Você está na página 1de 8

Cap 7 (O Nacionalismo) A Era das Revolu es

passeidireto.com/arquivo/44580236/cap-7-o-nacionalismo-a-era-das-revolu-es

RES UMO ERA DA S REV OLUÇ ÕES C AP


ÍTULO 7
1
A pa rti r de 183 0, há a ruptura do movi me
nto em fa vor d as Re vol uções e,
uma dessas di vi sões foi o Nacio nali smo . O
marco d essa desi nteg ração do

1/8
movi me nto re vol uci oná ri o e urope u são
os mo vi me ntos “ jo ve ns”, co mo “Jo vem
Alemanha” , “Jo vem Ir la nda” e ntre o utros. E le s
prete ndi am, i nclusi ve, uma
frater ni dade d e to das as nações . Esse no
vo Naci o nali smo tem impor tânci a por
englobar forças pod erosas que se torna va m
politicamente co nsci entes : o
desconte nta men to dos peque nos p ropr
ietári os ou peque na nobre za e o
surgime nto d e uma classe médi a, em di
versos países , rep resentada p or
i ntelec t uai s profi ssionai s.
O maior e xe mp lo d a prese nça da bai xa
peq ue na nobre za foi na Polô ni a
e na Hu ngri a, e m q ue os grandes mag na
ta s já vi vi am em aco r do com o
absoluti smo e a do mi nação e s tra ngei ra e
eram os pi lares da cor te. Assi m,
pouco s aderi ram o mo vi mento re vo luci
onári o, p referi ndo , m ui tas ve zes, a
di plomacia . Os ca val hei ros q ue só tinham
seu nasci mento bri gava m por mai s

2/8
emprego s e a presen ta vam se u desco nte
nta mento co ntra o absol uti smo. E sses
aspectos se f undi ram a o, ag ora, Na ciona li
smo. As c lasse s empresari ai s q ue
surgiram nessa época , na E uropa , era m
me nos na cio nali stas, e xceto na
Alemanha e Itália, o nde um mercado naci
ona l uni fi cado e ra uma va ntag em
lógi ca pa ra uma área d es uni da. A ssim, co
nsegui ram um g enuíno senso de
uni dade naci ona l. O carro -c hefe do Naci o
nali smo era , m ui tas ve zes, o
i nteresse e mpresarial (eco nômico), co mo
foi na Bélgica.
Os mai ores i ncenti vadores d o Naci ona li
smo eram as classes educadas,
que se enco ntra vam na classe méd ia do s
pa íses. A ssim, o dese nvol vi me nto
das escolas e das uni ve rsi dades , que se to
rna va m o s defenso res mai s
consci entes do Naci onalismo, mos tra va a
di mensão do movime nto. A pesar do
surpree nde nte progresso, o n úmer o de
pessoas i nstr uídas co nti nuo u p eq ue no,
3/8
embora aume ntasse . A uni versi dade dava
ao s jo ve ns uma consci ê nci a de si
mesmos como um gr upo soci al.
A pa rti r desse aume nto d e pessoas i nst
ruídas, a l íng ua na ciona l como a
se i mpor e há, pela primeira ve z, a publ
icaçã o de livros di dáti cos e jornai s
nessa l íng ua, q ue marca u m gra nde passo
na e vo luçã o naci o nal . Há l uga res,
como a H ung ria, e m q ue a l uta pe lo uso
de uma l íng ua ofi cia l do E stado já
estava se ndo tra vada há anos . C om
exceção dos alemães, hola ndeses,
escandi na vos, s uíços e no rte -ame rica
nos, não se pode d izer que qualq uer
out ro po vo fosse al fabeti zado em 18 40. E
ntre ta nto, como afir ma Hobsbaw n, o
anal fab eti smo não se co ns tit ui em u m
obstác ulo à co nsci ênci a po líti ca, mas
não há de fato q ualq uer pro va de q ue o
naci ona li smo do tipo moder no fosse
uma po derosa fora de massa exceto em p
aíses já tra nsfor mado s pela

