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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES


UNIDADE ACADÊMICA DE LETRAS
MORFOSSINTAXE DA LÍNGUA PORTUGUESA
PROF. ME. RAFAEL FRANCISCO BRAZ

Defino minha obra


gramatical como...
(Maria Helena Moura Neves)

Daniela Alves Saraiva, Dedice Cecília de Asevedo Pereira, Inacio José de Sousa Oliveira,
Vanessa de Oliveira Meireles.
2. Defino – a princípio –
1. Introdução minha gramática
como...
 Apresentação dos dois manuais de gramática: Gramática de usos do português e
Gramática do português revelada em textos.
3. Teses assumidas na explicação dos
princípios e dos procedimentos de análise

3.1. O recurso a textos no estudo da gramática


 Ambas obras publicadas assumem um  “Tudo no fazer linguístico são escolhas”
estudo gramatical ancorado na reflexão (Halliday,1994), é aí que se dá a
sobre a linguagem. responsabilidade do falante pela
qualidade eficiência na sua própria
 O que se pretende verificar são os variados
produção de linguagem.
usos. “O que é possível fazer com a
linguagem e obter com a linguagem”  A reflexão acima de uma obra literária,
(Neves,2012 a: 204) tem como seguimento que penetram na
composição dos significados e efeitos.
1. Elevação ou banalização
2. Redundância ou inacabamento
3. Exatidão ou inexatidão
3.2. A necessidade de
um olhar reflexivo sobre
 Se tem como proposta a gramática da língua ser a
a ativação da linguagem
responsável pelo entrelaçamento discursivo-
na produção linguística
textual.

 A gramática oferece os seguintes componentes:


pragmático, semântico e um sintático.

 A proposta para atividades ligadas à gramática


no âmbito escolar da língua é um caminho que se
dá no uso reflexivo da mesma a fim de uma
produção de sentidos e efeitos.
3.3. A necessidade de uma direção
teórica consistente.

I. Indeterminação da linguagem;
II. Competição de motivações;
III. Sistematicidade e funcionalidade;
IV. Instabilidade da relação entre
formas e funções; “São temas que se encontram nas mais
diversas propostas de base funcionalista”
V. Fluidez categorial; (p. 74)
VI. Percurso metafórico e força
metonímica;
VII. Gramaticalização;
VIII.Iconicidade, e outros.
3.4. A dialética entre uso e sistema: a necessária
depreensão de categorias e de funções.

 Ao fazer linguagem configurada no uso: III. correspondências entre classe e função


permanecem continuamente em teste,
I. dicotomias, assim como fronteiras, terão
submetendo-se a decisões que se rendam
seu lugar reduzido e terão de ser muito
ao gradual, mais do que ao exato e
cuidadosamente testadas e
decisivo.
comprovadas, pois não há como afirmar
uma oposição sim/não que a seguir se
desminta;
II. fronteiras categoriais não serão a priori
proclamadas, pois as categorizações só se
sustentam se emanadas dos fatos
gramaticais estabelecidos a partir da
teoria;
Sintagmas
“incoordenáveis”  “Marcela amou-me durante quinze meses e onze
contos de réis; nada menos” (Machado de Assis,
Memórias Póstumas de Brás Cubas)
 “E caminhavam no dia raso e torcido pelo sol”
“E como é bom ver esses poetas (Ledo Ivo, Ninho de Cobras)
a “cometer” belamente e
eficientemente aquilo que, numa  “Se me amas, ama-me baixinho” (Mário Quintana,
interpretação canhestra, seriam Bilhete)
infrações às regras de restrições
selecionadas”  “Uns tomam éter, outros cocaína
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria”
“E nós, mesmo ‘gramáticos’, não (Manuel Bandeira, Não sei dançar, Libertinagem)
vemos infração, só vemos
sentido, beleza e muita
‘correção’, nessas mensagens...”
4. Resumo das propostas

 O mundo da gramática;
 O real funcionamento linguístico;
 A gramática não é um corpo estranho
da língua;
 A gramática não é um aparato que
temos guardado ao nosso lado;
 A gramática da língua em função da
língua não é uma peça pronta e
fechada;
 A descrição da língua;
 A finalidade da gramática;
Referência

NEVES, Maria Helena Moura; CASSEB-GALVÃO, Vânia Cristina. Gramáticas contemporâneas do


português: com a palavra, os autores. São Paulo: Parábola, 2014, p. 19-111.

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