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CURSO: A GINÁSTICA RITMICA NA ESCOLA ENQUANTO CONTEÚDO DA

EDUCAÇÃO FÍSICA

GINÁSTICA RÍTMICA: DA COMPREENSÃO DE SUA PRÁTICA NA


REALIDADE ESCOLAR À BUSCA DE POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO

Profª. Drª. Ieda Parra Barbosa Rinaldi


UEM/ Grupo de Estudos e Pesquisas em Ginástica
Grupo Corpo Cultura e Ludicidade
parrarinaldi@hotmail.com
Profª. Ddª. Marilene Cesário
UFSCar/UEL/LaPEF - Laboratório de Pesquisa em Educação Física
malilabr@yahoo.com.br

Introdução
Ao refletirmos sobre como abordar neste mini-curso o tema a “Ginástica
Rítmica (GR) na escola enquanto conteúdo da Educação Física” pensamos
que seria interessante trazermos inicialmente os resultados de uma pesquisa 1
realizada por nós nas cidades de Maringá e Londrina, que trataram de
diagnosticar a presença ou ausência da GR nas aulas curriculares de
educação física escolar e, principalmente, como esse conhecimento tem sido
tratado nessas aulas quando se faz presente. O interesse por esta pesquisa se
deu, pela necessidade sentida por nós - formadoras de professores -, de
conhecermos melhor a realidade do espaço no qual nossos alunos, futuros
professores, irão trabalhar. Nesta direção, a escola tem sido foco de interesse
em nossos estudos de mestrado e doutorado, no sentido de buscarmos
aproximações e relações entre universidade-escola.
No entanto, acreditamos que além de apresentar como a GR vem sendo
tratada no espaço escolar, se faz necessário avançar para além da realidade aí
encontrada e, apresentar possibilidades de intervenção. Assim, decidimos por
inicialmente estabelecermos uma discussão em torno da compreensão de
como a GR se apresenta no espaço escolar, e, posteriormente ao buscarmos
possibilidades de intervenção, apresentarmos um ensaio de uma possível
organização e sistematização da área de conhecimento da GR no ensino
fundamental e médio.

1
Esta pesquisa foi publicada na revista Bulletin FIEP, Volume 75 – Special Edition – Article – II, no ano
de 2005.
Discussão inicial: a realidade da GR na escola
Historicamente podemos afirmar embasados em Silva (1983) que a GR,
como saber instituído, tem sido elencada em grande parte dos currículos dos
cursos de formação em educação física, desde a sua chegada no Brasil na
década de 50 do século passado. Já como disciplina possuidora de saberes
próprios, ocupando lugar dentro da área de Conhecimento Técnico2 (antes não
havia tais subdivisões), passou a ser inserida no currículo da maioria dos
cursos em 1989, após a reformulação curricular embasada na Resolução
03/87.
No entanto, mesmo a GR fazendo parte do currículo de Formação
Profissional em Educação Física – Licenciatura, desde a década de oitenta,
podemos observar na realidade das aulas de educação física escolar (EF
Escolar) que ela raramente é desenvolvida como um dos saberes curriculares
(NISTA-PICCOLO, 1988; BARBOSA-RINALDI e SOUZA, 2003; BARBOSA-
RINALDI e CESÁRIO 2005), muito embora a sua presença em aulas de
educação física na escola seja importante ao possibilitar ao aluno conhecê-la
como um saber histórico e ao mesmo tempo contemporâneo, com seus
sentidos e significados próprios em consonância com as relações sociais a que
ela esteve e está atrelada no decorrer da história. Faz-se necessário que os
saberes da Ginástica, ao serem trabalhados em aulas de EF Escolar
promovam aos alunos a sua compreensão enquanto campo de conhecimento,
entendida numa visão de totalidade que não se fragmenta em rótulos3.

Assim, a GR, juntamente com outros conteúdos escolares, é importante


porque pode contribuir para que o aluno possa constatar, interpretar,
compreender, explicar e intervir, de maneira crítica e autônoma na realidade

