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UINVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO VISUAL COM HABILIDADES EM DESIGN &


MULTIMÍDIA

Lucas Januário
Mascarenhas Arnaldo Nguluve
Melu Guilherme Dionisio Chale

ASPECTOS ÉTICOS:
ASPECTOS COMPORTAMENTAIS NA SOCIEDADE E
NAS EMPRESAS

Beira

2022
Lucas Januário
Mascarenhas Arnaldo Nguluve
Melu Guilherme Dionisio Chale

ASPECTOS ÉTICOS:
ASPECTOS COMPORTAMENTAIS NA SOCIEDADE E NAS
EMPRESAS

Trabalho a ser apresentado na Faculdade de


Ciências e Tecnologia e ao departamento de
engenharias, ao curso de Licenciatura em
Educação Visual, com habilitações em Desenho
de Construção e Design Multimédia como
requisitos parciais de avaliação na cadeira de
Ética e legislação (EL).

Dr. Nurdine Braimo

Beira

2021
Índice
CAPÍTULO I...............................................................................................................................................4
1. Introdução........................................................................................................................................4
Objectivo geral....................................................................................................................................5

Objectivos específicos.........................................................................................................................5

3. Metodologia........................................................................................................................................5
CAPÍTULO II.............................................................................................................................................6
2. Revisão da literatura........................................................................................................................6
2.1. Ética.........................................................................................................................................6

2.2. Ética e moral............................................................................................................................7

CAPÍTULO III............................................................................................................................................9
3.1 Origem da Etica.....................................................................................................................................9
3.2 Ética Social........................................................................................................................................9
Conceito..............................................................................................................................................9

3.3. Cientificidade da ética social......................................................................................................10

3.4. O Facto ético...............................................................................................................................10

3.5. As leis humanas..........................................................................................................................11

3.6 O direito humano e a ética social.................................................................................................11

3.7. Etica relativo a liberdade............................................................................................................12

3.8 Ética Individual versus Ética Profissional....................................................................................12

3.9. A Ética nas Empresas.................................................................................................................14

3.9.1. Ética empresarial e a responsabilidade social..........................................................................16

CAPÍTULO IV..........................................................................................................................................18
4.1. Conclusão.......................................................................................................................................18
4.1. Referencias Bibliografia......................................................................................................................19
CAPÍTULO I

1. Introdução
Ética social e um conjunto de regras ou diretrizes, baseadas em torno de escolhas e valores
éticos, aos quais a sociedade adere. Muitas dessas regras geralmente não são ditas e, em vez
disso, devem ser seguidas.

Neste trabalho, vamos apresentar os conceitos fundamentais da ética social, e das leis humanas, e
também analisar a importância ou relevância da ética na sociedade e dentro das organizações
empresariais, assunto este que vem sendo debatido constantemente pelos profissionais da área,
tanto de empresas públicas como privadas.

A ética empresarial também está ligada a responsabilidade social e de sustentabilidade, fazendo


com que as pessoas tenham uma boa imagem da empresa, garantindo assim maior estabilidade e
harmonia entre seus colaboradores.

O presente trabalho esta dividido em IV capítulos. E no I capítulo, aborda-se sobre os objectivos,


e as metodologias; no II capítulo aborda-se sobre a revisão da literatura; no III Capítulo abordo
sobre o desenvolvimento do tema, desde da definição de ética social até ética empresarial. E no
IV capítulo, e apresentada a conclusão do trabalho e as suas referências bibliográficas.

Aprofundando a reflexão sobre os objectivos, métodos, e meios específicos, o trabalho dedicar-


se no desenvolvimento de argumentos que possam ajudar na análise de aspectos éticos: aspectos
comportamentais na sociedade e nas empresas.

Palavras-Chave: Ética, Leis Humanas, Códigos de ética empresarial, Ética social e sociedade.
2. Objectivos

Objectivo geral

 Conhecer os elementos que determinam e que contribuem no seu agir humano e


dentro de uma empresa ou sociedade.

Objectivos específicos
 Reconhecer os valores éticos e morais o (Bem e Mal);
 Refletir sobre vários aspetos ligados a ética social;
 Respeitar os valores éticos e morais na sociedade;
 Sintetizar os principais contextos dos aspectos comportamentais na sociedade e
nas empresas.

