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E PRODUTIVIDADE
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Profa. Hiandra B. Götzinger Montibeller
Profa. Izilene Conceição Amaro Ewald
Profa. Jociane Stolf
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci
658.562
C823g Corrêa, Carla Eunice Gomes.
Gestão da qualidade e produtividade /
Carla Eunice Gomes Corrêa.
Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2010. 137 p.: il
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-345-7
APRESENTAÇÃO���������������������������������������������������������������������������� 7
CAPÍTULO 1
Conceitos e Princípios da Qualidade����������������������������������������� 9
CAPÍTULO 2
Gestão da Qualidade Total ou Total Quality
Manegement (TQM)���������������������������������������������������������������������� 27
CAPÍTULO 3
Melhoria da Qualidade �������������������������������������������������������������� 53
CAPÍTULO 4
Sistema de Gestão da Qualidade ���������������������������������������������� 83
CAPÍTULO 5
Controle Estatístico do Processo (CEP)������������������������������� 97
CAPÍTULO 6
Gestão da Produtividade���������������������������������������������������������� 123
APRESENTAÇÃO
Caro(a) pós-graduando(a):
Boa Leitura!
C APÍTULO 1
Conceitos e Princípios da Qualidade
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Capítulo 1 Conceitos e Princípios da Qualidade
Contextualização
Atualmente as organizações têm focado suas ações na busca pela
competitividade e, com isso, têm se preocupado cada vez mais com a qualidade
dos produtos e serviços oferecidos no mercado tão concorrido.
Com base neste contexto, este primeiro capítulo objetiva fazer um resgate
histórico sobre a evolução do conceito da qualidade. Muito se houve falar em
qualidade, mas poucas são as pessoas que conseguem defini-la. Assim, você
verá porque é tão difícil encontrar uma definição exata para o termo e quais são
os fatores que influenciaram para a evolução do conceito.
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Gestão da qualidade e produtividade
A era da inspeção, Neste sentido, Garvin (1997) coloca que o conceito de qualidade,
do controle com o passar dos anos, sofreu uma série de mudanças que o autor
estatístico da define como “eras da qualidade”. Estas eras foram divididas pelo autor
qualidade, da em 4 períodos: a era da inspeção, do controle estatístico da qualidade,
gestão estratégica da gestão estratégica da qualidade e da gestão total da qualidade.
da qualidade e da
gestão total da
qualidade. Agora, veremos as principais características que marcaram cada
um destes períodos, de acordo com Garvin (1997):
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Capítulo 1 Conceitos e Princípios da Qualidade
Atividade de Estudos:
Conceito de Qualidade
Definir qualidade muitas vezes é complexo. Embora todos digam que sabem
o que é qualidade, na maioria das vezes o termo qualidade é utilizado de acordo
com as situações do nosso cotidiano e conforme a aplicação recebe significados
diferentes, não é mesmo?
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Capítulo 1 Conceitos e Princípios da Qualidade
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Gestão da qualidade e produtividade
Diversos estudiosos apresentaram teorias sobre a qualidade, mas alguns
receberam um destaque maior e atualmente são conhecidos como os gurus da
qualidade. “O que eles têm em comum é que fizeram parte da história, tanto pela
contribuição teórica como pela intervenção em empresas”. (CARVALHO, 2005, p.
10). O quadro 2 apresenta os principais nomes citados na literatura acadêmica
e profissional a respeito dos gurus da qualidade: Walter A. Shewhart, W. Ewards
Demming, Joseph M. Juran, Philip B. Crosby e Kaoru Ishikawa. Você também
verá as principais características destes gurus, bem como as suas principais
contribuições e pressupostos.
• Americano, formou-se em
Engenharia.
• Especialista na área da
qualidade.
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Capítulo 1 Conceitos e Princípios da Qualidade
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir de Lopes e Saraiva (2009); Garvin (1997).
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Gestão da qualidade e produtividade
Atividade de Estudos:
Princípios da Qualidade
Você sabia que para que um programa de qualidade seja desenvolvido e
implantado com sucesso dentro das organizações empresariais há a necessidade
de se seguir princípios?
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Capítulo 1 Conceitos e Princípios da Qualidade
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Gestão da qualidade e produtividade
o ciclo denominado PDCA (Plan, Do, Check e Act), ou seja, planejar, executar,
verificar e atuar de forma corretiva”.
Dimensões da Qualidade
Devido à complexidade do conceito do termo qualidade, Garvin (1997)
identificou oito dimensões ou categorias da qualidade. No quadro 3, você verá cada
uma destas dimensões e os principais aspectos que as diferem umas das outras.
Dimensões Descrição
São as características operacionais básicas de um produto.
Combina elementos das abordagens com base no produto e no usuário.
A descrição de desempenho do produto inclui termos associados à qualidade, ao
Desempenho lado de termos que não conseguem dar a ideia dessa associação.
Exemplo: Uma lâmpada de 100W permite um maior desempenho (iluminação
forte) do que uma lâmpada de 60W. Porém, poucos consumidores associariam
esta diferença de desempenho a uma medida de qualidade.
São os adereços do produto, ou seja, as características secundárias que suple-
Características
mentam o funcionamento básico do produto.
20 CONTINUAÇÃO
Capítulo 1 Conceitos e Princípios da Qualidade
Assim, neste contexto é muito importante que se faça uma análise critica
em relação à pesquisa que será aplicada. O texto a seguir demonstra o quanto
é importante esta análise para que se alcance um resultado positivo ao final da
pesquisa.
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Gestão da qualidade e produtividade
Academia Médica
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Capítulo 1 Conceitos e Princípios da Qualidade
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Gestão da qualidade e produtividade
Mas o que seria inovar? Manãs (2001, p. 35) coloca que “[...] a necessidade
de ser competitivo, de manter-se vivo ou de atirar-se e manter-se a frente dos
concorrentes é a noção fundamental da frequente procura pela inovação”.
Quantas vezes você já não se deparou com pessoas cheias de ideias e que,
muitas vezes, transformam-se em novos negócios do dia para a noite. Pois é, isso
é consequência das mudanças radicais que vivenciamos a cada dia.
