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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Centro de Ciências da Saúde


Instituto de Bioquímica Médica
Bioquímica para Nutrição

ESTUDO DIRIGIDO 1

1) A glicólise é um processo pelo qual a glicose é quebrada a piruvato, com produção de energia,
sem necessidade de O2. A glicólise pode ser dividida em 2 fases, das hexoses e das trioses.
a) Discuta em termos energéticos qual a importância de cada uma destas fases para o
metabolismo da célula.
b) Quais seriam os destinos do piruvato na presença e ausência de O2? Explique porquê.

2) A piruvato quinase, enzima da via glicolítica, catalisa a reação:


fosfoenolpiruvato + ADP piruvato + ATP
a) Essa enzima é regulatória, sendo alostericamente inibida por ATP e ativada por frutose–
1,6-bisfosfato. Explique a importância desses 2 moduladores sobre a regulação da
glicólise.
b) Essa enzima também pode ser regulada por modificação covalente. Explique.

3) Descreva a regulação da enzima fosfofrutoquinase.

4) Compare as enzimas hexoquinase e glicoquinase. Discuta a importância da presença da


glicoquinase no fígado.

5) Algumas enzimas são reguladas por vários mecanismos. Discuta a importância desse fato.

ESTUDO DIRIGIDO 2

1) Faça uma dissertação descrevendo a ativação catalítica do Ciclo de Krebs em homogeneizados de


músculo após a adição de intermediários dessa via. Compare com a ativação do ciclo provocada
pela adição de piruvato. Explique.

2) Discuta a regulação do Ciclo de Krebs.

3) Um dos intermediários do Ciclo de Krebs atua como um regulador da glicólise. Explique.

4) Considere a seguinte afirmativa: “O Ciclo de Krebs não consome oxigênio. Portanto, ele
continua ativo na sua ausência.”
Proponha em linhas gerais uma experiência para verificar a afirmativa acima. Deixe claro:
as condições experimentais, o que você vai medir e discuta o resultado obtido.
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ESTUDO DIRIGIDO 3

1) Nos seus estudos sobre fermentação alcoólica em leveduras, Louis Pasteur observou que a adição
de oxigênio a suco de uva fermentando previamente em anaerobiose resultava em uma diminuição
dramática na velocidade de consumo de glicose, o que foi chamado de Efeito Pasteur.
a) Explique, com base nos mecanismos de regulação metabólica, porque as leveduras consomem
menos glicose na presença de oxigênio.
b) Estime quantas vezes menos glicose as leveduras consumiriam na presença de oxigênio.
Explique.

2) O infarto agudo do miocárdio caracteriza-se pela obstrução de artérias que levam sangue a uma
dada região do coração. Na região que tem o fluxo de sangue completamente interrompido observa-
se morte celular e lesão irreversível do tecido. Há, no entanto, uma região periférica ao infarto, onde
a obstrução não é completa, de modo que o tecido recebe, através de circulação colateral, um fluxo
limitado de sangue. Como conseqüência disso, as células desta região experimentam uma situação
de hipóxia, isto é, são submetidas a baixas concentrações de oxigênio, mas não à sua ausência. Após
a ocorrência de um infarto, observa-se acentuado aumento da concentração de fosfato inorgânico,
seguido de redução do pH (acidificação) intracelular.
a) Que modificações ocorrem no metabolismo da região do tecido cardíaco periférica ao infarto?
Discuta, indicando as vias metabólicas envolvidas e as mudanças de fluxo ocorridas.
b) Por que ocorrem aumento da concentração de fosfato inorgânico e acidificação?