3. Metodologia
 Para a realização deste presente trabalho, foi realizada extensas revisões literárias
e pesquisas bibliográficas, em alguns manuais relacionados com o tema, consultas na internet,
Web sites e outras plataformas electrónicas. O material resultante foi organizado, analisado e
revisado.
CAPÍTULO II

2. Revisão da literatura

2.1. Ética
A ética dentro das relações de trabalho, vem para esclarecer os princípios que devem ser
expostos nessa relação, uma vez que ponto de equilíbrio deve ser buscado num dos principais
valores garantidos pelo estado democrático de direito, isto é, a dignidade da pessoa humana.
A ética tem como o seu campo de conhecimento, seu material de estudo, a moral, que por sua
vez é um” conjunto de normas, aceita livre e conscientemente, que regulam o comportamento
individual e social dos homens”. (VAZQUEZ, 2000)
Éthos,1 sendo entendida de maneira diversa no transcorrer dos séculos. Assim, seu significado
dependia da formação daquele que a estudava e do contexto em que seria inserida. Para alguns
significava morada, isto é, morada do ser. Contudo, para outros significava carácter, que seria
uma espécie de segunda natureza. (MOORE, 1975)

Desta forma, para evitar conflitos intermináveis, tendo em vista a grande evolução mundial,
adoptou-se e difundiu-se o significado da ética grega, que tem como base o conjunto de hábitos e
acções que visam o bem comum de uma determinada comunidade.

Segundo (NALINI, 2014) conceitua-se ética como “ciência do comportamento moral dos
homens, em sociedade”, sendo que a perda dos valores morais afecta de forma directa a
dignidade humana, que tem sua integridade abalada.

Vale salientar que o objectivo basilar da ética é a moral, uma vez que a moral não é a ciência e
sim o seu objectivo. Antes dos ensinamentos de Sócrates, chamados de “era dos pré socráticos”,
a preocupação que se tinha era com o naturalismo, ou seja, com aquilo que gira em torno do
indivíduo, e não com ele próprio. (MASIP, 2001)

[…...] Costumamos reunir esses pensadores sob a denominação de pré-socráticos; esse termo se
deve ao fato de terem vivido em épocas anteriores a Sócrates (470-399 a.C.) e porque
formularam problemas fundamentais que seriam debatidos pelos grandes mestres da filosofia
ateniense durante o cilicio posterior, que gerou os autores da República e da Ética, Platão e
Aristóteles. (SANTOS, 2009, pp. 40-41)

Os pensadores da era pré-Sócrates, também denominados de filósofos da natureza, fundavam


suas teorias a partir de suas vidas e experiências, contemplando um mundo que se apresentava
1
Éthos - Vem do vocábulo grego que significa ética
com diversas transformações. Entretanto, esses ainda mantinham suas identidades e hábitos,
estando organizados dentro de uma sociedade cada vez mais complexa. (SANTOS, 2009, pp. 10-
11)

Já na era de Sócrates, ensinava-se que o conhecimento do homem era fundamental para qualquer
consideração da ordem ética, sendo esta a faculdade da consciência moral. A lei cuja
representação deve ilustrar o móvel da conduta eticamente boa é o imperativo categórico, o
critério supremo de moralidade.

o conceito difundido de ética no ramo empresarial diz que “é ético tudo que está em
conformidade com os princípios de conduta humana; de acordo com o uso comum, os seguintes
termos são mais ou menos sinónimos de ético: moral, bom, certo, justo, honesto”. (Raymond,
1971)

A moral, portanto, é o objeto de estudo da ética. A moral é estudada através dos atos humanos:
atos conscientes e voluntários dos indivíduos que afetam outros indivíduos, grupos sociais ou a
sociedade como um todo. Assim, é possível falar em uma ética científica, mas o mesmo não
pode ser dito em relação à moral. Uma moral científica não existe,” [...], mas existe – ou pode
existir – um conhecimento moral que pode ser científico”. (VAZQUEZ, 2000)

2.2. Ética e moral

A ética, na maioria das vezes, é interpretada como um sinónimo de moral, sendo sempre
vinculada ao significado da palavra moral. Porém, a ética tem autonomia e também se apoia em
várias outras áreas do conhecimento, como a antropologia e a história, objectivando a análise do
conteúdo do que é moral.

Segundo (ARANHA & Pires, 2009, p. 354) O homem não pode abandonar a ética, haja vista que
este princípio faz parte da conduta e convivência humana e social. A moral é um dos aspectos
comportamentais que faz parte do ser humano, que tem a opção de adoptar esta ou aquela moral,
mas jamais viver sem ela. O fundamento moral não está ligado somente à experiência, mais se
apoia em princípios racionais apriorísticos.

