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Aula 03

Cinesiologia e Biomecânica e Marcha -


Curso Regular - 2022

Autor:
Mara Claudia Ribeiro

20 de Fevereiro de 2022
Mara Claudia Ribeiro
Aula 03

Sumário

1 - Complexo do Cotovelo ............................................................................................................................. 2

1.1. OSTEOLOGIA ...................................................................................................................................... 2

1.2 ARTICULAÇÕES DO COMPLEXO DO COTOVELO ............................................................................... 3

1.3 MÚSCULOS DO COMPLEXO DO COTOVELO ..................................................................................... 4

1.4 REVISÃO SIMPLIFICADA DA MUSCULATURA DO COMPLEXO DO COTOVELO .................................. 7

1.5 BIOMECÂNICA DO COTOVELO ........................................................................................................... 8

1.6 - LIMITAÇÕES DE MOVIMENTOS ....................................................................................................... 10

1.7 - ATIVIDADES EM CADEIAS ABERTA E FECHADA................................................................................ 11

1.8 CONTRAÇÕES CONCÊNTRICA E EXCÊNTRICA .................................................................................. 11

2. COMPLEXO DO PUNHO E DA MÃO ........................................................................................................ 14

2.1 OSTEOLOGIA ..................................................................................................................................... 14

2.2 ARTICULAÇÕES DO COMPLEXO DO PUNHO E MÃO ....................................................................... 16

2.3 MÚSCULOS DO COMPLEXO DO PUNHO E MÃO ............................................................................. 19

2.4 - BIOMECÂNICA ARTICULAR .............................................................................................................. 29

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 32

Lista de Questões.............................................................................................................................................. 44

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CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA DO COTOVELO, PUNHO E MÃO 1 -


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1 - Complexo do Cotovelo

O complexo do cotovelo é uma estrutura localizada na porção média dos membros superiores. Sua posição
definiu sua função: unir a mão ao ombro e ao restante do corpo. Trata-se de uma articulação estruturalmente
estável que contém três articulações (umeroulnar, radioumeral e radioulnar proximal) dentro de uma única
cápsula articular.

1.1. OSTEOLOGIA

Os três componentes ósseos do cotovelo são: o úmero, a ulna e o rádio (Figura 1).

O úmero se articula tanto com o rádio como com a ulna, enquanto que o rádio articula-se com a ulna.

ÚMERO: O úmero tem características anatômicas únicas na sua extremidade distal. Esta anatomia permite
que o úmero se articule com a ulna (articulação umeroulnar) e com o rádio (articulação umerorradial). Estas
características umerais únicas incluem a tróclea, para movimento com a ulna, e o capítulo, para movimentos
com o rádio.

Acima da tróclea existe uma depressão conhecida como fossa coronóide, e na face posterior do úmero existe
uma outra depressão denominada fossa olecraniana.

ULNA: A extremidade proximal da ulna apresenta uma concavidade em forma de “C”, conhecida como
incisura troclear. A extremidade mais superior da incisura troclear é o olecrano, e a extremidade inferior do
“C” é denominada processo coronóide.

RÁDIO: A extremidade proximal do rádio apresenta a cabeça radial circundada por um anel (ligamento
anular da cabeça do rádio).

Figura 1 – Ossos que compõe o complexo do cotovelo

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Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

1.2 ARTICULAÇÕES DO COMPLEXO DO COTOVELO

Articulação média do membro superior.

Anatomicamente - 1 articulação – Só tem uma cápsula articular.

Funcionalmente:

Articulação
Radioulnar movimentos de pronação e supinação
Proximal

Articulação
movimentos de Flexão e extensão
Umeroradial

Articulação
movimentos de Flexão e extensão
Umeroradial

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Figura 2 – Articulações do complexo do cotovelo

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

Articulação Radioulnar Proximal

Trata-se de uma Articulação Sinovial do tipo pivô ou trocoide;

Realiza os movimentos de supinação e pronação;

Estabilizada pelo ligamento anular.

1.3 MÚSCULOS DO COMPLEXO DO COTOVELO

Existem oito músculos principais associados aos movimentos do cotovelo: dois extensores, três flexores, dois
pronadores e um supinador.

O tríceps braquial é o principal extensor do cotovelo.

Os três músculos flexores do cotovelo são o bíceps braquial, o braquial e o braquiorradial.

O bíceps braquial também é considerado um supinador primário.

Outro músculo para a supinação é denominado supinador.

Os dois pronadores são os músculos pronador redondo e pronador quadrado.

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Além desses oito músculos, existem ainda outros que se originam na articulação do cotovelo ou em torno
dela. Entretanto, a maioria destes músculos desempenha maior papel funcional no punho e na mão.

Os extensores extrínsecos do punho e dos dedos originam-se em torno do epicôndilo lateral do úmero,
formando uma estrutura conhecida como TENDÃO EXTENSOR COMUM.

Já os flexores extrínsecos do punho e dos dedos originam-se em torno da região do epicôndilo medial do
úmero, formando uma estrutura designada como TENDÃO FLEXOR COMUM.

MÚSCULOS DA FLEXÃO DO COTOVELO (Figura 5)

Bíceps braquial;

Braquial;

Braquiorradial.

Figura 5 – Músculos flexores do cotovelo

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MÚSCULOS DA EXTENSÃO DO COTOVELO (Figura 6)

Ancôneo;

Tríceps Braquial.

Figura 6 – Músculos extensores do cotovelo

MÚSCULOS DA PRONAÇÃO E SUPINAÇÃO (Figura 7 e 8)

Pronação

Pronador redondo

Pronador quadrado

Supinação

Supinador

Bíceps braquial (maximiza a ação a 90º de flexão)

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Figura 7 – movimento de pronação e supinação

Figura 8 – Músculos pronadores e supinadores

1.4 REVISÃO SIMPLIFICADA DA MUSCULATURA DO COMPLEXO DO COTOVELO

Músculo Imagem Ação


Bíceps - Flexão e supinação do
Braquial cotovelo.
- Flexão do ombro.
- Flexão do cotovelo no
exercício de barra.

(antebraço supinado)

Braquial - Flexão do cotovelo.


- Flexão do cotovelo no
exercício de barra.
- (antebraço neutro)

Braquioradial - Flexão do cotovelo.


- Auxiliar na supinação e na
pronação resistida.

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Tríceps - Estende a articulação do


Braquial cotovelo.
- Cabeça longa: extensão e
adução do ombro.

ANCÔNEO - Extensão do cotovelo e


estabilização da ulna durante a
pronação e supinação.

Pronador - Pronação do antebraço


Redondo - Auxiliar na flexão do
cotovelo.

Pronador - Pronação do antebraço.


Quadrado

Supinador - Supinação do antebraço.

Fonte das imagens: aplicativo visible body

1.5 BIOMECÂNICA DO COTOVELO

ARTROCINEMÁTICA
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As articulações do cotovelo compreendem a articulação do úmero com o rádio, a articulação do úmero com
a ulna e a articulação proximal do rádio com a ulna.

