepulcro estava aberto (Mc 16:3,4;
Lc24:2,3). Elas decidiram não falar nada a ninguém (Mc
16:8), mas depois foram anunciar a Pedro e ajoão o que
havia acontecido (Lc24:4-1 l;Jo 20:2). Entre a primeira
e a segunda visitas das mulheres aconteceu a ida de
Pedro ejoão ao sepulcro. Depois, Maria Madalena foi ao
sepulcro pela segunda vez com outra Maria (Mt 28:1 - 8;
Jo 20:11 -18), ocasião em que o anjo falou com elas (Mt
28:5-8). Mateus mostra a segunda visita das mulheres
(M t28:5-8;Jo20:11-18), ejoão narra as duas visitas (Jo
20: l- 2 e 2 0 : 1 l-18).AnarrativadeMateusquetratada
segunda visita delas (28:1-8) concorda com a narrativa
d ejoão20:11-18. Lucas relata apenas a primeira visita
das mulheres (Lc24:1-11;Jo20:1,2;Mc 16:1- 8). Marcos
relata a primeira visita das mulheres (Mc 16:1 - 8) e a
segunda visita de Maria Madalena (Mc 16:9,10)
Lucas 23:41 : Quanto a nós, com justiça,
porque recebemos o que, por nossos atos,
merecíamos; mas este nenhum mal fez.
(Lc23:4,14,22}
Como ele soube quejesus era rei? Ele teve uma visão?
Teria visto alguma coroa na sua cabeça? Ele não esteve
na transfiguração, e nem o viu vestido de roupagens de
glória nem de Rei, não o viu glorioso, nem foi testemunha
da presença de Moisés e Elias ao seu lado. Três de seus
discípulos o viram em glória, e se afastaram quando o
viram na cruz, mas aquele malfeitor não teve o mesmo
privilégio. Quem lhe disse quejesus era rei, que ele era
herdeiro de um reino sem fim? Por isso, Jesus não hesitou
em prometer-lhe descanso eterno. (Aversão “Senhor,
lembra-te de mim, quando vieres no teu Reino” está
correta. Mas preferimos a Versão do rei Tiago)
Lucas 23:42: E disse a Jesus: “Senhor,
lembra-te de mim, quando entrares no tem
Reino”.
O destino do espírito homem. O espírito é de natureza
espiritual, mas não é a alma, assim como a alma não é o
espírito. Contudo, o espírito é de consistência espiritual;
muitas vezes é confundido com a alma. Muitas vezes
também a parte imaterial do homem (2 /3 partes) é
chamada “espírito”. O espírito do justo e o espírito do
ímpio regressam a Deus, na ocasião damorte física. Não
é difícil compreender isto, sabendo que o espírito não
é uma personalidade em si mesmo, mesmo recebendo
atributos de uma personalidade própria, como o Espírito
Santo, na ocasião do novo nascimento. Quando o homem
morre sem salvação, o seu espírito permanecerá com
Deus, até o dia do juízo, nq trono branco, pois nele está
o registro de tudo o que lhe aconteceu, desde a sua
geração, até a ocasião de sua morte. É a “caixa-preta” do
avião, que registra todos os detalhes das últimas horas do
vôo. Se ocorrer um problema, a “caixa-preta ” é levada
à indústria que o fabricou para ver o que aconteceu.
23:43
Quando Jesus disse ao ladrão na cruz: “Hoje mesmo
estarás comigo no Paraíso”, não se referia à Nova
Jerusalém, mas ao Seio de Abraão, o qual ainda estava no
Hades, porque, depois quejesus entregou o seu Espírito
ao Pai, a sua almanão foi para o Céu, na hora da sua
morte, mas ao Tabernáculo Celestial; e dali foi ao Hades,
passando pelo Calvário. Assim, Jesus em alma desceu
ao Hades. Jesus Cristo somente foi ao Pai depois da sua
ressurreição (Jo 20:17,19). Porque o Hades está na parte
imaterial no centro da terra. Quando Simeão morreu,
deu notícias aos que estavam no Hades; ele avisou-lhes
que o Redentor, o Poderoso de Jacó, já estava no mundo.
Para todos aqueles servos do Senhor, Simeão podia dizer:
“Ele estará aqui em breve. Eu o tomei em meus braços”.
João, o Batista, poderia dizer: “Eu o anunciei como o
Cordeiro de Deus”. Os dois confirmariam a chegada do
Admirável, para o profeta Isaías; o seu Eliaquim, que abre
e ninguém fecha, que fecha e ninguém abre. “Podem
esperá-lo, porque ele vai chegar”, Jó poderia dizer
ainda: “Eu sei que ele vive, o meu Redentorvive, e por
fim se levantará sobre a terra. Ele nos levará daqui. Ele
nos visitará” (Jó 18.15-16). E, ainda, Simeão: “Teremos
uma visão maravilhosa da sua vitória sobre a morte, e
o veremos porestas portas abertas diante de nós”. E,
dirigindo-se a Daniel: “O ancião de quem falastes, ele
enviou o Verbo como Filho do Homem. Eu o vi ainda
comobebê;João o saudou como o varão perfeito, já
adulto. O grande Vigia veio pessoalmente para a luta
e irá vencer. A Pedra que derrubará a estátua da visão
profética, Daniel, já está lançada. Eu o toquei e o tive em
meus braços. Adão, eu vi a semente da mulher aqui em
minhas mãos; não tardaremos mais aqui, vamos para um
novo Éden, Jeremias; o teu Senhor de justiça, o renovo já
brotou. Malaquias, o sol da Justiça mostrará seus raios na
Região dasombra da morteljudá, o Siló misterioso está
preparando os súditos para o seu Reino. O cordeiro da
salvação de Isaque está preparando caminho em direção
ao Calvário, com o madeiro nos lombos, Isaque! Abraão,
o pão eovinhoque tomaste das mãos de Melquisedeque
estará na mesa. Em breve beberemos deum vinho
melhor na central do Reino, a cidade que viste, já está
sendo inaugurada, Abraão! ” Assim clamava Simeão. O
principado está sobre os seus ombros
Lucas 23:43: E respondeu-lhe: “Verdadei­
ramente te digo que hoje estarás comigo no
ParaíSO”. (2 Co l2:3,4;Ap2:7j
Nos dias de Jesus, os judeus já haviam adotado a
contagem de 12 horas para o dia (Jo 11:9). Eram
contadas do amanhecerao pôr-do-sol, isto é, das seis
da manhã às seis da tarde. Assim, a primeira hora
seria às sete, a segunda hora às oito, e a terceira hora
seria às nove da manhã (At 2:13,15). Os discípulos
costumavam comer na sexta hora, de acordo com
João 4:6, ao meio-dia. Estas variações aconteciam por
causa da variação das horas, dependendo da estação
do ano (Mt 20:3,5; 27:45,46; Lc23:44; Jo 19:14). Pela
noite, ainda na época do Império Romano, os judeus
adotaram a divisão romana da noite em quatro vigílias.
Em Marcos 13:35, Jesus fez alusão às quatro divisões.
A vigília da tarde, a primeira, ia do pôr-do-sol às nove
da noite. A segunda vigília, ada “meia-noite”, à meia-
Lucas 23:45
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
noite. A vigília conhecida como “o cantar do galo” era
contada da meia-noite às três horas da madrugada.
E a quarta vigília ia das três horas ao amanhecer, às
seis horas. Mas os hebreus dividiam a noite em três
períodos, chamados de “vigílias”. Cada um abrangia
um terço do tempo entre o pôr-do-sol e a alvorada,
quatro horas para cada uma vigília.
Lucas 23:44: E era já quase a hora sexta;
e hou ve trevas sobre toda a terra até à
hora nona,
Este é antítipo do sol de Gênesis 15:12. Agora restava
ajosé de Arimatéia enxotaras aves de rapina. O véu
do Templo se rasgou, para provar que, naquela mesma
hora, ele entrou no Santíssimo lugar levando o seu
próprio sangue como expiação dos pecados. Foi a
primeira vez que a divindade se separou. Deus não
se compõe de três deuses, mas de três pessoas, por
causa do vínculo da unidade, que é o Espírito Santo. Por
causa do vínculo, eles são um. Quando o Espírito, que é
vínculo, saiu, ele morreu. Depois do grande terremoto:
Os sepulcros se abriram e muitos dos santos que haviam
morrido se levantaram. Ficaram ali, esperando a hora
da ressurreição. Quando ele morre a sua alma começa
a se liberar do corpo... Lá no Hades, os justos sentem a
falta, desesperadamente, dos santos que ressuscitaram.
Procuravam portodos os lados, e não os encontravam.
Foi o sinal: os mortos ressuscitam primeiro, depois
os outros são transladados. Um tipo perfeito do
arrebatamento da Igreja. Faziam parte da Igreja e eram
parte das primícias como corpo de Cristo. Uma pessoa
ressurreta recebe a capacidade de ver os dois mundos,
o espiritual e o físico. Eles foram testemunhas de todo
aquele acontecimento. O mais interessante de tudo isto
é que eles foram arrancados do Hades no momento da
morte de Jesus. Pelo desaparecimento deles, se cumpriu
a profecia de que os refugiados do Hades somente
ficariam ali até a morte do sumo sacerdote (Nm 35:28)!
A morte do sacerdote era a esperança deles. Quando
o sacerdote morre, as cadeias da morte se rompem no
Hades, e alguns desaparecem dali e aparecem vivos
para muitos, somente com o Fim de comprovar esta
parte da profecia. O céu ainda estava escuro. Vozes de
trovão se ouviam somente no lado do mundo espiritual.
Tremia tudo. Os demônios caíram e perderam o poder
de locomoção por minutos. É como se o Pai estivesse
fechando tudo em redor daquela cena. Passados alguns
instantes, alguma coisa começou a se mover. Estava tudo
escuro. Uma luz resplandecente começa a brilhar do
interior do corpo dejesus na cruz. Os anjos tomam lugar e
os demônios se retiram rapidamente. Tudo ficou tão claro
na escuridão dos homens. Anjos em cor de fogo eram
vistos e começaram a limpar a área. Todos correram.
Somente o centurião ficou
Lucas 23:45: escurecendo-se o sol; e o véu
do Templo rasgou-se ao meio. (Êx26:3i-35;Hb
9:8; 10:19)
A separação do Espírito de Cristo de Cristo ocasionou
a sua morte. Os lances aconteciam no meio daquela
dualidade de dois mundos. Daquela luz irradiante, do
305
23:46
meio do corpo inerte, baqueado e marcado, cheio de
hematomas, inchado, em todo aquele cenário onde
os guardas corriam e traziam tochas, onde muitos
gritavam, pediam paus, perguntavam por armas, pois
avida deles estava acostumada a guerras e violências:
homens maus e perversos xingavam naquele ambiente
hostil e escuro, onde ele morreu. Então, rapidamente
asua alma começou a sair lentamente de seu corpo.
