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1) Introdução

- Os contratos agrupam-se em diversas categorias, suscetíveis de


subordinação a regras peculiares. É importante distingui -las, pois
o conhecimento de suas particularidades é de indubitável
interesse prático, tornando-se quase indispensável quando se têm
em mira fins didáticos.
Desse modo, os contratos classificam-se em diversas
modalidades, subordinando-se a regras próprias ou afins,
conforme as categorias em que se agrupam.
- Dividem-se: a) Quanto aos efeitos, em unilaterais e bilaterais;
gratuitos e onerosos. Os últimos subdividem-se em comutativos
e aleatórios. b) Quanto à formação, em paritários, de adesão. c)
Quanto ao momento de sua execução, em de execução
instantânea, diferida e de trato su cessivo ou em prestações. e)
Quanto ao modo por que existem, em principais ou acessórios. f)
Quanto à forma, em solenes e não solenes; consensuais e reais.
g) Quanto ao objeto, em preliminares e definitivos. h) Quanto à
designação, em nominados e inominado s, típicos e atípicos.

2) Contratos Unilaterais e bilaterais: só uma das partes é credor


(obriga-se)
Contratos Bilaterais (sinalagmáticos): criam obrigações
recíprocas para ambas as partes.
- distinção entre ato jurídico unilateral: aperfeiçoa pela
manifestação da vontade de uma das partes
ato jurídico bilateral: manifestação da vontades das parte s
(contrato). Todo contrato é ato jurídico bilateral.
- CONTRATO BILATERAL IMPERFEITO (no momento da
conclusão gera efeitos apenas para um. No curso da execução
surge alguma obrigação para quem tinha apenas di reito

3) Contratos Onerosos e Gratuitos:


- Onerosos - as partes reciprocamente transferem alguns direitos.
Sofre um sacrifício em troca de uma vantagem equivalente.
Contratos Gratuitos: uma parte promete e a outra aceita. Só a
primeira se obriga e tem sacrifício patrimonial e a segunda não
faz qualquer promessa apenas obtem benefício.
- Interesse: proteção para evitar um prejuízo sempre primeiro a
de asseguram um lucro. Ex.: responsabilidade pelo ilícito.
Doador não está sujeito a evicção e nem aos vícios redibitórios.

4) Contratos Comutativos e Aleatórios:


- Os contratos onerosos subdividem-se em comutativos e
aleatórios. - Comutativos são os de prestações certas e
determinadas. As partes podem antever as vantagens e os
sacrifícios, que geralmente se equivalem, decorrentes de sua
celebração, porque não envolvem nenhum risco. Pode apreciar
imediatamente a equivalência das prestações. A equivalência
pode ser apreciada no ato da consumação . A prestação
corresponde a uma contraprestação
Contratos aleatórios: é o bilateral e oneroso em que pelo
menos um dos contraentes não pode antever a vantagem que
receberá, em troca da prestação fornecida. Caracteriza -se, ao
contrário do comutativo, pela incerteza, para as du as partes,
sobre as vantagens e sacrifícios que dele podem advir. É que a
perda ou lucro dependem de um fato futuro e imprevisível.
- Não pode antecipar o montante da prestação que receberá,
prestações incertas. Assume o risco. Ex. Seguro, Jogo ou Aposta.
- Uma das prestações pode falhar
- A lei cria regimes para esses contratos Evicção

5) Contratos paritários e de Adesão:


- Paritários - É aquele que existe a fase preliminar de discussão
das cláusulas contratuais ( fase de puntuação )
Contratos de adesão: as cláusulas são impostas e
unilateralmente estabelecidas. Ex. transporte, energia, telefone...
- negócio deve envolver necessidade de contratar de uma
coletividade
Sempre cláusulas duvidosas – interpretação mais favorável
6) Contratos de Execução Instantânea , diferida e de trato
sucessivo
- A classificação enunciada leva em consideração o momento em
que os contratos devem ser cumpridos. São de execução
instantânea ou imediata ou ainda de execução única os que se
consumam num só ato, sendo cumpri-dos imediatamente após a
sua celebração, como a compra e venda à vista, por exemplo.
Cumprida a obrigação, exaurem-se. A solução se efetua de uma
só vez e por prestação única, tendo por efeito a extinção cabal da
obrigação.
- Contratos de Execução Instantânea : execução num só
momento
- Contratos de Execução Diferida no Futuro (contratos
sucessivos): deve cumprir sua obrigação num futuro.
- Cláusula rebus sic stantibus e exceptio non adimpleti
contractus – só no segundo

7) Contratos personalíssimos e impessoais


- Contratos personalíssimos ou intuitu personae são os
celebrados em atenção às qualidades pessoais de um dos
contraentes. Por essa razão, o obrigado não pode fazer -se
substituir por outrem, pois essas qualidades, sejam culturais,
profissionais, artísticas ou de outra espécie, tiveram influên cia
decisiva no consentimento do outro contratante. Geralmente dão
origem a uma obrigação de fazer, cujo objeto é um serviço
infungível, que não pode ser executado por outra pessoa.
- Contratos impessoais são aqueles cuja prestação pode ser
cumprida, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro. O
importante é que seja realizada, pouco importando quem a
executa, pois o seu objeto não requer qualidades especiais do
devedor. As obrigações personalíssimas, não pod endo ser
executadas por outrem, são intransmissíveis aos sucessores.
Também não podem ser objeto de cessão. Havendo erro essencial
sobre a pessoa do outro contratante, são anuláveis.
8) Contratos principais e Acessórios
- Principais: independe da existência de qualquer outro
- Contratos Acessórios (dependentes): tem por objeto assegurar
a execução de outro de que dependem. Ex. fiança, penhor,
hipoteca. Não apenas os de garantia, mas todos os que dependem
de outro

9) Contratos solenes e não solenes


- Encarados segundo a maneira como se aperfeiçoam, distinguem -
se os contratos em solenes ou formais, e não solenes ou não
formais.
- Contratos solenes: condição de requisito essencial para sua
validade. Dependem de forma prescrita em lei ( Pacto
antenupcial, direitos reais sobre imóveis, fiança, penhor )
- Contratos não solenes: forma livre. Podem ser solenes por
vontade das partes.
- DIFERENÇA ENTRE PROVA: qualquer fato , anterior,
posterior ou concomitante que seja hábil para demonstrar o
ajuste. FORMA: maneira pela qual a manifestação de vontade
deve ser exteriorizada para que o negócio seja válido.

10) Contratos consensuais e reais


- Consensuais: aperfeiçoam pelo simples acordo de vontades
Contratos reais: Contratos reais são os que exigem, para se
aperfeiçoar, além do consentimento, a entrega (traditio) da coisa
que lhe serve de objeto, como os de depósito, comodato, o mútuo,
por exemplo, e alguns poucos (penhor, anticrese, arras). Esses
contratos não se formam sem a tradição da coisa. Antes pode
existir promessa de contratar, mas não existe depósito, como dato
ou mútuo. A efetiva entrega do objeto não é fase executór ia,
porém requisito da própria constituição do ato.
- Antes de entregar é considerado como PRÉ -CONTRATO.
promessa de contratar.
- Importante para se saber o momento da formação – tradição
11) Contratos preliminares e definitivos
- Preliminares: tem sempre por objetivo fazer o contrato
definitivo. Gera obrigação de fazer. Não precisa ter a mesma
forma do definitivo.
- Contratos definitivos: criar obrigações para as partes.

12) Contratos Nominados ou Típicos: 23 contratos


esquematizados na lei.
Contratos Inominados ou Atípicos: não disciplina, mas se
lícitos são válidos

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