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Níveis psicogenéticos e suas fases de transição

Sandra Raquel de Almeida


Professora da SEEDF desde 1995
Mestre e Doutora em Psicologia
Texto não publicado, fruto de pesquisa intervenção
em turmas de alfabetização e pós alfabetização sob
orientação dos pesquisadores do GEEMPA.
Produzido para o Percurso Formativo
Identidade e Pertencimento: o desafio de alfabetizar
e letrar em contexto de adversidade
Junho de 2022
Epistemologia da teoria da psicogênese da língua escrita
 Emília Ferreiro e Ana Teberosky são linguistas argentinas
 Bases epistemológicas:
 Naturalismo do linguista Noam Chomsky;
 Construtivismo de Jean Piaget
O pós-construtivismo e a didática dos níveis psicogenéticos proposta pelo Grupo de Estudo Metodologia Pesquisa e Ação – GEEMPA
 Base teórica:
 Construtivismo de Jean Piaget;
 Teoria psicogenética de Emília Ferreiro e Ana Teberosky;
 Psicologia Histórico-Cultural;
 Aprendizagens dramáticas e simbólicas de Sara Pain (Psicanálise e Construtivismo de Piaget);
 Teoria dos Campos Conceituais de Gerard Vergnaud (Piaget e Vygotsky).
Conceitos básicos
• Psicogênese da língua escrita - Trajetória que o aprendente percorre para tornar-se usuário da língua escrita.
• Atravessa por momentos de estabilidade e desestabilidade buscando representar o objeto de conhecimento (leitura e escrita).
• Níveis psicogenéticos – Fase de estabilidade (encontrou uma forma para representar a escrita e sente segurança em sua hipótese);
• Fase potencial – Quando sua hipótese é desestabilizada, começa a elaborar uma nova hipótese, mas lhe falta elementos para sustentá-la (depende da
mediação para atingir uma nova fase de equilíbrio).
• Cabe ressaltar que a caracterização da fase potencial, trata-se de uma forma didática para identificar o momento que as hipóteses precisam ser acolhidas
porque encontra-se na Zona proximal; e, o momento que suas hipóteses já atingiram um nível de estabilidade capaz de suportar ser confrontado com o
equívoco de suas hipóteses por perceber que ela não consegue explicar a realidade (não consegue comunicar por escrito).
• Aprender – É um ato de resolver problema.
• Problema – Tudo aquilo que ainda não se tem resposta capaz de explicar a realidade.
• Mediação provocativa – Toda intervenção educativa que leve o sujeito a entrar em conflito cognitivo. Isso é, ter suas hipóteses confrontadas fazendo-o
perceber sua inconsistência.
• Mediação de acolhimento – Toda intervenção educativa que leva o sujeito confiar em suas hipóteses. Ser investido da capacidade de aprender pensando.
Ter a possibilidade de utilizar sua hipótese sem ser interpretada como um erro a ser corrigido, mas revelador de seu processo inteligente.

