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Mariana Margarido

Isoimunização
Rh e AB0

 Profilaxia da Isoimunização

Antigénios Ag Moléculas específicas capazes de desencadear uma resposta


imunológica (defesa do organismo

Anticorpos Ac ou imunoglobulinas Ig Moléculas específicas proteicas,


sintetizadas pelo sistema imunitário como resposta a um determinado
antigénio, realizando assim a defesa do organismo

Há cinco classes de imunoglobulinas IgA IgD IgE IgG e IgM

 Imunoglobulina G ( IgG constituem 80% das imunoglobulinas do


organismo

•Devido ao seu tamanho são as únicas que conseguem atravessar a

barreira placentar.

Imunoglobulina M IgM constitui aproximadamente 10 do conjunto de


imunoglobulinas

•Pertencem a uma classe de anticorpos "precoces” precoces"(são


produzidas nas fases agudas das doenças)

•São proteínas que não atravessam a placenta (por serem grandes)

 Isoimunização

•Formação de anticorpos Ac no individuo contra antigénios Ag


provenientes de outro indivíduo da mesma espécie Incompatibilidade AB 0

 Proteínas nas Hemácias

•Grupo A Aglutinogénio A presente

•Grupo B Aglutinogénio B presente

•Grupo AB Aglutinogénio A B presentes

•Grupo 0 Sem Aglutinogénio

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Mariana Margarido

 Proteínas no Plasma

•Grupo A: Aglutinina Anti B

•Grupo B: Aglutinina Anti A

•Grupo AB: sem Aglutininas

•Grupo 0: Aglutinina Anti A & Aglutininas Anti B

•Presença antigénio D= Rh Positivo

•Ausência de Antigénio D = Rh negativo

•Sistema Rh constituído por 48 antigénios (proteínas presentes nas


hemácias).

•+ importante = antigénio D

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Mariana Margarido

 Isoimunização Rh

Causas:

•Gravidez ectópica

•Sangramento durante a gravidez

•Mola Hidatiforme

•Procedimentos invasivo [amniocentese, Cordocentese…]

•Ameaça de aborto

•Interrupção da gravidez [espontânea ou provocada]

Poderá ser administradas doses menores de Iganti-D (50mcg)

Consequências

•Anemia fetal, icterícia [conversão pelo fígado da hemoglobina


das hemácias destruídas em bilirrubina]

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•Deficiência mental, surdez, paralisia cerebral,

•Edema generalizado, descompensação cardíaca

•Hepatosplenomegália

•Hidrópsia

•Morte na gestação e/ou pós parto

A Imunoglobulina anti D (Rhogam) não tem capacidade de reverter a


sensibilização Rh se esta já ocorreu na mãe

[Teste Coombs Indireto positivo]

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 Antigénios Rh

Antigénios Rh Ag Rh

•Localizados na superfície dos eritrócitos;

•São vários os Ag (ex. C, D,E)

O Ag que confere ao indivíduo a característica de ser Rh + é o Ag D.

A transmissão é autossómica dominante

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Mariana Margarido

 Profilaxia

•A administração da Imunoglobulina anti D [ dá à mãe Rh uma

imunidade passiva e temporária

•Imunoglobulina anti D destrói as células fetais antigénicas antes que


estas células estimulem a produção ativa de anticorpos maternos
previne a imunidade ativa permanente [formação de aglutininas]

•Rhogam é eficaz contra o antigénio D, que é o maior responsável pela


doença isoimune

 Cuidados

•Registo obrigatório, com data, da Ig anti D No Boletim de saúde da


Grávida

•Consentimento livre e esclarecido (DGS)

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Mariana Margarido

•Após a administração da Ig anti D às 28 semanas o teste de Coombs


indireto será sempre positivo não é necessário realizá lo

•Quando a imunoglobulina foi administrada previamente (metrorragias)


deve ser repetida 12 semanas depois não é necessária às 28 semanas

 Sintomatologia

•Hipoalbuminémia

•Anasarca

•Ascite

•Hidrotórax com compressão pulmonar e edema pulmonar trocas gasosas


inadequadas após o parto

•Edema placentário dificuldade na transferência placentária de


nutrientes

•Células eritrocitárias imaturas insuficiente capacidade de transporte


de oxigénio

 Eritroblastose fetal destruição eritrocitária sem desenvolver


hidrópsia

A gravidade desta doença depende

•Da quantidade de IgG anti D maternas

•Da afinidade dessas IgG para os antigénios D do feto

•Da capacidade do feto suportar a destruição eritrocitária sem


desenvolver hidrópsia

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Grávida Isoimunizada

Encaminhamento para consulta diferenciada,Grávidas com antecedentes


de:

•Morte fetal inexplicada ou devido a Isoimunização

•Eritroblastose fetal em gravidez anterior

•Hidrópsia fetal em gravidez anterior

•Grávidas com teste de Coombs Indireto positivo

•O valor do teste de Coombs indireto é um critério de definição


do risco da gravidez em causa É também importante na tomada de
decisões relativamente aos procedimentos a realizar

•Os valores do teste de Coombs podem variar de laboratório para


laboratório pelo que, na mesma grávida, deve ser utilizado sempre o
mesmo laboratório

 Avaliação fetal exames auxiliares de diagnostico

•Ecografia

•Doppler

•Cardiotocografia

•Amniocentese (determinar níveis de bilirrubina no LA)

•Cordocentese (tira se sangue diretamente do cordão para avaliar o


grau de anemia)

 Atitude obstétrica depende da idade gestacional e do grau de


anemia fetal

•Gravidez superior a 32 semanas Parto (estimulação da maturidade

pulmonar)

•Gravidez inferior a 32 semanas transfusão intra uterina (

•Protocolos de atuação

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 Intervenções de enfermagem durante o TP e após o nascimento

•Colher sangue do cordão (teste de Coombs direto, grupo sanguíneo e


fator Rh hemograma, bilirrubinemia)

•Colaborar com o pediatra nos procedimentos necessários e na


transferência do RN para a UCIN

•Apoiar a mulher/família durante todo o processo

 Vigiar sintomatologia no RN

•Icterícia precoce

•Petéquias

•Edemas

•Hepatosplenomegália

•Convulsões

•Colaborar nos procedimentos terapêuticos

•Correção da anemia;

•Correção da hiperbilirrubinémia ( exsanguineo transfusão)

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