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UNIVERSIDADE LICUNGO
Quelimane
2021
2⁰ GRUPO
Enjurda Luís Bernardo
Inês Carlos Paulo Vicente
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Índice
1.0. Introdução...................................................................................................................................3
2.0. Objectivos:.................................................................................................................................4
2.1. Geral...........................................................................................................................................4
2.2. Especifico...................................................................................................................................4
3.0. Ética............................................................................................................................................5
4.0. Deontologia................................................................................................................................5
6.1. A ironia.......................................................................................................................................7
6.2. Maiêutica....................................................................................................................................8
9.0. Conclusão.................................................................................................................................16
10. Bibliografia................................................................................................................................17
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1.0. Introdução
O presente trabalho de Ética e Deontologia profissional aborda sobre a vida e obra de Sócrates
tem como objectivo descrever a vida e obra de Sócrates e apresentar a sua teoria ética, salientar
que deontologia é reger os comportamentos dos membros de uma profissão para alcançar a
excelência no trabalho, tendo em vista o reconhecimento pelos pares, garantir a confiança do
público e proteger a reputação da profissão. Trata-se, em concreto, do estudo do conjunto dos
deveres profissionais estabelecidos num código específico que, muitas vezes, propõe sanções para
os infractores. Tudo quanto à história de Sócrates, tem persuadido muito aos leitores devido a
inúmeras qualificações que lhes têm sido dadas. Porém, não são apenas meras qualificações. É um
atributo merecido pelo que, aquilo que, sabiamente partilhou ao mundo. Portanto, até ao
momento, os conhecimentos de Sócrates têm sido usados com muitos pesquisadores em várias
pesquisas científicas relativamente a um conhecimento benéfico e construtivo.
A vida de Sócrates, assim com de qualquer ser humano não foi fácil, mas, ele se manteve firme e
focado em moderar os conhecimentos, ou seja, o saber em favor daqueles que persistentemente o
procuravam, no ambiente em que, os sofistas e a política se empenhavam vividamente em
discordar os conhecimentos de Sócrates, no entanto, embora reconhecendo o quão a sua sabedoria
era e o poder da veracidade nela tida, eles somente se ocupavam em impedir. Porque não lhe
convinha, portando, visto que o interesse do poder local ‘’sofistas e políticos’’ era a aglomeração
excessiva e incansável de riquezas, Sócrates, era no seio disso tudo, um instrumento da verdade,
que incitava o não avanço de tais ideias que, podem ser consideradas ingénuas e avassaladoras,
para o progresso do ‘’saber’’ propriamente dito.
Abaixo, desenvolverei melhor este tema, trazendo sobretudo aspectos relacionados a vida e o
percurso do filosofo Sócrates.
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2.0. Objectivos:
2.1. Geral
Conhecer a vida e obra de Sócrates.
2.2. Especifico
Identificar a teoria ética de Sócrates;
Apresentar o pensamento de Socrática;
Enquadrar a ética de acordo gestão de recursos humanos.
O presente trabalho quanto a metodologia usou-se obras bibliográfica, pela escance de informação
foi usado internet para auxiliar o trabalho.
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3.0. Ética
Os termos ética e “moral” ocupam um mesmo campo semântico e muitas vezes são usados como
sinónimos, por isso considero importante entender a origem de ambos. “Ética” vem de duas
palavras gregas: éthos, que significa “o carácter de alguém”, e êthos, que significa “o conjunto de
costumes instituídos por uma sociedade para formar, regular e controlar a conduta de seus
membros” (Carey, (1999, p.307).
Para Almeida, (2004). O termo “moral” (mos, moris) é uma palavra latina que quer dizer “o
costume”, e no plural, mores, significa os hábitos de conduta ou de comportamento instituídos por
uma sociedade em condições históricas determinadas. Actualmente, como conceitos, ética e moral
se diferenciam; porém, no contexto da filosofia antiga, os dois podem ser intercambiáveis. Usa-se
também o termo “filosofia moral” como sinónimo de ética.