Por oportuno, a ética também examina a responsabilidade de todos os actos humanos vinculados
a moral. Um problema prático-moral está sempre vinculado a uma situação concreta de agir, haja
vista que sempre existem dois caminhos para agir diante da acção, assim, conclui-se um
problema teórico-ético, situando a vértice da liberdade ou o determinismo em que a acção está
sujeita. (ARANHA & Pires, 2009, p. 321)

(VAZQUEZ, 2000) salienta que uma pessoa absorve a prática ética quando está frente à determinada
situação, onde busca e questiona os padrões morais absorvidos durante o desenvolvimento. É
nesse momento que o indivíduo encontra argumentos que podem ir contra ou a favor dos padrões
que ele mesmo acredita, testando a possibilidade de segui-los ou não.

As normas são os meios pelos quais os valores morais que os grupos sociais procuram se
manifestar, adquirindo um carácter regulatório obrigatório. A palavra moral é originária do latim
9 mos – mores, significando “costumes”, conjunto de hábitos e regras adquiridos durante o
tempo, pelas convenções histórico-sociais (VAZQUEZ, 2000, p. 13)

A virtude moral é adquirida em resultado do hábito, donde ter-se


formado o seu nome (ethiké 2) por uma pequena modificação na palavra
ethos (hábito). Por tudo isso, evidencia-se que nenhuma das virtudes
morais surge em nós por natureza. (ARISTÓTELES, 2001, p. 39)

A filosofia que compõe o conceito moral limita os conflitos de interesses humanos,


determinando que estes devam ser resolvidos e optimizados para melhorar a convivência dos
indivíduos no meio social. Portanto, conceitua-se moral como sendo a definição do
comportamento do homem diante da sociedade, podendo variar conforme sua cultura e o período
histórico vivenciado. Essas normas podem ser adquiridas pela educação, pela tradição e pelo
quotidiano. Já a ética, é o conjunto de valores que orientam o comportamento humano.

2
(ethiké) – Significa ética em grego
CAPÍTULO III

3.1 Origem da Etica

Etimologicamente a palavra etica provem do grego e latin: ethos+mos = etica (habito, costumes,
valores). A etica tem origem filosofica, devido ao problema do principio fisico que
sepreocuparam pelaorigem da natureza o que lhes levou a varias experiencias do quotidiano
cruzando diferentes ideias. Com estudo da filosofia, as reflexoes sobre origem da natureza,
concluiram que cada povo tem suas maneiras, interpretacoes, seus habitos, costumes, etc.

3.2 Ética Social

Conceito
Pode-se definir a ética como ciência que trata do emprego que o homem deve fazer de sua
liberdade, para conseguir o seu fim último. Este conceito nos remete a ideia de uma teoria
normativa relacionada com a conduta e os costumes humanos dentro da sociedade.
Concebe-se também a Ética Social como Filosofia Moral pelo facto de ter como objecto de
reflexão o comportamento humano, hábitos e costumes sociais. Das acepções apresentadas uma
ideia que nos permite concluir que de facto, a Ética Social procura estudar a origem e a natureza
da lei moral vivida em cada sociedade, ou valor de bem e mal da conduta do agir do homem na
sociedade.
Apesar da Ética estar relacionada com conduta e costumes, encontra-se em correlação com a
Moral que completa, procurando estabelecer regras que são assumidas pela pessoa na sociedade.
Nesta óptica de ideia, a Moral passa a ser uma reflexão Teológica, estudo do Transcendente
(Divino) que vai estabelecer a balança equitativa do bem-estar social do Homem na Sociedade,
através dos seus actos comportamentais aceite dentro do seu meio social.
A Ética social procura dar conta da importância da dimensão do agir social do homem e propor
uma nova compreensão do ambiente de relacionamento no lugar onde convivemos, mudando o
nosso comportamento, a nossa maneira de ser e contribuindo para uma boa relação Social.
Relacionam-se também aos hábitos e costumes dependentes e interdependentes do
comportamento entre os indivíduos enquanto social e proveniente ou habitante dum certo grupo
de pessoas.
Portanto, estabelece-se aqui uma estreita relação do Agir do homem com a Sociedade, levando o
estudo da ética a cada realidade contextual da comunidade. Assim podemos dizer a partir do
suporte acima que, quando a sociedade é conduzida pelos homens de bem, os valores sociais são
pela ordem do bem. Isto porque existe a classificação e responsabilidade nos actos, há busca do
bem para as pessoas, pela ética positiva, engrandecendo os costumes versados na paz, no amor e
na união, exercitados pelos bons hábitos. E assim, estaremos perante a Ética Social.
3.3. Cientificidade da ética social
O estudo da ética não se relaciona com o belo/Estética (Arte) mas, sim, procura avaliar se os
hábitos e os costumes vividos por certo indivíduo dentro da sociedade são bons ou maus. Não
são os costumes, nem hábitos por si só, mas os hábitos manifestados pelos indivíduos. É nesta
vertente em que alguns analistas não elevam a cientificidade da Ética Social, porque cada
sociedade tem os seus hábitos, seus costumes.
Admite-se também que a Ética Social tem uma linguagem exótica, descritiva. A utilização da
linguagem “é” que avalia o comportamento analítico, levando á não cientificidade universal da
sua reflexão.
Exemplo: A Moça é Bonita / não é Bonita.
A Ética Social apenas estabelece regras e/ou maneiras de se comportar, enquanto que as outras
ciências têm várias maneiras e podem evoluir e variar as suas visões universais de critica em
relação a certos pontos de estudos, através de experiências e definir certas teorias.

