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DIÁLISE

A diálise é mais interessante quando as diferenças de concentração para os


principais solutos difundidos são grandes e tambem quando a diferenças de
permeabilidade entre esses solutos ou coloides são grandes. As aplicações
comerciais de diálise não rivalizam com osmose reversa e gás permeação, apesar
de no entanto, a diálise ser usada em separações, como: recuperação de hidróxido
de sódio contaminado com hemicelulose, recuperação de cromo, clorídrico e
fluorídrico, ácidos de íons metálicos contaminantes, entre outros.
No processo de separação por membrana de diálise, mostrado na Figura 1, a
alimentação é líquida à pressão P1 e contém solvente, solutos do tipo A e B e matéria
coloidal insolúvel, mas dispersa.

Figura 1 – Diálise, transporte de solutos através da membrana

Um líquido de varredura ou lavagem do mesmo solvente é alimentada à pressão


P2 para o outro lado da membrana. A membrana é fina e microporosa de tamanho
tal que solutos do tipo A podem passar impulsionada pela diferença de concentração
que é a força motriz. Já os solutos do tipo B, são maiores em tamanho molecular que
os do tipo A e passam pela membrana com dificuldade. Os coloides não passam pela
membrana.

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Quando a pressão P1 é igual a P2, o solvente também pode passar através da
membrana, mas por uma força motriz agindo na direção oposta. Ao elevar P1 acima
de P2, a osmose do solvente pode ser reduzida ou eliminada se a diferença é maior
do que a pressão osmótica.
Os produtos de um processo de diálise são um líquido difuso (permeado)
contendo solvente, solutos do tipo A e pouco ou nenhum de solutos do tipo B de um
lado e solvente, Solutos tipo B, solutos restantes do tipo A e matéria coloidal retidos
no outro lado.
Em teoria, o processo de diálise permitiria uma separação perfeita entre solutos
do tipo A e solutos do tipo B e qualquer matéria coloidal. No entanto, na melhor das
hipóteses, apenas uma fração dos solutos do tipo A é recuperada na difusão, mesmo
quando os solutos do tipo B não passam pela membrana.
Na prática, a membrana pode ter um efeito profundo na difusividade do soluto se
as interações membrana-soluto, como ligações covalentes, iônicas e de hidrogênio;
adsorção física e quimissorção.

ELETRODIÁLISE

A eletrodiálise surge no início de 1900, quando eletrodos e uma corrente contínua


foram usados para aumentar a taxa de diálise. O processo de eletrodiálise refere-se
a um processo eletrolítico para separar uma solução aquosa, alimentação de
eletrólitos em concentrado e água dessalinizada por um campo elétrico e membranas
íon-seletivas.
Um processo de eletrodiálise é mostrado na Figura 2, abaixo, onde quatro
membranas íon-seletivas estão dispostas de duas formas em um padrão de série
alternada. As membranas seletivas de cátions (C) carregam uma carga negativa e,
portanto, atraem e favorecem a passagem de íons carregados positivamente
(cátions), enquanto retardam os íons negativos (ânions). Já as membranas seletivas
de ânions (A), carregam uma carga que atrai e permite a passagem de ânions.

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Figura 2 - Processo de eletrodiálise

Ambos os tipos das membranas são impermeáveis à água. O resultado líquido é


que ambos os ânions e cátions estão concentrados nos compartimentos 2 e 4, do
qual o concentrado é retirado, e os íons são esgotados no compartimento 3, do qual
o diluído é retirado. As pressões do compartimento são essencialmente iguais. Os
compartimentos 1 e 5 contêm o ânodo e o cátodo, respectivamente.
Uma tensão de corrente contínua faz com que a corrente flua através da célula
por condução iônica do cátodo para o ânodo. Ambos os eletrodos são metais
quimicamente neutros, onde o ânodo é tipicamente aço inoxidável e o cátodo é
normalmente de tântalo, nióbio ou titânio revestido com platina. Assim, os eletrodos
não são oxidados nem reduzidos.

OSMOSE REVERSA

A osmose, refere-se à passagem de um solvente, como a água, através de uma


membrana que é muito mais permeável ao solvente do que ao soluto ou solutos como
por exemplo, íons inorgânicos.

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Entretanto, na osmose reversa, conforme mostrado na Figura 3, a alimentação é
um líquido a alta pressão, P1, contendo solvente como por exemplo, água, e solúveis
como por exemplo, sais inorgânicos e, talvez, matéria coloidal.

Figura 3 - Processo de osmose reversa

Nesse tipo de processo, nenhum líquido de varredura é usado, mas o outro lado
da membrana é mantido a uma pressão muito menor, P2. Uma membrana densa tal
como um acetato ou poliamida aromática, com permeabilidade seletiva para o
solvente, é usada. Além disso, para suportar a grande variação de pressão, a
membrana deve ser espessa. Consequentemente, membranas compostas de parede
fina ou assimétrica, com uma pele ou camada fina e densa em um suporte espesso
e poroso, são necessários.
Os produtos desse processo são: um permeado de solvente quase puro e um
retido de alimentação empobrecida em solvente. Uma separação perfeita entre
solvente e soluto não é alcançado, pois apenas uma fração do solvente é transferida
para o permeado.

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PERMEAÇÃO DE GASES

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