Inovação: a palavra Assim, segundo Fremann e Perez (1988 apud SARAIVA; ROLO,
é derivada do latim 2009) a inovação pode ser uma inovação radical, ou seja, a introdução
novus (ou novo), de um novo processo ou equipamento que altera a estrutura
sendo o termo organizacional e geralmente demanda investimentos altos, ou pode ser
definido com a incremental, que apenas faz um incremento ao processo e ou produto
introdução de algo
visando a melhoria da qualidade deste.
novo, de uma nova
ideia, um novo
método. (SARAIVA; Assim, independente do porte da empresa, a inovação é
ROLO, 2009). fundamental no processo de busca da competitividade, pois, “inovar
com qualidade e ter qualidade com inovação são necessidades hoje
e sempre, entretanto, para que isso seja possível Manãs (2004, p. 41)
afirma que é fundamental que ocorram reflexos em suas atividades diversas”,
destacando: a necessidade de orientação para objetivos, planejamento em
longo prazo, flexibilidade e rapidez, interação com o mercado, investimentos e
capacidade técnica.
Atividade de Estudos:
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Capítulo 1 Conceitos e Princípios da Qualidade
Algumas Considerações
Neste capítulo você pode observar como o conceito de qualidade tem
acompanhado as mudanças ocorridas nas organizações no decorrer dos anos.
Entretanto, consolidou-se com a produção em massa após a Revolução Industrial
e, perpetua-se até os dias atuais. Entretanto, no decorrer dos anos passou por
diversos estágios e, consequentemente, foi atribuída a setores bem específicos
da organização.
Além disso, vimos que a qualidade apresenta princípios e dimensões que
também evoluíram juntamente aos conceitos e sofrem influência de fatores que
estão presentes no dia a dia da organização.
Agora, no próximo capítulo aprofundaremos nossos estudos a partir da
abordagem da Gestão da Qualidade Total (TQM), em que apresentaremos os
conceitos de qualidade total, a evolução destes conceitos e sua importância para
a organização.
Referências
CARPINETTI, Luiz C. R. Gestão da qualidade: conceitos e teorias. São Paulo:
Atlas, 2010.
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Gestão da qualidade e produtividade
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C APÍTULO 2
Gestão da Qualidade Total ou
Total Quality Manegement (TQM)
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
Contextualização
No capítulo I estudamos os conceitos de qualidade e sua evolução no tempo.
Você tomou conhecimento das contribuições de alguns pesquisadores ao longo
do tempo sobre a aplicabilidade do conceito de qualidade.
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Gestão da qualidade e produtividade
Para a ISO 8402:1994 (apud MIGUEL, 2005, p. 87) “qualidade total significa
o modo de gestão de uma organização, centrado na qualidade, baseado na
participação de todos os seus membros, visando ao sucesso a longo prazo, por meio
da satisfação dos clientes e dos benefícios de todos os membros da sociedade”.
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
Para Feigenbaum (1986 apud SLACK et al., 1999, p. 503), a TQM é “um
sistema eficaz para integrar esforços de desenvolvimento, manutenção e melhoria
da qualidade dos vários grupos de uma organização, permitindo levar a produção
e o serviço aos níveis mais econômicos da operação e que atendam plenamente
à satisfação do consumidor”.
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Gestão da qualidade e produtividade
Atividade de Estudos:
Com base no que estudamos até aqui, podemos afirmar que qualidade
e gestão da qualidade são sinônimas? Justifique sua resposta.
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Você deve ter observado que em vários conceitos apresentados até agora
constava a palavra sistema. Quantas vezes você já ouviu ou até mesmo utilizou desta
expressão no dia a dia, não é mesmo? Mas, você sabe o que significa um sistema?
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
Atividade de Estudos:
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
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Gestão da qualidade e produtividade
• Determinação.
• Recursos.
• Comprometimento da equipe.
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
Atividade de Estudos:
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Gestão da qualidade e produtividade
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
ETAPAS AÇÕES
1. Identificar os microprocessos da unidade sobre os quais se deve aplicar o
gerenciamento da rotina.
2. Selecionar os microprocessos mais importantes que têm apresentado
ORIENTAÇÃO PARA desempenho insatisfatório.
O MICRO PROCESSO 3. Analisar o microprocesso por meio de seu fluxograma, da correta identifi-
cação de fornecedores e clientes e das tarefas que agregam valor.
4. Caracterizar o microprocesso, formalizando qual é sua finalidade, que linhas
mestras e condições de contorno devem ser consideradas.
1. Identificar os clientes do microprocesso.
2. Identificar as necessidades, expectativas e exigências dos clientes do
microprocesso.
ORIENTAÇÃO PARA
3. Definir características mensuráveis associadas às necessidades, expec-
O CLIENTE
tativas e exigências.
4. Estabelecer indicadores da qualidade que permitam monitorar e avaliar o
alcance, ou não, das características mensuráveis preestabelecidas.
1. Estabelecer objetivos e limites de controle para os indicadores da quali-
dade.
2.Definir o sistema de controle para o acompanhamento e a avaliação da
evolução dos indicadores da qualidade.
ORIENTAÇÃO PARA 3. Estabelecer "pontos de controle" do microprocesso.
O
4. Definir características de controle do output da etapa do microprocesso.
CONTROLE DO
5. Definir parâmetros de controle durante a etapa do microprocesso.
MICROPROCESSO
6. Definir métodos de controle.
7. Definir frequência de controle.
8. Definir responsabilidades pelo controle.
9.Implementar o sistema de controle.
1. Verificar os efeitos indesejados em cada uma das etapas do microproces-
so que estão comprometendo o alcance dos indicadores da qualidade.
2. Analisar as causas possíveis (causas potenciais), responsáveis pelos
efeitos indesejados.
ORIENTAÇÃO PARA
3. Propor ações de melhoria para eliminação das causas potenciais.
A MELHORIA
4. Definir a forma de execução das ações de melhoria, o cronograma para
implantação, responsável e recursos necessários.
5. Gerenciar à vista, a evolução e os resultados decorrentes da aplicação
das ações de melhoria.
