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CURSO DE JORNALISMO / TURMA: JOR2301/M01

ATIVIDADE TRANSVESAL

O GENOCÍDIO YANOMAMI: A CONSTRUÇÃO DA VOZ CONTRA A


CULTURA DO ESQUECIMENTO

Élida Figueiredo

Pode-se afirmar que, em razão de ao longo da história da colonização do


Brasil pelos portugueses, a perspectiva indígena foi sempre apresentada pelo
colonizador. Desde a invasão de portugueses e espanhóis ao nosso continente
as populações originárias têm sido alvo de violências de várias ordens, entre
elas o apagamento de sua voz perante a História oficial.
Atualmente, pretende-se demonstrar que este silenciamento foi e
continua disseminada, principalmente entre a sociedade não-indígena. Até o fim
do século XIX, os Yanomami mantinham contato apenas com outros grupos
indígenas vizinhos. As diversas minorias têm promovido um movimento de
contar sua própria versão da história, por meio de publicações de livros e
produção de documentários, entre os povos indígenas não é diferente, exemplo
disso é o livro “A queda do céu”, assinado pelo xamã e líder Yanomami Davi
Kopenawa em parceria com o antropólogo Bruce Albert, que à luz dos conceitos
de memórias e testemunhos da destaque à necessidade de que a voz indígena
seja ouvida, bem como da relação de forças entre história oficial e a voz dos
esquecidos, principalmente entre as sociedades não-indígenas.
Desta maneira, o pouco que nos chegou da voz indígena daquele tempo
foi preservado através de grafismos, contos e narrativas orais, registros pouco
confiáveis do ponto de vista da tradição intelectual ocidental, com forte ênfase
na escrita. Desta forma, foram impedidos de contar sua própria história, ficaram
sujeitos que contassem-a outros e que criassem estereótipos como “muita terra
para pouco índio”, uma tentativa de esconder a realidade brasileira em que
muitos indígenas lutam para manter seu modo de vida tradicional.

*Élida de Názario Figueiredo – Estudante do curso do 1º período de


Jornalismo do Centro Universitário Fametro.

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