Embora o cotovelo envolva todas estas articulações, a ARTICULAÇÃO DO COTOVELO propriamente dita é na
realidade a articulação do úmero com o rádio e a ulna. Estas duas articulações são tipicamente tratadas como
uma articulação única, composta, uniaxial e do tipo gínglimo, permitindo os movimentos de dobradiça em
flexão e extensão.

Os movimentos umeroulnares ocorrem quando a incisura troclear da ulna desliza sobre a tróclea do úmero.
À medida que o cotovelo atinge os graus finais da ADM de extensão, surge uma sensação final óssea, pelo
contato da fossa olecriana do úmero com o olecrano. Por outro lado, a flexão ativa do cotovelo em geral
termina com uma sensação final de tecidos moles.

Os movimentos umerorradiais ocorrem pelo deslocamento da cabeça côncava do rádio sobre o capítulo
convexo do úmero.

A articulação radioulnar proximal, funcionando em conjunto com a articulação radioulnar distal, promove a
pronação e a supinação do antebraço. Durante este movimento, a cabeça do rádio, mantida pelo ligamento
anular, é rodada contra a ulna.

OSTEOCINEMÁTICA

Os movimentos do cotovelo não são determinados apenas pelos músculos que são contraídos, mas também
dependem da posição do cotovelo, do ombro e dos ossos do antebraço no momento da contração.

FLEXÃO (145-150o) e EXTENSÃO (0o): movimentos que ocorrem nas articulações umeroulnar e umerorradial.

A FLEXÃO ocorre por meio de três músculos que se originam acima da própria articulação do cotovelo e se
inserem na parte flexora (anterior) do antebraço, abaixo da articulação. Quando estes três músculos se
contraem, encurtando seu ventre, eles deslocam a mão para cima na direção do ombro. Visto que o bíceps
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braquial se origina acima do cotovelo, na região anterior do ombro, e se insere abaixo do cotovelo, ele é o
único dos três músculos flexores considerado biarticular, portanto a contração concêntrica deste musculo
também produz flexão de ombro.

A EXTENSÃO ocorre principalmente pela contração do tríceps braquial e, em uma menor proporção, pelo
ancôneo. O tríceps braquial, como seu nome indica, apresenta três origens, também conhecidas como
cabeças, e uma inserção. A cabeça longa do tríceps braquial cruza a região posterior do ombro e, juntamente
com as cabeças medial e lateral, insere-se na ulna distalmente à articulação do cotovelo. Assim, a contração
do tríceps braquial não apenas produz a extensão de cotovelo, mas também colabora com a extensão do
ombro.

PRONAÇÃO (90O) e SUPINAÇÃO (90O): é um movimento que ocorre no antebraço, na articulação radioulnar
proximal.

A posição de partida durante a mensuração é com o cotovelo flexionado a 90o e o dedo polegar apontado
para cima. O antebraço deve ser capaz de rodar 90o em cada direção, partindo deste ponto. Portanto a
PRONAÇÃO completa é alcançada quando a região palmar está voltada para baixo e a SUPINAÇÃO completa
é alcançada quando a região palmar está voltada para cima.

Com exceção do bíceps braquial (que atua como flexor e supinador), todos os outros pronadores e
supinadores são músculos monoarticulares e não são influenciados pela posição do cotovelo em termos de
flexão e extensão.

1.6 - LIMITAÇÕES DE MOVIMENTOS

Flexão ativa (145º)

Massa muscular

Flexão passiva (160º)

Cabeça rádio na fossa radial

Processo coronóide na fossa coronóide

Tensão cápsula posterior

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Tensão passiva do tríceps

Extensão

Apoio do olécrano

Tensão cápsula anterior

Tensão passiva dos flexores bíceps, braquial, braquiorradial.

1.7 - ATIVIDADES EM CADEIAS ABERTA E FECHADA

As atividades em cadeia aberta na vida diária são frequentes no complexo do cotovelo. Esta inclui desde
atividades básicas, como pentear o cabelo, até atividades esportivas avançadas, como arremessar uma bola.

Entretanto, exigem muitas atividades que também exigem que a musculatura do cotovelo atue em cadeia
fechada. Por exemplo, muitas vezes os instaladores de pisos e carpinteiros trabalham apoiados sobre suas
mãos e joelhos. Ginastas frequentemente utilizam os membros superiores em cadeia fechada, e mesmo os
praticantes de luta greco-romana costumam assumir esta posição.

O tratamento de lesões no cotovelo, portanto, deve ser adaptado às necessidades especificas dos indivíduos.
O instalador de pisos pode necessitar de uma atividade em cadeia aberta em maior velocidade, para simular
o posicionamento e os movimentos reais durante a aplicação do piso, embora também precise de exercícios
em cadeia fechada com carga mais elevada, para simular a sustentação de peso do corpo sobre mãos e
joelhos.

1.8 CONTRAÇÕES CONCÊNTRICA E EXCÊNTRICA

De todos os flexores de cotovelo, o bíceps braquial é o que mais comumente atua excentricamente por uma
adaptação protetora. Quando o cotovelo se move rapidamente para posição de extensão contra a
resistência, o bíceps braquial atua excentricamente para tornar mais lenta a velocidade de extensão do
cotovelo. Um exemplo prático de como o bíceps braquial trabalha pode ser observado quando uma pessoa
que está segurando no degrau superior de uma escada escorrega enquanto sobe. Com as mãos firmes no

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degrau superior da escada e o corpo caindo, o cotovelo é forcado a uma extensão rápida e o bíceps braquial
se contrai enquanto alonga a fim de lentificar a queda.

O tríceps braquial é o principal extensor do cotovelo e trabalha em contração excêntrica. Por exemplo,
durante exercícios de flexão no solo, as mãos estão apoiadas contra o chão e o corpo se move para cima e
para baixo. Os tríceps braquiais estão funcionando em uma cadeia cinemática fechada. Quando o corpo está
sendo empurrado para cima, o cotovelo estende e o tríceps braquial se encurta e realiza a contração
concêntrica. Quando o corpo lentamente retorna em direção ao solo e os cotovelos se flexionam, o tríceps
braquial se alonga e realiza uma contração excêntrica, de modo que o corpo possa retornar ao solo de
maneira controlada.

INSUFICIÊNCIA ATIVA

Os músculos biarticulares que influenciam principalmente o complexo do cotovelo são o bíceps braquial e
o tríceps braquial (cabeça longa). Consequentemente, estes dois músculos tendem a sofrer mais com
insuficiência ativa. Como já mencionado, um músculo perde sua capacidade de produzir tensão ativa se:

O encurtamento máximo já tiver sido alcançado; o musculo encurtou-se tanto que todas as pontes cruzadas
foram formadas; e, fisiologicamente, os miofilamentos não são capazes de deslizar ainda mais uns sobre os
outros.

O músculo está tão alongado que estes miofilamentos não são capazes de se deslocar e se sobrepor uns aos
outros.

O bíceps braquial torna-se ativamente insuficiente (encurtado) quando um indivíduo move o cotovelo em
flexão completa enquanto posiciona o ombro em flexão completa à frente (e o antebraço supinado). Ele
também se torna insuficiente (alongado) quando o ombro e cotovelo estão em extensão completa e o
antebraço está pronado.