3.4. O Facto ético


Entende-se como facto ético a avaliação do Bom e do Mau, o que constitui um facto de
experiência e, é a partir desta que a ética se desenvolve. Pode ser também considerado como
capacidade inata de julgar moralmente o que é Bom e mau.
O facto ético está presente em todos indivíduos. Nenhuma pessoa pode escapar, todas as pessoas
participam a realidade que deve ser aceite por todos, caso contrário algo deve estar faltando.
A Ética social não é uma abstracção, ela baseia-se na realidade, num facto e na vida real do
Homem “ Experiências comum da vida Humana dentro duma sociedade ”e para estudar estas
realidades é preciso o facto ético que é obrigatoriamente um “Dever” ou existência de algo “Tem
Que”.
Os factos éticos que podem ser experimentais ou observados são:
 Ponto de vista ético (Comportamento): Temos o caso dos actos que cada um deve fazer;
que cada um não deve fazer; aquilo que depende da minha vontade, (se é positivo ou
negativo).
 No ponto de vista ético comportamental distinguimos os aspectos da liberdade individual
sem julgamento do outrem.
 Relações da ética e outras ciências humanas:
 Pretende-se verificar com o facto ético as relações que existem com as outras
ciências, tais como;
 Antropologias (social, cultural e filosófica) pelo facto destas ciências estudarem
os costumes e suas origens, como se expandem os hábitos e costumes e a ética
poder verificar os relacionamentos dos costumes Bom e Maus dentro das
sociedades.
 A Psicologia que também procura relacionar-se com ética na medida em que procura
estudar o homem no seu comportamento Bom e Mau, sobretudo no agir Social.
 Relaciona-se também com outras ciências.
 Sociologia, Etnologia, Política, etc... Ciências estas que estudam a vida política social do
homem e a ética vai determinar o que deve ser e como deve ser.
 Ética e Metafísica: É um facto ético porque procura fazer perceber de quecada conduta
humana tem, pode ter ou pode ser Bom ou Mau, além do pensamento moral que se recai
a Teologia, verifica-se que a conduta pode ter sua influência exterior.
Neste facto ético, procura-se analisar o comportamento Bom e Mau como se deve fazer e aplicar
um julgamento absoluto.

3.5. As leis humanas.


Se o pressuposto principal do estudo da ética social centra-se na distinção dos hábitos e costumes
Bons e Maus relaciona-os ao agir do homem dentro da sociedade, de certa maneira leva-nos a
perceber que existem universalmente Bom e Maus hábitos ou costumes, denominados por leis
humanas categórica ou por Lei do imperativo categórico.
Neste entender, a Ética Social trata da obrigatoriedade mais profunda ou interior da pessoa como
social. Não pode a ética ser considerada como uma lei exterior mais sim uma lei interior do
Homem ou uma crítica interior, uma consciência que ou de julgar se o comportamento a assumir
pelo homem na sociedade é Bom ou Mau.
A Lei pode ser entendida como sendo a formação exterior da obrigação humana e, esta lei pode
mudar segundo as necessidades das pessoas porque trata-se da formação aceite por todos.
Enquanto a Lei como tal, pode alterar mediante a força da sociedade, as leis Humanas que
constituem a Lei do imperativo categórico que sustenta o agir humano não muda prevalece, pois
associam-se ao facto ético.
Para percebermos a diferença sobre a Ética social e a Lei, no que tange as Leis humanas,
podemos partir da distinção entre o Crime e o Pecado no facto ético. O juiz ao julgar deve tomar
em conta a Lei não a ética, isto para distinguir o Crime do Pecado. Perceber-se-á o Crime como
algo ou infracção cometida perante uma lei já estabelecida dentro duma sociedade e o Pecado
como algo cometido contra a lei fundamental da moral e verdadeira, mas não se deve escrever
como lei. É acto ético percebido pela Ética Social.

