Capitulo 1 - Conceitos Fundamentais

20-09-2022
Contabilidade
Financeira I
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Estrutura 2
II. Conceitos Fundamentais

1. Introdução
2. Objetivos das Demonstrações Financeiras
3. Elementos das Demonstrações Financeiras
4. Mensuração dos Elementos das Demonstrações Financeiras
5. Reconhecimento dos Elementos das Demonstrações Financeiras
6. Pressupostos Subjacentes às Demonstrações Financeiras
7. Caraterísticas Qualitativas das Demonstrações Financeiras
Apêndice 1 – Exemplos de Efeitos de Reconhecimento dos Elementos nas DF´s
1
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INTRODUÇÃO
II.1. Introdução 4
A Estrutura Conceptual (EC) é um instrumento contabilístico onde são

definidos os conceitos fundamentais da Contabilidade Financeira
subjacentes à preparação e apresentação das Demonstrações
Financeiras (DF´s), e que enquadra os restantes instrumentos
contabilísticos, nomeadamente as NCRF
A EC não é uma norma (NCRF) e como tal não define critérios

particulares, mas apenas os conceitos fundamentais
Caso haja algum conflito entre o disposto na EC e nas NCRF, prevalece a

disposição constante da NCRF
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II.1. Introdução (cont.) 5
A EC é baseada no paradigma da utilidade da informação financeira,

apresentando os conceitos fundamentais através de um processo lógico-
dedutivo, que pode ser sintetizado da seguinte forma:
Objetivos das DF´s
Pressupostos Subjacentes e
Caraterísticas Qualitativas das DF´s
Definição dos
Elementos das DF´s
Reconhecimento
e Mensuração
dos Elementos
das DF´s
O Relato Financeiro integrará um conjunto de DF´s preparadas e

apresentadas com informação útil para a tomada de decisões dos
seguintes utentes (sendo a principal fonte de informação financeira):
 Investidores
 Financiadores
 Fornecedores
 Clientes
 Empregados
 Estado
 Publico em Geral
O órgão de gestão é responsável pela preparação e apresentação das

DF´s, não sendo portanto considerado um utilizador das DF´s
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Conjunto Completo de Demonstrações Financeiras
• Balanço
• Demonstração de Resultados
• Demonstração das Alterações no Capital Próprio
• Demonstração dos Fluxos de Caixa
• Notas/Anexo às Demonstrações Financeiras
O relatório de gestão embora seja um documento integrante do Relato

Financeiro (prestação de contas) não é uma DF.
OBJETIVOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
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II.2. Objetivos das Demonstrações Financeiras 9

Recursos
Ativos
(Económicos)
Balanço Posição Financeira

Interna – Capital
Próprio
Fontes de
Financiamento
Externa – Passivos
Rendimentos
Informação Útil
Desempenho Rentabilidade
Gastos
Demonstração
de Resultados
Recebimentos
Fluxos de Caixa Liquidez
Demonstração (Alterações na (capacidade e
dos Fluxos de Posição Financeira) necessidades)
Caixa Pagamentos
10
ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
5
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II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras 11
Ativos
Posição Financeira Passivos
Capital Próprio
Elementos das
Demonstrações Rendimentos
Financeiras
Desempenho
Gastos
Fluxos de Caixa ? Recebimentos

(Alterações na e
Posição Financeira) Não Definidos
Pagamentos
II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 12
Ativo
• Recurso controlado
resultante de acontecimentos passados
e do qual se espera um influxo de benefícios
económicos futuros
Passivo
• Obrigação presente
resultante de acontecimentos passados
da liquidação da qual se espera um exfluxo de
recursos incorporando benefícios económicos futuros
Capital Próprio
• Interesse residual nos ativos líquidos
(ativos deduzidos dos passivos)
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Relativamente à definição de Ativo salienta-se que:

 O recurso não tem necessariamente forma física
 Implica o controlo do recurso, e não necessariamente a propriedade legal
 Sua obtenção pode ser onerosa ou gratuita, e através de terceiros ou
gerado pela própria entidade
 O conceito de benefícios económicos futuros agrega:
 Capacidade de gerar recebimentos futuros
 Capacidade para diminuir pagamentos futuros
 Liquidez (meios monetários)
 A existência de um dispêndio não implica necessariamente a existência de
um ativo (pois pode corresponder a um gasto)
Alguns exemplos de Ativos:

