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XI Colóquio Internacional Marx e Engels

Cemarx – IFCH – UNICAMP

Nicos Poulantzas, o Estado capitalista e a transição socialista

Angela Lazagna*
Em 1968, Nicos Poulantzas, jovem cientista político grego radicado na França,
publica em Paris Pouvoir politique et classes sociales (PPCS). Este livro surpreende de
imediato o público acadêmico em virtude da elevada envergadura do seu projeto teórico,
bem como por encerrar um grande período de esterilidade concernente aos esforços de
uma reflexão sistematizada acerca do Estado no campo teórico do marxismo. Alinhado
com a versão do materialismo histórico desenvolvido pelo filósofo franco-argelino Louis
Althusser entre as décadas de 1960 e 1970, Poulantzas toma como ponto de partida o
conceito de modo de produção ampliado. Seu objetivo é, pois, contribuir com a
empreitada althusseriana, cumprindo uma tarefa teórica específica: a construção de uma
teoria regional do político no modo de produção capitalista (MPC).
É possível afirmar que os dois grandes temas que informam as teses expostas
nessa obra são aqueles relativos à função do Estado burguês, tema ligado à reprodução
do MPC, e à destruição do Estado burguês, tema relacionado à transição socialista. No
entanto, Poulantzas não dedica o mesmo tratamento teórico a ambos os temas, já que a
reflexão sobre a transição socialista se encontra em PPCS em estado prático. De qualquer
maneira, está implícita na teoria regional do político no MPC o modelo leninista de
destruição do Estado burguês. O aspecto central, mas não único, em PPCS, consiste na
caracterização da estrutura jurídico-política própria ao MPC. Concentrar-me-ei nesta
apresentação na caracterização da estrutura jurídico-política peculiar ao MPC e na análise
do papel do Estado burguês na reprodução do MPC, bem como na questão da destruição
do Estado burguês e da transição socialista.

Poulantzas e o Estado capitalista


Em PPCS, Poulantzas atribui ao Estado burguês a função de organizar a
dominação de classe ao criar as condições ideológicas necessárias à reprodução das
relações de produção capitalistas. De acordo com Décio Saes, é esta a função central que
pode ser extraída do esquema teórico poulantziano (é por esse motivo que Saes prefere
empregar o conceito de Estado burguês e não o conceito poulantziano de Estado
capitalista). Poulantzas analisa o duplo efeito ideológico produzido pelo Estado burguês
oriundo, respectivamente, da ação do direito burguês e do burocratismo: 1. O efeito de
individualização ou de isolamento, que converte os agentes sociais membros de uma
classe social em indivíduos “livres e iguais” e 2. O efeito de representação da unidade,
que unifica as pessoas políticas-indivíduos privados, isolados pelo efeito de isolamento,
na universalidade política do Estado-Nação.
Quanto ao primeiro efeito, Poulantzas constata que o direito capitalista atribui a
todos os agentes da produção, independentemente do lugar que ocupam no processo de
produção imediato, a condição de sujeitos individuais de direitos, fixando-os como
indivíduos “livres” e “iguais”, capazes de praticar, de maneira legítima, atos de vontade.
Os valores jurídicos capitalistas se conjugam, desse modo, com a estrutura econômica
capitalista, na qual os trabalhadores se encontram separados dos meios de produção e
isolados uns dos outros em função da divisão especificamente capitalista do trabalho.
Segundo Poulantzas, “São das relações jurídicas, e não das relações de produção no