Trazia outra fisionomia. Seu corpo manifestava tristeza
e agonia, estava esfriando no vento forte que soprava.
Que cena aquela, quando a alma, ao sair, começa a
olhar apaixonadamente para o corpo. Leva as mãos
espirituais a seu próprio rosto, mas não consegue tocá-lo,
e se assusta. A sua alma estava fora do seu corpo. Que
experiência! Quis chorar, mas já estava fora do corpo.
Ele já estava acostumado com ele. Aquela linda e santa
alma era o seu homem interior, era o Leão da tribo de Judá
que saía para vencer. Seu corpo tinha o selo e nenhum
demônio se atrevia a aproximar-se. Eles lembraram que,
ao nascer, já havia nascido de novo. Aquele que nasce de
novo o diabo não o toca. Entre a terra e o Céu há um véu
negro que cobre toda a terra, como uma cortina. Essa
cobertura chama-se região celestial. Ela é a habitação
atual de Satanás e de seus demônios. Jesus morreu sobre
a terra. Na ocasião de sua morte estava na dimensão das
regiões celestes, porque havia sido levantado na cruz.
Foi neste cenário que sua alma saiu lentamente do corpo
e seguiu ao Tabernáculo Celestial, para introduzir o seu
sangue no grande propiciatório. Minutos depois, quando
ele voltou de seu trabalho sacerdotal, começaram a
aparecer os mais terríveis demônios trazendo correntes
e vestidos de guerra, sem saber de onde ele vinha.
Estavam ali com ordem de levá-lo preso. Os algozes do
Hades chegaram como feras e hienas, aproximavam-se
com dentes de leões e caudas de escorpiões. Vinham
cheios de fúria, no meio das trevas. Cordas de morte o
cercaram, e torrentes de perdição o amedrontavam.
Os demônios, com cordas de Hades, começaram a
atá-lo e o cingiram, laços de morte o surpreenderam.
No meio daquela cena, em meio agrande angústia, a
sua alma abatida invocou ao Senhor e clamou a Deus. Lá
em cima, o Pai, que virara o rosto para não ver tamanha
humilhação, levanta-se. Naquela hora crucial, o céu
parou. Os anjos se entreolhavam querendo saber quando
Deus entraria em cena. Foi então que, do seu Templo,
tendo aceitado o sangue do sacrifício perfeito de Cristo, o
Pai ouviu a sua voz; o clamor da alma do Filho chegou aos
seus ouvidos. O Pai começou a se mover, dando ordens
aos querubins. Mas eles, atordoados, se demoram,
pois estavam surpresos. O Pai brada a sua voz e raios e
relâmpagos se fazem ouvir. Os anjos tomam nota e saem.
Chegara a hora final. Então, a terra se abalou e tremeu,
e os fundamentos dos montes também se moveram e se
abalaram, porquanto o Pai estava indignado. Tomou as
armas, chamou os seus arcanjos, ordenando que o Trono
se movera. O Pai tinha pressa. Nunca os anjos viram o
seu Senhor tão aborrecido e irado. De suas narinas subia
fumaça, e da sua boca saia fogo devorador; dele saíram
brasas ardentes. Então acenou com as mãos, e os anjos
esperavam que subisse no Trono móvel. Mas ele decidiu
montarem um dos quatro querubins evoar; então voou
sobre as asas do vento. Ele abaixou os Céus e desceu;
Lucas 23:46
trevas espessas havia debaixo de seus pés. Ele mostra
que estava tento àquela obra de redenção efetuada por
seu Filho no Calvário. Exigiu que tudo acontecesse ali nas
trevas do Calvário, e dali fez o seu retiro secreto; como
uma cobertura invisível, mas sólida, no mundo espiritual,
ele montou um pavilhão, que o cercava, era como a
escuridão das águas e das espessas nuvens do céu.
Quando ele chegou, os demônios riam e blasfemavam.
Do resplendor da sua presença saíram, pelo meio de
suas espessas nuvens, saraiva e brasas de fogo. O Senhor
trovejou a sua voz; e houve saraiva e brasas de fogo. Da
sua boca saíram setas, e ele as espalhou; multiplicou os
seus raios, e perturbou os demônios. Então foram vistos
os leitos das águas, e foram descobertos os fundamentos
do mundo, e os demônios foram tomados de surpresa.
Os justos que morreram, antes de Moisés, saíram do
Hades e permaneceram na sepultura até segunda ordem.
Os principados e potestades não esperavam por isso,
e ouviram a repreensão do Senhor, e sentiram o poder
do sopro de suas narinas. Do alto estendeu o seu braço
e tomou a alma de seu Filho que descia do Santíssimo
desfalecida, e o tirou do meio das setas. Então, Satanás
se retirou e desapareceu dali. O Pai livrou o seu Filho do
inimigo forte e daqueles que o odiavam; pois eram mais
poderosos do que ele, naquelas circunstâncias humanas.
Então o Pai o tomou. Estava morto como homem. O
seu calcanhar havia sido ferido. Sua alma estava triste e
sentia-se tão abatida. Havia sofrido muito. O Pai tomou
aquela alma divina e a abraçou, fortalecendo-a; depois
a trouxe para um lugar espaçoso; livrou-a, porque tinha
prazer nele, e regressou (SI 18:11 -18). Dali, já fortalecido,
a alma do Filho saltou diante de seus inimigos e começou
a sua vingança. Começou a perseguir os seus inimigos,
um por um, até o último deles. Eles se renderam. Satanás
foi nocauteado e ferido. As trevas se dissiparam, e eles
saíram dali derrotados
Lucas 23:46: EJesus, clamando com gran­
de voz, disse: “Pai, em tuas mãos encom en­
do o meu Espírito”. E, tendo dito isto, expi­
rou. (S13I:5; 1Pe2:23)
O vento passou, quando sua alma já estava fortalecida,
chegam os anjos de Deus. “Temos ordens para
entregar-lhe esta armadura”, e foi tirando e fazendo
barulho. O vento soprava forte e os anjos vigiavam
tudo. imediatamente ele começou a vesti-la. Quando
terminou, todos os anjos se lembraram dele. Assustam-
se, entreolham-se com aquela mirada que parece
lembrar das cenas nos dias do mistério; em frações de
tempo começam a lembrar. Estava igual a antes (Js 5:13—
14). Do seu peito sala uma luz. Glória era vista na sua
cabeça. Os anjos se lançam porterra e começam aadorar.
Levanta os braços e grita. O rugir do Leão de Judá dá-se
a conhecer. Enche-se de valor. “Vamos”, disse o Senhor
Jesus. Estavam indo em direção ao Hades. Sua alma,
agora fortalecida, saiu em direção ao Hades, mas deu
uma passadinha no Getsêmani. Sua alma se transportava
diferentemente da maneira como se moviam os
demônios, aqueles terríveis espíritos malignos. Alguns
tinham limites de atuação e não podiam ir longe. Na terra
tudo estava escuro. Agora, os acontecimentos se davam
306
23:47
em outra dimensão. Ele resplandecente, revestido de
glória, ao passar lançava os demônios pelo ar e eles se
chocavam nos seus limites espirituais, como barreiras
de diamantes invisíveis que não os deixavam passar. O
testemunho do Centurião foi importante, por ser um
representante legal de Roma
Lucas 23:47: E quando o centurião viu o
que havia acontecido, deu glória a Deus,
dizendo: “Verdadeiramente este homem
era justo”, w 27=54)
Enquanto davam golpes no peito, não podiam imaginar
o que o crucificado estava fazendo naquele momento ao
reino das trevas! O orgulho dos homens contra Cristo
tomou conta daquelas pessoas. Ainda hoje, batem no
peito. Ainda continuam com sua incredulidade. Mas o
Evangelho cumprirá o seu papel
Lucas 23:48: E todas as multidões que se
ajuntaram para este espetáculo, quando vi­
ram as coisas que haviam acontecido, volta­
vam dando golpes nos peitos.
Enquanto o teor dos Salmos 18 e 68 acontecia, eles
olhavam. Mas não viam o que verdadeiramente estava
acontecendo do outro lado, no mundo espiritual
Lucas 23:49: E também todos os seus co­
nhecidos, e as mulheres que o haviam acom­
panhado desde a Galiléia, estavam em pé, de
longe, vendo estas coisas. (si38:ii; Lc8:2)
O homem que paga o preço da morte não deve
permanecerna cruz. Deve ser levado ao sepulcro para ser
levantado. Como Rizpa, José de Arimatéia estava fazendo
o certo. Uma tipologia maravilhosa da nossa nova vida
em Cristo. Assim que nascemos de novo, saímos da cruz
e somos plantados na casa de Deus para que possamos
ressuscitar. Benditos Arimatéias, benditas Rizpas, que
não permitem que as feras dilacerem o corpo que foi
entregue como santa oferta
Lucas 23:50: E eis que um homem, chama­
do José, o qual era do concílio ( “sinédrio ”),
hom em de bem e justo,
No meio da luz resplandecente que saía de seu rosto,
ele veio triunfalmente em direção às chaves. Quando as
mãos de Jesus tocaram nas chaves foi como se seus dedos
estivessem em brasas. As chaves foram purificadas pelo
fogo consumidor de sua presença. Saíam raios, faíscas.
De repente, ele as levanta. Lá embaixo, no lado inferior
esquerdo, se podia ver ao longe a cena do Calvário, não
muito longe. Quando ele gritou: Está pagaa dívida, os
anj os vieram para abraçá-lo. De peito erguido, ele saiu
de volta muito bem acompanhado. Chegou à cruz. Ali
estava o seu corpo pendurado e José de Arimatéia estava
discutindo com Pilatos a respeito de seu corpo. Ele olhou
para seu corpo e baixou a cabeça. Tentou respirar...
sentiu falta do corpo. Levantou o escrito de dívida sobre
a sua cabeça. Um anjo trouxe uma espada e ele a cravou
LUCAS 23:52
Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
junto com o escrito na cruz! Os soldados notaram que se
moveu, e se entreolharam assustados. Alguns com medo
saíram de perto. Logo, logo chegou José; vinha pelo corpo
Lucas 23:51: (o qual não tinha consentido
no conselho com as ações dos outros), de
Arimatéia, cidade dos judeus, e que também
esperava o Reino de Deus; if.c2.-2sj
Ao pediro corpo de Cristo, faziao mesmo que Abrão
depois que apresentou a sua oferta: Expulsando as aves de
rapina de sobre ocorpo, semelhante aRizpa. O Senhordo
sábado deveria passar o sábado na sepultu ra, em descanso
Lucas 23:52: este, chegando a Pilatos, pe­
diu 0 corpo de J esus. (Êx 12:46;Nm Q:12;Sl34:20j
Depois que entrou no Santuário celestial, em alma, e
depositou o seu sangue no Tabernáculo celestial, voltou
à cena do Calvário, onde triunfou sobre Satanás e seus
demônios (SI 18). Tendo cravada a nossa dívida, já paga,
na cruz, e humilhado os principados e potestades, saiu
dali em direção ao Hades. Foi até ao vale em cima, e
depois desceu. O lugar estava no centro espiritual do
planeta Terra. Eram as três horas da tarde. Ali o mundo
espiritual estava mais claro com a luz de sua presença.