 Ativos Fixos Tangíveis (Imóveis e Equipamentos)
 Ativos Intangíveis (Licenças, Patentes, Direitos Contratuais)
 Inventários (Mercadorias, Matérias-Primas e Produtos Acabados)
 Dívidas a Receber (Clientes, Estado e Outros Entes Públicos, etc.)
 Depósitos Bancários e Caixa
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Relativamente à definição de Passivo salienta-se que:

 As obrigações podem ser legais, contratuais ou construtivas (resultantes das
práticas normais dos negócios e costumes)
 Obrigação presente não é um compromisso futuro
 A sua liquidação/extinção embora seja em regra através da entrega de
meios monetários, pode assumir outras formas
Alguns exemplos de Passivos:

 Provisões (obrigações de quantia e/ou tempestividade incerta)
 Financiamentos Obtidos
 Dívidas a Pagar (Fornecedores, Fornecedores de Investimento, Estado e
Outros Entes Públicos)
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Relativamente à definição de Capital Próprio tem-se que:
Capital
Ativo Passivo
Próprio
Isolando-se o Ativo tem-se que:
Capital Passivo
Ativo
Próprio
Equação Fundamental da Contabilidade
Pela definição de Capital Próprio conclui-se que a sua mensuração vai

depender da mensuração dos Ativos e Passivos
O valor do Capital Próprio representa o valor contabilístico da empresa, e

que não corresponde necessariamente ao valor (de mercado) da
empresa, nem sequer ao valor de liquidação
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Da equação fundamental da contabilidade conclui-se que o total dos

recursos económicos da empresa (Ativos) tem de equivaler ao total das
fontes de financiamento, interna e externa (Capital Próprio e Passivo),
desses mesmos recursos
Outro aspeto que resulta de qualquer das referidas equações (a extraída

da definição de capital próprio, bem como a equação fundamental da
contabilidade) é que nunca existe apenas um efeito isolado num só
elemento mas sempre, no mínimo, dois efeitos em diferentes elementos
Contudo também é possível subdividir o Capital Próprio entre:
(+) Contribuições
Capital
dos Detentores de
Contribuído
Capital
(+/-) Resultados de
Capital Próprio
Períodos Anteriores
(+/-) Resultado
Gerado pelas
Operações
Capital Gerado e (+/-) Resultado do
Retido Período
(-) Distribuição aos
Detentores de
Capital
(Dividendos)
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Alguns exemplos de Capital Próprio:

 Capital Realizado (contribuições dos detentores de capital)
 Reservas Legais e Outras Reservas (capital gerado e retido de períodos
anteriores)
 Resultado Líquido do Período (capital gerado do período)
Resultado do
Rendimentos Gastos
Período
Rendimentos
• Aumentos nos benefícios económicos
na forma de influxos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos
que resultem no aumento do capital próprio
e não respeitem a contribuições dos detentores de capital
Gastos
• Diminuição nos benefícios económicos
na forma de exfluxos ou diminuição de ativos ou aumento de passivos
que resultem na diminuição do capital próprio
e não respeitem a distribuições aos detentores de capital
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Não há Rendimentos
ou Gastos nem
Sem Efeito no Capital
Contribuições ou
Próprio
Distribuições dos/aos
Detentores de Capital
Contribuição dos
Com Efeito Positivo no

Ativos Capital Próprio
e/ou
Rendimento
Passivos
(Rédito ou Ganho)
Aplicando a Fórmula de
Cálculo do Capital Próprio:
Distribuição aos
CP = Ativo - Passivo
Com Efeito Negativo no
Capital Próprio
Gasto
(Gastos ou Perdas)
Alguns exemplos de Rendimentos (Réditos e Ganhos):

 Vendas
 Prestação de Serviços
 Comissões
 Juros
 Dividendos
 Ganhos na alienação de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis
(apresentados numa base líquida)
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Alguns exemplos de Gastos (Gastos e Perdas):

 Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas (CMVMC)
 Fornecimentos e Serviços Externos (FSE)
 Gastos com o Pessoal
 Depreciações
 Gastos com Juros
 Gastos com Impostos
 Perdas na alienação/abate de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis
(apresentados numa base líquida)
Aplicação Prática:
 Exercício 1 – Identificação de Ativos, Passivos e Capital Próprio
 Exercício 2 – Identificação de Rendimentos e Gastos
 Exercício 3 – Identificação de Ativos, Capital Próprio
 Exercício 4 – Efeitos das Operações com os Detentores de Capital
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27
MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS DAS DF´S
II.4. Mensuração dos Elementos das DF´s 28
O processo de Mensuração consiste em determinar as quantias

monetárias pelas quais os elemento (Ativo, Passivo, Capital Próprio,
Rendimento ou Gasto) das Demonstrações Financeiras devem ser
reconhecidos e apresentados
Nas Demonstrações Financeiras são utilizadas várias Bases de

Mensuração, que incluem:
 Custo Histórico
 Custo Corrente
Estimativas de
 Valor Realizável
Justo Valor
 Valor Presente
 Justo Valor
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II.4. Mensuração dos Elementos das DF´s (cont.) 29
Custo de Aquisição/Produção de um Ativo

Custo Histórico
Custo do Passivo assumido ou montante
que se espera vir a pagar
Quantia pela qual um Ativo poderia ser

Justo Valor trocado, ou um Passivo liquidado, entre
partes conhecedoras, interessadas e não
relacionadas
II.4. Mensuração dos Elementos das DF´s (cont.) 30
Montante a pagar para adquirir um Ativo ou liquidar

um Passivo equivalente, correntemente
Custo Corrente
Ótica da Compra
Montante que obteria na venda um Ativo ou liquidação

de um Passivo no decurso normal do negócio
Valor Realizável
Ótica da Venda
Valor presente (descontado/atualizado) dos fluxos de

Valor Presente caixa futuros associados a um Ativo/Passivo
Ótica Financeira
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ESTRUTURA CONCEPTUAL
RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS DAS DF´S
II.5. Reconhecimento dos Elementos das DF´s 32
O processo de Reconhecimento consiste na incorporação de um

elemento (Ativo, Passivo, Capital Próprio, Rendimento ou Gasto) nas
Demonstrações Financeiras
Esse processo de reconhecimento implica se verifique, cumulativamente,

que:
 O elemento cumpra com a respetiva definição
 Seja provável que qualquer benefício económico futuro associado ao
elemento flua para/da entidade
 O elemento tenha um custo ou valor que possa ser mensurável com
fiabilidade
16
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II.5. Reconhecimento dos Elementos das DF´s (cont.) 33
Note-se que:
 Os benefícios económicos futuros associados ao elemento não têm de ser
certos (admite-se a possibilidade de existência de um certo grau de
incerteza)
 O custo ou valor do elemento podem ter de ser estimados ainda que com
um fiabilidade, o que implica que não tenha de ser exato
Conforme referido anteriormente um acontecimento não dá origem

apenas a um efeito de reconhecimento (ou desreconhecimento) mas a
pelo menos dois efeitos de reconhecimento (ou desreconhecimento)
Entenda-se que os efeitos de reconhecimento correspondem a aumentos

e os efeitos de desreconhecimento a diminuições dos elementos das DF´s
II.5. Reconhecimento dos Elementos das DF´s (cont.) 34
Todos os efeitos de reconhecimento/desreconhecimento, ou entendidos

como sendo de aumento/diminuição, dos elementos das DF´s são objeto
de registo contabilístico ao nível dos instrumentos próprios da empresa no
seu Sistema de Informação Contabilístico (conforme será abordado no
tema IV. Sistema de Informação Contabilístico)
No Apêndice 1 apresentam-se um conjunto de exemplos relacionados

com vários acontecimentos que podem ocorrer e implicar o seu
reconhecimento (desreconhecimento) na Empresa, efetuando-se uma
análise dos principais impactos dos mesmos nos elementos fundamentais
das DF´s
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II.3./4./5. Definição, Mensuração e Reconhecimento dos 35