2
De acordo com a Resolução nº 03/87 o curso de Graduação em Educação Física possui a
carga horária de 2880 horas/aula no qual 70% (admite-se variação de + ou - 5%)
correspondem à Formação Geral (humanista e técnica) e cerca de 30% (admite-se variação de
+ ou - 5%) correspondem aos Aprofundamentos de Conhecimentos.
3
Na atualidade a Ginástica apresenta diferentes denominações e classificações para atender
aos interesses da sociedade capitalista e a cada dia tem conquistado eficiência, técnica e
perfeição. O desenvolvimento da ciência e tecnologia contribui significativamente para que, a
cada dia, novos tipos de Ginástica apareçam para atender às necessidades de consumo da
sociedade capitalista. Entre elas, manter o corpo esbelto, perfeito, saudável. Assim, novas
tendências, métodos e técnicas são criadas e desenvolvidas com esses objetivos (CESÁRIO,
2001).
social em que vive (SOARES et alli, 1992). Mas, para que a GR seja inserida e
tratada como conhecimento nas aulas de EF Escolar é necessário que o
professor a domine em seus aspectos teóricos e pedagógico-metodológicos.
Ou seja, ele deve possuir conhecimentos de ordem técnico-científico desta
manifestação gímnica, além dos fundamentos didático-metodológicos que o
auxiliarão na organização, seleção e sistematização deste saber em sua
prática pedagógica. Queremos dizer com isso que, para o professor poder
ensinar algo em um determinado contexto ele precisa ter um repertório mínimo
de conhecimento que possibilite, a partir deles, novas construções e
apropriações. O domínio do conteúdo específico, aqui no caso da GR, contribui
para que o professor possa transpor esse conhecimento para a realidade de
suas aulas4. Podemos dizer também, que é imprescindível ao professor
compreender que a escola é o espaço no qual as diferentes manifestações da
cultura corporal devem ser ensinadas e aprendidas pelos alunos, não excluindo
saberes ou reforçando aqueles mais tradicionais presentes no currículo, no
caso voleibol, futebol, entre outros.

Acreditamos que cabe às instituições formadoras o papel de possibilitar


a apropriação desses saberes e as ferramentas necessárias para sua
transposição no espaço escolar, independente do nível de ensino. Porém,
observamos que a dificuldade dos cursos de formação inicial está na
transposição dos conhecimentos para o contexto escolar, tratando-os como
conhecimento e não simplesmente como atividade. Este fato não esta só
relacionado ao ensino da GR, mas com a maioria dos conhecimentos da área.
Esta situação reflete na realidade da EF Escolar que ora encontramos:
esvaziamento dos saberes, atividades desconectadas do projeto político
pedagógico da escola, dos demais saberes do processo educacional, e dos
conhecimentos transversais.

4
Baseadas em Shulman (1987), Mizukami (2002), Marcelo (1999), queremos dizer que o domínio do
conhecimento específico do conteúdo por parte do professor é muito importante e um aspecto básico na
profissão de ensinar. Contudo, o mero domínio da “matéria a ser ensinada” não é suficiente e requer do
professor uma base de conhecimento para o ensino. Essa base de conhecimento envolve o domínio: a) do
conhecimento específico (dominar conceitos básicos de sua área), b) do conteúdo pedagógico ( dominar o
conhecimento pedagógico geral, como manejo de classe, estratégias de ensino, etc) e c) do conhecimento
pedagógico do conteúdo (é a forma como o professor ensina o seu conteúdo em diferentes situações de
ensino e aprendizagem).
Esta é a situação encontrada nos referenciais da área que discutem o
universo escolar, e foi também dessa pesquisa que fizemos para constatar se
tal realidade se aplicava aos saberes da GR no contexto escolar. (essa era
realmente a realidade encontrada.) Nossa pesquisa caracterizou-se como do
tipo descritiva e, a escolha das escolas foi aleatória englobando instituições
públicas e privadas, com a participação no estudo de Escolas das cidades de
Maringá e de Londrina do Estado do Paraná, no ano de 2002. Em Maringá:
fizeram parte do estudo 37 (trinta e sete) escolas, sendo 19 (dezenove)
particulares e 18 (dezoito) públicas e, no total foram entrevistados 39 (trinta e
nove) professores. E, em Londrina: fizeram parte do estudo 31 (trinta e uma)
escolas, sendo 20 (vinte) públicas e 11 (onze) particulares, onde foram
entrevistados 42 professores.
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário com
questões abertas e fechadas. Os dados foram coletados pelas pesquisadoras e
acadêmicos das duas Instituições Formadoras (UEM e UEL), nas quais o
estudo foi realizado. Os dados foram tratados por análise estatística descritiva,
e também, por meio da metodologia análise de conteúdo proposta por Bardin
(1977).
A pergunta feita a todos professores foi: Você trabalha o conteúdo GR
nas suas aulas de EF? Porquê não trabalha? E no caso de resposta afirmativa:
como trabalha?
As respostas dadas pelos professores entrevistados para a primeira
parte da pergunta ”você trabalha o conteúdo GR nas suas aulas de EF”, foram
as seguintes:
Dos 39 professores entrevistados na cidade de Maringá, 27 destes não
trabalham com a GR em suas aulas de EF, ou seja, (69,23%). Apenas 12
professores disseram trabalhar com este conteúdo em suas aulas (30,77%).
Dos 42 professores entrevistados na cidade de Londrina, 32 destes não
trabalham com a GR em suas aulas de EF, ou seja, 76,19%. Apenas dez
professores disseram trabalhar com este conteúdo em suas aulas (23,81%).
Os dados acima reforçaram o que imaginávamos, pois demonstraram
que em torno de 70% dos professores (69,23% das respostas dos professores
de Maringá e 76,19% das respostas dos professores de Londrina) não inclui a
GR como um dos conhecimentos possíveis de serem trabalhados nas aulas de
EF Escolar.
Uma parte dos entrevistados concluiu sua formação antes da década de
80 do século XX e, portanto não teve contato com a GR em forma de disciplina
(embora esse conhecimento já integrasse os currículos de formação fazendo
parte de outras disciplinas), mas preocupou-nos ainda mais o fato de que
mesmo os professores que concluíram sua formação inicial após a mudança
curricular prevista pela Resolução 003/87 (na qual a GR consta como uma
disciplina), em sua maioria, não trabalham com esse conhecimento em sua
prática pedagógica. Ao refletir sobre o assunto e, respaldados em autores
como Pérez Gómez (1992), Nóvoa (2000), entre outros, entendemos que uma
provável explicação para tal situação é o fato que a formação inicial é uma das
possíveis intervenções para podermos romper com esse círculo vicioso que se
cria em torno da quase ausência da GR na escola, isto porque, os futuros
professores já trazem consigo a sua história e, com ela, saberes próprios que
foram construídos ao longo da vida. Entretanto, des-construir uma idéia que
muitas vezes foi formada a partir do paradigma dominante a respeito de um
determinado conhecimento e reconstruí-lo é uma tarefa árdua, mas pode
começar na formação inicial, o que nos parece que não tem sido feito ou pelo
menos não a ponto de provocar mudanças capazes de levá-la até a escola.
Acreditamos que o problema está na forma como este conhecimento é
tratado na formação inicial, bem como em todo o contexto da formação que é
baseada na racionalidade técnica/instrumental e, que não proporciona uma
formação emancipatória, permitindo aos alunos uma prática crítica e reflexiva
(BARBOSA, 1999).
De acordo com CESÁRIO (2001)5 isso fica ainda mais evidente quando
verificamos que como eixo comum de saberes selecionados nos programas
das disciplinas de GR nos currículos de formação profissional em Educação
Física - Licenciatura, os conhecimentos voltam-se para os aspectos teóricos e
práticos, referentes aos gestos e habilidades características dessa
manifestação gímnica.

