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1.

Não seria o contraditório, pois as decisões arbitrais nos termos do n2 do artigo 193 da LT
produz os mesmo efeitos de uma sentença  judicial, e nos termos do artigo 43 da  Lei nº 11/1999
lei de arbitragem sendo condenatória  constitui  um título executivo a luz do artigo 46 e 47 do
CPC, e essa decisão arbitral pode ser impugnado porque é susceptível  de recurso para o tribunal 
judicial, sendo assim essa decisão arbitral é admitida apenas o recurso de anulação  nos termos
do n3 do artigo 193 da LT conjugado com n1 do artigo 44 da lei de arbitragem, e só pode ser
anulada pelo tribunal  de trabalho com fundamentos constante no n2 do artigo 44 da Lei de
arbitragem.

2. Concordo, a greve é um um direito  fundamental  e constitucionalmente  consagrada nos


termos do n1 do artigo 87 da CRM, sendo o seu exercício  regulado por lei, no entanto ao nível
da legislação  ordinária, a lei n23/2007 de 1 de Agosto, a greve é um direito  fundamental  do
trabalhador sendo o mesmo exercido pelo trabalhador com vista a defesa e promoção dos seus
legítimos interesses  sociolaborais nos termos do n1 e 2 do artigo 194 e artigo 195 da LT e
Segundo o Prof. PEDRO ROMANO MARTINEZ  a greve permite  que satisfeito as
reivindicações dos trabalhadores,  se atinja um maior equilíbrio  na relação  contratual.
Enquanto  o lock-out é um direito  do inerente ao empregador mas é proibido por lei nos termos
do n1 do artigo 203 da LT conjugado com n3 do artigo 87 da CRM, porém a entidade
empregadora pode encerrar totalmente ou parcialmente a empresa face à necessidade  de
salvaguardar  a manutenção  dD instalações  e dos equipamentos  assim como garantir  a
segurança  dos trabalhadores ou de terceiros nos termos do artigo 203 conjugado com n1 do
artigo 204 da LT.

3. Tipos de sindicalismo:

1.*Sindicalismo cristão* -tem origem na encíclica Rerum Novarum: propõe uma ampla
colaboração social; Não luta pela substituição do modo de produção vigente (capitalista); Nega a
violência e a luta de classes.

*Sindicalismo reformista*-origem nas trade unions da Inglaterra; Nega a participação


revolucionária do proletariado, atuando estritamente no campo econômico; Busca reivindicações
para a melhora da situação dos trabalhadores dentro do sistema capitalista.

*Sindicalismo anarquista*-Negavam a luta política/institucional e a complexa organização


sindical, além de negarem a mobilização partidária; O sindicato é visto como a verdadeira arma
de guerra, espaço de organização das massas; A greve direta é sua arma fundamental; Pregavam
a supressão do Estado antes mesmo da propriedade privada. Ideal de sociedade: organização de
grupos por autogestão.

*Sindicalismo Marxista* -Os sindicatos devem visar à consciência política desencadeada através
das reivindicações econômicas, privilegiando a greve como forma de organização da classe
operária; Foco na consciência revolucionária contra o capitalismo, buscando sua derrubada.
Pretendem a formação de um Estado proletário forte, dentro do contexto da luta de classes.

*Sindicalismo de Estado (Corporativista)* -Instituído na Itália após a perseguição e eliminação


das lideranças do movimento operário antifascista, desencadeado por Mussolini. A Carta Del
Lavoro organizou os sindicatos (representante de patrões e empregados, não sendo admitidas
organizações por categoria), que se tornaram totalmente subordinados e dependentes do Estado.

A corrente perfilhada pelo nosso legislador é a corrente corporativista.

Caso I

O caso em apreço nos remete a matéria de relações  colectivas de trabalho, onde a ECM celebrou
com SF uma convenção colectiva com duração  de 2 anos sucessivamente  renovável por período
de 1 ano se nenhuma das partes a denunciante com o pré aviso aviso de 90 dias relativamente  a
data da sua cessão, a luz do artigo  177 n3 só pode ser denunciada na data nele estipulada, ou na
falta desta, 60 dias antes do termo do seu período de vigência. No entanto a convenção contém
uma cláusula a luz da qu o SF se comprometia a não desencadeiam qualquer tipo de greve
durante a vigência da convenção, essa Cláusula fere com o direito fundamental  à greve
consagrado na CRM, uma vez que os trabalhadores têm direito de fazer greve com o objetivo de
promover e proteger seus direitos laborais e sociais e esse direito  não pode ser limitado excepto
nos caso previstos  por lei, como recorrer a greve como forma de suscitar  a modificação  ou
revisão  da convenção  nos termos do n4 artigo 177, durante o período  de vigência  os
trabalhadores não devem recorrer à greve. Ademais a convenção  estabelece uma regra de
proibição  de despedimento, excepto se fundado em facto imputável  ao trabalhador, essa regra
estaria a limitar o poder disciplinar  do empregador disposto no artigo 62 e nos termos do n2 do
artigo 164 as partes não devem instruir regimes menos favoráveis  para os trabalhadores  ou
limitar os poderes de direcção  do empregador, portanto os trabalhadores assim como os
empregadores podem interpor perante o tribunal  competente acção  de anulação  dessa cláusula
de não desencadeiar  a greve por parte do SF e anular a regra de proibição  de despedimento  por
parte da ECM nos termos do artigo 179 ambos artigos citados da LT.

O SM, uma vez que não outorgou  a convenção, a mesma  não lhe será vinculativa, porque essa
convenção só produzirá pleno efeito entre a ECM e SF como dispõe o n3 do artigo 178.
Só para aumentar....

A SM, nos termos do n1 do artigo 178 da LT tem a faculdade  de aderir em parte a convenção, 
devendo comunicar tal adesão ao órgão competente  local da administração  do Trabalho 
remetendo o respectivo texto no prazo de 20 dias a contar  da da sua adesão

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