Elementos das Demonstrações Financeiras
 Exercício 5 – Efeitos das Transações no Ativo, Passivo, Capital Próprio,
Rendimentos e Gastos
36
PRESSUPOSTOS SUBJACENTES ÀS DF´S
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II.6. Pressupostos Subjacentes às Demonstrações Financeiras 37
A entidade não tem intenção

ou necessidade de cessar ou
Continuidade reduzir drasticamente as suas
Pressupostos operações (nos próximos 12
Subjacentes às meses)
Demonstrações
Financeiras Regime de Os efeitos das operações são
Acréscimo reconhecidos quando ocorrem
(periodização independentemente do seu
económica) recebimento ou pagamento
II.6. Pressupostos Subjacentes às DF´s (cont.) 38
 Exercício 6 – Regime de Acréscimo
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39
CARATERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DF´S
II.7. Caraterísticas Qualitativas das Demonstrações Financeiras 40
Compreensibilidade
Relevância
Caraterísticas
Qualitativas das
Demonstrações
Financeiras
Fiabilidade
Comparabilidade
20
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II.7. Caraterísticas Qualitativas das DF´s (cont.) 41
A informação deve ser rapidamente

Compreensibilidade
compreensível pelos utilizadores
Pressupõe razoável conhecimento

sobre a entidade e sobre a
contabilidade
A informação deve influenciar as

Relevância decisões económicas dos utilizadores
É afetada pela
componente
A informação é material caso a sua
omissão ou incorreção (quantitativa
Materialidade ou qualitativa) influencie a tomada de
decisões económicas dos utilizadores
21
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É afetada
pelas A informação deve estar isenta
componentes de erros e preconceitos, e deve
representar fidedignamente o
Fiabilidade que se pretende ou se espera
que represente
Representação Substância
Plenitude Neutralidade Prudência
Fidedigna sobre a Forma
Informação Informação Inclusão de Informação Prevalência da

deve ser livre de grau de deve substância
completa preconceitos precaução representar económica das
na fidedignamente operações sobre
formulação o que se a sua forma
de juízos e pretende ou legal, na
estimativas espere que apresentação
represente da informação
A informação deve ser comparável,

Comparabilidade
no tempo e no espaço
Inter-Período
Inter-Empresa
Inter-Perído/Empresa (Transversal)
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Tempestividade
Fiabilidade
Balanceamento entre
custo e benefício
Relevância Balanceamento entre

caraterísticas qualitativas
Quanto mais célere é a apresentação das

Tempestividade demonstrações, a informação financeira é
tendencialmente mais relevante, mas menos fiável
Balanceamento entre Os benefícios a extrair da informação devem

custo e benefício exceder os custos da sua obtenção
Balanceamento entre Necessário balanceamento entre caraterísticas

caraterísticas qualitativas qualitativas
Existem mensurações mais relevantes mas menos fiáveis (ex: justo valor),
mas outras embora menos relevantes são mais fiáveis (ex: custo histórico)
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Aplicação das
Caraterísticas
Qualitativas
Imagem / Apresentação
Constrangimentos
à Informação Verdadeira
Relevante e Fiável
e
Apropriada
Aplicação das
Normas
Contabilísticas
48
APÊNDICE
EXEMPLOS DE EFEITOS DE RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS
NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
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II.Apêndice 1 – Exemplos de Efeitos de Reconhecimento dos 49

Elementos nas DF´s
Exemplo 1:
 A empresa comprou a pronto pagamento mercadorias por 500
 Entrada Mercadorias – Reconhece Ativo de 500
 Saída Dinheiro – Desreconhece Ativo de 500
Ativos Passivos Capital Próprio 0
+ 500 0
- 500
= (+) Contribuições (+) Rendimentos
0 (-) Distribuições (-) Gastos
0 0

Elementos nas DF´s (cont.)
Exemplo 2:
 A empresa comprou a crédito mercadorias por 500
 Dívida ao Fornecedor – Reconhece Passivo de 500
+ 500 + 500
(+) Contribuições (+) Rendimentos

(-) Distribuições (-) Gastos
0 0
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Exemplo 3:
 A empresa comprou mercadorias por 500, tendo pago apenas 150 ficando
os restantes 350 em dívida
+ 500 + 350
- 150
+ 350 (-) Distribuições (-) Gastos
0 0

Exemplo 4:
 A empresa consumiu e pagou combustíveis por 150
 Uso Combustíveis – Reconhece Gasto de 150
Ativos Passivos Capital Próprio - 150
- 150 0

0 - 150
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Exemplo 5:
 A empresa consumiu 150 de eletricidade que vai pagar no próximo mês
 Uso Eletricidade – Reconhece Gasto de 150
0 + 150