Fonte: Adaptado de Bouer (2005).
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Gestão da qualidade e produtividade
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
Atividade de Estudos:
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Gestão da qualidade e produtividade
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
O ESCRITÓRIO ENXUTO
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Gestão da qualidade e produtividade
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18140/tde-11062007-
111403/
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Gestão da qualidade e produtividade
Atividade de Estudos:
Prêmios da Qualidade
Depois da segunda guerra mundial, as empresas passarão a buscar prêmios
e certificações pelos resultados apresentados nos processos, ou seja, uma forma
de reconhecimento dos esforços dedicados e sucessos obtidos na qualidade.
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
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Gestão da qualidade e produtividade
• pensamento sistêmico;
• aprendizado organizacional;
• cultura de inovação;
• liderança e constância de propósitos;
• orientação por processos e informações;
• visão de futuro; geração de valor;
• valorização de pessoas;
• conhecimento sobre o cliente e o mercado;
• desenvolvimento de parcerias;
• responsabilidade social.
• liderança;
• estratégias e planos;
• clientes;
• sociedade;
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
• informações e conhecimento;
• pessoas;
• processos;
• resultados.
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Gestão da qualidade e produtividade
Algumas Considerações
Neste capítulo você teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre o
funcionamento da gestão da qualidade total (TQM). Embora, ouça-se muito
falar sobre isso dentro das organizações, vimos que a implantação da gestão da
qualidade total não é uma tarefa muito fácil.
Dessa forma, podemos mais uma vez observar que para se ter um sucesso
na implantação de programas de qualidade total, tão fundamental quanto o
conhecimento técnico é o trabalho em equipe e a vontade das pessoas em apoiar
e participar do processo de implantação.
Referências
BOUER, Gregório. Gerenciamento da rotina. In: CARVALHO, Marly de M.;
PALADINI, Edson P. (Coord.). Gestão da qualidade: teoria e casos. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005. p. 237-260.
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Gestão da Qualidade Total ou
Capítulo 2 Total Quality Manegement (TQM)
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Gestão da qualidade e produtividade
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C APÍTULO 3
Melhoria da Qualidade
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Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
Contextualização
Vimos no capítulo anterior que o sistema de gestão da qualidade total (TQM)
e sua implantação depende da articulação de todos os setores, desde a produção
até o administrativo.
Agora, veremos algumas ferramentas que são muito úteis na busca por
melhorias da qualidade. Iniciaremos pelas ferramentas básicas da qualidade que
incluem a elaboração de gráficos e alguns termos estatísticos.
As Ferramentas da Qualidade
As sete ferramentas da qualidade não foram criadas visando à As sete ferramentas
resolução de problemas, mas auxiliam as pessoas nas tomadas de da qualidade não
decisões e melhoramentos do processos. Segundo Corrêa e Corrêa foram criadas
(2005, p. 134), elas foram montadas com o propósito de “[...] municiar visando à resolução
os participantes dos processos com ferramentas simples e ao mesmo de problemas,
mas auxiliam
tempo forte, de fácil entendimento e aplicação, de forma a apoiá-los
as pessoas
na resolução e controle de problemas de qualidade o mais próximo nas tomadas
possível de suas concorrências”. de decisões e
melhoramentos do
As ferramentas da qualidade da Qualidade são: processos.
• Estratificação;
• folhas de verificação;
• gráfico de pareto;
• diagrama de causas e efeitos;
• histogramas;
• diagramas de dispersão;
• gráfico de controle de processos.
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Gestão da qualidade e produtividade
Finalidade Ferramentas
Amostragem e estratificação
Folha de Verificação
Gráfico de Pareto
Identificação e prior-
Gráfico de Tendência, gráfico de controle
ização de problemas
Mapeamento do processo
Brainstorming
Matriz de priorização
Brainstorming
Estratificação
Análise e busca de Diagrama espinha de peixe
causas-raízes Diagrama de afinidades
Diagrama de relações
Relatório das três gerações (passado, presente, futuro).
Diagrama de Árvore
Elaboração e
Diagrama de Processo decisório
Implementação de
5W1H
soluções
5S
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Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
Amostragem
Folha de Verificação
Verificação dos
Histograma, medidas de locação e variância
resultados
Gráfico de Pareto
Gráfico de Tendência, gráfico de controle.
Fonte: Adaptado de Carpinetti (2010, p. 79).
Estratificação
Estratificação
A Estratificação tem por objetivo agrupar os dados em duas ou tem por objetivo
mais subpopulações e/ou subgrupos com dados distintos. A divisão dos agrupar os dados
dados em estratos recebe o nome de estratificação. Esta ferramenta em duas ou mais
tem grande utilidade na fase de observação e análise, pois com ela é subpopulações e/
possível separar os fatores que são causadores das variações e, assim, ou subgrupos com
dados distintos.
as causas das variações são identificadas mais facilmente.
FATORES DE
EXEMPLOS
ESTRATIFICAÇÃO
Os efeitos dos problemas são diferentes de manhã, à tarde ou à
Tempo
noite?
Turno de Os efeitos são diferentes quando consideramos diferentes turnos de
Produção produção da empresa?
Os efeitos são diferentes na diferentes linhas de produção da empre-
sa?
Local
Os efeitos são diferentes nas diversas regiões do país onde os produ-
tos são comercializados?
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Gestão da qualidade e produtividade
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Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
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Gestão da qualidade e produtividade
Diagrama de Pareto
O Diagrama de Pareto, em forma de descrição gráfica, é uma
O princípio de
maneira de identificar quais os itens são responsáveis pela maior
Pareto foi adaptado
aos problemas parcela dos problemas no processo. Segundo Carpinetti (2010, p.
da qualidade por 81), “O princípio de Pareto foi adaptado aos problemas da qualidade
Juran a partir dapor Juran a partir da teoria desenvolvida pelo sociólogo e economista
teoria desenvolvidaitaliano Vilfredo Pareto (1843-1923)”. Foi criado no século XIX e,
pelo sociólogo e ao analisar a sociedade, concluiu que grande parte da riqueza se
economista italiano
encontrava nas mãos de um número muito reduzido de pessoas. Dessa
Vilfredo Pareto
(1843-1923). forma, após concluir que este princípio era válido em muitas áreas da
vida quotidiana, Pareto estabeleceu o designado método de análise
de Pareto, também conhecido como regra dos 20-80, que significa que
um pequeno número de causas (20%) é responsável pela maioria dos problemas
(80%). (CAPINETTI, 2010).
