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Metodo de Lowry
Metodo de Lowry
Introdução
As proteínas são os maiores constituintes de toda célula viva, e cada uma delas,
de acordo com sua estrutura molecular, tem uma função biológica associada às atividades
vitais. [1]
Nos alimentos, além da função nutricional, as proteínas têm propriedades
organolépticas e de textura. Podem vir combinados com lipídeos e carboidratos. [1]
A tabela 1 apresenta a quantidade de proteína nos vários tipos de alimentos.
1
Os peptídeos podem atuar como neurotransmissores, toxinas, antibióticos,
adoçantes, substratos e inibidores de proteases, fatores liberadores de hormônios ou
hormônios. As proteínas desempenham funções variadas que vão desde as estruturais até
as metabólicas, passando pelas de defesa, motilidade ou de reserva. Essa enorme
diversidade funcional coloca os peptídeos e as proteínas em posição de destaque no
campo das aplicações biotecnológicas. [2]
Tal conhecimento gerou enorme interesse por estas biomoléculas e por
metodologias que levassem à sua produção, isolamento, purificação, identificação e
quantificação. Estas passaram a ser sistematicamente estudadas e aprimoradas. [2]
Em relação às metodologias empregadas, o procedimento mais comum para a
identificação de proteína é a determinação de um elemento ou de um grupo pertencente a
proteína. Os elementos analisados geralmente são carbono ou nitrogênio, e os grupos são
aminoácidos e ligações peptídicas. Entre os métodos de análise de grupos, destacam-se
os seguintes: (i) método por biureto, (ii) método por fenol, (iii) método por
espectrofotometria ultravioleta, (iv) métodos turbidimétricos, (v) método dye-binding e
(vi) métodos físicos. [1]
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(i) É de 10 a 20 vezes mais sensível que a determinação por UV, e 100
vezes mais sensível que o método por biureto.
(ii) É bastante específico, pois são poucas as substâncias potencialmente
interferentes, sendo a sacarose, em alta concentração, uma das poucas.
Desvantagens:
(i) É lento.
(ii) Destrói a amostra.
(iii) Operações múltiplas (muita manipulação).
(iv) Necessita de curva padrão com proteína conhecida.
(v) Necessita período de incubação entre a adição dos reagentes.
(vi) A intensidade da cor pode variar com a composição da proteína
hidrolisada.
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1.2.1 Proteínas do leite [5]
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Outras substâncias 0
5
Nas últimas décadas, numerosas pesquisas vêm demonstrando as qualidades
nutricionais das proteínas solúveis do soro do leite, também conhecidas como whey
protein. As proteínas do soro são extraídas da porção aquosa do leite, gerada durante o
processo de fabricação do queijo. Durante décadas, essa parte do leite era dispensada pela
indústria de alimentos. Somente a partir da década de 70, os cientistas passaram a estudar
as propriedades dessas proteínas [5].
Evidências recentes sustentam a teoria de que as proteínas do leite, incluindo as
proteínas do soro, além de seu alto valor biológico, possuem peptídeos bioativos, que
atuam como agentes antimicrobianos, anti-hipertensivos, reguladores da função imune,
assim como fatores de crescimento [5].
As proteínas do soro do leite apresentam uma estrutura globular contendo
algumas pontes de dissulfeto, que conferem certo grau de estabilidade estrutural. As
frações, ou peptídeos do soro, são constituídos de: β-lactoglobulina (BLG),
α-lactoalbumina (ALA), albumina do soro bovino (BSA), imunoglobulinas (Ig‘s) e
glicomacropeptídeos (GMP). Essas frações podem variar em tamanho, peso molecular e
função, fornecendo às proteínas do soro características especiais. Presentes em todos os
tipos de leite, a proteína do leite bovino contém cerca de 80% de caseína e 20% de
proteínas do soro [6].
Os sistemas de obtenção de proteínas do soro são diversos e a escolha de um deles
baseia-se na matéria-prima disponível e do grau de pureza desejado. Os principais
métodos empregados são: (i) precipitação ácida, (ii) coagulação enzimática ou (iii)
centrifugação [5].
2. Objetivos
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(iii) Construir um gráfico da absorbância em relação à concentração de uma
substância.
(iv) Fazer a regressão linear dos dados e avaliar o valor do coeficiente de
correlação.
(v) Utilizar o gráfico obtido para determinar a concentração da substância em
uma solução de teor desconhecido.
(vi) Calcular o fator de diluição de uma amostra.
