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Projeto e Dimensionamento de Freio A Disco de Um Veículo Do Tipo Fórmula
Projeto e Dimensionamento de Freio A Disco de Um Veículo Do Tipo Fórmula
Tucuruí – PA
2018
Magson Araújo da Silva Matrícula: 201534040035
Thelri Aguiar Ferreira Matrícula: 201534040032
Everton Viana de Souza Matrícula: 201434040024
Michel Ailis Farias Ribeiro Matrícula: 201234040015
Pedro dos Santos Ribeiro Neto Matrícula: 201534040014
Kauê Jhonata Sousa de Sousa Matrícula: 201534040039
Cloves Augusto Coelho Barros Júnior Matricula: 201534040026
Tucuruí – PA
2018
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 6
2 OBJETIVO .............................................................................................................................. 7
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 20
ANEXOS .................................................................................................................................. 21
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1 INTRODUÇÃO
“Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma
linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele”
(Isaac Newton, 1687). A primeira lei de Newton descreve bem a razão da existência dos
sistemas de freios, os mesmos são mecanismos que controlam o movimento de aceleração de
uma máquina, possuem a finalidade de desacelerar e/ou parar um movimento. Isto ocorre graças
ao atrito resultante entre alguns componentes do sistema, a consequência desse contato é uma
energia cinética transformando-se em energia térmica.
Dentre vários tipos, o sistema a ser trabalhado neste trabalho será o de freio a disco. Este
foi idealizado em 1902 pelo engenheiro inglês Frederick Lanchester, entretanto esse sistema só
teve progresso no período da II Guerra Mundial em que foi utilizado na indústria aeronáutica,
até então, o freio utilizado nos veículos era o freio a tambor. Os freios a disco tornaram-se
presentes na indústria automotiva somente nos anos 60, desde então conquistam espaço devido
sua eficiência na frenagem ser superior à dos freios a tambor.
2 OBJETIVO
O presente trabalho tem por objetivo projetar um sistema de freio aplicado a um veículo
protótipo do tipo fórmula, levando em consideração os parâmetros do veículo, sua
desaceleração e determinando o torque de frenagem, com isso aprovando os materiais
selecionados. O sistema deve apresentar uma eficiência de modo a atender as condições na qual
será submetido.
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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para um projeto de dimensionamento de freio a disco para um protótipo do tipo Fórmula
SAE, precisamos conhecer por onde e como é escolhido todos os parâmetros, variando da
escolha do pedal até a escolha do disco.
Fonte: https://pt.depositphotos.com/178965124/stock-photo-car-brake-disc-and-red.html
Freios a disco são pouco sensíveis à contaminação externa, pois o disco é uma superfície
externa girante, o que expulsa as impurezas por meio do efeito centrífugo. Este conjunto é
menos propenso a falha por fadiga do sistema, decorrente do calor gerado.
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Os discos de freio podem ser uma peça sólida ou ventilada, com canais no seu interior
por onde o fluxo de ar possa escoar. Um artifício bastante utilizado em motocicletas é perfurar
os discos por três motivos: o primeiro é melhorar a limpeza dos discos caso haja contaminação
por impurezas, óleo, lama e água. O segundo é diminuir a massa e a inércia do rotor. Por fim,
perfurar os discos melhora a dissipação de calor.
Segundo Orthwein (2004), entre os materiais utilizados na fabricação dos discos de freio
estão o ferro fundido cinzento, o aço-carbono e aço inoxidável. Como o avanço tecnológico e
o aumento do desempenho dos veículos, vem surgindo discos de freio com materiais diferentes
e sendo compostos de cerâmica, carbono e alumínio.
Dentre os tipos de fixação existe dois modelos que são mais usados, o primeiro é para
freio fixo, onde é acoplado ao cubo de roda, esse tipo de freio é mais usado para carros e motos
mais populares. O modelo de freio flutuante também é fixo no cubo de roda, entretanto
apresenta uma estrutura bipartida unida por rebites que permitem flutuação lateral entre as
peças, a principal vantagem desse sistema é compensar pequeno empenamento se promover
vibrações no sistema.
A pinça de freio pode ser fabricada em alumínio, magnésio, aço ou ferro fundido. O
alumino, apesar de possuir um preço mais elevado, tem como principal vantagem o baixo peso
e a dissipação mais eficiente de calor.