3.6 O direito humano e a ética social


Cada um de nós é portador de uma dignidade que não se vende, não se transfere e não se abdica,
este é o seu direito - Direito de viver, um direito Bom. Esta dignidade que constitui direito
humano leva-nos a amar filhos, Pai, membros da família, povo, raça e nação.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem afirma esta dignidade em variados aspectos,
como base da liberdade, da justiça e da paz (ARISTÓTELES, 2001, pp. 21-26). Como membro
da sociedade, a pessoa tem a obrigação de contribuir para o bem comum ou o bem de todos.
O simples facto de contribuir para o bem comum estamos a agir mediante um valor ético social,
cumpridos com os deveres de cidadão ou de sócio, a pessoa conserva a liberdade para atender a
seus interesses particulares e do outrem.
Se do trabalho vive o homem então, este constitui seu direito e passa, automaticamente, a ser um
bem do ser humano, quer dizer que é por meio dele que o ser humano (homem e mulher)
completa o seu comportamento na maneira de agir e se realiza como pessoa e como membro de
uma comunidade e na família. Isso significa que o valor do trabalho humano não é o seu género
mas o facto de aquele que o executa ser uma pessoa social.
Alguns estudos recentes sustentam que o meio laboral molda o individuo e outros analistas
defendem que os cargos do trabalho mudam a conduta do individuo, não pelas leis e
regulamentos impostos mas sim, como um facto ético que ajuda a complementar o homem na
sociedade, nos nossos hábitos, em virtudes, na aceitação de certos costumes. Ficam assim
reguladas as relações do trabalho com as pessoas e os grupos intermediários ou comunidades.
Quer dizer, se o individuo é pertença de uma organização, tem seu direito como colaborador e ao
mesmo tempo um compromisso com a sociedade. Assim pode-se compreender a
solidariedade/Socialização entre as pessoas membros da sociedade, assumindo certos valores
éticos aceites nesta sociedade.
Este princípio é fundamental para o destino comum da humanidade. Isso nos envolve nas
relações humanas fundamentais, não só no nível pessoal, mas nos níveis pessoa-pessoa, ser
humano-meio ambiente, nas relações com os mais diversos grupos comunitários e organizações
sociais, com os diferentes níveis e instâncias de poder.

3.7. Etica relativo a liberdade

O bem em relacao aos actos livres humanos, aqui podemos nioitar a liberdade, os valores morais
a apresentaremse no agir para a liberdade do individuo.

3.8 Ética Individual versus Ética Profissional

A ética, enquanto ramo base do conhecimento, tem por finalidade agregar o comportamento
humano no interior de cada sociedade. Qualquer sociedade enfrentará os dilemas atribuídos à
moral e à ética. Os dilemas morais fazem parte do reflexo das acções das pessoas, surgindo a
partir das consequências da acção e reacção de um determinado indivíduo frente a um
acontecimento.
Segundo (ALENCASTRO, 1997) a ética profissional consiste em um conjunto de normas de
conduta que devem ser sugeridas e executadas durante o exercício profissional. As acções
reguladoras da ética atingem o desempenho profissional, fazendo com que o profissional respeite
à semelhança do próximo.
Para ele, a ética individual consiste na construção continuamente inacabada, pois persiste até o
fim da vida. O ser humano, desde seu nascimento, está sujeito à influência social, primeiramente
por intermédio da família, depois pela influência social na escola, entre amigos, com os meios de
comunicação, dentre outros. Essas influências são adquiridas aos poucos, fazendo com que se
manifeste o aspecto moral social. Assim, o indivíduo tem o livre arbítrio para acatar determinada
norma devido sua reflexão social, podendo ser chamada de interiorização.
Aristóteles considera que a ausência de interiorização das normas gera comportamentos que só
podem ser regulados por medo das punições:
Com efeito, as pessoas em sua maioria não obedecem naturalmente
ao sentimento de honra, mas somente ao de temor, e não se abstêm
da prática das más acções por causa da baixeza destas, mas por
temer a punição; vivendo segundo os ditames das emoções elas
buscam seus próprios prazeres e meios de chegar a eles, e evitam
os sofrimentos contrários, e não têm sequer uma noção do que é
nobilitante e verdadeiramente agradável, já que elas nunca
experimentaram tais coisas. (ARISTÓTELES, 2001, p. 42)
O filósofo Aristóteles também defende a ideia de que o domínio da acção humana corresponde
de forma directa à deliberação do livre raciocínio, reflectindo em suas práticas e moralidade.
Assim, a relação entre as duas faculdades humanas não pode ser classificada como uma natureza
teórica, já que todas as acções humanas geram outros factores, causam uma acção e reacção.
(SANTOS, 2009, pp. 58-59)

