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1. FAIR VALUE
O fair value é um importante indicador de mercado, que visa dar objetividade a um ativo. É
assim que funciona.
“Fair value” significa literalmente “valor justo”. É um indicador que, através de diferentes
métodos de cálculo, aspira estimar o preço de um bem da forma mais objetiva possível , além do
valor de mercado atual.
Não deve ser confundido com o preço de listagem, que representa o valor efetivo de um título O
fair value constitui o seu valor teórico, ou seja, um valor “justo” (outra forma de traduzir “justo”)
destinado a neutralizar fatores não económicos (como a emoção e outros fatores que
condicionam o valor efetivo) de forma a obter um preço tão objetivo quanto possível.
Além de servir de referência para os fluxos de caixa futuros, o principal motivo do fair value é
justamente a discrepância com o preço de mercado atual: se este for superior ao fair value, o
preço do título está superestimado; se for menor, é subestimado.
Dessa forma, os negociadores podem ter dados de referência sobre as possibilidades oferecidas
pelo valor de um título e saber se ele pode ser lucrativo no longo prazo.
Para calcular o fair value não existe uma fórmula exata, mas sim diferentes métodos ou
abordagens, com base no mercado, receitas e custos.
A abordagem do custo baseia-se na estimativa dos custos exigidos de uma empresa para
substituir um ativo, corrigidos pela tendência de deterioração ao longo do tempo.
2. GOODWILL
Goodwill é um valor reconhecido pela contabilidade financeira e pode aparecer quando existe a
venda de uma empresa ou de parte dela. Também pode ser conhecido como ágio.
Um goodwill existe quando o valor oferecido na compra da empresa é maior do que o valor
contábil ou valor justo dela. Este adicional fica registrado como um ativo intangível.
O valor do goodwill normalmente está relacionado à proposta de compra da empresa que inclui
valores não contabilizados. Como exemplos: o valor da marca, relação sólida com os seus
clientes ou a formação de um bom time de trabalho.
Por ser um valor acima do que a empresa possui de patrimônio líquido, o goodwill é considerado
um prêmio que é pago pela empresa compradora. O seu valor pode ser negativo se a compra for
feita por menos do que o valor justo.
O termo goodwill teve sua possível origem na Inglaterra durante o século XVI. Neste caso
referia-se especificamente à valorização de um terreno devido a sua localização e o seu valor
adicionado ao patrimônio.
Atualmente existem diferentes tipos de ágio na economia, sendo que a valorização de uma
empresa pelos seus ativos intangíveis é mais conhecido por goodwill.
2.2 Cálculo do goodwill
O cálculo do valor do goodwill consiste em encontrar o valor a mais que foi pago na compra da
empresa perante o seu patrimônio líquido, normalmente avaliado a preços de mercado.
Apesar de ser um pouco mais complexo, uma forma possível de cálculo do goodwill é através da
fórmula:
2.3 Exemplo
Se uma empresa está sendo vendida por R$ 10 milhões, sendo que possui R$ 20 milhões em
ativos e R$12,5 milhões em passivos, o seu goodwill será de:
Sendo que esses R$ 2,5 milhões ficam registrados como ativos intangíveis na respectiva conta do
ágio ocorrido.
3.ÁGIO
3.1 o que é Ágio na economia
O ágio pode acontecer em diferentes áreas da economia quando há uma diferença positiva entre
um valor nominal e a quantia que foi realmente paga.
No mercado financeiro, este valor "acima" pode ser obtido como um prêmio para o investidor
que vende um título a um preço maior do que comprou. Isso considerando que a taxa de juros
atual do mesmo título está mais reduzida.
O ágio também pode acontecer quando um valor adicional é cobrado por uma mercadoria em
comparação ao seu valor de mercado. Acontece, por exemplo, em preços cobrados a prazo ou
quando um preço cobrado está acima do "tabelado".
No mercado de câmbio o ágio está presente no diferencial de cotações que são cobradas, para
uma mesma moeda, em diferentes localidades, gerando lucro a quem vende.
Existem casos em que acontece o contrário, ou seja, o valor fica abaixo do valor nominal,
conhecido como deságio.
3.2 funcionamento do ágio
O ágio é uma cobrança adicional ao que foi estipulado ou tomado como valor oficial. Esta
situação pode acontecer no mercado de bens e serviços ou no financeiro quando envolve moedas
ou títulos, por exemplo.
Hoje em Moçambique, o ágio é ainda mais comum durante esta época enquanto o país enfrenta
uma hiperinflação. Com o tabelamento de preços, muitos comerciantes não conseguem vender
sem que houvessem estratégias de ágio, um adicional ao que é considerado como preço oficial
aos seus produtos.
Historicamente, quando as moedas tinham os seus valores atrelados ao preço do ouro, o ágio
podia acontecer caso houvesse uma valorização maior da própria moeda acima do ouro.
Ainda hoje, o ágio está presente em diferentes mercados e situações a nível mondial.
A diferença de preços à vista e a prazo para diferentes produtos é muito comum em nosso dia a
dia. A quantia adicional dada aos produtos a prazo é um tipo de ágio.
Neste caso, é comum que o valor a prazo seja para pagamento feito em parcelas, havendo uma
cobrança de juros que são pagos a mais sobre o valor à vista.
Os títulos são emitidos podem entidades privadas ou públicas para levantar capital. O que fica
em dívida, é devolvido a quem investe com juros pré-estabelecidos.
Por vezes, este preço de mercado pode não coincidir com o seu valor intrínseco, que é calculado
na forma de valor presente. A diferença é considerada um ágio.
O ágio também pode existir na compra de um carro que foi adquirido por meio de um
financiamento. A revenda do automóvel pode ser feita em ágio caso ainda existam parcelas a
pagar.
Neste caso, o próximo comprador concorda em assumir as parcelas que ainda estão em falta de
acordo com o negócio feito.
3.3.4 Ágio na emissão de ações
As ações que uma empresa emite é uma outra forma de obter capital para realizar os seus
investimentos. Neste caso, o investidor fica conhecido como acionista da empresa.
Algumas empresas emitem ações com valor nominal (fixo), sendo possível que alguns acionistas
paguem a mais pelas ações no mercado primário.
Esta quantia adicional que a empresa recebe é considerada um ágio e pode ficar registrada como
uma reserva a ser usada em prejuízos acumulados.
Msc. Prosper S. Kahozi