4.0. Deontologia
Segundo Greenwood, (2002). O termo deontologia, que deriva do grego deon ou deontos/logos e
significa o estudo dos deveres. Emerge da necessidade de um grupo profissional de auto-regular,
mas a sua aplicação traduz-se em hetera regulação, uma vez que os membros do grupo devem
cumprir as regras estabelecidas num código e fiscalizadas por uma instância superior (ordem
profissional, associação, etc.).
O objectivo da deontologia é reger os comportamentos dos membros de uma profissão para
alcançar a excelência no trabalho, tendo em vista o reconhecimento pelos pares, garantir a
confiança do público e proteger a reputação da profissão. Trata-se, em concreto, do estudo do
conjunto dos deveres profissionais estabelecidos num código específico que, muitas vezes, propõe
sanções para os infractores. Melhor dizendo, é um conjunto de deveres, princípios e normas
reguladoras dos comportamentos exigíveis aos profissionais, ainda que nem sempre estejam
codificados numa regulamentação jurídica. Isto porque alguns conjuntos de normas não têm uma
função normativa (presente nos códigos deontológicos), mas apenas reguladora (como, por
exemplo, as declarações de princípios e os enunciados de valores). (idem, 2002, p.45).
Do ponto de vista etimológico, o termo deontologia deriva do grego “deonta” (dever) e “logos”
(razão). (Motta, 1984), tendo hoje do seu lado a expressão “Ética Profissional”. Estas duas são um
“código de princípios e deveres (com os correspondentes direitos) que se impõem a uma profissão
e que ela se impõe a si própria, inspirada nos seus valores fundamentais” (Gramberg e Menzies,
2006).
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Segundo Karl (2001). Sublinha ainda que estes valores não podem ser distintos dos valores da
sociedade em que determinada profissão se insere, nem dos valores universais. Actualmente, a
deontologia refere-se ao conjunto normativo de imposições que deve nortear uma actividade
profissional, de modo a obter um tratamento constante e justo a tantos quantos recorrem a esse
bem ou serviço.
CAREY, (1999). Aponta que além de escultor, Sócrates serviu ao exército ateniense durante três
temporadas. Depois que se aposentou, passou a exercer os dons pelos quais é mais conhecido: o
de educador e de filósofo. Segundo relatos, Sócrates levava uma vida simples. Participou
activamente da democracia da cidade de Atenas. Inclusive, serviu aos militares como um
soldado durante três anos, chegando a participar da Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.).
Estudos detalham que Sócrates não tinha a aparência considerada muito agradável aos demais
olhos. Foi descrito como um homem baixo, robusto e com grandes olhos saltados. Platão, seu
aluno, chegou a afirmar que ele não era “nada atraente”. O ateniense também ficou conhecido por
ter sido retratado de forma pejorativa em algumas sátiras. Tinha poucos amigos. (GLOCK, 2003).
Sócrates foi acusado de ser ateu e de se associar aos sofistas, ensinando os jovens a serem
selvagens e desrespeitosos e, com isso, corrompendo a juventude. O filósofo também foi acusado
de ser contra a democracia, por estimular as pessoas a pensar, questionar as regras e desenvolver o
lado intelectual. (idem, p.47).
O Conselho dos Quinhentos, órgão político democrático ateniense, condenou Sócrates à morte
por ele não ter acreditado nos deuses da cidade. Porém, ele poderia ter outra opção de pena. O
pensador disse que preferia a morte do que desmerecer toda a sua capacidade filosófica.
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Com isso, em 399 a.C., Sócrates optou por acabar com sua vida após ingerir um copo de cicuta
(veneno), aos 70 anos. Ao contrário dos pré-socráticos, que discutiam questões relacionadas à
natureza, Sócrates e os socráticos apreciavam analisar questões humanas, seus valores, verdades e
fundamentos. Para os socráticos, os homens fariam melhor se investigassem a si mesmos: a
verdadeira descoberta estava no interior da alma humana, e não fora dela. (REGO, et al. 2006).
O filósofo foi tido por muitos como um homem sábio justamente por assumir não saber de nada.
A frase mais célebre atribuída a ele é: “Só sei que nada sei”. Alguns consideram-na o paradoxo
de Sócrates.