4/8
Revo l ução D upla (Re vo lução Francesa e
Revo lução Ind ust rial). Para a s
massa s em gera l, a p rovação de na ciona li
smo era a re li gi ão (ex: o Esp a nhol
era defini do por ser ca tóli co e nq ua nto o
Russo e ra or todoxo ).
O fa to de o mo vime nto se r represe ntado
pela c la sse médi a e peq ue na
nobre za desconfia va o pobre. P or i sso, mui
tos preferia m acred itar nas forças
i mperia is aos revol uci oná ri os. Essa tradi
ção local foi de struída pe lo processo
de desenrai zame nto dos po vo s ( fe nôme
no mai s i mpor tante do séc ulo X IX) .
Antes de 1848 , só pode mos falar d e um mo
vi me nto naci o nal no
Oci dente orga ni za do de forma coere nte, b
aseado nas massas e a i denti fi cação
com a i greja, que era o mais forte portador
da tradi ção: O movi mento Ir landês
de revoga ção, sob a li derança de Da nie l
O’C onne ll (1794 -1847) . E sse l íder
ti nha orig em camponesa e era ad vogado;
foi o p ri mei ro líder popu lar
5/8
carismáti co, q ue marca o de spertar d a co
nsci ênci a pol íti ca das m assa s . E le
ganhou o apo io e a confi ança das massas e
do clero na lu ta p ela E manci pação
C atóli ca (182 9). O “li bertador ” foi le vad o a li
derança por vária s ondas de um
movi me nto de massa de revo lta ag rária. O
se u rea l ob jeti vo era uma mode rada
auto no mi a para a classe médi a Ir la ndesa
a tra vés de a cordo ou negoci ação
com os li berais britâni cos. E fe ti vame nte,
e le não foi naci o nali sta nem
revo l uci onário campo nês e foi criticad o pe
los na cionali stas i r la ndeses
posteri ores, mas, i ndi scutive lme nte , o mo
vi me nto q ue li dero u te ve a poi o da
massa da nação Irla ndesa.
Além di sso, houve alg umas re vo ltas po
pulares contra o dom ínio
estrangei ro , como a rebe li ão cont ra o i
mpéri o T urc o e contra o dom íni o
Bri tâni co na Índi a, q ue pa reci am a nteci
par os mo vimentos Naci onalistas

6/8
posteri ores, embora não p ossam ser mui to
i nte rpretad os em termos
naci ona li stas mod er nos. So me nte no
caso da l uta greg a p ela i ndepe ndê nci a
(18 21-1830), a l uta de pas to res de o vel has
e dos herói s -band o lei ros contra o
gover no efe tivo se f undi u a s i dei as do
naci o nali smo d a c lasse médi a e da
Revo l ução F ra ncesa.
A Gréci a é o mito i nspi rado do s naci onali
stas e li berais de todo o mundo,
já que , de vi do à grande emigração e
deslocame ntos pe ri ódi cos de
camponeses, as i dei as da Revol ução
Francesa de li beralismo, naci ona li smo e
organi zaçã o pol ítica atra vés de soci eda
des secretas lançaram ra ízes. E ss a
revo l ução servi u para cria r ou i nte nsi fi
car o na cionali smo em outros povos
balcâ nico s.
É mui to di fíci l fa la r de naci ona li smo
fora d a E uropa , como a s repúbli cas
lati no -americanas (B rasi l ) que subs ti tu
íra m os vel hos Impé ri os e começaram a
7/8
adqui ri r i nte resses pol íticos e o i deal P
an-ameri cano (Si mom B olívar na
Ve nezue la e Sa n Marti n na A rge nti na), q
ue foi i mpossíve l d e rea li zar , mas
persiste como uma pode rosa corre nte re vol
uci o nári a. A s revo l uçõe s la tino -
ameri canas foram o bra de grupos da ari sto craci
a, soldad os e eli tes “evol uídas”,
dei xando a massa i ndi fere nte ou hostil .

8/8

Você também pode gostar