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Arte e ciência | revisão da literatura

Crenças de estudantes sobre

envelhecer e percepções de
trabalhar em gerontologia
Educadores em saúde e assistência social poderiam fazer mais para superar
Correspondência
a.coffey@ucc.ie

Alice Coffey é professora de

Enfermagem e Obstetrícia, University
as visões estereotipadas que impedem os estagiários de escolher uma
College Cork, Irlanda

Catherine Buckley é professora de

carreira na especialidade, dizem Alice Coffey e colegas
desenvolvimento prático, St Luke's
Home Education Centre, Cork

o fato de que o segmento mais velho dessa população,

Uta Gaidys é professora da Faculdade de
Ciências Empresariais e Sociais da
Universidade de Hamburgo,
Hamburgo, Alemanha
Julita Sansoni é professor,
departamento de saúde pública,
Universidade Sapienza, Roma, Itália
Marjut Arola é professora do
departamento de enfermagem da Karelia
University of Applied Sciences, Finlândia
Dagnija Deimante-Hartmane é
professora do Departamento de
Ciências Sociais e Saúde,
Liepāga Branch, Rı̄ga Stradiņš
University, Rı̄ga, Letônia
Elisabetta Corvo é professora do
Abstrato
Uma população envelhecida e crescente não significa
necessariamente um aumento de pessoas que necessitam de
cuidados de saúde e sociais. No entanto, prevê-se que uma
vasta gama de tais serviços seja provavelmente necessária.
Essa demanda é confrontada com a falta de profissionais de
saúde qualificados e a falta de interesse em trabalhar com
idosos. Há uma escassez particular de trabalhadores
gerontológicos qualificados no mundo desenvolvido,
agravado por uma percepção de falta de estima profissional,
recompensa econômica e ambientes de trabalho precários na
especialidade.
A maioria dos estudos recomenda a educação para
capacitar os indivíduos a desenvolver um conhecimento
com 80 anos ou mais, está crescendo rapidamente e
deve quadruplicar para 395 milhões até 2050.
Embora um número maior de idosos não signifique
necessariamente mais pessoas necessitando de cuidados de
saúde e sociais (Walter 2006, Kruse 2013, Remmers e Walter
2013), o aumento dos níveis de dependência previstos sugere
que haverá a necessidade de prestar cuidados a idosos em
hospitais , cuidados residenciais, saúde e ambientes
comunitários (Line outros2011). A crescente demanda por
cuidados é confrontada com uma escassez global de
profissionais de saúde qualificados (Fagerberg e Engström
2012), mas, mais preocupante, uma falta de profissionais
interessados em trabalhar com idosos (Amrhein e Backes
2007, Gonçalves 2009, Samrae outros2013). Em 2006, a OMS

departamento de saúde pública da
Universidade Sapienza
Sabrina Auer é pesquisadora, Faculdade de
Ciências Empresariais e Sociais,
Universidade de Hamburgo
Corinna Petersen-Ewert é professora da
Faculdade de Ciências Empresariais e
Sociais da Universidade de Hamburgo
Mark Tyrrell é professor de
Enfermagem e Obstetrícia,
University College Cork
Data de entrega
11 de setembro de 2014
Data de aceitação
30 de outubro de 2014
Revisão por pares
Este artigo foi submetido a
uma revisão duplamente cega
e foi verificado usando
software antiplágio
preciso sobre o processo de envelhecimento e o interesse em
trabalhar com idosos. Há uma discrepância na literatura
sobre se os profissionais de saúde e assistência social têm
atitudes positivas ou negativas em relação aos idosos. Como
as atitudes estão fortemente ligadas às percepções de
trabalhar com idosos, este artigo apresenta uma revisão da
literatura e discussão sobre atitudes de estudantes de saúde
e assistência social em relação ao envelhecimento e
percepções de trabalhar com idosos.
Palavras-chave
Envelhecimento, atitude, recompensa, alunos, local de trabalho
O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO está se mostrando um
desafio para os sistemas de saúde pública e de assistência
social (Liue outros 2013). A Organização Mundial da Saúde
(OMS) (2014) afirma que, entre 2000 e 2050, a proporção da
população mundial com mais de 60 anos dobrará de cerca de
11% para 22%. Isso é acoplado com
notou a escassez de trabalhadores gerontológicos qualificados
no mundo desenvolvido e instou o desenvolvimento de
treinamento específico para o cuidado de idosos. No entanto,
questões como baixa estima profissional e recompensa
econômica, ambientes de trabalho ruins e falta de satisfação
pessoal (Koskinen 2010, Kydde outros2013) têm dificultado os
esforços para atrair mais profissionais para a especialidade.
As atitudes têm sido definidas como avaliações
positivas ou negativas de pessoas, lugares, coisas ou
eventos. As atitudes contêm constituintes cognitivos,
comportamentais e afetivos e são baseadas nas crenças e
valores dos indivíduos (Bundesministerium für Familie,
Senioren, Frauen und Jugend 2010a, Mataresee outros
2013). As atitudes podem mudar ao longo do tempo e são
afetadas pela influência social e apelo emocional
(Bundesministerium für Familie, Senioren, Frauen und
Jugend 2010b).