Níveis psicogenéticos e suas fases de transição

A trajetória para se tornar usuário da língua escrita passa por três grandes períodos, sendo eles:
Período Logográfico
• Pré-silábico I
• Potencialmente Pré-silábico II
• Pré-silábico II
Período de fonetização absoluta
• Potencialmente silábico;
• Silábico;
• Alfabético;
• Alfabetizado I;
• Alfabetizado II;
• Alfabetizado III;
• Alfabetizado IV.
Período De Fonetização Relativa
 A partir da entrada no pensamento operatório conceitual dedutivo e estende por toda vida
Pré-silábico I
Caracterização Estudante 3 Referente contexto Exemplo |Análise
Fase superior à garatuja; 1ª bola Lidiany não escreveu o próprio A mãe lendo o poema do livro a Arca
Constrói mentalmente o 2ª boneca nome. de Noé de Vinícius de Morais, o filho
objeto a ser representado e o 3ª bicicleta Durante o ditado a professora fica bravo, bate o pé e fala:
reproduz através de 4ª gol dizia para a estudante: _ Você não sabe ler.
desenho; Lidiany Escreve para mim bola. _ Por que?
A escrita é representada chutou a bola Imediatamente ela começava a Aponta para as figuras e fala:
unicamente por imagem; no gol. desenhar. Repetindo com todas _ Olha aqui. É vaca, cachorro, gato.
Fase do realismo figurativo | as palavras e a frase.
imagético;
Encontrou uma forma
estável de representar a
escrita e não percebe que
esta forma lhe caracteriza
problema.
Pré-silábico I - Mediação provocativa | Desafio pedagógico
Fazê-lo perceber que aqueles sinais (letras) servem também para ser lido, para contar alguma coisa.
A mãe então diz que está lendo naquelas letras. Que quando ele aprender mais coisas, ele também irá ler nas letras.
Todas as vezes que a mãe lia para o filho, dizia:
- Você lê aqui (apontando para as figuras) e eu leio aqui (apontando para o texto).
Depois do texto já memorizado, a mãe dizia:
- Agora é você que vai ler para mim. Mas desta vez você irá ler nas letras.
Ele contava toda a história de memória, passando o dedo nas linhas do texto.
Potencialmente Pré-silábico II
Caracterização Estudante 9 Referente contexto Exemplo |Análise
Percebe que somente com Rafael escreveu seu prenome Rafael não via problemas em
desenho não dá para sem ser espelhado. representar as palavras por desenho;
representar o objeto e entra Durante o ditado a professora Ao ser desafiado a escrever a frase
em conflito cognitivo; lápis dizia para o estudante: contendo seu nome, começou ver
Ainda não abandonou a caderno Escreve para mim lápis. problema porque ele já havia
hipótese de representar por apontador Imediatamente ele começava a aprendido a escrever seu nome de
desenho, mas percebe que giz desenhar. memória.
se utiliza sinais gráficos; Rafael Na hora de escrever a frase ele Neste momento, ele reflete para
Teve sua hipótese anterior quebrou a disse: escrever a frase.
desestabilizada, mas ainda ponta do lápis. Rafael? Sou eu né? Mas como ainda não construiu um
não alcançou a sustentação Pensou um pouco, escreveu o novo esquema de pensamento,
com segurança na hipótese prenome espelhado e terminou conserva o restante da frase
do nível posterior. a frase desenhando. representando-a com desenho.

Potencialmente Pré-Silábico II - Mediação de acolhimento


Entrou em conflito cognitivo.
Precisa ser incentivado a continuar pensando e elogiado quando utiliza sinais gráficos na sua escrita sem estar acompanhado de desenho.
Investir em escrita de texto utilizando sinais gráficos;
Investir em memorização afetiva das palavras (glossário, crachás)
Investir em jogos para associar a figura à palavra escrita;
Investir nos aspectos topológicos para o aprendizado das letras;
Investir na identificação das letras por meio da memorização da ordem alfabética;
Investir na relação memorizada da letra inicial e final da palavra;
Investir em leitura de histórias constando imagem e texto visando a memorização e a pseudoleitura.
Pré-silábico II
Caracterização Estudante 1 Referente contexto Exemplo |Análise
Abandonou o realismo figurativo Diálogo Álef copia as letras da marca
(para escrever se usa sinais P – Qual é o maior, do lápis (LABRA PRETO)
gráficos – pode misturar letras e lápis apontador ou lápis? Na escrita das palavras e frase
números, o que define é o tamanho borracha A - O lápis. utiliza as letras copiadas do
do referente ou o valor emocional apontador P – Qual você acha que lápis e do seu prenome;
a ele atribuído); giz precisa de mais letras para Não repete a mesma escrita
Atingiu estabilidade na sua A ponta do lápis escrever o nome? em palavras diferentes;
hipótese pré-silábica condicionada quebrou. A – pensativo – lápis. Ao refletir sobre a escrita,
ao realismo nominal (referente atesta com segurança que
grande possui mais caracteres na lápis tem mais letras que
escrita do que referente menor); apontador porque é maior.
Mantem como regularidade a
quantidade mínima (3) e qualidade
(não pode repetir na sequência)
dos caracteres para representar o
referente;
Para ser texto precisa de muita
escrita;
Pode estabelecer relação da letra
inicial de palavras memorizadas,
porém não relaciona ao seu valor
sonoro.
A escrita não tem nenhuma
relação com a fala.
Pré-silábico II - Mediação provocativa | Desafio pedagógico
Encontrou uma nova estabilidade em sua hipótese necessitando de ser provocado para perceber sua incompletude.
Precisa ser desafiado para abandonar a fase do realismo nominal para estabelecer relação entre a escrita e a fala.
Investir no confronto de sua hipótese da quantidade de letras com a quantidade de sílabas
Investir em escrita de texto com recursos de imagem;
Investir no estabelecimento da relação letra inicial ao seu respectivo som;
Investir em jogos para associar a figura à letra inicial e quantidade de sílabas (boquinhas);
Investir nos aspectos topológicos para o aprendizado das letras;
Investir na identificação das letras por meio da memorização da ordem alfabética;
Explorar ao máximo a oralidade, brincadeiras, jogos e músicas visando o desenvolvimento da consciência fonológica;
Explorar os diversos sons do corpo, dos objetos buscando estabelecer o som produzido com determinada letra;
Investir em leitura de músicas e brincadeiras memorizadas.
Potencialmente Silábico
• A passagem do pré-silábico para o silábico representa um grande salto qualitativo;
• Para consolidar uma nova hipótese sustentada na relação entre escrita e fala, o aprendente necessitará de muitos elementos relacionados ao domínio
das letras;
• Se suas experiências foram pobres em relação aos aspectos fonológicos, domínio da grafia das letras e memorização de muitas iniciais de palavras
pelo valor afetivo, poderá conceber a hipótese silábica, mas ter sua caminhada intelectual prejudicada até que consiga suportar uma nova ruptura para
avançar para o alfabético;
• Mais importante do que avançar para o alfabético, é garantir o aprendizado dos elementos necessários.