3) Medindo-se o oxigênio consumido por uma preparação de mitocôndrias, após a adição de


diferentes substâncias obteve-se o seguinte registro:

DNP
2
piruvato
succinato
ADP
succinato
cianeto
succinato
malonato rotenona

Tempo
mitocôndrias

Explicar o registro observado após a adição de cada uma das substâncias. Discuta também
como está a síntese de ATP em cada situação.
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1A) Desde longa data conhecia-se a presença de açúcar no sangue de diversos animais. Do mesmo
modo, também era reconhecido o papel do fígado na formação desse açúcar, explicando-se assim
como animais carnívoros (que quase não ingerem açúcar na sua dieta) geravam glicose presente no
seu sangue. No entanto, as hipóteses que prevaleciam na época sugeriam que o açúcar era gerado a
partir de um precursor encontrado no próprio sangue, e que a ação do fígado consistia em converter
esse precursor em glicose. Em 1885, Claude Bernard relatou uma série de engenhosos experimentos
à Academia de Ciências Francesa. Valendo-se de uma mangueira, ele ligou um fígado de cachorro
na torneira do seu laboratório, perfundindo o órgão com um jato abundante de água. Nos primeiros
minutos a água saía pelas veias hepáticas ainda avermelhadas e apresentava-se doce ao paladar.
Após 15 minutos de perfusão contínua, no entanto, o líquido que deixava o fígado era incolor e
insípido. Se a essa altura do experimento, um pedaço de fígado fosse fervido, o caldo formado não
era doce e quando leveduras eram cultivadas em sua presença, não ocorria fermentação, indicando
ausência de glicose. O órgão (não fervido), então sem açúcar detectável, era deixado em um frasco
por 24 horas. Após este período, Claude Bernard observou que o líquido que deixava o fígado
agora apresentava-se bastante doce e que, se inoculado em leveduras, produzia abundante
fermentação.
Que conclusão você tiraria destes experimentos?

1B) Em seguida, tomou uma amostra de fígado fresco (previamente exsanguinado), e macerou-a
passando o tecido por um coador de malha bastante fina. A polpa resultante foi exaustivamente
lavada em um filtro pela passagem de um grande volume de álcool, de modo a garantir a retirada de
todo açúcar contaminante. Esse extrato foi, então, seco e pulverizado. Surpreendentemente, se fosse
novamente adicionada água a esse material, observava-se abundante produção de glicose. Quando,
no entanto, o mesmo extrato era fervido antes da incubação, não ocorria formação de açúcar. Por
que?

2) Consultando seu livro, responda algumas questões sobre a degradação do glicogênio:


a) Que etapas intermediárias levam à formação de glicose a partir de glicogênio?
b) Com que via metabólica está conectada a quebra do glicogênio?
c) Como é sintetizado o glicogênio?

3) A tabela abaixo resultou da medida de glicogênio hepático em biópsias de fígado de voluntários


submetidos a diferentes tempos de jejum:

Tempo de jejum (h) Glicogênio no fígado (g)


0 97
2 84
4 70
24 14
64 5
Analise os resultados da tabela e, consultando o seu livro, responda às seguintes questões:
a) Qual o destino do glicogênio hepático durante o jejum?
b) Como é hormonalmente regulada a degradação do glicogênio?
c) E a síntese de glicogênio nestas condições, como está?
d) Como a insulina participa da reversão do evento mostrado na tabela?
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ESTUDO DIRIGIDO 4

1) Na figura abaixo estão expostos resultados de medidas de glicogênio em biópsias de músculo da


perna de voluntários após diferentes tempos de exercício, em indivíduos treinados e não treinados:

não treinado
Glicogênio muscular (g)

100
treinado
80

60

40

20

0
0 20 40 60 80 100
Tempo (minutos)

a) Qual o destino do glicogênio muscular?


b) Como é controlada a degradação do glicogênio muscular?
c) Qual a diferença entre o metabolismo da glicose em indivíduos treinados e não treinados?

2) Na situação descrita na questão 1, como está a via de síntese do glicogênio? Explique.

3) A utilização da glicose-6-fosfato produzida na degradação do glicogênio hepático e muscular é


diferente. Que diferença é essa e qual a sua importância biológica?

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