6.0. Teoria ética de Sócrates
6.1. A ironia
A ironia (do grego: eironeia: dissimulação) socrática era evidenciada pelo não saber. Nesse ponto
do diálogo, Sócrates finge não saber, dissimula, é como se usasse uma máscara, como se
zombasse do interlocutor. Não faz isso com a intenção de ridicularizá-lo, porém com o objectivo
de despertar os homens e fazê-los reflectir, por isso, Sócrates interrogava todos os seus
interlocutores com a intenção de mostrar-lhes que eles pensavam saber, mas na verdade não
sabiam o que pensavam saber. (MERCIER, 2003).
E sendo assim, à medida que o diálogo transcorria, ele atacava com muita habilidade, as respostas
de seus interlocutores. Então, com raciocínio colocava em evidência as contradições e os novos
problemas que, com certeza, iriam surgir a cada resposta.
Mas com que objectivo Sócrates fazia tudo isso? De início, ele tinha por meta principal demolir,
em todos aqueles que se deixassem investigar, o orgulho, a presunção e a arrogância por pensar
saber mais que os outros. Para Sócrates, a primeira virtude do sábio, seria adquirir consciência da
sua ignorância. Por isso mesmo ele dizia: “só sei que nada sei”.
Sendo assim, ao empregar a ironia, Sócrates se expressava parecendo indicar o oposto do que
pensava ou conhecia sobre o assunto em discussão, dessa forma, o filósofo levava o interlocutor a
apresentar a sua posição, suas opiniões quanto ao assunto em discussão. No momento em que o
interlocutor, que parecia seguro de si, hesitasse e caísse em contradição, com esse recurso,
Sócrates levava o mesmo a reconhecer a sua própria ignorância, ou seja, a pessoa que dialogava
com Sócrates se percebia como quem na verdade não sabia muito, ou muito pouco a respeito do
objecto da discussão.
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Para STEPHAN (2001). A ironia socrática poderia ser definida como uma ingenuidade hipócrita,
ou seja, uma nova forma de ironia, não existente na literatura grega. Segundo ele, seria uma ironia
mais complexa, não comparada à ironia no seu sentido mais utilizado, uma ironia mais simples;
ele faz a seguinte distinção para que fique mais claro: uma ironia simples seria aquela que dá um
sentido diferente do usual, porém na complexa, o sentido é de todo ambíguo, ou seja, verdadeiro
por um lado e falso pelo outro.
MERCIER, (2003). Define o Sócrates irónico, como um homem que vive atrás de uma máscara,
uma figura enigmática, um homem que ninguém conhece. Porém, não quer dizer que o filósofo
usava de tal recurso para enganar, porque ser reservado e enganador não seriam, para Vlastos, a
mesma coisa. Essa atitude seria semelhante ao esconder e não ao iludir.
Quanto a essa figura enigmática apresentada pelo filósofo na ironia, Vlastos cita a personagem
Alcibíades no Banquete de Platão (216c-d) ao descrevê-lo: “[...] Pois ficai sabendo que ninguém o
conhece”. Para entender melhor a fala de Alcibíades, quanto à descrição do Sócrates irónico,
citarei uma parte maior do mesmo trecho (Banquete 216c-d):
6.2. Maiêutica
Segundo MOTTA. (1984), Então, uma vez, libertos de todo o orgulho e pretensão de saber, agora,
os discípulos podiam trilhar um novo caminho: o da reconstrução das suas próprias ideias. E, com
toda a habilidade, Sócrates propunha uma série de novas questões.
Nessa parte do diálogo, Sócrates se autodenominava “parteiro”, mas de ideias, porque tinha como
objetivo principal ajudar os discípulos a conceberem suas próprias ideias. Nesse momento, ele
fazia uma alusão à profissão de sua mãe Fenareta (Teeteto 148a). Por isso, esse momento do
diálogo socrático, recebe o nome de maiêutica, porque se destina à concepção de ideias e, em
grego, esse termo significa “arte de fazer parto”. (GRAMBERG e MENZIES, 2006).
Um exemplo da “arte do parto”, da qual Sócrates se refere, está bem definido na passagem do
diálogo Teeteto (150a-c): “A minha arte obstétrica tem atribuições iguais às das parteiras, com
diferença de mim não partejar mulher, porém homens, e de acompanhar as almas, não os corpos,
em seu trabalho de parto”.