Caracterização Estudante 2 Referente contexto Exemplo |Análise


Seu problema é ter perdido a Pedro escreveu rapidamente Pedro já havia concebido a
estabilidade da hipótese do a primeira palavra. hipótese silábica e fazia
realismo nominal e ainda não ter bola Na segunda ficou repetindo relação sonora com algumas
domínio das letras o suficiente boneco as sílabas oralmente, vogais. Porém, sem conseguir
para estabelecer relação sonora bicicleta escreveu as duas letras e perceber a sonoridade das
com as consoantes; gol parou. consoantes, não conseguiu
Sabe que a escrita tem a ver com a Pedro joga bola. Perguntei se já havia superar a hipótese da
fala; terminado de escrever qualidade das letras,
Fragmenta as palavras em sílabas boneco. revelando a fragilidade da sua
e para cada fragmento utiliza um Ele respondeu que sim. performance.
elemento que lhe é familiar; Escreveu rapidamente
Representa a entrada no nível bicicleta.
silábico, mas faltando condições Na última ficou repetindo:
para atingir sua estabilidade. GO U.
Estudante 8 Israel apenas escreve seu
prenome de memória, mas
lápis Quando a palavra era ditada, conta e sabe grafar os
borracha ele pronunciava as sílabas da números;
apontador palavra colocando os dedos Tem noção da relação entre
giz na mesa e contando. Em escrita e fala, mas não
Israel quebrou a seguida, escrevia os números estabelece relação sonora com
ponta do lápis. pronunciados. nenhuma letra;
Tem o esquema de
pensamento do silábico bem
definido, mas sem saber
grafar e estabelecer relação
sonora com as letras, não
atinge a estabilidade
característica do nível
silábico.
Estudante 10 Diálogo Naiara consegue apenas traçar
Naiara P – Aqui está seu nome? algumas retas e grafa de
casa N – Está. forma memorizada as 3
menina P – E aqui, está escrito casa? primeiras letras do nome;
bonequinha N – Sim – CA – SA – Tem noção de que a escrita se
pé (colocando o dedo em cada relaciona com a fala, mas por
Naiara gosta de reta). não saber o que é letra,
brincar na sua casa. P – E nesta, dá para ler relaciona cada fonema da
menina? palavra com um segmento de
N – Sim. Me – NI – NA reta;
Fez o mesmo com as outras Embora frágil, já arrisca
palavras e na frase leu utilizar o esquema de
Naiara nas três letras e para pensamento silábico, mas se
cada palavra restante ela não for propiciado o domínio
apontava uma letra. da grafia e relação sonora das
letras, poderá retroceder para
o esquema de pensamento
anterior e deixar de acreditar
em sua capacidade de pensar
para aprender.
Estudante 11 Lucas escreveu AI para Lucas já estabelecia relação
jardim com certa segurança. sonora com as vogais;
Depois ficou olhando para a Arrisca utilizar o esquema de
jardim escrita e disse: pensamento silábico, mas
abelha L - Não dá (e acrescentou esbarra na quantidade mínima
jardineiro letras) de letras;
pá Fez o mesmo na escrita de Acrescenta letras aleatórias;
Lucas cuida do seu abelha. Perguntei: Quando conduzido a refletir
jardim. P – O que é maior, jardim ou sobre sua escrita, sente
abelha? acolhido e mantem sua
L – Jardim. hipótese silábica.
P – Qual você acha que
precisa de mais letra?
Ele pronunciou a palavra
contando nos dedos:
L – JAR – DIM – duas
L – A – BE – LHA – três.
L – Abelha.
P – Então agora escreva para
mim jardineiro.
L – JAR – DI – NEI – RO –
quatro (escreveu com
segurança)
P – Agora escreve pá.
L – PÁ – uma (escreveu).
Na escrita da frase escreveu
seu nome e uma letra para
cada palavra que para ele
pode ser escrita
(substantivos, adjetivos)
Potencialmente Silábico - Mediação de acolhimento
O conflito cognitivo ocorre por perceber que a regularidade que sustentava a hipótese pré-silábica (realismo nominal) não serve mais para representar a
realidade, necessitando ser incentivado a substituí-la pela consciência fonológica.
O que garante a estabilidade do nível é a possibilidade de suportar que está equivocado para abrir mão de seu suposto saber para conceber a hipótese
alfabética, o que é impossível sem estabelecer relação sonora com as consoantes, como observado nos exemplos.
Assim, é importante que sua hipótese seja acolhida e incentivada para que o estudante continua confiando em sua capacidade de aprender pensando.
Sem ser acolhido e sem apropriar dos elementos necessários para arriscar uma nova hipótese, pensar passa ser fonte de sofrimento e poderá esquivar de fazer
as atividades que lhe exige esforço mental.
Investir em escrita de texto com recursos de imagem.
Investir no estabelecimento da relação letra inicial ao seu respectivo som.
Investir em jogos para associar a figura à letra inicial e quantidade de sílabas (boquinhas).
Investir no total domínio da representação gráfica e leitura das letras, sempre observando as necessidades individuais de cada estudante.
Explorar ao máximo a oralidade, brincadeiras, jogos e músicas visando o desenvolvimento da consciência fonológica.
Investir na percepção do som das consoantes.
Investir em leitura de músicas e brincadeiras memorizadas.
Momento privilegiado em que o método fônico promove verdadeiro salto qualitativo.
Investir em ditados de frases, pequenos textos, músicas e brincadeiras memorizadas.