5
Dissertação de Mestrado realizada por meio de pesquisa documental dos programas curriculares de seis
(06) Instituições de Ensino Superior do Brasil que possuem o curso de graduação em Educação Física –
Licenciatura.
Como temáticas comuns encontradas nesses programas curriculares
são enfatizados: histórico, evolução e familiarização à modalidade; natureza
dos fundamentos básicos e motores; elementos corporais; técnica e manejo
dos materiais específicos (corda, arco, bola, maças e fita); composição de
séries; organizações de campeonatos; regulamentação básica oficial;
procedimentos didático-metodológicos para o ensino da GR nos ambientes
escolar e não escolar.
Entendemos, com base em nossa experiência, tanto na docência no
ensino superior e como fora dela (vivência como atleta, técnica, árbitro dessa
modalidade esportiva), que os saberes técnicos da GR também são
importantes para que o futuro professor possa, a partir deles, construir formas
de transformá-los em conteúdos curriculares. Porém, o problema, a nosso ver,
está na maneira como esses conhecimentos têm sido enfocados e
desenvolvidos no cotidiano das instituições formadoras, no qual os aspectos
teóricos e práticos são tidos como prioritário no processo de ensino e
aprendizagem dos gestos e habilidades da GR. Por outro lado, uma vez que os
futuros professores não tiveram contato, quando alunos do ensino fundamental
e médio com o universo de conhecimento da Ginástica, e em específico da GR,
sua vivência prática e conhecimento são necessários neste momento.
Pensamos que esse fato não ocorre somente com as disciplinas
gímnicas e sim com todas as modalidades esportivas. Assim, mesmo quando
buscamos uma prática diferenciada no campo da formação profissional, as
crenças e valores enraizados na história de vida, acaba dificultando o
entendimento de que o conhecimento técnico é importante para sua formação
e a vivência de determinados gestos técnicos da modalidade irá contribuir para
a compreensão desse conteúdo, o que não pode ser reforçado durante a
formação inicial é sua simples reprodução. Como nos aponta Shulman (1987) a
base de conhecimento para o ensino passa também, pelo domínio do
conhecimento de conteúdo específico, e no caso da Educação Física, os
gestos técnicos das modalidades fazem parte dos movimentos da cultura
corporal.
A problemática referente ao trato com o conhecimento gímnico na
formação inicial fica ainda mais evidente quando verificamos as respostas
pelos professores entrevistados à segunda parte da pergunta “porquê não
trabalha” ou melhor, os motivos pelos quais os professores não trabalham com
a GR nas aulas de EF Escolar.
Tanto os professores pesquisados de Londrina, como os professores de
Maringá, afirmam “não se considerarem capacitados para trabalhar com a GR
por falta de conhecimento” e, que “não trabalham por falta de espaço físico e
materiais adequados”, o que evidencia a idéia da GR ligada ao esporte de
competição, unicamente no formato institucionalizado. A visão de esporte como
rendimento, veiculada nessa disciplina durante a formação profissional, acaba
eliminando a possibilidade de trabalhos além dos ditados pela modalidade (alto
nível de rendimento e performance, materiais obrigatórios, espaço determinado
e vestimenta estritamente feminina).
Infelizmente, esta visão ainda hoje é enfocada nos cursos de formação
inicial em EF, que estabelecem as diretrizes da instituição esportiva como
elementos preponderantes da ação pedagógica do futuro professor. Como
conseqüência disso, sinalizam que valores como rendimento, competição,
recordes, etc., sejam incorporados e tratados como saberes preponderantes da
GR, carecendo de reflexões e questionamentos sobre sua prática pedagógica
no meio escolar (CESÁRIO, 2001; BARBOSA, 1999).

