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BRF -

É a primeira indústria alimentícia brasileira a instalar uma fábrica no país e, se


depender do governo dos Emirados Árabes, não será a última.

a ministra de Mudanças Climáticas e Meio Ambiente da nação árabe, Mariam


Almheiri, convidou empresas do Brasil a seguir o exemplo da BRF.Segundo ela,
seu país proporciona vantagens como a avançada infraestrutura de transportes
e proximidade com o mercado consumidor árabe e asiático. Segundo o vice-
presidente de Mercado Internacional da BRF, Patrício Rohner, o
mercado halal  (ou seja, produtos processados de acordo com as leis islâmicas)
representa hoje 25% de todas as vendas da empresa e metade da
comercialização no exterior.

Uma das marcas da BRF, a Sadia é uma das líderes em seu segmento nos
Emirados Árabes. “Quando você vê um mercado como Kuwait, o Catar, os
Emirados Árabes ou a Arábia Saudita, o reconhecimento da marca é maior do
que no Brasil”, disse Rohner.

Há outras empresas alimentícias que ainda não têm fábrica nos Emirados
Árabes, mas que já marcam presença ali, como a JBS, concorrente da BRF, que
mantém um escritório comercial no país, e a Tropicool Açaí, rede varejista que
oferece produtos da fruta amazônica. Ela tem lojas em Dubai.

“Para desenvolver produtos para o sabor local, não tem nada melhor do
que estar próximo ao consumidor. Quando você tenta encontrar os
ingredientes que as pessoas se acostumaram a comer ou aprenderam a comer
desde pequenas, é muito difícil fazer isso de fora”, explicou Rohner.

Os animais são criados e abatidos no Brasil, onde recebem certificação halal.


Só depois, a carne é exportada para os Emirados Árabes, onde é processada
(por exemplo, transformada em nuggets, hambúrgueres ou tenderizada e
empacotada). 

Link : https://www.comexdobrasil.com/brf-exporta-mortadela-halal-a-paises-
da-africa-e-embarca-outros-produtos-para-o-mercado-muculmano/
EMPRESA SIILHalal: Fundada em 1º de abril de 2008, a SIILHalal é uma empresa
especializada em Serviço de Inspeção Islâmica que atua como Certificadora Halal.
O trabalho inicia desde o projeto da linha de produção até a embalagem de
produtos permitidos para consumo islâmico, assim como na fiscalização dentro
das normas internacionais e regras do Alcorão Sagrado e Jurisprudência Islâmica

Segundo CEO da SIILHalal, Chaiboun Darwiche, uma das mais importantes


certificadoras do mercado Halal em solo nacional, destaca que os negócios da
empresa caminham de forma positiva, em paralelo a todos benefícios contidos em
produtos dos mais variados segmentos aptos para receber o selo SIILHalal. Isso
porque, para ele, a certificação Halal é sinônimo de credibilidade para ir além.
“Cada vez mais temos notado que diversas empresas de diferentes segmentos
industriais aptas para receberem a certificação querem acessar o mercado Halal
mundial seguindo todas as exigências da religião e normas internacionais”,
destaca.
Prova para esta afirmação está no crescimento dos negócios da SIILHalal.
Atendendo a inúmeros segmentos e categorias industriais, entre eles produtos
industrializados, in natura, químicos, cosméticos, lácteos, cereais, doces, grãos,
Chaiboun destaca que até o fim deste ano haja um crescimento nos negócios da
empresa de até 30%. “Isso porque o mercado Halal segue ritmo firme. Os produtos
com certificação Halal cresce devido ao aumento da religião muçulmana, mas
também entre os não muçulmanos por confiarem em todos os predicados
contidos no selo Halal, ou seja, rastreabilidade, qualidade e segurança alimentar
conforme as normas nacionais e internacionais”, detalha Chaiboun Darwiche.
Razões que, para ele, conferem oportunidades para que mais e mais empresas
brasileiras de diferentes setores econômicos, ainda este ano, passem a acessar o
mercado interno e externo com produtos certificados para um público consumidor
muçulmano composto por mais de 1,8 bilhão de pessoas ao redor do mundo.
“Hoje o mercado islâmico movimenta, segundo últimos dados da The State of
Islamic Economic Report, US$ 4,8 trilhões ao ano e com expectativa de crescer
18% até 2024 nos mais diversos setores: alimentos, cosméticos, fármacos,
vestuários, entretenimento, turismo e serviços financeiros. Por estas razões, e pela
grande procura de empresas brasileiras querendo acessar este mercado, a nossa
projeção de crescimento dos negócios este ano.”
Adicionalmente, Chaiboun Darwiche, acredita que pela isonomia, trabalho árduo da
equipe SIILHalal e processos em linha aos critérios da Jurisprudência Islâmica e
normas regulatórios dos mais diferentes países, “o selo SIILHalal a cada ano
ganha mais espaço nos mercados pois o consumidor passou a entender que ele é
sinônimo qualidade e confiança”.