Fonte: http://www.carrosinfoco.com.br/carros/2016/03/funcionamento-e-detalhes-do-sistema-de-freio-a-disco/
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A pinça flutuante por possuir uma construção mais simples em relação a fixa, apresenta
menor custo, sendo utilizada, como dito anteriormente, na maioria dos carros e em motocicletas
de menor potência. Seu princípio de funcionamento baseia-se na terceira lei de Newton, ação e
reação. A pinça fica montada em um suporte móvel, ao acionar o pedal, o pistão do cilindro
mestre é deslocado, pressurizando as linhas de freio. Pelo princípio de Pascal, esta pressão é
transmitida para a pinça e o pistão da mesma desloca-se, empurrando a pastilha contra a face
do disco. Em seguida, por reação, a carcaça da pinça é deslocada em sentido oposto ao
movimento do pistão, trazendo junto a ela a outra pastilha, que se encontra do lado oposto do
disco. Uma das vantagens desse sistema é a capacidade de compensar pequenos empenos no
rotor sem introduzir vibrações ao sistema. Porém sua desvantagem está no fato de precisar ser
uma peça extremamente rígida, a fim de garantir o princípio da ação e reação.
As pinças fixas, como ilustrado na figura 2, são mecanismos mais complexos e pesados.
Ela utiliza pistões opostos, montados em cada lado da pinça de freio. Os pistões de cada lado
têm a função de pressionar somente uma das pastilhas contra o disco. Logo, para o mesmo
número e tamanho de pistões, a pinça fixa transmite ao disco metade da força que seria
transmitida no sistema de pinças flutuantes.
Alguns estudos dizem que a razão de pedal nos carros deve variar entre 4.0 e 6.5. A
figura 3 juntamente com a equação abaixo mostra uma visualização da grandeza W. A equação
(2) representa a força transmitida pelo pedal ao cilindro mestre em função da força de
acionamento Fpil,.
𝐵
Assim temos as seguintes equações: 𝑊 = 𝐴 (1)
Segundo Puhn (1987), o pedal de freio deve ser projetado de tal forma que, para a força
máxima aplicada, sua posição seja de 90º em relação ao push-rod, que por sua vez deve estar
paralelo ao cilindro-mestre e o curso máximo do pedal não deve ultrapassar 150mm, quando o
sistema está frio, o curso do pedal não deve ultrapassar 90mm.
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Fonte: Wilwood
Fonte: Tilton
Assim, existem duas formas de funcionalidade desse componente, as quais são do tipo
simples ou duplo. O primeiro é formado por pistão, cilindro, mola de retorno e reservatório,
sendo que esse único cilindro mestre simples é responsável por pressurizar todo o sistema. A
desvantagem desse arranjo é de que se houver falha em algum ponto do sistema, toda a potência
de frenagem é perdida. Por outro lado, o cilindro mestre duplo visa amenizar esse problema
causado pelo simples, composto por dois pistões em linha dentro de um único cilindro, os quais
funcionam, cada um, como um cilindro simples individualmente.
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Fonte: http://tudosobreautomobilistica.blogspot.com.br/
Fonte: http://planetabuggy.forumeiros.com/t6416-cilindro-mestre-duplo-nao-e-independente
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𝑉𝑓 = 𝑉0 + 𝑎𝑡
Na qual:
Vf = velocidade final (pretendida), sendo igual à zero para poder parar o veículo;
V0 = velocidade inicial (ou máxima) alcançada pelo protótipo, a qual caracteriza o momento
em que se inicia a frenagem;
Ademais, no que diz respeito a freios de disco, o torque de frenagem é a força que
pressiona as pastilhas de freio contra as faces do disco, gerando um desgaste axial. Essa força
atua numa linha de ação r, ainda com um raio efetivo re que define o raio de uma sapata
equivalente à linha de ação, com espessura radial infinitesimal (SHIGLEY, 2005). A força
atuante F e o torque de fricção são:
𝑟
𝐹 = (𝜃2 − 𝜃1 ) ∫𝑟 0 𝑝𝑟 𝑑𝑟
1
𝑟
𝑇 = (𝜃2 − 𝜃1 )𝑓 ∫𝑟 0 𝑝𝑟 2 𝑑𝑟
1
Descrição Dados
Peso do veiculo 300 kg
Força a ser vencida na roda (sistema) 950 N
Torque a ser vencido na roda (sistema) 150 N.m
Tabela 2: Componentes
Quantidade Descrição
1 Balance bar Wilwood Modelo 340-4745
2 Cilindro Mestre Wilwood 260-2636
4 Pinça de freio Wilwood SC1 SINGLE PISTON 120-
9851
4 Disco de freio Wilwood Aliminum mini Sprint 160-
13712
4.2 Pedal
Segundo o que foi visto na revisão temos que: W = B/A, onde B é a distância da força
aplicada pelo piloto e A é a distância para calcular a reação de apoio do sistema. E temos
também que Fpedal = Fpil x W. Com isso temos que B = 195 mm, A = 45 mm, Fpil = 400N.