Como sua mãe, que era parteira, assim também Sócrates julgava ser destinado a não produzir o
conhecimento, porém parturejar as ideias provindas de seus interlocutores. Sendo a parteira grega,
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uma mulher que já não podia mais procriar, era estéril, e por isso, dava a luz aos corpos de outra
fonte, julgando serem belos ou não, Sócrates diz o seguinte nesta passagem no Teeteto (150c):
Mênon – Sócrates, mesmo antes de estabelecer relações contigo, já ouvia (dizer) que nada fazer
senão caíres tu mesmo em aporia, e levares também outros a cair em aporia. E agora, está me
parecendo, me enfeitiças e drogas, e me tens simplesmente sob completo encanto, de tal modo
que me encontro repleto de aporia. E, se também é permitida uma pequena troça, tu me pareces,
inteiramente, ser semelhante, a mais não poder, tanto pelo aspecto como pelo mais, à raia elétria,
aquele peixe marinho achatado. (ALMEIDA, 2004).
Pois tanto ela entorpece quem dela se aproxima e a toca, quanto tu pareces ter-me feito agora algo
desse tipo. Pois verdadeiramente eu, de minha parte, estou entorpecido, na alma e na boca, e não
sei o que te responder. E, no entanto, sim, miríade de vezes, sobre a virtude, pronunciei
numerosos discursos, para multidões, e muito bem, como pelo menos me parecia. Mas agora, nem
sequer o que ela é, absolutamente, sei dizer. Realmente, parece-me teres tomado uma boa
resolução, não embarcando em alguma viagem marítima, e não te ausentando aqui. Pois se, como
estrangeiro, fizesses coisas desse tipo em outra cidade, rapidamente serias levado ao tribunal
como feiticeiro. (GLOCK, 2003).
limitações de tais questões, porque ele não queria uma resposta sobre os actos praticados com
base na justiça e nem nos actos corajosos. Ele queria o conceito de justiça e de coragem.
O que Sócrates pede com afã aos cidadãos de Atenas é que lhe dêem o logos da justiça, o logos da
coragem. Dar e pedir o logos é a operação que Sócrates pratica diariamente pelas ruas de Atenas.
Pois que é este logos senão o hoje denominamos conceito? Este é o conceito. Quando Sócrates
pede o logos, quando pede que indiquem qual o logos da justiça, o que é a justiça, o que pede é o
conceito de justiça, a definição da justiça. Quando pede o logos da coragem, o que pede é o
conceito da coragem. Mas, para Sócrates, o interesse fundamental da filosofia era a moral: Chegar
a ter das virtudes e da conduta do homem conceitos tão puros e tão perfeitos, que a moral pudesse
ser apreendida e ensinada, como se aprende e se ensinam as matemáticas, e que por conseguinte
Contudo, só tenho um pedido que lhes faço: quando meus filhos crescerem, castigai-os,
atormentai-os com os mesmíssimos tormentos que eu vos infligi, se achardes que eles estejam
cuidando mais da riqueza ou de outra coisa que da virtude; se estiverem supondo ter um valor que
não tenham, repreendei-os, como vos fiz eu, por não cuidarem do que devem e por suporem
méritos, sem ter nenhum. Se vós o fizerdes, eu terei recebido de vós justiça; eu, e meus filhos
também. (MERCIER, 2003).
Cuidando da virtude, todo homem, com certeza, segundo Sócrates, teria condições de ter o
conhecimento de si próprio e com isso cuidariam de si próprios também. Quando o homem tem o
conhecimento de si próprio, não quer dizer propriamente que seja o conhecimento do corpo ou do
seu nome, mas o conhecimento da sua própria alma. Todos os princípios difundidos na doutrina
socrática se resumiam nessas proposições: “conheça-te a ti mesmo” e “cuide de ti mesmo”.
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Sócrates pregava a importância do autoconhecimento, porque sabia que muitos homens pensavam
conhecer-se mas, na verdade, nunca fizeram um exame interior, por julgarem os conhecimentos
do próprio nome, do corpo, suficientes para as pessoas se autoconhecerem. (MOTTA, 1984).