0 - 150

Exemplo 6:
 A empresa usufruiu de serviços de advocacia de 150 tendo pago 50,
ficando os restantes 100 em dívida
 Uso Serviço Advocacia – Reconhece Gasto de 150
- 50 + 100

0 - 150
27
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Exemplo 7:
 A empresa pagou uma dívida de 700 ao fornecedor (de mercadorias ou
serviços)
 Diminuição Dívida ao Fornecedor – Desreconhece Passivo de 700
- 700 - 700

0 0

Exemplo 8:
 A empresa usufruiu do trabalho dos empregados e pagou 400
 Uso Trabalho dos Empregados – Reconhece Gasto de 400
- 400 0

0 - 400
28
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Exemplo 9:
 A empresa usufruiu do trabalho dos empregados ficando 400 em dívida
 Dívida ao Pessoal – Reconhece Passivo de 400
 Uso Trabalho dos Empregados – Reconhece Gasto de 400
0 + 400

0 - 400

Exemplo 10:
 A empresa usufruiu do trabalho dos empregados ficando tendo pago 300 e
ficado 100 em dívida
 Dívida ao Pessoal – Reconhece Passivo de 100
 Uso Trabalho Empregados – Reconhece Gasto de 400
- 300 + 100

0 - 400
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Exemplo 11:
 A empresa pagou uma dívida de 250 aos empregados
 Diminuição Dívida ao Pessoal – Desreconhece Passivo de 250
- 250 - 250

0 0

Exemplo 12:
 A empresa prestou serviços a clientes a pronto pagamento por 800
 Entrada Dinheiro – Reconhece Ativo de 800
 Serviço Prestado – Reconhece Rendimento de 800
Ativos Passivos Capital Próprio + 800
+ 800 0

0 + 800
30
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Exemplo 13:
 A empresa prestou serviços a clientes a crédito por 800
 Dívida do Cliente– Reconhece Ativo de 800
 Serviço Prestado – Reconhece Rendimento de 800
+ 800 0

0 + 800

Exemplo 14:
 A empresa prestou serviços a clientes por 800 tendo recebido 600, ficando
os restantes 200 em dívida
 Dívida do Cliente – Reconhece Ativo de 200
 Serviços Prestados – Reconhece Rendimento de 800
+ 600 0
+ 200
0 + 800
31
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II.Apêndice 1 – Exemplos de Efeitos de Reconhecimento dos

Elementos nas DF´s (cont.) 63
Exemplo 15:
 A empresa vendeu mercadorias a pronto pagamento por 1.200 que
haviam custado 900
 Entrada Dinheiro – Reconhece Ativo de 1.200
 Vendas – Reconhece Rendimento de 1.200
 Saída Mercadorias – Desreconhece Ativo de 900
 Custo das Vendas – Reconhece Gasto de 900
+ 1.200 0
- 900
0 + 1.200
- 900
=
300

Exemplo 16:
 A empresa vendeu mercadorias a crédito por 1.200 que haviam custado
900
 Dívida do Cliente – Reconhece Ativo de 1.200
+ 1.200 0
- 900
0 + 1.200
- 900
=
300
32
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Exemplo 17:
 A empresa vendeu mercadorias por 1.200 que haviam custado 900, tendo
recebido 700 e os restantes 500 ficaram em dívida
 Dívida do Cliente – Reconhece Ativo de 500
+ 700 0
+ 500
- 900
=
+ 300
0 + 1.200
- 900
=
300

Exemplo 18:
 A empresa recebeu uma dívida de 750 dos clientes
 Diminuição Dívida do Cliente – Desreconhece Ativo de 750
+ 750 0
- 750
0 0
33
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Exemplo 19:
 A empresa adquiriu um equipamento a pronto pagamento por 600
 Entrada Equipamento – Reconhece Ativo de 600
+ 600 0
- 600
0 0

Exemplo 20:
 A empresa adquiriu a crédito um equipamento por 600
 Dívida ao Fornecedor de Investimento – Reconhece Passivo de 600
+ 600 + 600

0 0
34
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Exemplo 21:
 A empresa adquiriu um equipamento por 600, tendo pago apenas 200
ficando os restantes 400 em dívida
 Dívida ao Fornecedor de Investimento – Reconhece Passivo de 400
+ 600 + 400
- 200
0 0

