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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO DE DIREITO ADMINISTRATIVO E ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
CUIABÁ
2017
ADRIANA CONCEIÇÃO DA SILVA
CUIABÁ
2017
ADRIANA CONCEIÇÃO DA SILVA
(A) Aprovado
(B) Aprovado com restrição
(C) Reprovado
________________________ em ____/_____/_______
BANCA EXAMINADORA
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 10
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ...................................................... 12
1.1 Princípios Constitucionais Expressos ........................................................... 19
1.1.1 Princípio da Legalidade ................................................................................ 19
1.1.2 Princípio da Impessoalidade ........................................................................ 25
1.1.3 Princípio da Moralidade ................................................................................ 29
1.1.4 Princípio da Publicidade ............................................................................... 34
1.1.5 Princípio da Eficiência .................................................................................. 36
CAPÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................................ 39
2.1 Conceito de Administração Pública ............................................................... 39
2.2 Classificação da Administração Pública ........................................................ 41
2.2.1 Administração Direta .................................................................................... 41
2.2.2 Administração Indireta.................................................................................. 42
2.3 Controle da Atuação da Administração Pública ............................................ 42
2.4 Agente Público ................................................................................................. 44
2.4.1 Espécie de Agentes Públicos ....................................................................... 45
2.4.1.1 Agentes Políticos ...................................................................................... 46
2.4.1.2 Servidores Públicos .................................................................................. 48
2.4.1.3 Militares ...................................................................................................... 49
2.4.1.4 Particulares em Colaboração com o Poder Público ............................... 49
CAPÍTULO III
ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................ 51
3.1 Conceito de Ética ............................................................................................. 51
3.2 Ética na Administração Pública ...................................................................... 52
3.3 Ética e Moral ..................................................................................................... 55
3.4 A Implementação da Ética na Administração Pública .................................. 57
3.5 Adoção de Códigos de Ética ........................................................................... 60
3.5.1 O Código de Ética da Administração Pública na Esfera Federal .............. 61
3.6 Mecanismos de ação Ética e Transparente para a Administração Pública. 65
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 68
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 70
10
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
1
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1993. p. 447.
2
IDEM.
13
Infere-se, pois, que princípios, no Direito, são as linhas diretivas que vão
nortear a aplicação de todas as normas jurídicas. Possuem uma maior abrangência
em comparação às regras que compõem o ordenamento jurídico. Como farol, eles
iluminam a compreensão e auxiliam na interpretação do conteúdo das normas que
lhes estão subordinadas. Hierarquicamente superior em relação às demais regras,
proporcionam unidade ao sistema, pois resolvem conflitos entre normas,
harmonizando-as e promovendo a conexão entre elas. Sob esse prisma, a lesão a
um princípio é a mais relevante de todas as lesões, pois conforme ensina Paulo
Bonavides:
A lesão a um princípio é indubitavelmente a mais grave das
inconstitucionalidades, porque sem princípio não há ordem
constitucional e sem ordem constitucional não há garantia para as
3
GUERRA FILHO, Willis Santiago. Teoria processual da constituição. 2. ed. São Paulo: Celso Bastos
Editor. 2002. p. 17.
4
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 23. ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
p. 91.
5
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 29. ed. São Paulo: Malheiros,
2012. p. 747 e 748.
14
6
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 13ª edição. São Paulo: Malheiros Editora
Ltda., 2003. p. 435.
7
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 30. ed. Malheiros. 2005.p.19.
8
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de
outubro de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 01 set.
2017.
15
9
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Editora
Lúmen Júris, 2009. p. 18.
10
MELLO. op.cit. p. 57-92.
11
MELLO, Oswaldo Aranha Bandeira de. Princípios Gerais de Direito Administrativo. Rio de Janeiro:
Forense, 1969. p. 146.
16
12
MELLO. op. cit. p. 16.
13
IBID. p. 20.