• Determinar como os dados serão classificados: por produto, por máquina, por
turno ou por operador.
Exemplificando:
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Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
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Gestão da qualidade e produtividade
Histogramas
Os histogramas Os histogramas são gráficos em forma de barras horizontais
são gráficos em e têm por objetivo mostrar a distribuição dos dados por categoria.
forma de barras Segundo Marshall Junior (2006, p. 106), “O histograma fornece
horizontais e têm uma fotografia da variável num determinado instante. Representa
por objetivo mostrar
uma distribuição de frequência. As frequências são agrupadas
a distribuição
dos dados por estatisticamente na forma de classes, nas quais se observa a
categoria. tendência central dos valores e sua variabilidade”.
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Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
Agora que você já estudou cada uma das ferramentas da qualidade, convido
você para a realização de uma aplicação prática destas ferramentas.
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Gestão da qualidade e produtividade
Atividade de Estudos:
5S teve origem no Você já deve ter ouvido falar em 5S não é mesmo? Então, uma
Japão, na década forma de colocar o housekeeping em prática é através do programa 5S.
de 50, após a II O 5S teve origem no Japão, na década de 50, após a II Guerra Mundial,
Guerra Mundial, como um programa de qualidade total. O nome 5S faz menção a cinco
como um programa palavras japonesas que iniciam com a letra S no alfabeto ocidental:
de qualidade total.
Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke.
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Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
O senso Seiri (utilização) tem por objetivo identificar, selecionar e O senso Seiri
eliminar os objetos que se encontram no local de trabalho e não são (utilização) tem por
mais utilizados. Entretanto, evitando o descarte definitivo, é prudente objetivo identificar,
que se armazenem os matérias em local adequado durante um período selecionar e
de tempo para, posteriormente, serem descartados definitivamente. eliminar os objetos
que se encontram
no local de trabalho
Em geral, a regra do Senso Seiri é “selecionar o que é importante, e não são mais
separar ou descartar o resto”. (CARPINETTI, 2010, p. 105). utilizados.
O Senso Seiton tem por objetivo arrumar os objetos que sobram O Senso Seiton
após a seleção. Além disso, também visa à identificação deles no local tem por objetivo
de trabalho, facilitando a localização quando necessário. arrumar os objetos
que sobram após a
seleção.
Agora que você já selecionou o que realmente precisa ser
guardado, poderá ordená-lo. Segundo Carpinetti (2010), esta ordenação
poderá ser realizada de acordo com a frequência de uso do objeto:
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Gestão da qualidade e produtividade
• Objetos que são utilizados a toda hora: Colocar no próprio local de trabalho.
• Objetos que são utilizados todos os dias: Colocar próximo ao local de trabalho.
• Objetos que são utilizados toda semana: Colocar no almoxarifado.
• Objetos não necessários: descartar e/ou disponibilizar para outro setor.
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Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
O Senso Shitsuke
O Senso Shitsuke tem por objetivo manter o local de trabalho
tem por objetivo
em ordem. A regra básica consiste em desenvolver as tarefas de manter o local de
forma correta, segundo os padrões e normas da organização. trabalho em ordem.
(CARPINETTI, 2010).
67
Gestão da qualidade e produtividade
seus hábitos e costumes e, por isso, a implantação desta metodologia deverá ser
trabalhada com toda equipe, pois envolve a participação de todos e, principalmente,
na manutenção das conquistas iniciais por meio de auditorias externas e internas.
Atividade de Estudos:
O Diagrama de
Árvore é uma Diagrama de Árvore
ferramenta utilizada
com o objetivo de
O Diagrama de Árvore é uma ferramenta utilizada com o objetivo
detalhamento e/ou
desdobramentos de detalhamento e/ou desdobramentos das tarefas necessárias para se
das tarefas atingir um objetivo proposto. Esse diagrama apresenta uma estrutura
necessárias para em forma de ramificações, o que lembra uma ‘‘árvore”.
se atingir um Segundo Carpinetti (2005), o diagrama também pode ser usado
objetivo proposto. para desdobrar as atividades de:
• requisitos de um produto;
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Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
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Gestão da qualidade e produtividade
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Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
• Conselho da Qualidade.
• Equipes de Trabalho.
• Gestores do Processo.
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Gestão da qualidade e produtividade
72
Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
73
Gestão da qualidade e produtividade
O PDCA, como
“um método de
Ciclo PCDA
gerenciamento
de processos Atualmente, a dinâmica do mercado tem exigido das organizações
ou sistema. É ajustes em seus modelos, a fim de obter maior eficácia nas suas
o caminho para operações e, consequentemente, maiores ganhos para os seus
se atingirem as stakeholders por meio do processo de melhoria contínua.
metas atribuídas
aos produtos
Nesse sentido, Demming (1990) propõe o processo de melhoria
dos sistemas
empresariais”. contínua através de um ciclo chamado de PDCA – Plan, Do, Check, Act
(Planejar, fazer, verificar, agir) - como método de reduzir constantemente
os custos e para a obtenção da qualidade.
De acordo com a figura 20, cada uma destas fases consiste em estabelecer
ações que deverão ser adotadas no processo de melhoria.
75
Gestão da qualidade e produtividade
Selecionar o problema.
1. Identificação do Prob- Levantas as perdas atuais e possibilidade de ganhos.
lema Montar a equipe com os respectivos responsáveis pelas tarefas,
estipular prazos.
Entender o problema selecionado.
Observar as características do local (ambiente, instrumentos, confi-
2. Observação
abilidade dos padrões e treinamento).
Identificar e selecionar as causas mais prováveis do problema.
3. Análise Identificar e selecionar as causas prováveis do problema.
Elaborar estratégias de ação.