A ética é composta de cinco regras basilares, sendo:


 A natureza humana e verdadeira, atribuída ao homem sadio e puro, habilitando as
virtudes do carácter íntegro e correto;
 As normas de carácter diverso e até mesmo oposto à ideia da universalidade ética: as
relacionadas à forma ideal universal e comum do comportamento humano, expressa em
princípios válidos para todo pensamento são. Sendo esta a segunda fonte das regras
éticas;
 A consequência da busca reflectida dos princípios do comportamento humano. Onde,
cada significado do comportamento ético torna-se objecto de reflexão por parte dos
agentes sociais. Essa seria a procura racional das razões da conduta humana;
 A legislação de cada país e de foros internacionais, ou mesmo os Códigos de Ética
Empresarial e Profissional;
 Os costumes que geram as normas éticas.
(SUNG & SILVA, 1995) analisam as questões referentes à ética individual diante da ética
profissional. Os autores enfatiza que a ética individual passou a fazer parte do quotidiano social
após o crescimento do capitalismo, já que a filosofia seguida pelos defensores da cultura
capitalista era de defender de todas as maneiras os interesses individuais, independente da
consequência recaída ao colectivo.
Os mesmos autores explicam ainda que “quando o espírito da defesa do interesse próprio é o
mais forte numa empresa, é impossível criar o espírito de equipe, um item fundamental para
aumentar a produtividade da empresa, tão necessária num mercado competitivo”. (SUNG &
SILVA, 1995)
Os autores declaram que esses factores levaram os executivos e os estudiosos e teóricos da
administração a se atentarem sobre as questões éticas, enxergando que a ausência de ética e a
simples defesa do interesse próprio põem em perigo a sobrevivência das empresas e, portanto,
dos seus próprios empregos. (SUNG & SILVA, 1995, p. 66)
Os valores individuais ligados à formação, à família do indivíduo, são importantes. No entanto,
pesquisas indicam que “provavelmente a qualidade ética do grupo do trabalho, e não do
desenvolvimento moral, é o mais importante para a determinação do comportamento das pessoas
na empresa”. (ENRIQUEZ, 1997, p. 7)

3.9. A Ética nas Empresas


Anteriormente, o termo “ética” era reservado apenas aos filósofos, sendo praticamente
desconhecido no meio social, com o passar do tempo o termo e seu conceito ganharam força e
prática dentro das organizações e instituições modernas. Sobre tal preceito espana. (ENRIQUEZ,
1997)