As demais categorias que justificam a ausência da GR nas aulas de EF


Escolar, também se referem a problemas com a formação inicial e continuada.
Isto porque quando os professores dizem que a GR “não está prevista como
conteúdo curricular na escola” e, que já é trabalhada como conteúdo
extracurricular, demonstram falta de conhecimento sobre a literatura da área e
sobre o projeto pedagógico do Estado do Paraná para o ensino fundamental e
médio que estabelece a Ginástica como um dos conhecimentos a serem
trabalhados nos programas escolares. Os professores assumem uma posição
de refratários frente ao conhecimento, pois os conhecimentos que
desconhecem não buscam aprender, mesmo sendo um dos saberes que
deveriam ser considerados em suas aulas.
Ainda restam duas categorias de respostas que acreditamos se
relacionam, são elas: “falta de interesse pela GR por parte dos alunos” e, “não
considera a GR como um conhecimento importante da EF, trabalha com outras
manifestações Ginásticas”. Entendemos que estas respostas também
demonstram falta de conhecimento e principalmente falta de compromisso com
a sua prática pedagógica. Porque, como podem os professores, dizerem que
seus alunos não se interessam por um conhecimento que desconhecem?

Pensar a prática da GR com materiais alternativos, realizada em diferentes


espaços escolares por meninos e meninas, aproveitando as possibilidades e
riquezas de movimentos corporais e com aparelhos parece não ter espaço
dentro das discussões e práticas pedagógicas no período de formação do
futuro professor de EF, bem como na prática pedagógica dos já formados. E,
isso pode ser considerado um prejuízo para o processo de formação e
aquisição de conhecimentos dos alunos.
Uma outra preocupação que tivemos foi a de perguntar aos professores que
trabalham com a GR nas aulas de EF Escolar como é a sua prática
pedagógica, ou melhor, como eles trabalham. E, o que pudemos perceber
(30,77% das respostas dos professores de Maringá e 23,81% das respostas
dos professores de Londrina) é que os professores tendem a reproduzir o que
aconteceu no seu processo de formação, ou seja, em sua história de vida
(educação formal e não formal) e em sua formação inicial. Corroborando com
essa discussão Borges (1998, p. 51), afirma que os saberes construídos pelos
professores tornam-se tão consolidados e incutidos em seu cotidiano, que
qualquer tipo de mudança em sua prática pedagógica torna-se difícil de ser
realizada, e o professor ensina o que sabe, o que aprendeu restritamente no
tempo em que fazia seu curso de formação na universidade e o que acumulou
com sua experiência.
Os professores, ainda hoje, estão interessados em receitas prontas e
acabadas e, desse modo, resumir a GR apenas ao formato do desporto de
competição tem sido a opção. Foi possível observar nas respostas dos
professores entrevistados que estes rejeitam ou sequer cogitam pensá-la
esteticamente, historicamente, socialmente e politicamente. Para eles este
conhecimento está à margem do contexto no qual seus alunos vivem. No
máximo os professores pesquisados relacionam a GR a aprendizagem motora
quando dizem que dão “ênfase na abordagem desenvolvimentista” e que
possibilitam a “vivência da GR por meio de elementos básicos sem privilegiar
os aspectos competitivos”.
Em outras duas categorias, notamos que o conhecimento da GR sequer
é trabalhado, muito provavelmente os alunos nem saibam que o que estão
fazendo em alguns momentos das aulas de EF faz parte de uma
sistematização gímnica, isto porque, tem uma função utilitarista, ou seja, os
professores disseram que utilizam a GR “como aquecimento ou volta a calma”
ou ainda apresentaram “conceito equivocado no que se refere a conhecimento
e estratégia”.
Os professores ainda disseram que trabalham a GR como iniciação ao
esporte o que confirma que estes tendem a reproduzir o aspecto técnico de sua
formação inicial. Nesta direção, voltamos a dizer que, deve ser (re) pensado a
forma como ela tem sido desenvolvida no campo da formação no sentido de
identificar: que saberes têm sido selecionados, que orientação didático-
metodológica tem enfocado, que visão de esporte é valorizado (esporte
educação ou esporte rendimento), quais práticas e relações com o contexto
escolar têm sido evidenciadas. Sobre o assunto, Hipólito (1997) afirma que a
racionalidade técnica tem interferido na escolha dos conhecimentos
desenvolvidos em todos os níveis educacionais e, isto pode ser percebido
quando identificamos que os saberes mais valorizados são aqueles factuais
que podem ser medidos e mensurados de forma padronizada e, como se não
bastasse, esses são desenvolvidos de maneira irrefletida. Parece-nos claro que
trabalhar a GR nos mesmos moldes do desporto de competição, quer seja no
ensino superior, fundamental, ou médio, além de ser mais fácil (porque está
pronto e não precisa ser pensado), é mais valorizado porque compactua com o
paradigma vigente de mera transmissão de conhecimento, acreditando que isto
basta para uma formação de qualidade.