A cabeça longa do tríceps braquial sofre insuficiência ativa (encurtado) quando o indivíduo move o cotovelo
em extensão completa enquanto posiciona o ombro em extensão completa. Ele também se torna
insuficiente (alongado) quando o ombro e o cotovelo estão completamente flexionados. As alterações do
comprimento destes músculos devem ser consideradas pelo fisioterapeuta ao planejar o programa de
tratamento, objetivando a restauração da amplitude de movimento e da forca fisiológicas, em relação aos
níveis funcionais anteriores.

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(AOCP - Fisioterapeuta - EBSERH/HU-UFMS – 2014) Assinale os músculos a seguir que fixam-


se no epicôndilo lateral do úmero.
a) Flexor carpo ulnar e palmar longo.
b) Extensor carpo ulnar e flexor carpo ulnar.
c) Flexor carpo radial e palmar longo.
d) Extensor carpo radial longo e curto.
e) Ancôneo, braquiorradial e redondo pronador.

COMENTÁRIO: Esta é uma questão muito comum em vários concursos, pois questiona os
músculos que tem origem no epicôndilo lateral do úmero e cuja inflamação dos tendões pode
gerar uma patologia relativamente comum, que é a Epicondilite Lateral. Temos sempre que
lembrar que:

EPICONDILO LATERAL: origem dos extensores;


EPICONDILO MEDIAL: origem dos flexores.

Vamos analisar as possíveis respostas:


Alternativa A - Flexor carpo ulnar e palmar longo – errado. Os dois músculos agem na flexão,
portanto têm origem no epicôndilo medial.

Alternativa B - Extensor carpo ulnar e flexor carpo ulnar - errado. O músculo flexor ulnar do
carpo agem na flexão, portanto não tem origem no epicôndilo lateral.

Alternativa C- Flexor carpo radial e palmar longo - errado. Os dois músculos agem na flexão,
portanto têm origem no epicôndilo medial.

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Alternativa D - Extensor carpo radial longo e curto – Correto – é isso aí!!! Dois músculos
EXTENSORES !!! SIM, eles têm origem no epicôndilo lateral.

Alternativa E - Ancôneo, braquiorradial e redondo pronador - errado. Ancôneo é extensor do


cotovelo, braquiorradial é flexor do cotovelo e pronador redondo age na pronação. Muito
embora estes músculos estejam localizados ao redor da articulação do cotovelo, não têm
origem no epicôndilo lateral.

Portanto, a alternativa correta é a D.

GABARITO: D

2. COMPLEXO DO PUNHO E DA MÃO

A mão é um órgão complexo que possui múltiplas finalidades. A colocação e estabilização da mão dependem
do tronco, ombro, cotovelo e punho.

2.1 OSTEOLOGIA

O punho e a mão são as únicas partes do corpo em que as tarefas a serem realizadas variam desde o uso de
habilidades motoras finas e delicadas até o recrutamento de fibras musculares para atividades contra a
resistência.

É uma região composta por 29 ossos organizados de modo a formar mais de 20 articulações. Esses ossos
correspondem aos 8 carpianos, 5 metacarpianos, 14 falanges, o rádio e a ulna.

Os 8 ossos do carpo estão alinhados em duas fileiras de quatro ossos cada. A eles se articula, em situação
proximal, o rádio e a ulna (Figura) e, distalmente os metacarpianos. Os carpais são classificados como ossos
irregulares, embora cada um apresente sua própria configuração.

Figura 9 – Porção distal do rádio e da ulna

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Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

Os ossos do carpo (Figura) podem ser identificados com o corpo a posição anatômica, iniciando-se da borda
lateral (radial) e em direção medial (ulnar). A fileira proximal é constituída pelos ossos escafóide, semilunar,
piramidal e pisiforme. A fileira distal de ossos do carpo é constituída pelos ossos trapézio, trapezóide,
capitato e hamato.

Figura 10 – Ossos do carpo

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

Imediatamente distal aos ossos do carpo situam-se os METACARPIANOS (Figura). Como já mencionado,
existem cinco ossos metacarpianos, identificados de 1 a 5, considerando-se o primeiro metacarpiano aquele
localizado na base do polegar. Cada metacarpiano apresenta uma porção proximal que se articula com um
ou mais ossos do carpo. Cada osso metacarpiano também apresenta uma diáfise e uma cabeça, a superfície
convexa da cabeça se articula com a falange proximal respectiva.

Figura 11 – Ossos do complexo do punho e mão – destaque para os 5 metacarpianos.

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Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

Cada mão apresenta 14 falanges. Os dedos de II a V são constituídos pelas falanges proximal, média e distal,
ao passo que o primeiro dedo (polegar) apresenta apenas falange proximal e distal. As falanges são
constituídas por base, diáfise (corpo) e cabeça (Figura).

2.2 ARTICULAÇÕES DO COMPLEXO DO PUNHO E MÃO

ARTICULAÇÃO RADIOCÁRPICA (Figura 12 – número 1)

Articulação entre a porção inferior do rádio e os ossos da fileira proximal do carpo

ARTICULAÇÃO MEDIOCÁRPICA (Figura 12 – número 2)

Articulação entre a fileira proximal e distal do carpo

Articulação entre a fileira proximal (lateral p/ medial)


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Escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme

E a fileira distal (lateral p/ medial)

Trapézio, trapezóide, capitato e hamato

Dos ossos do carpo.

Figura 12 – Articulação radiocápica (1) e mediocápica (2)

Figura 13 – Articulações do complexo do punho e mão

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

ARTICULAÇÃO RADIOCÁRPICA

A articulação radiocárpica é considerada de natureza condilar. Ela é formada pela superfície côncava do rádio
e a convexidade composta pelo escafoide e semilunar.

Esta articulação conta com dois graus de liberdade (flexão e extensão / desvio ulnar e radial). Tipicamente o
movimento ocorre quando os ossos do carpo deslizam sobre o rádio em sentido oposto ao do movimento.
Por exemplo, durante o movimento de extensão, os ossos do carpo movem-se na direção anterior. A flexão
e a extensão do punho ocorrem principalmente nas articulações radiocárpica e mesocárpica.

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Os desvios radial e ulnar também ocorrem como resultado do movimento da articulação radiocárpica. Aqui
os ossos do carpo também se movem em direção oposta à do movimento. Com o desvio radial,
consequentemente, os ossos do carpo movem-se na direção ulnar.

ARTICULAÇÃO ULNOCÁRPICA

Embora não haja realmente uma articulação entre a ulna e o piramidal, uma estrutura tipo meniscal,
denominado complexo de fibrocartilagem triangular está situado entre a extremidade distal da ulna e a parte
proximal do piramidal.

ARTICULAÇÃO MESOCÁRPICA

É a articulação entre as fileiras proximal e distal de ossos do carpo.

Durante a flexão e a extensão do punho e os desvios radial e ulnar, o centro do eixo da rotação parece estar
localizado na base do capitato.

ARTICULAÇÕES CARPOMETACÁRPICAS

Como uma unidade, a articulação carpometacárpica é formada pela articulação da fileira distal dos ossos do
carpo e a base dos metacarpianos. Existem cinco articulações carpometacárpicas distintas que são
consideradas articulações do tipo sinovial. Cada uma delas apresenta um grau de liberdade em flexão e
extensão.