[...] Quando se examina com atenção o movimento do pensamento


e da acção, que dá à ética um valor essencial, não se pode deixar de
considerar de que se trata, por um lado, de um sinal de malestar
profundo que afecta a sociedade ocidental e, de outro, uma
tentativa de tratar desse mal, quer procurando transformar o
sintoma em sinal de cura, quer buscando descobrir suas raízes e
significados. (ENRIQUEZ, 1997)
Uma empresa sempre está vulnerável diante dos princípios éticos, pois esta não tem poder de
controlar a atitude de determinada pessoa. Assim, fazem parte dos problemas éticos de uma
empresa: a corrupção, a utilização de informações confidenciais em benefício próprio, revelação
de estratégias adoptadas pela empresa, assédio moral ou sexual, manipulação de informações
sigilosas, desvio de dinheiro, dentre outros.
Os problemas enfrentados pelas empresas acabam por reflectir dentro da sociedade, que acaba
recebendo as consequências dos actos antiéticos, haja vista que alguns desses problemas, como a
corrupção e as fraudes, são directamente repassados ao produto final, que tende a ter um valor
maior no mercado.
Além disso, alguns desses problemas, como os actos de abuso sexual ou moral, causam comoção
social, fazendo com que a sociedade interprete de forma negativa as acções da empresa.
Maior parte das empresas que visam apenas o retorno financeiro e os lucros mais altos estão mais
propícias a sofrerem com os comportamentos não éticos.
salienta que tais comportamentos acabam por impor transformações no princípio moral e ético
dos colaboradores, pois se tratam de ações que resultam na perda de confiança e respeito. Isso
faz com que o indivíduo abra mão da paz social e passe a lutar apenas pelos seus interesses
pessoais.
A importância dos princípios éticos dentro das organizações e empresas ganhou maior relevância
a partir da década de 80, com a redução crucial da hierarquia e a consequente autonomia
financeira concedida pelas pessoas. A grande disputa por cargos de maior importância também
de desenvolveu, criando um maior desejo de se sair melhor a qualquer custo.
Vale exclamar a seguinte afirmação: as empresas são formadas por pessoas, sendo sua fundação
existente, tão somente, por causa delas. Assim, por trás de qualquer decisão a ser tomada,
qualquer erro no percurso ou imprudência estarão os colaboradores, pessoas normais, e são essas
pessoas que irão trabalhar em prol da empresa, vivenciando suas glórias e seus fracassos.
Segundo autora (NASH, 1903) a ética nas organizações pode ser definida como estudo da forma
pela qual normas morais e pessoais se aplicam às actividades e aos objectivos de uma empresa
comercial.
ética nas organizações não se caracteriza como valores abstractos, nem podem ser alheios aos
princípios que vigoram a sociedade, pelo contrário, as pessoas que as constituem, sendo sujeitos
históricos e sociais, levam para elas as mesmas crenças e princípios que aprenderam enquanto
membros da sociedade. (NASH, 1903, pp. 6-10)
Não é de hoje que os padrões éticos são declamados com importância. Durante anos, esse
princípio era a maior preocupação do empresário como indivíduo, e não da empresa, haja vista
que a responsabilidade diante dos compromissos recai naquele que possui o maior cargo.
A evolução fez com que a questão ética deixasse de manter o papel apenas social, passando a
formar as directrizes institucionais. A demarcação de ética empresarial diz respeito às normas,
padrões e princípios morais sobre o que é certo ou errado em situações específicas. Assim, “a
ética empresarial compreende princípios e padrões que orientam o comportamento no mundo dos
negócios”
Destarte, a ética passa a depender cada vez menos do carácter e da vontade isolado do “chefe”,
passando a fazer parte do conjunto de circunstâncias estruturais internas e externas da
organização.
3.9.1. Ética empresarial e a responsabilidade social

Os conceitos que definem a ética empresarial e a responsabilidade social são extremamente


próximos, sendo por muitas vezes utilizados como sinónimos, mas não se confundem.
Conforme já citado, a ética empresarial corresponde aos princípios e padrões que norteiam o
comportamento na seara empresarial, podendo ser julgado como certo ou errado, ético ou 18
antiético pelas pessoas que ali estarão envolvidas. Assim, a ética serve como fonte basilar para a
responsabilidade social, inexiste responsabilidade social sem que haja a ética empresarial.
A responsabilidade social nas empresas versa a obrigação delas com os seus clientes,
proprietários, empregados, comunidade, fornecedores e governo, com a comunidade como um
todo.
O economista Milton Friedman, ganhador do Prémio Nobel da Economia, afirma em seu artigo
que a responsabilidade da empresa é o lucro e que o melhor resultado da empresa, em última
análise, beneficiará o maior número de pessoas possível, gerando mais empregos e contribuindo
com o pagamento de impostos.
Isso se deve pelo conceito que tem sido incorporado à vida das organizações, para estabelecer
harmonia entre o lucro e a sua actuação diante de seus públicos. Alencastro ressalva:
[...] A responsabilidade social das empresas representa, portanto,
mais do que uma postura mercado lógica, é um selo de qualidade
que direcciona o consumo de produtos e serviços, um conjunto de
valores éticos e de transparência que envolve, entre outros, o bom
relacionamento entre comunidade, trabalhadores, fornecedores,
clientes e governo. (ALENCASTRO, 1997, p. 91)
Com isso, a responsabilidade social implica na actuação eficaz da empresa com todos aqueles
que são afectados por sua actividade, sejam directas ou indirectas, possuindo um alto grau de
comprometimento com seus colaboradores internos e externos.