Possibilidades de intervenção: uma possível organização da área de


conhecimento da GR no ensino fundamental e médio
Encontramos na atualidade, fruto do processo de críticas, denúncias,
debates e questionamentos decorrentes dos anos oitenta6, muitos autores e

6
Conforme Daólio (1997, p. 182), “Antes desse período havia uma certa aceitação de que a
Educação Física era uma prática escolar com objetivos de desenvolver a aptidão física dos
alunos e iniciá-los na prática esportiva”, podemos afirmar que é, a partir de então, que ocorre a
polarização de diferentes discursos e idéias, que, de certa forma, serviu de móvel para o
pensamento científico da área.
estudiosos da área buscando formas de organizar o conteúdo da EF escolar.
Nesta direção, encontramos as CONCEPÇÕES NÃO PROPOSITIVAS e
CONCEPÇÕES PROPOSITIVAS7 como as principais contribuições teórico-
metodológicas para a área, e dizem respeito a propostas teóricas e
metodológicas para a questão do trato com o conhecimento, sistematização e
organização do processo de trabalho pedagógico da Educação Física.
Com base em obras de Soares et alii (1992), Kunz et alii (2004), Grupo de
Trabalho Pedagógico (1991), e também em nossa experiência profissional em
escolas no ensino fundamental e médio atrevemo-nos a apontar algumas
possibilidades de intervenção do conhecimento da GR em aulas de EF escolar.
Essa sistematização de conteúdos, longe de estar pronta e acabada, aparece
como uma primeira iniciativa na busca da organização dos conhecimentos da
GR enquanto um dos conteúdos curriculares do ensino fundamental e médio.
Embora possa parecer instrumentalista a estruturação de um “modelo” dessa
natureza, as reflexões que foram necessárias para a estruturação do mesmo
levaram-nos a perceber a necessidade de pressupostos orientadores para a
legitimação dessa área de conhecimento na escola, tendo em vista, as
dificuldades por grande parte dos professores em estabelecer relações com a
escola e a GR. Nesse sentido, o modelo é essencialmente flexível e passível
de reestruturações, haja vista, que apenas se constituirá em um referencial de
apoio para o planejamento da ação docente e reflexão da mesma.
Um outro ponto que acreditamos que deva ser destacado é que o
planejamento das ações (saberes e encaminhamento didático-pedagógico)
deve estar em consonância com o projeto pedagógico da escola e com as
demais áreas do conhecimento. Nesse sentido, queremos esclarecer que não
tivemos um projeto pedagógico que nos orientasse ao pensar a sistematização
apresentada neste estudo, apenas imaginamos quais seriam os conhecimentos

7
Quanto as Concepções Não Propositivas: Abordagem Sociológica (BETTI; BRACHT;
TUBINO), Abordagem Fenomenológica (MOREIRA; PICOLLO; SANTN), Abordagem Cultural
(DAOLIO) e Concepções Propositivas: a) NÃO SISTEMATIZADAS: Abordagem Desenvolvimentista
(GO TANI); Abordagem Construtivista com ênfase na psicogenética (FREIRE); Abordagem da
Concepção de Aulas Abertas a Experiências (HILDEBRANDT); Abordagem a partir da referência do
Lazer (MARCELINO e COSTA); Abordagem Crítico-Emancipatória (KUNZ e BRACHT); Abordagem
Plural (VAGO) e b) SISTEMATIZADAS: Abordagem da Aptidão Física/Saúde (ARAUJO e
GUEDES); Abordagem Crítico Superadora (SOARES et alii).
tratados nas demais disciplinas e o que seria mais urgente em cada fase do
processo educativo, como por exemplo: a produção de texto nas séries iniciais
do ensino fundamental, já que nesta fase a alfabetização é a maior
preocupação.
Contudo, julgamos poder estar contribuindo com a realidade escolar por
meio da sistematização do conteúdo GR nas aulas de educação física.
Sistematização esta que foi organizada em forma de tabela e apresentada a
seguir, a fim de facilitar o entendimento dos leitores.
Ensino fundamental e médio:

Conhecimento a ser tratado e Sugestões de encaminhamento didático-pedagógico.


produzido.
1ª série 1ª série
Movimentos básicos a mãos livres da Vivências e experiências práticas por meio de exploração do
GR: entender as diferentes ambiente escolar. Exemplo: saltar, andar, equilibrar-se, girar em
possibilidades de movimento e o escadarias, muros baixos, grades, bancos, troncos, gramados, sala de
esquema corporal por meio de formas aula, pátio, quadra, entre outros.
básicas de movimentar-se como: Identificação dos ritmos corporais (respiração, batimentos
andar, correr, saltitar, saltar, rastejar, cardíacos, vozes, formas de caminhar, bater palmas, bater os pés, e
1ª balancear, circundar, girar, rolar, outros). Identificação dos ritmos das coisas, da natureza, da sociedade
estender, ondular, entre outros. (carros, rios, chuva, animais, aviões).
Esta exploração pode se dar por meio do trabalho com o
e 2ª série imaginário infantil, pois, fazendo uso de histórias os alunos podem
Ginástica rítmica e sua relação com a representar personagens (das histórias e do cotidiano infantil), sejam
cultura popular: elas contadas pelo professor, pelas próprias crianças e/ou orientadas
2ª - Fundamentos histórico-culturais das pelo professor. Estas podem ser da literatura infantil clássica, da
práticas corporais populares; cultura popular ou ainda da história de vida das crianças, e devem
- Acrobacias, pré-acrobacias, permitir a experimentação dos movimentos a mãos livres da GR.
s movimentos de manipulação e sua A produção do conhecimento poderá ser socializada por meio
é relação histórica com a cultura popular: de: produção de cartazes por parte dos alunos, que expressem as
r Campo dos divertimentos: uso do atividades realizadas e os conhecimentos tratados de forma a
i corpo como entretenimento/espetáculo relacioná-los com o cotidiano infantil; e, construção e dramatização de
e em ruas, praças públicas, feiras, circos. uma história criada a partir dos movimentos básicos a mãos livres que
s foram trabalhados.
Ensino de movimentos básico a mãos
livres de forma rudimentar (saltar, rolar, 2ª série
equilibrar) e do manuseio de materiais. Vivências e experiências práticas: resgate dos
- Manuseio dos aparelhos da GR conhecimentos gímnicos do cotidiano das crianças por meio de uma
combinados com movimentos pesquisa junto à comunidade sobre o conceito e movimentos da GR, a
corporais. fim de buscar um paralelo entre os termos do senso comum
(cambalhota, estrela, malabarismo, dentre outros), e os utilizados na
Atividades rítmicas e musicais aliadas prática institucionalizada (rolamento, roda, manipulação de aparelhos,
aos movimentos corporais e com entre outros);
aparelhos. Identificação do ritmo musical (diferentes sons, músicas
rápidas e lentas, tempos fortes e fracos). Exploração dos diferentes
Elaboração de composições de GR a ritmos com o próprio corpo e com os materiais da GR.
partir dos conhecimentos gímnicos Análise de textos e filmes sobre os movimentos da GR e sua
conhecidos e construídos. relação com a cultura popular.
Construção de um texto sobre os conhecimentos produzidos.
Materiais a serem confeccionados e Este pode ser por meio da escrita (poesia, dissertação etc.), do
explorados pelos alunos: bolas, arcos, desenho, da colagem, entre outros.
faixas, fitas, bastões, maças, cordas. Socialização dos conhecimentos na escola e comunidade por
meio de: exposições dos textos, e apresentações das composições de
GR produzidas pelos alunos.