Separadamente, o segundo metacarpiano articula-se com o trapezoide, o trapézio e o capitato. O terceiro


metacarpiano articula-se principalmente com o capitato. O quarto metacarpiano articula-se com o hamato.
A ADM fisiológica aumenta da terceira à quinta articulação carpometacárpica. A quinta articulação dispõe
de mais um grau de liberdade sob a forma de abdução e adução.

A articulação carpometacárpica do polegar é formada pelo primeiro metacarpiano e o trapézio. Esta


articulação é classificada como SELAR. Nesta articulação, a flexão, a extensão, a abdução e a adução são
componentes chave que se combinam com o movimento de oposição para maximizar a atividade da mão
em garra.

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A função principal dessas articulações é permitir a formação apropriada dos arcos da mão. A combinação de
pequenos movimentos nestas articulações, bem como a estabilidade oferecida pelos ligamentos e fáscia
palmares, fornece uma superfície de contato ideal utilizada para o posicionamento da mão em garra.

ARTICULAÇÕES METACARPOFALANGIANAS

As articulações metacarpofalangianas do segundo ao quinto dedos são formadas pela articulação da cabeça
convexa dos ossos metacarpianos com a base côncova da falange proximal. Representam articulações do
tipo condilares que permitem dois graus de liberdade realizando flexão, extensão, abdução e adução.

A articulação metacarpofalangiana do polegar é considerada uma articulação codilar (elipisóide) com dois
graus de liberdade flexão e extensão, adução e abdução.

ARTICULAÇÕES INTERFALANGIANAS

Em conjunto existem nove articulações interfalangianas: uma no primeiro dedo e duas para cada um dos
demais dedos. A articulação interfalangia do segundo ao quinto dedo são denominadas articulações
interfalangianas proximais e interfalangianas distais, de acordo com sua localização. Cada articulação é uma
dobradiça com um grau de liberdade, permitindo a flexão e a extensão.

2.3 MÚSCULOS DO COMPLEXO DO PUNHO E MÃO

Os músculos que atuam sobre o punho e mão destinam-se principalmente fornecer uma base de sustentação
estável e, ao mesmo tempo, permitir ajustes de comprimento-tensão ideais e adequados.

A classificação da função muscular em relação ao punho e a mão relaciona a função muscular com as ações
de cada articulação. De acordo com essa abordagem, seriam exemplos de grupos musculares que atuam no
punho os flexores e extensores, os adutores e abdutores.

Os músculos também podem ser classificados quanto a sua localização anatômica. Por exemplo, os músculos
palmar longo, flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo, flexores superficial e profundo dos dedos e o
flexor longo do polegar estão situados na face anterior do punho e da mão. Por conseguinte, esses músculos
são denominados músculos anteriores (flexores).

Ao contrário, os músculos extensores longo e curto radiais do carpo, o extensor ulnar do carpo, o extensor
comum dos dedos, o extensor do indicador, o extensor de dedo mínimo, o extensor longo do polegar e o
abdutor longo do polegar são classificados como músculos posteriores, visto que estão localizados na
superfície posterior do punho e da mão.

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Outro método de classificação dos músculos do punho e mão se dá pela identificação de divisões ou
compartimentos. O abdutor curto do polegar, o flexor curto do polegar e o oponente do polegar são
músculos localizados na região do polegar e formam o que é denominado eminência ou compartimento
tênar.

Enquanto que o abdutor do dedo mínimo, o flexor do dedo mínimo e o oponente do dedo mínimo formam
a eminência hipotênar na região ulnar da face palmar da mão.

Finalmente, os músculos, por suas fixações tendinosas, podem ser classificados como intrínsecos ou
extrínsecos de acordo com a localização de suas fixações proximal e distal. Simplificando, aqueles músculos
cujas fixações proximal e distal são encontradas em estruturas da mão são ditos intrínsecos, enquanto os
músculos cujas fixações proximais não estão em estruturas da mão são considerados extrínsecos.

MÚSCULOS FLEXORES DO PUNHO E DEDOS (Figura 14)

Flexor radial do carpo

Flexor ulnar do carpo

Palmar longo

Flexor superficial dos dedos

Flexor profundo dos dedos

Figura 14 – Músculos flexor radial, flexor ulnar e palmar longo

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

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Figura 15 – Músculos flexor superficial e profundo dos dedos

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

Figura 16 – Músculos Flexores do punho e dedos

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MÚSCULOS EXTENSORES DO PUNHO E DEDOS (Figura 17)

Extensor radial longo do carpo

Extensor radial curto do carpo

Extensor ulnar do carpo

Extensor comum dos dedos

Figura 17 – Extensores de punho e dedos

Figura 18 – Extensores de punho e dedos

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Os extensores extrínsecos do punho e dos dedos originam-se em torno do epicôndilo lateral do úmero,
formando uma estrutura conhecida como TENDÃO EXTENDOR COMUM (Figura).

Já os flexores extrínsecos do punho e dos dedos originam-se em torno da região do epicôndilo medial do
úmero, formando uma estrutura designada como TENDÃO FLEXOR COMUM.

Figura 19 – Origem dos extensores – epicôndilo lateral

MÚSCULOS DA ABDUÇÃO (DESVIO RADIAL)

Flexor radial do carpo

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Extensor radial longo do carpo

Extensor radial curto do carpo

Abdutor longo do polegar

Extensor curto do polegar

Extensor longo do polegar

MÚSCULOS DA ADUÇÃO (DESVIO ULNAR) – Figura 20

Flexor ulnar do carpo

Extensor ulnar do carpo

Figura 20 – Músculos da Adução (Desvio ulnar)

Músculos
agem sobre punhos e dedos
extrínsecos da mão

Músculos
agem somente sobre os dedos
intrínsecos da mão

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MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA MÃO

Extensor dos dedos

Extensor do indicador

Extensor do dedo mínimo

Extensor longo do polegar

Extensor curto do polegar

Abdutor longo do polegar

Flexor superficial dos dedos

Flexor profundo dos dedos

Flexor longo do polegar

MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA MÃO

4 lumbricais (Figura 21)

3 interósseos palmares (Figura 22)

4 interósseos dorsais (Figura 23)

Figura 21 - Lumbricais

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8
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

Figura 22 – Interósseos palmares

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

Figura 23 – Interósseos dorsais

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998

MÚSCULOS TENARES

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Oponente do polegar (Figura 24)

Abdutor curto do polegar (Figura 25)

Adutor do polegar (Figura 26)

Flexor curto do polegar (Figura 27)

Figura 24 - Oponente do polegar

Fonte: ADAM Interactive Anatomy, 1997

Figura 25 - Abdutor curto do polegar

Fonte: ADAM Interactive Anatomy, 1997

Figura 26 - Adutor do polegar

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Fonte: ADAM Interactive Anatomy, 1997

Figura 27 - Flexor curto do polegar

Fonte: ADAM Interactive Anatomy, 1997

MÚSCULOS HIPOTENARES

Oponente do dedo mínimo (Figura 28)

Abdutor do dedo mínimo (Figura 29)

Flexor curto do dedo mínimo (Figura 30)

Figura 28 - Oponente do dedo mínimo

Fonte: https://ifanatomia.wordpress.com

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Figura 29 – Abdutor do dedo mínimo

Fonte: ADAM Interactive Anatomy, 1997

Figura 30 - Flexor curto do dedo mínimo

Fonte: ADAM Interactive Anatomy, 1997

2.4 - BIOMECÂNICA ARTICULAR

PUNHO

Acredita-se que as articulações radiocárpica, mesocárpica, carpometacárpica e metacarpofalangiana sejam


importantes na ADM do punho. Embora cada articulação tenho funções individuais, na realidade é o trabalho
conjunto de todas as articulações que fornece a cinemática ideal.

