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É dever da cidade e de quem gere a cidade garantir que as pessoas circulem livremente e sem

grandes dificuldades no perímetro urbano, o que é assegurado pelo Artigo 5°, XV da Constituição
que diz: É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. Mais conhecido como o direito de
ir e vir. É ainda dever da cidade disponibilizar transporte público para seus habitantes e seus
visitantes.
Mas nem sempre é isso que acontece. A mobilidade urbana é uma questão que envolve uma série
de problemas, dentre eles as ilhas de calor, ou seja, as altas temperaturas em espaços urbanos, a
poluição, e perda de dinheiro. Nas grandes cidades, há uma péssima estrutura de transporte públicos
Uma questão importante é o dia a dia do trabalhador, que é prejudicado pela dificuldade de
deslocamento. Muitas vezes o trabalhador mora muito longe do trabalho e com problemas no trânsito
ainda passa por engarrafamentos, assim, além da sua jornada, muitas vezes exaustiva de trabalho, o
trabalhador perde seu tempo de descanso no transporte público que é caro e não lhe oferece
conforto.
A carrocracia também influi na mobilidade urbana. Como assim? Com a falta de uma rede de
transporte público segura, rápida e confortável, as pessoas querem ter o seu transporte próprio.
Quando olhamos para a construção das vias e da forma de gerência dos transportes públicos,
realmente parece que os problemas favorecem e ressaltam essa cultura do transporte individual.

Os problemas de mobilidade urbana, como vimos, trazem uma série de adversidades para a vida
das pessoas que precisam se deslocar pela cidade. Vejamos alguns dados que apresentam o
impacto dessas adversidades:

A partir de um estudo feito pelo


Relatório Global Moovit, estudiosos Dados de uma pesquisa feita em
afirmam que Recife, capital do parceria com a Ipsos, empresa de
Pernambuco, tem o tempo de espera de referência quando se trata de
ônibus mais alto do mundo. A média de pesquisas, mostra, que os brasileiros
espera por transporte público na capital que vivem em espaços urbanos gastam
pernambucana é de 31 minutos. Cerca em média 2h e 7 min para se deslocar
de 65% dos passageiros afirmam esperar para as suas atividades diárias.
sempre mais de 20 minutos. Em seguida, Contabilizando o tempo diário, vemos
temos outra capital brasileira, Salvador, que o tempo perdido por ano no
com 28 min. trânsito é de 32 dias.

A pesquisa Viver em São Paulo:


Mobilidade Urbana, realizada em 2020,
mostra que 26% da população
paulistana passa mais de 2h diárias em
deslocamentos. Quando se trata de
quem usa transporte público, esse
tempo aumenta: 2h e 31min. Já o
tempo de quem se desloca de
transporte próprio gasta cerca de 1h e
29 min por dia

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