4. Plano de Ação
Elaborar plano de ação.
Divulgar o plano de ação.
Realizar capacitação das pessoas.
5. Ação
Executar e acompanhar a ação.
Coletar dados importantes.
Comparar os resultados obtidos com as metas esperadas. Listar os
6. Verificação
eventuais efeitos secundários.
Elaborar ou alterar o padrão.
7. Padronização
Comunicar internamente as alterações.
Educar e treinar os envolvidos no novo padrão.
76 CONTINUAÇÃO
Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_TN_STO_070_501
_11402.pdf
Atividade de Estudos:
77
Gestão da qualidade e produtividade
Mas qual o objetivo do Seis Sigma? O Seis Sigma tem por objetivo atingir
99,99% de perfeição nos defeitos e, também, adequar a capacidade do processo
produtivo aos objetivos estipulados pelos clientes. (TONINI; OLIVEIRA, 2007).
• definir (definie);
• mensurar (measure);
• analisar (analyse);
• improvisar (improve);
• controlar (control).
79
Gestão da qualidade e produtividade
Atividade de Estudos:
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Capítulo 3 Melhoria da Qualidade
Algumas Considerações
Este capítulo nos proporcionou entender um pouco sobre as ferramentas
de melhoria da qualidade que podem ser aplicadas nas organizações, visando a
alcançar o objetivo de melhorar a gestão da empresa.
81
Gestão da qualidade e produtividade
Referências
ANDRIETTA, João M.; MIGUEL, Paulo A. C. A Importância do Método Seis
Sigma na Gestão da Qualidade Analisada sob uma Abordagem Teórica. Revista
de Ciência & Tecnologia, v. 11, n. 20, p. 91-98, Jul/Dez 2002.
BLAUTH, Regis. Seis Sigma: uma estratégia para melhorar resultados. Revista
FAE BUSINESS, n.5, p. 36-39, abr. 2003.
______. TQC: controle da qualidade total, (no estilo japonês). Belo Horizonte: Ed.
da UFMG, 1992.
TONINI, Antonio Carlos; OLIVEIRA; Otávio. Seis Sigma: Uma estratégia para
a melhoria da qualidade e lucratividade. In: OLIVEIRA, Otávio (Org.). Gestão
Empresarial: Sistemas e Ferramentas. São Paulo: Atlas, 2007. p. 118-134.
82
C APÍTULO 4
Sistema de Gestão da Qualidade
84
Capítulo 4 Sistema de Gestão da Qualidade
Contextualização
Estudamos no capítulo anterior sobre as ferramentas que são muito úteis
na busca por melhorias da qualidade. Agora, dando continuidade ao assunto,
vamos estudar sobre um dos sistemas de qualidade mais utilizados no mundo
que é a ISO 9000.
Com certeza você já deve ter escutado muito sobre este sistema, afinal, a
maioria das empresas de grande e médio porte tem trabalhado e se adaptado no
sentido de obter esta certificação.
Você sabia que alguns países têm exigido está certificação, dependendo do
ramo de atividade, na hora da exportação? Mas, se é tão necessária a certificação,
por que nem todas as empresas são certificadas? Bem, estas e outras respostas
nós teremos ao longo dos estudos deste capítulo. Boa Leitura!
85
Gestão da qualidade e produtividade
86
Capítulo 4 Sistema de Gestão da Qualidade
O sistema de
gestão da qualidade
tem estabelecido
Para conseguir a certificação ISO 9001, uma empresa precisará cinco requisitos:
seguir alguns requisitos. Segundo Carpinetti (2010), a partir da revisão 1. Documentação
da norma ISO 9001, em 2000, o sistema de gestão da qualidade tem do Sistema de
estabelecido cinco requisitos: Qualidade.
2. Responsabilidade
da Direção. 3.
1. Documentação do Sistema de Qualidade. Gestão de Recursos.
2. Responsabilidade da Direção. 4. Realização do
3. Gestão de Recursos. produto.
4. Realização do produto. 5. Mediação, análise
5. Mediação, análise e melhoria. e melhoria.
87
Gestão da qualidade e produtividade
Para que você tenha uma ideia das especificidades de cada um dos requisitos,
vamos apresentar os pontos mais importantes, com base em Carpinetti (2010), de
cada requisito. Entretanto, salientamos que é de suma importância que você faça
uma leitura da publicação integral da norma ISO 9001:2008 antes de implementá-la.
http://www.cnpma.embrapa.br/download/qualidade/MQ_Internet_
Rev09.pdf
88
Capítulo 4 Sistema de Gestão da Qualidade
A organização
Assim, a organização para implementar este requisito poderá
para implementar
fazer uso de práticas de conceitos de gestão estratégica, como o este requisito
Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD), discutido no capítulo 2 deste poderá fazer uso
caderno, bem como de outras metodologias que se fizerem necessárias. de práticas de
Além disso, exige que a direção faça uma análise crítica do sistema de conceitos de gestão
qualidade e passe a tomar decisões e implementar ações visando à estratégica, como
o Gerenciamento
melhoria contínua do sistema de qualidade e, para isso, poderá utilizar
pelas Diretrizes
das ferramentas (PDCA) e métodos de melhoria contínua (MASP) que (GPD).
estudamos no capítulo 3.
89
Gestão da qualidade e produtividade
90
Capítulo 4 Sistema de Gestão da Qualidade
91
Gestão da qualidade e produtividade
92
Capítulo 4 Sistema de Gestão da Qualidade
No quadro 12, podemos verificar uma lista das normas e diretrizes existentes
do sistema ISO 9000, assim como os seus propósitos.
93
Gestão da qualidade e produtividade
ISO/DIS 10012
Requisitos da qualidade assegurada para Diretrizes nas características principais do sistema
equipamentos de medição - Parte 1: Sistemas de de calibração para assegurar que medições sejam
confirmação metrológica para equipamentos de feitas com a precisão desejada.
medição.
ISO 10012-2:1997
Diretrizes suplementares para aplicação do controle
Requisitos da qualidade assegurada para equi-
estatístico de processo para atingir os objetivos da
pamentos de medição - Parte 2: Diretrizes para
parte 1.
controle de medições de processo.