O punho possui dois graus de liberdade:

Plano Sagital

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Flexão

Extensão

Plano Frontal

Adução (Desvio Ulnar)

Abdução (Desvio Radial)

Figura 31 – Movimentos do punho

Amplitude de Movimento

Flexão 0º a 90º

Extensão 0º a 75º

Abdução 0º a 30º

Adução 0º a 50º

POSIÇÃO FUNCIONAL

Muitas articulações devem atuar em conjunto para assumir posições de função. Existe uma posição ideal
para permitir grau máximo de função combinada com uma quantidade mínima de esforço. Essa posição é:

20o de extensão do punho;

10o de desvio ulnar;

Flexão leve nas articulações metacarpofalangianas e interfalangianas de todos os dedos;


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Oponência até a amplitude média do primeiro dedo.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (COTEC - Prefeitura de Unaí - MG - Especialista em Saúde Municipal - Fisioterapia – 2019)

Os testes musculares do cotovelo referem-se, essencialmente, aos movimentos de flexão, extensão,


supinação e pronação. No entanto, ao conduzir o exame, o fisioterapeuta deve mudar de um movimento
para outro, sem haver interrupção. O paciente pode se manter de pé ou sentado, dependendo unicamente
do que lhe for mais cômodo. As alternativas abaixo relacionam os músculos e suas ações principais.
Está CORRETO o que se afirma na alternativa:

a) Os músculos braquial e bíceps, quando o braço está em supinação, são flexores do cotovelo.
b) Os músculos tríceps e ancôneo, quando o braço está em pronação, são extensores do cotovelo.
c) Os músculos braquiorradial e tríceps porção longa são supinadores do cotovelo.
d) O músculo pronador quadrado realiza a pronação do cotovelo e auxilia a flexão do cotovelo.
e) O músculo pronador redondo realiza a pronação do cotovelo e auxilia a extensão do cotovelo.

COMENTÁRIO: Nesta questão temos que responder sobre a ação muscular principal de uma musculatura. A
alternativa correta é a letra A. Pois tanto o bíceps quanto o braquial agem na flexão do cotovelo quando o
braço está em supinação.

Cuidado com a alternativa B, pois o ancôneo, na posição prona, está agindo especialmente na estabilização
da ulna e não na extensão do cotovelo.

GABARITO: A

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2. (COPESE - UFT - Prefeitura de Porto Nacional - TO - Fisioterapeuta – 2019)

Paciente masculino, 40 anos, com diagnóstico de epicondilite medial comparece ao consultório


fisioterapêutico para tratamento.

Assinale a alternativa CORRETA quanto ao teste especial para o exame físico na identificação da doença.

a) Teste de Cozen.
b) Teste de Cotovelo de Golfista.
c) Teste de Cotovelo de Tenista.
d) Sinal de Tínel do nervo ulnar.

COMENTÁRIO: O teste a ser aplicado nesta condição, Epicondilite Medial, é o teste do cotovelo do Golfista
ou Teste de Mill. Cuidado para não se confundir com o Teste de Cozen, que é para epicondilite lateral.

GABARITO: B

3. (IADES - AL-GO - Fisioterapeuta – 2019)

Considerando um paciente com diagnóstico de síndrome do túnel do carpo, assinale a alternativa que
indica sintomas e (ou) consequências agudas e crônicas da lesão.

a) Dor na parte proximal do antebraço (região do cotovelo na porção extensora), podendo irradiar em
sentido distal e proximalmente acima do cotovelo, piorando com o movimento.
b) Dor, choque, dormência, formigamento e perda da destreza nas mãos. Sinal de Phalen positivo.

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c) Dor profunda na região glútea em queimação que irradia para a perna. Pode se intensificar durante o
movimento de abdução do quadril.
d) Alteração de sensibilidade (dormência ou formigamento) nos dois lados dos dedos mínimo e anular,
na metade da palma e do dorso da mão, que pode ser intermitente ou constante.
e) Impossibilidade de extensão dos dedos, assim como perda de força para extensão do punho. Sinal de
Tinel positivo.

COMENTÁRIO: A alternativa que descreve corretamente os sintomas da Síndrome do Túnel do Carpo (e que
é muito cobrada em provas de concurso) é a alternativa B:

“Dor, choque, dormência, formigamento e perda da destreza nas mãos. Sinal de Phalen positivo. “

GABARITO: B

4. (Prova: Prefeitura do Rio de Janeiro - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Terapeuta Ocupacional –


2019)

O déficit para realizar extensão do punho, extensão das metacarpofalângeas (MF) e extensão do polegar,
conhecido como “mão em gota”, está presente na seguinte situação:

a) lesão do nervo mediano


b) lesão do nervo anterósseo anterior
c) lesão do nervo radial
d) lesão do nervo ulnar

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COMENTÁRIO: A característica definida no enunciado da banca foi mão em gota, que corresponde ao punho
caído. Então, neste caso, o nervo lesionado é o Nervo Radial.

GABARITO: C

5. (Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Terapeuta Ocupacional – 2019)

A dificuldade em realizar adução/abdução dos dedos longos está presente na lesão da seguinte estrutura,
afetada comumente na hanseníase:

a) nervo interósseo posterior


b) nervo mediano
c) nervo radial
d) nervo ulnar

COMENTÁRIO: Estamos vendo cada vez mais, aparecer em provas de concurso, questões de Hanseníase.
Neste caso, e em muitas outras questões, o que devemos saber é sobre a inervação e a ação muscular que
será afetada, visto que, a hanseníase é uma doença na qual teremos ataque aos nervos periféricos (além de
outros sintomas).

No enunciado da questão está descrita a dificuldade em realizar abdução e adução dos dedos, tal ação
muscular é realizada por músculos intrínsecos da mão (músculos inteósseos), que são inervados pelo NERVO
ULNAR.

GABARITO: D

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6. (AOCP – 2015) Qual é a função do músculo ancôneo?

(A) Flexão de antebraço.

(B) Extensão de punho.

(C) Flexão de punho.

(D) Flexão de cotovelo.

(E) Extensão de cotovelo.

COMENTÁRIO: A função do ancôneo é a extensão do cotovelo. ALTERNATIVA E. Esta função também é


executada pelo Tríceps Braquial.

