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Nesse contexto, segundo o parecer técnico, a construção foi realizada em uma região
onde, anteriormente, havia uma grande lagoa que foi aterrada. O leito da lagoa, mesmo com o
aterro, continua sendo um terreno suscetível a deformações ao longo do tempo e fazia com o
que subsolo do Ed. Liberdade permanecesse constantemente alagado. Ademais, o edifício sofria
diretamente a ação dos ventos e da variação de temperatura nas suas duas empenas, o que
provoca movimentação estrutural ao longo do tempo.
O edifício sofreu alterações ao longo de sua construção e dos anos de habitação dos
moradores - que resultaram em aumento de carga solicitante não consideradas em projeto -,
tais como a construção do subsolo, construção do jirau, construção do 16º, 17º e 18º pavimento,
além do terraço. Essas construções proporcionaram ao edifício um formato arquitetônico de
fachada escalonada.
Ressalta-se que essas modificações não tiveram aprovação da prefeitura como também
não houve nenhum tipo de reforço estrutural durante a obra para atender às novas cargas
decorrentes da ampliação dos pavimentos descritos acima (16º, 17º, 18º e terraço). Igualmente,
não há registro de projeto de reforços estruturais para suportar a carga decorrente da
transformação do terraço em décimo nono pavimento, criação do vigésimo pavimento e do
novo terraço. Para agravar ainda mais a situação, houve a construção de uma galeria de metrô
próximo ao edifício, o que gerava constante vibração no solo e o surgimento de rachaduras nas
paredes diafragma que faziam a contenção entre a galeria do metrô e a calçada do Edifício
Liberdade.