Silábico
Caracterização Estudante 6 Referente contexto Exemplo |Análise
Atingiu o ápice da estabilidade A cada palavra ditada Karciano Karciano sente muita segurança
da hipótese silábica; falava a sílaba e a escrevia com em sua hipótese;
Não encontra problema em lápis segurança. Possui um bom repertório de
representar uma letra para cada caderno domínio da grafia e relação
sílaba oral; apontador sonora com as consoantes;
Consegue conservar a hipótese giz A cada palavra ditada, ele recorre
silábica na escrita de texto, Karciano a seu banco de dados interno e
mantendo uma letra para cada aponta o não se vê diante de um problema.
sílaba ou palavra. lápis.
Silábico - Mediação Provocativa | Desafio Pedagógico
Precisa ser novamente provocado para perceber a incompletude de sua hipótese.
Precisa ser desafiado a desenvolver a consciência fonêmica.
Investir na percepção dos dois sons nas sílabas canônicas (consoante e vogal);
Investir em leitura de músicas e brincadeiras memorizadas;
Investir em ditados de frases, pequenos textos, músicas e brincadeiras memorizadas;
Ditar sequências de palavras em que seria representado pelo mesmo conjunto de letras na hipótese silábica. (mala, mola, mula – bala, bela, bola, bula);
Investir na escrita de texto em grupos com silábicos utilizando vogais e consoante;
Investir na escrita de texto em dupla produtiva (silábico com alfabético) em que um dita e outro escreve.
Potencialmente Alfabético
Caracterização Estudante 4 Referente contexto Exemplo |Análise
Representa a porta de entrada Maicom escreveu bola Maicon sente segurança em
no nível alfabético; rapidamente. escrever os fonemas que lhe é
Já sabe que a hipótese silábica Bola Na palavra boneco quando familiar (BO, BI);
é insuficiente para representar Boneco escreveu as quatro letras, leu: Diante da sílaba que não
a relação fonema | grafema, Bicicleta BO apontando para a sílaba consegue estabelecer relação
mas oscila entre representar Gol BO fonema | grafema, sente inseguro
uma ou duas letras para cada Eu gosto de NE em T no uso de sua nova hipótese e
sílaba; jogar bola. CO em E recua a anterior.
Apresenta resistência em BI apontou para BI Na palavra monossílaba recorre
escrever porque acha que todas CI em CI ao nome da letra;
as vezes que escreve pensando CLE em L Na frase mantém a hipótese
escreve errado. TA em E silábica representando o primeiro
Utiliza escritas memorizadas e Na frase, apesar de escrever o fonema e excluindo o segundo.
torna-se apaixonado(a) por fonema, para cada sílaba
copiar. apontava uma letra.