17
14
DI PIETRO, op. cit. p. 68-70.
15
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 36.
16
IBID., p. 39-43.
18
17
PAULO, Vicente Marcelo Alexandrino. Direito Administrativo Descomplicado. 19 ed. rev. e atual. -
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2011. p. 186.
18
MEIRELLES, op. cit. p. 101.
19
PAULO, op. cit. p. 186.
19
E continua:
...as pessoas administrativas não têm, portanto, disponibilidade sobre
os interesses públicos confiados à sua guarda e realização. Esta
disponibilidade está permanentemente retida nas mãos do Estado (e
de outras pessoas políticas, cada qual na própria esfera) em sua
manifestação legislativa. Por isso, a Administração e a pessoa
administrativa, autarquia, têm caráter instrumental21.
20
MELLO. op. cit. 31-33.
21
IDEM.
22
MELLO. op. cit., p. 99.
20
José dos Santos Carvalho Filho, por sua vez, afirma que:
O princípio da legalidade é a diretriz básica da conduta dos agentes
da Administração. Significa que toda e qualquer atividade
administrativa deve ser autorizada por lei. Não o sendo, a atividade é
ilícita24.
23
DI PIETRO. op. cit., p. 67.
24
CARVALHO FILHO. op. cit., p. 20.
25
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 3. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012. p.
83.
26
MAZZA. op. cit., p. 101.
21
Sob tais premissas, a legalidade deve ser entendida como a diretriz básica e
necessária das condutas dos agentes da Administração, e, por consequência, toda e
qualquer atividade administrativa deve estar autorizada por lei, sob pena de ser
ilícita. Significa dizer, que o princípio se revestiria de “[...] uma compostura muito
estrita e rigorosa, não deixando válvula para que o Executivo se evada de seus
grilhões [...]”27.
Assim, determinado um agir, inexoravelmente, atrelado a lei, o princípio da
legalidade condiciona a validade dos atos administrativos. Na lição Diógenes
Gaspani “Qualquer ação estatal sem o correspondente calço legal, ou que exceda o
âmbito demarcado pela lei, é injurídica e se expõe a anulação”28.
Dessa forma, esse postulado imporia total submissão da Administração às
leis, de modo que o exercício de suas atividades restringir-se-ia à obediência e ao
cumprimento dessas normas jurídicas, colocando-as em prática, ou seja, encerraria
a realização das disposições gerais estabelecidas pelo Poder Legislativo29.
Por outro lado, a partir da determinação constitucional de que ninguém pode
ser obrigado a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa a não ser por força de lei,
Celso Antônio Bandeira de Mello observa que a Administração não poderá proibir ou
impor qualquer comportamento ao particular, se não estiver alicerçado em lei que
lhe legitime a ingerência na esfera de liberdade do indivíduo.
Insta ressaltar, que a legalidade relaciona-se, indissociavelmente, à
moralidade e finalidade administrativa, conforme bem observa Meirelles:
Além de atender a legalidade, o ato do administrador público deve
conforma-se com a moralidade e a finalidade administrativa para dar
plena legitimidade a sua atuação. Administração legítima só é aquela
que se reveste de legalidade e probidade administrativa no sentido
de que tanto atende às exigências da lei como se conforma com os
preceitos da instituição pública. A administração, por isso deve ser
orientada pelos princípios do Direito e da Moral, para que ao Legal se
ajuste o honesto e o conveniente aos interesses sociais30.
Nesse contexto, conclui-se que o cumprimento da letra fria da lei não reflete
o mandado de otimização nela insculpido, pois não significa o atendimento do
espirito que a informa.
Por fim, mister mencionar a notada influência do movimento de
constitucionalização do Direito Administrativo, que dá nova roupagem ao princípio da
legalidade, que passa a ser visto como princípio da juridicidade ou
constitucionalidade, mediante a adoção do sistema de direitos fundamentais e do
sistema democrático como verdadeiros instrumentos axiológicos, reunidos em
princípios e regras constitucionais, que fundamentam a atuação da Administração
Pública.
