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ETEC Comendador João Rays

Gabriel Gomes

Gabriel Thiago

Gean Carlos da Silva Junior

João Victor Francisco

Jordy Galiano de Lima

Analise da Formação do Homem no Século XI

I-Juca-Pirama e os Timbiras-Gonçalves Diaz

Barra Bonita
2022

Gabriel Gomes

Gabriel Thiago

Gean Carlos da Silva Junior

João Victor Francisco

Jordy Galiano de Lima

Analise da Formação do Homem no Século XI

I-Juca-Pirama e os Timbiras-Gonçalves Diaz

Pesquisa apresentada ao curso de estudos


avançados em linguagens da ETEC Comendador
joão rays

Orientador: Lucimeire Ferrari Dolto


Barra Bonita

2022

1 INTRODUÇÃO

Nessa pesquisa iremos analisar a obra I-Juca-Pirama e os Timbiras de Gonçalves Diaz, afim de
se aprofundar no conceito do índio em comparação à Carta de Pera Vaz de Caminha. A seguir
veremos um breve enredo sobre o autor e o livro, bem como seus personagens e o contexto
histórico, e em conclusão a nossa analise critica acerca de ambos os textos.

2 BIOGRAFIA

Gonçalves Dias (1823-1864) foi um poeta, professor, jornalista e teatrólogo brasileiro. É


lembrado como o grande poeta indianista da Primeira Geração Romântica. Deu romantismo ao
tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É considerado um dos melhores poetas líricos
da literatura brasileira. Ele nasceu em Caxias, Maranhão em 10 de agosto de 1823, e morreu em
Guimarães, Maranhão em 3 de novembro de 1864.

Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É considerado um dos
melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº15 da Academia Brasileira
de Letras.

3 ENREDO E PERSONAGENS

Epopéia indianista inacabada de Gonçalves Dias, é uma narração dividida em uma introdução e
quatro cantos. É o ponto exato em que o mito do bom selvagem, constante desde os árcades,
acabou por fazer-se verdade artística, e o poemeto épico I-Juca Pirama – a mais acabada
realização do indianismo na poesia brasileira.
Nos poemas são narrados os feitos de guerreiros timbiras, principalmente do chefe Itajuba e do
jovem guerreiro Jatir. Altamente idealizados, estes índios falam apenas em valor, coragem,
guerra e honra, num mundo habitados por inimigos vis, piagas (pajés) sábios e guerreiros
valorosos. O autor usa e abusa de termos em tupi e do verso branco (sem rima). A obra Cantos
era composta dos primeiros quatro cantos de Os Timbiras. Gonçalves Dias não pôde concluir o
poema, pois antes disso faleceu num desastre.

4 CONTEXTO LITERARIO

Durante o Segundo Império havia uma grande preocupação entre o meio artístico e literário do
Brasil em compor uma epopeia a altura de Os Lusíadas, para que fosse o poema máximo
representante da nação. Muitos poetas se candidataram a fabricarem tal poema, em 1856
Gonçalves de Magalhães publicara A Confederação dos Tamoios, Gonçalves Dias talvez porque
não quisera ficar atrás do seu amigo e conterrâneo lançara no ano seguinte Os Timbiras na
Alemanha. O poema apareceu dedicado À majestade do muito alto e muito poderoso príncipe o
Senhor D. Pedro II, Imperador constitucional e defensor perpétuo do Brasil, segundo Gonçalves
havia sido uma promessa feita ao Imperador. Dom Pedro II por sua vez estava disposto a pagar
uma boa quantia ao poeta que realizasse um poema que representasse a nação, do outro lado do
oceano, os literatos Europeus também alimentavam a ideia de um poema nacional brasileiro.

5 CONCLUSÃO.

Ao analisarmos o livro Juca Pirama e os Timbiras de Gonçalves Dias notamos uma importante
identidade nacional idealizada na visão dos intelectuais brasileiros que perceberam uma
oportunidade de se “defenderem” da vista europeizada implantada pelos portugueses.

O livro gonçalviano define os indígenas como heróis, espécies de cavaleiros medievais europeus
com algumas características nacionais, tirando os holofotes da visão “selvagem”, como no
cântico I:
“No meio das tabas de amenos verdores,

Cercadas de troncos — cobertos de flores,

Alteiam-se os tetos d’altiva nação;

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,

Temíveis na guerra, que em densas coortes

Assombram das matas a imensa extensão.

São rudes, severos, sedentos de glória,

Já prélios incitam, já cantam vitória,

Já meigos atendem à voz do cantor:

São todos Timbiras, guerreiros valentes!

Seu nome lá voa na boca das gentes,

Condão de prodígios, de glória e terror!