3.9.2. A Empresa ética

A responsabilidade de um gestor empresarial vai bem mais além do que apenas cumprir com a
lei aplicada ao país e obter ganhos financeiros para seus proprietários. A responsabilidade
implica na actuação eficaz da empresa com todos aqueles que são afectados por sua actividade,
sejam directas ou indirectas, possuindo um alto grau de comprometimento com seus
colaboradores internos e externos.
Com o passar do tempo, os gestores empresariais adquiriram mais consciência no que tange o
número de interessados que eles devem satisfazer, tendo assim, a necessidade de ampliar seus
critérios de decisão para a maior protecção dos direitos básicos dos indivíduos.
A partir do momento que as empresas passam a enxergar as aplicações e actitudes éticas como
um controle feito pela própria sociedade, estas passam a explorar resultados mais positivos, que
facilitam a aceitação de seus produtos e serviços.
A ética empresarial se afirma pela moralização dos mercados, é a moral da gerência seu lugar de
referência. Aquele que possui o juízo moral é descrito como portador de nada menos que seis
características, ou capacidades operativas, que CARROLL (1991) afirma serem: imaginação
moral, identificação e ordenação moral, avaliação moral, tolerância à ambiguidade e
discordância, e integração de competências gerenciais e competências morais, e, por fim, o senso
ou sentido de obrigação moral.
Nessas circunstâncias, uma reflexão sobre a dimensão ética nas empresas deverá passar
necessariamente pelo resgate da qualificação profissional, mas incluirá outros aspectos
organizacionais, fundamentais ao resgate da dimensão pública da ética e, consequentemente, ao
resgate da cidadania.
Uma empresa que não trabalha com o princípio da transparência, dificilmente garantirá sua
sobrevivência dentro do mercado dos negócios. A honestidade, a lealdade, a competência são
valores muito esmerados por qualquer cliente, consumidor e fornecedor. Um disparate da
empresa em algum desses princípios pode ser satisfatório para que uma organização ligada a ela
rompa seu contrato ou seus negócios por um bom tempo, ou para sempre.
CAPÍTULO IV

4.1. Conclusão

Este trabalho teve como principal proposta falar sobre aspectos éticos: aspectos
comportamentais na sociedade e nas empresas, por meio de ideias, de filosofos, sociologos que
se destacaram e são reconhecidos há nível mundial. Inicialmente, procedeu-se uma revisão da
literatura de suporte à pesquisa acerca dos aspectos conceituais

Os resultados deste trabalho constituem valiosas reflexões para que se possa ter uma visão mais
clara do papel de uma empresa ou mesmo o papel de um individuo, individuo este que pode
desempenhar um grande papel nesta empresa, ou mesmo sociedade. Os conceitos analisados
evidenciaram, ainda, os factos eticos.

Sintetizando duma forma geral de acordo com o trabalho feito, conclui-se que a estica social e
um conjunto de regras ou diretrizes baseadas em torno de escolhas, valores eticos , aos quais a
sociedade adere. Muitas dessas regras geralmente não são ditas e, em vez disso, devem ser
seguidas.

Pode ser tambem considerada a capacidade inata de julgar moralmente o que e bom ou não.
4.1. Referencias Bibliografia
ALENCASTRO, M. S. (1997). A importância da ética na formação de recursos (Vol. 339). São Paulo:
Fundação Biblioteca Naciona.

ARANHA, M. L., & Pires, M. M. (2009). Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna.

ARISTÓTELES, T. M. (2001). Ética a Nicômaco. Brasilia: Brasília: Editora Universidade de Brasília.

ENRIQUEZ, E. (1997). Os desafios éticos nas organizações modernas. São Paulo: Revista de
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MASIP, V. (2001). História da Filosofia Ocidental. São Paulo: EPU.

MOORE, G. E. (1975). Princípios Éticos. São Paulo: Abril Cultural.

NALINI, J. R. (2014). Ética geral e profissional (Vol. 4. ed). São Paulo: Revista dos Tribunais.

NASH, L. (1903). Ética nas Empresas. São Paulo: boas intenções à parte.

Raymond, S. J. (1971). Ética em negócios. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura.

SANTOS, M. V. (2009). Os pensadores, um curso. São Paulo: Casa da Palavra.

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VAZQUEZ, A. S. (2000). Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

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