Potencialmente alfabético- Mediação de acolhimento


O conflito cognitivo ocorre por perceber que sua escrita não garante a leitura;
Precisa ser acolhido podendo usar fonte de consultas para consolidar a hipótese alfabética;
Nesta fase o estudante se beneficia de tudo que é feito para o pré-silábico;
Precisa ter espaço para explorar o que já sabe e ser incentivado a ensinar os que ainda estão aquém de suas hipóteses;
Deve ser encorajado a substituir por completo a hipótese silábica pela consciência fonêmica;
Deve ser incentivado à procedimentos de leitura tendo suporte de memória e por antecipação.

Alfabético
Caracterização Estudante 5 Referente contexto Exemplo |Análise
Atingiu a estabilidade da hipótese A medida em que ditava Observa-se a estabilidade da
alfabética e mantém a regularidade da lápis as palavras, Pedro as hipótese alfabética com
consoante seguida de vogal para borracha escrevia rapidamente prevalência do uso de
representar os fonemas. apontador pronunciando as sílabas, consoante e vogal, contudo
Está muito próximo da apropriação do giz fazendo o mesmo com a ainda não sustenta tal escrita
sistema de escrita alfabética; A ponta do lápis frase. no texto.
A regularidade de sua hipótese é quebrou.
mantida pela relação biunívoca (para
cada letra, um único som)
Como já consegue estabelecer relação
sonora o suficiente para representar a
maior parte das sílabas canônicas, se
apaixona pelas famílias silábicas.
Gosta de escrever sílabas e palavras,
mas resiste em escrever texto.
Na escrita de texto, conserva a escrita
de memória de algumas sílabas ou
palavras deixando o restante ilegível;
A principal diferença entre o alfabético
e alfabetizado 1 é a legibilidade de seu
texto escrito.
Estudante 7 Kelaine já estava com 9 anos
e repetia a 1ª série pela
terceira vez.
Conseguiu memorizar
algumas sílabas, mas ainda
não produz texto que garante
Na escrita das palavras sua leitura. Observa-se que
tromba Kelaine escreveu com ela ainda utiliza o nome da
cavalo mais segurança, mas na letra L para representar
elefantinho hora de escrever a frase, ELE+FANTINHO, o que
chão ela repetia as sílabas revela que sua escrita
Kelaine viu a várias vezes antes de fantinho é de memória. Outro
tromba do elefante escrever. detalhe é o fato de não
balançando. conservar a nasalização em
elefante na frase.