Antes de ele chegar, lá embaixo, o anjo de Deus chegou
com outros anj os, e trazia as chaves, cheio de autoridade,
e os carcereiros dali não se submetiam. Houve luta. Os
justos, em festa, gritavam do lado de dentro no Hades.
Foram momentos inesquecíveis. Na entrada, anjos
mal-encarados com lanças cruzadas uma à outra não
permitiam a passagem. Os anjos de Deus lhes avisaram
que o rei deles não mandava mais ali. Estavam vencidos
totalmente, caíam à luz dos anj os de guerra. Tentavam
reagir. Os anjos de Deus os venceram. Um anjo, no meio
das lutas, voou e pôs as chaves e saiu abrindo as portas
e soltando as cadeias da morte. Foi um gozo indizível. O
lugar de tormentos, onde estavam os justos, começou a
crescer, suas labaredas começaram a invadir o ex-Seio
de Abraão. Eles gritavam no meio do fogo e do fumo.
Rompiam-se abismos, paredes caíam e foi uma correria.
Lanças de um lado e anjos caídos de outro. Foi uma
tomada de postos. O impostorestava arruinado. Seus
anjos guerreiros não estavam conscientes. Estranhavam,
pois ninguém descia para avisar-lhes. Não passava pela
cabeça deles que os demais estavam nocauteados, pois
Jesus havia exposto ao vitupério o poder do líder deles,
na cruz. Os demônios e os anjos do Hades se digladiaram
na mais terrível das batalhas espirituais. Os efeitos da
cruz começavam a ser visíveis nas regiões celestes e no
abismo, nas profundidades da Terra e em todo lugar.
Prenderam e ataram a todos os carcereiros demônios
e os lançaram no Abismo que ficava lá embaixo. Os
anjos que assistem diante de Deus saíram do trono para
assistir ao Filho. Foi feito como um corredor de anjos,
desde o Hades até a passagem nas Regiões Celestes.
Este era o momento do discípulo Arimatéia. Alguns
nascem para fazer uma única coisa, mas que beneficiará
todo o Reino. O sepulcro tinha que ser emprestado. Ele
ficaria livre novamente. Se outro houvesse sido posto
ali anteriormente, não lhe serviria. A forma como eles o
enrolaram determinaria a sua fé, nahora da ressurreição.
307
2 3 :5 3
Eles deveriam estar ali para ver: pois ele sairia de dentro
do lençol Sem desenrolá-lo. O verdadeiro semita estará
sepultado na rocha, pois rocha é o significado de Sem. Ele
mesmo era a rocha (1 Co 10:1-3)
Lucas 23:53: E, havendo-o baixado,
envolveu-o em um lençol, e o colocou
em um sepulcro lavrado em um a penha,
no qual ninguém havia sido posto ainda.
fls 53:9; Mt 27:57 Ó0j
O Senhor do Sábado deveria passar todo
aquele dia no repouso
Lucas 23:54: E era o dia da Preparação, e já
amanhecia o sábado. M27:ô2)
Este verso nos mostra que elas sabiam de que forma
o seu corpo havia sido enrolado no lençol. E este é
grande segredo da sua ressurreição, pois, quando ele
ressuscitou, o lençol ficou intacto. Por isso, quando os
discípulos o viram, creram. Ele saiu de dentro dele como
uma cigarra que troca de camada
Lucas 23:55: E as mulheres, que o tinham
acompanhado desde a Galiléia, seguiram
após eles e viram o sepulcro, e como foi pos­
to O SeU COrpO. (Lc23:49>
Como elas haviam perdido a oportunidade de ungi-lo
vivo, agora participarão de um grande desperdício de
dinheiro e especiarias. Pois, antes que elas cheguem, ele
se levantará da morte (Mc 14:3-9)
Lucas 23:56: E elas voltaram e prepara­
ram especiarias e unguentos; e, no sába­
do, repousaram, segundo o mandamento.
(Mc 16:1;Êx 12:16; 20:10J
L u c a s, c a p ítu lo v in te e q u a tr o (2 4 )
O primeiro dia era um sábado e o segundo dia é um
domingo:Jesus ressuscitou e apresentou-se a seus
discípulos; depois ficou oito dias sem vê-los. Ele deixou
passar todos os dias dos pães ázimos, sem fermento:
Levítico 23:7: “O primeiro dia será de santa convocação
enãofareisnenhum trabalho servil”. O sétimo dia:
Sábado. Sete dias de ofertas queimadas. Somente
depois desse último dia da Festa dos Pães Ázimos, ele
se revelou para os seus discípulos de forma categórica,
desafiando a Tomé ÇJo20:19-26), mostrando parte
de seu corpo como prova de sua ressurreição. Então,
assim compreendemos que a Festa dos Pães Ázimos,
sem fermento, significa a ausência de Cristo, afim de
revelar a nossa pobreza, incerteza e desamparo, que
termina com a sua revelação ressurreta e definitiva (At
1:3): Levítico 23:8: “E oferecereis ofertas queimadas
ao SenhorJeová nesses sete dias. O sétimo dia será de
santa convocação e nele não fareis trabalho servil”.
A Festa das Primícias - também conhecida como (a)
Festa das Semanas (Êx34:22; Dt 16:9; Lv23:16), que
LUCAS 2 4 :1
era celebrada durante sete semanas, ou por cinqüenta
dias após a realização da Páscoa, e o seu último dia era
chamado de (b) Pentecostes. Refere-se àglorificação e à
apresentação de Cristo diante do Pai, quando o Espírito
Santo foi enviado como efeito dessa glorificação (Jo
7:38,39). Esta festa é um memorial da promulgação do
Pacto do Sinai, e marca o fim da colheita de trigo - que
lembra o Grão de trigo (Cristo) que foi semeado (cruz)
e colhido pelo Pai (na sua ascensão); razão pela qual
Jesus ainda permaneceu na terra com os seus discípulos,
depois de sua ressurreição, mais quarenta dias (At 1:3).
Êxodo 23:16: “E também a Festa da Ceifa das Primícias
de teus labores, do que houveres semeado no campo;
e a Festa da Colheita, no término do ano, quando
acabares de recolher o que semeaste ”. As primícias são o
reconhecimento do fazendeiro de que Deus é o dono de
tudo, pois ele apenas semeou - o orvalho, a chuva, a lua, o
sol, o clima, a terra, tudo pertence ao Senhor. As primícias
são os primeiros frutos da terra. Devem ser trazidos
para a casa do Senhor como sinal de temor a Deus (Dt
14:23). As primícias não se estocam nem se descontam
na fonte, devem ser trazidas voluntariamente ao altar.
Êxodo 23:19: “As primícias (“os primeiros frutos”) de
teu campo trarás para a casa do Senhorjeová, teu Deus”.
Levítico 23:9-10: “E falou o Senhorjeová a Moisés,
dizendo: “Dize aos filhos de Israel: Quando tiverdes
chegado à terra que eu vos prometi dar, ao recolherdes a
vossa colheita, trareis um ômer (“duzentos e vinte e dois
litros”) de espigas, os primeiros frutos (“as primícias”)
de vossa colheita, ao sacerdote. Este texto é um dos mais
preciosos dentre aqueles que revelam os princípios da
ressurreição de Cristo! Observar que o movimento da
oferta (dando vida) é feito na manhã seguinte ao sábado.
Isto é, o movimento é feito no domingo pela manhã, algo
que revela claramente os movimentos da ressurreição de
Cristo, fato que explica a razão pela qual era necessário
que a pedra do sepulcro se movesse, mesmo que seu
corpo pudesse traspassá-la. Eranecessário o movimento,
e a pedra foi um símbolo testificador deste mover. Porque
ele era as primícias dos que dormem (1 Co 15:20), e,
como tal, não poderia ser tocado por ninguém antes
de sua apresentação diante do Pai: Levítico 23:11: “E
ele levantará as espigas (“ômer”), balançando-a como
oferta diante o Senhorjeová, para que vos seja propício
(“aceito”). O sacerdote a moverá namanhã seguinte
do dia de descanso” (“shabat”). Agora chega a hora da
verdade a respeito da crítica feita por Judas à Maria, na
ocasião em que ungiu Jesus antecipadamente para a
sepultura, poisas outras Marias se dirigem à sepultura na
madrugada daquele domingo para embalsamar o corpo
de Cristo. Mas ele não estava ali, pois havia ressuscitado;
por outro lado, a justiça deveria serfeita quanto à atitude
daquela Maria que havia ungido a Cristo antesdesua
morte. Assim, todas as outras Marias entenderiam
que o desperdício era delas e também entenderiam,
finalmente, a atitude daquela Maria, contra quem todos
se iraram naquele precioso dia de seu testemunho de fé.
Dias passarão, mas a verdade será finalmente revelada
Lucas 24:1: Mas, no primeiro dia da se­
mana, durante a madrugada, elas vieram
ao sepulcro, trazendo as especiarias que
308
24:2 Lucas
haviam preparado, e algumas outras com
elaS. (Lc23:56j
Os gnósticos dizem que perdoam a Cristo, pois escrevem
que Jesus jamais morreu e que sua ressurreição foi
uma mentira, porque a sepultura estava aberta sem
necessidade... Asepultura estaria aberta por causa da
gentileza de Cristo para com as mulheres. Ele deveria
deixar bem claro que havia ressuscitado, pois não havia
necessidade de tê-la aberto, se os céus não soubessem que
os vasos mais frágeis queriam entrar ali; assim, teriam um
testemunho claro a respeito de seu próprio testemunho
Lucas 24:2: E acharam a pedra removida
dosepulcro.