Nessa nova perspectiva, a Constituição, e não mais a lei, passa a situar-se
no cerne da vinculação administrativa, de modo que as feições jurídicas da
Administração Pública passam a encontrar fundamento na própria estrutura do texto
constitucional.
Vale dizer, que sob o influxo da constitucionalização do Direito
Administrativo, a lei deixa de ser o fundamento de validade único e último dos atos
da Administração, de modo que:
... a análise da validade dos atos e contratos administrativos
celebrados pela Administração Pública não mais se limitaria à
verificação da existência de norma permissiva, devendo-se, antes de
mais nada, levar em consideração o fato de a conduta do
administrador público estar ou não em consonância com o sistema
normativo criado pela Constituição Federal32.
31
IBID., p. 88.
32
CASTRO, Leonardo Freitas de Moraes e; MONTEIRO, Alexandre Luiz Moraes do Rêgo. Direito
Tributário e Arbitragem: uma análise da possibilidade e dos óbices ao juízo arbitral em matéria
tributária no Brasil. Revista de Arbitragem e Mediação. n. 23. p. 60-88. out/dez. 2009. p. 65.
23
35
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. ADC nº 12. Número Único: 0000440-54.2006.0.01.0000.
Direito Administrativo e outras Matérias de Direito Público. Relator: Ministro Ayres Britto. publicado no
DJe 18.12.2009. Disponível em: <
www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoTexto.asp?id=2886941&tipoApp=RTF>. Acesso em: 13
set. 2017.
36
MAZZA. op. cit. p. 101.
25
37
CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7ª ed. Coimbra: Edição.
Coimbra: Edições Almedina, 2003. p. 1173.
26
Após asseverar que à primeira vista seria possível inferir que o princípio da
impessoalidade se consubstancia no princípio da igualdade, Lúcia Valle Figueiredo
toma outra direção e, com apoio na doutrina de Massimo Severo Giannini,
estabelece que “a impessoalidade caracteriza-se, pois, na atividade administrativa,
pela valorização objetiva dos interesses públicos e privados envolvidos na relação
jurídica a se formar, independentemente de qualquer interesse público”40.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, concebe o princípio, em síntese, sob dois
enfoques: o primeiro com relação a igualdade de atuação em face dos
administrados, por meio da qual busca-se a satisfação do interesse público; o
38
MEIRELLES. op. cit. p. 92.
39
IDEM.
40
FIGUEIREDO, Lucia Valle. Curso de direito administrativo. 8ª ed. Revista, ampliada e atualizada
até a emenda Constitucional 52/2006. São Paulo: Malheiros, 2006. p. 63-64.
27
segundo com referência a própria Administração, de modo que os atos não são
atribuídos aos seus agentes, mas ao órgão ou entidade. Segundo sua compreensão:
Exigir impessoalidade da Administração tanto pode significar que
esse atributo deve ser observado em relação aos administrados
como à própria Administração. No primeiro sentido, o princípio
estaria relacionado com a finalidade pública que deve nortear toda a
atividade administrativa. Significa que a Administração não pode
atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas,
uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu
comportamento. (...) No segundo sentido, o princípio significa,
segundo José Afonso da Silva [...], baseado na lição de Gordillo que
‘os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao
funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa
da Administração Pública, de sorte que ele é o autor institucional do
ato. Ele é apenas o órgão que formalmente manifesta a vontade
estatal’. Acrescenta o autor que, em consequência “as realizações
governamentais não são do funcionário ou autoridade, mas da
entidade pública em nome de quem as produzira. A própria
Constituição dá uma consequência expressa a essa regra, quando,
no § 1º do artigo 37, proíbe que conste nome, símbolo ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servidores
públicos em publicidade de atos programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos41.
41
DI PIETRO. op. cit. p. 68.