GABARITO: E

7. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSONAL - UFRJ - 2018) O punho e a mão são as únicas partes do corpo
em que tarefas a serem realizadas variam desde habilidades motoras finas até atividades contra
resistência. O movimento de preensão pode ser descrito por dois componentes: preensão e garra. O tipo
de garra cilíndrica, que se caracteriza pelo controle dinâmico dos músculos flexor superficial dos dedos e
flexor longo do polegar, com assistência dos flexores superficiais dos dedos e interósseos, é
frequentemente observado quando o indivíduo realiza o movimento de segurar:

A) uma bola de tênis.

B) uma maleta.

C) um copo.

D) um cigarro.

E) uma chave.

COMENTÁRIO: Esta questão envolve o conhecimento mais aprofundado da Biomecânica da mão. Vamos
lembrar os tipos de preensão:

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GARRA CILÍNDRICA: caracteriza o ato de segurar um objeto por controle dinâmico,


principalmente por meio dos músculos flexor profundo dos dedos e flexor longo do
polegar. Porém com assistência dos músculos flexor superficial dos dedos e dos interósseos
palmares. Este tipo de garra é observado quando o indivíduo segura um copo.

GARRA ESFÉRICA: é utilizada a fim de segurar um objeto de maior tamanho. Portanto,


maiores distâncias são mantidas entre os dedos na tentativa de envolver completamente
o objeto. Desta forma, o indivíduo desenvolve força para as ações dos abdutores e adutores
dos dedos que equilibram as forças enquanto os flexores dos dedos continuam a agir. Um
exemplo é segurar uma bola de tênis.

GARRA EM GANCHO: também é semelhante a garra cilíndrica, exceto pelo fato de o


polegar não estar incluído neste movimento. Os músculos flexores profundo e superficial
dos dedos são primariamente envolvidos e podem atuar independentes ou em conjunto,
dependendo da posição do objeto. Esta garra é observada quando o indivíduo carrega uma
maleta.

GARRA LATERAL: embora este tipo de pegada envolva os músculos abdutores e adutores
dos dedos não utiliza os músculos do grupo flexor. Os principais músculos envolvidos são
os interósseos, embora os extensores dos dedos (musculo extensor comum dos dedos e
lumbricais) participem mantendo os dedos estendidos, o que permite maior rendimento
de força dos interósseos. Segurar um cigarro é uma tarefa que envolve a garra lateral.

Portanto:

GARRA CILÍNDRICA: SEGURAR UM COPO

GARRA ESFÉRICA: SEGURAR UMA BOLA DE TÊNIS

GARRA EM GANCHO: SEGURAR UMA MALETA

GARRA LATERAL: SEGURAR UM CIGARRO OU CANETA ENTRE OS DEDOS

Gabarito: B

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8. (COMPERVE 2017) A mão é o motivo da importância do membro superior. A principal função do


ombro e cotovelo é posicioná-la para a função. Em relação à força de preensão, analise as afirmativas
abaixo:

1 A força de preensão tem relação com a posição do punho.

2 Com os dedos e punhos flexionados, a força de preensão é reduzida por causa da insuficiência ativa dos
extensores dos dedos.

Analisando-se essas afirmativas, é correto concluir que:

A) a primeira é falsa, e a segunda é verdadeira e justifica a primeira.

B) as duas são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.

C) as duas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.

D) a primeira é verdadeira, e a segunda é falsa e não justifica a primeira.

COMENTÁRIO: Trata-se de uma questão ASSERÇÃO – RAZÃO, na qual deve-se analisar as duas afirmativas,
tanto no que trata delas serem verdadeiras ou falsas, quanto no que tange a relação entre elas.

Vamos analisar:

1 - A força de preensão tem relação com a posição do punho. – ESTA AFRIMATIVA É VERDADEIRA. Devido as
atividades de insuficiência ativa e passiva, a posição do punho será importante para a força de preensão.

2 - Com os dedos e punhos flexionados, a força de preensão é reduzida por causa da insuficiência ativa dos
extensores dos dedos. – ESTA AFIRMATIVA É FALSA. Com o punho flexionado, a força de preensão é reduzida,
isso se deve a insuficiência ativa dos músculos flexores dos dedos.

As duas afirmativas não se relacionam e não se justificam.

Gabarito: D

9. (COMPERVE 2017) Um digitador que trabalha 30 horas semanais, procurou o serviço de saúde
com queixa de formigamento e fraqueza muscular nas mãos. Foi feito o diagnóstico clínico de síndrome
do túnel do carpo. Este distúrbio musculoesquelético comprime uma estrutura responsável por inervar:

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A) a face palmar, incluindo o polegar, o indicador, o dedo médio, e parte medial do anelar.

B) a face palmar da parte lateral do dedo anelar e o quinto dedo.

C) a região dorsal da mão, incluindo a parte lateral do dedo anelar e o quinto dedo.

D) a região dorsal incluindo o polegar, o indicador e o dedo médio.

COMENTÁRIO: A área de dermátomo que está sendo questionada é a de inervação do NERVO MEDIANO.
Lembramos que, o nervo mediano cuida da sensibilidade (tato) do primeiro, segundo, terceiro e metade do
quarto dedo. Ou seja, a face palmar, incluindo o polegar, o indicador, o dedo médio, e parte medial do anelar.
Como descrito na alternativa A.

Gabarito: A

10. (MS CONCURSOS 2017) A Epicondilite Lateral é uma degeneração dos tendões que se originam
nos cotovelos, atingindo principalmente os músculos extensores de punho e dedos. Com relação à
Epicondilite Lateral, é correto afirmar, exceto:

A) A Epicondilite Lateral também é conhecida como Cotovelo de Tenista.

B) A Epicondilite Lateral também é conhecida como Cotovelo de Golfista.

C) A Epicondilite Lateral começa como uma ligeira impressão dolorosa, geralmente localizada na face externa
do cotovelo e que se estende pelo terço proximal da face externa do antebraço, sendo que, se o esforço
repetitivo for continuado e houver sobrecarga, a área atingida torna-se dolorosa ao simples toque e a dor
pode irradiar até o punho, podendo haver perda de sensibilidade e força.

D) A Epicondilite Lateral é causada por atividades que exigem uso excessivo ou incomum dos músculos
extensores do punho ou dos pronadores do antebraço, como ocorre em alguns desportos, especialmente o
tênis, ou por tensões repetitivas na articulação do cotovelo.

COMENTÁRIO: Esta questão está pedindo a INCORRETA. Em se tratando de EPICONDILITE LATERAL, estamos
falando em COTOVELO DE TENISTA. Portanto, a alternativa B é a incorreta, pois afirma que é cotovelo de
golfista.

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EPICONDILITE LATERAL: COTEVELO DE TENISTA: MÚSCULOS EXTENSORES

EPICONDILITE MEDIAL: COTOVELO DE GOLFISTA: MÚSCULOS FLEXORES.

Gabarito: B

11. (AOCP - Fisioterapeuta - EBSERH/HU-UFS/SE – 2014) Assinale a alternativa que indica quais os
músculos que flexionam a articulação do cotovelo.

a) Tríceps do braço e pronador redondo.

b) Flexor ulnar do carpo, palmar longo e flexor superficial dos dedos.

c) Bíceps, braquial, braquiorradial e pronador redondo.

d) Subescapular, redondo maior e peitoral maior.

e) Deltoide, redondo menor e infra espinhoso.