Como as Marias entrariam ali? Deus cooperava com
elas para abrir-lhes a porta daquilo que lhes parecia
um mistério e uma impossibilidade; para os vasos
mais frágeis, que não tinham medo de ir ao cemitério
à noite, seria uma bênção, enquanto homens fortes se
escondiam de medo no Cenáculo. O sepulcro estava bem
guardado por centúrias; eram soldados acostumados
à guerra, liderados por homens honestos como o
centurião. Caso acontecesse alguma tentativa de roubo,
eles saberiam como impedi-lo. Os próprios soldados
deram testemunho de sua ressurreição, pois eles, e
não os discípulos, foram testemunhas oculares de sua
ressurreição, e, com riqueza de detalhes, a relataram aos
príncipes dos sacerdotes. Vestido de Sumo Sacerdote,
saiu de Emaús com todos os santos e foram transportados
para a Cidade (Hb 12:22-24). Antes haviam se reunido
perto do monte das Oliveiras e se prepararam para ser
transportados. As milícias do Norte, Sul, Leste e Oeste
(Zc 1) os escoltavam. Subiam como mergulhadores que
vêm em direção à luz da superfície, em dia de sol bem
aberto. Os cânticos eram os mais lindos. Respondiam um
ao outro. Os anjos ajudavam. Anjos batedores abriam,
em forma de corredor quase interminável, o caminho
para que eles passassem. Lá em cima, a Cidade Celestial
irradiava luz pelas portas de pérolas. Eram como doze
luas cheias brilhando no firmamento. Ali já estavam
os espíritos dos justos aperfeiçoados. Agora iria entrar
a Igreja dos primogênitos (Hb 12:23,24) na cidade de
Deus. A Igreja dos primogênitos era a reunião de todos
os justos que saíram do Hades com Jesus e que agora,
transportados por ele, desde as partes mais baixas da
terra, iriam entrar na cidade. A cidade se preparou para
eles. As portas de pérolas se abrem para cima, como
bolas que se levantam. Do lado de fora, e de dentro,
se cantava um único hino. Era o Salmo 24: “Levantai,
ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas
eternas, e entrará o Rei da glória”. Os anjos em coro
cantavam, perguntando: “Quem é o Rei da glória”. Em
coro, respondiam os santos que iam entrando. “O Senhor
forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra”
Lucas 24:3: E, entrando ali, não acharamo
corpo do SenhorJesus.
Anjos estavam ali aguardando os acontecimentos.
Naquele momento, no mundo espiritual, havia um
grande tráfego de anjos
309
24:5
Lucas 24:4: Eaconteceu que, estando elas
sumamente perplexas por causa disto, eis
que doisvarões sepuseramjunto aelas, com
vestiduras resplandecentes, (m i.-io,-12-.7)
(A) O Vivente entre os mortos: Ele não poderia
permanecer ali entre os mortos. Na Lei havia uma
cláusula que dava direito de ressurreição àquele que a
cumprisse. Comojesus cumpriu a Lei, passou a ter este
direito (Lvl8:5;Rm 10:5,6). Assim,nemamorte, nem
a sepultura e nem o Hades poderiam detê-lo. O Vivente m
foi procurado entre os mortos pelas mulheres, assim
como as pessoas de hoje procuram o Cristo (1) nas festas
mundanas, (2) nas romarias, (3) nos congressos onde
a carne impera, (4) nas convenções onde os homens
esquecem que são nascidos de novo e usam meios
desleais e mundanos para tomar o lugar a que somente
homens eleitos de Deus têm direito, (5) nas reuniões
g
ecumênicas onde Deus é relativo e onde o caminho é
largo. (6) Nas “marchas parajesus” que mais parecem
disputas de poder, disputa com o Carnaval do mundo,
do que culto a Deus. Nesses lugares, o Vivente não pode
estar, mesmo que as Marias levem seus perfumes de
adoração. Onde estaráoVivente dentre os mortos?
Um tipo da sexta-feira e do sábado, dias do sacrifício e
do sepultamento de Cristo. (B) O terceiro dia é dia da
ressurreição. Uma nova celebração será feita. Leví tico
7:17: Nada poderá ser deixado para o terceiro dia; se
algo ficar, será consumido pelo fogo. No terceiro dia já
não será mais tempo de comer da carne do sacrifício
antigo, pois ele não está mais reputado como morto, mas
como sacrifício aceito e vivo - umtipoda ressurreição de
Cristo. Por isso, o autor aos Hebreus diz: “nãorestamais
sacrifício pelo pecado”, depois da ressurreição de Cristo,
pois o seu sacrifício foi perfeito, superior, eterno e único.
Ao comer do sacrifício, apessoaestá aceitando que Cristo
não ressuscitou, que a sua ressurreição é uma mentira, e
queainda continuamos nos nossos pecados (1 Co 15:18-
22); então teremos de oferecer anós mesmos como
sacrifícios pelos nossos pecados, o que, na verdade, não
pode ser feito, porque não temos tal competência. Ao
rejeitarmos o sacrifício de Cristo, estamos anunciado
que escolhemos levar sobre nós a nossa iniquidade,
o que é uma grande tolice: Levítico 7:18: Mas, se a
carne do sacrifício pacífico for comida no terceiro dia, a
oblação não será aceita. Não será imputada como oferta
em favor daquele que a apresentou e, inclusive, será
considerada como abominação. Quem a comer deverá
levar sobre si a sua iniquidade”
Lucas 24:5: E, estando elas muito atemori­
zadas e, tendo inclinado orostopara o chão,
eles lhes disseram: “Por que buscais oviven­
te entre os mortos?
A porta da sepultura aberta anuncia que a morte não
tem poder, não somente sobre o corpo de Cristo, mas
também sobre todos aqueles que crêem nele. O diabo,
através do ocultismo e do agnosticismo, apregoa que
a sepultura não deveria estar aberta, se ele poderia
atravessá-la com seu corpo ressuscitado. Mas ele não
24:6
viveu para si, viveu por nós; não morreu para si, morreu
por nós: Assim, não ressuscitou para si, mas para todos
aqueles que nele crêem! A porta da sepultura aberta era
uma necessidade, não para ele, mas para testemunho
daqueles que creram nele. Aquilo que poderia encerrar
o homem na sepultura era o poder do pecado. Este era
o cadeado que trancava e selava a sepultura. Mas ele
venceu o pecado! Assim, era necessária a pergunta:
“Onde está, ó morte, a tua vitória?” A sepultura aberta
era um testemunho para quem estáno mundo, e não
uma necessidade para quem está na terra. Procurá-lo
na sepultura é vão, pois o Vivente não está entre os
mortos, mas entre os vivos. A lembrança traz segurança:
A palavra falada dita por ele na Galiléia mostra a
antecipação do aviso dado a respeito da sua morte e
ressurreição. Mas eles estavam cegos; escamas de
incredulidade os dominavam. As palavras ditas na
Galiléia nos ajudam diante da morte em Jerusalém
Lucas 24:6: Não está aqui, mas eis que
ressuscitou. Lembrai-vos de como vos fa­
lou, estando ainda na Galiléia, m 17=22,23;
Mc 9:30,3 l;Lc 9:22)
O entendimento da necessidade de determinado
sacrifício na nossa vida mostra maturidade para
compreenderos planos de nosso Pai celestial. Somente
as pessoas obedientes e maduras compreendem seus
sacrifícios: “É necessário”. A sua morte nas mãos de
homens pecadores era um conjunto da impiedade dos
homens e da maldade do mundo negativo das trevas:
Homèns pecadores e a morte unidos com um fim.
Mas, nem a mão da morte nem as mãos dos homens
pecadores puderam detê-lo na sepultura. O terceiro dia
é profético em toda a Bíblia. Abraão conheceu o poder
do terceiro dia. Davi conheceu a justiça do terceiro dia.
Os discípulos de Cristo conheceram a glória do terceiro
dia. Alguns preferem sofrer três anos, três meses, mas
Jesus, como Abraão e Davi, optou por três dias! (2 Sm
24:13; lCr21:12)
Lucas 24:7: dizendo: É necessário que o
Filho do homem seja entregue nas mãos de
homens pecadores, e que seja crucificado,
e ressuscite ao terceiro dia”.
As mulheres têm muito mais capacidade para
lembrar detalhes do que os homens
Lucas 24:8: E lembraram-se das suas pa­
lavras. (Jo2:22)
Quem lembra tem poder. As mulheres se tornaram
as primeiras evangelistas pós-ressurreição. Elas
foram escolhidas por Deus para a grande obra da
evangelização. Apóstolos foram evangelizados por ela.
Por que há tanto preconceito contra o seu ministério
evangelístico? Na Ceia, estavam os doze, as mulheres
estavam fora. No Cenáculo, elas foram recebidas no
lugar onde não podiam entrar, e agora formavam quase
cento e vinte, e o resultado foi assustador
Lucas 24:9:. E, voltando do sepulcro,
Lucas 24:13
anunciaram estas coisas aos onze e a todos
os demais. (Lc24.-46j
Quando mulheres evangelizaram os apóstolos?
A Bíblia faz questão de dizer que eram mulheres as
que disseram estas coisas aos apóstolos
Lucas 24:10: EeramMaria Madalena, Joa-
na, Maria, mãe de Tiago, e as outras mulhe­
res que estavam com elas, as que disseram
estas coisas aos apóstolos, (ic8:1,3;
O preconceito dos apóstolos a respeito daquilo que as
mulheres diziam e o resultado de seu trabal ho:
A incredulidade dos homens
Lucas 24:11: Esuas palavraslhes pareciam
umdesvario, e não acreditaram. ílc24.-35j
Um homem foi averiguar as palavras das mulheres. Os
homens estavam trancados no Cenáculo, as mulheres
saíram de madrugada. Os homens estavam com medo,
as mulheres cheias de coração. As mulheres viram os
anjos e conversaram com eles, os homens não creram.
Que tipo de homens eram estes? Todos falam de Tomé,
mas Pedro somente creu quando viu. Por que Pedro
creu ao ver os lençóis? Porque estavam intactos. Assim
como os enrolaram sobre o corpo de Cristo, ele os viu.
Era o suficiente. Jesus havia saído do meio deles como
uma cigarra sai de sua velha camada, e o lençol ficou do
mesmo modo ali. Isto maravilhou a Pedro
Lucas 24:12: Mas Pedro, levantando-se,
correu ao sepulcro, e, inclinando-se, viu
apenas os lençóis de linho; e foi para casa,
maravilhado daquilo que havia aconteci­
do. (Jo20:31
O Vivente estava entre os vivos. Aqueles dois discípulos
deixavam a cidade e rumavam para o seu antigo labor.
Lucas, o médico, autor deste livro e Cleófas, seu
assistente. Dois homens letrados, inteligentes, discutiam .
a respeito dos últimos acontecimentos. A discussão
sincera atraiu a atenção de Jesus, já ressurreto. Aqueles
onze quilômetros se tornariam o espaço mais curto para o
entendimento do Antigo Testamento explicado pela boca
do próprio Verbo de Deus, a Palavra sendo explicada peia
boca de Deus! Que Curso Teológico intensivo!