Link: https://www.siilhalal.com.br/br/noticia/477/siilhalal-preve-crescimento-
dos-negocios

FRANGOS PIONEIROS

Al Mana

O Pioneiro, além de ser nome do grupo, é a marca das carnes de frango


comercializadas no mercado brasileiro. Para os produtos processados é usada
a marca Mana, que também vai para todos os itens vendidos no mercado
internacional. No Oriente Médio, no entanto, a empresa usa a marca Al Mana.
“O objetivo é mostrar respeito à religião deles e também mostrar que temos
um produto abençoado por Deus, por Alá, um alimento que veio do céu”.

Maná é como era chamado o alimento que, segundo os textos bíblicos, Deus
enviava do céu ao povo liderado por Moisés que peregrinava pelo deserto em
busca da terra prometida. Moisés é considerado um dos profetas pelo
Islamismo. De acordo com Eijsink, a marca Al Mana é bem aceita no mundo
árabe.

O Grupo Pioneiro tem sede na cidade de Joaquim Távora. A companhia tem


duas unidades, uma na qual são feitos o abate e o corte dos frangos e outra na
qual são processadas mortadelas e salsichas. Os cortes de frango exportados
são todos congelados.

O Grupo Pioneiro, indústria de alimentos do Paraná, pretende aumentar o seu


abate de frango das atuais 140 mil aves ao dia para 160 mil aves até julho e
parte desse acréscimo de volume deverá ir para o mundo árabe. A empresa
exporta atualmente para Bahrein, Catar, Omã, Kuwait, Emirados Árabes
Unidos, Jordânia e Iraque no Oriente Médio e desde que as vendas para a
região começaram, em 2010, elas já cresceram 25%.

As informações são da responsável pela exportação ao Oriente Médio no


Pioneiro, Ilonka Eijsink. De acordo com ela, o mercado externo absorve 10% do
total produzido pela empresa e o Oriente Médio é o terceiro maior mercado
internacional do Pioneiro. O primeiro é o Japão e o segundo é Hong Kong. No
exterior, a empresa vende frangos em cortes. Já no mercado doméstico
também são comercializados frangos inteiros pesados e processados.
“Como vamos aumentar o número de aves abatidas, também vamos aumentar
a exportação para estes países”, afirma Eijsink sobre o Oriente Médio. De
acordo com a responsável pelas vendas para a região, há demanda nos países
árabes e possibilidade de exportar mais para eles tendo produto. Ela lembra
que, com exceção da Arábia Saudita, que produz carne de frango, os demais
países do Oriente Médio importam tudo o que consomem nesta área.

Eijsink vê uma demanda em aquecimento na região, com patamares similares


ao período anterior à crise econômica de 2008. Ela afirma que em Dubai, por
exemplo, os projetos de construção são um bom sinal de mercado e eles
voltaram a ser o que eram antes da crise, com vários empreendimentos
voltados para a Expo 2020, feira mundial que vai ocorrer em Dubai em 2020
com duração de seis meses.

Com a construção aquecida, o emirado passa a receber mais trabalhadores


estrangeiros, da Europa e Índia, aumentando o consumo de alimentos. Eijsink
afirma também que grandes redes de supermercados estão se expandindo na
região, o que é considerado um bom sinal para o setor no qual atua o Grupo
Pioneiro. A empresa participa da Gulfood, feira do setor de alimentos que
ocorre anualmente em Dubai, há oito anos.

Link : https://anba.com.br/pioneiro-tera-mais-frango-para-vender-ao-
oriente-medio/

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