Estudante 13
passarinho Alex já havia revelado Observa-se que Alex
cantando ser alfabético no teste encontra-se bem mais
jeito das quatro palavras e avançado na escrita das
pinheiro uma frase. palavras. Contudo seu texto
transformou ainda não permite classificá-
optou lo como alfabetizado
claridade
observou
estrelado
submeteu
Alfabético - Mediação Provocativa | Desafio Pedagógico
 Precisa ser provocado para perceber a incompletude da relação biunívoca;
 Precisa ser desafiado a perceber que a regularidade de consoante seguida de vogal para representar os fonemas não cabe em todas as situações;
 Investir na percepção de três sons na mesma sílaba (encontros consonantais) e em palavras iniciadas por vogais seguidas de consoante na sílaba;
 Investir em leitura de músicas e brincadeiras memorizadas;
 Investir em ditados de frases, pequenos textos, músicas e brincadeiras memorizadas;
 Investir no uso do glossário e banco de dados de palavras memorizadas dos campos semânticos utilizados;
 Investir em escrita de texto explorando sequência de fatos com uso de imagens das cenas;
 Investir na escrita de texto em grupos heterogêneos;
 Investir na escrita de texto em dupla produtiva (alfabético e alfabetizado 2) em que um dita e outro escreve.
Alfabetizado 1 - Caracterização
• Sua principal característica é conseguir manter a hipótese de uso da consoante e vogal na representação da sílaba na escrita de texto, tornando-o
legível;
• Percebe os encontros consonantais, mas geralmente os representa fora de ordem na escrita das palavras e não os conserva na escrita de texto;
• Utiliza como regularidade, a escrita como representação da fala, reproduzindo a fala oral corrida na escrita de texto sem segmentação;
• A leitura apresenta mais avançada que a escrita;
• Realiza leitura silabada e repete oralmente a frase no final, compreendendo parcialmente o sentido em textos curtos.
• Mesmo que já escreva de memória outras complexidades das sílabas em palavras, a qualidade do seu texto é que irá definir seu esquema de
pensamento.
Bento – primavera – jabuticabeira – som – estação – floresta – convidando – companheiro – transformou – expectativa.
Bento se transformou no pássaro mais famoso por se apresentar na primavera.
• Alexandre é um estudante que chegou no 5º Ano sem estar alfabetizado;
• Em suas experiências escolares teve contato com a forma ortográfica de representar as sílabas complexas e memorizou algumas;
• Tem potencial para operar com o esquema de pensamento do Alfabetizado 2, mas suas experiências com a escrita de texto não favoreceram o
desenvolvimento desta habilidade;
• O que melhor caracteriza seu esquema operatório Alfabetizado 1 é a escrita sem segmentação.
Alfabetizado 1 - Mediação Provocativa | Desafio Pedagógico
• Precisa ser levado a superar a relação biunívoca através de atividades que leva a representar a mesma letra para diferentes sons;
• Precisa ser levado a compreender que todos os sons (encontros consonantais) tem uma letra correspondente;
• Investir na compreensão dos conceitos de consoante e vogal;
• Investir na percepção de que o som da letra pode variar de acordo com a posição da letra na palavra ou sílaba;
• Investir em aspectos formais do texto como: segmentação, sequência lógica, ampliação do repertório, temporalidade, cenário, personagens,
acontecimentos.
• Investir em variedade de gêneros textuais;
• Investir na ilustração das partes da história como forma de desenvolver leitura com compreensão de sentido;
• Investir em completar a última sílaba das palavras no texto para superar a leitura por antecipação.
• Investir no uso do glossário e banco de dados de palavras memorizadas dos campos semânticos utilizados para interagir com as sílabas complexas;
• Investir na escrita de texto em grupos heterogêneos;
• Investir na escrita de texto em dupla produtiva (Alfabetizado1 e alfabetizado 3) em que um dita e outro escreve;
• Investir em produção coletiva;
• Investir no aprendizado do uso do dicionário.

Alfabetizado 2 - Caracterização
 Ao compreender a inconsistência da regularidade da estrutura fonética consoante seguida de vogal na escrita do texto, o aprendente volta sua atenção
para a escrita das sílabas (perde o todo e recupera as partes);
 Na escrita das palavras já consolidou o uso correto dos encontros consonantais, e a vogal E seguida de S no início da palavra;
 Percebe a irregularidade da representação de uma letra para cada som (começa a perceber os dígrafos), aceitando que pode representar dois sons com
três letras, mas dificilmente percebe a nasalização;
 Ainda mantem a hipótese de que não pode haver sílabas com mais de três letras;
 Na escrita do texto, expressa oralmente a oração a ser escrita e a repete várias vezes, fragmentando em sílabas enquanto escreve;
 Escreve pouco e pode repetir as frases na escrita, uma vez que a repete oralmente.
 Na leitura, lê fluente a maior parte do texto e lê fragmentando as palavras com ortografias das quais ainda não memorizou, ou ainda não possui
esquema operatório compatível com sua representação.
Estudante 12 professora
escrever
andando
bicicleta
dinheiro
monstro
Alfabetizado 2 - Mediação Provocativa | Desafio Pedagógico
• Precisa ser levado a superar que a representação da fala é a única forma de representar a escrita;
• Precisa ser levado a se preocupar mais com as ideias a serem escritas do que com a forma de representar as sílabas;
• Investir na compreensão sobre os diversos sons da mesma letra;
• Investir na utilização da mesma forma ortográfica de palavras memorizadas em palavras da mesma semântica;
• Investir na percepção de aspectos gramaticais que influenciam na escrita ortográfica, mas sempre contextualizados em textos significativos (Tempos
verbais; substantivos: próprios / comuns; concreto / abstrato; primitivo / derivado; graus e gêneros dos substantivos; adjetivos; sujeito e ação do
sujeito etc.);
• Investir em aspectos formais do texto como: pontuação, paragrafação, translineação, sequência lógica, ampliação do repertório (mínimo três
parágrafos), temporalidade (primeiro ato, consequência, desfecho), mudança de cenários (explorar detalhes) (personagens (principal e secundários),
acontecimentos (significativos presentes no primeiro ato, nas consequências, no desfecho);
• Investir em variedade de gêneros textuais;
• Investir na releitura de obras clássicas e escrita de textos descritivos;
• Investir em leitura e escrita do mesmo assunto em suportes diferentes de gêneros;
• Investir em reconto escrito modificando o gênero;
• Investir em completar a última sílaba das palavras no texto para superar a leitura por antecipação;
• Investir em correção das palavras no texto (escrito pela professora) fazendo uso do dicionário;
• Investir no uso do glossário e banco de dados de palavras memorizadas dos campos semânticos utilizados para interagir com as sílabas complexas;
• Investir na escrita de texto em grupos heterogêneos;
• Investir na escrita de texto em dupla produtiva (Alfabetizado 2 e alfabetizado 4) em que um dita e outro escreve;
• Investir em produção coletiva;
• Investir em reestruturação de texto aproveitando as ideias, mas já tendo feito todas as correções ortográficas;
• Investir no aprendizado de buscar as palavras no dicionário pela ordem alfabética para ver a escrita correta e significado de acordo com o contexto.

