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DESENVOLVIMENTO PRÁTICO

Nos anos 2000, Bill Gates escreveu o livro Business at the Speed of Thought,
que traduzido quer dizer algo como “Negócios na velocidade do pensamento”, apesar
desse livro ter sido escrito há duas décadas atrás, ele nunca se encaixou tão bem na atual
realidade. Segundo ele, nunca foi tão necessário encontrarmos bons líderes nas
empresas. Com a atual pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo corona vírus,
uma certa ansiedade e medo acaba surgindo quando se pensa o quanto esse vírus irá/está
afetando a economia e a saúde.
Bill Gates em seu livro, diz que essa liderança depende de duas grandes
qualidades. A primeira é de que bons líderes não fogem de notícias ruins. Ou seja, a
capacidade de uma companhia de responder a eventos inesperados (como o corona
vírus) é um indicador de vantagem competitiva. Bill Gates aconselha que os líderes
procurem notícias ruins e fazer com que outras pessoas a respondem. Com isso, os
líderes irão incentivar que os seus funcionários compartilhem tanto notícias ruins,
quanto notícias boas. É um conselho difícil de ser seguido, ainda mais em ambientes
verticalizado, onde os funcionários são mais fechados e não se abrem tanto. No ponto de
vista de Bill Gates, no entanto: “A mudança de atitude corporativa, encorajando e
ouvindo as más notícias, deve vir do topo”. Reduzindo as hierarquias nesse ambiente, os
funcionários terão confiança de compartilhar problemas e autonomia para agir sobre
eles. Com uma comunicação autêntica e liderança compartilhada, junto com a atitude de
não fugir de notícias ruins, formam elementos enormes para o sucesso de uma empresa
A segunda qualidade que Bill Gates fala que grandes líderes devem ter é a
empoderamento, ou seja, ser um líder que consegue tocar a vida de seus funcionários ou
colegas de trabalho. Como líder de uma equipe, é preciso empoderar os profissionais
para que eles próprios criem e sugerem ideias e façam um bom trabalho. As definições
de Bill Gates vão contra o senso comum de que um líder tem que utilizar sua autoridade
apenas para dar ordens e guiar pessoas sem acrescentar ou agregar nenhum
conhecimento. Quando se leva o senso comum em conta, um líder que empodera seus
funcionários, vai conhecer a fundo sua equipe, comunicar-se como um líder de verdade
e vai se importar mais com os outros do que com ele mesmo.
Seguindo essa linha de raciocínio que Bill Gates colocou em seu livro, podemos
encaixa-la facilmente na recente história da Microsoft, empresa na qual ele é o
fundador. Até o início de 2014, a Microsoft vinha sendo muito criticada pela falta de
inovação no mercado competitivo, muitos pensavam que no decorrer dos anos ela sairia
do topo para empresas como Apple, Facebook, Amazon e o Google, mas tudo isso
mudou quando Satya Nadella, atual CEO da Microsoft, assumiu o comando em 4 de
fevereiro de 2014. O seu primeiro e maior serviço de inovação como CEO da Microsoft
foi a substituição do Hotmail pelo Outlook, sendo esse o serviço de e-mail que mais
cresce rapidamente no mundo todo, com cerca de 400 milhões de usuários cadastrados
segundo dados da própria Microsoft.
Satya Nadella fala de um futuro em que a computação em nuvem, inteligência
artificial e a mobilidade viriam em primeiro lugar. A Microsoft foi a companhia que
mais popularizou a computação pessoal, mas se perdeu um pouco quando os
smartphones começaram a estourar. Apesar disso, a maioria das pessoas tiveram seu
primeiro contato com tecnologias através da Microsoft, com serviços como o Windows,
o Word e o Excel. Mas foi graças ao Nadella que ela voltou ao topo da inovação. Em
nenhum momento ele menciona o Windows quando o assunto é inovação. Em entrevista
à revista EXAME, Nadella afirma: “ A ilusão de que o sucesso dura para sempre é algo
que nós queremos expurgar de nossa consciência. Porque é aí que a arrogância acaba se
instalando”
A palavra chave para todo esse sucesso repentino colocando a Microsoft de novo
no topo foi: “colaboração”. Segundo o vice-presidente executivo responsável por
vendas globais e marketing da Microsoft, Jean-Philippe Courtois, uma das maiores
mudanças feitas por Nadella foi mudar filosofia de pensamento para “Queremos
aprender tudo, ao invés de saber tudo”. Antes, a empresa era muito fechada, não havia
tanta colaboração, mas essa acabou sendo a palavra que botou tudo em ordem, em
várias conversas com dezenas de funcionários e executivos da Microsoft, a palavra
“colaboração” foi uma das ouvidas com mais frequência.
Inovação e Colaboração foram os dois pilares para manter a Microsoft líder do
mercado e bastante competitiva. Mesmo perdendo certa vantagem por não ter
conseguido ir bem no ramo dos smartphones, principalmente por conta do enorme
prejuízo que a compra da Nokia em 2013 causou na companhia. Em 2015 a compra da
Nokia virou um prejuízo de 7,6 bilhões de dólares. A empresa aprendeu com seus erros
e graças a Nadella se mantém no topo do mercado mundial. Atualmente, no ano de
2020, a Microsoft se encontra como a terceira marca mais valiosa do mundo, avaliada
em 162,9 bilhões de dólares, ficando para atrás apenas para Apple, avaliada em 241,2
bilhões de dólares e a Google, avaliada em 207,5 bilhões de dólares.
Segundo Julia White, responsável por tudo o que se refere à computação em
nuvem na empresa, ela disse a revista EXAME, que a transformação sob o Nadella foi
essencial para o sucesso nessa fronteira de negócios. Ela disse que a empresa era muito
insular e rígida, há 17 anos na Microsoft ela fala que a companhia já tinha as
competências e a energia necessárias para o sucesso, mas Nadella permitiu que elas
viessem à tona. O que era apenas uma curiosidade na antiga gestão da Microsoft, se
tornou o maior motivo de crescimento da empresa nos dias de hoje. Em 2015 as receitas
da Azure (serviço de nuvem da Microsoft) valiam 1 bilhão de dólares. Para 2020, a
expectativa é que os valores alcancem a casa dos 22 bilhões de dólares.
A Microsoft, a partir do momento que deixou o passado de lado e focou no
futuro com o novo CEO, conseguiu se reerguer e voltar a ser a empresa líder no
mercado como sempre foi. No próximo tópico será falado como essas duas palavras
chaves: inovação e colaboração, mudaram o rumo da sua história e se manteve como
um exemplo de ser competitiva em um mercado onde ideias novas surgem a todo
momento e quanto mais devagar pensamos, mais para trás ficamos.