Lucas 24:13: Eeis que dois deles, naquele
mesmo dia, iampara uma aldeia, chamada
Emaús ( “á g u a s q u e n t e s ”) , que distava de
Jerusalém sessenta estádios ( “o n z e q u ilô ­
m e t r o s ”). (Mc 16:12)
Aquilo que conversamos pode atrairapresença de
Cristo. Ele avisou: Onde estiverem dois ou três reunidos
em meu nome, ali estarei no meio deles, mas eles haviam
esquecido deste detalhe. Pessoas sem esperança tratam
do passado; pessoas sem esperança crêem no passado;
pessoas sem esperança vivem do saudosismo
24:14 Lucas
Lucas 24:14: E conversavam entre si a
respeito de todas essas coisas que haviam
acontecido.
Dois ou três reunidos em meu nome atraem a pessoa
de Cristo através da sua Palavra. Como é difícil quando
todos têm perguntas e ninguém tem resposta
Lucas 24:15: E ocorreu que, enquanto
eles falavam e perguntavam um ao outro,
o próprio Jesus se aproximou, e caminha­
va com eles. (Lc24:3ó)
A conversão de Saulo revela que há escamas nos
olhos dos homens que som ente Deus pode tirar.
Estas escamas são embargos, são bloqueios para
a compreensão do Evangelho de Deus. Assim
como jornalistas, radialistas e comunicadores
discutem entre si sem ter respostas, ou opinando
entre eles e demonstrando sua ignorância, eles iam
naquela poeirenta estrada de Emaús. Eles mesmos não
se satisfaziam
Lucas 24:16: Mas os olhos deles estavam
embargados, para que o não reconheces­
sem.
Ele pergunta, como quem diz: “Quem disse que
conhecem o Verbo? Que palavras são estas que ousais
dizer? Como vos atreveis?” Eles mostraram como é a
condição do homem sem o Evangelho ressurreto de
Cristo; o episódio mostra a condição do homem sem
Jesus: Sem respostas e detido na sua tristeza
Lucas 24:17: E ele lhes disse: “Que di­
álogos são esses que tendes entre vós,
enquanto caminhais? E por que estais
tristes?” E eles se detiveram.
Aqui entendemos o poder do Evangelho de Cristo:
Todos na cidade ficaram sabendo a respeito da morte
de Cristo. Foi o assunto mais comentado naqueles
dias. Somente um recém-chegado forasteiro poderia
estar tão desinformado de todos os acontecimentos.
Mas ele era um recém-chegado! O recém-chegado a
Jerusalém havia sido o protagonista de toda aquela
história. Como o recém-chegado chegou? Ele não
sabia daquelas coisas, ele era a causa de todas aquelas
coisas! Observe o poder de ser um recém-chegado: Ele
não faz daquele passado o centro de seu assunto. Ele
tem um novo objetivo a partir daí. Ele vem para iniciar
uma obra a partir da sua chegada. O passado não influía
mais no coração do recém-chegado. O recém-chegado
tem outros assuntos
Lucas 24:18: E umdeles, chamado Cleó-
pas, respondendo, disse-lhe: “És tu o úni­
co recém-chegado a Jerusalém, que não
sabes as coisas que nela ocorreram nestes
dias?” iJo 19:25}
O recém-chegado quer saber quais coisas. O recém-
311
24:21
sURHmI
chegado já não era mais o simples Jesus Nazareno, ele
JCAS Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas Lucas
era agora o Cristo ressurreto. Não era mais um simples
profeta, era a própria Palavra revelada; não era mais um
homem comum, era Deus no corpo humano ressurreto.
Não estava mais condicionado àquela vida humana que
o prendia, mas à liberdade daquele que triunfou sobre
a morte. Não era mais um simples homens cheio do
Espírito Santo de Deus, poderoso em obras e em Palavra;
mas tinha todo o poder nos Céus e na Terra, era o Verbo
de Deus ressurreto, o Verbo cumprido, o Verbo vivido, o
Verbo experimentado e aprovado
Lucas 24:19: Então ele lhes perguntou:
“Quais coisas?”Eeles lhe disseram: “As coi­
sas relacionadas a Jesus, o Nazareno, que
foi profeta, poderoso em obras e Palavra,
diante de Deus e de todo o povo; ( M 2 i : ii ;
Lc7:16; 13:33;At3:22}
Ele foi entregue pelos sacerdotes no altar fora da porta
como Holocausto em favordos pecadores (Is 53). Quem
mais teria tal poder para apresentá-lo? O problema deles
não foi apresentá-lo, mas sim não crer que ele era o
Cordeiro de Deus que tirava os pecados dos homens. O
Cordeiro de Deus deveria morrer, mas tinha poder para
expiar o pecado daquele que o oferecia, em seu lugar,
mas eles não creram: Mas a todos os que nele creram,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus. O
problema não era entregá-lo, o problema era não crer na
sua morte expiatória (D t21)
Lucas 24:20: e como os príncipes dos sa­
cerdotes e nossos governantes oentregaram
paraque fosse condenado àmorte, e o cruci­
ficaram. (Lc23:13}
Crernão é bastante: Devemos saber como cremos e em
que cremos. Eles criam no Cristo político, mas não no
eterno Rei. Eles criam no Cristo social, mas não no Cristo
beneficente. Eles criam no Cristo histórico, não no Cristo
profético. Eles criam no Cristo marqueteiro, não no Cristo
santo. Eles criam no Cristo imperador, não no Cristo servo
- esse era fraco e não dava ibope. Eles criam no Cristo líder
mundial, não no Cristo guerreiro contra as injustiças dos
homens e não contra as injustiças religiosas. Eles criam
no Cristo remidor de Roma, não no domínio do Cristo
libertador de Satanás. Realmente, eram dignos de pena.
Teriam de esperar mais de dois mil anos...
Lucas 24:21: E nós esperávamos que
seria o remidor de Israel; mas este já é o
terceiro dia desde que essas coisas acon­
teceram. (Lc 1:68}
Eles rejeitaram a mensagem, porque creram que o
canal da mensagem era indigno. Mas o que era mais
assombroso: Uma mulher de madrugada no cemitério
ou homens preconceituosos ao verem as mulheres se
redimirem do seu passado no Éden. O que era mais digno
de fé? Um fruto oferecido a Adão ou uma mensagem de
restauração e de vida eterna?
24:22 Lucas
Lucas 24:22: E também certas mulheres
dentre nós nos deixaram assombrados, as
quais, ao amanhecer, foram ao sepulcro;
(Mt28:1;Lc 24:9,10}
O que era melhor? Ter visto o corpo? Ter visto os anj os?
Ter ouvido uma mensagem angelical de ressurreição? O
que queriam aqueles jovens?
Lucas 24:23: e, não achando o seu corpo,
voltaram, dizendo que tinham visto uma
visão de anjos, os quais disseram que ele
vive.
Como eles o veriam, com estes olhos que vocês
estão usando? Como o queriam ver? Eles mesmos se
denunciavam. Falavam com ele e não o viam. O problema
não é o poder com que Cristo se revela, mas os olhos que
o contemplam. Se estiverem cheios de escamas, jamais
o verão, mesmo que alguém ressuscite dentre os mortos
(Lc 16:31; At 9:8,18). Quando algumas pessoas véem
o mundo físico e o mundo espiritual, ao mesmo tempo,
é porque Deus o permite, mas no caso dos discípulos,
Jesus estava se revelando claramente, no mundo físico.
Não aconteceu do mesmo modo ao que aconteceu com
Agar ou com o jovem de Eliseu. Em ambos os casos, seus
olhos foram abertos para que vissem o mundo espiritual.
No caso dos discípulos, Jesus estava revelado no mundo
físico, em corpo ressurreto! Quando Deus abre os olhos
de uma pessoa para vero mundo espiritual e o mundo
físico, ao mesmo tempo, é porque tem um propósito
especial. Até a jumenta de Balaão passou por esta
experiência, mas no caso dos discípulos, a presença de
Cristo era real. Quando Deus criou Adão e Eva, criou-os
podendo ver o mundo físico isoladamente do mundo das
trevas. Refiro-me ao conhecimento do mal, independente
de Deus. Gênesis 3.5,6 revela queSatanás queria que
os olhos da alma do homem fossem abertos para que ele
visse o mundo espiritual. O obj etivo daquela tentação
era a adoração a Satanás, apossessão, a ilusão. Então, é
porisso que Satanás dissea Eva: “Serão abertos vossos
olhos”?Satanás quer que oshomensbusquemasua
independência, em relação a Deus, em tudo. Os homens
foram criados com a capacidade de verfisicamente e
a revelação de Cristo, depois da sua ressurreição, não
requeria este tipo de fé, mas a lembrança da comunhão
que tinham antes. Era simples. Não se tratava do mesmo
que aconteceu com Agar e o jovem de Elizeu. Naqueles
casos, os olhos da alma seriam abertos quando os olhos
do espírito, o discernimento espiritual, fossem abertos.
Adão aceitou ver o mundo espiritual, independente de
Deus. Este tem sido o problema da humanidade até o dia
de hoje. Por meio de feitiçaria, Satanás leva o homem
a conhecerilusoriamente o mundo espiritual, irreal.
Por isto, as drogas, a bebida e as seitas preferem levar
o homem a um estado de mente, propiciando-lhe a
revelação de um mundo espiritual enganoso e ilusório,
como também abre portas para a possessão demoníaca.
Este é o fim de suas obras: Abrir os olhos da alma para que
eles vejam o mundo espiritual, independente de Deus.
Isto quer dizer que algumas pessoas realmente não vêem
312
24:26
fisicamente o que dizem estarem vendo em suas visões
espirituais? Certamente que não. Dizem que vêem, mas
é apenas uma visão criativa da mente sob efeito de um
poder maior: Drogas, remédios, bebidas ou demônios.
Somente com a permissão de Deus uma pessoa pode
ver o mundo espiritual literalmente. Mas, no caso dos
discípulos, não dependia de Deus, dependia deles. Jesus
estava ali vivo, visível. Os olhos da alma, natural mente,
estão fechados, mas Deus deixou no lugar dos olhos
da alma, os olhos da fé; com eles se agrada a Deus de
maneira grandiosa. Ele se alegra quando os seus filhos,
em confiança absoluta nele, usam a sua fé para glorificar o
seu nome. A revelação de Cristo para eles, no seu mundo
físico, dependia de uma coisa: Comunhão, e a esta é
impossível sem fé
Lucas 24:24: E alguns dentre os nossos
foram ao sepulcro, e consideraram como
correto o que as mulheres haviam dito; mas
a ele não o viram”. (lc 24:/2,i
Jesus Cristo está ensinando um segredo: Se vocês
cressem naquilo que os profetas disseram, estariam
vendo o Cristo ressuscitado, agora! A revelação do fim
requer que creiamos nos meios. Queremos ver os sinais
de Deus, mas não cremos na palavra dos profetas
Lucas 24:25: Então ele disse-lhes: “Ó in­
sensatos e tardios de coração para crer em
tudo quanto os profetas falaram!
