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Malasseziose em cães

Prof. Dr. Rafael Rodrigues Ferreira


Malasseziose em cães

1. Etiologia
2. Patogenia
3. Sinais Clínicos
4. Diagnóstico
5. Tratamento

ETIOLOGIA

Gênero Malassezia
Levedura:
Unicelular
Lipofílica

Dufait, 1983 - caninos


Não lipídeo dependente
Ferreira, R.R.
Ferreira, R.R.
PATRÓN DISTRIBUTIVO SEMEJANTE A
DA

Ferreira, R.R.
Malasseziose em cães

1. Etiologia
2. Patogenia
3. Sinais Clínicos
4. Diagnóstico
5. Tratamento

Patogenia:

Fatores que promovem a multiplicação (overgrowth) e penetração de


leveduras na pele:

•Aumento de sebo ou cerúmen (lipofilia).

•Inflamação crônica cutânea.

•Rupturas na barreira epidérmica.

•Outras causas

Fatores que aumentam a patogenicidade

Subtipos de Malassezia pachydermatis - A,B,C,D


Produção enzimática:
Fosfolipases, catalases e proteases:

Relação com a DAC

Ferreira, R.R.
Importância da barreira cutânea
Ferreira, R.R.
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Lamelas lipídicas

Ferreira, R.R.
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FILAGRINA CORPOS LAMELARES

LIPÍDEOS / LAMELAS LIPÍDICAS

DISFUNÇÃO BARRERA PENETRAÇÃO ANTÍGENOS

INFLAMAÇÃO
Importância da barreira cutânea
DA - FASE AGUDA DA - FASE CRÓNICA

Treg Treg

Th1 Th1

Th2 Th2

Th0 Th0

Th17 Th17

Th22 Th22
Ferreira, R.R.
GM- CSF
DC IL-17
IL-22

PIEL
PRESENTACIÓN

Th0 Th17
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Peptídeos antimicrobianos
BOG
MOG
Dr. Manzuc
Disbiose
DAC
H2O
H2O H2O

Piel saludable Piel prurítica

Ferreira, R.R.
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Malassezia pachydermatis

Ferreira, R.R.
TCHEN, T. & HILL, P.B. The biology of Malassezia organisms and their ability to induce immune responses and skin
disease. Veterinary Dermatology 2005, 16, 4–26

. Ferreira, R.R.

Malasseziose em cães

1. Etiologia
2. Patogenia
3. Sinais Clínicos
4. Diagnóstico
5. Tratamento

Vet. Dermatol. 2011, v.22, p. 46-52

n = 117 cães com DA


positivos ou negativos para Malassezia X CADESI-03
Liquenificação

Estatisticamente signi cante P < 0,05


fi
Eritema

Estatisticamente signi cante P < 0,05


fi
Escoriações

Estatisticamente não signi cante p > 0,05,


porém...!
fi
Alopecia autoinduzida

Estatisticamente signi cante P < 0,05


fi
Malasseziose em cães

1. Etiologia
2. Patogenia
3. Sinais Clínicos
4. Diagnóstico
5. Tratamento

Diagnóstico

1- Diagnóstico de Malasseziose
(overgrowth)

2- Diagnóstico de hipersensibilidade à
Malassezia

1- Diagnóstico de Malasseziose
(overgrowth)
Como interpretar a citologia?
Contar número médio de leveduras na pele
Número elevado:

Ouvidos: > 5/campo Pele: >1/campo


(aumento 1.000x)

2- Diagnóstico de
hipersensibilidade à
Malassezia

Ferreira, R.R.

2- Diagnóstico de hipersensibilidade à
Malassezia - Tipo I

Teste Sorológico

! by ELISA using the FcεRIα receptor 

Ferreira, R.R.

Teste sorológico

• Sensibilidade - 77,0%
• Especi cidade - 89%
• com relação aos resultados de IDT.
•  by ELISA using the FcεRIα receptor 

Ferreira, R.R.
fi
2- Diagnóstico de hipersensibilidad à
Malassezia - Tipo I

Teste Intradérmico

Ferreira, R.R.

TESE DE DOUTORADO

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE


HISTAMINA E EXTRATOS ALERGÊNICOS EM CÃES
SADIOS SUBMETIDOS A TESTE INTRADÉRMICO

Autor: Rafael Rodrigues Ferreira


Orientador: Prof. Dr. Laerte Ferreiro
Co-orientador: Prof. Dr. Luiz Antônio Guerra Bernd

Evaluation of different concentrations of histamine


and skin irritant threshold for house dust mites in
healthy dogs submitted to intradermal testing

Ferreira R., Ferreiro L., Machado M.,


Cunha V., Farias M., Antunes E.
(Porto Alegre, Brazil)

N = 160 cães sadios

Animais positivos
Extrato alergênico (concentração) n % IC - 95% P*
DP125 3 1,88 0,39 5,38 0,005
DP250 4 2,5 0,69 6,28 0,011
DP500 7 4,38 1,78 8,81 0,083
DP1000 17 10,63 6,31 16,47 1,000
DF62,5 12 7,5 3,93 12,73 0,553
DF125 13 8,12 4,4 13,49 0,697
DF250 15 9,37 5,34 15 1,000
DF500 16 10 5,82 15,73 1,000
DF1000 41 25,62 19,06 33,12 0,000
BT62,5 3 1,88 0,39 5,38 0,005
BT125 16 10 5,82 15,73 1,000
BT250 27 16,87 11,42 23,59 0,101
BT500 30 18,75 13,02 25,67 0,038
BT1000 38 23,75 17,39 31,11 0,002
MP500 4 2,5 0,69 6,28 0,011
MP1000 8 5 2,18 9,61 0,137
MP1500 8 5 2,18 9,61 0,137
MP2000 17 10,63 6,31 16,47 1,000
Ferreira, R.R.