42
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 9ª ed..
São Paulo: Saraiva, 2014. p. 832.
43
CARVALHO FILHO, op. cit., p. 19.
28
44
MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
p. 136 e 141.
45
MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
p. 141.
46
ÁVILA, Ana Paula Oliveira. O Principio da Impessoalidade da Administração: Para uma
Administração Imparcial. Rio de Janeiro: Renovar, 2004. p. 210.
29
47
FREITAS, Juarez. O Controle dos Atos Administrativos e os Princípios Fundamentais. 4. ed. São
Paulo: Malheiros, 2009. p. 87-88.
30
sociedade, apesar do cuidado que se deve ter para não incorrer na intolerância do
moralismo. O fundamental é que o administrador deve dispensar ao outro, no caso,
à própria sociedade, tratamento idêntico ao que esperaria receber. Faz-se também
uma alusão aos padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé, na mesma direção
apontada pelo art. 2º, parágrafo único, inciso IV da Lei nº 9.784/99, a Lei de
Processo Administrativo.
Por sua vez, Celso Antônio Bandeira de Mello, em igual sentido, sustenta:
De acordo com ele, a Administração e seus agentes têm de atuar na
conformidade de princípios éticos. Violá-los implicará violação ao
próprio Direito, configurando ilicitude que assujeita a conduta viciada
a invalidação, porquanto tal princípio assumiu foros de pauta jurídica,
na conformidade do art. 37 da Constituição. Compreendem-se em
seu âmbito, como é evidente, os chamados princípios da lealdade e
boa-fé [...]. Segundo os cânones da lealdade e da boa-fé, a
Administração haverá de proceder em relação aos administrados
com sinceridade e lhaneza, sendo-lhe interdito qualquer
comportamento astucioso, eivado de malícia, produzido de maneira a
confundir, dificultar ou minimizar o exercício de direitos por parte dos
cidadãos48.
48
MELLO. op. cit., p. 122-123.
49
CARVALHO FILHO, op. cit., p. 19.
50
MEIRELLES. op. cit., p. 89.
31
51
DI PIETRO. Maria Zanella. Discricionariedade administrativa na Constituição de 1988, p. 111 apud
CAMMAROSANO, Márcio. O princípio constitucional da moralidade e o exercício da função pública.
Belo Horizonte: Fórum, 2006. p.96.
32
52
IBID.
53
GIACOMUZZI, José Guilherme. A moralidade administrativa e a boa-fé da Administração Pública: o
conteúdo dogmático da moralidade administrativa. 1ª ed. São Paulo: Malheiros, 2002. p.241.
33
existe aqui uma ampla inserção dos elementos morais no conceito de direito, no qual
pelo princípio da moralidade, o que se exige é um comportamento ético, jurídico, o
adequado. Não basta a simples previsão legal que autorize o agir da administração
pública; é necessário que, além de legal, seja aceitável do ponto de vista ético-
moral. Nesses casos, trabalha-se com conceitos jurídicos indeterminados que, em
muitas situações, tornam difíceis a interpretação e aplicação de sanções.
A jurisprudência já decidiu que:
O controle jurisdicional se restringe ao exame da legalidade do ato
administrativo; mas por legalidade ou legitimidade se entende não só
a conformação do ato com a lei, como também com a moral
administrativa e com o interesse coletivo57.
57
SÃO PAULO. Tribunal de Justiça. Apelação Cível nº 151.580. Rel. Des. Cardoso Rolim – (RDA
89/134).
58
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 17ª ed. São Paulo. Saraiva. 2013. p. 1375.
35
59
MAZZA, op. cit. p. 102.
60
JUSTEN FILHO, op. cit. p. 315-316.
61
IBID., p. 94-95.
36
62
GASPARINI. op.cit. p. 77.
63
IBID., p. 83.
37
64
MORAES, Alexandre de. Reforma Administrativa: Emenda Constitucional nº 19/98. São Paulo:
Atlas, 1999. p. 30.