Alfabetizado 3 | Caracterização
• Neste estágio o aprendente já possui um repertório de representação das sílabas que lhe permite voltar suas preocupações para as ideias do texto;
• Em relação aos seus esquemas operatórios, já representa o dígrafo NH na sílaba HNEI com ou sem o I (companheiro); utiliza nasalização podendo ser
de forma correta ou não (ãodando; inpresionate); pode ou não aceitar que haja mais de três letras na sílaba, porém não aceita a possibilidade de que
possa escrever consoante independente da vogal (capiturado, obircevarão);
• Sua principal característica é a escrita de texto mais longo, com vícios de linguagem, sem atentar para a função do uso da pontuação.
Alfabetizado 3 - Estudante 15

Alfabetizado 3 - Mediação Provocativa | Desafio Pedagógico


• Precisa ser levado a confrontar suas performances de que o texto escrito segue as mesmas regras do discurso oral;
• Precisa ser levado a se dar conta dos aspectos convencionais da ortografia da língua portuguesa. Que há uma conservação específica para o uso dos
dígrafos, da nasalização com (M – som bilabial -antes de p e b e final da palavra); com (N – som nasal sem interrupção na corrente de ar), com (~)
• Investir na compreensão sobre os diversos sons da mesma letra;
• Investir no uso do dicionário para escrever palavras da mesma origem etimológica;
• Investir na percepção de aspectos gramaticais que influenciam na escrita ortográfica, mas sempre contextualizados em textos significativos (Tempos
verbais – a forma ortográfica de conjugar o verbo no passado, presente e futuro; substantivos: próprios / comuns; concreto / abstrato; primitivo /
derivado; graus e gêneros dos substantivos; adjetivos definidos e indefinidos; sujeito e ação do sujeito etc.);
• Investir na percepção do uso funcional de aspectos formais do texto como: pontuação, paragrafação, translineação, sequência lógica, ampliação do
repertório (mínimo quatro parágrafos), temporalidade (primeiro ato, consequência, desfecho), mudança de cenários (explorar detalhes), personagens
(principal e secundários), acontecimentos (significativos presentes no primeiro ato, nas consequências, no desfecho; Identificação do tema principal e
pelo menos três temas secundários que explica com mais clareza o tema principal);
• Investir em variedade de gêneros textuais;
• Investir na releitura de obras clássicas e escrita de textos descritivos;
• Investir em leitura e escrita do mesmo tema em suportes diferentes de gêneros;
• Investir em reconto escrito modificando o gênero;
• Investir em completar o texto com elementos coesivos, como pronomes, advérbios, conjunções, preposições, locuções adverbiais, sem preocupação
com a definição conceitual;
• Investir em correção das palavras no texto (escrito pela professora) fazendo uso do dicionário;
• Investir no uso de banco de dados de palavras memorizadas para a escrita de outras palavras;
• Investir na escrita de texto em grupos heterogêneos (relatório de uma observação, texto descritivo etc.);
• Investir na escrita de texto em dupla produtiva (Alfabetizado 3 e alfabetizado 4 ou FR) em que um dita e outro escreve;
• Investir em produção coletiva;
• Investir em reestruturação de texto objetivando fazer a limpeza dos vícios de linguagem;
• Investir no aprendizado de buscar as palavras no dicionário pela ordem alfabética para ver a escrita correta e significado de acordo com o contexto.

