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10/05/2022 08:57 Grupo educacional de Lemann deixa segmento 'premium' com venda da rede de escolas Eleva | Empresas | Valor

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Grupo educacional de Lemann deixa segmento


'premium' com venda da rede de escolas Eleva
A gestora de recursos que tem Jorge Paulo Lemann entre os sócios, fechou a venda
da Eleva Global para o britânico Inspired Education Group, líder internacional no
segmento

Por Agência O Globo — Rio


06/05/2022 19h17 · Atualizado há 3 dias

A Gera Capital, gestora de recursos que tem Jorge Paulo Lemann entre os sócios,
fechou a venda da Eleva Global — grupo de escolas premium — para o britânico
Inspired Education Group, líder internacional no segmento, como antecipou o
colunista do GLOBO Lauro Jardim. Com o negócio, o grupo educacional de Lemann
deixa o segmento premium e vai mudar de nome.

A Eleva Global soma sete mil alunos distribuídos em Escola Eleva, com duas
unidades no Rio, uma em Recife e outra em Brasília; Os Batutinhas (TJ), Gurilândia
e Land School, na Bahia, e Centro Educacional Leonardo da Vinci (ES).

"Nosso foco é pensar no que é melhor para o aluno. No caso da Eleva Global, se o
foco é ter colégios brasileiros globais, com qualidade, bilinguismo e horário integral,
acreditamos que o melhor é estar em um ambiente global. E o Inspired é a

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referência nesse segmento premium", diz Duda Falcão, Co-CEO da Escolas Globais
Eleva Educação.

A Eleva Global já operava como uma unidade em separado da Eleva Educação,


embora estivessem sob a mesma gestão, representando 5% dos alunos no portfólio
educacional. Assim, as operações da Eleva Educação, que inclui as unidades Eleva
Excelência, com 115 mil alunos em 180 unidades de 22 marcas diferentes de
escolas de educação básica pelo país, e Pátio, de soluções educacionais em grande
parte ancoradas em tecnologia, estão preservadas. E ganham fôlego para ampliar
investimentos em expansão, aquisições e no lançamento de novos produtos e
soluções.

A Gera Capital, gestora de recursos que tem Jorge Paulo Lemann entre os sócios, fechou a venda da Eleva Global para o
britânico Inspired Education Group, líder internacional no segmento — Foto: Silvia Zamboni/Valor

Com a venda da unidade que reúne as escolas premium, a Eleva Educação deixará
de atuar nesse segmento de perfil global, diz a executiva. "Apesar da venda,
manteremos uma relação de parceria com a Global. Não há a intenção futura de

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concorrer, então saímos dessa categoria premium. Vamos focar na Eleva Excelência,
onde começamos em 2014 com o objetivo de transformar mais vidas por meio da
escola tradicional brasileira, com público diverso, para crescer nacionalmente, num
escopo que vai da marca Elite à Pensi e PH, que já incluem algumas unidades com
ensino bilíngue. Vamos também ampliar a oferta de produtos pedagógicos de ponta
para o mercado educacional por meio da Pátio."

Na Eleva Global, o tíquete das unidades da Escola Eleva, por exemplo, é de R 6 mil ao
mês. Na escolas da Eleva Excelência, as mensalidades variam entre R 800 e R 3.500.

Para Paulo Presse, da consultoria Hoper Educação, a transação sinaliza a estratégia


da Eleva Educação em posicionamento de mercado.

"Sair desse super premium é uma estratégia que permite buscar um modelo de
negócio mais ancorado em escala, focando em escolas com um tíquete médio não
tão alto. Permite ainda avançar em soluções educacionais, algo que a Eleva
Educação tem feito."

O valor da transação não foi divulgado. Na quarta-feira (4), contudo, o Inspired


demonstrou estar com o caixa preparado para sair às compras globalmente.
Anunciou uma parceria com o fundo americano Stonepeak, focado em
infraestrutura e ativos reais, que inclui receber um aporte de € 1 bilhão em troca de
uma participação minoritária na companhia britânica.

Com esse apoio, informou o Inspired, a meta é acelerar seu crescimento e sua
expansão global, passando por "aquisições específicas de escolas de ponta".

De outro lado, a expertise do Stonepeak em escalar negócios vai ajudar o grupo de


educação a cumprir a meta de subir ao posto de organização de maior impacto
globalmente em educação.

“Tenho orgulho de ter reunido alguns dos mais importantes fundos de blue-chips
(ações de companhias que apresentam melhor desempenho em bolsa) para
apoiarem nossa expansão, incluindo GIC (Fundo Soberano de Cingapura), TA
Associates, Warburg Pincus e os escritórios de gestão de fortunas Oppenheimer e
Mansour”, disse Nadim M Nsouli, CEO do Inspired e presidente do Conselho de
Administração da companhia britânica, em comunicado.
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O grupo tem sede em Londres e conta com mais de 55 mil alunos distribuídos em
75 escolas em 21 países. Espanha, Itália, Portugal, África do Sul e Nova Zelândia
estão entre eles.

“Nós dedicamos bastante tempo nos últimos anos avaliando oportunidades de


expansão no Brasil e estamos orgulhosos em receber o principal grupo brasileiro de
escolas premium”, destacou Nsouli, sobre a aquisição da Eleva Global.

No início de 2021, a Eleva Educação comprou 51 escolas da Cogna, numa transação


de R$ 964 milhões, elevando a companhia a líder no segmento de educação básica
privada no Brasil. O negócio, explica Bruno Elias, Co-CEO da Eleva Educação, adiou
os planos da abertura de capital em bolsa (IPO, na sigla em inglês) pelo grupo.

"Estávamos prontos para o IPO em 2021, mas preferimos adiar para adquirir a
operação da Cogna pela grande geração de valor para a Eleva Educação no longo
prazo. Focamos em atuar para melhorar a educação no Brasil, mas também
atuamos para garantir retorno financeiro aos investidores", destaca ele.

É “pouco provável” que a abertura de capital ocorra este ano, continua Elias,
devendo ocorrer a partir de 2023. "Chegar à Bolsa é uma forma de deixar a
companhia mais capitalizada, permite financiar de um jeito mais simples e mais
rápido a gestão e a expansão de serviços, marcas e produtos", diz o executivo.

Novo nome

Até é o fim deste ano, a nome Eleva Educação será substituído por uma outra
marca. Elias e Duda reconhecem que pode haver um impacto, mas ressaltam que o
grupo sempre atuou valorizando cada marca no portfólio, como Elite e Pensi, por
exemplo. E que seguirão atuando dessa forma.

A Patio vem avançando com soluções tecnológicas escaláveis para a comunidade de


educação. Já conta, por exemplo, com a Agenda Edu, aplicativo para a comunicação
entre as escolas e os pais e responsáveis dos alunos; e a Liv, de competências
socioemocionais.

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