65
FIGUEIREDO. Op.cit. p. 64.
38
Vale salientar que esse princípio também é conhecido como dever da boa
administração submetendo toda atividade do executivo ao controle de resultado
(artigo 13 e 25, V), fortalecendo o sistema de mérito (artigo 25, VII), sujeitando a
administração indireta à supervisão ministerial quanto à eficiência administrativa
(artigo 26, III) e recomendado a demissão ou dispensa do servidor
comprovadamente ineficiente ou desidioso (artigo 100). Todos os artigos
mencionados fazem parte do Decreto Lei nº 200/67 – Reforma Administrativa
Federal.
Este princípio é apresentado sob a ótica de dois enfoques: o primeiro relativo
ao modo como o agente público atua, esperando dele o melhor desempenho; o
segundo relacionado ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração
Pública em busca também do melhor resultado, sendo o mais racional possível.
O desempenho tem que ser rápido e satisfatório aos interesses da
sociedade e dos particulares visando assegurar que os serviços públicos sejam
realizados em conformidade com suas necessidades.
Na escorreita lição de Diógenes Gasparini:
o princípio da eficiência impõe à Administração Pública direta e
indireta a obrigação de realizar suas atribuições com rapidez,
perfeição e rendimento, além, por certo, de observar outras regras, a
exemplo do princípio da legalidade66.
66
GASPARINI. op.cit. p. 21.
39
CAPÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
67
MARQUES, Marcelo. Administração Pública: Uma abordagem prática. Rio de Janeiro: Ferreira,
2008. p. 332.
40
68
SERRANO. op. cit.. p. 29.
69
CARVALHO FILHO. op. cit.. p. 10.
70
IBID.
41
71
IBID., p. 66.
72
CARVALHO FILHO. Op. cit. p. 430.
42
73
IBID. p. 435.
74
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 17ª Ed. São Paulo: Malheiros, 1990. p.
48.
43
75
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo – 11ª Ed. Rio de Janeiro:
Impetus, 2006. p. 37.
76
BRASIL. Constituição (1988). op.cit.
77
FIGUEIREDO, Vanuza da Silva; SANTOS, Waldir Jorge Ladeira dos. Transparência E Controle
Social Na Administração Pública. Artigo Científico. Disponível em: <
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:d81xCNi_niAJ:seer.fclar.unesp.br/temasad
m/article/download/6327/4715+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 02 set. 2017.
44
Sobre agente público Silvio Mota e Willian Douglas pontuam que “os órgãos
de Administração Pública possuem elementos, a saber, competência ou atribuição,
“que é a tarefa a ser cumprida”; repartição, como sendo “o conjunto de meios
78
BRASIL. CGU – Controladoria Geral da União. Manual de integridade pública e fortalecimento da
gestão: orientações para o gestor municipal. 2. Ed. Brasília: CGU, 2010. Disponível em:
<http://www.portaldatransparencia.gov.br/controleSocial/ documentos/ManualIntegridade.pdf>.
Acesso em: 02 set. 2017.
79
HENRIQUES, Helder Luís: ALCANTARA, Debora Gerlane Gomes de. A transparência como
instrumento de combate aos desvios de recursos públicos: um estudo de caso no município de
Campina Grande-PB. Universidade Federal da Paraíba, 2012. Disponível em:
<http://portal.virtual.ufpb.br/ biblioteca-
virtual/files/a_transparancia_como_instrumento_de_combate_aos_desvios_de_recursos_pablicos_u
m_estudo_de_caso_no_municapio_de_campina_ grande__pb_1343397704.pdf>. Acesso em: 02 set.
2017.
80
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 19 ed. São Paulo: Atlas, 2006. p. 694.
45
materiais” e agente, que “é o ser humano que atua no órgão”, este último sujeito de
investigação deste trabalho”81.
