Você está na página 1de 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS, NATURAIS E EDUCAÇÃO


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS, MATEMÁTICA E
TECNOLOGIAS
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

BRENO DE SÁ DA SILVA

A MATEMÁTICA NO EGITO ANTIGO

UBERABA - MG
AGOSTO / 2022
A HISTÓRIA E A MATEMÁTICA NO EGITO ANTIGO

A civilização egípcia foram povos que se localizava no norte da África,


advinda principalmente da dispersão das civilizações localizadas na Mesopotâmia.
Esses por sua vez se localizavam ao redor do Rio Nilo e eram divididos em Baixo
e Alto Egito, pelo simples fato de por consequência dos períodos de cheia, deixava
o solo mais fértil. A maior concentração dos povos do Egito se dava no Delta do
Rio Nilo, que era o ponto de desague do rio ao oceano.
O desenvolvimento principal do povo egípcio se deu inicialmente por meio
da agricultura, sendo estendido ao decorrer do tempo pela “comercialização” de
vasos de cerâmica, roupas.
O Antigo Egito é dividido em 3 principais fases, sendo elas o Império Antigo,
o Império Médio e o Império Novo, cada qual com sua importância no
desenvolvimento da sociedade.
Compreende-se como Império antigo o momento a partir da unificação dos
povos do Baixo e do Alto Egito, onde próximo a 5.500 anos antes da Era Comum
(a.E.C) surgiu o rei Namer, e acreditava-se ser descendentes do rei Órus, sendo o
primeiro faraó do Egito.
Um ponto pertinente a ser ressaltado, é que o Faraó que se acredita que
Namer se casou com Neitotepe, uma rainha do norte da África por fins de interesse
em diminuir os conflitos ali existentes, mantendo essa relação até sua morte, onde
a rainha Neitotepe se tornaria a primeira Faraó Mulher.
O faraó era visto como deuses na Terra, sendo essa divindade passada por
descendência sanguínea, por esse ponto, eles preferiam ter uma descendente
mulher ao poder a um homem sem a linhagem de sangue. Foi uma das primeiras
civilizações a ter uma figura feminina a frente do poder.
O Império Antigo, também conhecido como a Era da Pirâmides se
desenvolveu também por manter relações com os libaneses, palestinos e a
mesopotâmia. Desenvolveram pinturas à óleo mineral com terras, sangue de
animais para chegar à tons mais vivos. Parte do que se tem de conhecimento sobre
essa civilização é traduzida por essas pinturas que eram feitas registrando seu dia
a dia, história do faraó e até mesmo momentos de conflitos.
O império antigo se deu até o momento em que uma seca que levou à uma
crise acabou segregando o baixo e o alto Egito, até o momento do em que o faraó
Mentuopete II, após vencer algumas guerras unificou novamente os dois territórios,
sendo conhecido então esse novo período como Império Médio.
Nesse período algumas áreas foram aprimoradas, tais como na agricultura
foi desenvolvido um novo sistema de irrigação, as criações das pirâmides, que das
mais das 120 construídas, a Pirâmide de Quéops foi a construção mais alta por
muitos anos, e está listada como uma das 7 maravilhas do mundo.
O Império Médio seguiu-se até a tomada dos Zicsus de várias vilas em torno
do Delta do Nilo, chegando a instaurar até mesmo um novo Faraó.
Na nova era, denominada como Império Novo é relatada como um momento
com bastante avanços para a civilização do Egito com o faraó Tutemes III, também
bastante turbulenta, visto que para além do desenvolvimento do das tropas
egípcias por meio de contratos de mercenários da Líbia e Núbia, estima-se uma
sequência de assassinatos para posse do trono.
Aprofundando um pouco mais dentro da civilização egípcia, podemos
evidenciar que a o sistema de registro de escrita, diferente da civilização babilônica
que registravam principalmente em tábulas, no Egito a principal forma de registro
eram os papiros, que eram finas folhas coladas uma nas outras e prensadas,
grafados por escribas em escrita hierática, essa por sua vez era considera uma
escrita formal para registros em papiros, ao contrário dos hieróglifos que eram mais
utilizados para pintar templos, monumentos e outros.
Para além do que se tem conhecimento dessa civilização observando os
registros de pinturas, os papiros também deixaram um grande indício de como
funcionava até mesmo a matemática e o processo de raciocínio egípcio, tendo
como principais o Papiro de Rhind e o de Moscou.
O Papiro de Rhind foi o maior encontrado até então, contendi vários cálculos
e resoluções de 84 problemas de geometria e aritmética. Nesses registros, pode-
se observar estudos sobre frações unitárias, equações lineares, cálculo de volume
e áreas de outras figuras.
Figura 1: Papiro de Rhind

Fonte: MOL, Rogério S, 2013.