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Doutora em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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sentido estrito, que decorrem o contrato de trabalho e a propriedade formal dos meios de
produção” (1975a:134). Quanto às condições materiais de separação do produtor direto
dos meios de produção, elas dizem respeito à grande indústria moderna em que o
processo de trabalho apresenta, em razão da presença da máquina, um caráter altamente
socializado. O sistema de maquinaria, de acordo com Marx, só funciona com base no
trabalho imediatamente socializado ou coletivo. A coletivização do processo de trabalho
transforma o produtor direto de trabalhador independente (ainda caracterizado pela
conservação do caráter artesanal do trabalho na manufatura) em trabalhador dependente:
a decomposição do processo de trabalho de um mesmo objeto em uma grande variedade
de tarefas encadeadas transforma o trabalho de cada produtor direto em um elemento
dependente do trabalho de todos os produtores. O caráter cooperativo do processo de
trabalho se converte em uma necessidade técnica ditada pela natureza do meio de
trabalho. No entanto, de acordo com Saes, Poulantzas identifica um outro aspecto da
condição do produtor direto sob as condições de produção capitalistas: além da condição
coletiva e dependente do produtor direto, verifica-se, também, a sua condição de
independente. Poulantzas observa que o caráter privado dos trabalhos dissimula a
dependência real dos produtores introduzida pela socialização do trabalho. Saes ressalta
que a repercussão dessa constatação de Poulantzas não é integralmente avaliada pelo
autor no conjunto da sua análise teórica sobre o Estado. No entanto, Saes deduz que para
Poulantzas, no relacionamento entre o proprietário dos meios de produção e o produtor
direto, prevalece o aspecto independente, e não o dependente, da posição do produtor
direto no processo de produção coletivizado. Ambas as condições do produtor direto –
dependência e independência – apresentam-se, portanto, como “...uma contradição
objetiva do processo de trabalho típica da grande indústria moderna” (SAES, 1998a:29).
E, sobretudo, é essa contradição, de acordo com Saes, que determina a formação, no
produtor direto, de duas tendências permanentemente em luta: a tendência ao isolamento
e a tendência à ação coletiva. Poulantzas atribui a causa da dissimulação da dependência
real dos produtores ao efeito de isolamento produzido pela ação do direito burguês. É
através da ação desse efeito ideológico que Poulantzas (1975a:134) procura explicar
como a separação dos produtores diretos dos meios de produção – “que engendra no
econômico a concentração do capital e a socialização do processo de trabalho” – instaura
“conjuntamente no nível jurídico-político os agentes da produção em ‘indivíduos-
sujeitos’ políticos e jurídicos, despojados de sua determinação econômica e, portanto, do
seu pertencimento de classe”.
No que se refere ao segundo efeito, Poulantzas constata que a ação do
burocratismo produz o efeito de unidade. Através da seleção meritocrática dos seus
funcionários, a relação do Estado é estabelecida com as classes dominadas: o Estado se
apresenta como representante da unidade do povo-nação, composto de pessoas políticas-
indivíduos privados. Essa função é desempenhada através da ocultação, aos olhos das
classes dominadas, do seu caráter de classe e através da exclusão específica dessas classes
das instituições do Estado. Os sujeitos políticos-indivíduos privados, individualizados
pelo efeito de isolamento, são “unificados na universalidade política do Estado-Nação”.
A reconstrução da unidade que garante a coesão das relações sociais se dá num plano
imaginário e só é possível através da ação do aparato burocrático moderno no interior do
próprio aparelho de Estado. O Estado burguês está organizado institucionalmente como
se a luta de classes não existisse. Nesse sentido, a contradição principal do Estado não
consiste na sua caracterização de “Estado de todo o povo” quando é, na verdade, “um
Estado de classe”. Sua contradição principal consiste “...em que se apresenta, em suas
instituições, como um Estado “de classe” (das classes dominantes, que ele contribui a
organizar politicamente) de uma sociedade institucionalmente estabelecida como não-