Lúcia Valle Figueiredo explica que “o conceito de agente público é bem mais
amplo que o de funcionário público, pois nele estão incluídos, além dos funcionários
públicos, os agentes políticos e os particulares que atuam em colaboração com a
Administração Pública, inclusive os contratados temporariamente”82.
A Lei nº 8.429/02 que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional
conceitua agente público, a saber:
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração,
por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele
que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a
prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer
forma direta ou indireta83.
81
MOTTA, Silvio; DOUGLAS, Willian. Direito Constitucional: teoria, jurisprudência e 1000 questões.
10. Ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2002. p. 305.
82
FIGUEIREDO, Lucia Valle. Curso de direito administrativo. 8ª ed. Revista, ampliada e atualizada
até a emenda Constitucional 52/2006. São Paulo: Malheiros, 2006. p. 263.
83
BRASIL. Lei n° 8.429/02. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública
direta, indireta ou fundacional. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm>.
Acesso em 12 set. 2017.
84
MATTOS, Mauro Roberto Gomes. O limite da improbidade administrativa: o direito dos
administrados dentro da Lei n° 8.429/92. 3 ed. Rio de Janeiro: América Jurídica. 2006. p. 927.
46
85
SANTOS, Adair Loredo. Elementos do Direito, Direito Administrativo. Editora DPJ, 2004. p. 57.
47
86
MELLO. op. cit. p. 230.
87
FAZZIO JUNIOR, Waldo. Improbidade Administrativa. 2ª ed. 2014. p. 44.
88
DI PIETRO. op. cit. p. 353.
89
MELLO. op. cit. p. 178.
48
2.4.1.3 Militares
Esse tipo de agente público são aqueles tipos de agentes que exercem
atividade sem remuneração. São exemplos de particulares em colaboração com o
poder público os jurados do tribunal do júri e mesários.
97
IDEM.
98
BACELLAR FILHO, Roberto. Direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 132.
51
CAPÍTULO III
Segundo Valls ética é “daquelas coisas que todo mundo sabe o que são,
mas que não são fáceis de explicar quando alguém pergunta. Tradicionalmente ela é
entendida como um estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, e eventualmente
até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas”100.
Segundo Stukart:
99
SERRANO, Pablo Jiménez. Ética e Administração Pública. 1. ed. Alínea. 2010. p. 15.
100
VALLS, L. M. O Que é Ética. Rio de Janeiro: Editora Brasiliense, 1994, p. 07.
52
101
STUKART, Herbert Lowe. Ética e Corrupção: Os benefícios da conduta ética na vida pessoal e
empresarial. São Paulo: Nobel, 2003. p. 14.
102
VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995, p. 12.
103
SEREJO, Bianca M. S. Ética na administração pública e o nepostismo é uma conduta ética?
Disponível em: <www.jurisway.org.br>. Acesso em 01 set. 2017.
104
AMOÊDO, Sebastião. Ética do trabalho: na era da pós- qualidade. 2 ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2007. p. 09.
105
IDEM.
53
explanado acima, haja vista que todo profissional deve ter uma conduta ética
profissional e ter o dever ético de proteger o nome da instituição a qual representa,
preservando valores pessoais e morais.
Segundo Larissa Maruiti,
O profissional precisa apresentar resultados positivos, desta forma é
necessário que exerça seu serviço com eficiência, comprometimento
e dedicação. Porém, para que isto aconteça é importante que
servidor sinta-se satisfeito ao exercer sua função.
Na era da globalização, muitas as pessoas esquecem sobre valores
como honestidade, direito e justiça, o que acaba por provocar
desvios de conduta. Além de interferir suas vidas pessoais, intervém,
ainda, diretamente na esfera profissional.
A ética profissional disposta ao alcance de todos os profissionais
auxilia na tomada de decisões e atitudes dos servidores. Sabe-se
que nos dias atuais é difícil estabelecer o que é certo e o que é
errado, pois os valores estão em decorrente mudança.