COMENTÁRIO: Vamos analisar as possibilidades:

a) Tríceps do braço (extensor do cotovelo) e pronador redondo (pronação e auxilia na flexão do cotovelo).

b) Flexor ulnar do carpo, palmar longo e flexor superficial dos dedos – Todos estes músculos agem
principalmente sobre a o complexo do punho e da mão.

c) Bíceps, braquial, braquiorradial e pronador redondo. Os 3 primeiros são os flexores primários da


articulação do cotovelo e o Pronador Redondo tem a função secundária de auxiliar na flexão também.

d) Subescapular, redondo maior e peitoral maior. Estes músculos agem sobre o complexo do ombro.

e) Deltoide, redondo menor e infra espinhoso. Estes músculos agem sobre o complexo do ombro.

Portanto, alternativa C.

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RELEMBRANDO:

Subescapular: Rotação interna e adução da glenoumeral.

Redondo maior: Rotação interna e adução da glenoumeral.

Peitoral maior: flexão, rotação interna e adução da glenoumeral.

Deltóide: abdução do ombro.

Redondo Menor: rotador externo da glenoumeral.

Infra espinhoso: rotador externo da glenoumeral.

GABARITO: C

12. (AOCP - Fisioterapeuta - EBSERH/HC-UFG – 2015) Qual é a principal função do músculo


braquiorradial?

a) Extensão de cotovelo.

b) Flexão de cotovelo.

c) Extensão de punho.

d) Flexão de punho.

e) Desvio Radial.

COMENTÁRIO: Esta é fácil, certo!!! Devido a sua localização anatômica, o músculo Braquiorradial terá como
ação muscular principal a flexão do cotovelo. Portanto, a alternativa correta é a B.

GABARITO: B

13. (AOCP - Fisioterapeuta - EBSERH/HU-UFMS – 2014) Assinale a alternativa INCORRETA sobre as


posições de pronação e supinação.
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a) A mão em posição de pronação só chega até o plano horizontal, a amplitude de pronação é de 75°.

b) A mão em posição de supinação se situa no plano horizontal, assim sendo, a amplitude de movimento de
supinação é de 90°.

c) Só é possível analisar a pronação - supinação com o cotovelo flexionado a 90° e encostado no corpo.

d) As amplitudes dos movimentos de pronação – supinação se medem a partir da posição intermédia ou


posição zero.

e) A amplitude total verdadeira pronação-supinação, quando unicamente participa a rotação axial do


antebraço, é de aproximadamente 180°.

COMENTÁRIO: Analisando as possibilidades:

a) A mão em posição de pronação só chega até o plano horizontal, a amplitude de pronação é de 75°.

ERRADO: Os movimentos de pronação e supinação ocorrem no PLANO HORIZONTAL, em torno do EIXO


LONGITUDINAL, portanto a primeira parte da questão está correta. Porém, a segunda parte está errada, visto
que a ADM de pronação é de 90o e não de 75o.

b) A mão em posição de supinação se situa no plano horizontal, assim sendo, a amplitude de movimento de
supinação é de 90°.

CORRETA: Os movimentos de pronação e supinação ocorrem no PLANO HORIZONTAL, em torno do EIXO


LONGITUDINAL. E a ADM de supinação é 90o.

c) Só é possível analisar a pronação - supinação com o cotovelo flexionado a 90° e encostado no corpo.

CORRETA: Esta é a posição ideal para avaliação (goniometria) dos movimentos de prono-supinação.

d) As amplitudes dos movimentos de pronação – supinação se medem a partir da posição intermédia ou


posição zero.

CORRETA: A posição zero é aquela na qual o polegar está apontando para cima, com o cotovelo a 90 o.

e) A amplitude total verdadeira pronação-supinação, quando unicamente participa a rotação axial do


antebraço, é de aproximadamente 180°.

CORRETA: Já que se somarmos 90o de pronação e 90o de supinação, a amplitude total será de 180o.

Portanto, a alternativa correta é a A. Que na realidade é a INCORRETA.

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GABARITO: A

14. (AOCP - Fisioterapeuta - EBSERH/HU-UFGD – 2014) Durante a fase de liberação do arremesso de


uma bola de beisebol, quais ações articulares ocorrem nas articulações do ombro e do cotovelo no braço
do arremesso?

a) Rotação externa, abdução e extensão na articulação do ombro e flexão na articulação do cotovelo.

b) Rotação interna, adução e extensão na articulação do ombro e extensão na articulação do cotovelo.

c) Rotação externa, adução e flexão na articulação do ombro e extensão na articulação do cotovelo.

d) Rotação interna, abdução e flexão na articulação do ombro e extensão na articulação do cotovelo.

e) Rotação externa, abdução e flexão na articulação do ombro e extensão na articulação do cotovelo.

COMENTÁRIO: A imagem abaixo mostra a preparação para o arremesso no beisebol; porém não é esta
posição que está sendo questionada e sim a fase seguinte, quando o atleta vai liberar a bola. Neste caso, o
movimento que o atleta irá executar será o contrário daquele apresentado na figura.

Na posição de preparo o membro superior encontra-se em:

Flexão, abdução, rotação externa de ombro e flexão de cotovelo.

Já na LIBERAÇÃO, o movimento será:

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Extensão, adução e rotação interna de ombro e extensão do cotovelo.

Portanto, a resposta correta é a letra B.

GABARITO: B

LISTA DE QUESTÕES

01. (COTEC - Prefeitura de Unaí - MG - Especialista em Saúde Municipal - Fisioterapia – 2019)

Os testes musculares do cotovelo referem-se, essencialmente, aos movimentos de flexão, extensão,


supinação e pronação. No entanto, ao conduzir o exame, o fisioterapeuta deve mudar de um movimento
para outro, sem haver interrupção. O paciente pode se manter de pé ou sentado, dependendo unicamente

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do que lhe for mais cômodo. As alternativas abaixo relacionam os músculos e suas ações principais.
Está CORRETO o que se afirma na alternativa:

a) Os músculos braquial e bíceps, quando o braço está em supinação, são flexores do cotovelo.
b) Os músculos tríceps e ancôneo, quando o braço está em pronação, são extensores do cotovelo.
c) Os músculos braquiorradial e tríceps porção longa são supinadores do cotovelo.
d) O músculo pronador quadrado realiza a pronação do cotovelo e auxilia a flexão do cotovelo.
e) O músculo pronador redondo realiza a pronação do cotovelo e auxilia a extensão do cotovelo.

02. (COPESE - UFT - Prefeitura de Porto Nacional - TO - Fisioterapeuta – 2019)

Paciente masculino, 40 anos, com diagnóstico de epicondilite medial comparece ao consultório


fisioterapêutico para tratamento.

Assinale a alternativa CORRETA quanto ao teste especial para o exame físico na identificação da doença.

a) Teste de Cozen.
b) Teste de Cotovelo de Golfista.
c) Teste de Cotovelo de Tenista.
d) Sinal de Tínel do nervo ulnar.