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dividida-em-classes; em que se apresenta como um Estado da classe burguesa,
subentendendo que todo o “povo” faz parte dessa classe” (POULANTZAS, 1975b:8).
Ao reforçar o caráter aberto que caracteriza o burocratismo, Poulantzas ressalta
que, mesmo que os membros do aparelho do Estado capitalista pertençam a classes
diversas, eles agem de acordo com uma unidade interna específica e constituem essa
categoria social específica: a burocracia, “servidora” da classe dominante. Isso ocorre em
virtude de a unidade interna da burocracia derivar do papel objetivo do Estado. O papel
objetivo do Estado coincide, por sua vez, com os interesses da classe dominante em
virtude do próprio sistema. A relação entre a burguesia e o Estado é uma relação objetiva:
a participação direta dos membros da classe dominante no aparelho de Estado é o efeito
– e não a causa – dessa coincidência. Poulantzas ressalta que o Estado capitalista “só pode
servir verdadeiramente a classe dominante até o ponto em que seja relativamente
autônomo em relação às várias frações dessa classe, com vista justamente a tornar-se
capaz de organizar a hegemonia do conjunto da classe” (1975b:22). De acordo com Saes
(1998b:60-61), essa particularidade do Estado burguês assinalada por Poulantzas – a não
coincidência dos membros do aparelho estatal com os proprietários dos meios de
produção – não é um mero acaso, pois ela se funda, justamente, na liberdade jurídica
concedida ao produtor direto no nível da produção, o que o iguala, formalmente, ao
proprietário dos meios de produção. Nesse sentido, nenhum dos agentes do processo
produtivo – convertidos, pela ação do direito, em sujeitos livres e iguais portadores de
direitos – pode ser constrangido a não participar do corpo burocrático que constitui o
aparelho de Estado.
É possível observar que Poulantzas é consciente de que não é possível construir
instituições formalmente meritocráticas se todos os agentes da produção não forem
declarados livres. No entanto, segundo as análises de Saes, em PPCS Poulantzas não
deixa suficientemente claro que os valores jurídicos capitalistas criam um quadro
valorativo geral dentro do qual são construídos os valores burocráticos capitalistas, ou
seja, de que existe uma integração orgânica entre os dois conjuntos de valores. A
construção de uma burocracia moderna, capitalista é, pois, inviável na ausência do
chamado direito burguês. Há uma segunda observação que se pode fazer à análise de
Poulantzas sobre o efeito de representação da unidade. Poulantzas não afirma claramente
que somente uma burocracia calcada nos valores jurídicos capitalistas pode proclamar os
princípios universalistas e meritocráticos, inculcando o sentimento em todos os membros
da sociedade de que todos são iguais enquanto seres filiados ao mesmo espaço territorial.
Nesse sentido, de acordo com Saes, a análise do Estado burguês como estrutura pressupõe
a análise de quatro conceitos articulados: direito burguês; efeito de isolamento,
burocratismo; efeito de representação da unidade. Apresentaremos a seguir uma
exposição do conceito poulantziano de burocratismo “reorganizado” por Saes – a
expressão é dele –, levando em consideração a referida articulação.
O burocratismo enquanto sistema particular de organização do aparelho de Estado
deriva de duas normas fundamentais: 1. Recrutamento formalmente universal dos
funcionários, ou seja, a não monopolização das tarefas do Estado pela classe exploradora.
Essa norma permite que o Estado burguês se apresente como se fosse o representante
geral do povo-nação, e não como um Estado de classe. 2. Critério de recrutamento
fundamentado formalmente no mérito, o que assegura a hierarquização das tarefas do
Estado segundo o critério formalizado da competência (esta segunda norma deriva da
primeira norma fundamental). A burocracia, ou seja, a categoria social dos funcionários
do Estado, tem suas práticas limitadas pelo burocratismo, sendo dominada por este em
um duplo sentido: é o burocratismo que confere unidade de ação à burocracia: em virtude
das normas despóticas que a caracterizam – hierarquização de tarefas, ocultação do saber

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–, os funcionários estão isolados entre si e se encontram submetidos a uma hierarquia
imediata: cada funcionário está subordinado a um superior imediato. Tais normas
possuem a função de impedir a formação de uma oposição coletiva de uma massa de
funcionários à execução de tarefas que são determinadas e impostas pelo topo da
burocracia. Em outras palavras, os funcionários até podem se unir e se opor a essas
normas no plano econômico-corporativo sem provocar uma crise política; porém, é-lhes
vedado quaisquer garantias de se unirem em oposição à função política do Estado
burguês. O burocratismo também define o interesse particular e político da burocracia, já
que as normas despóticas do burocratismo constituem a ideologia particular dos
funcionários, cuja atuação tende à conservação e ao desenvolvimento do Estado burguês.
É a preservação e o desenvolvimento desse Estado que garantem a existência da
burocracia. Essas duas normas burocráticas são, por princípio, antagônicas a uma
transformação revolucionária da sociedade, pois constituem a garantia da existência e
reprodução das funções próprias ao Estado burguês. Elas criam um corpo de funcionários
que monopoliza o processo decisório e inviabiliza o controle coletivo dos trabalhadores
sobre os meios de produção, particularmente sobre a planificação da economia. Nesse
sentido, o efeito de neutralização da tendência do produtor direto à ação coletiva e a
prevalência da sua tendência ao isolamento, as quais constituem “...a contradição
específica da economia no M.P.C. entre socialização das forças produtivas e propriedade
privadas dos meios de produção” (POULANTZAS, 1975a:135), só pode advir, de acordo
com Saes, do Estado burguês. Isso significa que este efeito neutraliza a tendência dos
produtores diretos a se constituírem num coletivo antagônico ao proprietário dos meios
de produção: a classe social. A análise de Saes nos permite, nesse sentido, compreender
melhor a tese de Poulantzas, segundo a qual “As relações das estruturas políticas e das
relações de produção” inauguram “o problema da relação do Estado e do campo da luta
de classes” (1975a:136). Dito de outra forma, é a ação do efeito de isolamento, conjugado
à ação do efeito neutralizador identificado por Saes, e designado por Poulantzas como
efeito de unidade, que oferece a explicação da função que caracteriza o Estado burguês:
desestruturar a organização dos trabalhadores enquanto classe, ao mesmo tempo que
organiza a dominação capitalista de classe.