O profissional ético assegura seus atos para todos que necessitam
de seu serviço. Desta forma vale ressaltar que a ética representa o
conjunto de valores e princípios que um cidadão deve exercer em
sua conduta.
A ética profissional esta regulada com atitudes condizentes, através
de responsabilidade e obrigações do servidor, o que irá desenhar a
sua imagem e a imagem da sua profissão. Portanto, é necessário
desfrutar desta ferramenta, ética profissional, e assim contribuir para
o bem comum106.
106
MARUITI, Larissa. A ética e a formação do administrador. 2009. p. 48.
107
GONÇALVES, Maria Denise A. P. Ética na administração pública: algumas considerações. Rio
Grande: Âmbito jurídico XIV, 2011. p. 01.
54
108
SERRANO, op. cit., p. 19.
109
FERREIRA, Maria Angelita Nestor. Fundamentos éticos para administração pública. 2009. 160 f.
Dissertação ( Mestre em Direito) – Universidade Federal do Paraná. p. 47.
110
IBID., p. 84.
111
ARRUDA, M. C. C. Código de Ética: um instrumento que adiciona valor. São Paulo: Negócio
Editora, 2002. p. 23.
55
112
VALLS, op. cit. p. 12.
113
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Trad. de João Dell’Anna. 14. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira,1993. p. 50.
56
vício114.
114
SROUR, Robert Henry. Ética empresarial: posturas responsáveis nos negócios, na política e nas
relações pessoais. Rio de Janeiro: Campus, 2000, p. 29.
115
NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. São Paulo: RT, 1999, p. 34.
116
ALENCASTRO, Mario. A importância da ética na formação de recursos humanos. São Paulo:
Fundação Biblioteca Nacional, n. 197. 147, livro 339, 1997.
117
CARACAS, Sheila R. C. Ética na administração pública. 2009. Disponível em:
www.administradores.com.br. Acesso em: 01 set. 2017.
57
118
ROSAS, V. B.; Afinal, o Que é Ética?. Disponível em:
<http://www.mundodosfilosofos.com.br/vanderlei18.htm>. Acesso em: 01 set. 2017.
119
LISBOA, Lázaro Plácido. Ética Geral e Profissional em Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. p.
24.
58
120
MOREIRA, Joaquim Manhães. A ética empresarial no Brasil. São Paulo: Pioneira Thomson
Leatning, 2002. p. 31.
121
AMORIM, S. N. D. Ética na esfera pública: a busca de novas relações Estado/Sociedade. Revista
do Serviço Público. Brasília: Fundação Escola Nacional de Administração Pública. ENAP, v. 51, p. 94-
104, abr/jun. 2000.
59
122
MENDES, Annita Valléria Calmon. Ética na administração pública federal: a implementação de
comissões de ética setoriais: entre o desafio e a oportunidade de mudar o modelo de gestão. Brasília:
FUNAG, 2010. p. 38.
123
IBID., p. 39.
124
BRASIL. Decreto de 26 de maio de 1999. Cria a Comissão de Ética Pública e dá outras
providências. Disponível em: < http://etica.planalto.gov.br/sobre-a-cep/legislacao/etica1>. Acesso em:
02 set. 2017.
60
Neste passo, avulta notar que, a ética tornou-se exigência da sociedade, que
fiscaliza e observa as condutas e comportamentos dos gestores e servidores,
especialmente na administração pública. Portanto, é importante a consolidação da
conduta ética na administração pública.
E esse é o papel das comissões de ética, orientar, aconselhar, acompanhar
o desempenho e tarefas desenvolvidas tanto pelos gestores quanto pelos servidores
no tocante a ética e moralidade de seus atos e atribuições.
125
CORREIA, Cassiana Alexandre Dias. Gestão da ética: a ética como intrumento de
desenvolvimento dos agentes públicos. 2011. 31 f. Monografia (Bacharelado em Administração) –
Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
126
LISBOA, op. cit. p. 59.