Exemplo 22:
 A empresa pagou uma dívida de 300 ao fornecedor de investimento
 Diminuição Dívida ao Fornecedor de Investimento – Desreconhece Passivo de 300
- 300 - 300

0 0
35
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Exemplo 23:
 A empresa alienou a pronto pagamento um equipamento por 400 que
tinha um valor de 300
 Saída do Equipamento – Desreconhece Ativo de 300
 Ganho Alienação Equipamento – Reconhece Rendimento de 100 (400 – 300)
+ 400 0
- 300
0 + 100

Exemplo 24:
 A empresa alienou a crédito um equipamento por 400 que tinha um valor
de 300
 Dívida de Outro Devedor – Reconhece Ativo de 400
 Ganho Alienação Equipamento – Reconhece Rendimento de 100 (400 – 300)
+ 400 0
- 300
0 + 100
36
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Exemplo 25:
 A empresa alienou um equipamento por 400 que tinha um valor de 300, tendo
recebido 150 e ficado os restantes 250 em dívida
 Entrada do Dinheiro – Reconhece Ativo de 150
 Ganho Alienação Equipamento – Reconhece Rendimento de 100 ((150+250) - 300)
+ 150 0
+ 250
- 300 (+) Contribuições (+) Rendimentos
= (-) Distribuições (-) Gastos
+ 100
0 + 100

Exemplo 26:
 A empresa alienou a pronto pagamento um equipamento por 300 que
tinha um valor de 400
 Perda Alienação Equipamento – Reconhece Gasto de 100 (300 – 400)
+ 300 0
- 400
- 100 (-) Distribuições (-) Gastos
0 - 100
37
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Exemplo 27:
 A empresa alienou a crédito um equipamento por 300 que tinha um valor
de 400
 Perda Alienação Equipamento – Reconhece Gasto de 100 (300 – 400)
+ 300 0
- 400
- 100 (-) Distribuições (-) Gastos
0 - 100

Exemplo 28:
 A empresa alienou um equipamento por 300 que tinha um valor de 400, tendo
recebido 50 e ficado os restantes 250 em dívida
 Entrada do Dinheiro – Reconhece Ativo de 50
 Perda Alienação Equipamento – Reconhece Gasto de 100 ((50+250) - 400)
+ 50 0
+ 250
- 400 (+) Contribuições (+) Rendimentos
= (-) Distribuições (-) Gastos
- 100
0 - 100
38
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Exemplo 29:
 A empresa recebeu uma dívida de 50 de outros devedores
 Diminuição Dívida do Outro Devedor – Desreconhece Ativo de 50
+ 50 0
- 50
0 0

Exemplo 30:
 A empresa obteve um financiamento junto do banco de 1.000
 Dívida ao Banco – Reconhece Passivo de 1.000
+ 1.000 + 1.000

0 0
39
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Exemplo 31:
 A empresa pagou uma prestação do empréstimo bancário no valor de
100, da qual 80 respeitam a reembolso de capital e 20 a juros
 Diminuição Dívida ao Banco – Desreconhece Passivo de 80
 Uso do Financiamento (Juro) – Reconhece Gasto de 20
Capital Próprio - 20
Ativos Passivos
- 100 - 80

0 - 20

Exemplo 32:
 Os acionistas realizam capital da empresa no valor de 2.000 com entradas
em dinheiro
 Capital Realizado – Reconhece Capital Próprio (contribuições) de 2.000
Ativos Passivos Capital Próprio + 2.000
+ 2.000 0

+ 2.000 0
40
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Exemplo 33:
 Os acionistas realizam capital da empresa no valor de 2.000 com entrada
de equipamentos
 Entrada Equipamento – Reconhece Ativo de 2.000
Ativos Passivos Capital Próprio + 2.000
+ 2.000 0

+ 2.000 0

Exemplo 34:
 Os acionistas realizam capital da empresa no valor de 2.000 com entrada
de dinheiro de 1.500 e equipamentos de 500
Capital Próprio + 2.000

Ativos Passivos
+ 1.500 0
+ 500
+ 2.000 (-) Distribuições (-) Gastos
+ 2.000 0
41
20-09-2022