03. (IADES - AL-GO - Fisioterapeuta – 2019)

Considerando um paciente com diagnóstico de síndrome do túnel do carpo, assinale a alternativa que
indica sintomas e (ou) consequências agudas e crônicas da lesão.

a) Dor na parte proximal do antebraço (região do cotovelo na porção extensora), podendo irradiar em
sentido distal e proximalmente acima do cotovelo, piorando com o movimento.
b) Dor, choque, dormência, formigamento e perda da destreza nas mãos. Sinal de Phalen positivo.
c) Dor profunda na região glútea em queimação que irradia para a perna. Pode se intensificar durante
o movimento de abdução do quadril.

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d) Alteração de sensibilidade (dormência ou formigamento) nos dois lados dos dedos mínimo e anular,
na metade da palma e do dorso da mão, que pode ser intermitente ou constante.
e) Impossibilidade de extensão dos dedos, assim como perda de força para extensão do punho. Sinal
de Tinel positivo.

04. (Prova: Prefeitura do Rio de Janeiro - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Terapeuta Ocupacional –
2019)

O déficit para realizar extensão do punho, extensão das metacarpofalângeas (MF) e extensão do polegar,
conhecido como “mão em gota”, está presente na seguinte situação:

a) lesão do nervo mediano


b) lesão do nervo anterósseo anterior
c) lesão do nervo radial
d) lesão do nervo ulnar

05. (Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Terapeuta Ocupacional – 2019)

A dificuldade em realizar adução/abdução dos dedos longos está presente na lesão da seguinte estrutura,
afetada comumente na hanseníase:

a) nervo interósseo posterior


b) nervo mediano
c) nervo radial
d) nervo ulnar

06. (AOCP – 2015) Qual é a função do músculo ancôneo?

(A) Flexão de antebraço.


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(B) Extensão de punho.

(C) Flexão de punho.

(D) Flexão de cotovelo.

(E) Extensão de cotovelo.

07. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSONAL - UFRJ - 2018) O punho e a mão são as únicas partes do corpo
em que tarefas a serem realizadas variam desde habilidades motoras finas até atividades contra
resistência. O movimento de preensão pode ser descrito por dois componentes: preensão e garra. O tipo
de garra cilíndrica, que se caracteriza pelo controle dinâmico dos músculos flexor superficial dos dedos e
flexor longo do polegar, com assistência dos flexores superficiais dos dedos e interósseos, é
frequentemente observado quando o indivíduo realiza o movimento de segurar:

A) uma bola de tênis.

B) uma maleta.

C) um copo.

D) um cigarro.

E) uma chave.

08. (COMPERVE 2017) A mão é o motivo da importância do membro superior. A principal função do
ombro e cotovelo é posicioná-la para a função. Em relação à força de preensão, analise as afirmativas
abaixo:

1 A força de preensão tem relação com a posição do punho.

2 Com os dedos e punhos flexionados, a força de preensão é reduzida por causa da insuficiência ativa dos
extensores dos dedos.

Analisando-se essas afirmativas, é correto concluir que:

A) a primeira é falsa, e a segunda é verdadeira e justifica a primeira.

B) as duas são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.

C) as duas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.


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D) a primeira é verdadeira, e a segunda é falsa e não justifica a primeira.

09. (COMPERVE 2017) Um digitador que trabalha 30 horas semanais, procurou o serviço de saúde
com queixa de formigamento e fraqueza muscular nas mãos. Foi feito o diagnóstico clínico de síndrome
do túnel do carpo. Este distúrbio musculoesquelético comprime uma estrutura responsável por inervar:

A) a face palmar, incluindo o polegar, o indicador, o dedo médio, e parte medial do anelar.

B) a face palmar da parte lateral do dedo anelar e o quinto dedo.

C) a região dorsal da mão, incluindo a parte lateral do dedo anelar e o quinto dedo.

D) a região dorsal incluindo o polegar, o indicador e o dedo médio.

10. (MS CONCURSOS 2017) A Epicondilite Lateral é uma degeneração dos tendões que se originam
nos cotovelos, atingindo principalmente os músculos extensores de punho e dedos. Com relação à
Epicondilite Lateral, é correto afirmar, exceto:

A) A Epicondilite Lateral também é conhecida como Cotovelo de Tenista.

B) A Epicondilite Lateral também é conhecida como Cotovelo de Golfista.

C) A Epicondilite Lateral começa como uma ligeira impressão dolorosa, geralmente localizada na face externa
do cotovelo e que se estende pelo terço proximal da face externa do antebraço, sendo que, se o esforço
repetitivo for continuado e houver sobrecarga, a área atingida torna-se dolorosa ao simples toque e a dor
pode irradiar até o punho, podendo haver perda de sensibilidade e força.

D) A Epicondilite Lateral é causada por atividades que exigem uso excessivo ou incomum dos músculos
extensores do punho ou dos pronadores do antebraço, como ocorre em alguns desportos, especialmente o
tênis, ou por tensões repetitivas na articulação do cotovelo.

11. (AOCP - Fisioterapeuta - EBSERH/HU-UFS/SE – 2014) Assinale a alternativa que indica quais os
músculos que flexionam a articulação do cotovelo.

a) Tríceps do braço e pronador redondo.

b) Flexor ulnar do carpo, palmar longo e flexor superficial dos dedos.


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c) Bíceps, braquial, braquiorradial e pronador redondo.

d) Subescapular, redondo maior e peitoral maior.

e) Deltoide, redondo menor e infra espinhoso.

12. (AOCP - Fisioterapeuta - EBSERH/HC-UFG – 2015) Qual é a principal função do músculo


braquiorradial?

a) Extensão de cotovelo.

b) Flexão de cotovelo.
==94082==

c) Extensão de punho.

d) Flexão de punho.

e) Desvio Radial.

13. (AOCP - Fisioterapeuta - EBSERH/HU-UFMS – 2014) Assinale a alternativa INCORRETA sobre as


posições de pronação e supinação.

a) A mão em posição de pronação só chega até o plano horizontal, a amplitude de pronação é de 75°.

b) A mão em posição de supinação se situa no plano horizontal, assim sendo, a amplitude de movimento de
supinação é de 90°.

c) Só é possível analisar a pronação - supinação com o cotovelo flexionado a 90° e encostado no corpo.

d) As amplitudes dos movimentos de pronação – supinação se medem a partir da posição intermédia ou


posição zero.

e) A amplitude total verdadeira pronação-supinação, quando unicamente participa a rotação axial do


antebraço, é de aproximadamente 180°.

14. (AOCP - Fisioterapeuta - EBSERH/HU-UFGD – 2014) Durante a fase de liberação do arremesso de


uma bola de beisebol, quais ações articulares ocorrem nas articulações do ombro e do cotovelo no braço
do arremesso?

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a) Rotação externa, abdução e extensão na articulação do ombro e flexão na articulação do cotovelo.

b) Rotação interna, adução e extensão na articulação do ombro e extensão na articulação do cotovelo.

c) Rotação externa, adução e flexão na articulação do ombro e extensão na articulação do cotovelo.

d) Rotação interna, abdução e flexão na articulação do ombro e extensão na articulação do cotovelo.

e) Rotação externa, abdução e flexão na articulação do ombro e extensão na articulação do cotovelo.

GABARITO

1. A 6. E 11. C
2. B 7. B 12. B
3. B 8. D 13. A
4. C 9. A 14. B
5. D 10. B

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