127
USSO, Silvério Antonio Canonico. Ética na Gestão Pública. 2011. 28 f. Monografia (Pós
Graduação em Gestão Pública)—Universidade Estadual de Maringá, Bela Vista do Paraíso, 2011.
61
específicas.
• Aumentar a integração entre os funcionários da empresa.
• Favorecer ótimo ambiente de trabalho que desencadeia a boa
qualidade da produção, alto rendimento e, por via de consequência,
ampliação dos negócios e maior lucro.
• Criar nos colaboradores maior sensibilidade que lhes permita
procurar o bem estar dos clientes e fornecedores e, em
consequência, sua satisfação.
• Estimular o comprometimento de todos os envolvidos na
elaboração do documento.
• Proteger interesses públicos e de profissionais que contribuem para
a organização.
• Facilitar o desenvolvimento da competitividade saudável entre
concorrentes.
• Consolidar a lealdade e a fidelidade do cliente.
• Atrair clientes, fornecedores, colaboradores e parceiros que se
conduzem dentro de elevados padrões éticos.
• Agregar valor e fortalecer a imagem da empresa.
• Garantir a sustentabilidade da empresa128.
128
IDEM.
129
MOREIRA, Joaquim Manhães. A ética empresarial no Brasil. São Paulo: Pioneira Thomson
Leatning, 2002. p. 33.
130
CANHIN, Romildo. Exposição de Motivos. Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal. Brasília, ENAP, 1994, p. 10.
62
O referido Decreto citado acima impõe que o servidor dever orientar-se pelos
princípios morais, conforme se observa no capítulo I do anexo:
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos
princípios morais são primados maiores que devem nortear o
servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele,
já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus
atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a
preservação da honra e da tradição dos serviços públicos131.
131
BRASIL. Decreto nº 1171, de 22 de Junho de 1994. Aprova o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm>. Acesso em: 02 set. 2017.
132
IDEM.
133
IDEM.
63
134
IDEM.
65
Juliardi Ziviani explica que a administração pública não tem medido esforços
no sentido de impor uma ação ética e transparente junto a gestão pública, in verbis:
Os governos em todo o mundo estão empreendendo esforços na
busca da maior eficiência e eficácia da administração pública.
Agilizar e moderniza o estado tem sido a pauta da agenda política de
diversos países. Na tentativa de criar um Estado mais barato e
eficiente, torna-se necessário um maior controle dos gastos públicos
e uma maior transparência na aplicação dos recursos públicos. Os
governos devem implementar processos de desenvolvimento que
assegurem a utilização dos recursos naturais e econômicos do país
no atendimento das necessidades das gerações presentes, sem
esgotar as possibilidades de desenvolvimento das gerações futuras,
ou seja, devem implantar o desenvolvimento sustentável136.
135
IDEM.
136
ZIVIANI, Juliardi. Lei de responsabilidade fiscal: planejamento, controle, 48 transparência e
responsabilização. 2004. Disponível em: http://jus.com.br. Acesso em: 02 set. 2017.
137
GONÇALVES, Maria Denise A. P. Gestão Pública sob novo paradigma da eficiência. 2012.
Disponível em: <www.conteudojuridico.com.br>. Acesso em: 02 set. 2017.
66
138
GOMES FILHO, Adhemar B. O desafio de implementar uma gestão pública transparente.
Santiago: X Congresso internacional Del CLAD sobre la reforma Del Estado y de La administración
pública, 2005. p. 06.
139
BEZERRA, Maria do S. C.; CAVALCANTI, Pettson de M. Transparência na administração pública:
instrumentos legais e outros dispositivos. 2011. Disponível em: www.jusnavegandi.com.br. Acesso
em: 02 set. 2017.
140
GONÇALVES. op. cit. p. 09.
67
CONCLUSÃO
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