Alfabetizado 4 | Caracterização
• Trata-se do último nível do estágio de fonetização absoluta;
• Nesta fase o aprendente já automatizou quase todos os aspectos fonêmicos que resolve o problema da escrita através da análise da pronúncia;
• Já superou certos vícios de linguagem e apresenta um texto com as ideias mais organizadas, faz melhor uso dos elementos coesivos, utiliza pontuação
considerando algumas de suas funcionalidades;
• Sua principal característica é não ter superado a dependência da consoante com a vogal (impaquitante).

Alfabetizado 4 - Mediação Provocativa | Desafio Pedagógico


• Este é um momento crucial em que precisa levar o aprendente a romper com as hipóteses que o mantém preso à quantidade (máxima de 4) e
qualidade (dependência da vogal) de letras na sílaba;
• Para dar um salto qualitativo, precisa ser levado a admitir a relatividade da representação da escrita seja pelo sentido, seja pela convenção linguística.
• Precisa deixar de ter a representação da sílaba como principal preocupação para voltar sua atenção para a qualidade das ideias e o poder de saber
argumentar por escrito;
• Precisa de mediações que favoreça a auto revisão após o registro de suas ideias;
• Investir intensamente na consulta ao dicionário para revisar ortograficamente seu texto e de seus pares;
• Precisa de mediações para pesquisar correção ortográfica na internet, não somente para corrigir a escrita da palavra, mas para compreendê-la no
contexto que estiver sendo aplicada;
• Investir no uso funcional de aspectos gramaticais que influenciam na escrita ortográfica, na escrita de textos presentes nas práticas sociais (Tempos
verbais – a forma ortográfica de conjugar o verbo no passado, presente e futuro; substantivos: próprios / comuns; concreto / abstrato; primitivo /
derivado; graus e gêneros dos substantivos; adjetivos definidos e indefinidos; sujeito e ação do sujeito etc.);
• Investir na comparação entre gêneros textuais diferentes e características específicas;
• Investir na releitura de obras clássicas e escrita de textos narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo;
• Investir em leitura e escrita da mesma temática em suportes diferentes de gêneros;
• Investir em reconto escrito modificando o gênero;
• Investir em completar o texto com elementos coesivos, como pronomes, advérbios, conjunções, preposições, locuções adverbiais, sem preocupação
com a definição conceitual;
• Investir na escrita de texto em grupos heterogêneos (poemas, defesa de opiniões, informativos, receitas etc.);
• Investir na escrita de texto em dupla produtiva (como professor(a)).
• Investir em produção coletiva;
• Investir em reestruturação de texto objetivando desenvolver a capacidade de síntese;
• Investir no uso do dicionário para escrita de palavras iguais com escrita diferente (sinto | cinto; concerto | conserto; acento | assento).

Período De Fonetização Relativa


• É neste estágio que o usuário da língua escrita atinge a capacidade de operar com o pensamento conceitual dedutivo;
• É quando consolidou a hipótese de que a língua possui suas regularidades e irregularidades;
• Que é impossível armazenar todas suas peculiaridades na memória porque pode consultar em outros recursos de armazenamentos;
• Passa a utilizar outras funções da estrutura psicológica superior associado à memória de longo prazo como: a capacidade de estabelecer relações,
associações, comparações, seleção, classificação, analogia, inferência etc.;
• A escrita passa ser um instrumento para demarcar espaço de pertencimento e poder;
• O aprendizado da língua não se esgota e sua atenção voltará para os aspectos que no momento esteja envolvido em algum projeto intelectual,
profissional, ou de interesse subjetivo.
Fonetização Relativa - Estudante 16
Fonetização Relativa - Mediação Provocativa | Desafio Pedagógico
• Nesta fase é fundamental mediar o aprendizado da autodisciplina e autorresponsabilização com sua vida escolar;
• Levá-lo a perceber que o esforço pelo aprendizado tem fim em si mesmo (não por recompensa ou punição);
• É preciso mediar a descoberta (com total respeito por parte do/a professor(a)) de seu próprio estilo literário e apresentar boas referências para ampliar
seu repertório e ir lapidando seu discurso escrito;
• Mediar o aprendizado de atitudes cooperativas em detrimento às atitudes competitivas individualistas;
• Mediar o desenvolvimento do pensamento crítico, reflexivo, ecológico, democrático e dialógico;
• Mediar a aquisição de competências emocionais, sociais, lógicas, filosóficas, linguísticas, históricas, artísticas, holísticas que se alinham à construção
de seu projeto de vida.

REFERÊNCIAS

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