CUIDANDO DE IDOSOS Fevereiro 2015 | Volume 27 | Número 1 33

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 Arte e ciência | alitceuratetucraerreview
Há uma discrepância na literatura sobre se os profissionais
de saúde e de assistência social têm atitudes positivas ou
negativas em relação aos idosos (McLafferty e Morrison 2004,
Nolane outros2006, Wehr e Buchwald 2007, Klaghofere outros
2009, Boswell 2012, Bernere outros2012, Lue outros2013). No
entanto, a maioria dos estudos defende que a educação que
permite aos indivíduos desenvolver um conhecimento preciso
sobre o processo de envelhecimento pode melhorar as
respostas ao envelhecimento e o interesse em trabalhar com
esse grupo (Boswell 2012, Swanlund e Kujath 2012, Duggane
outros2013, Samirae outros2013).
Butler (1969) descreveu o ageism como
estereótipo sistemático e discriminação contra
pessoas porque são velhas. O envelhecimento é
citado como um fator importante nas dificuldades
de recrutamento para os setores de saúde e
assistência social (Masciadrelli 2014). Existem visões
da sociedade sobre os idosos como um fardo,
improdutivos, enfermos e incapazes de realizar
tarefas de cuidados básicos (Lovell 2006, Kruse
2012), e vários estudos destacaram a importância
da influência da sociedade na visão dos alunos
sobre os idosos (McKinlay e Cowan 2003 , Remmers
e Walter 2013). As atitudes estão relacionadas com
a qualidade do cuidado. Pesquisas realizadas com
profissionais de saúde sugerem que atitudes
negativas afetam suas decisões sobre cuidados e
tratamento (Eurich 2008) e moldam os
comportamentos dos profissionais de saúde na
prestação de cuidados (Jacelon 2002, McLafferty e
Morrison 2004).e outros2011). Se esse cuidado for
visto como 'prestação de serviços simples e
descomplicada' (Phelan e McCormack 2013), pode
influenciar as decisões dos profissionais de
trabalhar com idosos.
Revisão da literatura
Uma revisão da literatura publicada de 2003 a 2014 foi
realizada para explorar a atitude dos estudantes de saúde
e assistência social em relação aos idosos e ao trabalhar
com idosos. As palavras-chave 'atitude', 'ageing',
'students', 'working with' e 'older people' foram
pesquisadas no CINAHL, Academic Search Complete,
SocINDEX, Psychology and Behavioral Sciences Collection e
PsycINFO.
Atitudes para envelhecer
Em 2004, Mason e Sanders encontraram atitudes negativas em
relação aos idosos prevalentes em todos os cursos de
graduação em assistência social e no trabalho com idosos
descritos como a escolha de carreira menos preferida dos
alunos. Em contraste, Amrhein e Backes (2007) descobriram
que estudantes alemães de saúde e
34 Fevereiro 2015 | Volume 27 | Número 1
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cuidado tinha uma visão sem preconceitos da idade, mas
preferia trabalhar com pessoas mais jovens no futuro.
Estudos mostraram que o conhecimento insuficiente
sobre o envelhecimento tem sido associado a atitudes
negativas e falta de interesse em trabalhar com pessoas
mais velhas (Hautala 2008, Boswell 2012). Os
pesquisadores sugeriram que a educação sobre o
envelhecimento e os idosos pode ter um efeito negativo e
positivo nessas atitudes. Em um esforço para entender
essas informações conflitantes, Boswell (2012) investigou
se aumentar o conhecimento dos estagiários profissionais
diminuiria as atitudes anti-idade. Usando a Escala Fraboni
de Ageism (Frabonie outros1990) e o Facts on Aging Quiz
(Palmore 1977) com 43 estudantes de graduação em
saúde, Boswell (2012)
verificaram que aqueles que estavam ansiosos com o
envelhecimento e tinham pouco conhecimento do processo antes
do curso tinham atitudes mais idades e menos interesse em
trabalhar com pessoas mais velhas. A educação aumentou o
interesse em trabalhar com pessoas mais velhas e diminuiu as
atitudes relacionadas à idade (Boswell 2012).
Em seu exame das atitudes dos estudantes de medicina
alemães (n=308) para pessoas idosas Klaghofere outros (
2009) relataram achados semelhantes. Esses achados
sugerem que a educação sobre o envelhecimento aumenta o
interesse em trabalhar com idosos, no entanto, o interesse
em trabalhar com um determinado grupo nem sempre se
traduz em intenção, portanto, esses achados devem ser vistos
com cautela (Hirvonene outros2004).
Da mesma forma, Masciadrelli (2014) usou uma
abordagem pré-teste pós-teste com 49 estudantes de
graduação em serviço social para medir os efeitos de uma
atividade de aprendizagem experiencial em sua competência
e atitudes em relação aos idosos. Aumentos significativos