E assim, ele fez com Eutidemo, mostrou-lhe que muitos pensam conhecer-se, agem mal, deixando
escapar a própria felicidade. Para Sócrates, conhecendo-se a si mesmo, o homem conheceria a sua
própria alma e, com certeza, investiria sempre no propósito de torná-la melhor e assim, alcançar o
objectivo mais importante, com todo esse empenho, um encontro com a felicidade (eudaimonia).
Para Sócrates, então, quanto mais conhecimento o homem tivesse de si próprio, mais chance teria
de melhorar a sua alma e assim, prosseguindo, chegaria a se tornar óptimo. No diálogo Alcibíades
Maior, é retratado a importância do conhecer a si mesmo para podermos ter uma definição de
quem somos (128d-130e).
aqueles profissionais com uma melhor reputação. Assim podemos analisar, sob o ponto de vista
ético, as práticas de RH a partir de três grandes teorias:
A perspectiva deontológica – A acção moral é igual a lei moral, assenta na existência de
um conjunto de valores orientadores da acção dos profissionais de RH;
A perspectiva utilitarista – A moral é avaliada conforme suas consequências e não um
conjunto pré-definido de valores. É uma teoria que pode ser considerada de suporte da
teoria dos stakeholders (Greenwood, 2002);
A teoria dos stakeholders – Assenta naquilo que é bom e não naquilo que é certo. Os
stakeholders são todas as partes interessadas da organização, incluindo os trabalhadores,
os fornecedores, os accionistas, entre outros, nessa gestão nenhuma parte sai totalmente
perdedora. A acção dos gestores irá ditar as consequências boas ou menos boas para cada
stakeholder.
Devemos entender, em primeiro lugar, que a gestão de RH, pela sua natureza e papel dentro das
organizações, está na linha de frente no que toca à problemática da ética na relação entre
empregadores e trabalhadores, relação essa que Mercier (2003) caracteriza de “fundamental
desigualdade”. Por isso, várias empresas em diferentes áreas de negócio dão aos profissionais de
RH o papel de liderança no estabelecimento e manutenção dos seus programas de ética (MOTTA,
1984).
Mercier (2003). Afirma que a empresa tem perante os seus trabalhadores uma forte
responsabilidade, dado que sem estes a empresa não existiria. Mas de que forma é que uma
empresa pode utilizar a ética como instrumento de consolidação da sua relação com os
trabalhadores? Este autor fala-nos de política ética enquanto sinónimo de política social, sendo a
ética um instrumento clarificador do contrato psicológico entre empregador e empregado.
MERCIER. (2003). Relembra-nos que a política social da empresa tem por base as principais
etapas do percurso do trabalhador na empresa: recrutamento, remuneração, avaliação, formação,
progressão/promoção na carreira e, por fim, o despedimento/separação. Embora algumas destas
actividades sejam colocadas em regime de outsourcing (é um processo usado por uma empresa
no qual outra organização é contratada para desenvolver uma certa área da empresa), as principais
decisões que afectam estas práticas são da responsabilidade dos profissionais de RH da empresa.
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Como profissionais de RH devem apoiar-se em alguns princípios morais que definem a Ética e a
RH são:
A ética afecta o processo corporativo de tomada de decisão;
A ética é um instrumento que filtra as acções tornando-se socialmente responsável;
A ética e a competitividade são independentes pois nenhuma organização consegue
longevidade quando pessoas tentam enganar umas as outras, tentam aproveitar-se das
outras sendo desonestas;
A ética não tem ligação directa com a lucratividade sendo inevitável o conflito entre as
práticas éticas e a ênfase no lucro.
Para Glock (2003), os problemas são vivências subjectivas, conflitos interiores e práticos
ocorridos em contextos profissionais. Ou seja, um problema ético pode ser definido como uma
escolha indesejável ou desagradável relacionada com um princípio ou uma prática moral. A
actuação dos profissionais constitui um campo de conflito, onde cada profissional se confronta
diariamente com diversas situações problemáticas. Pode-se destacar ainda, a existência de
diferentes factores que podem contribuir com o “choque de realidade” que ocorre principalmente
com os profissionais iniciantes.
O primeiro deles é a formação profissional inadequada, que gera poucas habilidades para
aprender.
