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O direito à vida, desde o momento da concepção, ganha destaque na

Convenção de Direitos Humanos,' no art. 4o.1, que diz· "Toda pessoa tem o
direito de que se respeite
sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento
da concepção".
Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente”.
Art.2o do CCB/02 assevera que:
Ou seja, conforme leciona a doutrina “a limitada capacidade do nascituro não
lhe tira a personalidade.(...)
Portanto, além do Direito mais básico que é o da vida, o nascituro, encontra no
bojo do Código Civil Brasileiro, vários dispositivos que explicitam os Direitos da
Personalidade compatíveis com os atributos do nascituro, quais sejam:
a) Doação(art.542–“A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu
representante legal. ”);
b) Reconhecimento de filiação(art.1609– O reconhecimento pode preceder o
nascimento do filho;
c) Alimentos Gravídicos(nascituro é beneficiário necessariamente-Lei11.804/08–
Maria Berenice Dias);
d) Curador ao Ventre(art.1779 – o curador da gestante interditada por
incapacidade será o mesmo do nascituro);
e) Sucessão(arts.1798,1799e1800): critério da concepção como uma das bases
primordiais para a legitimidade sucessória.
“A personalidade civil da pessoa começa do
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do
nascituro.

O ordenamento jurídico brasileiro prevê no Código Penal, Decreto-Lei n. 2.848


de 07 de dezembro de 1940, do artigo 124 ao 128, as condutas típicas do crime
de aborto que estão localizados na Parte Especial do código, no Capítulo que
aborda sobre os Crimes Contra a Vida.

Além da Constituição, o Código da Criança e do Adolescente traz expressamente


em seu artigo 7º que “a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à
saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o
nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de
existência”
Para reforçar o argumento, o Código Civil no Art. 2 o A personalidade civil
da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.
Tal disposição além de proteger a personalidade civil da pessoa, visa
também, diante da importância da ciência genética nos tempos atuais,
proteger o embrião.

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