foram encontrados nas competências visadas e diminuições
estatisticamente significativas nas atitudes etários após a
introdução da atividade de aprendizagem. Dorfmane outros (
2004) sugeriram que a aprendizagem experiencial era um
método útil para ajudar os alunos a superar atitudes e crenças
anti-idade.
Em um estudo com estudantes de graduação em
fisioterapia, Hobbse outros (2006) mediu as atitudes
e o conhecimento dos idosos em três momentos. A
Escala de Atitude Geriátrica (Reubene outros1998)
foi usado para medir atitudes e o Facts on Aging
Quiz (Palmore 1977)
para medir o conhecimento. Os resultados mostraram que os
alunos tinham uma atitude um tanto positiva em relação às pessoas
mais velhas no primeiro momento. No entanto, enquanto o
conhecimento dos idosos melhorou de menos de 50% para 52%,
não houve um aumento significativo correspondente nas atitudes
positivas em relação aos idosos no ponto de tempo três. Os
pesquisadores sugeriram que a educação adicional pode ajudar a
aumentar o nível de conhecimento e
CUIDANDO DE IDOSOS
essa influência nas atitudes era mais ampla. Este estudo é
limitado em sua generalização porque foi realizado com
apenas uma coorte de estudantes da mesma
universidade. No entanto, cabe aos educadores fornecer
currículos que preparem os alunos para trabalhar com
adultos mais velhos e abordem atitudes e equívocos
sobre envelhecimento (Gutheile outros2009). Em estudo
com estudantes de psicologia, Wehr e Buchwald (2007)
encontraram atitudes positivas, negativas e neutras sobre
o envelhecimento. Atitudes negativas incluíram
'imobilidade', 'fragilidade' e 'inflexibilidade', enquanto
atitudes positivas incluíram 'experientes', 'cuidados' e
'autênticos'.
Estudos têm destacado a falta de conteúdo gerontológico
nos currículos de enfermagem e muitas vezes os alunos são
expostos a atitudes negativas em relação aos idosos em suas
colocações clínicas (Baumbusche outros2012). Higashie outros (
2012), em seu estudo sobre atitudes de médicos em formação
em relação a idosos, constataram que os participantes
expressaram opiniões positivas e negativas. A formação médica
dos médicos, bem como suas próprias crenças preconcebidas,
moldaram essas visões. Esses autores sugeriram que tais
atitudes são resultado de um viés curricular em direção a um
discurso biomédico, onde os idosos são vistos como
dependentes e frágeis, em vez de dinâmicos e saudáveis. As
visões negativas podem influenciar o desejo dos alunos de
trabalhar com idosos e também a forma como eles percebem
as necessidades dos pacientes (Higashie outros2012).
De todos os grupos profissionais, os pontos de vista e atitudes dos
enfermeiros em relação ao envelhecimento são talvez os mais bem
pesquisados. Em uma revisão sistemática, Liue outros (2013) identificou
25 artigos que discutiam as atitudes dos enfermeiros em relação aos
idosos. Os resultados foram inconsistentes com as atitudes positivas,
negativas e neutras relatadas.
Nos estudos selecionados, a Escala de Atitudes em relação a
Pessoas Mais Velhas de Kogan (Kogan 1961) e o Quiz de Fatos
sobre o Envelhecimento (Palmore 1988) foram os mais
usados. As variáveis mais examinadas foram idade, sexo e
escolaridade. No entanto, nenhum foi preditor consistente de
atitude em relação aos idosos. A revisão destacou que a idade
dos alunos afetou suas atitudes em relação às pessoas mais
velhas, com alunos/enfermeiros mais velhos tendo atitudes
mais positivas, mas o nível de educação mostrou resultados
inconsistentes (Wellse outros 2004). De acordo com Wellse
outros (2004), morar ou interagir com idosos não foi
significativamente associado às atitudes na maioria dos
estudos. No entanto, o ambiente de trabalho teve um efeito
negativo e positivo nas atitudes, com aqueles que trabalham
em cuidados intensivos tendo as atitudes negativas mais
fortes.
A revisão identificou que as atitudes positivas aumentaram a
preferência por trabalhar com pessoas mais velhas, mas
reconheceu a falta de estudos bem desenhados que explorassem
as atitudes dos funcionários registrados e
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estudantes de enfermagem (Wellse outros2004). Amrhein
e Backes (2007) recomendaram que um programa
educacional que incorporasse a transferência de
conhecimento e interações em situações de cuidado
poderia mudar as atitudes em relação aos idosos.
Yilmaze outros (2012) investigou a opinião de estudantes
universitários (n=378) sobre práticas etários. Eles descobriram