(vii) Expressar o teor de proteínas em uma amostra em mg/mL; g/L e em %.
3. Metodologia utilizada
3.1.1 Instrumentação
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(vi) Solução A (solução de sulfato de cobre 1% (p/v)).
(vii) Solução B (solução de tartarato de sódio e potássio 2% (p/v)).
(viii) Solução C (2% de carbonato de sódio + 0,1 M hidróxido de sódio).
1 0 200 2 mL - 200 μL -
2 40 160 2 mL - 200 μL -
3 80 120 2 mL - 200 μL -
4 120 80 2 mL - 200 μL -
5 160 40 2 mL - 200 μL -
8
6 200 0 2 mL - 200 μL -
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3.5 Preparo da amostra 2
(i) Foi feita a diluição do leite em 1/80 com água destilada (1 mL de leite +
79 mL de água). Sendo que essa amostra contêm todas as proteínas do leite.
(ii) O espectrofotômetro foi ligado, o aparelho foi zerado com o tubo branco.
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(iii) As leituras dos padrões e das amostras foram feitas no aparelho a
750 nm.
(iv) As leituras de absorbância obtidas foram anotadas.
4. Resultados e discussão
Após o gráfico ter sido gerado, obteve-se a seguinte equação da reta obtida a
partir da linearização do mesmo:
𝑦 = (𝐴 + 𝐵) * 𝑋
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Tal que:
𝐴 = 0, 04571
𝐵 = 0, 61457
𝑅 = 0, 99029
𝑆𝐷 = 0, 03609
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A partir das médias de absorbância obtidas na tabela 5, foi possível estimar
numericamente a concentração de proteínas de cada uma das amostras 1 e 2. Esse
resultado foi obtido da equação demonstrada no item 4.1, a qual foi gerada da curva
padrão de proteína conhecida.
Portanto, de forma a obter a concentração, empregou-se:
𝑦
𝑥= (𝐴+𝐵)
𝑚𝑔/𝑚𝐿
Amostra 1:
𝑚𝑔
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 1 = 𝑥 = 0, 615 𝑚𝐿
Amostra 2:
𝑚𝑔
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 2 = 𝑥 = 0, 489 𝑚𝐿
A partir desses valores obtidos de concentração para cada uma das amostras,
considerou-se o fator de diluição aplicada a cada uma delas, de maneira a encontrar a
concentração de proteína existente nas soluções originais.
𝑥
𝐹𝐷 = 𝑦
Onde:
𝐹𝐷 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑙𝑢𝑖çã𝑜.
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Amostra 1:
𝑦 = 5 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑒 = 5 𝑚𝐿
𝐹𝐷 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 1 ~ 11
(
𝑃𝑟𝑜𝑡𝑒í𝑛𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑟𝑜 = 0, 615
𝑚𝑔
𝑚𝐿 ) 𝑥 (11)
𝑚𝑔 𝑔
𝑃𝑟𝑜𝑡𝑒í𝑛𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑟𝑜 = 6, 756 𝑚𝐿
= 6, 756 𝐿
Amostra 2:
𝑥 = 1 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑒 + 79 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 80 𝑚𝐿
𝑦 = 1 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑒 = 1 𝑚𝐿
𝐹𝐷 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 2 = 80
(
𝑃𝑟𝑜𝑡𝑒í𝑛𝑎𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑜 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑒 = 0, 489
𝑚𝑔
𝑚𝐿 ) 𝑥 (80)
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𝑚𝑔 𝑔
𝑃𝑟𝑜𝑡𝑒í𝑛𝑎𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑜 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑒 = 39, 12 𝑚𝐿
= 39, 12 𝐿
𝑔
𝐶𝑎𝑠𝑒í𝑛𝑎 = [39, 12 − (0, 9 𝑥 6, 765)] 𝐿
𝑔
𝐶𝑎𝑠𝑒í𝑛𝑎 ~ 33, 0 𝐿
33 𝑔 𝑐𝑎𝑠𝑒í𝑛𝑎 − 𝑥
𝑥 = 84%
Sendo assim, na análise feita, 84% das proteínas totais do leite, constituem-se de
caseína. Contudo, tal valor obtido nesse relatório, entra em conflito com a informação
fornecida na tabela 2, onde se aponta que a caseína compõe 75% das proteínas totais do
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leite. Desse modo, verifica-se que deve ter ocorrido algum erro não identificado durante a
prática, causando esse tipo de distorção de valores.
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5. Referências bibliográficas
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