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B 195
W = = = 4,333
A 45
∑𝑀𝑐 = 0
0,195 𝑥 400
0,195𝑥𝐹𝑝𝑖𝑙 = 0,045 𝑥 𝐹𝑝𝑒𝑑 → 𝐹𝑝𝑒𝑑 = = 1733,2 𝑁
0,045
A força que vai chegar em cada cilindro vai ser metade da Fped então: Admitindo que
a pressão no cilindro (Pcm) é igual pressão na pinça (Pp) (ignorando as perdas de carga
do sistema).
Admitindo uma distribuição de força de 50% no Cilindro mestre esquerdo e direito.
E a distribuição é de 50% para cada roda.
Temos:
𝐹𝑝𝑒𝑑 1733,2
𝑃𝑐𝑚 = → = 2166500 𝑃𝑎.
4𝑥𝐴𝑐𝑚 4𝑥0,0002
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𝑇 = 179,609 𝑁
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5 CONCLUSÃO
Assim, foi possível desenvolver um sistema de freio a disco eficiente e confiável, dentro
dos parâmetros determinados no projeto para atender um protótipo veicular tipo Fórmula SAE.
Os componentes e características importantes, como o pedal, desaceleração pretendida e torque
de frenagem, foram dimensionados de forma satisfatória para o protótipo, apresentando
resultados que atendem as condições de alta performance do veículo. Ademais, o presente
estudo teve grande relevância para o entendimento de sistemas de freio a disco, a partir da
metodologia e estudos realizados para o dimensionamento, além das análises dos parâmetros a
que o projeto foi submetido para sua concepção. Dessa forma, pôde-se ter um enorme
aproveitamento na disciplina de Elementos de Máquinas II, no que diz respeito ao
conhecimento adquirido de sistemas de freio.
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REFERÊNCIAS
ORTHWEIN, W.C., Clutches and Brakes – Design and Selection, 2 ed. Nova York,
Marcel Dekker, 2004.
SHIGLEY, Joseph E.; MISCHKE, Charles R.; BUDYNAS, Richard. G.; Projeto de Engenharia
Mecânica, 7ª ed. Bookman, 2005.
ANEXOS
Cilindro mestre - Wilwood
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SC CALIPER SERIES
Caliper Highlights:
Designed, engineered and manufactured in the U.S.A., this floating
die cast aluminum caliper is a strong, compact, inexpensive answer to
the braking needs of recreational, agricultural and industrial vehicles.
Features of this single piston design include availability of either 1.06”,
1.19” or 1.25” bore size, fitted dust seal to prevent ingress of
environmental contamination, dual bleed fittings for versatility in
mounting position and fluid inlets in M10 x 1.0 banjo.
The mounting system features corrosion resistant slide pins floating in
visco elastic rings mounted in the ears of the body for smooth , rattle-
free operation. This system controls pad knock-back to retain a
consistent pedal or hand lever feel throughout the life of the pads.
Weight: from 1.1 pounds. Rotor thickness range: .15” to .25”
ORDERING INFORMATION:
"E"
OUTSIDE .67 (17,0)
RADIUS 3.00 (76,2) MOUNT "D1"
HOLE .72 (18,3)
114 02-01-08 4700 Calle Bolero • Camarillo, CA 93012 • www.wilwood.com • Sales: 805 / 388-1188 • Fax: 805 / 388-4938