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E CUIDADOS
PALIATIVOS
Introdução
Neste capítulo, você fará uma reflexão sobre a religiosidade e a espi-
ritualidade como elementos de grande importância relacionados ao
bem-estar psicológico, que, comumente, influenciam diretamente na
melhoria da saúde física dos pacientes. Eles dão significado à vida das
pessoas, ajudando-as, muitas vezes, a superar o sofrimento e a enfrentar
a morte. Nessa situação, há um questionamento: “você já vivenciou sua
espiritualidade em algum momento da vida?”.
Você conhecerá, ainda, certos itens da temática religiosidade e
espiritualidade que causam confusão, para que se possa identificar
o papel da espiritualidade no auxílio aos pacientes sob os cuidados
paliativos, bem como esclarecer como o profissional da saúde pode
estimulá-la.
2 Abordagem da espiritualidade na prática clínica
Espiritualidade
Religião
Cristianismo
Islão
Sagrado Judaísmo
Budismo
Hinduísmo
Modo de elaboração
subjetiva e intersubjetiva na busca
de respostas para as demandas
DEMANDA de sentido, ancorando-se SISTEMA
DE SENTIDO em crenças religiosas OU DOUTRINA
(em Deus, Divino, Sagrado DE RESPOSTA
ou Transcendente)
Experiências dolorosas
Espiritualidade
Intensidade da influência da
religiosidade/espiritualidade
no entendimento do processo Religiosidade/espiritualidade dos
saúde-doença e na relação profissionais de saúde modifica
profissional-paciente o cuidado com o paciente?
Já os cuidados paliativos estão voltados aos pacientes que não têm a pro-
babilidade de cura, uma vez que a doença está em um estágio progressivo e
irreversível, sem uma resposta satisfatória por intermédio dos tratamentos
curativos; por isso, esse cuidado é tão necessário ao tratamento dessas pessoas.
Os cuidados ao paciente não prolongam nem reduzem seu processo para
a morte, mas, sim, consolidam a vida, encarando a morte como um percurso
natural e intrínseco ao ser humano, aliados aos tratamentos que aliviem dor
física e sintomas desagradáveis, bem como à assistência quanto aos aspectos
psicológico e espiritual.
De acordo com Gomes (2010 apud EVANGELISTA, 2015, p. 14), se para as
dores físicas, existem recursos terapêuticos como os opioides, para as psíquicas
ou da alma, tem-se o “acolhimento, a presença, o silêncio e a espiritualidade”,
proporcionados pelo paciente, por familiares e profissionais da saúde.
Assim, segundo Broeckaert (2011 apud EVANGELISTA, 2015, p. 15), no
atendimento aos pacientes sob os cuidados paliativos, todos os profissionais
da área da saúde — psicólogos, enfermeiros, médicos e assistentes sociais
—, respeitando os limites de cada ocupação, devem verificá-los em sua to-
talidade, com visão holística, observando todas as suas dimensões físicas e,
principalmente, espirituais.
8 Abordagem da espiritualidade na prática clínica
Dependência
química
Gerontologia 6%
6%
Pacientes
terminais
6%
Oncologia
10%
Saúde
geral
10%
Insuficiência
renal crônia
62%
estar alerta à sua própria crença espiritual, pois esse fator lhe auxilia
bastante a executar um primeiro encontro com seu paciente, tornando-o
mais humanitário e singular.