A mentalidade de Cristo a respeito do sofrimento era
que o este está no caminho para a glória
Lucas 24:26: Porventura não era neces­
sário que o Cristo padecesse estas coisas, e
entrasse na sua glória? ” /Mb2:io; / Pe t.-i1;
Cada parte da Escritura foi sendo explicada pelo
Verbo, sob nuvens de testemunhas. Era necessário
que ele fizesse assim, para testemunho no mundo
espiritual a respeito do papel de cada santo do Antigo
Testamento, a fim de coroar as suas obras cheias do
Espírito de Cristo, que neles apontava para Cristo
e para a glória que havia de seguir-se depois de sua
ressurreição. Cada palavra explicada pelo Verbo estava
sendo testemunhada no mundo espiritual. Assim, ele
começou desde Gênesis, da semente da mulher, da
semente de Abraão, da revelação de Cristo como Anjo
do Senhor e seguiu. Explicou toda a tipologia que o
envolvia, os tipos pessoais, os tipos circunstanciais, os
tipos minerais, os tipos nacionais, os objetos tipológicos,
os tipos dos estatutos e leis. Então, ele foi explicando
todos os aspectos da revelação do Filho em todos os
Escritos, os tipos que falavam do mistério escondido,
da dispensação do mistério, dos tempos da unidade
absoluta.Jesus foi explicando-lhes o mistério no seio
do Pai, quando ainda era Capitão dos Exércitos, como
Anjo dejeová. Desde Gênesis 3:15, desde a semente da
m ulhereasua coexistente alma. Passou por Levítico,
seus tipos e elementos, altares e Tabernáculo; explicou
a sua linhagem sacerdotal em Melquisedeque. Faiou
dos períodos do ministério de Cristo e, especialmente
24:27
de seu ministério terreno (os sinais, a tentação do
diabo, o segredo de sua vitória, e o que o capacitava,
como ele utilizava o poder do Espírito Santo); falou-lhes
da mensagem de seu ministério, do Reino de Deus,
e de sua autoridade no ensino; falou do fim de seu
ministério terreno, até chegarnaquela quarta-feira,
na ceia da Páscoa, finalizando com o ensinamento
do sacerdócio de Melquisedeque. Falou dos juízos
religiosos e civis, de seus erros, baseados na Lei em
Deuteronômio. Lembrou de Pilatos e o seu ato de lavar
as mãos, que estava registrado em Deuteronômio 21.
Falou-lhes do ministério da sua morte e do Hades, do
simbolismo do poder de Eliaquim e de Sebna, narrados
por isaías. Não deixou de explicar-lhes a tipologia
no Antigo Testamento e a respeito do trono de Deus,
baseado na Arca. Falou-lhes dos objetos da redenção,
das profecias messiânicas. Falou-lhes dos seus títulos
como Rei, Sacerdote e Profeta, baseado na vida de Davi;
da tipologia da redenção efetuada e seus aspectos,
segundo o texto de Levítico 25. Ensinou-lhes os aspectos
de Cristo no Evangelho: Desde a sua tipológica morte,
baseado em Êxodo, na expiação em favor dos homens
e da santificação, baseado em Levítico, e ainda falou-
lhes do cumprimento do ofício de sacerdote, baseado
em Arão e em Davi; do sangue, baseadoem A belenos
cordeiros imolados; da inauguração da cidade, baseado
na fé de Abraão e nas verdades que envolviam a Cidade
de refúgio; os justos no Hades, baseado na doutrina de
Jó; dos punhados da oferta como dízimo e primícias
dos que vivem; da vitória sobre Satanás, baseado em
Mardoqueu; o cumprimento de sua vitória sobre o
mundo e sobre a carne, baseado em Sara e Abraão; falou-
lhes da sua Igreja já edificada, baseado em Ezequiel
31:11, e da ressurreição de Cristo, baseado na vara de
Arão que foi depositada e que floresceu, e na prisão e
libertação de Daniel na cova dosleões; falou-lhes de
seu trabalho sacerdotal diante do trono, baseado no
Tabernáculo de Davi e no Tabernáculo de Gibeão; faiou-
lhes dos quarenta dias de seu regresso e da reintrodução
na terra para libertar o seu povo, baseado em Moisés;
falou-lhes da sua ascensão e de seu repouso, baseado
na nuvem do Tabernáculo e no arrebatamento de Elias;
falou-lhes da vitória sobre todos os seus inimigos, de sua
submissão diante do Pai, baseado em Isaque; falou-lhes
de todas estas coisas, baseado nos textos proféticos.
Foi a aula mais concorrida da História, onde o Verbo
explicava o próprio verbo
Lucas 24:27: E, começando desde Moi­
sés, e todos os profetas, ia-lhes interpretan­
do em todas as Escrituras as coisas referen­
tes a ele mesmo. (Gn3:l5;Nm21:9;Dt 18:15; ls7:14;
9:6:40:10, i l;cap. 53; Ez34:23; Dn 9:24;Mq7:20;Ml3:lj
Ele fez que ia mais longe para ver o interesse deles
Lucas 24:28: Ese aproximaram da aldeia
para onde iam, e ele fez como quem ia mais
longe. (Mc6:48)
Ele deseja que sintamos a sua falta, pois asua presença
nos cobre, nos abençoa, e ele quer estar conosco. Mas
Lucas 24:31
nos atrai para o corpo inteiro; não aceita que vivamos em
grupinhos, independentes do seu corpo comum. A sua
presença ali com eles tinha um fim: Atraí-los para o corpo
Lucas 24:29: Eeles insistiram com ele, di­
zendo: “Fica conosco, porque chegamos à
hora da tarde, e o dia já declina”. E entrou
paraficar com eles.
Mas ainda não estavam com os seus olhos abertos; ainda
não o reconheciam. Isto quer dizer que saber notícias
sobre ele não abre os nossos olhos; conversar com ele não
abre os nossos olhos; discutir com ele não abre os nossos
olhos; sentir a chama ardendo no coração, por causa
de sua presença, não abre os nossos olhos; conhecer
as revelações registradas nas Escrituras não abre os
nossos olhos! O que abre os nossos olhos para vê-lo? A
comunhão da sua mesa e o partir do pão
Lucas 24:30: Eaconteceu que, estando ele
reclinado com eles à mesa, tomou o pão e
o abençoou, e, partindo-o, distribuiu entre
e l e s . (Ml 14:19)
Jesus foi ao Hades como novo-nascido, aquele que
já não morre. A morte já não tinha poder contra ele.
Por isso, era impossível permanecer no Hades. Sua
alma ressuscitou em esperança porque ele era um
novo-nascido; o selo do Pai estava nele, do qual todos
os regenerados são partícipes (Ef 1:13-14;Jo ó:27; 2
Co 5:1 -10). Este selo está intimamente relacionado à
nossa ressurreição. Quando Jesus chegou ao Hades,
os justos viram diante deles a realização da esperança.
Jó disse: “ Acaso descerá comigo até as portas do Seol”
(Jó 17:16a). O caso particular de Cristo: (1) Seu espírito
, ele entregou ao Pai. (2) Sua alma foi ao Tabernáculo
Celestial, e depois foi ao Hades. (3) Seu corpo ficou na
sepultura, esperando a ressurreição. O que aconteceu
depois da morte de Cristo? Basicamente, de todos os
que morrem, sua alma é levada do corpo. Sua alma
enfrenta (1) a região da sombra da morte. Ninguém
consegue passar por esta região sem o sinal da fé (Lc
16:22). Este lugar é tão horrível como o próprio Hades.
Tanto justos como ímpios passam por esta região.
Somente com a ajuda pessoal dos anjos de Deus a
pessoa passa para o outro lado, hoje, a Novajerusalém
, antes da morte de Cristo, o Seio de Abraão. Assim, os
ímpios que não contam com esta ajuda são entregues
ao lugar de tormentos. Antes da morte de Cristo, este
era o trâmite contínuo, até a morte e a ressurreição
de Cristo, Jesus tomou a todos os justos que estavam
no Paraíso (ou Seio de Abraão) e os transportou para
a Novajerusalém Celestial. Porém, mesmo depois
da sua morte e ressurreição, os ímpios continuam
indo a este lugar de tormentos (Hb 12:22-24). Os
nossos olhos são abertos quando estamos na sua mesa
e contemplamos o partir do pão da sua comunhão.
Ninguém parte o pão como ele. Muitas coisas são fortes
como a doutrina, mas a comunhão tem poder para
revelar o Senhor Jesus
Lucas 24:31: Com isso foram abertos os
24:32
olhos de ambos, e eles o reconheceram; mas
ele desapareceu diante deles.
Sentir a sua presença no coração não é tudo, quando
ainda não o reconhecemos! Muitos buscam “sentir” a
sua presença, outros querem a sua comunhão na m esa- e
porisso o veem, e o contemplam!
Lucas 24:32: E disseram então entre si:
“Porventura, não ardia o nosso coração
dentro de nós enquanto pelo caminho nos
falava, enquanto nos abria as Escrituras?”
Estaronde o Corpo de Cristo está é mais importante do
que manter nossas idéias independentes. Ir ajerusalém
era muito mais conveniente para eles, pois ali eles o
veriam, e com ele comungariam. Sua revelação em
Emaús os conduziu ajerusalém. AU estavam apenas
os onze, sem Judas. As mulheres fariam parte deste
grupo, agora, pois este privilégio foi garantido por
testemunharem a ressurreição de Cristo. Em Atos, serão
em quase cento e vinte. Em menos de dez dias, eles já
eram dezvezes mais!
Lucas 24:33: E, levantando-se naquela
mesma hora, voltaram para Jerusalém, e
acharam os onze congregados, e os que es­
tavam com eles; /a u .-m í
Eles também tinham noticia. Ele havia estado com eles
horas e horas! Eles tinham conhecimento de muitas coisas
que os discípulos ainda não sabiam: Lucas e Cleófas
Lucas 24:34: os quais lhes diziam: “O
Senhor ressuscitou verdadeiramente, e já
apareceu a Simão”. // co is®
Que reunião aquela! Que mensagens não
receberam! Eles contaram tudo aquilo que
Jesus lhes havia dito no caminho
Lucas 24:35: E eles então contaram o que
lhes acontecera no caminho, e como ele fora
reconhecido por eles no partir do pão.
E se cumpriu o quejesus havia dito, que todas as vezes
que eles estivessem reunidos, em dois ou três, ou em
mais, ele estaria no meio deles. Eles precisavam de paz,
no meio daquelas circunstâncias terríveis
Lucas 24:36: E, enquanto eles falavam des­
tas coisas, o próprioJesus se pôs de pé no meio
deles, e disse-lhes: “Pazsejaconvosco!”