Já o Papiro de Moscou não era tão grande quanto o de Rhind, porem era
mais antigo, e nele constava 25 problemas com soluções, envolvendo volume do
tronco da pirâmide, cálculo de figuras, como quadrado, triângulos e trapézios.
Para que toda essa resolução de problemas de fato tivesse sentido, era
necessário um sistema de numeração, contudo eles apresentavam dois sistemas
de numeração distintos, sendo os hieróglifos e os hieráticos como já supracitados,
diferindo-se pelas quantidades de símbolos, bem como pelo sistema posicional.
Figura 2: Sistemas de numeração Egípcia.

a) b)
a) Sistema de Numeração Hieróglifo
b) Sistema de Numeração Hierática
Fonte: Toda matéria, 2022.

Alguns dos sistemas de operações que eram utilizados pelos Egípcios se


davam pela utilização da fração unitária, já que acreditavam que para eles
atendiam melhor as necessidades do mundo prático. Para eles, a operação
fundamental era a adição, a partir dela se desenvolviam as operações de
multiplicações ou divisões através do processo conhecido como “duplicação”.
Em um panorama geral, a sociedade Egípcia se desenvolveu culturalmente
e ficou reconhecida principalmente por suas grandes construções complexas que
envolviam um cálculo avançado para sua época e que faz história até os tempos
atuais, criando também um sistema de base decimal que é utilizado por grande
parte das civilizações atuais.
Todo o elaborar matemático envolvido na época embasava as principais e
mais complexas construções de seus momentos, as pirâmides; já que por sua vez,
para se construir uma pirâmide e fazer com que se mantivesse firmes por um bom
decorrer de tempo, era necessário a cada bloco moldado, calcular que era a peça
que iria compor à pirâmide para que trouxesse uma estética e uma durabilidade
melhor, ficando reconhecidos até os dias atuais esses grandes feitos e que ainda
hoje são estudados.
REFERÊNCIA

ASTH, RAFAEL. Sistema de numeração egípcio. Toda Matéria, 2011. Disponível em <
https://www.todamateria.com.br/sistema-de-numeracao-egipcio/>. Acesso em: 02 de agosto. 2022.

FOCA NA HISTÓRIA. A Glória e Declínio do Egito Antigo – O Reinado de Ramessés #04


História do Egito. YouTube, 18 de jan. 2021. Disponível em <
https://www.youtube.com/watch?v=AgRq2bwlFPU>. Acesso em: 01 de agosto de 2022.

FOCA NA HISTÓRIA. O Egito Antigo: O Império Médio – A Era das Pirâmides – Parte 2 –
Grandes Civilizações. YouTube, 20 de nov. 2020. Disponível em <
https://www.youtube.com/watch?v=xmqFO68nVo0&t=4s>. Acesso em: 01 de agosto de 2022.

FOCA NA HISTÓRIA. O Egito Antigo: O Surgimento do Império dos Faraós – Parte 1 –


Grandes Civilizações. YouTube, 2 de nov. 2020. Disponível em <
https://www.youtube.com/watch?v=4COjPyjFzBE&t=15s>. Acesso em: 01 de agosto de 2022.

FOCA NA HISTÓRIA. O Império Novo – Nefertite – Akhenaton – Tutancâmon – O Egito Antigo


– Parte 3 (Corrigido). YouTube, 11 de dez. 2020. Disponível em <
https://www.youtube.com/watch?v=8DD0Rm0uhx4>. Acesso em: 01 de agosto de 2022.

MOL, ROGÉRIO SANTOS. Introdução à história da matemática. Belo Horizonte. CAED-UFMG,


2013. Disponível em
<https://www.academia.edu/41726916/Introducao_a_historia_da_matematica> Acesso: 02 de
agosto de 2022.

ROQUE, Tatiana. História da matemática. Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2012.


Disponível em <file:///F:/Users/Acer/Hist%C3%B3ria%20da%20Matem%C3%A1tica%20-
%20Uma%20Vis%C3%A3o%20Cr%C3%ADtica,%20Desfazendo%20Mitos%20e%20Lendas%20
(%20PDFDrive%20).pdf>. Acesso: 02 de agosto de 2022.

Você também pode gostar