Este documento discute a incidência do PIS e COFINS na importação de serviços. Ele explora o significado jurídico de "resultado dos serviços" e se refere a dois argumentos principais sobre o tema: 1) que o resultado se dá com a simples obtenção de repercussão econômica e 2) que deve haver um resultado material no país. O objetivo é identificar os melhores argumentos para solucionar o entendimento divergente sobre o assunto.
Este documento discute a incidência do PIS e COFINS na importação de serviços. Ele explora o significado jurídico de "resultado dos serviços" e se refere a dois argumentos principais sobre o tema: 1) que o resultado se dá com a simples obtenção de repercussão econômica e 2) que deve haver um resultado material no país. O objetivo é identificar os melhores argumentos para solucionar o entendimento divergente sobre o assunto.
Este documento discute a incidência do PIS e COFINS na importação de serviços. Ele explora o significado jurídico de "resultado dos serviços" e se refere a dois argumentos principais sobre o tema: 1) que o resultado se dá com a simples obtenção de repercussão econômica e 2) que deve haver um resultado material no país. O objetivo é identificar os melhores argumentos para solucionar o entendimento divergente sobre o assunto.
Tema do trabalho: PIS e COFINS na importação de serviços.
O presente trabalho trata de um problema relacionado especificamente quanto à
incidência do PIS e da COFINS na importação de serviços, principalmente no que diz respeito à hipótese de incidência em que os serviços sejam executados no exterior, e seus resultados se verifiquem no país. Sendo que, mencionado tema se apresenta com extrema relevância diante da insegurança jurídica que assola os contribuintes, uma vez que a doutrina e jurisprudência pátria não chegam a um conceito uníssono capaz de definir referida incidência por não definir quando o resultado seria aqui verificado. Diante disso, será abordado especificamente o significado jurídico de resultado dos serviços. Mais especificamente, meu trabalho buscará responder a definição e extensão do resultado dos serviços prestados no exterior e com resultado verificado no país, diante de referidas premissas: esse conceito está diretamente relacionado com o objetivo pretendido pelo seu tomador ao contratá-lo, que certamente não é a execução do serviço em si, mas o benefício dele decorrente? Ou, no caso de serviço contratado do exterior por pessoa aqui residente, no qual o resultado produzido se aliaria a vantagem obtida no exterior? Ao delimitar essas questões como abordagem quanto à incidência do PIS e da COFINS na importação de serviços o presente trabalho busca o enfoque nos pontos divergentes sobre o assunto, buscando uma solução de uma questão que parece ter cunho não só jurídico, mas também axiológico e material do termo resultado. Essa linha de pesquisa leva em consideração principalmente o fato de que para atingir o resultado pretendido no art. 1º, §1º, II da Lei n. 10.865/2004, ou seja, a incidência de referidas contribuições em serviços que sejam executados no exterior, e seus resultados verificados no país deve haver a análise do resultado sob a perspectiva intrínseca do legislador aliada ao significado de serviço. Há dois argumentos que vem sido debatido sobre o tema, o primeiro consiste na observância de que serviços são os esforços de pessoas, desenvolvidos em favor de outrem, com conteúdo econômico, tendente a produzir uma utilidade material ou imaterial, de forma que o dito resultado mostra-se exatamente como respectiva vantagem decorrente do serviço, visto que é o seu fim, o motivo, o objeto da contratação e do pagamento, sendo que assim o resultado se daria com a simples obtenção de repercussão econômica, de forma que tal entendimento abrangeria praticamente a totalidade dos serviços provenientes do exterior, uma vez que motivação das pessoas jurídicas com fins lucrativos para a contratação de serviços é, justamente, a repercussão econômica. No entanto, aoutra corrente argumenta que deve-se verificar o resultado material dos serviços no país, de forma que estariam abrangidos os serviços realmente considerados como importações, a exemplo de projetos e consultorias para empreendimentos brasileiros, de forma que não incidiria o PIS e a COFINS nos serviços realizados no exterior a pessoas aqui residentes quando seu resultado material não se dê aqui no país. Nesse ínterim a pesquisa buscará identificar todos os argumentos pertinentes ao debate, visando construir um rol completo de alegações em apoio a uma e outra posição, buscando dessa forma dirimir o entendimento completamente oposto da doutrina e jurisprudência quanto ao resultado. Nesse sentido, serão considerados para a pesquisa textos de doutrina, soluções de consulta da Receita Federal, decisões de tribunais administrativos como o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e o Conselho Municipal de Tributos de São Paulo (CMT) e decisões judiciais do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), de modo que ao identificar os melhores argumentos a pesquisa buscará verificar quais deles poderão solucionar a discussão. Assim, a metodologia da pesquisa parte do pressuposto de que a discussão jurídica sobre o resultado do serviço em se tratando de PIS/COFINS vem sido pouco discutido. Dito isso, o presente trabalho busca aproveitar através da discussão sobre o status jurídico do tema, concluir pela melhor forma de definição do que vem a ser resultado do serviço, buscando findar o entendimento completamente oposto e divergente da doutrina e jurisprudência trazendo luz às sombras e colocando um “ponto final” na insegurança jurídica que assola o tema.
Referências ASHIKAGA, Carlos Eduardo Garcia. Análise da tributação na importação e exportação. 5. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2010.
XAVIER, Alberto. Direito tributário internacional do Brasil. 6. Ed. Rio de Janeiro:
Editora Forense, 2004.
BARROSO, Regina Maria Fernandes; VALADÃO, Marcos Aurélio Pereira. O
PIS/COFINS na importação de serviços: parametrização da incidência e sua constitucionalidade. Revista de Direito Internacional Econômico e Tributário, Brasília, V.8, n.1, p. 1-31, 2013.
BRASIL. Lei n. 10.865, de 30 de abril de 2004. Disponível em:
<http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/leis/2004/lei10865.htm>. Acesso em 23/09/2014.