ISO 10013:1995
Diretrizes para criação e manutenção de manuais da
Diretrizes para desenvolver manuais da quali-
qualidade, conforme suas necessidades.
dade.
ISO/TR 10014:1998
Diretrizes para obter benefícios econômicos da
Diretrizes para o gerenciamento do aspecto
aplicação do gerenciamento da qualidade.
econômico da qualidade.
Diretrizes no desenvolvimento, implementação,
ISO 10015:1999
manutenção e melhoria das estratégias e sistemas
Gerenciamento da qualidade - Diretrizes para
para treinamento em que a qualidade do produto ou
treinamento.
serviço é afetada.
ISO/TS 16949:2002
Sistemas da Qualidade - Fornecedores do setor Diretrizes específicas do setor automotivo para
automotivo - Requisitos particulares para apli- aplicação da ISO 9001.
cação da ISO 9001:2000.
Fonte: Extraído de Martins; Laugeni (2006, p. 511).
Cabe salientar que a ISO 9001-2000 não propõe nem exige a utilização
de procedimentos específicos para alcançar as tão desejadas melhorias, mas
proporciona uma direção dos fazeres e deveres da organização, que serve de
base para sua evolução e seu aperfeiçoamento.
Atividade de Estudos:
94
Capítulo 4 Sistema de Gestão da Qualidade
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Algumas Considerações
Caro(a) aluno(a), neste capítulo nosso objetivo foi apresentar o sistema de
gestão da qualidade mais conhecido e utilizado no Brasil. Assim, vimos que ISO
9001 – Sistema de gestão da qualidade apresenta todos os requisitos de gestão
da qualidade aos quais as empresas precisarão adaptar-se para conseguir a
certificação.
Em resumo, a ISO 9001 tem por objetivo prover ao cliente a confiança de que
seu fornecedor está oferecendo, de forma consistente, produtos e/ou serviços que
estão de acordo com os requisitos necessários para que sejam satisfeitas as suas
necessidades e expectativas.
95
Gestão da qualidade e produtividade
Referencias
CARPINETTI, Luiz C. R. Gestão da qualidade: conceitos e teorias. São Paulo:
Atlas, 2010.
EQUIPE GRIFO. O sistema ISO 9000 na prática. São Paulo: Pioneira Série
Qualidade Brasil, 1996.
96
C APÍTULO 5
Controle Estatístico
do Processo (CEP)
98
Capítulo 5 Controle Estatístico do Processo (CEP)
Contextualização
Você já deve ter observado que embora os produtos aparentemente sempre
sejam iguais, de fato não o são, pois os processos produtivos apresentam
variações oriundas de diversas fontes. Por esse motivo, o uso de ferramentas e
técnicas estatísticas vem sendo utilizado cada vez mais pelas empresas. Tendo
como objetivo a redução de custos e aumento da qualidade e da produtividade,
a empresa procura tornar-se cada vez mais competitiva no mercado no qual está
inserida. Essa técnica é conhecida como Controle Estatístico do Processo (CEP).
Conceitos do Cep
Como vimos no capítulo I, Shewhart, na década de 1930, foi o primeiro
a colocar em prática nas fábricas alguns conceitos básicos em Estatística,
Metodologia Científica e Controle Estatístico de Processo (CEP). (GARVIN, 1997).
Segundo Samohyl (2005), atualmente, todas as fábricas no mundo aplicam pelo
menos uma ferramenta de CEP para a melhoria dos processos industriais.
99
Gestão da qualidade e produtividade
Por outro lado, Samohyl (2005, p. 263) afirma que o “CEP não é nenhum
milagre e consequentemente, ele deve ser abordado na empresa como qualquer
projeto de investimento no qual os custos são contabilizados e os benefícios
previstos e medidos”.
Atividade de Estudos:
_______________________________________________________
_______________________________________________________
A Média pode ser considerada como “a tendência central dos Média, mediana e o
dados, ou seja, um valor que represente gráfica e estatisticamente um desvio padrão?
Estas medidas
conjunto de números. O cálculo de uma tendência central é importante
serão instrumentos
porque ela consegue condensar uma série de dados em um único essenciais para
número”. (STEVENSON, 2001, p. 19). a análise do
processo.
101
Gestão da qualidade e produtividade
∑n1 Xi
X =
n
5 + 6 + 7 + 7 + 6 + 5 + 6 42
X = = = 6
7 7
Dessa forma, a média obtida é de 6 horas/produto.
Todavia, se por algum motivo um desses tempos estivesse bem fora do normal,
ou seja, fosse um valor discrepante, repare o que aconteceria com a média:
Imagine que os tempos obtidos, para o exemplo anterior, fossem {5, 7, 6, 15,
6, 7, 6} horas/produção. De igual forma calculamos a média:
5 + 7 + 6 + 15 + 6 + 7 + 6 52
X = = = 7.43
7 7
102
Capítulo 5 Controle Estatístico do Processo (CEP)
Desta maneira:
103
Gestão da qualidade e produtividade
4
Portanto, S = = 0,8
6
69,7143
Portanto, S = = 3,4
6
104
Capítulo 5 Controle Estatístico do Processo (CEP)
105
Gestão da qualidade e produtividade
106
Capítulo 5 Controle Estatístico do Processo (CEP)
107
Gestão da qualidade e produtividade
108
Capítulo 5 Controle Estatístico do Processo (CEP)
Atividade de Estudos:
Gráficos de Controle
O emprego dos gráficos de controle, diferentemente da inspeção após
a produção, possibilita o controle da qualidade durante a manufatura, ou seja,
os gráficos de controle exibem um enfoque na detecção dos defeitos e ação
corretiva imediata, caso alguma falha seja detectada. Dessa forma, ao impedir a
saída de produtos imperfeitos, pode ser considerado como um método de caráter
preventivo. (DEMING, 1990).
