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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE HISTÓRIA
HISTÓRIA DO BRASIL 1

Discentes: Anna Clara de Souza Melo, Gabriel Henrique da Costa Peixoto, Marcos Antônio
de Souza Ataides.
Docente: Dra. Ana Carolina Eiras Coelho Soares.

ATIVIDADE 1

O filme “Uma história de amor de fúria”, nos conta a história de um indígena que vive
por séculos, sendo assim ele viveu as épocas do Brasil colonial, império, república, ditadura e
entre outros. Para condizer com a disciplina em questão, faremos um recorte do filme e
falaremos apenas do momento em que a história se passa no Brasil Colonial.
O filme acompanha um índio tupinambá que se vê em uma tribo submissa aos
europeus, essas pessoas se vestem diferentes dele e das outras pessoas da tribo, que costumam
andar nus e tem marcas e desenhos espalhados pelo corpo, o protagonista Abeguar não aceita
e fica revoltado de ver que seus iguais se vendem a esses brancos em troca de objetos
inusitados e uma cultura nova; é válido ressaltar que isso ocorria com o objetivo de “produzir
uma espécie de índio cristão idealizado, dócil e disciplinado” (MONTEIRO. 1994, p. 158).
Avançando no filme temos uma visão mais forte sobre o que aconteceria se esses
indígenas resolvessem se rebelar. O chefe da tribo, resolveu atacar uma tribo diferente onde
tem brancos jesuítas, após isso acontecer os brancos rebatem com força total, matando todos
da tribo rebelde. Assim era feito, eliminar os rebeldes e deixar os mansos. “As mudanças nos
padrões de guerra e as graves crises de autoridade, pontuadas pelos surtos de contágios,
conspiraram para debilitar, desorganizar e, finalmente, destruir os tupiniquim” (MONTEIRO.
1994, p. 17).
Após a luta que devastou a aldeia, um símbolo dos brancos foi erguido, a Cruz, esta
que representa o símbolo máximo do poderio, a Igreja sempre em busca de salvar essas
pobres almas; a primeira coisa que se fazia ao adentrar uma aldeia era construir uma capela
cristã com o intuito de converter os indígenas à religião deles, e estando a capela na aldeia
facilitaria o serviço, o texto de John Manuel Monteiro descreve esse momento, “Com a
chegada dos primeiros jesuítas, no meio do século, autorizara a edificação de uma capela
rústica dentro da aldeia e permitira que os padres convertessem seu povo” (MONTEIRO.
1994, p. 17).
Esse movimento de destruição das aldeias durou até o século XVI, onde a maioria
dessas sociedades nativas foram completamente destruídas ou o que restou tinha virado mão
de obra para a Metrópole. Como é mostrado no filme, uma aldeia destruída é oportunidade de
terras novas para a criação de capelas e logo espaço para os brancos dominarem, obrigando os
sobreviventes saírem de suas terras e de um espaço conhecido. “Com o intuito de expandir a
base produtiva da Colônia, os paulistas passaram a introduzir na esfera colonial índios em
números crescentes, e provenientes de terras cada vez mais remotas” (MONTEIRO. 1994, p.
56).
BIBLIOGRAFIA

Uma história de amor e fúria. Luiz Bolognesi. Gullane e Buriti Filmes produção. Brasil, 2013.

MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo.
- São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

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