que, embora os alunos identificassem corretamente as
declarações de idade no questionário usado, eles endossaram
comportamentos que eram de idade.
Isso mostrou uma contradição entre suas crenças
esposadas e vividas. Curiosamente, 56% da amostra
estudava ciências sociais. Atitudes e ações nem sempre
coincidem e isso tem implicações para todos os estudos
que visam explorar atitudes em relação aos idosos.
Percepções sobre o trabalho com idosos
Há uma diferença entre as atitudes em relação ao
envelhecimento e as percepções de trabalhar com pessoas
idosas. Onde as atitudes em relação ao envelhecimento
podem ser positivas, isso pode não se traduzir em ideais
positivos ou mesmo em atitudes para cuidar de pessoas
idosas (McKinlay e Cowan 2006). No passado, estudos
assumiam que atitudes positivas em relação aos idosos se
traduziam em intenção de trabalhar com esse grupo. No
entanto, os pesquisadores desafiaram essa suposição
(Boswell 2012, Liue outros 2013). Sugere-se que trabalhar
com pessoas mais velhas é muitas vezes a escolha de
carreira menos preferida dos estudantes (Boswell 2012).
Por outro lado, Walter (2007) encontrou pouco
conhecimento confiável sobre as percepções de trabalhar
com idosos. De acordo com Mason e Sanders (2004),
muitos estudantes e profissionais veem o trabalho com
idosos como de baixo status, o que encoraja a visão de que
não é importante ou recompensador.
Usando perguntas abertas e entrevistas cara a
cara, Mason e Sanders (2004) exploraram as atitudes
de estudantes de serviço social (n=22)
para trabalhar com pessoas mais velhas. Os resultados foram
positivos e negativos. Temas positivos como aprender com os
mais velhos, ser valorizado e sentir-se mais competente foram
destacados, enquanto o aspecto negativo mais citado foi que
os idosos morrem e os alunos não se sentem adequadamente
preparados para lidar com essa perda. Embora o tamanho da
amostra tenha sido pequeno, é interessante que vários alunos
ficaram chocados com a descoberta de tratamento desigual
para os idosos e, como consequência, sentiram-se mais
inclinados a trabalhar com eles quando se formaram.
Estudos posteriores são consistentes com esses achados
(Gonçalves 2009, Gutheile outros2009, Putkonene outros
2011, Baumbusche outros2012), destacando a necessidade
de currículos para preparar adequadamente os alunos para
trabalhar com idosos.
Fevereiro 2015 | Volume 27 | Número 1 35
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A pesquisa de Kydd e Wild (2013) examinou as atitudes
dos profissionais de saúde em relação ao trabalho com idosos
em 1999 (n=376) e 2009 (n=546) usando um questionário
multifatorial. Os temas examinados foram idade, ambiente de
aprendizagem, ambiente de trabalho, estima profissional e
status de especialista. Pouca diferença significativa foi
encontrada entre os dois períodos de tempo, com ambos os
grupos de entrevistados entusiasmados em trabalhar com
pessoas mais velhas e ter atitudes positivas. No entanto,
algumas mudanças ocorreram entre os períodos de tempo.
Enquanto os participantes em 2009 ainda expressavam a
opinião de que o cuidado de idosos acontecia em ambientes
de trabalho menos desejáveis e não oferecia oportunidades
de progressão na carreira, uma porcentagem maior do que
em 1999 afirmou ter escolhido ou consideraria uma carreira
em gerontologia. Mais pesquisas são necessárias para
explorar as razões para essa mudança, pois tem implicações
para atrair funcionários para a gerontologia.
Stevens (2011) usou uma pesquisa para explorar as
escolhas de carreira dos alunos de graduação em
enfermagem (BN). Os resultados confirmaram os de estudos
anteriores (Stevens 1995, Happell 2002), que o desejo dos
estudantes de enfermagem de trabalhar com pessoas mais
velhas foi classificado em último lugar como uma escolha de
carreira para a maioria e pareceu diminuir ao longo do
tempo. Os alunos que classificaram o trabalho em áreas
técnicas como o mais alto em suas listas de preferências e
trabalhar com pessoas mais velhas foi visto como tendo um
efeito negativo em suas carreiras. Stevens (2011) observou
que, ao final de um curso de bacharelado de três anos, os
alunos tinham uma forte preferência por trabalhar em áreas
como terapia intensiva e teatro e baixa preferência por áreas
mais práticas, como cuidar do idoso. Curiosamente, este
estudo mostrou que quanto mais dias os alunos passam no
estágio, menor é a classificação deles trabalhando com
pessoas mais velhas.e outros (2006), que os ambientes de
estágio dos alunos eram