O Estado burguês e a transição socialista


O conceito poulantziano de Estado capitalista remete à necessidade da sua
destruição através de uma ditadura do proletariado. Somente a partir da cessação dos
efeitos ideológicos produzidos pela estrutura jurídico-política é que os agentes da
produção logram se organizar como classe ativa. Nesse sentido, a classe operária, cuja
existência no terreno da economia capitalista é, de acordo com Boito Jr. (2007),
potencial, só adquire uma existência ativa, ou seja, só se constitui em classe, quando o
antagonismo latente se torna manifesto. No contexto dessa análise, a seguinte definição
de Poulantzas recobra o seu sentido: “As classes sociais significam para o marxismo, em
um e mesmo movimento, contradições e luta das classes. As classes sociais não existem
a priori, como tais, para entrar em seguida na luta de classe, o que deixa supor que
existiriam classes sem luta das classes. As classes sociais abrangem as práticas de classe,
isto é, a luta das classes, e só podem ser colocadas em sua oposição” (POULANTZAS,
1978:14).
Quanto à ditadura do proletariado, ela se configura, de acordo com Lenin (1980a),
como um semi-Estado, um Estado em extinção. Com o processo de liquidação do
burocratismo, “...o Estado começa a extinguir-se. Em vez de instituições especiais de uma
minoria privilegiada (funcionalismo privilegiado, comando do exército permanente), a
própria maioria pode realizar diretamente isto, e quanto mais a própria realização das

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funções do poder de Estado se tornar de todo povo, menos necessário se torna esse poder”
(LENIN, 1980a:251). Lenin (1980a) concebe, como ressalta Luciano Martorano
(2002:76-81), que as medidas adotadas pela experiência da Comuna de Paris (1971)
analisadas por Marx (2011a) caminhavam para a liquidação do burocratismo. A interdição
ao recrutamento universal, ou seja, a interdição às classes exploradoras ao aparelho de
Estado evidencia o caráter de classe desse Estado. Já a mudança no critério de
recrutamento, que deixa de se basear unilateralmente no mérito e na competência,
também passa a ser guiado por um critério de representação política de classe que garante:
1. A representação de uma pluralidade de organizações políticas, cujo caráter comum é a
adesão ao programa da Comuna; 2. A concentração das funções estatais nas mãos das
classes exploradas ou de seus representantes. Ademais, a supressão do critério de
competência como condição para o recrutamento dos funcionários do Estado viabiliza o
controle das atividades burocráticas pelo conjunto dos trabalhadores, visando a abolição
da separação entre trabalhadores do Estado e o restante da sociedade. Esse controle das
atividades estatais sob a ditadura do proletariado é materializado pela eleição dos
funcionários do Estado e a conseguinte revogabilidade imediata do seu mandato (caso os
funcionários não executem as decisões tomadas pelo conjunto dos trabalhadores) e pela
adoção de um salário operário, cujo resultado prático é a abolição da meritocracia,
fundamento da hierarquia que caracteriza a burocracia capitalista. Já o princípio do “povo
em armas” – desmantelamento da máquina repressiva de Estado – é o que fundamenta e
garante todas as outras medidas concernentes à Comuna de Paris, por concentrar nas mãos
do proletariado os meios materiais do poder. A instituição do povo em armas quebra, nesse
sentido, um dos pilares fundamentais da dominação burguesa.
Por fim, é importante ressaltar que a noção de ditadura implícita nas teses
desenvolvidas por Poulantzas em PPCS, opera no interior de uma problemática que
caracteriza o Estado burguês, em suas diferentes formas históricas, como uma instituição
ou organização de uma ditadura de classe, ou seja, uma ditadura da burguesia e não como
um regime político. O problema crucial que esse conceito engendra é, portanto, a
superação da ditadura da burguesia, ou seja, a destruição do Estado burguês.

Referências Bibliográficas

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