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º 0023202 - FESPSP
Trabalhos apresentados:
As conclusões foram afetadas pelo baixo retorno de resposta dos questionários, isso
porque, de 20 enviados por e-mail para bibliotecas universitárias na área da saúde, apenas 2
foram respondidos, não obstante, manteve-se a pesquisa, uma vez que teriam servido para
Arthur Gonçalves Spada – RA n.º 0023202 - FESPSP
mostrar que os bibliotecários tem noção de seu papel e que eles compreendem ser necessários
para gerir o excesso de informações, mas que há necessidade de melhora dos espaços e de
comunicação. Os resultados foram parciais, pois serviram para analisar a percepção do
bibliotecário, mas não para compreender o nível de preparo.
Este trabalho, por falta de tempo de pesquisa, não se constituiu de um estudo de caso,
mas de um relato de experiência, que mostrou como a biblioteca mudou ao longo do tempo,
passando de um espaço de apenas empréstimo de livros, para um centro de sociabilidade,
através também da promoção de mostras culturais e artísticas, sobretudo motivada pela
mudança de postura do Instituto Alana. O trabalho constatou, ainda, a mudança do público
atendido, que não somente aqueles mais próximos, mas passou a ser frequentado por pessoas
de outras regiões.
Esse trabalho, fruto de iniciação cientifica, foi elogiado pelas coordenadoras do GT, que
evidenciaram a importância da biblioteconomia social, e o potencial de transformação que o
profissional pode levar para a sociedade na qual se insere. Foram feitas algumas sugestões em
razão da pouca literatura sobre biblioteconomia social, sendo recomendado a utilização de
autores que falam da “nova biblioteconomia”, defendendo que a biblioteca faz parte da
infraestrutura social, além de ser sugerido adensar o trabalho a partir da agenda 20/30 da ONU
sobre cidades sustentáveis e o papel da biblioteca para tanto.
desenvolvido na penitenciária feminina do Butantã, e a opinião das detentas sobre ele. Buscou-
se especialmente um presidio feminino em razão da condição da mulher, posto além de esta
estar submetida a uma lógica patriarcal, assim como a mulher em liberdade, também está
inserida num sistema punitivo criado por homens e para homens.
Esse trabalho identificou que os livros não podem sair da biblioteca e que não há um
profissional especializado para sua manutenção, mas o trabalho é exercido por uma detenta.
Além disso, o projeto somente é possível em função de se tratar de um presídio de regime
semiaberto, uma vez que o controle e restrições no regime fechado são muito maiores. Não se
permitiu que as presas fossem entrevistadas ou respondessem a questionários.
O trabalho 4 tratou do bibliotecário clínico, que é aquele profissional que atua na área
da saúde e não é responsável pelas funções técnicas do bibliotecário, mas atua como uma
espécie de parecerista, ao sistematizar informações, estudos e análises, para contribuir na
definição da estratégia médica a ser adotada. O trabalho mostra que essa área da
biblioteconomia ainda não se desenvolveu a contento no Brasil, sendo trazidos profissionais de
outros países para atender a demanda interna, ao contrário de capacitar aqueles que já trabalham
na área, mas têm se tornado obsoletos (durante as críticas, foi feito uma retomada do trabalho
1, visto que aquele tratava de bibliotecas universitárias na área de saúde).
Esse trabalho, mostrou como a atuação desse profissional pode modificar a situação de
uma localidade ao mostrar a diminuição nas taxas de aborto espontâneo no interior do nordeste
do Brasil, após a atuação de uma equipe de bibliotecários clínicos, que estudaram o problema
da região de definiram as estratégias a serem adotadas pelos médicos da região.
Arthur Gonçalves Spada – RA n.º 0023202 - FESPSP
O trabalho mostrou como esse profissional consegue visualizar o resultado de sua ação
e como se trata de área de alta especialização e carente de profissionais.
Durante os comentários, este foi bastante elogiado por trazer tema inovador e ainda
pouco estudado no Brasil, sendo sugerido ao pesquisador que fizesse contato com o Conselho
Regional de Biblioteconomia para buscar a criação de um grupo de discussão de profissionais
dessa área, já que existira apenas o grupo dos bibliotecários jurídicos.
Por outro lado, o trabalho 4, em que pese tenha sido bastante elogiado pelas
coordenadoras do GT, não permitiu a identificação de uma pergunta de pesquisa clara, mas
pareceu aproximar-se de uma apresentação de uma área profissional, o que se coaduna com o
comentário feito acerca da possibilidade de criação de um grupo no conselho profissional da
categoria. A existência desse profissional, todavia, despertou meu interesse dado o
desconhecimento de sua existência.
Por outro lado, foi interessante ver sugestões para além da mera utilização da pesquisa,
mas relacionadas a eventual troca de contatos, sugestões de trabalho profissional e outras
interações as quais eu presumia não existir, por fugirem do trato meramente acadêmico.