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36 Fevereiro 2015 | Volume 27 | Número 1 CUIDANDO DE IDOSOS

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não recompensador, predispondo-os a ver o trabalho com para atender às necessidades desta crescente demografia.
pessoas mais velhas como um status inferior. A literatura apóia a visão de que os alunos que têm uma
Outra descoberta de Stevens (2011) foi que, embora as visão positiva dos idosos expressam interesse em
percepções dos alunos sobre trabalhar com idosos não trabalhar com eles. Iniciativas como a aprendizagem
fossem inicialmente negativas, ambientes de cuidados com experiencial e o envolvimento dos alunos em pesquisas
poucos recursos aumentaram suas atitudes negativas. com adultos mais velhos tiveram efeitos positivos na
atitude e na intenção de trabalhar com esse grupo.
Conclusão Ambientes de trabalho que não eram favoráveis e que
Atitudes negativas em relação ao envelhecimento e a falta de interesse não privilegiavam o trabalho com pessoas mais velhas
em trabalhar com idosos resultam em menos pessoas trabalhando com afetaram as atitudes dos alunos durante as colocações.
essa população e também afetam a qualidade da assistência. No geral, À medida que a população continua a envelhecer,
as atitudes dos alunos em relação ao envelhecimento e as percepções de aumenta a necessidade de profissionais competentes para
trabalhar com pessoas mais velhas foram mistas. A falha dos currículos trabalhar com idosos. Os educadores precisam fornecer
de formação de enfermeiros em abordar os estereótipos sobre o currículos que preparem os alunos para trabalhar com Arquivo online
envelhecimento dificulta a capacidade dos alunos de lidar com situações adultos mais velhos e abordem conceitos errôneos sobre o
Para informações relacionadas, visite
de prática e aumenta ainda mais as visões preconceituosas sobre o envelhecimento. Permanece a necessidade de examinar as nosso arquivo online e pesquise

envelhecimento. visões e percepções de estudantes de todas as disciplinas usando as palavras-chave

A medicina preventiva e o aumento da expectativa de de saúde e assistência social, uma vez que suas visões e
vida levaram a um desafio de fornecer aos profissionais de percepções são a base para a futura prática profissional. Conflito de interesses
saúde conhecimentos e habilidades Nenhum declarado

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CUIDANDO DE IDOSOS Fevereiro 2015 | Volume 27 | Número 1 37

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