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O que explica o sucesso das offshores pelo mundo?

Economia tributária, blindagem patrimonial total e transmissão dos bens automaticamente


aos herdeiros. Essas são alguns dos benefícios alcançados através de uma estrutura offshore,
estratégia que ganha cada vez mais espaço entre os empreendedores brasileiros.

São consideradas como offshore as empresas familiares ou de capital, com sede localizada
em um país diferente da nacionalidade do (s) acionista (s). Por conta da sofisticação dessas
estruturas, a gestão destes empreendimentos pode ser feita de qualquer lugar do mundo com
total segurança.

Os locais que recebem esses investimentos são conhecidos como “tax heavens” ou “tax
friendly” (em inglês), permitindo que as empresas operem com impostos reduzidos e, em
alguns casos, até nulos. Uma isonomia fiscal impossível de ser conquistada em solo
brasileiro.

Isonomia fiscal impossível no Brasil

De acordo com um estudo divulgado em fevereiro deste ano, a movimentação das offshores
ao redor do mundo foi de mais de R$ 2,4 trilhões em 2021. As empresas multinacionais
foram responsáveis por R$ 1,6 trilhão de todo o montante, enquanto as pessoas físicas
mobilizaram cerca de R$ 878 bilhões.

No Brasil, aproximadamente R$ 41,9 bilhões foram investidos em offshores no ano passado.


No contexto local, as empresas foram responsáveis por R$ 40,4 bilhões, enquanto as pessoas
físicas mobilizaram R$ 1,5 bilhão.

Além da economia tributária conquistada, incluindo imunidade de inventário, Imposto sobre


a transmissão de bens imóveis (ITBI) e Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação
(ITCMD), uma empresa offshore oferece blindagem patrimonial total e sigilo total dos dados
pessoais e financeiros.

A procura por esse modelo jurídico também é justificada pela proteção cambial contra a
inflação e desvalorização do Real (já que o dinheiro está fora do Brasil), maior facilidade em
aplicações para vistos de turismo ou trabalho em países estrangeiros, dispensa de impostos
para trazer ou enviar dinheiro ao exterior e maior diversificação dos negócios.

A ação é totalmente legal e permitida pela legislação do nosso país. A única exigência é
declarar a existência da empresa estrangeira à Receita Federal. Respeitando os encargos e os
processos fiscais do país escolhido, não há razão para ter problemas com a lei. Ou seja, se não
há intenção de obter benefícios ilegais (através de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens
de origem ilícita, por exemplo), não há margem para problemas judiciais.
Offshore e geopolítica: os 4 grandes eixos

Os custos de estruturação e manutenção de uma empresa offshore são variáveis, já que


dependem da escolha da jurisdição, atividade ou porte do negócio, entre outros elementos
considerados durante a constituição. Além disso, o câmbio local também é determinante para
o valor final da operação.

Por conta da influência geopolítica e das relações entre países ao longo dos anos, as
jurisdições offshore foram agrupadas em eixos distintos ao redor do mundo. Esses diferentes
“conjuntos” foram organizados a partir dos processos de colonização, histórico de guerras,
afinidades políticas e aspectos culturais em comum. Assim, essas jurisdições compartilham
algumas características similares como o tipo de jurisprudência ou mesmo a moeda utilizada.

Entre os principais eixos offshore do mundo estão: o Americano (Delaware, Florida e


Wyoming - todos territórios dos EUA); Asiático (Dubai, Hong Kong, Ilhas Marshall, Samoa,
Singapura e Vanuatu); Britânico (Anguilla, Bahamas, Barbados, Belize, BVIs, Ilhas Cayman,
Ilha de Man, Ilhas Maurício, Ilha de São Vicente, Ilhas Seychelles, Nevis, Nova Zelândia,
Panamá, Quebec e Santa Lúcia); e o Europeu (Chipre, Gibraltar, Guernsey, Holanda, Irlanda,
Jersey, Londres, Luxemburgo, Malta e Suíça).

Critérios para escolher uma jurisdição adequada

O processo de escolha de uma jurisdição offshore é complexo, exigindo atenção em cada


detalhe. Para uma decisão assertiva, a recomendação dos especialistas de mercado é seguir
algumas orientações como: contratar uma empresa especializada; pesquisar a reputação e as
vantagens fiscais e jurídicas do país onde deseja abrir a offshore; e verificar o valor do
depósito inicial exigido, bem como o prazo de abertura, que pode variar de acordo com a
jurisdição.

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