RESULTADOS
Através do estudo feito com as entrevistas do fundador da Microsoft, Bill Gates,
e da leitura de revistas e noticiais do atual CEO da Microsoft, Satya Nadella, foi visto
que os dois principais diferencias para a Microsoft se manter no topo e altamente
competitiva, foram a inovação e a colaboração dentro da companhia. Inovação no
sentido de ter a capacidade de criar coisas novas e não mais se manter no passado como
ela havia fazendo, apostando tudo somente no Windows e não inovando o tanto que
deveria. Colaboração no sentido de transformações dentro da empresa, onde o que mais
importava antes era saber tudo e hoje em dia o lema é querer aprender sobre tudo.
Com isso, é possível ver que, mesmo a Microsoft sempre estando no topo, a
companhia sempre foi pelo caminho da inovação. Mesmo que as vezes houvesse a
chave do fracasso (como aconteceu com a aquisição da Nokia) a empresa nunca deixou
de tentar. Foi com essa persistência em inovar que ela continuou a crescer mesmo após
perder um pouco da vantagem durante a era dos smartphones. Com o crescimento da
sua tecnologia em nuvem, Azure, seu valor de mercado acabou aumentando
drasticamente, sendo esse o futuro atual na tecnologia digital. Um exemplo disso é o
Google que desde sempre investiu em tecnologias com nuvem, vemos isso no Google
Drive da própria empresa, que é um dos serviços de armazenamento em nuvem mais
utilizados do mundo.
No sentido da colaboração, a Microsoft até hoje ganha muito com a venda do
pacote Office no modelo de assinaturas desde 2011 e hoje em dia, juntando esse serviço
com a nuvem e inteligência artificial, só fez seu crescimento ser maior ainda. Foi por
meio de colaborações como essas que a companhia conseguiu seguir em frente
inovando. Além disso, graças a ótima comunicação entre os diversos setores da empresa
desde a nova gestão de Nadella, a colaboração e inovação andam de mãos dadas de
baixo do teto da Microsoft, sendo esse um exemplo que toda companhia deveria seguir
para se manter competitiva no mercado e sempre tentando alcançar o topo.

CONCLUSÕES E SUGESTÕES DE NOVOS TRABALHOS

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