Para Morris (1989, cit in Rego et al, 2006), os executivos, onde se inserem os profissionais de
RH, enfrentam vários riscos e problemas no decorrer das suas actividades. Um dos riscos é que
muitas vezes as decisões são tomadas tendo por base o compromisso entre os seus valores
pessoais e os requisitos económicos do negócio.
Por outro lado, o profissional precisa de ser entendedor de toda a “verdade” empresarial, do que
acontece de importante na organização, para conseguir divulgar apenas partes da verdade que
julgue contribuir para o sucesso empresarial, por exemplo não dizer ao trabalhador que entende
ser menos competente de modo a não abalar a sua motivação e conseguir um aumento do seu
desempenho.
Sintetizando os problemas apresentados por Gramberg e Menzies (2006) podemos assinalar que
os profissionais de RH enfrentam problemas éticos quando tratam de situações tais como: o
recrutamento, a contratação, a formação, a remuneração, a promoção, a distribuição de tarefas, a
classificação de trabalho, o aconselhamento, a reabilitação, o abuso de monotorização, a
disciplina, os benefícios/regalias, situação de despedimentos, reformas, saúde e segurança,
assédio e discriminação moral e sexual, favoritismo, inconsistência dos pagamentos e brechas de
confidencialidade.
Carey (1999) apresenta no seu estudo os papéis que poderão ser adoptados por aqueles
profissionais na resolução de problemas éticos, destacando-se: monitorização (supervisiona o
cumprimento das regras e dos comportamentos eticamente aceites), organização (defende a
organização perante agentes externos), interrogação (questionada as dimensões éticas das
decisões tomadas pelos diversos gestores), aconselhamentos (aconselha os seus pares e restante
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Cabe neste caso ao RH o papel de mediador dessas questões. É o RH que possui as ferramentas
para o envolvimento das pessoas, convocando-as e incentivando-as a se comprometerem com o
processo de implementação de uma nova cultura organizacional. Neste novo cenário o RH ganha
uma posição de destaque, pois agora assume um papel mais estratégico nas organizações,
funcionando como uma espécie de elo de ligação entre as áreas, actuando verdadeiramente como
agente activo nos processos que envolvam as pessoas e deixando de lado aquela visão antiga de
RH operacional, na qual o sector era visto apenas como um gerador de custos e sinónimo de
demissões
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9.0. Conclusão
Com tudo que foi abordado e percebido ao longo do desenvolvimento deste trabalho, referir que
Sócrates foi grande pensador e com suas teologias as mesma muito importante para sociedade, a
vida de Sócrates e as suas rotinas desde o nascimento até a morte, foi estabelecido
entusiasticamente pesquisas de vários escritores à propósito dos seus ensinamentos apesar de não
ter deixado isso claramente por escrito. Para alguns autores da modernidade, o Sócrates é uma
lenda viva e incontestável que entregou a sua vida no lugar da morte, porque, para Sócrates o
verdadeiro conhecimento reside na ‘’verdade’’ e que a ignorância e o mal, era um erro de calculo
que no qual poderia ser usado para uma verdade. Visto que a ética e ontologia andam juntos onde
termos “ética” e “moral” ocupam um mesmo campo semântico e muitas vezes são usados como
sinónimos, por isso considero importante entender a origem de ambos.
Os debates de Sócrates em relação ao homem, giravam em torno da alma. Como sendo alma o
centro da verdade e que precisasse de todos os cuidados necessários para que ela seja valiosa para
o homem em detrimento da injustiça ou falsidade. Os principais ensinamentos filosóficos de
Sócrates situam-se no âmbito da psicologia, da epistemologia e da moral. Aqui a alma para
Sócrates, era o universo superior e que, porem, o homem tinha o direito de cuidar e temer a morte.
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10. Bibliografia
1.0. ALMEIDA, A. J. (2004). Uma reflexão crítica sobre a Gestão de Recursos Humanos. In
lança, I., Suleman, M., Ferreiro, F. (org), Portugal e a sociedade de conhecimento (pp. 179-188).
2.0. BAPTISTA, I. (2011). Ética, Deontologia e Avaliação do Desempenho Docente. Coleção
Cadernos do CCAP.