O documento discute como a perspectiva indígena foi silenciada ao longo da história do Brasil e como os Yanomami promoveram sua própria voz através de publicações como "A queda do céu". A narrativa oral indígena foi preservada através de grafismos e contos, mas foi impedida de contar sua própria história. O documento defende a necessidade de ouvir a voz indígena.
O documento discute como a perspectiva indígena foi silenciada ao longo da história do Brasil e como os Yanomami promoveram sua própria voz através de publicações como "A queda do céu". A narrativa oral indígena foi preservada através de grafismos e contos, mas foi impedida de contar sua própria história. O documento defende a necessidade de ouvir a voz indígena.
O documento discute como a perspectiva indígena foi silenciada ao longo da história do Brasil e como os Yanomami promoveram sua própria voz através de publicações como "A queda do céu". A narrativa oral indígena foi preservada através de grafismos e contos, mas foi impedida de contar sua própria história. O documento defende a necessidade de ouvir a voz indígena.
O GENOCÍDIO YANOMAMI: A CONSTRUÇÃO DA VOZ CONTRA A
CULTURA DO ESQUECIMENTO
Élida Figueiredo
Pode-se afirmar que, em razão de ao longo da história da colonização do
Brasil pelos portugueses, a perspectiva indígena foi sempre apresentada pelo colonizador. Desde a invasão de portugueses e espanhóis ao nosso continente as populações originárias têm sido alvo de violências de várias ordens, entre elas o apagamento de sua voz perante a História oficial. Atualmente, pretende-se demonstrar que este silenciamento foi e continua disseminada, principalmente entre a sociedade não-indígena. Até o fim do século XIX, os Yanomami mantinham contato apenas com outros grupos indígenas vizinhos. As diversas minorias têm promovido um movimento de contar sua própria versão da história, por meio de publicações de livros e produção de documentários, entre os povos indígenas não é diferente, exemplo disso é o livro “A queda do céu”, assinado pelo xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa em parceria com o antropólogo Bruce Albert, que à luz dos conceitos de memórias e testemunhos da destaque à necessidade de que a voz indígena seja ouvida, bem como da relação de forças entre história oficial e a voz dos esquecidos, principalmente entre as sociedades não-indígenas. Desta maneira, o pouco que nos chegou da voz indígena daquele tempo foi preservado através de grafismos, contos e narrativas orais, registros pouco confiáveis do ponto de vista da tradição intelectual ocidental, com forte ênfase na escrita. Desta forma, foram impedidos de contar sua própria história, ficaram sujeitos que contassem-a outros e que criassem estereótipos como “muita terra para pouco índio”, uma tentativa de esconder a realidade brasileira em que muitos indígenas lutam para manter seu modo de vida tradicional.
*Élida de Názario Figueiredo – Estudante do curso do 1º período de