Gráficos de controle
Os gráficos de controle apresentam os dados coletados em ordem possibilitam
cronológica da distribuição amostral e é considerado um método de o controle da
detecção das causas assinaláveis, ou seja, causas incomuns que, qualidade durante
agindo no processo, provocam alta variabilidade na saída (resultado a manufatura, ou
seja, os gráficos
do processo).
de controle exibem
um enfoque na
Em consonância com Samohyl (2005, p. 268), os gráficos de detecção dos
controle são muito importantes e conceituam que “o desvio-padrão de defeitos e ação
uma coleção de médias recebe o nome de erro-padrão e é igual ao corretiva imediata,
desvio-padrão dividido pela raiz quadrada do tamanho da amostra”. caso alguma falha
seja detectada.
109
Gestão da qualidade e produtividade
Portanto, na prática, sabemos que estes valores não devem ser muito
superiores ou inferiores da média da distribuição, senão haverá a necessidade
de interrupção e a tomada de alguma ação corretiva. Mas, você sabe de quais
valores estamos falando?
Você poderá visualizar melhor como isto funciona observando a figura 26.
110
Capítulo 5 Controle Estatístico do Processo (CEP)
111
Gestão da qualidade e produtividade
112
Capítulo 5 Controle Estatístico do Processo (CEP)
113
Gestão da qualidade e produtividade
Amostras Peso 1 (Kg) Peso 2 (Kg) Peso 3 (Kg) Peso 4 (Kg) Média (Kg) Amplitude
1 2,106 2,106 2,198 2,152 2,1405 0,092
2 2,088 2,144 2,14 2,146 2,1295 0,058
3 2,19 2,176 2,158 2,2 2,181 0,042
4 2,142 2,148 2,138 2,134 2,1405 0,014
5 2,15 2,14 2,166 2,192 2,162 0,052
6 2,076 2,148 2,166 2,128 2,1295 0,09
7 2,144 2,148 2,136 2,138 2,1415 0,012
8 2,164 2,158 2,08 2,162 2,141 0,084
9 2,096 2,084 2,08 2,146 2,1015 0,066
10 2,078 2,07 2,104 2,148 2,1 0,078
11 2,144 2,084 2,166 2,2 2,1485 0,116
12 2,144 2,132 2,066 2,194 2,134 0,128
13 2,066 2,166 2,174 2,168 2,1435 0,108
14 2,186 2,164 2,154 2,144 2,162 0,042
15 3,354 3,432 3,658 3,462 3,4765 0,074
16 2,182 2,178 2,16 2,166 2,1715 0,022
17 2,146 2,132 2,17 2,174 2,1555 0,042
18 2,09 2,202 2,16 2,152 2,151 0,112
19 2,184 2,182 2,198 2,146 2,1775 0,052
20 2,146 2,106 2,198 2,16 2,1525 0,092
21 2,162 2,19 2,062 2,05 2,116 0,14
22 2,056 2,168 2,176 2,164 2,141 0,12
23 2,166 2,21 2,124 2,212 2,178 0,088
24 2,156 2,156 2,104 2,106 2,1305 0,052
25 2,21 2,11 2,144 2,142 2,1515 0,1
TOTAL 53,638 1,876
Fonte: Adaptado pelas autoras com base em Stevenson (2001)
114
Capítulo 5 Controle Estatístico do Processo (CEP)
Podemos observar nesses gráficos que todos os pontos estão dentro dos
limites de controle, entretanto, temos dois pontos muito próximos do Limite Inferior de
Controle, o que pode estar representando uma anormalidade no processo.
RESUMO:
b) Gráficos de Atributos
Os gráficos
de controle de
Os gráficos de controle de atributos somente serão utilizados em
atributos somente
casos em que desejamos controlar alguma característica que pode ser serão utilizados
contada, como, por exemplo, a quantidade de peças defeituosas em em casos em
uma amostra. Estes podem ser classificados em dois tipos de gráficos que desejamos
de controle de atributos: um que conta a proporção de itens defeituosos controlar alguma
de uma amostra (gráfico p) e o outro que conta o número de defeitos característica que
pode ser contada.
por unidade (gráfico c).
117
Gestão da qualidade e produtividade
21 3 100 3
22 8 100 8
23 2 100 2
24 6 100 6
25 2 100 2
26 5 100 5
27 6 100 6
28 9 100 9
29 2 100 2
30 3 100 3
31 9 100 9
32 7 100 7
33 5 100 5
34 4 100 4
Média 5,12 100 5,12
Fonte: adaptado de Samohyl (2005, p. 285).
118
Capítulo 5 Controle Estatístico do Processo (CEP)
Capabilidade do Processo
Para Stevenson (2001, p. 346), “a variabilidade de um processo é
A variabilidade de
um processo é o fator-chave da capabilidade do processo. Ela é medida em termos do
o fator-chave da desvio-padrão do processo”.
capabilidade do
processo. Ela é Já para Slack (1999, p. 427), “a medida mais simples da
medida em termos capabilidade (Cp) é dada pela razão entre a faixa de especificação e
do desvio-padrão
a variação ‘natural’ do processo”. Pode ser representada através da
do processo.
seguinte equação:
UTL - LTL
Cp = 6σ
Onde:
214 - 198 16
Cp = =
6x2 12
Para determinar se um processo é capaz, o índice (Cp) deve ser maior ou
igual a um, figura (a) e (b) da figura 32. Caso o número seja menor que um, este
processo (c) não é capaz, desde que a distribuição seja normal.
Atividade de Estudos:
Algumas Considerações
A qualidade não se limita apenas em atender a todas as necessidades do
cliente, mas também a otimização do processo, de modo que tenha o mínimo
de desperdício e retrabalho, reduzindo custos, e que se evite a variabilidade do
produto, assim como a do processo. Sendo assim, o uso das ferramentas do
controle estatístico do processo sempre traz benefícios para quem as aplica.
121
Gestão da qualidade e produtividade
Referências
CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A. Administração de Produção e de
Operações: Manufatura e serviços – uma abordagem estratégica. São Paulo:
Atlas, 2005.
122
C APÍTULO 6
Gestão da Produtividade
124
Capítulo 6 Gestão da Produtividade
Contextualização
Este capítulo tem por finalidade apresentar alguns conceitos básicos sobre
a produtividade. Inicialmente, vamos falar sobre a influência da produtividade
na busca por competitividade das organizações. Atualmente, frente à grande
concorrência dos mercados, as organizações visam a tornar-se cada mais
produtivas com o menor custo possível.
