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GRANDES EDUCADORES BRASILEIROS:

ANÍSIO TEIXEIRA (1900-1971),


LOURENÇO FILHO (1897- 1970),
FERNANDO DE AZEVEDO (1894-1974)

Por Diana Vidal


1
Três educadores brasileiros que se engajaram na
educação, por volta dos 20 anos de idade, no final
do século XIX.

Foram reformadores que defendiam suas ideias,


construíram documentos, acreditaram nos
princípios de uma escola democrática, laica,
universal e gratuita.
Toda a discussão na década de 20, era em torno da
escola integral; uma escola de " massa" para toda a
educação brasileira.
2
Em 1932 Anísio Teixeira, Lourenço Filho
e Fernando de Azevedo, foram
signatários do "Manifesto dos Pioneiros
da Escola Nova", publicado em 19 de
março.
Foi um documento redigido por Fernando
de Azevedo, de reformulação do sistema
educacional, com uma dimensão política,
gestado em um cenário nacional dos
anos 30. 3
Segundo Diana Vidal, o Manifesto dos
Pioneiros foi uma das evidências do
movimento da Escola Nova. Teve uma
dimensão de afirmação de princípios da
Escola Nova, mas foi também uma “carta-
documento”, uma “carta-política” de
proposta de organização da educação no
país, e uma “carta-memória”, na medida
em que engrandeceu uma representação
do que deveria ser a educação no país. 4
Os 3 educadores estiveram presentes na
constituição do Estado e na consolidação
do sistema educacional brasileiro. O
manifesto foi a proposta de uma educação
laica, obrigatória, gratuita, democrática,
de caráter nacional, que fosse dever do
Estado.
Essa noção de escola democrática foi a
prioridade do pensamento dos 3
educadores. 5
De acordo com o vídeo de Diana Vidal, o problema da
instrução pública vem a ser colocado de forma mais
contundente nos anos 20. Sendo assim, o papel dos
reformadores foi o de lidar com o problema real de
organizar o sistema educacional, em determinado
Estado ou no Distrito Federal. Eles enfrentaram tais
questões, como:
Como formar professores para instrução pública?
Como ampliar o acesso à escola pública?
Qual o lugar da escola pública na constituição
desse cidadão para o Estado?
6
A Escola Nova no Brasil
teve 3 dimensões:
pedagógica, política,
finalidades (filosófica)
7
Pedagógica: Surgiu como recusa da “escola tradicional”, em
que a criança era silenciada, imóvel e o professor era o
centro do processo ensino-aprendizagem. Priorizou-se um
ensino verbalista; o professor assumiu a posição de
transmissor de conhecimentos. E ao aluno cabia a
memorização e a "decoreba" dos conteúdos transmitidos.
Ao contrário disso, a Escola Nova previu a atividade da
criança; o educando produzindo conhecimentos, partindo da
“bagagem cultural” que ele trazia consigo; o aluno era o
centro do processo pedagógico. O professor era o mediador,
aquele que auxiliava a criança a "fazer", a experienciar e
produzir conhecimentos. Na Escola Nova, o importante “era o
fazer, muito mais que ouvir”. Saiu de cena “uma escola do
ouvir para uma escola do ver e fazer”.
8
Política: Os 3 educadores se apropriaram do
ideário da Escola Nova e nas reformas
realizadas a partir do aparelho do Estado;
propuseram a extensão da Escola Nova a toda
a população em idade escolar. Foi uma
iniciativa do Estado, com intensa dimensão
política. O documento do Manifesto dos
Pioneiros, além de princípios pedagógicos,
inflamou também uma ação política, impondo
uma nova forma de escolarização do sistema
público. 9
Finalidades (filosófica): Nessa dimensão, no
contexto político, a partir de 30, foi criado o
Ministério da Educação e Saúde. Estabeleceu-se,
então, uma disputa não só dentro do Estado, mas
também em âmbito Federal. Eis as questões acerca
dessa dimensão de finalidades/filosófica:
Quais as finalidades dessa escola?
Para que essa Escola Nova?
No cerne dessa discussão de finalidades, ou seja,
filosófica, tem-se também um debate, no que diz
respeito à religiosidade, aos princípios da
solidariedade cristã, gerando um embate entre
pioneiros e católicos.
10
Anísio Teixeira entendeu essa escola como
"progressista". Ela deveria "preparar o homem
para constante mudança; uma vez que o
mundo muda, o homem precisa, com sua
própria experiência, mudar com o mundo", isto
é, “aprender a mudar com o mundo''. Essa
discussão levantada por Anísio, foi vista como
uma educação individualista, que colocou os
homens contra os homens; os católicos,
todavia, questionaram o ideal apregoado pelo
educador. 11

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