Exemplo 35:
 A empresa distribui e paga 700 de dividendos aos acionistas
 Dividendos – Desreconhece Capital Próprio (distribuições) de 700
- 700 0

- 700 0

Exemplo 36:
 A empresa distribui 700 de dividendos aos acionistas que ficaram em dívida
 Dívida a Acionistas – Reconhece Passivo de 700
0 + 700

- 700 0
42
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Exemplo 37:
 A empresa distribui 700 de dividendos aos acionistas, tendo pago 300 e
ficando 400 em dívida
 Dívida a Acionistas – Reconhece Passivo de 400

Ativos Passivos
- 300 + 400

- 700 0

Exemplo 38:
 Os acionistas emprestam 1.000 à empresa
 Dívida a Acionistas – Reconhece Passivo de 1.000
+ 1.000 + 1.000

0 0
43
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Exemplo 39:
 A empresa paga dívida (empréstimo ou dividendos) de 600 aos acionistas
 Diminuição da Dívida a Acionistas – Desreconhece Passivo de 600
- 600 - 600

0 0

Exemplo 40:
 A empresa gerou um lucro na atividade que está sujeito a imposto de 300 a
pagar ao Estado no próximo ano
 Dívida ao Estado – Reconhece Passivo de 300
 Encargo de Imposto – Reconhece Gasto de 300

Ativos Passivos
0 + 300

0 - 300
44
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Exemplo 41:
 A empresa paga ao Estado 300 de imposto do ano anterior
 Diminuição da Dívida ao Estado – Desreconhece Passivo de 300
- 300 - 300

0 0
45

Capitulo 1 - Conceitos Fundamentais

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20-09-2022

II. Conceitos Fundamentais

Apêndice 1 – Exemplos de Efeitos de Reconhecimento dos Elementos nas DF´s

A Estrutura Conceptual (EC) é um instrumento contabilístico onde são

A EC não é uma norma (NCRF) e como tal não define critérios

Caso haja algum conflito entre o disposto na EC e nas NCRF, prevalece a

II.1. Introdução (cont.) 5

A EC é baseada no paradigma da utilidade da informação financeira,

Objetivos das DF´s

II.1. Introdução (cont.) 6

O Relato Financeiro integrará um conjunto de DF´s preparadas e

O órgão de gestão é responsável pela preparação e apresentação das

II.1. Introdução (cont.) 7

Conjunto Completo de Demonstrações Financeiras

O relatório de gestão embora seja um documento integrante do Relato

OBJETIVOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

II.2. Objetivos das Demonstrações Financeiras 9

Balanço Posição Financeira

ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras 11

Posição Financeira Passivos

Fluxos de Caixa ? Recebimentos

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 12

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 13

Relativamente à definição de Ativo salienta-se que:

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 14

Alguns exemplos de Ativos:

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 15

Relativamente à definição de Passivo salienta-se que:

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 16

Alguns exemplos de Passivos:

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 17

Relativamente à definição de Capital Próprio tem-se que:

Isolando-se o Ativo tem-se que:

Equação Fundamental da Contabilidade

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 18

Pela definição de Capital Próprio conclui-se que a sua mensuração vai

O valor do Capital Próprio representa o valor contabilístico da empresa, e

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 19

Da equação fundamental da contabilidade conclui-se que o total dos

Outro aspeto que resulta de qualquer das referidas equações (a extraída

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 20

Contudo também é possível subdividir o Capital Próprio entre:

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 21

Alguns exemplos de Capital Próprio:

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 22

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 23

Com Efeito Positivo no

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 24

Alguns exemplos de Rendimentos (Réditos e Ganhos):

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 25

Alguns exemplos de Gastos (Gastos e Perdas):

II.3. Elementos das Demonstrações Financeiras (cont.) 26

MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS DAS DF´S

II.4. Mensuração dos Elementos das DF´s 28

O processo de Mensuração consiste em determinar as quantias

Nas Demonstrações Financeiras são utilizadas várias Bases de

II.4. Mensuração dos Elementos das DF´s (cont.) 29

Custo de Aquisição/Produção de um Ativo

Quantia pela qual um Ativo poderia ser

II.4. Mensuração dos Elementos das DF´s (cont.) 30

Montante a pagar para adquirir um Ativo ou liquidar

Montante que obteria na venda um Ativo ou liquidação