Conceitos de Produtividade
Atualmente, o termo produtividade é muito utilizado, tanto em publicações
como pela imprensa, mas o que vem a ser produtividade?
125
Gestão da qualidade e produtividade
Produtos Output
Produtividade = =
Insumos input
Por outro lado, Dia e Pires (2005, p. 52) colocam que “esta visão abrangente
de produtividade permite concluir que ações tomadas pelas organizações para
melhorar sua produtividade acabam causando impactos além dos limites da
organização”. E, por isso, as organizações precisam preocupar-se quando seus
processos são realizados de forma ineficiente, pois afetam não somente a sua
produtividade e geração de lucro, mas também podem gerar problemas à saúde
humana, como no caso de uma contaminação. Também podem contribuir para a
escassez de recursos. Portanto, atualmente, a busca da alta produtividade é fazer
mais com menos, ou seja, com utilização menor dos recursos disponíveis.
Indicadores de Produtividade
O aumento contínuo da produtividade pode gerar benefícios tanto para as
empresas como para sociedade em geral. Assim, o estudo dos indicadores, bem
como a avaliação da produtividade apresentam certa importância, uma vez que
estas medidas servem também como uma ferramenta de gestão. Através dos
indicadores e das medidas de produtividade, podemos identificar problemas e
tomar as decisões gerenciais. (MARTINS; LAUGENI, 2006).
126
Capítulo 6 Gestão da Produtividade
O VALOR DA EFICIÊNCIA
127
Gestão da qualidade e produtividade
respostas. Nos EUA, esse item ficou em 17% e na Inglaterra, 19%. “As
empresas cansaram de esperar a recuperação da economia”, avalia
Carlos Louzada, gerente geral da TBM no Brasil. “Elas acordaram e
perceberam que o único caminho é apostar na produtividade para
ser mais competitiva.”
128
Capítulo 6 Gestão da Produtividade
129
Gestão da qualidade e produtividade
CONJUNTO DE
FATORES
GLOBAL
De acordo com o quadro 14, podemos verificar que existem diversos tipos de
índices de produtividade em conformidade com o objetivo que se quer alcançar.
Entretanto, medir a produtividade ainda é um problema para qualquer empresa
brasileira ou em qualquer parte do mundo, pois, elas estão sempre aperfeiçoando
os métodos para um aumento eficaz, pois só assim se tornarão competitivas.
130
Capítulo 6 Gestão da Produtividade
Atividade de Estudos:
131
Gestão da qualidade e produtividade
Avaliação da Produtividade
Medir a eficiência dos sistemas produtivos atualmente é um fator de grande
importância nas organizações. Esta avaliação inclui tanto o consumo de recursos
quanto os processos e operações.
132
Capítulo 6 Gestão da Produtividade
Fatores Descrição
Visa a indicar o nível de investimentos da organização: aquisição de
Relação
máquinas, equipamentos e instalações em relação à mão de obra em-
Capital - Trabalho
pregada.
A escassez de recursos naturais tem gerado problemas de produtivi-
Escassez de Re-
dade, prejudicando tanto a linha de produção como elevando os custos
cursos
de produção, influenciando sua competitividade.
Mudanças na Mão Alterações nos processos produtivos muitas vezes dependem do grau
de Obra de instrução do colaborador.
Inovação e As tecnologias são as responsáveis pelo aumento da produtividade nos
Tecnologia últimos anos.
Legislações ambientais têm feito as empresas analisarem o impacto da
Restrições legais
sua produtividade.
A capacidade dos administradores em motivar sua equipe para o au-
Fatores Gerenciais
mento da produtividade.
Reflete o ambiente onde a empresa se situa. Muitas empresas se
Qualidade de Vida preocupam com a qualidade de vida de seus colaboradores, pois isto
também influencia na produtividade.
Fonte: Adaptado de Martins e Laugeni (2006).
133
Gestão da qualidade e produtividade
Assim, este exemplo demonstra que estes fatores podem levar ao aumento
da produtividade, não só do exemplo apresentado, mas em qualquer atividade que
se desenvolva. Entretanto, cabe ressaltar que, muitas vezes, um fator sozinho não
levará a elevação da produtividade, há a necessidade de associarmos os fatores
para que alcance os objetivos desejados. Nesse sentido, Stevenson (1999, p. 28,
grifos do autor) coloca que:
Benchmarking
Atualmente, como as empresas precisam buscar informações seguras em um
curso/período, a utilização do método de benchmarking é bastante coerente, pois o
método consiste em extrair de empresas bem sucedidas informações que levem a
um aprendizado e que venham melhorar os padrões de desempenho da empresa.
134
Capítulo 6 Gestão da Produtividade
135
Gestão da qualidade e produtividade
Atividade de Estudos:
Algumas Considerações
Em grande parte das organizações os gerentes sempre se preocupavam
somente com os custos da qualidade. Entretanto, somente há pouco tempo é
que descobriram a relação entre qualidade e produtividade, pois um processo de
fabricação sem defeitos é muito mais eficiente do que qualquer outro processo que
seja sempre interrompido para reparos e retrabalhos. E, nesse caso, a utilização de
máquinas deverá trazer resultados mais positivos, pois os estoques de segurança
serão menores e a mão de obra será mais produtiva. (GARVIN, 1997).
136
Capítulo 6 Gestão da Produtividade
Referências
BORGES, L. A. J.; NETO, F. J. K. Gestão Estratégica da Produtividade a da
Qualidade. In: ENAMPAD, 17. Salvador, 1993. Anais..., v. 3, p. 36-44, Salvador,
set.1993.
DIAZ , Carlos A. P.; PIRES, Sílvio R. I. . Produção Mais Limpa: Integrando Meio
Ambiente e Produtividade. RACRE - Rev. Adm. CREUPI, Esp. Sto. do Pinhal -
SP, v. 05, n. 09, jan./dez.2005, p. 51-57.
137