Teste Intradérmico

• Positivos para MP = 37%

Ferreira, R.R.
Ferreira, R.R.
Teste Intradérmico
! Porto Alegre

DP – 53%
DF – 56%
BT – 63%
PN – 26%
LM – 26%
LP – 16%
CD – 36%
ASP – 16%
CLAD – 33%
ALT – 20%
PEN – 23%
MP – 26% 1.000 PNU/mL

MP –35% 2.000 PNU/mL

Ferreira, R.R.

CASO CLÍNICO

! Golden, macho, 3 anos

! Citología: 5 leveduras/campo

! Sorologia: 800

Ferreira, R.R.



Ferreira, R.R.
MP
CP

Ferreira, R.R.
Malasseziose em cães

1. Etiologia
2. Patogenia
3. Sinais Clínicos
4. Diagnóstico
5. Tratamento

Tratamento
1. Controle seborréico (quando houver) - tópico

2. Terapia repositora de lipídeos - tópico

3. Controle das disbioses - tópico

4. Controle do quadro inflamatório - sistêmico


Ferreira, R.R.
Tratamento
1. Controle seborréico (quando houver) - tópico

2. Terapia repositora de lipídeos - tópico

3. Controle das disbioses - tópico

4. Controle do quadro inflamatório - sistêmico


Recuperar a função de barreira físico-química

Aeroalérgenos e irritantes
Reposição lipídica
Tratamento
1. Controle seborréico (quando houver) - tópico

2. Terapia tópica repositora de lipídeos

3. Controle das disbioses

3.1. Malasseziose

4. Controle do quadro inflamatório


Tratamento Tópico - Primeira escolha

! Tópico (xampus) + (Spray)


Clorexidine 3-4%
Clorexidine 2-4% + Miconazol/ Cetoconazol 2-3%
Cetoconazol 2-3%

! Banhos: 1-2x/sem.
! Spray: 1-2x/dia

! Sistêmico
Cetoconazol / Itraconazol - 10 mg/kg/sid

! Tempo: 4-8 semanas


! Tópico (Spray/mousse)
Clorexidine 2%
Miconazol 2%
Avenolat 1%
Ceramidas 0,3%
Glicerina 2%
! Tiempo: 4-8

Tratamento
1. Controle seborréico (quando houver) - tópico

2. Terapia tópica repositora de lipídeos

3. Controle das disbioses

4. Controle do quadro inflamatório


Ferreira, R.R.
Ferreira, R.R.
Objetivos
Avaliar a e cácia de um produto emoliente (AFLOAT VET) e um shampoo à base de clorexidine 2%/miconazol 2% (2% MIC/
CHX) em cães atópicos, e avaliar a in uência de ambos os produtos na barreira cutânea de cães saudáveis.

Animais
Dezesseis cães atópicos com supercrescimento secundário de Malassezia e 11 cães saudáveis.

Métodos e materiais
Este estudo foi um ensaio simples‐cego randomizado. Os cães foram aleatoriamente tratados com o banho emoliente ou 2%
MIC/CHX, duas vezes por semana, por quatro semanas. A avaliação clínica foi feita utilizando o indicador de gravidade e
extensão da dermatite atópica canina, 4a versão (Canine Atopic Dermatitis Extent and Severity Index, 4th iteration ‐ CADESI‐
04), a escala analógica visual de prurido (pruritus Visual Analog Scale‐ pVAS) e avaliação citológica da contagem de leveduras
nos Dias (D)0, D14 e D28. A função da barreira cutânea foi determinada pela avaliação da perda de água transepidérmica
(TEWL) após um único banho com cada produto nos animais saudáveis.

Resultados
Os valores de pVAS e a contagem de leveduras estava signi cativamente reduzida no D28, comparado ao D0 em ambos os
grupos (P < 0,05). O CADESI‐4 estava signi cativamente reduzido no D28 no grupo de banho emoliente (P = 0,003). Não
houve diferenças signi cativas em nenhum escore nal entre os grupos. Nos cães saudáveis, houve um aumento signi cativo
da perda de água transepidérmica em ambos os grupos (P < 0,01).

Conclusão
Um produto para banho emoliente pode ser e caz em cães atópicos com supercrescimento de Malassezia. Banhos com
shampoo podem afetar a barreira cutânea mesmo quando realizado com produtos emolientes.
fi

fi

fl
fi
fi
fi
fi
fi
Imunoterapia alérgeno
específica
9/16

56%
Considerações finais

1. Entender bem a função de barreira cutânea na DAC

2. Controle seborréico (quando houver) - tópico

3. Controle do quadro inflamatório - terapia sistêmica

4. Controle das disbioses - terapia tópica

5. Reposição lipídica - terapia tópica


CASOS CLÍNICOS

Antes y después…

• Antes de la primera consulta…

Ferreira, R.R.

•Cuatro semanas después…

Ferreira, R.R.

•Siete semanas después…

Ferreira, R.R.

•Doze semanas después…

Ferreira, R.R.

•Dieciseis semanas después…

Ferreira, R.R.

• Actualmente…

Ferreira, R.R.

OBRIGADO!








Ferreira, R.R.

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