3ª série 3ª série
A GR em diferentes contextos. Vídeos, DVDûs que mostrem a GR como competição e como
Fundamentos técnicos: padronização e demonstração: festivais de Ginástica.
estética dos movimentos da GR Ensino da técnica dos movimentos característicos da GR,
(Postura corporal, entre outros por meio de vivências/experiências práticas: trabalhos individuais e em
aspectos). pequenos grupos em variadas trajetórias, direções, níveis e planos.
Nas atividades em grupo também podem ser utilizados os seguintes
A técnica própria do movimento, e a trabalhos: espelho (que é um jogo de identificação com os movimentos
técnica nos padrões do esporte de do colega, como se fosse realmente seu espelho), sombra (consiste
rendimento: em ser a outra imagem, não real, dos movimentos da pessoa,
- Movimento a mãos livres de forma posicionando-se atrás da mesma), e irmãos siameses (unidas) (indica
3ª mais elaborada do que nas séries a possibilidade de realização de movimentos, estando os corpos
anteriores: saltos, equilíbrios, giros; unidos por determinada parte).
e pivots, acrobacias (rolamentos, Exploração dos diferentes ritmos com o próprio corpo, com o
inversões do eixo longitudinal); corpo do outro e com os materiais da GR. Elaboração de composições
elementos de flexibilidade, ondas; gímnicas: série com os elementos a mãos livres da GR aprendidos
4ª balanceios; e circunduções. conforme as possibilidades dos alunos.
Socialização dos conhecimentos produzidos por meio de
Ritmo musical e música e movimento. apresentações de GR em um festival também organizado por eles.

s 4ª série 4ª série
é Fundamentos histórico-culturais: Análise de textos, gravuras e filmes que tragam o movimento
r Ginástica que originou a ginástico padronizado, anteriores e posteriores a fragmentação da
i sistematização da GR e a presença da ginástica em diferentes manifestações.
e cientifização nas atuais ginásticas Produção de textos referentes à padronização do movimento
s competitivas: o movimento ginástico ginástico e em especial sobre o processo de sistematização da
técnico e padronizado. Os diferentes Ginástica Rítmica.
nomes da GR na história.
Inclusão de aparelhos: movimentos básicos com corda, arco,
Mesmos elementos da 3ª série com a bola, maças e fitas. Em grupos e ou individuais.
inclusão dos aparelhos manuais nos Exploração dos diferentes ritmos com o próprio corpo, com o
exercícios a mãos livres. corpo do outro e com os materiais da GR. Elaboração de composições
gímnicas: série de movimentos associados aos aparelhos da GR
Ritmo musical e música e movimento. aprendidos conforme as possibilidades dos alunos.
Socialização dos conhecimentos produzidos por meio de
apresentações de GR em um festival também organizado por eles.

Discussões circulares referendadas na experiência pessoal,


Fundamentos histórico-culturais: a na análise de textos, na análise de gravuras e filmes, sobre como a GR
racionalidade técnica presente na foi influenciada e como influenciou os acontecimentos sociais e
sociedade, na educação física, na políticos nos últimos 150 anos. Discussões a cerca da participação da
ginástica, e em especial, na ginástica mulher e do homem na GR. Produção de textos referentes à GR e
5ª rítmica. Questão de Gênero: a GR suas diferentes possibilidades de prática.
como esperte feminino. Vivências e experiências práticas a partir de aparelhos de
e GR confeccionados pelos alunos e que possibilitem a prática dessa
A GR como manifestação gímnica manifestação gímnica. Estas devem culminar na elaboração de
6ª esportiva. Estudo teórico-prático e composições gímnicas. Ritmo musical (melodia, harmonia e ritmo;
análise crítica dos fundamentos som-intensidade, duração, timbre e altura; notas e valores musicais;
s técnicos, elementos corporais, compassos binário, ternário e quaternário; regularidade rítmica).
é aparelhos, instalações, regras e Relação música e movimento (análise de estruturas rítmicas e
r possibilidades de treinamento. composição de movimentos). Jogos rítmicos com o corpo e com
i objetos. Todos estes conhecimentos devem ser relacionados com os
e Estabelecer ligações de movimentos movimentos da GR e com o manejo dos aparelhos.
s mais complexas do que nas séries Socialização dos conhecimentos produzidos por meio de
anteriores. Ritmo musical e relação exposições de textos e apresentações das composições construídas
música e movimento. coletivamente pelos alunos.

Ginástica Rítmica e estética corporal e Discussões circulares referendadas na experiência


