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Escola Nova

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A Escola Nova, também chamada de


Escola Ativa ou Escola Progressiva, foi
um movimento de renovação do ensino,
que surgiu no fim do século XIX e
ganhou força na primeira metade do
século XX[1].

História
Nascida na Europa, tendo como um dos
fundadores o suíço Adolphe Ferrière[2], e
América do Norte, chegou ao Brasil em
1882, pelas mãos de Rui Barbosa, e
exerceu grande influência nas mudanças
promovidas no ensino na década de
1920, quando o país passava por uma
série de transformações sociais,
políticas e econômicas[3].

Na época, o mundo vivia um momento


de crescimento industrial e de expansão
urbana. Nesse contexto, um grupo de
intelectuais brasileiros sentiu
necessidade de preparar o país para
acompanhar esse desenvolvimento. A
educação era percebida por eles como o
elemento-chave para promover a
remodelação requerida.

Inspirados nas ideias político-filosóficas


de igualdade entre os homens e do
direito de todos à educação, esses
intelectuais viam num sistema estatal de
ensino público, livre e aberto, o único
meio efetivo de combate às
desigualdades sociais da nação.

Pedagogia
O fim mais importante da Escola Ativa
era o impulso espiritual da criança e o
desenvolvimento da autonomia moral do
educando. Ferrière debatia-se contra a
moral feita de fórmulas e defendia a
liberdade reflexiva, em que o indivíduo já
senhor do ambiente guia a sua vontade
de forma a servir-lhe a inteligência. A
autonomia dos alunos tem, na sua obra,
o ponto fulcral. Para ele, o ideal da
escola seria o de libertar o aluno da
tutela do adulto para o colocar sob a
tutela da própria consciência moral. Na
prática, deveria existir um modelo
escolar no qual se confiaria aos alunos a
disciplina e o seu funcionamento.
Defendia o desenvolvimento do trabalho
escolar no sentido de permitir ao aluno a
passagem daquilo que denominava de
autoridade consentida (quando a criança
recebe a matéria prima dos seus juízos e
forma hábitos) para a autonomia
crescente, uma vez que senhores de si
mesmo, as crianças sê-lo-ão também da
sua pequenina república (a escola).
Segundo ele, os alunos deveriam
assumir as responsabilidades da ordem
social escolar para que mais tarde
pudessem enfrentar devidamente os
problemas da ordem política do seu
país.[4]

Todo o formalismo da escola e todas as


práticas que estivessem à margem da
vida deveriam ser banidas
definitivamente dos meios
educacionais[5].

Escola Nova no Brasil


O movimento ganhou impulso na década
de 1930, após a divulgação do Manifesto
dos Pioneiros da Educação Nova (1932).
Nesse documento, defendia-se a
universalização da escola pública, laica e
gratuita. Entre os seus signatários,
destacavam-se os nomes de:

Anisio Teixeira - futuro mentor de duas


universidades no país - a Universidade
do Distrito Federal, no Rio de Janeiro,
desmembrada pelo Estado Novo de
Getúlio Vargas - e a Universidade de
Brasília, da qual era reitor, quando do
Golpe Militar de 1964. Além dessas
realizações, Anísio foi o fundador da
Escola Parque, em Salvador (1950),
instituição que posteriormente
inspiraria o modelo dos Centros
Integrados de Educação Pública -
CIEPs, no Rio de Janeiro, na década de
1980.
Fernando de Azevedo (1894-1974) -
que aplicou a Sociologia da Educação
e reformou o ensino em São Paulo na
década de 1930
Lourenço Filho (1897-1970) - professor
Cecília Meireles (1901-1964) -
professora e escritora
Armanda Álvaro Alberto (1892-1974) -
educadora e militante feminista

A atuação destes pioneiros se estendeu


pelas décadas seguintes sob fortes
críticas dos defensores do ensino
privado e religioso. As suas ideias e
práticas influenciaram uma nova geração
de educadores como:

Darcy Ribeiro (1922-1997); e


Florestan Fernandes (1920-1995).

Críticas
Os críticos da Escola Nova acusaram o
movimento de abrir mão dos conteúdos
tradicionais e de não exigir nada dos
alunos, aceitando apenas a sua
espontaneidade.

Referências
1. Escola Nova . Glossário Pedagógico
- Portal Educacional
2. Adolphe Ferrière, por Sabela Jardim,
Perseu Silva, Renata Motta e Simone
Cupello, Propostas e Apostas
Pedagógicas em Educação Infantil,
21 de maio de 2012
3. HAMZE, Amelia. Escola Nova e o
movimento de renovação do ensino .
Canal do Educador
4. Adolphe Ferrière, por Sabela Jardim,
Perseu Silva, Renata Motta e Simone
Cupello, Propostas e Apostas
Pedagógicas em Educação Infantil,
21 de maio de 2012
5. Adolphe Ferrière, por Sabela Jardim,
Perseu Silva, Renata Motta e Simone
Cupello, Propostas e Apostas
Pedagógicas em Educação Infantil,
21 de maio de 2012

Ligações externas
À descoberta da escola nova de Faria
de Vasconcelos, Madalena Luzia
Pereira Duarte, Universidade de Aveiro,
2010

Antônio de Sena Faria de Vasconcelos


(1880-1939): um português no
movimento da "Escola Nova", Maria
Gabriel Moreno Bulas Cruz, UTAD, Vila
Real, UNESP, Educação em Revista, 2001,
in:http://www2.marilia.unesp.br/revistas/
index.php/educacaoemrevista/article/vie
w/672

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