O terror não traz paz, mas Jesus é a paz. Ele era a paz
que estava com eles, pois falavam da sua Palavra. Eles
não veriam nenhum espírito! Eles seriam cheios do
Espírito Santo, elogo já não o confundiriam. Algumas
vezes eles pensaram que ele era um espírito. Outras
vezes pensaram que era um jardineiro. Outra vezes
pensaram que era um peregrino forasteiro! Quando,
verdadeiramente, o reconheceriam?Já lhes fazia falta o
batismo com o Espírito Santo
LUCAS 24:42
Lucas 24:37: E eles ficaram espantados
e atemorizados, parecendo-lhes que viam
algum espírito. /mcóaoj
A Palavra Viva estava discernindo os pensamentos e
intenções de seus corações (Hb 4:12)
Lucas 24:38: Então ele lhes disse: “Por
que estais turbados, e por que sobem tais
pensamentos ao vosso coração?
Observe como Jesus descobriu a vestimenta de um
espírito e sua fraqueza. Ele estava ali em corpo. Ele
estava dando a ele a oportunidade deveras suas mãos,
sem o juízo da sua segunda vinda, quando Israel,
em meio a grande tribulação, vai querer ver as suas
mãos, ao perguntar que feridas são aquelas? Estava
mostrando-lhe as mãos em tempo de graça, e não em
juízo
Lucas 24:39: Vede as minhas mãos e os
meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me
e vede, porque um espírito não tem carne
nem ossos, como vedes que eu tenho”, oo
20:27)
Estava curado em poucos dias. O poder de recuperação
do corpo de Cristo é grande. O poder perdoador e de
sanidade de seu corpo é incomparável
Lucas 24:40: E, dizendo isto, mostrou-
lhes suas mãos e seus pés.
O corpo da ressurreição não digere, queima. Os
alimentos não são desfeitos por digestão, mas por
combustão (2 Co 5:1-5). Ele mostra várias coisas
peculiares ao mundo espiritual. Ele mostra que espírito
não tem corpo, mas também mostra que o corpo
ressurreto come alimentos
Lucas 24:41 : E, ainda assim, não criam,
por causa do gozo; e, estando maravilha­
dos, disse-lhes: “Tendes aqui alguma coísa
para comer?” (jo2i:5j
O que restou de um peixe e o mel ainda no favo foi-lhe
dado. Eles ficaram envergonhados! Três anos a serviço
de Cristo, e tendo vários ex-pescadores entre eles, e
pouco tinham para oferecer-lhe. Ele não reclamou e
comeu. Mesmo estando ao serviço do Mestre, ainda
que nas grandes necessidades, algo de alimento e um
pouco de sobremesa doce podemos desfrutar. Mas
eles não entenderam isto, e, ao comando de Pedro,
deixaram o ministério e foram pescar
Lucas 24:42: Então lhe deram parte de
um peixe assado, e um favo de mel.
Jesus outra vez esteve no meio deles e fez-lhes a mesma
pergunta: “Tendes algo de comer?” (Jo 21). Agora, eles
tinham abandonado o ministério, segundo a própria
decisão de cada um. A resposta deles foi assustadora:
“Nada tem os”. Sem Jesus, e fora de sua obra, mesmo
314
24:43 Lucas
sendo capazes pescadores, nada teremos a oferecer
Lucas 24:43: E ele os tomou, e comeu
diante deles, (a u o -au
Os discípulos que estavam a caminho de Emaús haviam
participado daquelas revelações, e agora as ouviram
novamente. Os detalhes do cumprimento da profecia:
(1) que ele nasceria da semente de uma mulher (Gn
3:15); (2) Que ele nasceria segundo a semente de Abraão
(Gn 12:3); (3) que ele seria da tribo dejudá (Gn 49:10);
(4) que ele seria da casa de Davi (2Sm 7:12); (5) que ele
nasceria de uma virgem (Is 7:14); (6) que herdaria o trono
de Davi (2 Sm 7:11-12); (7) que o seu reino seria eterno
(Dn2:44; 7:14); (8) que ele seria chamado o Emanuel (Is
7:14); (9) que ele nasceria em Belém (Mq 5:2); (10) que
eleestarianoEgito(Nm24:8; Os 11:1);(1 l)que,porseu
nascimento, os bebês sofreriam um massacre (Jr31:15);
(12) que ele seria chamado Nazareno (ls 11:1); (13) que
ele teriazelo, por amora seu Pai (SI 69:9); (14) que ele
seria cheio do Espirito Santo (SI 45:7; ls 11:2; 61:1); (15)
que ele seria gentil com os gentios (Is 9:1 -2), e muitas
outras profecias a seu respeito
Lucas 24:44: E disse-lhes: “Estas são as
minhas palavras que eu vos falei estando
ainda convosco: que era necessário que se
cumprisse tudo o que a respeito de mim es­
tava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas
e nos Salmos”. (Mt lô:21;Mc8:31;Lc9:22; 18:31j
O primeiro passo foi abrir os seus olhos para conhecê-
lo, em pessoa; agora, ele ensina que é necessário que
os nossos olhos sejam abertos sobrenaturalmente,
para compreendermos as Escrituras, o Verbo escrito.
Enquanto não tivermos os nossos olhos abertos para
compreender as Escrituras, não poderemos conhecer os
seus mistérios. Deste verso em diante, ele já teria estado
com eles quarenta dias (At 1:3). Depois desses dias, ele
veio despedir-se no mesmo lugar onde havia se revelado
anteriormente
Lucas 24:45: Então abriu-lhes a mente
para que compreendessem as Escrituras;
Os justos - e a sua alma: A alma dos justos até a
ressurreição de Cristo era levada ao “Seio de Abraão”.
Hoje, após a morte de Cristo, vai diretamente para
Jerusalém Celestial (Hb 12:23). Assim, a cronologia
dos eventos após a morte do justo é diferente. Vejamos
a trajetória do justo antes da morte de Cristo. A alma
na vida humana e terrena (no corpo). A sua salvação é
garantida pela fé. A sua confissão pública é demonstrada
através da cerimônia no altar e da invocação do seu
nome, conforme fizeram Sete, Enos, Noé, Jó, Abraão,
Moisés, Davi, e outros. Estes são chamados partícipes
da “Igreja dos Primogênitos” (Hb 12:22-24), porque
foram salvos pela fé, não por obras. Na sua morte: Sua
alma é levada até o Paraíso, no Hades, onde esperam
a vinda do Filho de Deus (Ef 4:9-10). A alma voltará ao
corpo, na ocasião da ressurreição dos justos, antes do
arrebatamento. Lembre-se que a primeira ressurreição
se divide em três partes: A tipologia (Enoque, Moisés
24:45
e Elias). Cristo, as primícias e a Igreja, antes do rapto
(1 Ts 4:13-18) incluindo os salvos durante a Grande
Tribulação, antes do Armagedon, juntamente com
as duas testemunhas (Ap 11:11-12).Naocasião
da ressurreição, a alma do justo voltará ao corpo e,
depois, nunca mais se separará dele. Por que os justos
eram levados, depois de mortos, à prisão do Hades,
juntamente com os ímpios (SI 88:10b, 11 a; Jó 20:17)?
O estudante da Bíblia deve considerar que o Inferno
não é o Hades. O Lago de Fogo é o Inferno, que ainda
não foi inaugurado. O Hades é diferente de sepultura,
mas também não é o “purgatório”. Outro detalhe que
os estudiosos da Bíblia devem considerar é que Satanás
não está no Inferno; não se deve mandar demônios
ou Satanás para o Inferno. Satanás habita nas regiões
celestes até o dia em que de lá for lançado por Miguel
e seus anjos (Ap 12:7-12). Isto quer dizer que as frases
evangelístícas de efeito, como: “nós vamos mandar o
diabo para o Inferno..”., “e o diabo chegou cheio de fogo
do Inferno”, como se ele pudesse entrar ali e sai r dali, são
loucuras. Segundo a Bíblia, no Armagedon, Satanás será
atado e lançado no Abismo. Ali ficará por mil anos (Ap
20:1-2). Depois será lançado definitivamente no Inferno,
após a última batalha de Gogue e Magogue (Ez fala de
duas batalhas, caps. 38 e 39: uma mil anos antes do trono
branco, e outra, no fim do milênio). Antes da morte de
Cristo na cruz, todos os mortos: justos e ímpios, estavam
sob as cadeias da morte no Hades; somente Cristo
poderia rompê-las com a sua vitória na cruz. O problema
não era somente a morte (At 2:31; Ap 2:17). O Hades era
também uma grande prisão. Sabemos que, em algumas
versões, o “inferno” é confundido, na maioria das vezes,
como Hades (termo grego) ou “Seol” (termo hebraico),
porque todos os ímpios e justos iam para lá, até a morte de
Cristo. Depois da morte e ressurreição de Jesus, os justos
foram transladados deste lugar à Nova Jerusalém (Hb
12:22-23). O Hades é um lugar intermediário, uma prisão
para os ímpios antes de seu julgamento final. Depois eles
serão penitenciados no Lago de Fogo (Inferno). Não é
um purgatório. Os justosnãonecessitavam purificar-se
na morte. Isto deveria ser feito em vida. Era um lugar
intermediário, não somente para os justos, mas também
para os ímpios, até à morte de Cristo; o texto diz quejesus
Cristo veio para “libertar os cativos e abrir a prisão aos
prisioneiros”, assim como, depois da sua ressurreição,
os justos foram transportados para o Paraíso de Deus, a
Novajerusalém. O Hades, conhecido erradamente como
“inferno”, mesmo com as suas divisões paraos justos,
ímpios e demônios, era um cativeiro. Quais os efeitos da
vitória de Cristo na Cruz? Porquejesus venceu a morte,
podemos crer na ressurreição, porque venceu o diabo,
podemos crer que o Hades jánão é mais uma prisão.
Aqueles que creem nele, não passarão pelo Hades. Até
a morte de Cristo, o Hades era uma prisão tanto para
ímpios como para justos, e de lá ninguém podia sair, a
não ser por ressurreição, direito reservado ao poder de
Deus (Lc 16.31). O ex-rico queria que Lázaro tivesse
permissão para sair do Hades e fosse pregar o Evangelho
a seus cinco irmãos, que ainda estavam vivos. Mas o seu
pedido foi negado. Abraão rompe o silêncio e vaticina,
dizendo: “Se Lázaro tivesse de sair daqui, deveria ser
através da ressurreição, mas de nada serviria”. Ninguém
24:46 Lucas
podia sair do Hades, a não ser através da ressurreição.