saúde. Os padrões de corpo dessa pessoal, na análise de textos, na análise de gravuras e filmes sobre os
modalidade como esporte de padrões de beleza estabelecidos socialmente e sua relação com a
rendimento. saúde. Discussões e análise dos padrões de corpo na GR como
7ª esporte de rendimento.
Os hábitos de vida da sociedade Estudar as capacidades físicas envolvidas no trabalho com
e contemporânea que levam ao a GR.
sedentarismo. Exemplo: os reflexos da Produção de textos referentes aos assuntos tratados e
8ª tecnologia (eletrônica e informática) no referentes à GR e a estética corporal na sociedade contemporânea.
cotidiano das pessoas. Neste período já é momento de se intensificar as possibilidades
investigativas, dando a elas maior sustentação teórica.
s Fundamentos culturais: industria Vivências e experiências práticas da GR e suas diferentes
é cultural e o padrão estético; saúde para possibilidades de prática. Os níveis de especialização corporal podem
r a produtividade. ser ampliados e as ações básicas de esforço representam uma
i possibilidade de contribuir para enriquecer o trabalho corporal dos
e Fundamentos técnicos da GR: alunos e suas criações.
s movimentos corporais e dos aparelhos. Elaboração de composições de gímnicas a partir dos
Exploração de diferentes movimentos movimentos da GR, mas com as características da Ginástica Geral
(saltos, equilíbrios, pivots, ondas entre (sem regras rígidas; com formas básicas de movimento em sua
outros) não trabalhados anteriormente. diversidade gestual e musical, exploradas por meio de experiências
Estabelecer ligações de movimentos coletivas com ou sem utilização de materiais).
mais complexas do que nas séries Socialização dos conhecimentos produzidos por meio de
anteriores. exposições de textos e apresentações práticas.

Aprofundamento do conhecimento Discussões circulares referendadas na experiência pessoal,


E gímnico, sobre a GR. na análise de textos, na análise de gravuras e filmes sobre a (não)
N política de desenvolvimento do esporte no país. Levar os alunos a
S Análise crítica de como a GR se perceber a necessidade de autonomia e consciência na prática das
I apresenta na contemporaneidade, da manifestações corporais; a importância da organização política,
N forma de organização esportiva econômica, sócio-cultural e educacional.
O mundial e nacional, da (não) política de Incentivar a produção de pesquisas. Produção de textos
desenvolvimento esportivo no país. referentes as diferentes possibilidades de práticas gímnicas, inclusive a
M GG.
É A busca de um conceito próprio de GR, Vivências e experiências práticas, provocando gestualidades
D e que possibilidade a participação de mais expressivas.
I todos. Elaboração de composições gímnicas, tomando como
O referência a conceituação criada pelos alunos, o aprimoramento do
Experimentação gímnica a partir do repertório motor e a ampliação dos conhecimentos em torno do corpo,
conceito estabelecido pelo grupo. Com da atividade física permanente e das relações estabelecidas em
isto buscar a autonomia e a sociedade.
consciência da importância das Socialização dos conhecimentos produzidos por meio de
práticas corporais por parte dos alunos. construção e exposições de textos e apresentações práticas.

Como forma de buscar subsídios para o conteúdo dos movimentos


corporais e dos aparelhos da GR, o docente pode encontrar orientações nas
obras de Peuker (1974), e Toledo (1999), dentre outros. No que diz respeito à
relação da GR com a cultura popular, assim como os aspectos histórico-
culturais, racionalidade técnica presente nos diferentes setores sociais e
também na GR, e a sistematização da GR, vale conhecer os trabalhos
desenvolvidos por Soares (1994, 1998), Ayoub (1998), Cesário (2001),
Barbosa-Rinaldi (2005), e outros. Como forma de melhor compreender o
ensino da GR quanto ao ritmo musical e a relação música e
movimento/aparelhos, mencionamos os estudos de Mendizábel e Mendizábel
(1995), Pinto (1997), e outros. Para a compreensão da relação de gênero e a
GR consultar a obra de Sousa (1994). Sobre a padronização do corpo, da
estética na GR e na sociedade, e a indústria cultural a investigação realizada
por Porpino (2004) que é uma das possíveis indicações. Os movimentos
técnicos da GR podem ser estudados em Peregort e Delgado (1998), e
Laffranchi (2001). A relação da GR com a Ginástica Geral pode ser encontrada
no estudo de Souza (1997) dentre outros. A não política de desenvolvimento da
GR no Brasil pode ser visualizada em Barbosa-Rinaldi (2003) e Martineli
(2003). Estas são apenas algumas obras que poderão subsidiar os trabalhos
com a ginástica rítmica na educação física escolar.

FINALIZANDO...
Ao conhecermos a realidade do ensino da GR em aulas de EF escolar, tornou-
se necessário que apontássemos formas de intervenções no sentido de
modificar esse contexto. Partimos do real, ou seja, da ausência da GR nas
aulas curriculares de EF Escolar e, ao identificarmos como esse conhecimento
tem sido tratado quando se faz presente nessas aulas nas cidades de Maringá
e Londrina, propusemos, nesse mini-curso, uma sistematização da GR
enquanto um dos conteúdos da cultura corporal de movimentos que precisa ser
tematizado e apropriado nas escolas. Ao mesmo tempo, as contribuições aqui
levantadas, marcam o início de reflexões, não só das pesquisadoras, como
também da comunidade acadêmica comprometida com mudanças na prática
pedagógica da EF nos diferentes níveis e modalidades de ensino.
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