As tribos vizinhas, sem forças, sem brio,

As armas quebrando, lançando-as ao rio,

Os incensos aspiraram dos seus maracás:

Medrosos das guerras que os fortes acendem,

Custosos tributos ignavos lá rendem,

Aos duros guerreiros sujeitos na paz.

No centro da taba se estende um terreiro,

Onde ora se aduna o concílio guerreiroCONCLUSÃO.

Da tribo senhora, das tribos servis:


Ao analisarmos o livro Juca Pirama e os Timbiras de Gonçalves Dias notamos uma importante
identidade nacional idealizada na visão dos intelectuais brasileiros que perceberam uma
oportunidade de se “defenderem” da vista europeizada implantada pelos portugueses.

Os velhos sentados praticam d’outrora,

O livro gonçalviano define os indígenas como heróis, espécies de cavaleiros medievais europeus
com algumas características nacionais, tirando os holofotes da visão “selvagem”, como no
cântico I:

E os moços inquietos, que a festa enamora,

“No meio das tabas de amenos verdores,

Derramam-se em torno d’um índio infeliz.

Cercadas de troncos — cobertos de flores,

Quem é? — ninguém sabe: seu nome é ignoto,

Alteiam-se os tetos d’altiva nação;

Sua tribo não diz: — de um povo remoto

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,

Descende por certo — d’um povo gentil;

Temíveis na guerra, que em densas coortes

Assim lá na Grécia ao escravo insulano

Assombram das matas a imensa extensão.

Tornavam distinto do vil muçulmano

São rudes, severos, sedentos de glória,

As linhas corretas do nobre perfil.”

Já prélios incitam, já cantam vitória,


Já meigos atendem à voz do cantor:

Notamos características da selva brasileira, ao mesmo tempo que suas tribos são descritas como
feudos “armados” de bravos cavaleiros com gritos de guerra e prontos para defender seus
interesses com suas claras descrições: rudes, severos e sedentos de glória.

São todos Timbiras, guerreiros valentes!

O livro mostra que o nome de um índio é irrelevante como de um escravo grego, características
similares as descritas no Odisseia.

Seu nome lá voa na boca das gentes,

Percebemos que de certa maneira mesmo ao criar uma obra romântica sobre os índios brasileiros
numa tentativa de realçar a identidade nacional, o autor “apela” para características e pontos de
vista europeus, como os descritos acima. Comparação que podemos observar na Carta de Pero
Vaz de Caminha trazendo características do que seria necessário numa vida europeia e que tanto
falta para os selvagens tribais.

Condão de prodígios, de glória e terror!

Ao mesmo tempo que notamos uma grande diferença ao tratar o índio como uma pessoa árdua,
heroica e gentil. Diferente da visão selvagem da carta.

As tribos vizinhas, sem forças, sem brio,

As armas quebrando, lançando-as ao rio,

Os incensos aspiraram dos seus maracás:

Medrosos das guerras que os fortes acendem,

Custosos tributos ignavos lá rendem,

Aos duros guerreiros sujeitos na paz.

No centro da taba se estende um terreiro,


Onde ora se aduna o concílio guerreiro

Da tribo senhora, das tribos servis:

Os velhos sentados praticam d’outrora,

E os moços inquietos, que a festa enamora,

Derramam-se em torno d’um índio infeliz.

Quem é? — ninguém sabe: seu nome é ignoto,

Sua tribo não diz: — de um povo remoto

Descende por certo — d’um povo gentil;

Assim lá na Grécia ao escravo insulano

Tornavam distinto do vil muçulmano

As linhas corretas do nobre perfil.”

Notamos características da selva brasileira, ao mesmo tempo que suas tribos são descritas como
feudos “armados” de bravos cavaleiros com gritos de guerra e prontos para defender seus
interesses com suas claras descrições: rudes, severos e sedentos de glória.

O livro mostra que o nome de um índio é irrelevante como de um escravo grego, características
similares as descritas no Odisseia.

Percebemos que de certa maneira mesmo ao criar uma obra romântica sobre os índios brasileiros
numa tentativa de realçar a identidade nacional, o autor “apela” para características e pontos de
vista europeus, como os descritos acima. Comparação que podemos observar na Carta de Pero
Vaz de Caminha trazendo características do que seria necessário numa vida europeia e que tanto
falta para os selvagens tribais.

Ao mesmo tempo que notamos uma grande diferença ao tratar o índio como uma pessoa árdua,
heroica e gentil. Diferente da visão selvagem da carta.
Referencias

 I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias: análise e resumo da obra- Cltura Genial- Rebeca Fuks
Doutora em Estudos da Cultura
 I – Juca Piramaautor- Educação.Globo
 Gonçalves Dias: biografia, obras e melhores poemas- Toda Materia

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