Por que Jesus não pregou um evangelho de salvação no
Hades? Porque depois da morte segue-se o juízo (Lv
25:31 -32). As casas em cidades muradas nos elucidam
melhoristo: Elas não podiam serresgatadas depois que
o ano aceitável passasse, isto é, depois de doze meses;
não poderiam ser resgatadas depois deste tempo. Isto
tipifica que depois que o homem morre, não tem mais
como resgatar a sua alma, a qual deve ser resgatada
em vida, pela confissão de fé no sacrifício de Cristo
em sua Graça, enquanto o homem está no corpo, em
vida na terra. Esta é uma lei espiritual. O que acontece
hoje com o justo quando morre? Vai direto para a Nova
Jerusalém (Hb 12:22-24). O que acontece hoje com o
ímpio quando ele morre? O homem sem salvação que
morre hoje vai diretamente para o lugar de tormentos,
no Hades, e permanece lá até que os mil anos do
governo de Cristo passem. O que aconteceu com o Seio
de Abraão? Foi desativado no Hades
Lucas 24:46: e disse-lhes: “Assim está
escrito, e assim era necessário que o Cristo
padecesse, e que ressuscitasse ao terceiro
d ia d e n t r e OS m O rtO S; (!s50:ó;Osó:2; 1 Co 15:3,4)
A Pregação e o Discipulado (Evangelismo e Missões):
A pregação do Evangelho é a maior instituição da
Igreja. É a ordem fundamental de Cristo. Ide e pregai.
Cada pessoa ganha para Cristo é a manifestação
da obediência à ordem de Jesus. O discipulado é
a segunda parte dessa instituição. Pregar e fazer
discípulos em todas as nações. As duas peças do átrio
são vistas. Salva-se pela pregação da mensagem do altar
de holocausto, a cruz. A Bacia de bronze representa
o local do batismo e do discipulado. Que acontecerá
com as pessoas que nunca ouviram o Evangelho? Todas
as pessoas que estão na terra, que agem na idolatria,
em sinceridade, e crendo que estão servindo a Deus,
terão uma (1) oportunidade para receber a salvação
em vida eterna. Para todas as pessoas que estejam
no erro, fazendo as suas obras religiosas, crendo que
estão prestando um serviço a Deus, como Saulo, terão
(2) um meio pelo qual poderão ser salvas, mesmo
que estejam longe de um local propício para ouvir do
Evangelho de Cristo. Esta oportunidade não significa
que serão automaticamente salvos, mas elas terão
que tomar posse da sua bênção na sua oportunidade,
e aceitar os meios que Deus provê para que sejam
salvas. Estas pessoas têm um meio e uma oportunidade
para serem salvas, mas depende delas o aceitar e o
rejeitar. Veja os casos de Paulo, Cornélio, e do Etíope. A
responsabilidade quanto ao evangelismo: O Evangelho
é ir e vir. Isto é, alguns serão julgados porque ouviram
a respeito do Evangelho e não vieram, outros serão
julgados por que não foram levar o Evangelho. A
Rainha de Sabá julgará os que ouviram a respeito do
Evangelho e não vieram, e Jesus julgará a Igreja que
deveria ir levar o Evangelho e não o levou
Lucas 24:47: e que, em seu nome, fosse
pregado a todas as nações o arrependimen­
to e a remissão dos pecados, começando
316
24:49
por Jerusalém . (At 13:38; S:3 l;M t28:19)
O evangelismo (Lc 16:9) é a oportunidade de fazer
amigos nos tabernáculos eternos e povoar o Céu. Quando
transformamos o nosso dinheiro em almas é porque
investimos na evangelização. Logo, evangelismo é uma
troca de nossas riquezas materiais portesouros celestiais.
As almas que ganhamos para Cristo devem ganharoutras
vidas. Estas vidas são consideradas prêmios computados
àqueles que nos ganharam para Cristo: somente
quando os discípulos daquele que ganhamos para Cristo
começam a ganhar almas, é que o nosso prêmio começa
a ser computado como galardão de nosso trabalho
evangelístico
Lucas 24:48: E vós sois testemunhas destas
coisas. (At 1:8;2:32)
A permanência dos apóstolos na cidade de Jerusalém
estava limitada a esta ordem. Foi desobedecida e causou
uma tragédia na igreja. A capital da igreja deveria ser a
Galiléiae não Jerusalém. Os judaizantes dominaram a
igreja em pouco tempo. Paulo foi duramente rejeitado por
causa dos judaizantes. Se a igreja tivesse sido implantada
na Galiléia teríamos muito mais frutos hoje. Os livros de
Atos e Gálatas mostram os prejuízos desta desobediência,
que termina com a invasão de Tito em Jerusalém e
prossegue com a Diáspora. O revestimento de poder
acontece a seguir e é registrado em Atos 2. Dali em diante,
a Igreja deveria seguir o seu curso:JerusaIém, Judéia,
Samaria e Galiléia... (confins). O poderpolítico bem cedo
tornou-se o fogo dos apóstolos e judaizantes
Lucas 24:49: E eis que eu envio sobre vós a
promessa de meu Pai; mas, permanecei na
cidade de Jerusalém, até que sejais revesti­
dos de poder que vem do alto”. (At i:4;jo m .-iój
Betânia, lugar estratégico do ministério de Cristo.
Ali vivia Lázaro, Marta e Maria. Ali o ressuscitado
foi assunto ao Céu. Dali, onde recebeu um dos seus
maiores cultos na terra, através de uma mulher que
soube adorá-lo, ele foi elevado ao Trono. Aúltima
obra de Cristo foi a imposição de mãos para abençoar
a sua Igreja. A cronologia das aparições de Cristo nos
Evangelhos em um espaço de tempo de quarenta
dias: ( I) Para Maria de Magdala. No começo ela não o
reconheceu (Jo 20:11-18). (2) Apareceu para Pedro (1
Co 15:5). Não é descrito por Lucas, mas o mesmo fato
é relatado pelos outros apóstolos. Não está claro se isto
ocorreu antes ou após o aparecimento de Emaús, mas
pode ter sido simultaneamente, comprovando a sua
onipresença, após a sua ressurreição. (3) Para Lucas
e Cleófas, quando caminhavam em direção a Emaús
(Lc 24). (4) Para os discípulos (não incluindo Tomé),
no mesmo dia (1 Co 15:5): Eles estavam trancados
dentro do Cenáculo, com medo dos judeus. Jesus
entrou e pôs-se em seu meio, e os saudou. Comeu e
desapareceu, enquanto os apóstolos estavam jantando;
Lucas e Cleópas já estavam em Jerusalém de regresso
(Jo 20:19-23). (5) Uma semana depois, apareceu para
os discípulos, incluindo Tomé, chamado Dídimo (Jo
20:24). (6) Apareceu para Tiago, depois de todos os
apóstolos (1 Co 15:7). (7) Apareceu para os discípulos
 24:50
no lago de Genezaré: Para Simão Pedro, Tomé,
chamado Dídimo, Natanael, de Caná da Galiléia,
Zebedeu e seus filhos e outros dois dos seus discípulos,
no lago de Tiberíades, por ocasião da pescaria de
cento e cinqüenta e três peixes. (8) Apareceu para
mais de quinhentos irmãos de uma só vez (1 Co 15:6).
(9) Depois apareceu para a igreja em Jerusalém, no
espaço de quarenta dias, após a ressurreição, e depois
ele subiu para o Céu, prometendo-lhes retornar (At
1:1-11; Lc 24). Dali foi para a Galiléia. (10) Para os
onze apóstolos, em um monte da Galiléia, onde havia
marcado um encontro com eles (Mt 28:16-20), fato
relembrado por meio das mulheres. (11) A grande
despedida foi em Betânia, de onde foi assunto ao Céu
(Lc 24:50-51; At 1:11)
Lucas 24:50: E n tã o os c o n d u z iu fo ra ,
d e f r o n te d e B e tâ n ia; e, le v a n ta n d o as su a s
, m ã o s, os a b e n ç o o u . (Atuai
Com a bênção de Deus, a Igreja estava preparada
para esperar a sua vinda; mas antes, muitos deles o
encontrariam na glória; com isso entendemos que
todos os dias ele volta para alguns daqueles que crêem,
todos os dias. Este é o cumprimento da segunda parte
de sua entrada em glória, registrada no Salmo 24. A sua
grande e apoteótica entrada no Reino Celestial, após
quarenta dias com os seus discípulos na terra, dando
aviso que o mesmo deverá acontecer nos dias do
Arrebatamento da Igreja. Primeira entrada (Jo 20:17;
SI 24:7): Apresenta seu sangue como sumo sacerdote
e volta ao cenário do Calvário, na hora das trevas. Vai
ao Hades e regressa à terra em corpo imortal. As almas
dos santos foram transportadas, mas não foram vistas.
Os justos que ressuscitaram por ocasião da morte de
Cristo foram levados, juntamente com Cristo, nesta
primeira entrada (Jo 20:17). Eles foram transladados
para a Novajerusalém. Os justos do Hades, que
esperavam a morte do sumo sacerdote (Nm 35:28),
Lucas 24:53
foram transportados com Cristo (Hb 12:22-24). Depois
permanece quarenta dias com os discípulos (At 1:3). A
segunda entrada: Após a ascensão registrada em Atos
(1:7~9). Em Salmos 25.7-10, vem os duas entradas
proféticas, esta é a segunda entrada. Aconteceu após
o seu regresso da terra, depois de ficar quarenta dias
com os discípulos. Vem para receber a sua glorificação
(Jo 7:39). O Espírito Santo é enviado (Jo 7:37,38) à
Igreja. Ressurreição, primeira entrada e a ascensão,
segunda entrada. Jesus não foi diretamente ao céu
quando ressuscitou. Primeiro, ele apareceu a Maria
Madalena. Não pôde ser tocado por ela. Dali, foi levar o
Cativeiro, os justos que estavam no Paraíso, chamado
também de Seio de Abraão, à Novajerusalém (Hb
12:22-24). Esta foi a sua primeira entrada na Nova
Jerusalém. Depois veio estar com os seus discípulos
por quarenta dias, e foi assunto ao Céu. Esta foi a sua
ascensão, depois de estar com os seus discípulos
durante aqueles dias. A apresentação de Cristo
diante do Pai, no Céu, após sua ressurreição, foi um
espetáculo maravilhoso (SI 25:7-10)
Lucas 24:51 : E aconteceu que, enquanto
ele os abençoava, separou-se deles, e foi ele­
vado acima, aO CéU. (Mc 16: 19; 2 Rs 2: I 1I
O grande culto da ascensão de Cristo continuará até o
arrebatamento da Igreja, em um grande avivamento que
nos reserva tremendas surpresas
Lucas 24:52: E eles, adorando-o, voltaram
aJerusalém com grande júbilo; (Mtsai
Até eles entenderem que o Templo não era mais aquele,
e, sim, a Igreja do Deus vivo
Lucas 24:53: e estavam continuamen­
te no Templo, louvando e bendizendo a
DeUS. (Ar2:4ó;5:42j
317